a evoluÇÃo do cabelo e da maquiagem no...
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A EVOLUÇÃO DO CABELO E DA MAQUIAGEM NO SÉCULO XX -100 ANOS DE
HISTÓRIA E BELEZA – UM COMPARATIVO COM OS DIAS ATUAIS
Patrícia Nuevo 1, Silvani Emiliano
2, Mônica Castellano
3
1. Acadêmica do Curso de Tecnólogia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti
do Paraná (Curitiba, PR);
2. Professora Orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba,PR)
3. Professora Orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba,PR)
Endereço para correspondência: patricia@sobrieta.com.br
RESUMO: O conhecimento da história da evolução da beleza é de extrema importância para
o profissional Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal para execução de trabalhos
relacionados a imagem pessoal, visagismo, construções de personagens entre outros. A moda
é considerada cíclica, repetitiva e transitória, e nos dias atuais todas as épocas se misturam,
sendo plural e definida individualmente. Saber o que já foi usado ajuda a entender as
transformações da beleza do século XX através dos tempos. Dependendo do momento social,
já que este tem grande influência sobre a moda, percebe-se que o comportamento de cada
década tem relevante influência nas tendências atuais, sendo elas, uma releitura de épocas
passadas. O objetivo da presente pesquisa é averiguar através da história, a evolução do
cabelo e da maquiagem, destacando os fatos e os ícones que determinaram essas mudanças,
identificando nos dias de hoje o que foi resgatado de cada década. Com o resultado da
pesquisa feita sobre a história da beleza e cruzando com as tendências atuais, fica evidente a
referência de cada década, e que hoje usamos tudo que já foi ditado como moda ou tendência,
onde é referenciado e acrescentado um toque de contemporaneidade e estilo próprio.
Palavras chave: Cabelo, Maquiagem, Moda, Tendência
ABSTRACT: The knowledge of the history of the evolution of beauty is of extreme
importance to the professional technologist in aesthetic and personal image, to perform work
related to personal image, visagism, construction of personages among others. Fashion is
considered cyclical, repetitive and transient and nowadays all decades mix, being plural and
definite individually. Knowing what has already been used, it helps to understand the
transformations of the beauty of the twentieth century through the times. Depending on the
social moment, since this has great influence on fashion, it is clear that the behavior of every
decade has an influence on current trends, it is a reinterpretation of past times. The objective
of the present research is to investigate the evolution through the history of beauty, detaching
the facts and the icons that determined these changes, identifying today which was rescued
from each década.Com the result of research done on the history of beauty and crossing with
the current trends, there is an evident reference of each decade and that today we use all that
has been said as fashion or trend, which is referenced and added a touch of contemporaneity
and their own style.
Keywords: Hair, Fashion, Makeup, Tendency
1. INTRODUÇÃO
É perceptível que a escolha do cabelo e maquiagem usados nos dias de hoje seja um
resgate de décadas passadas. Antes de tudo, saber um pouco sobre história nos faz entender
referências atuais de cabelo e maquiagem. Para os profissionais Técnologo em Estética e
Imagem Pessoal é importante o conhecimento da evolução da beleza, dos fatores e do
referencial de cada década e o que foi absorvido desses períodos para ser aplicado nos dias de
hoje.
É importante o conhecimento dessas referências para criação de imagens e estilos em
diversas áreas como, editoriais de moda, personagens de cinema e TV e publicidade. O cabelo
e a maquiagem também seguem tendências, assim como acontece na moda, mas não com
tanta frequência como nas coleções de roupas lançadas a cada nova estação. Saber o que já foi
usado ajuda a entender como o conceito de beleza foi se modificando ao longo do tempo
auxiliando os profissionais da estética a obterem maior riqueza de informações e
conhecimento.
O objetivo desse estudo é apresentar a evolução do cabelo e da maquiagem do século
XX, os fatos e ícones que determinaram essas mudanças, o comportamento de beleza de cada
época e o que as influenciavam, mostrando assim, que nos dias atuais ainda nos referenciamos
em décadas passadas.
2. EVOLUÇÃO DA BELEZA NO SÉCULO XX
Quatro palavras descrevem a mulher do início do século XX: graça, feminilidade,
delicadeza e fragilidade, porém isso começou a mudar na metade da segunda década do
século com a primeira guerra mundial1.
“A época da pré-história estava quase terminada: a grande epopéia dos cuidados de beleza
começava” 2.
2.1. A Belle Époque 1901 a 1919
O início do século ficou conhecido como a Belle Époque que iria até os anos de 1914 e
foi marcado por um período de feminilidade e sofisticação. Gibson Girl transformou-se no
referencial de beleza das jovens da época com seus cabelos em bandos, olhos sonolentos e
boca carnuda1.
Segundo Marques3 em 1904 Karl Nessler, um cabeleireiro alemão criou o permanente.
Um procedimento caro e que levava doze horas para ficar pronto. Depois de ter conquistado
fama e fortuna mudou o seu nome para Sharles Nestle.
Para Faux2 et alii as mulheres da sociedade tinham uma grande preocupação que era o
brilho da pele, a tez deveria ser de um branco rosado, assim como as das jovens meninas. O
cosmético mais usual era o pó.
Vita1 concorda com Faux
2 et alii e enfatiza que a maquiagem era feita com poudre
de riz (pó de arroz) que era branco, rosado ou rosa forte, o ruge tinha que ser forte e brilhante
no tom escarlate. Esses produtos eram comercializados em livretos com folhas de papel
macias que quando as mulheres usavam aplicava no rosto com o auxílio de um pincel que era
passado sobre essas folhas. A boca não era esquecida e sobre os lábios um líquido vermelho
verniz. Faux2 et alii complementa informando que o batom no formato que conhecemos hoje
só seria apresentando por volta de 1915.
As damas da sociedade jamais seriam vistas com os olhos pintados que só eram usados
pelas artistas de teatro e coristas1.
De acordo com Faux2 et alii em 1907 foi inventada a primeira tintura, que daria
origem as demais que estavam por vir, seu criador Eugène Schueller, criou três anos mais
tarde a L’Oreal. Os chapéus eram a coqueluche do momento, adornado com flores, plumas e
rendas, referencial de posição social, já que só as operárias saiam de cabeça descoberta.
Marques3 complementa que os cabelos longos eram moda, somente as mulheres ousadas
cortavam os cabelos. Os penteados eram volumosos e as menos favorecidas contavam com a
ajuda de apliques para aumentá-los, seu uso era muito comum. Um enfeite com grande
importância naquela época foi o pente de prata, que assim como o chapéu deixava visível a
que classe social pertencia.
Grandes precursores da beleza e da indústria cosmética aparecem no início do século
como Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Max Factor1.
As autoras Vita1 e Faux
2 et alii descrevem que Helena Rubinstein em 1908 abriu em
Londres o Helena Rubinstein Salon de Beauté Valaze, onde oferecia uma dia inteiro dedicado
à beleza, o Day of Beauty, inédito para época. Elizabeth Arden em 1909 abre em Nova York
um salão na Quinta Avenida com o seu nome, que existe até os dias de hoje, atualmente
também spa – Red Door (Porta Vermelha).
Max Factor fez muito sucesso não só com as atrizes, mas também com as “mortais” da
época por seus lançamentos em maquiagem que proporcionavam uma aparência perfeita,
levando muitos atores e atrizes a roubar os produtos de Max Factor, motivando-o a abrir sua
loja em 19041.
Shiseido (1906), Dorine (1910), Creme Nívea (1911), Peggye Sage (1916), foram
algumas das marcas de cosméticos que fizeram a cabeça das mulheres da época e algumas
dessas marcas fazem até os dias atuais1.
A primeira Guerra Mundial (1914 a 1918) que durou pouco mais de quatro anos
transformou o comportamento da sociedade européia. As mulheres acabam substituindo as
tarefas masculinas e com isso os cabelos ficam mais curtos e menos rebuscados. Uma nova
realidade surgiu, e agora a mulher trabalhava e ganhava seu próprio dinheiro, aquela
fragilidade que existia no começo do século começou a perder espaço1.
Helena Rubinstein Elizabeth Arden
http://www.art.com Acesso em: 18/09/11 10:10hs http://www.pocanticohills.org Acesso em: 18/09/11 10:25hs
Max Factor Gibson Girl
http://www.perfumeprojects.com Acesso em:18/09/11 9:40hs http://fash224.tripod.com Acesso em: 18/09/11 10:45hs
2.2. Os Loucos Anos 20
Foi uma década marcante e de muitas transformações. As mulheres lutavam pelo
direito de um estatuto de igualdade. Ficou conhecido como os “loucos anos 20”. O uso dos
produtos de maquiagem foi reavaliado transformando o uso da maquiagem em uma mania
mundial e fazendo com que as indústrias cosméticas progredissem cada vez mais4.
Para evidenciar uma nova personalidade os olhos começavam a ser maquiados,
mostrando uma nova visão do mundo. Segundo Molinos5 as bocas femininas tomaram a
forma de um coração deixando os cantos da boca sem cor, nos olhos sombras preta e muito
rímel à face recebia exageradamente o ruge e claro finalizando com o pó1.
Coco Chanel, uma grande e criativa estilista da época cortou os cabelos bem curtos
com talhe reto e franja, causando uma revolução entre as mulheres e em uma sociedade
inteira1. A intenção era parecer-se com a figura masculina, os cabelos eram apresentados nas
revistas, puxados para trás, com brilhantina e uma nuca quase raspada2.
Querendo um visual mais natural e cansadas dos artifícios, as mulheres deixavam
revelar o volume natural dos fios. Muitos acessórios foram usados para enfeitar os cabelos, as
faixas, toucas de crochê, à noite as mulheres enriqueciam seus adornos com uso de fitas de
veludo ou de seda, com pedras e penas coloridas, broches. Os cabelos ondulados e longos e os
presos não saíram totalmente de moda3.
A musa do cinema Louise Brooks também foi outra que adotou o cabelo à garçonne
corte reto e a franja, inspirado na mulher retratada no livro La Garçonne, um romance que
trazia uma mulher que usava cabelos curtos e fumava em público. Ela retratava esse ideal não
só nas telas, mas também na vida real2. Clara Bow que fazia o gênero “louquinha” de ar
inocente também foi outro acontecimento. Foi muito imitada no quesito maquiagem e
penteado. O que era usado nos cinemas ditava a tendência das ruas1.
Faux2 et alii relata uma novidade que apesar do preço e da dificuldade do uso causaria
grande entusiasmo foi o primeiro curvador de cílios, o Kurlash. Max Factor cria em 1928 o
primeiro gloss labial.
A crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão trouxe além dos
problemas financeiros a escassez dos produtos de embelezamento, já que pó-de-arroz, ruge e
batom em geral vinham de fora. As brasileiras aderiram ao rímel e ruge forte1.
Clara Bow Louise Brooks
http://misslittlecherry.wordpress.com Acesso em: 18/09/11 11:25hs http://www.divatododia.com Acesso em 18/09/11 12:10hs
Coco Chanel
http://chungkitblog.wordpress.com Acesso em: 18)09/11 11:05hs
2.3. 1930 Anos de Glamour e Crise Financeira
O ano de 1930 iniciou-se com a crise financeira causada pela queda da Bolsa de
Valores de Nova York, mas na contramão da crise a moda transmitia luxo, sofisticação e
esplendor6.
Segundo Faux2 et alii no seu livro “Beleza do século” o referencial de beleza da época
foi Greta Garbo e Marlene Dietrich. A grande atração era o olhar com sombras escuras
acentuando o côncavo da pálpebra superior para um olhar melancólico, cílios curvados e com
muito rímel, sobrancelhas depiladas e redesenhadas ou a lápis ou tingidas. O blush era bege
ou castanho bem claro. Lops4 comenta que o batom vermelho forte permanece nos lábios.
Max Factor apresenta o pancake que teve sucesso imediato, a partir de então imperfeições não
existiam mais para as atrizes, a pele de pêssego era rapidamente conseguida com o uso dessa
base compacta cremosa1.
As atrizes de cinema ditavam a moda dos cabelos curtos, mas modelados, ondulados,
penteados, tudo era harmônico1. Contudo Marques
3 diz que os cabelos longos voltaram a ser
usados, mas de forma moderada, pois ainda predominava o estilo mais curto. O repartido
podia ser no meio ou na lateral, ambos bem definidos, e as ondas voltaram com tudo.
Turbantes e chapéus complementavam o visual, foi nessa década também que as mulheres
resolveram arriscar outras cores para os cabelos, a cor mais procurada foi o loiro à la Marlene
Dietrich.
Surge em 1932 a Revlon, empresa que é conhecida até hoje e tem uma infinidade de
produtos de beleza1.
Greta Garbo Marlene Dietrich
http://www.garboforever.com Acesso em: 18/09/11 13:40hs http://www.google.com.br Acesso em: 18/09/11 13:25hs
Joan Crawford – Antes e Depois do Pancake
http://www.google.com Acesso em: 18/09/11 13:15hs
2.4. Anos 1940 – A Moda em Tempos de Guerra
Vita1 e Braga
6 citam em suas obras que o começo dessa década foi marcado pela
Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) que estava acontecendo e que perduraria até 1945.
Mudanças no comportamento foram fatais, como já tinha acontecido no período da guerra
anterior. Vita1 prossegue informando ainda que com a guerra veio não somente a falta de
produtos de beleza como também o racionamento, a dificuldade em conseguir um produto de
beleza era grande e a única solução era o mercado negro o que acabava elevando
significativamente o custo do mesmo.
Molinos5 afirma que os padrões de beleza clássica foram resgatados, linhas perfeitas,
bom gosto e refinamento eram valorizados. Cílios postiços, batom delineado e pancake na
preparação da pele. Neste momento o tom do batom, das sombras e pós combinavam melhor
com cada tipo de pele, a maquiagem ficou individual e não era mais a mesma para todas. O
pancake e o ruge apresentavam várias tonalidades1.
Verônica Lake com seus longos cabelos loiros divididos na lateral e deixando uma
mecha cobrindo metade do seu rosto, foi imitada loucamente por todas as classes sociais. Isso
causaria um problema para operárias já que essa mecha poderia entrar nas engrenagens das
máquinas causando grandes acidentes, levando as fábricas proibirem o penteado Verônica
Lake e a obrigatoriedade do cabelo preso com redinhas. Mais tarde a rede virou moda, já que
as operárias com pressa acabavam indo embora com elas, foi a primeira vez que a moda saiu
da classe menos favorecida para a elite, com diferença que as mulheres da elite usavam redes
douradas ou prateadas, bordadas com pérolas ou flores, enquanto as operárias usavam redes
pretas. Os cabelos da época eram compostos por ondas, enchimentos, coques, chapéus e
turbantes. Não foram só os penteados presos que caracterizaram essa época, os cabelos soltos
também fora adotado1. Muitos meios de embelezamento não ficaram acessíveis durante o
conflito e os cabelos longos foram uma maneira de mostrar feminilidade2.
As pin-ups surgiram em meio a guerra e Betty Grable foi a mais popular entre todas,
elas serviam meio que para compensar as frustrações do momento que estavam passando2.
Ainda segundo Faux2
et alii New York Times em 1941 relatou que nos EUA vinte
milhões de dólares eram vendidos em batons, isso frisando que estavam em meio a uma
guerra e essa cifra aumentaria ao longo de toda guerra. As enfermeiras não deixavam o
submarino sem antes passar ou retocar o batom.
Verônica Lake
http://itsmonter.blogspot.com Acesso em: 18/09/11 14:35hs
Betty Grable - Pin up
http://www.google.com.br Acesso em: 18/09/11 14:05hs
2.5. 1950 – Anos Dourados
Para Faux2 et alii os anos posteriores a guerra foram de incertezas e reconstrução.
Foram anos de elegância e de resgate dos valores conservadores.
Cita ainda a autora que as cores da maquiagem seguiam as cores das roupas, assim
como antes da guerra, o que não era bem aceito pelos maquiadores de Hollywood. A pele era
pálida e os lábios intensos, o olhar era modelado por sombra nas pálpebras, rímel e
especialmente delineador, sem esquecer o lápis de sobrancelha, o que estava na moda era o
oposto do olhar fatal. Pó de arroz era usado em casa enquanto o pó compacto ficava sempre
nas bolsas, para uso emergencial.
Segundo Vita1
os cabelos nesta década eram curtos inspirados nas musas do cinema e
não eram mais o foco da sensualidade, podiam ser ruivas, morenas ou platinadas, mas sempre
ondulados.
A autora acima menciona ainda que sensualidade e feminilidade eram os trunfos usados
pelas mulheres, que eram divididas em dois padrões de estilos: as boazinhas (ingênuas) e
destruidoras de lares (fatais). Entre as atrizes esses estereótipos começavam a aparecer
evidentemente
Faux2 et alii diz que Grace Kelly e Audrey Hepburn apareciam entre as ingênuas e suas
armas eram a naturalidade os cabelos emolduravam o rosto, sobrancelhas naturais levemente
sublinhadas e os lábios claros. Grace Kelly cria o estilo loura chique. Já o oposto delas são
Ava Gardner e Rita Hayworth sendo elas as belezas consideradas fatais. Junto com esses dois
estereótipos teríamos ainda a união de Marilyn Monroe com a mistura perfeita de ingenuidade
e inocência com sensualidade e erotismo ela seria o símbolo sexual de uma década juntamente
com Brigitte Bardot.
A mesma autora revela que a maquiagem de Marilyn era resultado de três horas de
trabalho, tudo era bem estudado era mais natural, porém mais sedutora usava de todos os
artifícios disponíveis base, pó, rímel, sombra, cílios postiços, delineador e batom com um
toque de vaselina para deixar os lábios volumosos. Brigitte Bardot tinha um ar inocente, usava
rabo de cavalo, franja e os olhos sempre muito marcados1.
Chega ao mercado no fim da década mais uma das invenções de Max Factor, o
delineador líquido1
Em 1957 em busca da beleza as mulheres, sobretudo as que trabalhavam gastaram
quatro bilhões de dólares com seu ritual de embelezamento2. As marcas de cosméticos
famosas como Max Factor, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden chegavam a terras brasileiras
nessa época4.
Brigitte Bardot
http://www.mariarodryguezmoda.net/ Acesso em: 19/09/11 9:30hs
Marilyn Monroe Audrey Hepburn
http://vainchic.com/marilyn-monroe-reincarnated/ Acesso em: 19/09/11 9:45hs http://latidasdafifi.blogspot.com Acesso em: 19/09/1 10:10hs
2.6. Os Agitados Anos 1960
Os anos de 1960 foram marcados pela adaptação aos novos tempos, já que tiveram
grandes mudanças com a manifestação da juventude6.
Essa foi a década da revolução comportamental, os jovens nascidos durante ou após a
Segunda Guerra Mundial, já não se prendiam a opiniões antigas e traziam com eles o frescor
de novas idéias, sinal que a geração anterior já demonstrava1. A autora prossegue dizendo é
impossível não citar a celebre frase que sempre remete aos anos 60 “sexo, droga e rock’n
roll”. A transformação da moda foi enorme, surgiram várias tendências que podiam ser
escolhidas, não existia mais um padrão e o que podia ser visto na escolha do penteado e da
maquiagem refletia o comportamento de cada um.
Chamado de “Swinging Sixties” os anos 60 tinha uma maquiagem mais liberal. Os
olhos marcados era o foco, os batons vermelhos deixados de lado e substituídos pelos bem
claros ou mesmo brancos, maquiagem era indispensável4. Molinos
5 concorda e acrescenta na
era espacial, para contrastar com os olhos pesados, delineados e com muito rímel as cores da
maquiagem eram luminosas. Faux2 et alii complementa a maquiagem convencional,
comportada começou a perder espaço na moda, para as mulheres desse período o importante
era a maquiagem dos olhos que era acompanhada de muito lápis preto, sombra, cílios e
delineador, tudo que valorizava os olhos era bem aceito. O olho devia ser além de grande,
negro.
O ícone dessa geração foi a modelo Twiggy. Outra que chamava atenção pela
elegância foi a primeira dama dos Estados Unidos, Jacqueline Bouvier Kennedy com seus
chapéus e penteados que foram muito copiados por mulheres de todo o mundo1.
Os cabelos longos eram os preferidos, apesar do modismo e variedade da época, mas
não era raridade encontrar mulheres com os cabelos de Twiggy, ou seja, curtíssimos3. Os
penteados altos predominavam nas cabeças femininas. Para segurar os coques geralmente
enormes, conseguidos muitas vezes com ajuda de um aplique ou enchimento estofado ou até
mesmo com esponja de aço esse último trazia muito incômodo, pois causava coceiras, era
necessário o uso de muito laquê. Outro estilo de cabelo muito usado também era o “gatinho”,
as pontas dos cabelos eram penteadas para cima, era bem armado e com muito laquê1.
No final da década surgiu o movimento hippie e começou a se fortalecer se estendendo
até os anos 1970. A juventude adotou o estilo e as maquiagens psicodélicas de cores vivas.
Influenciariam novas imagens de beleza2. A maquiagem fazia mais o estilo “esfumada”.
Saíam de cena os penteados duros de laquê1.
A marca Clinique surgiu em 1968, lançando seus produtos de cuidados com a pele como
limpeza, tonificação e hidratação, com uma novidade para a época, a preocupação dos tipos
de pele existentes e as necessidades de cada uma1.
Jaqueline Kennedy
http://souffle.com.br Acesso em: 19/09/11 10:55hs
Twiggy
http://lojatress.blogspot.com Acesso em: 19/09/11 10:40hs
2.7. Anos 1970 – É Proibido Proibir
A década começou com a referência da moda Hippie, que já havia iniciado em
meados da segunda metade dos anos de 19606. Surgiram vários estilos, os hippies tiveram
uma influência nos cabelos e maneira de se maquiar. Os black power independente de raça ou
cor da pele adotaram o visual afro de cabelos armados e com bastante volume. Os punks
chocavam com os cortes de cabelos repicados e maquiagem preta nos olhos1.
Marques3 cita que na década do proibido proibir o corte em camadas foi um dos mais
usados e copiados. Cabelos aos ventos, soltos e bagunçados. A beleza dessa década foi
explosiva e a mulher que melhor representava esse ideal era Farrah Fawcett2. Fez de seu
penteado uma de suas marcas registradas, sendo imitada por muitas mulheres tanto no corte
quanto nas luzes1. Os cabelos de Fawcett estavam assegurados em 125 mil dólares
2.
Molinos5 afirma que o rosto da mulher do momento parecia natural, mas na verdade
tudo era calculado. A maquiagem deveria ser mais leve, ágil. Triunfou a transparência,
sumiram-se os contornos, na pele nada de bases em bastão, nada pesado, usava-se quase tudo
cremoso. Vita1 informa ainda que os cílios postiços pesados perderam espaço, a maquiagem
ainda tinha uma pitada da década anterior apesar de aos poucos estar sofrendo modificações.
A força do natural look fez as mulheres buscarem uma aparência mais discreta, entraram em
cena as sombras claras, rosadas e translúcidas deixando de lado as sombras pesadas, o uso do
rímel era sem exagero e os blushes mais atenuados, os cabelos soltos e naturais. Isso durante o
dia, já que a noite as mulheres se permitiam uma maior extravagância na maquiagem usando
nos olhos muito rímel, delineador preto e sombras brilhantes, na boca batom vermelho e
brilho labial, os cabelos esvoaçantes.
Conforme Lops4 as pessoas começavam a notar que a ansiedade, nervosismo o estresse
podiam influenciar na aparência da pele, com isso o uso de técnicas de relaxamento tanto para
pele como para o corpo era cada vez mais difundida e usada. Vita1 comenta que foi nessa
época, mas precisamente no ano de 1976 em Londres que a Body Shop foi inaugurada, tendo
como referencial dos seus produtos o natural look. Não usavam animais para testes e seus
produtos eram todos naturais. É o tipo de loja que hoje chamamos de “politicamente correta”.
Tem a mesma política até os dias atuais e hoje essa loja faz parte do grupo L’Oreal.
No Brasil Dancing Days, uma novela de Gilberto Braga fez muito sucesso trazendo
referências novas, a TV ficou mais próxima e começou a ditar tendências deixando o cinema
de ser a principal referência1.
Punks Hippies
http://personicaclub.blogspot.com Acesso em: 19//09/11 11:25hs http://sintonizandomoda.blogspot.com Acesso em: 19/09/11 11:40hs
Farrah Fawcett
http://www.eonline.com Acesso em: 19/09/11 11:10hs
2.8. A Era do Exagero – Anos 1980
Exagero e ostentação, os anos de 1980 foi o período em que a beleza virou uma
competição, as mulheres queriam ser diferentes umas das outras. Brilho, luxo e sofisticação
eram o que as mulheres almejavam. Nesta época o estilo hippie chegou ao fim4.
Cabelos desfiados, soltos e compridos e muitas cores na maquiagem eram o hit do
momento. O cabelo molhado com gel e mousse também fazia sucesso1. Os cabelos lisos não
eram tão aparatosos, mas também não saíram de moda, porém a coqueluche do momento
eram os permanentes que estavam associados ao poder, admiração, sensualidade e presença
notável. O rabo de cavalo era ondulado, esticado e arrumadinho na frente, preso de lado era
outro penteado muito usado3.
Madonna foi o grande referencial da década, Faux2 et alii cita em seu livro:
“tudo é demais nela... E é perfeito!” nada a intimidava, olhos pintados, cabelos louros de
raízes pretas, ela triunfava.
Vita1 cita ainda a princesa Diana como outro referencial, que foi imitada no seu corte
de cabelo em todo o mundo
Surgiu o pó bronzeador, com objetivo de deixar a pele com boa aparência, mesmo no
inverno. Um pouco mais tarde, outra novidade surgiu, os Météorites, um multicolorido de
bolinhas misturadas para finalizar a maquiagem, todos esses produtos lançados pela
Guerlain2.
A cirurgia plástica começou a ter sua ascensão nesse período2.
Lops4 referencia Elizabeth Arden como criadora, em 1983 de um batom que durava
mais tempo nos lábios A marca Helena Rubinstein agora pertencia à L’Oreal2.
Madonna Princesa Diana
http://www.midiatico.com Acesso em: 20/09/11 13:25hs http://garotasbatom.blogspot.com Acesso em: 20/09/11 13:40hs
2.9. Anos 1990 – Mix do Passado
Para Molinos5 a última década do século XX trouxe um mix do passado, mas com um
olhar mais conhecedor. Vita1 afirma que este foi um período de muitas mudanças, as
tendências desapareciam na mesma velocidade que chegavam, e as pessoas estavam buscando
mais por sua personalidade.
As tribos urbanas eram identificadas facilmente: patricinhas, mauricinhos, cults,
clubbers, punks, surfistas, góticos, roqueiros, cada um com sua identidade sem tentar impor
este ou aquele padrão. E é essa a grande marca dessa década, a diversidade de estilos
convivendo em conjunto1.
Faux2 et alii menciona Cindy Crawford, Naomi Campell e Kate Moss como as
representações da beleza do início dos anos.
Ainda conforme a mesma autora depois do exagero dos anos anteriores agora tudo se
resumia ao minimalismo. A pele trazia a aparência de hidratada, a maquiagem era
imperceptível, a boca também se incluía na linha da descrição. A maquiagem mostrou uma
tendência natural sofisticada.
Os permanentes ainda eram os queridinhos no início da década, mas isso começaria a
mudar quando os cabelos lisos ganharam espaço e importância no caminhar dos anos. Tudo
era permitido, desde a escolha do corte até a cor do cabelo, então o que parecia ser um
processo simples na verdade se tornou complicado. Exigia, além de autoconhecimento, certa
dose de sensibilidade e de descobrimento da beleza e o que a ressaltava. As mulheres
precisavam descobrir o seu próprio estilo. Contudo, apesar da imensa variedade e liberdade de
escolha teve um corte de cabelo muito copiado que foi o de Rachel personagem vivida por
Jennifer Aniston no seriado Friends3.
A cirurgia plástica e os cremes redutores de rugas ganharam destaque. Só a
maquiagem já não foi o suficiente para a busca da perfeição. Os homens começaram a
demonstrar um interesse pelo embelezamento, mais que em décadas passadas. A venda de
cosmético no Brasil esteve em ascensão, prova disso foi o sucesso das feiras de beleza e
cosmética, mostrando competitividade e tecnologia1.
Com pele translúcida, olhar acentuado com auxilio de rímel, boca vermelha opaca e
cabelos degradê louro, surgiu Carolyn Bessete Kennedy, considerada ícone chique do
momento2. Gisele Bundchen, Jennifer Lopez e Christina Aguilera eram os ícones da época
4.
Conforme Faux2 et alii nos anos da beleza on line com lançamentos mundiais, tudo
que era ímpar foi muito bem recebido, ficar belo não tinha preço. No fim do século tudo
pareceu permitido, o modismo não foi bem aceito, a imposição perdeu efeito e deu passagem
ao estilo e personalidade.
Gisele Bundchen
http://www.bemresolvida.com.br Acesso em: 21/09/11 15:20hs
Jennifer Lopez Jennifer Aniston como a personagem Rachel
http://aovelhacolorida.blogspot.com Acesso em: 21/09/11 15:35hs http://blog.revistacabelos.com.br Acesso em: 21/09/11 15:30hs
2.10. 2001 até os dias atuais – O Novo Século
O novo século começou com o atentado terrorista de 11 de setembro nos Estados
Unidos, e assim como já acontecera em décadas do século passado, houve toda uma
transformação da sociedade. Notamos o resgate da feminilidade, as cores quentes apareceram,
a maquiagem com várias opções está mais colorida. Nada mais é obrigatório e muito menos
constante. A beleza de agora é mais democrática, as pessoas em busca da felicidade, querem
ser diferentes e com isso afloram a vaidade, o individualismo, buscando suas referências e
com elas modificam o que for necessário para sentirem-se bem, querem ser bonitas para si
mesmas, muito mais que para os outros1. Para Lops
4 a beleza anda de mãos dadas com a
saúde, que é refletida na aparência.
Os cabelos recebem tons contrastantes, negros por baixo e platinados por cima1. Se o
cabelo loiro sempre esteve associado a poder de sedução e sensualidade, os cabelos lisos,
desejo das mulheres atualmente proporcionam status. Apesar do modismo, a liberdade de
escolha é o ponto positivo dessa época e os padrões de rigidez são os opostos do início do
século passado3.
Segundo as autoras Alves7 e Rolon
8 nos dias de hoje a moda traz a tendência do color
block muito forte e aposta ainda no hippie chic. Na maquiagem pele com aspecto natural,
lábios em tons de laranja, coral, rosa, vermelho e nude, ou ainda o gloss. Olhos em tons
cítricos, turquesa, rosa com a maquiagem bem esfumada, o delineador no estilo “gatinho”
também é aposta certeira. O uso do dourado nas sombras e nos bronzer e até mesmo nos
lábios das mais ousadas. Nos cabelos coque baixo podendo ser acompanhado por tranças,
rabo de cavalo com muita textura, ondas grandes e suaves, efeito molhado, desalinhado e
franja.
O que fica certo, é que a história da beleza provavelmente não terá fim, já que a busca
pela mesma é permanente1.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, onde os fatos ou situações são observados, analisados
e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles, ou seja, os fenômenos são estudados,
mas não são manipulados pelo pesquisador.
Para elaboração da pesquisa documental qualitativa, foram levantadas referências teóricas
através de obras sobre a história do cabelo e maquiagem, estudo das décadas do século XX,
somados a leituras sobre visagismo, moda, comportamento social e outras informações que se
mostraram necessárias no decorrer do projeto, sempre analisando e cruzando os assuntos para
uma maior abrangência de informações.
As tendências atuais não estão contempladas em referenciais literários, por esse motivo
este referencial foi buscado em editoriais de moda, websites confiáveis, que mostram as
próximas tendências e releituras, que serão utilizadas nas estações vindouras.
4. DISCUSSÃO
É notável o ciclo repetitivo desde o começo da história até os dias atuais. Conseguiu-se
identificar que muitas vezes foi feito um resgate, uma releitura do que mais chamou atenção
em determinadas décadas e modificada com o toque atual, trazendo a contemporaneidade do
momento.
As apostas de estilos trazem referência de muitas décadas, porém para a próxima estação
pode-se observar que a década de 1970 e 1980 foi predominante para a próxima coleção.
O Color block, a mistura de cores fortes, muito usado na década de 1980, é tendência certa
para a próxima estação. A era Disco e a aposta no hippie chic dos anos 1970 com materiais
como crochê, cortiça, corda de juta e couros rústicos. Na maquiagem a pele deve ser
iluminada, ter um aspecto natural assim como nos anos 70 e começo dos anos 90, onde a
beleza se encontrava na pele hidratada e iluminada. Nos lábios os tons de laranja, coral, rosa e
vermelho, trazendo a proposta da boca tudo muito usado nos anos 1950, onde apesar do
delineador nos olhos, o foco eram mesmo os lábios. O batom nude marca presença deixando o
look mais natural, como já tinha acontecido na década de 60 e 90 quando os batons escuros
foram deixados de lado. O gloss também vai ter seu espaço.
Os olhos coloridos com tons cítricos, passando ainda pelo turquesa e rosa, remetem muito
a época do exagerado anos 1980 onde as cores prevaleciam. Delineador gatinho lembra os
anos dourados de Brigitte Bardot e Marylin Monroe, as sombras esfumadas como adotadas
nos anos de 1920 e 1960. O dourado trazendo o brilho luxuoso aparece nas sombras, e nos
bronzer muito usados nos verão, deixando a pele com boa aparência nos remetendo aos anos
80.
Quanto aos penteados o coque baixo de 1940, rabos de cavalo e franja muito usados por
Brigitte Bardot nos anos 50, só que agora sem volume e baixos, e a franja podendo ser
dividida na lateral, ondulada ou lisa, o efeito molhado da década de 20 e 80, as ondas que
sempre foram moda até os anos 80 e o desalinhado remetendo o estilo de cabelo a vontade
usado nos anos 70.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da pesquisa feita sobre a história e cruzando com as informações sobre
tendências atuais, identificando a referência de cada época fica evidente que hoje usa-se tudo
que já foi usado, acrescentando estilo próprio e contemporaneidade, fazendo assim uma
releitura.
As transformações sociais também demonstraram grande influência sobre a moda, e
fica claro que o conhecimento da evolução do cabelo e da maquiagem é relevante para a
qualificação do tecnólogo em estética e imagem pessoal que tenha interesse nesta área de
atuação. Moda é transitória, cíclica, repetitiva, tudo varia de acordo com o momento, como
aconteceu até a metade do século, onde apenas um modelo de beleza era adotado por década,
isso mudou somente em 1960, perdurando até os dias de hoje.
Nos dias atuais todas as décadas se misturam, contando a história da beleza através
dos tempos, hoje a beleza é plural e se definem individualmente.
6. REFERÊNCIAS
1. VITA, Ana Carlota R. História da maquiagem, da cosmética e do pentado: em busca da
perfeição. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2008.
2. FAUX, Dorothy; CHACHINE, Nathalie; JAZDZEWAKI, Catharine. Beleza do Século.
São Paulo: Cosac Naify, 2000.
pg 90; pg 199
3. MARQUES, Silvia. Historia do Penteado. São Paulo: Matrix, 2009.
4. LOPS, Giulia. A História da Maquiagem. São Paulo: Editora GBL, 2009. Disponível
em:<http://issuu.com/giulialops/docs/historiadamaquaigem#download> Acesso em 20 Jun.
2011.
5. MOLINOS, Duda. Maquiagem Duda Molinos. 10°ed. Editora Senac, 2009.
6. BRAGA, João. História da Moda. 7°ed. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2007.
7. ALVES, Ana Carolina. Balanço da Temporada Verão 2012: tendências de Cabelo, Jun
2011. Disponível em:
http://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~23559~n~tendencias+cabelo+e+maq
uiagem+verao+2012+fashion+rio+e+fashion+business+.htm. Acesso em 17/10/11
8. ROLON, Camila. Tendências Cabelo e Maquiagem Verão 2012- Fashion Rio e Fashion
Business, Jun 2011. Disponível em: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/fashion-
rio/cabelo/balanco-da-temporada-verao-2012-tendencias-de-cabelos. Acesso em: 17/10/11
9. UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Normas Técnicas: elaboração e apresentação
de trabalho acadêmico-científico / Universidade Tuiuti do Paraná. 2ª ed. Curitiba: UTP,
2006.
10. Andrade MM. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
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