a fotografia na belle Époque carioca: perspectivas de … · antecedentes da semana de arte...
Post on 09-Nov-2018
219 Views
Preview:
TRANSCRIPT
1
A FOTOGRAFIA NA BELLE ÉPOQUE CARIOCA: PERSPECTIVAS DE UM
DISCURSO “CIVILIZATÓRIO” NAS PUBLICAÇÕES DE ÉPOCA -REVISTA FON-
FON – 1907-1910
Alexandre dos Reis
1. Considerações Preliminares
O conceito de Belle Époque, independentemente da região geográfica do mundo e período de
sua ocorrência, sempre despertou grande interesse no universo das Ciências Humanas.
Fenômeno de grande amplitude, oferece profícuo campo de reflexão em diversas dimensões,
sejam elas históricas, sociológicas, estéticas ou filosóficas.
A mudança, em seus mais diferentes matizes, é palavra de ordem no contexto destes momentos
históricos considerados como Belle Époque. As mudanças de diversas ordens que afloraram
nestes períodos da história contribuíram de forma significativa para a formatação de novos
comportamentos nas esferas do indivíduo e da sociedade. É justamente no que concerne ao
mecanismo de formatação destes novos comportamentos que nos debruçaremos neste artigo.
Considerando as limitações inerentes a um estudo desta natureza, recortes de escopo deverão
ser empreendidos. O artigo procura analisar o advento tecnológico da fotografia na conjuntura
da Belle Époque carioca do início do século XX e sua apropriação pela imprensa da época,
buscando, como resultado final, avaliar o nível desta apropriação no sentido de construção de
um discurso “civilizatório” na América tropical (RIBEIRO, 2007).
2. Considerações sobre a Belle Époque
Université Pierre-Mendès-France - Institut d’Administration des Entreprises - Mestre em Administração de Empresas; Centro Universitário Belas Artes - Especialista em História da Arte; Universidade de São Paulo - Bacharel em História.
2
A Belle Époque brasileira, também conhecida como Belle Époque tropical, designou um período
marcado por avanços significativos nas esferas tecnológica, econômica, política e cultural, que
compreende os anos de 1889 a 1931 (final do Império até final da República Velha).
Tendo seu auge nas duas primeiras décadas do século XX, a Belle Époque brasileira encontrou
inspiração na Paris de Georges Haussmann e Napoleão III e apresentou um desejo de adaptação
ao contexto nacional. Na França, como mais tarde no Brasil, as inovações tecnológicas
inspiraram as novas percepções da realidade. O automóvel, a eletricidade, o cinema, o avião e
a fotografia, somados aos cafés, teatros, livrarias, óperas, cabarés, bulevares e a moda, eram,
entre outras representações, fatores constituintes desse momento de entusiasmo pelo
progresso e pela modernidade (NEEDEL, 1993).
A Belle Époque brasileira se desenvolveu principalmente nas regiões mais prósperas do país
daquela época: São Paulo, Rio de Janeiro e a região do ciclo da borracha na Amazônia. A atenção
especial à realidade carioca se deve ao fato da proeminência política (capital da nova república)
e cultural que a cidade do Rio de Janeiro exerceu na sociedade brasileira da época (SALIBA,
2001).
O nascente regime republicano, suportado pelos discursos de importantes personagens da elite
política do país, desejava inaugurar uma nova era. Esta nova era visava, especialmente, superar
a imagem do Império e, em mais profunda medida, o imaginário da nossa colonização (RIBEIRO,
1995). Neste contexto, e alinhado ao mainstream da cultura mundial, nada mais adequado do
que a aproximação com as “civilizações” italiana e francesa. Este desejo de aproximação, que
viria a refletir em significativas mudanças na sociedade, se configurou em dois planos distintos:
(i) o material, marcado principalmente pelas renovações urbanísticas do prefeito Pereira Passos
e pela chegada de novas tecnologias, dentre elas a fotografia, e (ii) o valorativo, representado
pelo comportamento, pelo gosto e padrões estéticos.
Inspirado pela experiência parisiense de Haussmann, o prefeito Pereira Passos empreendeu
uma profunda reforma urbana na capital da nova República, visando seu saneamento e
reorganização urbanística. Símbolo deste processo pode ser verificado na procura por um
“embelezamento da cidade”, uma busca por um porvir moderno e cosmopolita.
3
Linhas de bonde foram implantadas, ruas transformaram-se em passeios largos, bulevares
surgiram, morros foram terraplenados. Mas as mudanças não se limitaram aos projetos
arquitetônicos. A construção e a inauguração do Teleférico do Pão de Açúcar, do Teatro
Municipal, da Biblioteca Nacional, do Museu Nacional de Belas Artes e de várias salas de cinema,
revelaram que uma mudança significativa também ocorria na dimensão cultural daquela
sociedade.
Apesar de este estudo circunscrever-se ao caso do Rio de Janeiro, vale à pena ressaltar que São
Paulo, já consolidada como maior centro econômico do país na República Velha tardia, também
viveu processo similar (SEVCENKO, 1992). Mudanças capitaneadas por Antônio da Silva Prado e
Washington Luís no início do século XX remeteram também São Paulo ao seu momento de Belle
Époque. A Avenida Paulista, a Estação da Luz, o Edifício Martinelli, o Liceu de Artes e Ofícios e os
antecedentes da Semana de Arte Moderna de 1922 são exemplos da pujante mudança que se
arvorou no período. Modernidade e entusiasmo eram as palavras de ordem (BRAGLIA, 2000).
3. O Advento das Novas Tecnologias: A Fotografia
Não há dúvida que a Belle Époque é marcada por uma intensa e diversa conjuntura de mudanças
que impactaram de forma capital a sociedade e o comportamento. Dentre estas mudanças
destacaram-se os avanços tecnológicos. Assim como Paris, o Rio de Janeiro também foi
submetido a uma onda de inovações tecnológicas com repercussões diretas na sociedade e,
especialmente, no modo de comportamento individual e coletivo: a luz elétrica, o sistema de
transporte (bondes e largas avenidas), o sistema de saneamento e a produção industrial, são
alguns exemplos que ilustram esta pujança. É neste contexto, e de acordo com os recortes
propostos para este trabalho, que o advento tecnológico da fotografia (enquanto meio acessível
de registro dos costumes e da vida cotidiana) se afirma no cenário da Belle Époque carioca
(SOUZA, 2011).
Com seus primeiros ensaios datados ainda na primeira metade do século XIX, a fotografia, no
alvorecer do século XX, já apresentava condições para efetuar o registro de imagens com
qualidade considerável. Acrescida a esta competência tecnológica, a conjuntura econômica e
4
industrial do período colaboraram para tornar o registro fotográfico acessível, especialmente às
elites e à imprensa.
4. A “Civilização” Brasileira no Imaginário da Elite: Mecanismos e Meios de Determinação
A imprensa e, especialmente, o papel que desempenha, sempre foram motivos de grandes e
acaloradas discussões. Inegável, contudo, é a sua importante representação na configuração do
tecido social. Importante também elucidar a sua possível apropriação como ferramenta
formatadora e divulgadora de ideais de uma determinada classe dominante, nas suas mais
diferentes representações (política, econômica, intelectual, religiosa, etc.) (BENJAMIN, 1988).
A imprensa não está desvinculada da sociedade que a cerca. Não foi diferente no período da
Belle Époque. Desde muito cedo a imprensa se apropriou da fotografia como útil advento
tecnológico. As publicações antes demasiadamente descritivas davam lugar a publicações
fartamente ilustradas; a fotografia, definitivamente, foi incorporada pelos principais jornais e
revistas da época.
A fotografia, a princípio, tinha como função ilustrar reportagens e artigos buscando ratificar por
meio do uso da imagem o acontecimento narrado. Contudo, no início do século XX, ela assumiu
um novo papel: uma ferramenta poderosa de representação do cotidiano da sociedade. É neste
aspecto que residiu a grande magnitude da fotografia, agora explorada como ferramenta
comunicadora de massa e como agente formatador de comportamentos.
Ao registrar o cotidiano e trivialidades tais como: tipos, costumes, hábitos e moda, a nova
tecnologia, somada ao “olhar” do fotógrafo, acaba por transformar o cotidiano em nova
expressão estética. A fotografia ocupou-se não mais exclusivamente de representar as
inovações e mudanças que testemunhava. Tornou-se sua função também registrar e, talvez mais
significativo, disseminar aquilo que se desejava ver. O entendimento deste mecanismo ocupa
papel capital no entendimento que se pretende apresentar.
Vale ainda ressaltar, para os fins desejados neste trabalho, a necessidade de entender a
fotografia, concomitantemente, como imagem/documento e imagem/monumento. Na primeira
5
instância como um índice de uma materialidade passada, numa segunda instância como o
símbolo escolhido para perenizar uma imagem para o futuro (LE GOFF, 1990).
Aliada às mudanças tecnológicas, observou-se no período uma forte transição de valores. A nova
elite industrial e cafeeira inseriu-se definitivamente na rota européia da cultura, privilegiando
países como a França e a Itália para sua formação acadêmica, intelectual e social e criando um
sentimento de admiração profunda por este modelo de “estar no mundo”. Era necessário, na
busca de uma “civilização” nacional e moderna, absorver e transplantar este modelo.
É nessa intenção de absorção e transplante que se reforça o papel e a contribuição da arte. A
fotografia (assim como outras formas de representação artística como a literatura e a música)
constitui meio eficaz de representação e influência no imaginário da sociedade.
BENJAMIN (2004) ao escrever sobre a experiência de Baudelaire em Paris considerou a
fotografia como um dos mais importantes elementos da modernidade que se constituía. A
fotografia, resultado de um desenvolvimento técnico histórico, estabelecia-se como
testemunha de um novo tempo.
Amalgamadas as considerações até aqui apontadas, se consolidavam os principais fatores e
premissas determinantes para construção de uma civilização brasileira no modelo vislumbrado
e desejado pelas elites. Encontravam-se disponíveis os meios e mecanismos para seu
empreendimento.
5. A Intenção e a Técnica: Aliança para um Discurso “Civilizatório”
O anseio por um processo entendido como modernizador resultou na necessidade de
construção de um “tipo ideal”, o brasileiro antigo, colonizado e herdeiro de tradições obsoletas
já não teria mais lugar nesta nova realidade. Uma nova estética necessitava, impreterivelmente,
retratar um novo homem. Já não bastava reconstruir o espaço urbano, o paisagismo ou a
configuração arquitetônica da cidade, tornava-se necessário definir, disseminar e implantar um
novo entendimento sobre o bom e o belo. Dentre as diversas possibilidades, coube à fotografia
(especialmente aquelas veiculadas nas principais publicações do período) papel capital na
6
empreitada. A imagem e o texto consolidavam-se como atores ativos na determinação do
comportamento social.
É nesse contexto que exemplos do intento de construção de códigos de comportamento e
valores estéticos se afirmam. A constituição de uma aparência “ideal” da sociedade carioca se
fez representar pelas imagens e conteúdos veiculados pela imprensa da época. A partir de uma
análise mais crítica, vislumbra-se o caráter pedagógico de publicações cariocas como a revista
Fon-Fon, num esforço de disseminar em suas páginas padrões europeus, especialmente da Belle
Époque parisiense, como símbolos de referência de uma sociedade moderna e civilizada (SOUZA,
2011).
Pode-se verificar de forma empírica e por meio de uma pesquisa não exaustiva às edições da
revista Fon-Fon publicadas entre 1907 e 1910, momento imediatamente posterior às reformas
urbanísticas implementadas por Pereira Passos, este esforço de representação, por meio do
registro fotográfico, destes padrões europeizados de hábitos e costumes.
- Revista Fon-Fon, Edição 0001, 13/Abril/1907 (p.27) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
7
- Revista Fon-Fon, Edição 0002, 27/Abril/1907 (p.8) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
- Revista Fon-Fon, Edição 0002, 27/Abril/1907 (p.25) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
8
- Revista Fon-Fon, Edição 0020, 22/Agosto/1908 (p.5) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
- Revista Fon-Fon, Edição 0025, 29/Junho/1909 (p.4) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
9
- Revista Fon-Fon, Edição 0050, 11/Dezembro/1909 (p.4) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
10
- Revista Fon-Fon, Edição 0019, 07/Maio/1910 (p.10) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
- Revista Fon-Fon, Edição 0019, 07/Maio/1910 (p.17) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
11
- Revista Fon-Fon, Edição 0040, 01/Outubro/1910 (p.25) -
Original disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro/RJ)
Estas publicações colaboraram para a potencialização de uma característica intrínseca da obra
de arte, em especial a fotografia: a representação de apenas uma visão de mundo, dentre as
infinitas possibilidades existentes. A percepção do fotógrafo/artista/editor que dissemina sua
visão subjetiva e parcial dos fenômenos sociais e que agora encontra nestas publicações seu
meio de reprodução em grande escala.
Respeitando-se as limitações inerentes a um trabalho desta natureza, e considerando a
abordagem histórico-semiótica, sumarizada e apresentada por MAUAD (1996), adotamos como
prática metodológica aquela:
12
i. que considera a coexistência e a articulação de múltiplos códigos que fornecem
significado ao universo cultural da sociedade, devendo ser interpretados como
entidades históricas;
ii. que considera a fotografia como um processo e uma materialização da construção de
sentido, e;
iii. que considera a produção da imagem como uma representante do trabalho humano de
comunicação, pautando-se em códigos socialmente convencionados e remetendo às
formas de ser e agir deste determinado tempo.
A análise das imagens deve, impreterivelmente, incluir a relação entre signo e imagem,
compreender a fotografia como uma escolha efetuada dentre um conjunto de escolhas possíveis
e, por fim, considerar a relação entre o plano do conteúdo e o plano da expressão1, sendo o
primeiro responsável por abordar a relação entre os elementos da fotografia com o contexto no
qual se insere e o segundo responsável por abordar as opções técnicas e estéticas utilizadas.
A esta perspectiva, podem ser adicionalmente considerados os focos de atuação para uma
adequada análise das fontes imagéticas, baseados na análise visual que engloba a “iconosfera”
e os sistemas de comunicação visual, na análise do visível que diz respeito à esfera do poder e
na análise da visão que diz respeito às técnicas e ao papel do observador (MENESES, 2003).
Contudo, apesar da importância denotada à fotografia como fonte primária para o estudo, a
articulação teórica acerca do objeto de investigação, ainda mantém sua preponderância: “O
próprio projeto de pesquisa deve estabelecer uma relação dialética permanente entre
1 Plano de conteúdo podendo ser entendido como agente produtor, ano, local retratado, tema retratado, pessoas retratadas, objetos retratados, atributos das pessoas, atributos da paisagem, tempo retratado e Plano da expressão podendo ser entendido como agente produtor, tamanho da foto, formato da foto e suporte, tipo de foto, enquadramentos - sentido, direção, distribuição de planos, objeto central, arranjo e equilíbrio, nitidez - foco, impressão visual das linhas, iluminação, produtor - amador, profissional, institucional, conforme MAUAD, Ana Maria. Através da Imagem: Fotografia e História Interfaces. In: Revista Tempo, vol.1, n.2 (p.73-98), Rio de Janeiro: 1996.
13
documentos e problemática histórica, mas ao cabo é esta a última que deve predominar”
(MENESES, 2003: 28)
Considerando tais proposições, pode-se sugerir que as fotografias publicadas nestes periódicos
revelaram-se como recursos discursivos potentes, que se encarregaram de transmitir uma
mensagem específica e com interesses pré-determinados. Neste sentido, tais publicações
colaboraram no processo de legitimação e naturalização das aparências e comportamentos
desejados, mostrando-se eficientes formatadores de valores e costumes.
A elite carioca, deliberadamente ilustrada nos magazines e revistas do período, revelou uma
intenção de construir e divulgar a imagem daquilo que representaria o modelo ideal desejado
de indivíduo e sociedade. A fotografia tornou público o símbolo de um modo de vida perfeito e
desejável. Os ambientes sofisticados, o vestuário burguês, a vida boêmia, os registros
panorâmicos das alamedas, bulevares e passeios públicos, a iluminação elétrica, os bondes e o
cosmopolitismo registrados pelas lentes dos fotógrafos e veiculados pelas publicações de
grande circulação revelaram com exatidão o modelo do carioca almejado (SOUZA, 2011).
6. Considerações Finais
Assim se evidenciou a intenção de construção de uma cidade e, especialmente, de uma
sociedade imaginária, frutos de uma intenção elitista que buscava validar um discurso
europeizante como o meio mais apropriado para sucesso de um processo “civilizatório”. Uma
civilização que se imaginava europeia, de avenidas amplas e arborizadas, de modelitos de fino
corte, apresentando traços refinados, elegantes e letrados, que usava automóveis, que era
assídua frequentadora de cinemas, teatros e cafés. Contudo, ignorou-se a existência de uma
cidade e de uma sociedade reais, constituídas de uma população pobre, que transitava em vielas
mal iluminadas e esburacadas, habitava cortiços, formada por biscateiros, vendedores de rua e
frequentadora de prostíbulos da região portuária (SOUZA, 2011).
Esta contradição era deliberadamente esquecida nos discursos da elite dominante,
materializados por publicações da época (SANTOS, 1998). Os fotógrafos que retratavam a cidade
14
a serviço destas intenções “civilizatórias” preferiram voltar seus olhares à Avenida Central,
iluminada, de belas vitrines e brisa “parisiense tropical”.
Na ânsia de construir um modelo de indivíduo e sociedade ideais, o real foi encoberto pelo
imaginário. Um empreendimento crítico pode nos revelar de forma evidente uma intenção
desajeitada de parecer um europeu. A realidade social é dispersa e fragmentada. Acreditar e
tentar disseminar uma visibilidade uniforme da vida social na Belle Époque carioca, por mais que
fizesse uso das diversas manifestações culturais, representou um esforço sem garantia de
sucesso, confrontado pela experiência histórica.
7. Referências Bibliográficas
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas.
Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo:
Brasiliense, 1988.
________________. Obras Escolhidas III, Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo.
São Paulo: Brasilienese, 2004.
BRAGLIA, Nádia C. Paulicéia de Ontem: O viver urbano na Belle Époque paulistana. Dissertação
de Mestrado, PUC, São Paulo, 2000.
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: Memoria-Historia, Campinas: Editora da
Universidade de Campinas, 1990.
MAUAD, Ana Maria. Através da Imagem: Fotografia e História Interfaces. In: Revista Tempo,
vol.1, n.2 (p.73-98), Rio de Janeiro: 1996.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Fontes Visuais, Cultura Visual – Balanço provisório, propostas
cautelares. In: Revista Brasileira de História, v.23, n.45 (p.11-36), São Paulo: 2003.
NEEDEL, Jeffrey D. Belle Époque Tropical: Sociedade e Cultura de Elite no Rio de Janeiro. São
Paulo: Companhia das Letras, 1993.
15
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
______________. As Américas e a civilização. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SALIBA, Elias Thomé. Nos tempo da Villa Kyrial. In: REVISTA USP, São Paulo, n.50, p. 303-307,
junho/agosto 2001.
SANTOS, Carlos José Ferreira dos Santos. Nem tudo era italiano: São Paulo e pobreza: 1890 –
1915. São Paulo: Annablume, 1998.
SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes
anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
SOUZA, Fernando Gralha de. O belo e o feio na belle époque carioca: Imagem, identidade e
história nos periódicos cariocas (1900-1920). Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2011.
top related