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Questões inéditas que te ajudarão a entender os conteúdos mais cobrados e o modo de trabalho desta banca.
1000 questões de Psicologia para o
CESPE C U R S O D E Q U E S TÕ E S PA R A C O N C U R S O S D O C E S P E
1
Sumário Considerações Iniciais ........................................................................................................................ 2
Sobre o Professor ................................................................................................................................. 3
Contatos ................................................................................................................................................... 3
Cronograma e distribuição dos conteúdos ................................................................................ 3
Instruções para os exercícios seguintes ...................................................................................... 5
Questões .................................................................................................................................................. 6
Questões, Gabaritos e Comentários ............................................................................................12
Considerações Finais ........................................................................................................................34
2
Considerações Iniciais
Caros colegas! Com muito orgulho que inicio um curso inédito no Brasil:
1000 questões de psicologia para o CESPE. São questões INÉDITAS e
comentadas que elaborei ao longo de vários cursos que lecionei e outras que
preparei especialmente para o nosso propósito. Não tratamos aqui da correção de
questões já aplicadas (para isso temos o nosso Curso de Provas Comentadas do
CESPE). Esta é uma oportunidade de pegar o jeito da banca e treinar os assuntos a
partir questões especialmente elaboradas para te fazer raciocinar.
Para isso, propositadamente, o percentual de questões de nível fácil é
inferior ao que você está acostumado a resolver. Sigo o princípio do “treino difícil,
batalha fácil”. Assim, não te preocupe caso não saiba uma ou outra questão.
Teremos os comentários ao final justamente para te ajudar a compreender o
conteúdo e o “modus operandi” da banca. Além disso, temos uma área de meu site
destinado aos recursos das questões aqui trabalhadas. Mas Alyson! Posso postar os
recursos das questões no fórum? Pode. Pode sim. Mas gostaria que colocasse os
gabaritos na área que preparei no site nos moldes do CESPE. Já estou treinando
vocês para a fase dos recursos. Confira a área criada:
http://www.psicologianova.com.br/recursos-de-questoes/.
E se o recurso for aceito? Não tem problema. Colocarei um aviso em nossa
área de trabalho e retificarei o arquivo, incluindo o recurso provido. É assim que
vai funcionar.
Este é um guia que não irá ser direcionado apenas para um concurso,
assim, você poderá usar este material que tem em mãos para testar seus
conhecimentos para outros certames. Porém, precisamos de um edital recente
como guia para os nossos trabalhos. Seguiremos o roteiro que o CESPE nos
forneceu para o concurso do TRT 10° Região. Os conteúdos exigidos para esse
concurso tendem a ser o modelo básico da maioria dos concursos desta banca
3
lançados neste ano de 2012. Assim, em futuros certames desta banca, nosso curso
tem grandes chances de abarcar boa parte dos conteúdos cobrados.
Na continuação desse curso (1000 Questões – Parte II) poderemos
abordar outros conteúdos abordados pela referida banca. Enviem suas sugestões!
Sobre o Professor Alyson Barros é psicólogo de formação e atuou na área clínica e
organizacional por mais de sete anos. Trabalhou, na área organizacional, com a
aplicação de ferramentas de gestão estratégica e com a gestão de clima
organizacional. Na área clínica atuou através da abordagem Cognitivo
Comportamental e da Avaliação Psicológica/Neuropsicológica. Tem especialização
em Neuropsicologia e mestrado em Avaliação Psicológica. Atualmente é Analista
do Planejamento e Orçamento, lotado no Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, onde integra a equipe de Gestão do Conhecimento e trabalha com Gestão
por Processos.
Contatos alyson@psicologianova.com.br
www.psicologianova.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/psicologianova
Grupo de Discussão: psicologiaconcursos@googlegroups.com ���� ENTRE
Distribuição dos conteúdos
Ética profissional: psicólogos clínicos e bioética na saúde. Laudos,
pareceres e relatórios psicológicos, estudo de caso, informação e avaliação
psicológica.
Avaliação psicológica e psicodiagnóstico. Fundamentos e etapas da medida
psicológica. Instrumentos de avaliação: critérios de seleção, avaliação e
4
interpretação dos resultados. Técnicas de entrevista. Teorias e técnicas
psicoterápicas. Psicoterapia individual, grupal, de casal e de família, com crianças,
adolescentes e adultos. Abordagens teóricas: psicanálise (Freud, M. Klein,
Winnicott, Lacan), cognitivo-comportamental (Skinner, Beck), humanista-
existencial (Rogers, Perls), sócio-histórica (Vygotsky, Luria) e psicodrama
(Moreno).
Psicopatologia. Transtornos de humor. Transtornos de personalidade.
Transtornos relacionados ao uso e abuso de substâncias psicoativas. Transtornos
de ansiedade. Transtorno do estresse pós-traumático. Transtornos depressivos.
Transtornos fóbicos. Transtornos psicossomáticos. Transtornos somatoformes.
Esquizofrenia. Outros transtornos psicóticos. Estruturas clínicas (neurose, psicose
e perversão).
Intervenção psicológica em problemas específicos. Processo de
envelhecimento e doenças crônicas e degenerativas. Tratamento e prevenção da
dependência química: álcool, tabagismo, outras drogas e redução de danos.
Tratamento multidisciplinar da obesidade. Outras demandas específicas de
intervenção psicológica.
Psicologia institucional e comunitária. Objetivos e níveis da higiene
mental. Promoção da saúde como paradigma reestruturante de intervenção: o
papel do psicólogo nessa perspectiva e sua inserção na equipe multidisciplinar.
Objetivos, métodos e técnicas de intervenção do psicólogo no campo institucional.
Psicodinâmica do trabalho e prevenção de saúde do trabalhador. Atuação dos
profissionais de recursos humanos junto às equipes multidisciplinares e
interdisciplinares voltadas para a saúde do trabalhador dentro e fora do mundo do
trabalho. Prevenção da saúde dos trabalhadores nas organizações.
Ergonomia da atividade e psicopatologia do trabalho. Relação entre
trabalho, processos de subjetivação e processos de saúde e adoecimento
relacionado ao trabalho. Práticas grupais. Atuação do psicólogo na interface
saúde/trabalho/educação. Psicologia de grupo e equipes de trabalho: fundamentos
teóricos e técnicos sobre grupos, conflitos no grupo e resolução de problemas.
Gestão de pessoas no setor público. Rotação de pessoal e absenteísmo.
5
Instruções para os exercícios da aula de hoje
Definitivamente, estudar por exercícios não é tarefa para marinheiro de
primeira viagem. Tenha sempre em mãos a bibliografia e os cursos indicados.
Apesar de ter ciência de que os exercícios nos ensinam muito, também sou
concurseiro e sei que eles indicam por onde devemos estudar, onde estamos mais
fracos e que conhecimentos devemos integrar à nossa base existente.
As questões da aula de hoje podem ser respondidas, em sua maioria,
através de duas legislações:
- Resolução CFP nº 010/2005: Aprova o Código de Ética Profissional do
Psicólogo
Site: http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/
- Resolução nº 7 /2003: Institui o Manual de Elaboração de Documentos
Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a
Resolução CFP º 17/2002.
Site: http://site.cfp.org.br/resolucoes/resolucao-n-7-2003/
Observe que parte das questões necessitará de conhecimento de outros
conteúdos. A referida banca é boa para cobrar esses assuntos interligados. Por isso,
fique atento!
Bom teste!!!
A natureza faz poucas pessoas fortes, mas esforço e treinamento fazem
muitas.
Nicolau Maquiavel
O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à
resignação e à coragem.
Allan Kardec
6
Questões
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Desidério, psicólogo clínico, formado e
registrado no seu Conselho Regional de
Psicologia, recebeu a demanda de um pai (Saulo)
e um advogado para atuar como assistente
técnico em um processo judicial de guarda de
crianças. Esse pai é ex-alcoolista, formado em
medicina e tem histórico de agressão à ex-esposa
e às crianças. Nesse contexto, Desidério foi
contratado e orientado para aplicar testes e
comprovar a idoneidade moral e social de seu
cliente. Para isso ele opta pela aplicação de testes
de personalidade e de habilidades sociais para
provar que o pai possui personalidade estável e
que é capaz de controlar sua agressividade.
Nesse contexto, julgue as seguintes
alternativas:
1. Considerando a demanda requerida, é
possível indicar a aplicação do IFP e do IHS.
2. Profissionalmente, nenhum psicólogo pode
ser contratado para atuar na avaliação
isolada de uma das partes de litígios
judiciais.
3. Mesmo em um contexto jurídico, Desidério
atuará como Assistente Técnico e não como
Psicólogo Perito.
4. Sobre a atuação de Desidério, é correto
afirmar que ele, caso atenda integralmente
à solicitação, estará cometendo falta ética
profissional.
5. Transgressões dos preceitos ao Código de
Ética profissional constituem infração
disciplinar que ensejarão, necessariamente,
a aplicação de uma das penalidades a
seguir: advertência; multa; censura pública;
suspensão do exercício profissional por até
30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia; Cassação do
exercício profissional, ad referendum do
Conselho Federal de Psicologia.
6. Caso outro psicólogo tome ciência da
atuação de Desidério, esse deverá levar ao
conhecimento do Conselho de Psicologia a
ocorrência do fato irregular.
7. Caso a atuação de Desidério, nesse contexto,
seja questionada por outro psicólogo,
estaremos diante de uma discussão dentro
da Bioética.
8. Considerando que a Desidério requeira
entrevistar o filho de Saulo, é suficiente a
autorização deste pai para a legitimidade da
entrevista com o filho.
7
Sobre a Ética Profissional dos Psicólogos,
julgue os itens abaixo.
9. É vedado ao psicólogo, em qualquer caso,
emitir documentos sem fundamentação e
qualidade técnico científica.
10. O psicólogo deve considerar a missão,
filosofia, políticas, normas e práticas de uma
organização para ingressar, associar-se ou
permanecer em uma nela.
Com relação à interferência de psicólogo no
serviço de outro profissional psicólogo, julgue as
seguintes afirmativas:
11. É possível intervir no trabalho de outros
psicólogos apenas quando houver
autorização escrita do psicólogo responsável.
12. É proibida a interferência de qualquer outro
profissional no trabalho do psicólogo, salvo
em caso de emergência ou risco ao
beneficiário ou quando o trabalho do outro
profissional estiver encerrado.
O psicólogo Paulo, após diversos
atendimentos de uma determinada cliente, a
Cláudia, a pedido dela, elabora laudo psicológico
no qual fala sobre seu ex-marido, o Sr. Carlos, que
era parte em litígio para regular visitas e guarda.
O Sr. Carlos se sentiu lesado posto que jamais fora
paciente do profissional, não o conhecia
pessoalmente e não demandara quaisquer
serviços desse psicólogo. Além disto, o laudo do
profissional foi usado como peça processual no
Judiciário, o que prejudicou o Sr. Carlos no litígio
que enfrentava. O Sr. Carlos se viu exposto de
modo equivocado e ao sabor de um laudo que não
lhe dizia respeito. Além disto, julgou inverídicas
as afirmações contidas ali.
Pelo exposto, julgue os itens a seguir:
13. Seria procedente a realização da avaliação se
o documento não fosse usado contra Paulo e
sim a favor.
14. De acordo com o Código de Ética Profissional
de Psicologia, o Psicólogo Paulo cometeu falta
disciplinar punível com a suspensão de
exercício por até 30 dias.
15. O Laudo Psicológico expedido por Paulo,
independente do caso, tem o mesmo valor
que um Relatório Psicológico.
16. O único erro de procedimento que Paulo
cometeu foi não ter pedido autorização para
realizar a avaliação psicológica de Paulo.
Obtendo esta, o laudo seria válido.
17. O profissional, como resultado de seu
trabalho com um determinado paciente,
produziu um laudo sobre um terceiro, por ele
não atendido, contando apenas com os
relatos de seu cliente e pensando que isto se
destinaria somente a este cliente. Essa
situação caracteriza uma infração ética.
8
Com relação ao Código de Ética Profissional
do Psicólogo, julgue os itens a seguir:
18. Em caso de demissão ou exoneração do
psicólogo, seu material deve ser passado para
quem o vier a substituir ou deve lacrar o
material para posterior utilização.
19. Em caso de extinção do serviço de psicologia,
o psicólogo informará a extinção ao Conselho
Regional de Psicologia, que ficará
responsável pela destinação do material.
20. O psicólogo poderá decidir pela quebra de
sigilo apenas na situação em que busque o
menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá
apenas prestar as informações estritamente
necessárias.
21. O código de ética não estipula os casos em que
as penalidades são aplicáveis.
22. É vedado ao psicólogo prolongar,
desnecessariamente, a prestação de serviços
profissionais. Caso ele faça isso, estará
incorrendo de falta ética punível com
penalidades descritas no Código de Ética
Profissional.
23. O psicólogo, na realização de estudos,
pesquisas e atividades voltadas para a
produção de conhecimento e
desenvolvimento de tecnologias garantirá,
em todo caso, o acesso das pessoas, grupos
ou organizações aos resultados das
pesquisas ou estudos, após seu
encerramento, sempre que assim o
desejarem.
Com relação à fixação da remuneração do
trabalho do psicólogo, julgue as seguintes
assertivas.
24. O Psicólogo levará em conta a capacidade
contributiva da pessoa física ou jurídica
atendida pelo serviço, estipulando, após o
serviço, um valor fixo, um percentual sobre o
lucro obtido ou do impacto de sua atuação.
25. O Psicólogo tem a obrigação profissional de
assegurar a qualidade dos serviços
oferecidos independentemente do valor
acordado. E mesmo quando realizar greve
para protestar pelo valor do pagamento de
seus serviços, deverá fazer prévia
comunicação da paralisação aos usuários ou
beneficiários dos serviços atingidos pela
greve.
26. O Psicólogo não pode prestar serviços
gratuitos, pois o Código de Ética Profissional
do Psicólogo estabelece que o usuário do
serviço deva ter sempre uma contrapartida,
mesmo que pequena, para com o serviço.
27. O profissional levará em conta a tabela de
honorários do Conselho Federal de
Psicologia, respeitando o limite máximo e o
mínimo para os serviços prestados por
psicólogos.
9
Com relação à bioética, julgue os itens que se
seguem.
28. A bioética é transdisciplinar.
29. A bioética é restrita ao campo das ciências
humanas e biológicas. Não inclui, pela sua
natureza, discussões oriundas das ciências
exatas.
Julgue os itens a seguir acerca da elaboração
de documentos produzidos por profissionais
psicólogos.
30. A Resolução CFP N.º 007/2003 refere-se
apenas a elaboração de documentos Escritos
produzidos pelo psicólogo, decorrentes de
avaliação psicológica.
31. O psicólogo, na elaboração de seus
documentos, deverá adotar como princípios
norteadores as técnicas da linguagem escrita
e os princípios éticos, técnicos e científicos da
profissão.
32. O emprego de frases e termos deve ser
compatível com as expressões do sujeito a
quem o documento se endereça, garantindo a
precisão da comunicação, evitando a
diversidade de significações da linguagem
popular, considerando a quem o documento
será destinado.
33. Os princípios e subsídios do Código de Ética
Profissional do Psicólogo são de observância
obrigatória na elaboração de qualquer
documento psicológico.
34. Não existem exceções à recusa do profissional
em atuar em situações profissionais que
apoiem modelos institucionais e ideológicos
de perpetuação da segregação aos diferentes
modos de subjetivação.
35. O processo de avaliação psicológica deve
considerar, necessariamente, que os objetos
deste procedimento têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas,
sendo as mesmas elementos constitutivos no
processo de subjetivação. O documento,
portanto, deve considerar a natureza
dinâmica, não definitiva e não cristalizada do
seu objeto de estudo.
36. A linguagem nos documentos deve ser precisa,
clara, inteligível e concisa, ou seja, deve-se
restringir pontualmente às informações que
se fizerem necessárias, recusando qualquer
tipo de consideração que não tenha relação
com a finalidade do documento específico.
37. O relatório ou laudo psicológico é uma
descrição qualitativa acerca de situações e/ou
condições psicológicas e suas determinações
históricas, sociais, políticas e culturais,
pesquisadas no processo de avaliação
psicológica.
De acordo com Código de Ética Profissional
dos Psicólogos, julgue os seguintes itens.
10
38. Consta como princípio fundamental que o
psicólogo zelará para que o exercício
profissional seja efetuado com dignidade,
rejeitando situações em que a Psicologia
esteja sendo avaliada.
39. Não está previsto no Código de Ética que na
atuação psicológica o psicólogo deve
considerar os valores, crenças, preconceitos e
julgamentos que afetam a formulação de
perguntas, a construção de hipóteses e o
planejamento de intervenções.
40. Um dos fundamentos do Código de Ética é
realizar diagnósticos, divulgar
procedimentos ou apresentar resultados de
serviços psicológicos em meios de
comunicação, para expor situações, pessoas,
grupos ou organizações que sirvam de
modelos para a sociedade.
41. Ter uma postura ética na atuação profissional
do psicólogo pressupõe a neutralidade e a
abstenção de qualquer ideologia.
42. Em uma situação hipotética de aplicação de
testes psicológicos para validação em um
programa de mestrado em psicologia, é
correto afirmar o Código de Ética Profissional
de Psicologia pressupõe que a caberá ao
psicólogo docente ou supervisor esclarecer
aos testados sobre os princípios e normas
contidas referido Código.
O estudo de caso constitui hoje uma das
principais modalidades de pesquisa no campo
das ciências humanas, sociais e biológicas. A
partir dessa modalidade de pesquisa, julgue os
itens a seguir:
43. Podemos afirmar que se trata de uma
inquirição empírica que investiga um
fenômeno contemporâneo dentro de um
contexto da vida real, quando a fronteira
entre o fenômeno e o contexto não é
claramente evidente e onde múltiplas fontes
de evidência são utilizadas.
44. A utilização de estudos de caso dentro da
psicologia é realizada de acordo com o
positivismo, e busca estabelecer regras gerais
que expliquem a realidade encontrada a
partir do estudo empreendido.
45. Dentre as funções do estudo de caso nas
intervenções psicológicas, podemos destacar
a sua capacidade exploratória de descrever
resultados, mesmo quando não específicos.
Julgue os itens a seguir de acordo com a
Resolução CFP n° 7/2003.
46. O carimbo é de observação facultativa nos
laudos e relatórios psicológicos.
47. Toda página de documento deve ser rubricado
e, quando for a última página, deve ser
assinado.
48. A finalidade do relatório psicológico será a de
apresentar os procedimentos e conclusões
gerados pelo processo da avaliação
11
psicológica, Limitando-se a fornecer somente
as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.
49. Podemos usar termos técnicos no relatório
psicológico.
50. O relatório psicológico deve conter 4 itens
obrigatórios: identificação, procedimento,
análise e conclusão.
51. O parecer é composto de 4 itens:
Identificação, Exposição de motivos, Análise e
Conclusão.
52. Parecer é um documento fundamentado e
resumido sobre uma questão focal do campo
psicológico cujo resultado pode ser indicativo
ou conclusivo.
53. O estudo de caso é uma modalidade de
documento psicológico.
12
Questões, Gabaritos e Comentários.
Desidério, psicólogo clínico, formado e registrado no seu Conselho
Regional de Psicologia, recebeu a demanda de um pai (Saulo) e um advogado para
atuar como assistente técnico em um processo judicial de guarda de crianças. Esse
pai é ex-alcoolista, formado em medicina e tem histórico de agressão à ex-esposa e
às crianças. Nesse contexto, Desidério foi contratado e orientado para aplicar
testes e comprovar a idoneidade moral e social de seu cliente. Para isso ele opta
pela aplicação de testes de personalidade e de habilidades sociais para provar que
o pai possui personalidade estável e que é capaz de controlar sua agressividade.
Nesse contexto, julgue as seguintes alternativas:
1. Considerando a demanda requerida, é possível indicar a aplicação do
IFP e do IHS.
Gabarito: C
Comentários: Correto. Qual a demanda que Desidério identificou?
Personalidade e habilidades sociais. Assim, o IFP (Inventário Fatorial de
Personalidade) e o IHS (Inventário de Habilidades Sociais) são perfeitamente
indicados para tal objetivo. Observe que aqui não falamos de avaliação nem se é
lícita ou não a atuação do psicólogo. Não brigue com a questão!
2. Profissionalmente, nenhum psicólogo pode ser contratado para atuar
na avaliação isolada de uma das partes de litígios judiciais.
Gabarito: E
Comentários: Ele pode ser contratado para atuar nesse tipo de contexto.
Nessa situação, ele é considerado Assistente Técnico. O que não pode é induzir
resultados. Veja as questões seguintes.
3. Mesmo em um contexto jurídico, Desidério atuará como Assistente
Técnico e não como Psicólogo Perito.
Gabarito: C
13
Comentários: Correto. Já estamos estudando a atuação do psicólogo em
outros contextos (é sempre bom ter algumas noções sobre psicologia jurídica). A
grande diferença aqui é que o Psicólogo Perito é aquele que é servidor dos
tribunais de justiça. O Assistente Técnico é o que é contratado por uma das partes.
A Resolução CFP Nº 008/2010, que dispõe sobre a atuação do psicólogo como
perito e assistente técnico no Poder Judiciário, apresenta algumas demandas e
pressupostos. Observe:
a) quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico, o juiz será assistido por perito, por ele nomeado;
b) o psicólogo perito é profissional designado para assessorar a Justiça
no limite de suas atribuições e, portanto, deve exercer tal função com isenção em
relação às partes envolvidas e comprometimento ético para emitir posicionamento
de sua competência teórico-técnica, a qual subsidiará a decisão judicial;
c) os assistentes técnicos são de confiança da parte para assessorá-la e
garantir o direito ao contraditório, não sujeitos a impedimento ou suspeição
legais;
d) a utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática
psicológica obedecerá às normas do Código de Ética do psicólogo e à legislação
profissional vigente, devendo o periciando ou beneficiário, desde o início, ser
informado;
e) os psicólogos peritos e assistentes técnicos deverão fundamentar
sua intervenção em referencial teórico, técnico e metodológico respaldados na
ciência Psicológica, na ética e na legislação profissional, garantindo como princípio
fundamental o bem-estar de todos os sujeitos envolvidos;
f) é vedado ao psicólogo estabelecer com a pessoa atendida, familiar
ou terceiro que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir
negativamente nos objetivos do serviço prestado;
g) é vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou parecerista em
situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores,
possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos
resultados da avaliação;
14
h) o psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos
que estejam sendo efetuados por outro profissional, a pedido deste último.
4. Sobre a atuação de Desidério, é correto afirmar que ele, caso atenda
integralmente à solicitação, estará cometendo falta ética profissional.
Gabarito: C
Comentários: Perfeito. A demanda do advogado e do pai é de ter um
resultado inegavelmente positivo da avaliação para os fins jurídicos pretendidos.
Sobre isso, o Código de Ética fala:
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
...
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha
vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos
do serviço prestado;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus
vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade
do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
5. Transgressões dos preceitos ao Código de Ética profissional
constituem infração disciplinar que ensejarão, necessariamente, a aplicação de
uma das penalidades a seguir: advertência; multa; censura pública; suspensão do
exercício profissional por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal
de Psicologia; Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.
Gabarito: C
Comentários: Corretíssimo mesmo. Essa é a quase literalidade do Artigo
21 do nosso Código de Ética. Se você errou, foi por provavelmente ter encrencado
com a palavra “necessariamente”. Não se engane! Palavras como “sempre”,
“necessariamente” e “nunca” nem sempre serão indicadores seguros de que
estamos diante de uma pegadinha. Nesse caso temos o emprego certo em um
sentido coerente com a realidade.
15
6. Caso outro psicólogo tome ciência da atuação de Desidério, esse
deverá levar ao conhecimento do Conselho de Psicologia a ocorrência do fato
irregular.
Gabarito: C
Comentários: Mais uma correta. Esse é um dos nossos deveres.
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
...
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da
legislação profissional.
7. Caso a atuação de Desidério, nesse contexto, seja questionada por
outro psicólogo, estaremos diante de uma discussão dentro da Bioética.
Gabarito: E
Comentários: Ainda estaremos dentro do campo da Ética, não confunda!
A Bioética destina-se a trabalhar com questões que não possuem um consenso
definido em problemáticas complexas e interdisciplinares, como a pena de morte,
abordo, uso de células tronco, etc.
8. Considerando que a Desidério requeira entrevistar o filho de Saulo, é
suficiente a autorização deste pai para a legitimidade da entrevista com o filho.
Gabarito: C
Comentários: Apesar de Desidério estar em uma situação ilegítima de
atuação, caso queira avaliar o filho do litígio em questão, bastará a autorização de
um dos pais. É o que apregoa o 8° artigo de nosso Código de Ética:
Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente
ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus
responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:
Sobre a Ética Profissional dos Psicólogos, julgue os itens abaixo.
16
9. É vedado ao psicólogo, em qualquer caso, emitir documentos sem
fundamentação e qualidade técnico científica.
Gabarito: C
Comentários: Em qualquer caso mesmo. A fundamentação e a qualidade
técnico científica não se referem somente à exposição da metodologia de avaliação,
por exemplo, mas a responsabilidade pelas informações de um atestado ou
declaração. Destaco que essas informações – dados sobre a qualidade
metodológica - não precisam vir explicitadas no documento (quando não for
obrigatório), mas devem, obviamente, existir como referencial.
10. O psicólogo deve considerar a missão, filosofia, políticas, normas e
práticas de uma organização para ingressar, associar-se ou permanecer em uma
nela.
Gabarito: C
Comentários: Esse é o que prega o nosso terceiro artigo do Código de
Ética:
Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma
organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas
nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.
Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se
a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.
Com relação à interferência de psicólogo no serviço de outro profissional
psicólogo, julgue as seguintes afirmativas:
11. É possível intervir no trabalho de outros psicólogos apenas quando
houver autorização escrita do psicólogo responsável.
Gabarito: E
Comentários: Essa não é a condição única para interferência no trabalho.
Além do mais, a autorização não precisa ser escrita.
17
12. É proibida a interferência de qualquer outro profissional no trabalho
do psicólogo, salvo em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou quando o
trabalho do outro profissional estiver encerrado.
Gabarito: E
Comentários: existem outras exceções, como quando esta for a
metodologia adotada (trabalho conjunto de psicólogos) ou quando existir o pedido
de outro psicólogo.
Dito isto, temos as seguintes situações:
Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos
que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer
parte da metodologia adotada.
O psicólogo Paulo, após diversos atendimentos de uma determinada
cliente, a Cláudia, a pedido dela, elabora laudo psicológico no qual fala sobre seu
ex-marido, o Sr. Carlos, que era parte em litígio para regular visitas e guarda. O Sr.
Carlos se sentiu lesado posto que jamais fora paciente do profissional, não o
conhecia pessoalmente e não demandara quaisquer serviços desse psicólogo. Além
disto, o laudo do profissional foi usado como peça processual no Judiciário, o que
prejudicou o Sr. Carlos no litígio que enfrentava. O Sr. Carlos se viu exposto de
modo equivocado e ao sabor de um laudo que não lhe dizia respeito. Além disto,
julgou inverídicas as afirmações contidas ali.
Pelo exposto, julgue os itens a seguir:
13. Seria procedente a realização da avaliação se o documento não fosse
usado contra Paulo e sim a favor.
Gabarito: E
18
Comentários: Pelos erros procedimentais, podemos afirmar que ele é
inadmissível em qualquer caso. Não é possível realizar tal avaliação apenas com
relatos de terceiros!
14. De acordo com o Código de Ética Profissional de Psicologia, o Psicólogo
Paulo cometeu falta disciplinar punível com a suspensão de exercício por até 30
dias.
Gabarito: E
Comentários: Apesar de concordarmos que ele cometeu falta ética e
sabermos que essas ensejam as punições descritas no nosso Código de Ética
Profissional, não é possível descrever qual pena lhe será aplicada a partir da
resolução que institui o nosso Código de Ética. O documento que falará um pouco
mais sobre isso, e ainda de forma precária – na minha modesta opinião – é a
Resolução FP Nº 006/2007.
15. O Laudo Psicológico expedido por Paulo, independente do caso, tem o
mesmo valor que um Relatório Psicológico.
Gabarito: Correto
Comentários: Em qualquer caso, um laudo equivale a um relatório. Como
você já sabe, os dois são sinônimos para o mesmo documento. Apesar deste
laudo/relatório ser inválido nessas circunstâncias, são equivalentes. Não perca o
foco do cerne da questão!
16. O único erro de procedimento que Paulo cometeu foi não ter pedido
autorização para realizar a avaliação psicológica de Paulo. Obtendo esta, o laudo
seria válido.
Gabarito: E
Comentários: Além da autorização, precisaria do próprio Paulo para
realizar a avaliação! Não é possível realizar avaliações de terceiros sem a presença
destes!
19
17. O profissional, como resultado de seu trabalho com um determinado
paciente, produziu um laudo sobre um terceiro, por ele não atendido, contando
apenas com os relatos de seu cliente e pensando que isto se destinaria somente a
este cliente. Essa situação caracteriza uma infração ética.
Gabarito: C
Comentários: Sem sombra de dúvida.
Com relação ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a seguir:
18. Em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve
ser passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior
utilização.
Gabarito: C
Comentários: Observe:
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer
motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar
todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior
utilização pelo psicólogo substituto.
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo
responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a
destinação dos arquivos confidenciais.
19. Em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará a
extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela
destinação do material.
Gabarito: C
Comentários: Veja os comentários da assertiva anterior.
20. O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo apenas na situação em
que busque o menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá apenas prestar as
informações estritamente necessárias.
20
Gabarito: C
Comentários: Observe:
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de
proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências
decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir
pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste
artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente
necessárias.
21. O código de ética não estipula os casos em que as penalidades são
aplicáveis.
Gabarito: C
Comentários: Não estipula mesmo. Apenas descreve quais são as penas. É
bem diferente, por exemplo, da Lei n° 8.112.
22. É vedado ao psicólogo prolongar, desnecessariamente, a prestação de
serviços profissionais. Caso ele faça isso, estará incorrendo de falta ética punível
com penalidades descritas no Código de Ética Profissional.
Gabarito: C
Comentários: Nunca é demais lembrar:
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
...
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração
disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos
legais ou regimentais:
a) Advertência;
21
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal
de Psicologia.
23. O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas
para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias garantirá, em
todo caso, o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das
pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.
Gabarito: C
Comentários: É em todo caso mesmo! Observe:
Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades
voltadas para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:
a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela
divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
organizações e comunidades envolvidas;
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante
consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação
específica e respeitando os princípios deste Código;
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo
interesse manifesto destes;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados
das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.
Com relação à fixação da remuneração do trabalho do psicólogo, julgue as
seguintes assertivas.
22
24. O Psicólogo levará em conta a capacidade contributiva da pessoa física
ou jurídica atendida pelo serviço, estipulando, após o serviço, um valor fixo, um
percentual sobre o lucro obtido ou do impacto de sua atuação.
Gabarito: E
Comentários: É possível cobrar um percentual, por exemplo, sobre o
resultado de uma consultoria organizacional? Sim, em tese sim. O nosso código de
ética não limita isso. Mas, o erro da assertiva é considerar que o valor acordado
seja estipulado após a intervenção profissional. Confira:
Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:
...
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;
25. O Psicólogo tem a obrigação profissional de assegurar a qualidade dos
serviços oferecidos independentemente do valor acordado. E mesmo quando
realizar greve para protestar pelo valor do pagamento de seus serviços, deverá
fazer prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços
atingidos pela greve.
Gabarito: C
Comentários: Mixagem de dois artigos consecutivos.
Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:
...
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do
valor acordado.
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações,
garantirá que:
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários
dos serviços atingidos pela mesma.
23
26. O Psicólogo não pode prestar serviços gratuitos, pois o Código de Ética
Profissional do Psicólogo estabelece que o usuário do serviço deva ter sempre uma
contrapartida, mesmo que pequena, para com o serviço.
Gabarito: E
Comentários: Não existe tal previsão no nosso Código de Ética. Não nos é
vedado prestar serviços gratuitos.
27. O profissional levará em conta a tabela de honorários do Conselho
Federal de Psicologia, respeitando o limite máximo e o mínimo para os serviços
prestados por psicólogos.
Gabarito: E
Comentários: Não podemos julgar que essa afirmação seja verdadeira.
Não necessitamos consultar diretamente e expressamente, segundo o nosso
Código de Ética, essa tabela de honorários para fixarmos o valor do serviço.
Confira:
Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as
condições do usuário ou beneficiário;
Esta tabela não é atualizada desde 2007. Eis a sua descrição:
A lista de referência de honorários é uma ferramenta para auxiliar nos
valores de referência nacional de honorários dos psicólogos em (R$) atualizados
pelo INPC de Novembro de 2002 a Agosto de 2007.
Ela pode ser consultada aqui: http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2012/10/tabela_honorarios.pdf
Com relação a bioética, julgue os itens que se seguem.
28. A bioética é transdisciplinar
Gabarito: C
24
Comentários: Correto, não tem nem o que discutir. Para fins de concurso
guarde que se estivermos diante de uma questão que não seja transdisciplinar,
necessitaremos de uma discussão dentro da ética, e não da bioética.
29. A bioética é restrita ao campo das ciências humanas e biológicas. Não
inclui, pela sua natureza, discussões oriundas das ciências exatas.
Gabarito: E
Comentários: Se é transdisciplinar, é transdisciplinar mesmo! Nada de
excluir áreas de conhecimento. Na discussão de dilemas bioéticos, todas as áreas
fazem parte. Confira:
O termo "bioética" foi empregado pela primeira vez na década de setenta
por Potter, cuja preocupação central era o desenvolvimento tecnológico e suas
consequências ambientais para o planeta. Para Potter, as ciências deveriam estar
acompanhadas de uma reflexão ética para que as intervenções na natureza não se
dessem de forma inconsequente. Assim, apesar do vocábulo "bioética" ter surgido
como uma proposta de junção das ciências exatas e biomédicas com as humanas,
alguns autores sustentam a ideia de que a percepção de que essas ciências podiam,
sem uma reflexão ética, ser aplicadas de forma a causar males para os seres
humanos e o planeta advém de um período histórico anterior.
Fonte: OLIVEIRA, Aline Albuquerque S. de. Bioética e direitos humanos:
tratamento teórico da interface. Rev. Direito Sanit., São Paulo, v. 11, n.
1, jun. 2010 . Disponível em
<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
41792010000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 dez. 2012.
Julgue os itens a seguir acerca da elaboração de documentos produzidos
por profissionais psicólogos.
30. A Resolução CFP N.º 007/2003 refere-se apenas a elaboração de
documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação
psicológica.
25
Gabarito: E
Comentários: Apesar de constar apenas isso no nome da resolução (e a
revogação da resolução anterior), a própria resolução fala:
O presente Manual tem como objetivos orientar o profissional psicólogo
na confecção de documentos decorrentes das avaliações psicológicas e fornecer os
subsídios éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada da
comunicação escrita.
Em outra parte da resolução, o legislador fala:
A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes da
avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso
consideramos importante constarem deste manual afim de que sejam
diferenciados.
31. O psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá adotar como
princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos,
técnicos e científicos da profissão.
Gabarito: C
Comentários: Literalidade de um trecho da Resolução CFP n°7 de 2003.
Está no caput dos inciso I – Princípios Norteadores na Elaboração de Documentos.
32. O emprego de frases e termos deve ser compatível com as expressões
do sujeito a quem o documento se endereça, garantindo a precisão da comunicação,
evitando a diversidade de significações da linguagem popular, considerando a quem
o documento será destinado.
Gabarito: E
Comentários: O emprego de frases e termos deve ser compatível com as
expressões próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da
comunicação, evitando a diversidade de significações da linguagem popular,
considerando a quem o documento será destinado. Imagine se tivéssemos de
adaptar a linguagem para cada demanda atendida! (rs).
26
33. Os princípios e subsídios do Código de Ética Profissional do Psicólogo
são de observância obrigatória na elaboração de qualquer documento psicológico.
Gabarito: C
Comentários: Não só nos documentos como em qualquer ato profissional.
A própria resolução diz que
Na elaboração de documento, o psicólogo baseará suas informações na
observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do
Psicólogo. Enfatizamos aqui os cuidados em relação aos deveres do psicólogo nas
suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a
justiça e ao alcance das informações - identificando riscos e compromissos em
relação à utilização das informações presentes nos documentos em sua dimensão
de relações de poder.
34. Não existem exceções à recusa do profissional em atuar em situações
profissionais que apoiem modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da
segregação aos diferentes modos de subjetivação.
Gabarito: C
Comentários: Segundo a aludida resolução:
Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso dos
instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na
sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação
aos diferentes modos de subjetivação. Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma
intervenção sobre a própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que
aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento
psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção das estruturas de poder
que sustentam condições de dominação e segregação.
35. O processo de avaliação psicológica deve considerar, necessariamente,
que os objetos deste procedimento têm determinações históricas, sociais,
econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos constitutivos no processo de
subjetivação. O documento, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não
definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo.
27
Gabarito: C
Comentários: Correto, esse trecho está no item 2.2: Princípios Técnicos.
36. A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e
concisa, ou seja, deve-se restringir pontualmente às informações que se fizerem
necessárias, recusando qualquer tipo de consideração que não tenha relação com a
finalidade do documento específico.
Gabarito: C
Comentários: Correto mais uma vez, estamos ainda no item 2.2: Princípios
Técnicos.
37. O relatório ou laudo psicológico é uma descrição qualitativa acerca de
situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais,
políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
Gabarito: E
Comentários: Não fique com raiva do seu professor. Não confunda
apresentação descritiva com descrição qualitativa. Na apresentação descritiva
podemos ou não ter ênfase em elementos qualitativos e quantitativos. Se fosse
apenas uma descrição qualitativa, perderíamos a vertente qualitativa.
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de
situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais,
políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo
DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um
instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação,
exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-
filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
De acordo com Código de Ética Profissional dos Psicólogos, julgue os
seguintes itens.
28
38. Consta como princípio fundamental que o psicólogo zelará para que o
exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a
Psicologia esteja sendo avaliada.
Gabarito: E
Comentários. Olha a pegadinha do malandro! Avaliada não! Aviltada!
Aviltada! Observe nosso Código de Ética:
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
39. Não está previsto no Código de Ética que na atuação psicológica o
psicólogo deve considerar os valores, crenças, preconceitos e julgamentos que
afetam a formulação de perguntas, a construção de hipóteses e o planejamento de
intervenções.
Gabarito: E
Comentários: Está previsto nos Fundamentos e abarca os conceitos
elencados na assertiva. Confira:
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
40. Um dos fundamentos do Código de Ética é realizar diagnósticos,
divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em
meios de comunicação, para expor situações, pessoas, grupos ou organizações que
sirvam de modelos para a sociedade.
Gabarito: E
Comentários: Essa é uma das vedações. Veja a letra “q” do Artigo 2.
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
...
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados
de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas,
grupos ou organizações.
29
41. Ter uma postura ética na atuação profissional do psicólogo pressupõe
a neutralidade e a abstenção de qualquer ideologia.
Gabarito: E
Comentários: Seguir um Código de Ética é, em si, uma atuação engajada e
orientada por uma ideologia. Não é possível uma atuação sem posicionamento do
profissional, o que não pode acontecer de modo algum é que a postura do
profissional interfira nos objetivos do trabalho realizado.
Veja o que consta na apresentação do Código de Ética:
Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto
às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade,
procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis,
de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas
consequências no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética
profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de
assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.
42. Em uma situação hipotética de aplicação de testes psicológicos para
validação em um programa de mestrado em psicologia, é correto afirmar o Código
de Ética Profissional de Psicologia pressupõe que a caberá ao psicólogo docente ou
supervisor esclarecer aos testados sobre os princípios e normas contidas referido
Código.
Gabarito: E
Comentários: Quem faz isso é o próprio aluno do Mestrado. Ele o faz
através do “Termo de Livre Esclarecimento e Consentimento”. Ao
supervisor/orientador cabe a comunicação e supervisão dos princípios e normas!
Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer,
informar, orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas
contidas neste Código.
30
O estudo de caso constitui hoje uma das principais modalidades de
pesquisa no campo das ciências humanas, sociais e biológicas. A partir dessa
modalidade de pesquisa, julgue os itens a seguir:
43. Podemos afirmar que se trata de uma inquirição empírica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real,
quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e
onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas.
Gabarito: C
Comentários: Perfeito. Essa é a definição de Yin!
44. A utilização de estudos de caso dentro da psicologia é realizada de
acordo com o positivismo, e busca estabelecer regras gerais que expliquem a
realidade encontrada a partir do estudo empreendido.
Gabarito: E
Comentários: No estudo de caso temos, geralmente, uma abordagem
qualitativa de um sujeito ou de um grupo de sujeitos. O resultado desse estudo é
pertinente para explicar o fenômeno observado em si ou ver a aplicação de
conceitos gerais nessa realidade. Mas, não é possível - ou não deveria - deduzir
regras gerais a partir de casos únicos.
45. Dentre as funções do estudo de caso nas intervenções psicológicas,
podemos destacar a sua capacidade exploratória de descrever resultados, mesmo
quando não específicos.
Gabarito: C
Comentários: Correto. Esse é um dos objetivos descritos por Yin. Para ele
o estudo de caso tem quatro funções:
1. Explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito
complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias
experimentais;
2. Descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
31
3. Fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção
realizada; e
4. Explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não
possuam resultados claros e específicos.
Julgue os itens a seguir de acordo com a Resolução CFP n° 7/2003.
46. O carimbo é de observação facultativa nos laudos e relatórios
psicológicos.
Gabarito: C
Comentários: A aludida Resolução, acredite, não fala da obrigação de
carimbo nem nos laudos/relatórios e nem nos pareceres! Fala apenas que devem
ser carimbados a Declaração e o Atestado. Sobre estes últimos, eis a sua estrutura:
Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do
documento o carimbo, em que conste nome e sobrenome do psicólogo, acrescido
de sua inscrição profissional (“Nome do psicólogo / N.º da inscrição”).
47. Toda página de documento deve ser rubricado e, quando for a última
página, deve ser assinado.
Gabarito: C
Comentários: Corretíssimo.
Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima, considerando
que a última estará assinada, em toda e qualquer modalidade de documento.
48. A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os
procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica,
Limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.
Gabarito: C
Comentários: Correto. Confira:
32
A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos
e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o
encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso,
orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário,
solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as
informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.
49. Podemos usar termos técnicos no relatório psicológico.
Gabarito: C
Comentários: Correto. Podemos usar, desde que clarificados. Observe:
O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos, devendo
conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando-
se acessível e compreensível ao destinatário. Os termos técnicos devem, portanto,
estar acompanhados das explicações e/ou conceituação retiradas dos fundamentos
teórico-filosóficos que os sustentam.
50. O relatório psicológico deve conter 4 itens obrigatórios: identificação,
procedimento, análise e conclusão.
Gabarito: E
Comentários: Faltou falar da descrição da demanda! Isso deve constar no
relatório!
51. O parecer é composto de 4 itens: Identificação, Exposição de motivos,
Análise e Conclusão.
Gabarito: C
Comentários: Sem comentários.
52. Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma
questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou
conclusivo.
Gabarito: C
Comentários: Além disso:
33
O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de
uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na
decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem
responde competência no assunto.
53. O estudo de caso é uma modalidade de documento psicológico.
Gabarito: E
Comentários: Absurdamente errado. O estudo de caso não é considerado
documento psicológico. Apenas o são: declaração, atestado psicológico,
relatório/laudo psicológico e parecer psicológico.
34
Considerações Finais
Caros colegas, espero que tenham gostado. Temos muitas questões ainda
para estudarmos e quero que você saia desse curso afiado para o estilo Cespe de
questionamento.
Retomo a ideia aqui que meu objetivo é que você treine em um nível um
pouco mais elevado e no estilo da banca para ter um bom desempenho na prova.
Por isso, se esforce e participe. Sei que terá dúvidas e que em alguns casos, não
concordará com o gabarito. Ótimo!!! Meus melhores alunos são aqueles que não
largam o osso e vão até os limites do conhecimento. Para os recursos, acesse:
http://www.psicologianova.com.br/recursos-de-questoes/
Muita disciplina para você nessa jornada. Lembre-se que,
coincidentemente, quanto maior a disciplina, maior a sorte. Surpreendente, não
acha?
Alyson Barros
alyson@psicologianova.com.br
Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo. Carlos Drummond de Andrade
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