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INTRODUO SEGURANADO
TRABALHO
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INTRODUO SEGURANA DOTRABALHO
CAPTULO 1- Introduo
1.1 O Acidente e a Segurana do Trabalho
Muitos dos bens materiais que utilizamos para nossa sobrevivncia ou para
nosso uso cotidiano, no so encontrados para o consumo na natureza. Para que
isso possa ser obtido, necessria uma srie de processos de trabalho, onde as
matrias-primas so transformadas com o emprego de ferramentas, mquinas efora de trabalho humano.
Nenhum processo de trabalho ocorre sem que outro produto seja gerado
antes, por exemplo, a construo de uma casa, requer a produo de tijolos,
cimento, etc. Portanto, cada processo desse, um componente importantssimo
do processo de produo.
Um processo de produo pode vir a ter diferentes objetivos, dependendo
da forma que ela esteja organizada numa determinada sociedade. Mas, um
objetivo pode estar presente em todas as formas de organizao social
(ECONOMICIDADE). Ou seja, podemos obter uma maior quantidade de produtos
proveniente da mesma quantidade de insumos.
Assim, qualquer acontecimento que cause uma improdutividade de insumos
(materiais, meios-de-trabalho ou mo-de-obra) pode vir a se tornar um evento
indesejvel, e isso damos o nome de Acidente do Trabalho.
A seguir, veremos a definio de acidentes, para facilitar o nosso
entendimento.
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1.2 Definio sobre Segurana do Trabalho
Foi desenvolvido para esse curso, um sistema de conhecimentos, onde
poderemos observar o problema dos acidentes do trabalho, bem como, reduzir as
perdas por eles gerados.
Primeiramente, pode-se definir a Segurana do Trabalho, como sendo um
conjunto de tcnicas e mtodos, oriundos das diversas reas da Engenharia, que
tem como objetivo:
Identificar;
Avaliar;
Eliminar ou controlar os riscos de acidentes do trabalho.
Dessa maneira, a Segurana do Trabalho uma ferramenta importante que foi
desenvolvida, tanto para preservar a sade dos trabalhadores, como tambm para
aumentar e melhorar a eficincia da produo.
1.3 Histrico A Evoluo da Segurana do Trabalho
Pelo que temos de informaes, todos os estudos relacionados com a
preocupao das relaes entre sade e trabalho surgiu na Grcia Antiga, quando
Hipcrates fez algumas referncias ao chumbo na sade humana. Em seguida,
outros estudiosos, como Plnio e Galeno, fariam anotaes referentes a doenas
adquiridas por trabalhadores em contato com enxofre, zinco e chumbo.
Com o declnio da civilizao grega e a conseqente ascenso de outros
povos, por muito tempo esses estudos ficaram praticamente parados, s voltando
a se analisado de uma forma necessria aps a Revoluo Mercantil no sculo
XIV. Muito disso se deve s pesquisas de mdicos como Ulrich Ellenbog, que
detectou entre outros, a toxicidade do CO2 (monxido de carbono), do mercrio e
do cido ntrico; Paracelso, que estudou os males dos minrios, George Bauer,
entre outros.
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Dados histricos do a entender que os estudos relacionados a EST se
deram a partir a Revoluo Mercantil, devido a nova formao social, conhecida
como Capitalismo Mercantil, na qual o trabalho teria um novo e maior valor.
No sculo XVIII, o mdico italiano Bernardino Ramazzini, publica em seu
livro As Doenas dos Artesos, cinqenta e trs descries de enfermidades do
trabalho, sendo que para algumas, j eram apresentadas formas de preveno e
tratamento. Por esse trabalho, Ramazzini recebeu o justo ttulo de Pai da Medicina
do Trabalho.
Com a Revoluo Industrial e o crescimento do Capitalismo industrial, o
ndice de acidentes de trabalho cresceu assustadoramente, muito devido s ms
condies de trabalho existente nas fbricas daquela poca. Essa situao
agravou-se tanto, que at a continuao do processo de trabalho ficou ameaado,devido o grande nmero de trabalhadores mutilados ou mortos por acidentes de
trabalho, a ponto de acharem que por faltas de braos o desenvolvimento
capitalista pararia.
Com tudo isso, todas as pesquisas feitas em todos esses anos, comearam
a ser empregadas na criao de Leis de Proteo de Sade dos Trabalhadores,
numa tentativa garantir a produo industrial crescente.
Por exemplo, podemos citar:
Lei da Sade e Moral dos Aprendizes (1802);
Lei das Fbricas (1833)
Ambas Leis inglesas estabeleciam restries como a jornada mxima de
doze horas e idade mnima de nove anos para trabalhar nas indstrias.
J no sculo XX, observa-se o desenvolvimento da Administrao
Cientfica, a partir das contribuies de Taylor e outros estudiosos. Essa nova
forma de administrar aumentou a preocupao pelos Gerentes Industriais com os
acidentes de trabalho, pois esses eventos comprometiam o cronograma do
sistema produtivo. Dessa forma, sistemas de preveno ou controle de acidentes,
comearam a ser aplicadas, como por exemplo, os EPIs (equipamentos de
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proteo individuais), sistemas de ventilao industrial, entre outros. Assim foi
criado o que hoje conhecemos por Engenharia de segurana do Trabalho - EST.
1.4 Teorias sobre o Acidente de Trabalho
As Leis de proteo sade do trabalhador, seguiram basicamente trs
teorias jurdicas a partir do sculo XIX, encarando de formas bem distintas o
Acidente de Trabalho. Seriam elas:
Teoria da Culpa;
Teoria do Risco Profissional;
Risco Social
A Teoria da Culpa entende o Acidente de Trabalho como sendo um crime
qualquer. Assim, ela mostra a existncia de dois grupos de causas de acidentes:
1. Atos culposos cometidos pelo prprio trabalhador acidentado
ou algum de seus colegas (os chamados atos inseguros).
2. Atos culposos cometidos pelo empregador seja ele por ao
ou omisso as chamadas condies inseguras.
Posteriormente, devido os grandes problemas polticos criados por esses
conceitos, passou-se a adotar a Teoria do Risco Profissional, que encarava o
acidente de Trabalho no como um crime, mas fruto do exerccio de uma
determinada atividade produtiva. Podemos citar como exemplo, o trabalho em
uma oficina, onde alguns riscos profissionais como cortes, pancadas e
queimaduras so muito comuns.
Por ser este tipo de atividade produtiva explorada por um empresrio com
fins lucrativos, automaticamente ele deveria arcar com todas as despesas de um
possvel acidente de trabalho, assim, todos os acidentes passaram a ser
indenizveis, no precisando ser levadas s aes judiciais para identificao dos
verdadeiros culpados. Para o pagamento das indenizaes, as empresas
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contavam com Seguradoras, e repassavam, por conseguinte este custo aos
consumidores de seus produtos.
Esta Teoria foi depois substituda pela do Risco Social, que passou a
encarar o Acidente de Trabalho como um acontecido do processo produtivo
necessrio reproduo/ bem-estar de toda a coletividade, e no somente da
empresa contratante. As indenizaes continuaram a existir, mas seu pagamentos
passaram a ser encargo de um sistema previdencirio que reuniria trs grupos
contribuintes compulsrios:
1. Empregadores;
2. Empregados; e
3. Estado.
Essa Teoria a base da atual Legislao brasileira sobre Acidentes de
Trabalho.
1.5 A importncia do Acidente do Trabalho
Para se ter uma boa avaliao sobre o Acidente do Trabalho no Brasil,
podemos recorrer s estatsticas oficiais. Esses dados nos do o ttulo decampeo mundial de acidentes de trabalho, como o conquistado em 1982, onde
em cada grupo de 1.000.000 de trabalhadores brasileiros, 218 morreram. S para
compararmos a grandeza desses nmeros, nos Estados Unidos, esta taxa no
mesmo ano foi de apenas 38!
Esses nmeros no contemplam os nmeros reais, mas sim os casos
legalmente reconhecidos, ou seja, aqueles com vtimas; os acidentes urbanos,
no mostrando os ocorridos em reas rurais; os acidentes registrados, ignorando
aqueles que no so notificados ao INPS.
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1.6 Processos legais da Segurana do Trabalho
A Segurana do Trabalho foi criada para fazer frente aos graves problemas
dos acidentes. De acordo com a Legislao trabalhista brasileira, para exercer o
cargo de Engenheiro de Segurana do Trabalho, era necessrio um curso de
quarto grau, mas atualmente universidades j esto oferecendo cursos de
graduao nessa rea devido obrigatoriedade das empresas de possuir esse
tipo de profissional.
Por ser um campo extremamente vasto de informaes, indispensvel a
criao de equipes multidisciplinares, afim de identificar, avaliar e controlar as
fontes de riscos.Um outro aspecto importante que deve ser mencionado o jogo de
interesses de diferentes grupos sociais. De um lado a classe empresarial, que
busca com a diminuio dos acidentes um maior crescimento do processo
produtivo; j do outro lado, est a classe trabalhadora, que v a Segurana do
Trabalho a garantia de diminuio de leses, mortes e conseqentemente garantir
a sua sobrevivncia. Simplificando, os empresrios adotam o critrio de reduo
de acidentes at o ponto em que o custo da preveno passe a ser maior do que aeconomia que poder obter; j os trabalhadores, busca a chamada meta do zero-
acidentes.
Outro fator que atrapalha, o fato do Engenheiro atuar num setor especial
da empresa, ou seja, A Medicina e Segurana do Trabalho (SESMT), sendo um
empregado diretamente ligado cpula administrativa, representando diretamente
os interesses do empregador.
1.7 Entidades envolvidas com a Segurana do Trabalho
Para um perfeito xito da ao prevencionista, o trabalho conjunto de
parceiros no trabalho. Para isso, devemos abordar o Esquema Brasileiro de
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Preveno de Acidentes (ver Fig. 01). Esse esquema foi criado para organizar e
melhor distribuir encargos e responsabilidades.
Dentre as entidades que auxiliam na formao desse esquema, podemos
citar a ANEST (Associao Nacional de Engenharia de Segurana), que rene os
profissionais da rea e serve como veculo de difuso, de troca de experincias; o
Corpo de Bombeiros e o IRB, que fazem um trabalho importante na rea de
preveno de incndio; a ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), pelo
seu papel normalizador; etc. Outras instituies tambm fazem parte desse
grande esquema, mas para um fcil esclarecimento, foi citado apenas um
pequeno grupo.
Esse combate aos acidentes, em sua maioria, so feitos dentro da
empresa, ficando a responsabilidade por tal trabalho, distribuda entre trs gruposscias:
Empregadores;
Empregados;
Governo.
Dessa forma, tal combate fica a cargo de organizaes internas, como os
SESMTs e as CIPAs (Comisso Interna de Preveno de Acidentes), que somuniciados por organismos externos, como por exemplo, Sindicatos.
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Outros organismos que no so totalmente ligados s empresas ou
empregados auxiliam no combate aos acidentes do trabalho. So eles:
Normativa: como o caso do Congresso Nacional, Presidncia da
Repblica e Ministrios Pblicos (em especial o Ministrio do
Trabalho, onde fica a Secretaria de Segurana e Medicina do
Trabalho), que editam leis, decretos e portarias que nada mais so
do que balisas norteadoras do trabalho prevencionista. Asnormas
que regem o campo da Segurana do Trabalho encontram-se no site
do Ministrio do Trabalho (http://www. mtb.gov.br).
Fiscalizadora: papel desempenhado pela DRT Delegacia Regional
do Trabalho que a representante estadual do Ministrio do
Trabalho, encarregada de verificar o cumprimento das normas
estabelecidas pelos rgos acima citados.
Judicial: funo monopolizada pelo Estado, encarregada de dirimiras dvidas em torno do assunto (por exemplo: a instncia que decide
se uma determinada empresa deve ou no pagar adicionais de
insalubridade ou periculosidade).
Assistencial: dando apoio mdico ou pecunirio queles que se
vejam impossibilitados de continuar trabalhando em decorrncia de
AT. Tais auxlios podem ser permanentes ou temporrios, em funo
do tempo que seja necessrio para que o acidentado se recupere, e
so prestados principalmente pelo SINPAS Sistema Nacional de
Previdncia e Assistncia Social ao qual todos, sejam eles
http://www/http://www/ -
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empregados, empregadores e Governo, devem uma contribuio
compulsria.
Educativa: funo atravs da qual os conhecimentos sobre o
infortnio laborial so aprofundados e disseminados, sendo,
desempenhada por vrias instituies, oficiais ou no, (tais como a
FUNDACENTRO ligada ao Ministrio do Trabalho), as Universidades
(na medida em que no s desenvolvem pesquisas, mas tambm
formam profissionais que iro interagir na rea), centros de
treinamento de mo-de-obra (SENAI/SENAC), etc.
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CAPTULO 2- O Acidente do Trabalho
2.1 Definies
Segundo a legislao trabalhista brasileira, no Decreto 83.080, de 24 dejaneiro de 1979, Art. 221, Acidente de Trabalho o que decorre do exerccio do
trabalho a servio da empresa, provocando leso corporal ou perturbao
funcional que cause perda ou reduo, permanente ou temporria da capacidade
para o trabalho ou at mesmo a morte.
Segundo essa legislao, existem trs tipos de acidentes de trabalho:
1. Acidentes tpicos: so aqueles que provocam leso imediata, onde acapacidade de trabalho se reduz automaticamente aps o acidente,
como, por exemplo, cortes, fraturas, queimaduras, entre outras;
2. Doenas profissionais: so doenas adquiridas devido a constante
exposio do trabalhador aos agentes agressores, como por
exemplo, a silicose e o saturnismo. Podemos classific-las como
leses mediatas;
3. Acidente de trajeto: so os acidentes sofridos pelo empregado ainda
fora do local e horrios de trabalho, por exemplo, indo ou voltando do
trabalho.
Conceito Prevencionista
Toda ocorrncia no programada, estranha ao andamento normal do trabalho,
da qual possa resultar dano fsico e/ou funcionais, ou morte no trabalhador e/ou
danos materiais e econmicos empresa.
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2.2A dinmica do Acidente no ambiente de Trabalho
Inicialmente, o acidente de trabalho era visto simplesmente como uma
fatalidade, depois como um ato culposo. Mas estudos feitos por pesquisadores
das reas das cincias sociais denominaram como predisposio aos acidentes,
todo ato faltoso cometido pelo empregado, associado problemas psquico-
biolgico do mesmo. Assim, formas de preveno comearam a ser empregadas,
com testes de seleo.
Com o passar do tempo, a idia de acidente de trabalho, estava
relacionada a fatores tcnicos X fatores humanos; em resumo, o acidente no era
apenas provocado pelas aes do trabalhador, mas pela somatria de fatores
causais. Nessa tica, a remoo de alguma dessas causas, j seria suficiente
para a no-ocorrncia de acidentes, o que vem a ser a base da Teoria do
domin.
2.3 Causas do A.T.
Quando se fala de acidente de trabalho, faz-se uma relao entre
CONCEPO x CAUSAS. Do ponto de vista tcnico, a concepo mais correta deA.T. aquela apresentada pela Teoria da Confiabilidade de Sistemas, que
considera cada um dos desvios existentes no ambiente de trabalho, seja ele de
planejamento ou de execuo, como disfunes do sistema produtivo, quer dizer,
falhas que comprometem a confiabilidade geral. Esse tipo de concepo nos
permite utilizar diversos recursos, entre eles computacionais, a fim de prever
possveis acidentes. Assim, as causas dos acidentes so buscadas nas
disfunes. possvel que esse acidente tenha ocorrido numa falha do
planejamento. Isto pode acontecer pelo no emprego das tcnicas da Engenharia
dos Mtodos e da Ergonomia, que permitem a estimativa do tempo padro de uma
operao, sendo os erros mais comuns, que a sub-estimao dos tempos normais
de operacionalidade, bem como a no observncia de tolerncia para
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necessidades bsicas, como por exemplo, necessidades fisiolgicas, pausas,
entre outros.
Outra possibilidade ignorar aspectos externos alheios ao trabalho. Por
exemplo, por mais que o trabalhador saiba o tempo necessrio para produzir, o
administrador se esquece de certas interrupes, como os feriados, falta de
energia, atraso na entrega de materiais, doenas na famlia, COPA DO MUNDO,
ou outros elementos que desestruturaro o sistema.
Vrios elementos podem acarretar o aparecimento de disfunes e,
conseqentemente, do Acidente de trabalho. Podemos dizer, que todo e qualquer
elemento que participe do processo de trabalho , potencialmente, gerador de
disfunes. Assim, podemos classificar como causas de acidentes:
O fator pessoal de insegurana;
A condio ambiental de insegurana, devido aos materiais, equipamentos,
instalaes, edificaes, mtodos e organizao do trabalho, tecnologia e
macro-clima.
Devido a grande possibilidade de agentes geradores de disfunes, tal
concepo faz com que o processo de identificao seja um pouco demorado.Assim, podemos classificar as causas dos Acidentes de Trabalho em dois
grupos distintos:
Condies inseguras;
Atos inseguros.
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2.4 Tipos de Riscos de A.T.
A atual legislao brasileira prev a existncia de trs tipos bsicos de acidentes:
Acidentes tpicos;
Doenas do trabalho;
Acidentes de trajeto.
Facilmente, podemos ver que para cada tipo de acidente, uma investigao
diferente dever ser realizada para identificar suas causas, mas principalmente,
para gerar solues aos futuros acidentes. Os dois primeiros tipos de acidentes, a
ateno ser mais intensa no interior do ambiente de trabalho; j no terceiro, o
foco de ateno ser no exterior.
Para cada tipo de acidente, existe um agente ou causa especfica, que
manifesta seu perigo de maneira prpria, ou em outras palavras, gera um tipo de
risco.
Existem vrias formas de classificar os riscos. Por exemplo, Ivan Odonne
em seu livro Ambiente de Trabalho: a luta dos trabalhadores pela sade, faz uma
diviso dos fatores nocivos em quatro grupos:
GRUPO 1 Fatores ambientais, ou seja, aqueles que existem fora do local de
trabalho, como, por exemplo, luz, calor, frio, chuva, etc.
GRUPO 2 Fatores ambientais que s existem no local de trabalho.
GRUPO 3 Atividade muscular.
GRUPO 4 Condies favorveis efeitos estressantes.
Outro exemplo pode ser localizado na Legislao trabalhista Brasileira,
onde as Normas Tcnicas sugererem a montagem de Mapas de Riscos, com os
tais riscos:
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MECNICOS
FSICOS
QUMICOS
BIOLGICOS ERGONMICOS
SOCIAIS*
Veremos a seguir cada um destes tipos de riscos!
2.4.1 Riscos Mecnicos
Riscos mecnicos so aqueles gerados pelos agentes que demandam o
contato fsico direto com a vitima para manifestar a sua periculosidade. Um
exemplo simples uma gilete solta sobre a mesa com o intuito de apontar lpis.
Quer dizer, no momento em que utilizada uma lmina de barbear em atividades
que no so costumeiras, esse material pode vir a causar cortes em alguma parte
do corpo, como por exemplo, um dedo.
Esse tipo de risco se caracteriza de vrias formas:
Atuarem em pontos especficos do local de trabalho.
Geralmente atuarem sobre usurios diretos do agente gerador do risco.
Geralmente ocasionarem leses de nvel agudo ou imediata.
Outros exemplos:
Materiais quentes: podem causar queimaduras
Materiais perfuro-cortantes: podem causar cortes
Partes mveis de mquinas ou materiais em movimento: podem provocar
contuses
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Materiais ou instalaes eltricas: podem provocar choques
Buracos ou desnveis nas reas de circulao: podem causar contuses
2.4.2 Riscos Fsicos
So os riscos gerados pelos agentes que tm capacidade de modificar as
caractersticas fsicas do meio ambiente. Um exemplo simples que podemos dar,
de uma mquina de costura, pois introduz no ambiente de trabalho rudos, ou seja,
ondas sonoras que alteraro a presso acstica nos ouvidos do trabalhador.
Esse risco se caracteriza por:
Exigir um meio de transmisso (o ar) para se propagar
Atuam at mesmo em pessoas que tenham contato indireto
Na sua grande maioria, causa leso crnica mediata
Exemplos de riscos fsicos:
Rudo: causa dano ao aparelho auditivo, como a surdez
Iluminao: causa leso ocular
Calor
Vibraes
Radiaes ionizantes (Raios-X)
Radiao no-ionizantes (Ultravioleta)
Presso anormal, etc.
2.4.3 Riscos Qumicos
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So os riscos gerados por agentes que modificam a composio qumica do
meio ambiente. Por exemplo, a inalao de tinta base de chumbo no processo
de trabalho, pode vir a causar doenas como o saturnismo.
Assim como o Risco Fsico, esse em especial pode atingir pessoas que no
tenham contato direto, e em geral provocam leso mediata. Mas, eles no
necessariamente demandam a existncia de um meio de propagao de sua
periculosidade, pois algumas substncias so nocivas por contato direto.
Esses agentes podem se apresentar nos seguintes estados: GASOSO,
LQUIDO, SLIDO, ou na forma de PARTICULAS SUSPENSAS NO AR, sejam
elas slidas (poeira e fumos) ou lquidas (neblina e nvoas). Esses agentes
suspensos no ar recebem o nome de AERODISPERSIDES.
As principais vias de penetrao destas substncias no organismo humanoso a pele, o aparelho digestivo e o aparelho respiratrio.
2.4.4 Riscos Biolgicos
So os riscos introduzidos no trabalho pela utilizao de microorganismos
como parte do processo produtivo, como por exemplo, vrus, bactrias, bacilos,
bastante nocivos ao ser humano.
Outra forma de acesso esse tipo de risco, est relacionado deficincia
na higienizao nos ambientes de trabalho. Um exemplo simples que podemos
citar, o uso de animais transmissores de doenas (ratos e mosquitos) e animais
peonhentos (cobras) em laboratrios.
Esse risco atualmente muito facilmente encontrado em setores industriais,
como a farmacutica e de alimentos; prestadoras de servios hospitalares,
laboratrios de anlises clnicas, algumas atividades do agro-indstria, aterros
sanitrios, etc.
Mas apesar de todos os estudos, o desenvolvimento recente da
biotecnologia, faz com que o risco biolgico aumente absurdamente.
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2.4.5 Riscos Ergonmicos
So os riscos introduzidos no processo de trabalho, que tornam
inadequadas as aes de seus usurios (mquinas, mtodos, entre outros). Por
exemplo, podemos citar a atividade de levantar determinadas cargas
manualmente, podendo vir a causar graves problemas lombares.
Esse risco se caracteriza por ter uma ao em locais especficos no
ambiente de trabalho. Outro detalhe que o difere dos riscos anteriormente citados,
o fato de atuar diretamente em quem est exercendo a determinada atividade.Geralmente, os riscos ergonmicos provocam leses crnicas (de natureza
psicofisiolgica).
Alguns exemplos de riscos ergonmicos:
Postura viciosa no exerccio do trabalho
Mau dimensionamento e desarranjo fsico nas estaes de trabalho
Contedo mental inadequado, ou seja, sobre-carga (estresse) oudesprovimento de contedo (monotonia).
2.4.6 Riscos Sociais*
So os riscos introduzidos pela forma de organizao adotada na empresa,
que podem vir a causar comportamentos sociais, dentro ou fora do local do
trabalho, incompatveis com a preservao da sade.
Um exemplo deste tipo de risco est relacionado ao turno alternado de
trabalho. Isso, alm de trazer problemas de natureza fisiolgica ao trabalhador,
trar tambm problemas psico-sociais, pois suas relaes sociais com amigos e
familiares sofrero significativas alteraes.
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Outros exemplos:
Diviso excessiva do trabalho
Jornada de trabalho
Intensificao do ritmo de trabalho
Seus principais efeitos as pessoas, so as doenas de fundo mental e nervoso.
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estabelecer uma seqncia cronolgica, identificando qual deve ser o primeiro
problema a ser atacado, o segundo, o terceiro e assim por diante. Resumindo,
isso quer dizer que o Depto. De Segurana do Trabalho ir analisar a empresa
como um todo e a partir da, estabelecer prioridades de aes. Esse processo
poder se apresentar da seguinte maneira:
Levantamento geral de informaes, reunindo dados sobre as condies de
segurana e seus sub-problemas
Anlise geral, classificando os sub-problemas e criando um plano de ao
Levantamento especfico de informaes, relatrios ao problema que ser
observado, de acordo com o plano de ao
Anlise especfica, procurando obter um completo entendimento de como o
tal problema enfocado criado e como se propaga
Gerao de solues alternativas, criando solues que apresentem
grandes probabilidades de conter a devida resposta ao problema
Seleo da melhor alternativa
Especificar e implantar a alternativa escolhida
Assim implantada a soluo do sub-problema no. 1, passasse pra o sub-problema no. 2, e assim sucessivamente. Mas, importante observar que de
tempos em tempos o retorno se d para a fase de planejamento, para checar e
adaptar s novas condies.
Um fato que nunca deve ser deixado de lado da necessidade de
acompanhar o rendimento do prprio servio de Segurana do Trabalho, ou ainda
a de se substituir os seus membros (segundo a NR-5, o mandato dos membros da
CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes, de um ano). A NR-5sugere que se aproveite este momento para proceder uma checagem do plano de
ao.
A seguir, veremos as tcnicas de reconhecimento, mtodos de avaliao,
critrios de anlise e alternativas para a gerao de tcnicas preventivas.
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3.1 Mtodos de Levantamento de Informaes
Primeiramente, como j foi citando anteriormente, feito o levantamento
das informaes sobre a empresa de uma forma geral, criando um material que
seja posteriormente analisado com o intuito de se identificar os pontos crticos da
empresa, que merecer uma interveno imediata.
Existem vrias maneiras de fazer esse levantamento, mas podem ser
agrupadas em dois grandes blocos:
1. Mtodos retrospectivos
2. Mtodos prospectivos
O primeiro composto por mtodos onde o ponto de partida so os fatos j
ocorridos, ou seja, aqueles que possuem processos j analisados, de forma a
identificar suas causas. Resume-se basicamente, em dizer que um determinado
elemento do processo de trabalho j provocou algum acidente e se o mesmo
continua presente na empresa, possivelmente far com que novos acidentes
venham a ocorrer por este mesmo elemento.Assim, a ferramenta bsica aqui a Anlise de acidentes, feita em
coerncia com a concepo de acidente adotado:
Levantamento de informaes atravs da busca de atos e condies
inseguras presentes (acidentes j ocorridos)
Montagem das rvores de Falhas, presente em cada acidente analisado
O mtodo prospectivo tem como ferramenta bsica a inspeo de
segurana, ou seja, seu ponto de partida a atual situao da empresa, onde se
procura perceber/antever que riscos existem nos locais estudados.
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Tais mtodos podem ser subdivididos entre aqueles que usam a tipologia
dos riscos j apresentada como eixo bsico e os que adotam a fonte de riscos
como eixo.
Dos dois mtodos acima citados, o primeiro (RETROSPECTIVO) mais
rpido e demanda menos treinamento que o segundo (PROSPECTIVO), que em
contra-partida, mais potente que o primeiro. Essas caractersticas so
provenientes do fato de que o primeiro mtodo possui um conjunto enorme de
respostas possveis, com um nmero finito de opes, enquanto que o segundo
opera sobre um conjunto mais amplo, potencialmente infinito de respostas.
A opo pelo grupo prospectivo ou retrospectivo como meio de elaborao
do plano de trabalho depender da:
Existncia ou no de um sistema de registro de acidentes na empresa:
caso no exista registro, ou se ele no for confivel, os mtodos
prospectivos devero ser utilizados;
Uso de novas tecnologias na empresa, pois como existem riscos que
demandam tempo para manifestar-se, o fato da empresa usar mtodos,
tcnicas e equipamentos novos, deve apontar no sentido de usar o mtodo
prospectivo; Gravidade da situao: caso a empresa possua riscos srios e evidentes, o
importante dar incio interveno concreta. Assim, o mtodo
retrospectivo o mais indicado.
Geralmente, recomendado que seja feita uma combinao dos mtodos,
incorporando no planejamento, inspees peridicas como a anlise sistemtica e
documentada de todos os acidentes.
3.2 Critrios de Anlise
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Aps reunir todas as informaes que caracterizam a empresa com relao
Segurana do Trabalho, o prximo passo identificar os seus pontos crticos
que, de acordo com a empresa, podem ser colocados nos seguintes nveis: seo,
posto de trabalho ou risco especfico.
Nesta fase da anlise, alguns elementos tero grande importncia, pois
permitiro a comparao entre os fatos ocorridos em locais diferentes.
O quatro itens mais utilizados so:
Freqncia
Gravidade
Custo
Extenso
No primeiro caso, o ideal priorizar os locais onde os acidentes acontecem
com maior freqncia, a qual pode ser medida de duas maneiras diferentes:
a) Medida em Termos Absolutos ou seja, em termos do nmero de casos
registrados.
b) Medida em Termos Relativos ponderando a freqncia pelo tempo deexposio ao risco.
Um risco bastante empregado a taxa de freqncia (FA) definida como sendo:
Onde: N = nmero de acidentes ocorridos no perodo analisado
HH = nmero de homens-hora de exposio ao risco
A comparao sendo feita atravs da gravidade (que vem a ser aquela que
demanda o registro de um nmero maior de informaes, j que necessrio
FA = Nx1.000.000/HH
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saber tambm qual o efeito dos acidentes) decorre do fato que nem todos os
casos so igualmente danosos. Podemos citar como exemplo, acidentes que so
fatais, ao lado de outros que geram apenas leses superficiais rapidamente
superveis.
Uma alternativa so os ndices de morbi-mortalidade , sejam eles absolutos
ou relativos. So usuais os ndices Taxa de gravidade (G) e ndice de Avaliao
de Gravidade (IAG), calculados assim:
Onde: N e HH = tm o mesmo significado acima (ver FA)
DP = nmero de dias perdidos em funo dos acidentes registrados,
que igual soma (i) dos dias de afastamento dos acidentados que ficaram
temporariamente incapacitados com (ii) os dias debitados em funo de
incapacidades permanentes.
* A TABELA DE DIAS DEBITADOS CONSTA EM ANEXO DA NR-5 DA
PORTARIA 3.214, E ATRIBUI O VALOR DE 6.000 DIAS PARA CADA CASO
FATAL (O QUE EQUIVALE A CERCA DE 25 ANOS DE TRABALHO).
Uma outra forma de medir a gravidade do acidente est no custo para a
empresa. Afinal, sabe-se que, em cada acidente, no s o acidentado atingido,
mas existem tambm outras perdas, como por exemplo, de material, a
substituio por outro trabalhador, entre outros gastos. A soma dos valores
empregados nesses acontecimentos, faz chegar uma concluso quanto aos
pontos crticos.
G = DP x 1.000.000/ HH
IAG = DP / N
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Nesta perspectiva, as sees mais capital-intensivas, por terem maiores
parcelas de capital nas mos de poucas pessoas, tendem a apresentarem
maiores custos de acidentes.
Para esses trs critrios citados anteriormente, necessrio ter em mos
um conjunto de dados sobre acidentes j ocorridos. Caso esses elementos no
estejam disposio, outra opo medir a extenso, ou seja, o alcance de cada
risco, verificando a populao a ele exposta, o que seria utilizado como um padro
antiquado de comparao.
Adicionalmente, vale registrar que h a chance de se adotar mais um tipo
de critrio, o da competncia tcnica. Afinal, todo profissional por mais
competente, tem algum tipo de limitao tcnica, que o torna mais apto a enfrentar
alguns problemas do que outros.
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CAPTULO 4- O Papel e as Responsabilidades do Tcnico em
Segurana do Trabalho
O Tcnico em Segurana do Trabalho um profissional registrado pela Lei
no. 7410, de 27 de novembro de 1985. A Portaria no. 3275/89 atribui ao T.S.T.,
passar aos trabalhadores os riscos existentes no ambiente de trabalho, bem como
promover campanhas, cursos e outros eventos de divulgao das normas de
segurana e sade no trabalho, alm de dados estatsticos sobre acidentes e
doenas relacionadas aos vrios tipos de atividades.
Na CBO (Classificao Brasileira de Ocupaes), o tcnico em Segurana
do Trabalho possui o cdigo 3516-05 e registra que esse profissional deve
participar da elaborao e implementao de polticas de segurana do trabalho.
Dependendo do nmero de funcionrios existentes, de acordo com seu
cdigo na CNAE (Classificao Nacional de Atividades Econmicas), a empresa
obrigada a contratar Tcnicos em Segurana do Trabalho para integrar o SESMT
(Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho). A
equipe do SESMT pode ser composta tambm porengenheiro de segurana do
trabalho, mdico do trabalho, enfermeiro do trabalho e auxiliar de enfermagem do
trabalho.
Tal obrigao est prevista no artigo 162 da CLT (Consolidao das Leis do
Trabalho) e na Norma Regulamentadora NR-4, aprovada pela Portaria no. 33/83
(Secretaria de Inspeo do Trabalho). Essa categoria representada pela
Federao Nacional dos Tcnicos em Segurana do Trabalho, vinculada
Confederao Nacional dos Trabalhadores no Comrcio (CNTC).O T.S.T. deve tambm saber interpretar a legislao especfica que rege a
rea. uma das competncias que esse profissional dever demonstrar, bem
como utilizar instrumentos de avaliao dos riscos ambientais, de uma maneira
que possa circunscrever medidas adequadas de proteo individual e coletiva.
Seguem a seguir, as competncias do Tcnico em Segurana do Trabalho:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiro_de_seguran%C3%A7a_do_trabalhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiro_de_seguran%C3%A7a_do_trabalhohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9dico_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enfermeiro_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Auxiliar_de_enfermagem_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Auxiliar_de_enfermagem_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiro_de_seguran%C3%A7a_do_trabalhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiro_de_seguran%C3%A7a_do_trabalhohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9dico_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enfermeiro_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Auxiliar_de_enfermagem_do_trabalho&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Auxiliar_de_enfermagem_do_trabalho&action=edit&redlink=1 -
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identificar os determinantes e condicionantes do processo sade doena;
identificar a estrutura e organizao do sistema de sade vigente;
identificar funes e responsabilidades dos membros da equipe de trabalho;
planejar e organizar o trabalho na perspectiva do atendimento integral e dequalidade;
realizar trabalho em equipe, correlacionando conhecimentos de vriasdisciplinas ou cincias, tendo em vista o carter interdisciplinar da rea;
aplicar normas de biossegurana;
aplicar princpios e normas de higiene e sade pessoal e ambientais;
interpretar e aplicar legislao referente aos direitos do consumidor/usurio identificar e aplicar princpios e normas de conservao de recursos no-renovveis e de preservao do meio ambiente;
aplicar princpios ergonmicos na realizao do trabalho;
avaliar riscos de iatrogenias, ao executar procedimentos tcnicos;
interpretar e aplicar normas do exerccio profissional e princpios ticos queregem a conduta do profissional de sade;
identificar e avaliar rotinas, protocolos de trabalho, instalaes e equipamentos;
operar equipamentos prprios do campo de atuao, zelando pela suamanuteno;
registrar ocorrncias e servios prestados de acordo com exigncias do campode atuao;
informar o cliente/paciente, o sistema de sade e outros profissionais sobreservios prestados;
orientar clientes/pacientes a assumirem, com autonomia, a prpria sade;
coletar e organizar dados relativos ao campo de atuao;
utilizar recursos e ferramentas de informtica especfica da rea;
realizar primeiros socorros em caso de emergncia.
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CAPTULO 5- NRs (NORMAS REGULAMENTADORAS)
Antes de qualquer coisa, vamos iniciar este tpico explicando o que umaNR e como surgiram, para a partir da, citarmos uma a uma e explicando-as de
uma forma bem resumida e simples.
5.1O que uma "NR"?
"NR" a abreviatura de "Norma Regulamentadora", nomenclatura utilizadapela Portaria n. 3.214/78, emitida pelo Ministrio do Trabalho, para regulamentar a
Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977.
5.2 De que trata a Lei n. 6.514?
Esta lei alterou o chamado "Captulo V do Ttulo II" da Consolidao das
Leis do Trabalho (CLT). A Consolidao j existia desde 1943 e, com a alterao
introduzida por esta lei, ampliou bastante as exigncias de cuidados com a sade
e a segurana no trabalho.
5.3Mas como surgiram as NRs afinal?A Lei n. 6.514/77 mandava, em vrios artigos, que o Ministrio do Trabalho
emitisse normas que regulamentassem com mais detalhes os assuntos que a
prpria lei estava trazendo. Ento, em junho de 1978, o Ministrio do Trabalho
editou a Portaria n. 3.214. Esta Portaria constituda de "captulos" que
receberam a denominao de Normas Regulamentadoras e este o modelo que
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existe at hoje.Algumas NRs j foram alteradas depois de 1978 mas continuam
fazendo parte da mesma Portaria (n. 3.214, do Ministrio do Trabalho).
5.4 As Normas Regulamentadoras
Atualmente existem 33 NRs (Normas Regulamentadoras). Vamos
conhec-las:
NR-1 Disposies gerais
NR-2 Inspeo prvia
NR-3 Embargo ou interdio
NR-4 Servios Especializados em Engenharia de Segurana e emMedicina do Trabalho SESMT
NR-5 Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA
NR-6 Equipamento de Proteo Individual EPI
NR-7 Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO
NR-8 Edificaes
NR-9 Programa de Preveno de Riscos Ambientais PPRA
NR-10 Segurana em instalaes e servios em eletricidade
NR-11 Transporte, movimentao, armazenamento e manuseio de materiais
NR-12 Mquinas e equipamentos
NR-13 Caldeiras e vasos de presso
NR-14 Fornos
NR-15 Atividades e operaes insalubres
NR-16 Atividades e operaes perigosas
NR-17 Ergonomia
NR-18 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da construo
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NR-19 Explosivos
NR-20 Lquidos combustveis e inflamveis
NR-21 Trabalho a cu aberto
NR-22 Segurana e sade ocupacional na minerao
NR-23 Proteo contra incndios
NR-24 Condies sanitrias e de conforto nos locais de trabalho
NR-25 Resduos industriais
NR-26 Sinalizao de segurana
NR-27 Registro profissional do tcnico de segurana do trabalho noMinistrio do Trabalho
NR-28 Fiscalizao e penalidades
NR-29 Segurana e sade no trabalho porturio
NR-30 Segurana e sade no trabalho aquavirio
NR-31 Segurana e sade no trabalho na agricultura, pecuria, silvicultura,explorao florestal e aqicultura
NR-32 Segurana e sade no trabalho em servios de sade
NR-33 Segurana e sade nos trabalhos em espaos confinados
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CAPTULO 6- Classificao de Atos Inseguros e CondiesInseguras
6.1 Atos Inseguros
6.1.1 Trabalhar sem estar autorizado, sem proteger ou sem advertir:
a) Colocar em marcha, parar, utilizar, deslocar, etc, um material sem autorizao;
b) Colocar em marcha, parar, etc, sem dar o aviso ou sinais convencionais;
c) Deixar de fechar, bloquear, etc, veculos, vlvulas, elementos sob presso, etc,o que poder causar movimentaes inesperadas, passagem de corrente eltrica,vapor, etc;
d) Deixar uma mquina funcionando depois de concludo o seu uso;
e) Soltar ou movimentar cargas sem avisar;
f) Deixar de colocar sinais de advertncia, smbolos, rtulos, etc;
g) Deixar de colocar avisos de perigo em depsitos de combustveis ouexplosivos;
h) Deixar de sinalizar com cores diferentes tipos de gases engarrafados ouarmazenados;
i) Deixar de estabelecer cdigo de sinalizao para manobras;
j) Utilizar sadas no autorizadas ou circular por lugares proibidos;
k) Deixar de escorar e colocar suportes, no sanear em trabalhos mineiros,construo de tneis, etc;
l) Outros no classificados.
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6.1.2 Trabalhar em ritmo inseguro:
a) Alimentao demasiado rpida de materiais ou mquinas;
b) Manejar ou conduzir muito lentamente;
c) Manejar ou conduzir em alta velocidade;
d) Trabalhar com demasiada rapidez ou lentido que possam oferecer perigo;
e) Arremessar um material em vez de lev-lo e entreg-lo;
f) Subir ou saltar de plataformas, desnveis, etc;
g) Manejar peas de peso mdio porm a ritmo acelerado ou contnuo, de formaque provoque a fadiga;
h) Deixar de tomar precaues ao abrir depsitos que contenham gases oulquidos, inflamveis ou txicos;
i) Trabalhar sem coordenao em tarefas de equipes;
j) Tropear em salincias, elementos fixos, cabos, etc;
k) Golpear-se ou golpear os outros por realizar movimentos bruscos;
l) Outros no classificados.
6.1.3 Deixar de utilizar dispositivos de segurana:
a) Eliminar os dispositivos de segurana;
b) Bloque-los, obstru-los, etc;
c) Substitu-los por outros de capacidade imprpria;
d) Ajustar mal os dispositivos;
e) Desconect-los;
f) Deixar de instal-los ou rep-los;
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g) Outros no classificados.
6.1.4 Utilizar instrumental inadequado ou utiliz-lo imprudentemente:
a) Utilizar equipamento defeituoso;
b) Utilizar equipamento inadequado;
c) Utilizar as mos em lugar de equipamento adequado;
d) Deixar garrafas de acetileno em posio no vertical;
e) Segurar ou apanhar objetos de forma perigosa, sem firmeza;
f) Deixar de proteger ferramentas cortantes, pontudas, etc, utilizando estojos,caixas, etc;
g) Utilizar uma ferramenta inadequada;
h) Utilizar diferencial para arrastar em lugar de para elevar;
i) Deixar escapar a ferramenta por m utilizao;
j) Deixar os dedos entre duas superfcies;
k) Bater com manivelas, alavancas, etc;
l) Engatar, desengatar ou mover vages incorretamente;
m) Outros no classificados.
6.1.5 Carregar, colocar, misturar, etc, incorreta e/ou perigosamente:
a) Sobrecarregar;
b) Amontoar ou empilhar de forma insegura;
c) elevar ou transportar carga muito pesada;
d) Dispor ou colocar objetos ou materiais em condies perigosas;
e) Injetar, misturar ou combinar substncias com risco de provocar exploso, fogoou outro perigo;
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f) Largar ou esquecer objetos no local de trabalho;
6.1.6 Adotar, posies ou posturas inseguras:
a) Ficar embaixo de cargas suspensas, fixas ou mveis;
b) Debruar o corpo atravs de janelas, aberturas, aproximar-se excessivamentede buracos, andar em vigas, taboas, bordas de locais elevados sem necessidade,no usar os meios apropriados para subir ou descer;
c) Entrar em recintos sem tomar as medidas necessrias de segurana requeridasdevido temperatura, gases, eletricidade ou outras exposies;
d) Levantar cargas com as costas curvadas;
e) Permanecer por tempo excessivo em postura forada;
f) Deslocar-se em posio insegura, em plataformas ou estribos de veculos,circulando nelas indevidamente, circular em veculos destinados exclusivamenteao transporte de materiais;
g) No respeitar preferncias, ultrapassar em curvas, interromper caminhos, etc;
h) Ficar perto de objetos que possam cair ou deslizar;
i) Andar para trs;
j) Fazer esforos em posturas inconvenientes;k) Outros no classificados.
6.1.7 Trabalhar em cima ou muito perto de equipamentos perigosos ouem movimento:
a) Subir ou descer de uma mquina em marcha;
b) Limpar, lubrificar, regular, etc, uma mquina em movimento;c) Ajustar, colocar juntas, etc, em equipamentos ou instalaes que funcionem sobpresso em funcionamento;
d) Trabalhar sobre equipamentos eltricos ligados;
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e) Soldar, reparar, etc, equipamentos que contenham substncias qumicasperigosas;
f) Aproximar-se demasiadamente de elementos em movimento;
g) Manobrar veculos de fora do mesmo;h) Descuidar da possibilidade do instrumental ser colhido por elementos emmovimento prximo ao local de trabalho;
i) Outros no classificados.
6.1.8 Distrair, molestar, insultar, assustar, brincar, etc:
a) Chamar, fazer rudos inteis ou distrair outros trabalhadores;b) Jogar objetos;
c) Molestar, insultar, assustar, brincar;
d) Fazer algazarra;
e) Discutir ou brigar;
f) Empurrar;
g) Outros no classificados.
6.1.9 Deixar de utilizar equipamentos de segurana ou mant-los em mauestado:
a) Deixar de usar culos, luvas, mscaras, aventais, botas, polainas, capacetes,etc;
b) Usar saltos altos, cabelos soltos, mangas arriadas, roupas largas, gravatas,laos, anis, pulseiras, etc;
c) Deixar de notificar sobre os defeitos dos equipamentos de proteo individual,continuar a us-los;
d) Utilizar vestimentas sujas de graxas, leos, materiais inflamveis;
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e) Outros no classificados.
6.2 Condies Inseguras
6.2.1 Falta de protetores:
a) Entrada de correias, engrenagens, acoplamentos, etc, sem proteo;
b) rvores e eixos em movimento sem proteo;
c) Ausncia de telas de proteo, dispositivos que impeam aproximao erodaps;
d) Falta de fechaduras em clausuras e plataformas monta-carga;
e) Falta de redes, marquises, etc, para proteo de pessoal dos andares inferiorescontra a queda de materiais ou objetos;
f) Serras, brocas, furadeiras, etc, sem proteo;
g) Falta de elementos para proteo e extintores de incndio;
h) Outras no classificadas.
6.2.2 Protees inadequadas ou defeituosas:
a) Protees ineficazes, mal desenhadas, etc;
b) Protees inadequadas, mal calculadas;
c) Protees construdas com material de baixa resistncia;
d) Protees desgastadas ou envelhecidas;
e) Escoramento incorreto em minerao, construo, escavao;
f) Obstrues em manmetros que impeam leituras corretas;
g) Equipamentos contra incndio inadequados;
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h) Outras no classificadas.
6.2.3 Equipamentos, ferramentas e materiais defeituosos:
a) Ferramentas sem cabo ou cabo em mau estado;
b) Molas desequilibradas, com vibraes, com graxa, etc;
c) Elementos eltricos mal isolados;
d) Defeitos de tratamento trmico em ferramentas e equipamentos;
e) Dispositivos, comandos de mquinas em mal estado ou defeituosos;
f) Escapamentos de gua, ar, lubrificantes, vapores, gases;g) Incrustaes em depsitos, tubulaes, grifos, etc;
h) Cabos, cordas, correntes, etc, em mal estado;
i) Materiais fatigados pela no manuteno;
j) Falta de lubrificao;
k) Outras no classificadas.
6.2.4 Instalaes mal projetadas ou mal construdas:
a) Instalaes que produzem riscos devido a erros no projeto;
b) Arquitetura, desenho ou projeto defeituoso;
c) Construo ou montagem defeituosas de origem;
d) Passagens ou sadas de largura ou altura insuficientes;e) Instalaes demasiadamente reduzidas;
f) Superfcies deslizantes;
g) Construes em ngulos vivos;
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h) Perigo de desabamentos, deslocamentos de massas de terra, pedras, etc;
i) Falta de locais destinados ao estacionamento de veculos, carretas, etc;
j) Falta de sadas de emergncia;
k) Portas, janelas, etc, mal projetadas ou perigosas;
l) Comandos mal projetados, mal colocados, que obrigam a posies perigosas;
m) Grifos mal situados ao longo dos condutores;
k) Outras no classificadas.
6.2.5 Ordenao deficiente do processo em geral:a) Armazenamento em empilhamento perigoso de ferramentas, materiais, etc;
b) Obstruo dos locais de trabalho;
c) Espao de circulao inadequado para o desenvolvimento do processo;
d) M organizao das operaes de fabricao;
e) Sobrecargas;
f) Mau alinhamento;
g) Saneamento inadequado;
h) Materiais, ferramentas, etc, em locais de difcil acesso;
i) Outras no classificadas.
6.2.6 Iluminao inadequada:a) luz insuficiente;
b) Ofuscamento;
c) Disposio inadequada que produz sombras e contrastes;
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d) Falta de luz;
e) Projeo direta da luz solar sobre o trabalhador;
f) Reflexos de objetos, mquinas, etc;
g) pontos de luz carentes de limpeza;
h) Ausncia de instalao de luz de emergncia;
i) Outras no classificadas.
6.2.7 Ventilao e outros fatores ambientais defeituosos:
a) Renovao de ar insuficiente;b) Capacidade, localizao, disposio do sistema de ventilao inadequada;
c) Fonte de ar impura;
d) Instalao ou absoro de substncias nocivas;
e) Exposio a radiaes;
f) Aspirao de poeiras, fumos, vapores, etc, no ponto de operao;
g) Falta de arejamento antes da entrada do operrio em depsito ou tanque edurante a sua permanncia no interior;
h) Temperaturas extremas;
i) Umidade excessiva ou baixa;
j) Vibraes perigosas ou no amortecidas;
k) Equipamento ou instalaes demasiado ruidosas;
l) Sons perigosos por sua freqncia;
m) Outras no classificadas.
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6.2.8 Equipamentos individuais em condies inseguras:
a) Ausncia de equipamentos de segurana (luvas, mscaras, aventais, botas,capacetes, etc);
b) Equipamentos de segurana imprprios ao tipo de tarefa;
c) Outras no classificadas.
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CAPTULO 7- Roteiro de Projeto em Segurana do Trabalho
7.1 Apresentao
O roteiro a seguir uma proposta resumida de um guia elaborado pelo Prof.Ubirajara Mattos Engenharia de Segurana do Trabalho, editada pelaCOPPE/UFRJ. O que mostrar a estrutura geral e o tipo de informao que serbuscada ao longo do trabalho.
7.2 As Etapas do Roteiro
7.2.1_ 1. ETAPA Levantamento e sistematizao do processo deproduo
Esta etapa visa o levantamento de informaes relativas unidade deproduo, sistematizando-as na forma de documentos a serem analisados nasetapas seguintes. Nesta etapa o projetista deve apenas descrever a situao, semprocurar analis-la.
Os documentos que devem ser elaborados so:
7.2.1.1 Identificao da unidade de produo
7.2.1.2 Caractersticas gerais da regio
7.2.1.3 Processo de produo
7.2.1.4 Organizao do trabalho
7.2.1.5 Assistncia e servios de pessoal
7.2.1.6 Organizao dos servios de sade ocupacional
7.2.1.7 Equipamentos de proteo existentes
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7.2.2_ 2. ETAPA Anlise e diagnstico geral
Nesta etapa feita uma avaliao geral das condies de trabalho na
unidade de produo, incluindo a atuao dos servios de sade ocupacional aliexistentes. Com base nesta avaliao ser selecionada a seo que apresentamaiores riscos sade humana.
Esta etapa se divide em quatro documentos:
7.2.2.1 Avaliao geral das condies de trabalho
7.2.2.2 Medidas preventivas existentes
7.2.2.3 Avaliao dos servios de sade ocupacional
7.2.2.4 Seleo da seo crtica
7.2.3_ 3. ETAPA Anlise e diagnstico especfico
Aqui feita uma avaliao geral das condies de trabalho e vida dosfuncionrios da seo escolhida, terminando na elaborao de uma listagemordenada de problemas a serem enfrentados.
Nesta etapa sero envolvidos os seguintes documentos7.2.3.1 Levantamento das condies de trabalho
7.2.3.2 Avaliao geral das condies de trabalho
7.2.3.3 Medidas preventivas existentes
7.2.3.4 Levantamento das condies de vida
7.2.3.5 Avaliao geral das condies de vida
7.2.3.6 Avaliao da questo sade x trabalho
7.2.3.7 Seleo dos agentes causadores de prejuzo sade
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7.2.4_ 4. ETAPA Propostas de interveno tcnica
O objetivo aqui o desenvolvimento e detalhamento das propostas de
interveno tcnica para solucionar os problemas identificados nas etapasanteriores. Isso envolve os seguintes documentos:
7.2.4.1 Propostas de interveno tcnica nas fontes causadoras de prejuzo sade
7.2.4.2 Propostas de organizao dos servios de sade ocupacional
O contedo dos documentos propostos
Como colocado na apresentao, o que se procurar apresentar aqui so
as informaes a serem reunidas e processadas pelos projetistas para comporcada um dos documentos sugeridos.
7.3 Documentos
7.3.1 Informaes a reunir:
Gnero e grupo, segundo classificao do IBGE; Forma jurdica (Sociedade annima, responsabilidade limitada, etc);
Ano de fundao; Linha de produtos; Tipo de produo (seriada, por encomenda, etc); Volume de produo e vendas (srie histrica); Organograma funcional; Nmero de funcionrios na administrao e na produo (distribudos por
sexo, faixa etria, grau de instruo e nvel de remunerao); ltimo balano e demonstrao de lucros e perdas; Principais mudanas ocorridas.
7.3.2 Informaes a reunir:
7.3.2.1 (Clima da Regio):
Tipo de clima (supermido, mido, semimido, semirido, rido); Temperatura (mxima, mdia e mnima) da regio; Umidade do ar (mxima, mdia ou mnima); Regime de ventos (intensidade e direo dos ventos);
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ndice pluviomtrico.
7.3.2.2 (Localizao da Unidade Produtiva):
rea da fbrica; Ruas e vias de acesso; Utilizao dos terrenos vizinhos; Direo dos ventos e do Sol; Fluxos de entrada e sada de pessoas, materiais e veculos; Meios de transporte existentes.
7.3.3 Informaes a reunir:
7.3.3.1 (Sees da fbrica):
Lista de sees da fbrica e suas funes.
7.3.3.2 (Fluxograma de fabricao e montagem):
Para cada item da linha de produtos, construir o seu fluxograma detalhadode fabricao e montagem, incluindo os resduos, e identificando asdiversas estaes de trabalho.
7.3.3.3 (Equipamentos):
Listagem dos equipamentos existentes na unidade de produo (ligados produo, prestao de servios auxiliares, prestao de serviospessoais, administrao, etc).
Localizao e quantidade de cada tipo de equipamento; Caractersticas dos equipamentos (origem, ano de fabricao, dimenses,
forma de uso e de manuteno, dispositivos de proteo existentes, etc).
7.3.3.4 (Edifcios):
Listagem dos prdios existentes; Caractersticas gerais dos prdios (projetista, ano da construo, utilizao,
estado de conservao); Caractersticas tcnico-construtivas (p-direito, portas, janelas, pisos,
coberturas, tapamentos laterais aproveitamento da ventilao eiluminao naturais).
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7.3.3.5 (Instalaes):
Listagem das instalaes existentes (luz, fora, esgoto, gua potvel, leo,gs, vapor, etc);
Projetista, ano de instalao e estado de conservao de cada uma; Caractersticas tcnicas (localizao, capacidade, consumo, materiais
utilizados, etc).
7.3.3.6 (Materiais):
Listagem das matrias-primas principais e auxiliares, com os seguintesdados (origem, quantidade, forma de embalagem, local e processo de
armazenagem, mtodo de transporte, caractersticas fsico-qumicas); Listagem dos produtos em processo (quantidade, local e perodo de espera;
mtodo de transporte; caractersticas fsico-qumicas); Listagem dos produtos acabados (quantidades, forma de embalagem, local
de armazenagem, destino, caractersticas fsico-qumicas, riscos sadena utilizao destes produtos);
Listagem dos resduos industriais (fonte, quantidade, caractersticas fsico-qumicas, formas de tratamento, despejo e controle).
7.3.3.7 (Layout da empresa)
7.3.4 Informaes a reunir:
7.3.4.1 (Distribuio da mo-de-obra):
Jornada semanal de trabalho; Horrio de trabalho dirio; Horas-extras; Turnos (troca de turnos); Rotatividade e absentesmo; Esquema de trabalho (composio das equipes de trabalho).
7.3.4.2 (Remunerao do pessoal):
Forma de pagamento (dirio, semanal, quinzenal ou mensal); Nveis salariais; Adicionais de produtividade.
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7.3.4.3 (Controle de trabalho):
Entrada e sada de pessoal; Sistema de emisso de ordens; Normas de trabalho.
7.3.4.4 (Admisso, demisso e frias):
Rotina de admisso (documentos exigidos, requisitos necessrios, examesadmissionais);
Treinamento (contedo, periodicidade, durao); Escala de frias; Rotina de demisso, incluindo exames demissionais.
7.3.4.5 (Relaes institucionais):
Relao da empresa com seu sindicato, com os sindicatos dos seustrabalhadores, DRT, FUNDACENTRO, SESI, SENAI, etc;
Relao dos trabalhadores com seus sindicatos (no. de sindicalizados).
7.3.5 Informaes a reunir:
7.3.5.1 (Facilidades oferecidas):
Listagem das facilidades oferecidas pela empresa (transporte, moradia,alimentao, planos de sade, etc), indicando a taxa paga pela empresa ea coberta pelo trabalhador.
7.3.5.2 (Instalaes sanitrias):
Listar, por sexo, os banheiros existentes (indicando a quantidade delavatrios, vasos sanitrios, mictrios, etc);
Idem para os vestirios; Bebedouros (listar e localizar os bebedouros existentes);
7.3.5.3 (Assistncia social):
Esquema de funcionamento e infra-estrutura (instalaes, pessoal, horrioe equipamentos);
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Projetos e estudos desenvolvidos; Posio do servio no organograma e sua relao com a direo, com as
sees produtivas e com os servios de sade ocupacional.
7.3.6 Informaes a reunir:
7.3.6.1 (CIPA):
Composio atual; Esquema de funcionamento (horrio, instalaes, equipamentos, etc); Treinamentos recebidos pelos seus membros; Realizao da SIPAT; Preenchimento dos Anexos da NR-5; Livro de Ata e sua fiscalizao pela DRT; Estatsticas de acidentes e doenas dos ltimos trs anos, com as anlises
feitas pela CIPA sobre os mesmos; Critrios adotados para a seleo de EPIs; Elaborao do mapa de riscos; Estudos realizados pela CIPA nos ltimos trs anos; Posio da CIPA na empresa e sua relao com a direo, com os setores
de projetos, compras, manuteno e planejamento.
7.3.6.2 (SESMT):
Idem a CIPA.
7.3.6.3 (Assistncia mdico-odontolgica):
Esquema de funcionamento (instalaes, pessoal, equipamentos ehorrios);
Exames peridicos realizados; Primeiros Socorros (materiais existentes; treinamentos oferecidos).
7.3.7 Informaes a reunir:
7.3.7.1 (Equipamentos de proteo contra incndio):
Listagem das instalaes existentes, indicando (capacidade dosreservatrios, caractersticas das instalaes, localizao, vazo,comprimento das mangueiras, estado de conservao, etc);
Sistemas de alarme existentes; Sistemas de deteco e combate automtico; Brigadas de incndio;
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Rede de extintores, indicando tipo, capacidade, localizao e treinamentodos operrios.
7.3.7.2 (Equipamentos de Proteo Individual EPI):
Listar os EPIs utilizados, indicando as suas caractersticas, quantidadesdisponveis, locais onde o uso exigido, pessoas, a quem se destina, oestado de conservao dos mesmos, a forma de aquisio, distribuio econtrole dos EPIs, o certificado de Aprovao, etc.
7.3.7.3 (Equipamentos de Proteo Coletiva EPC):
Listar os equipamentos existentes especificando suas caractersticas,distribuindo por seo, indicando as quantidades existentes e o seu estado
de conservao.
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BIBLIOGRAFIA:
NOGUEIRA, Diogo P. Histrico. In: Curso de Engenharia do Trabalho, vol. 1.So Paulo: FUNDACENTRO, s/d.
RODRIGUES, Celso Luiz Pereira. Um estudo do esquema brasileiro deatuao em Segurana Industrial. (Dissertao de mestrado, Engenharia deProduo). Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 1982.
RODRIGUES, Celso Luiz Pereira. Introduo Engenharia de Segurana doTrabalho. (Apostila do X CEGUR Curso de Especializao em Engenharia deSegurana do Trabalho). Joo Pessoa: UFPB, 2003.
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