a estrutura hilemorfica hilemorfismo

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ESTE TRABALHO FOI APRESENTADO POR MIM NO ICESPI , DESEJO QUE OUTRO POSSAM APROVEITAR ESTE CONTEÚDO SOBRE O HILEMORFISMO ARISTOTÉLICO

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ICESPI 2011

A ESTRUTURAHILEMÓRFICA

OSVALDO SANTOS

SEMINARIO: FILOSOFIA DA NATUREZA.

O HILEMORFISMO

PROF. GERSON

O HILEMORFISOMOO HILEMORFISOMO

ARISTÓTELICO

• A doutrina aristotélica segundo a qual a essência das substancias materiais é composta de matéria (HYLÉ) e forma (MORFÉ).

• Uma vez que se trata da essência das substancias , a matéria da qual se fala é a matéria prima.

(o sujeito ultimo do que as coisas se compõem)

O HILEMORFISMO É

ARTIGAS. FN. P.203

A MATÉRIA

• O conceito de “matéria” é utilizado por Aristóteles em diferentes contextos ao,longo de suas obras e não tem significado unívoco.

• Houve dúvida acerca da autenticidade da interpretação tradicional, segundo a qual existe uma matéria prima única, comum a todos os corpos

ARTIGAS.FN. P.203

• Substrato puramente indeterminado que em composição de todos os seres materiais, inclusive se afirmou que esta interpretação é alheia a Aristóteles.

• William Charlton examinou as passagem aristélicas que podem se referir à materia prima e concluiu que não há espaço para interpretação tradicional:

• A matéria sempre, em Aristóteles, algo concreto e já determinado.

ARTIGAS. FN. P.203

INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO TRADICIONALTRADICIONAL

charlton, afima que ela tem origem no timeo platônico.

Com a união da linguagem platônica com os conceitos de Aristóteles a cerca do fator material.

Essa união teria sido obras dos estóicos.

Os estóicos consideravam as pessoas como parte de uma mesma razão universal e isto levou à idéia de um direito universalmente válido, inclusive para os escravos. Eram monistas (negavam a oposição entre espírito e matéria) e cosmopolitas. (GAARDER. Mondo de sofia)

ARTIGAS. FN. PP. 203-204

ARTIGAS. FN. P.204

INTERPRETAÇÕES TOMISTAS DO INTERPRETAÇÕES TOMISTAS DO HILEMORFISOHILEMORFISO

SINTUA-SE: SINTUA-SE: no marco de uma metafísica cristianista. no marco de uma metafísica cristianista.

Os conceitos tomistas : Os conceitos tomistas : foram tomados em boa parte, foram tomados em boa parte, de Aristóteles; de Aristóteles;

Entretanto: Entretanto: neste caso, como em em muitos outros, o neste caso, como em em muitos outros, o Aristotélicos é interpretado UMA METÁFISICA que, em Aristotélicos é interpretado UMA METÁFISICA que, em alguns aspectos importantes não é aristotélicaalguns aspectos importantes não é aristotélica. .

ARTIGAS. FN. PP.204-205

MATERIA E FORMAMATERIA E FORMA

Matéria e forma são conceitos correlativos: algo é Matéria e forma são conceitos correlativos: algo é

matéria em relação a uma forma e algo é forma em matéria em relação a uma forma e algo é forma em relação a uma matéria . relação a uma matéria .

Portanto, no mundo do físico (entes materiais), Portanto, no mundo do físico (entes materiais), matéria e forma exigem-se mutuamente e matéria e forma exigem-se mutuamente e complementam-se.complementam-se.

Não há matéria sem forma; caso houvesse, Não há matéria sem forma; caso houvesse, existiriam certas condições materiais ( extensão, existiriam certas condições materiais ( extensão, duração, movimento)duração, movimento)

• Não afetaria nem uma entidade, o que é impossível. Tão pouco existe forma sem matéria.

• Um ser puramente espiritual não pertence ao nível físico ou material.

• A correlação entre matéria e forma é a que se dá entre potência e ato.

ARTIGAS. FN. 205

MATERIA E FORMAMATERIA E FORMA

• Com efeito, forma indica determinação e portanto, ato;

• ao contrario, potencia significa algo indeterminado que é atualizado ou determinado pela forma.

• Materia e forma constituem uma autêntica unidade:

• POR conseguinte, matéria e forma não são se unem como se fossem duas entidades, ou partes físicas. ARTIGAS. FN. P. 205

MATERIA E FORMAMATERIA E FORMA

ARTIGAS. FN. 207

Matéria e forma são causas enquanto “componentes” que constituem o natural:

3.3. A matéria prima e a forma substancial constituem a A matéria prima e a forma substancial constituem a essência das substancias materiais;essência das substancias materiais;

5.5. A matéria segunda e as formas acidentais constituem a A matéria segunda e as formas acidentais constituem a substancia com sua determinações. substancia com sua determinações.

Aristóteles expresso a unidade e a casualidade e a causalidade da matéria e da forma mediante a uma afirmação muito explícita:

“ a matéria última e a forma são a mesma coisa, aquela em potência e esta em ato”

MATÉRIA E FORMA MATÉRIA E FORMA COMO CAUSASCOMO CAUSAS

ARTIGAS. FN. P. 208

O VALOR DO HILEMORFISMOO VALOR DO HILEMORFISMO

A matéria e a forma são causas reais, intrínsecas,constitutiva da essência das substancias naturais, equivale a afirmar o valor metafísico da composição hilemórfica.

Em outras palavras, esta composição não corresponde só a outras palavras, esta composição não corresponde só a uma construção mental útil para compreendermos a uma construção mental útil para compreendermos a natureza, mas à realidade das coisas, ainda que matéria e natureza, mas à realidade das coisas, ainda que matéria e forma não sejam entes completos.forma não sejam entes completos.

ARTIGAS. FN. PP. 210-211

RACIONALIDADE MATERIALISADA

O hilemorfismo corresponde a diferentes niveis explicativos, que embora guardem certa relação entre si não se identificam:

O primeiro refere-se à mudança;O segundo, à constituição dos corpos; O terceiro, à multiplicidade de indivíduos entre de

uma mesma espécieEntre estes meios pode existi um tal lugar se considere

a relação entre âmbito físico e metafísico .

ARTIGAS. FN. PP. 211

NÍVEISNÍVEIS Em primeiro lugar , Em primeiro lugar , o hilemorfismo o hilemorfismo foi formulado para explicar a foi formulado para explicar a

possibilidade da mudança.possibilidade da mudança.

Em segundo lugar aplica-se, o hilemorfismo á construção dos corpos, Em segundo lugar aplica-se, o hilemorfismo á construção dos corpos, possuem a condição de matéria e forma, existindo a possibilidade da possuem a condição de matéria e forma, existindo a possibilidade da mudança.mudança.

Em terceiro lugar, o hilemorfismo explica a multiplicidade de Em terceiro lugar, o hilemorfismo explica a multiplicidade de indivíduos da mesma espécie. Se os corpos são constituídos por indivíduos da mesma espécie. Se os corpos são constituídos por matéria e forma, a forma refere-se ao que caracteriza cada espécie e matéria e forma, a forma refere-se ao que caracteriza cada espécie e matéria às condições concretas nas quais esse tipo geral existe.matéria às condições concretas nas quais esse tipo geral existe.

ARTIGAS. FN.PP.211-212

Além desses, podemos considerar outro nível, referente à Além desses, podemos considerar outro nível, referente à relação entre o mundo físico e o metafísico. O relação entre o mundo físico e o metafísico. O hilemorfismo reflete a existência de uma hilemorfismo reflete a existência de uma graduação de graduação de perfeições perfeições em função dos distintos graus de em função dos distintos graus de imaterialidade. imaterialidade.

E, à luz de uma metafísica criacionista, a natureza revela-E, à luz de uma metafísica criacionista, a natureza revela-se como a realização , atraves de condições materiais, de se como a realização , atraves de condições materiais, de um projeto racional.um projeto racional.

Possibilitando a existência de uma natureza cujo o cume Possibilitando a existência de uma natureza cujo o cume é um ser propriamente racional: a pessoa humana, que, é um ser propriamente racional: a pessoa humana, que, ao mesmo tempo em que existe em condições materiais, ao mesmo tempo em que existe em condições materiais, as trancende. as trancende.

ICESPI

REFERENCIAREFERENCIA

ARTIGAS, Mariano. ARTIGAS, Mariano. A estrutura hilemórficaA estrutura hilemórficaFilosofia da natureza. Filosofia da natureza. Ed. São Paulo - 2005Ed. São Paulo - 2005

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