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Redação
AULA 1: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA ESCRITA
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de
fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Ângela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor
apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a
compreensão semântica dos mesmos.
Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios
do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que
englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo
pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada,
esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo
interativo.
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura,
podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff, cada um
lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para
entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo.
Para a escrita a leitura torna-se imprescindível para que através da ampliação dos conhecimentos,
obtenção de informações básicas, obtenção de informações específicas, abertura de novos horizontes e
saberes, sistematização do pensamento, aumento do vocabulário e melhor entendimento dos conteúdos o
escritor possa escrever um texto que atinja de fato o leitor, tendo assim informatividade, criatividade,
progressão, coesão, coerência e clareza.
► DICAS DE LEITURALembre-se de que, quem não lê, tem dificuldades de escrever, porque não possui um repertório.
Dessa maneira, leia os temas que são manchetes de jornais, revistas e portais de internet. Além disso, leia
crônicas, contos, artigos, editoriais, livros, blogs, etc.
Jornais Revistas Sites Blogs
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“Qualquer um de nós, senhor de um assunto, é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem.”
J. Mattoso Câmara Jr.
Redação
Além disso, assistir a filmes ajuda muito a refletir determinados assuntos e, assim desenvolver o
senso crítico. A cada aula ficará sugerido um filme que o ajudará a desenvolver o tema proposto ou
apenas servirá como discussão do assunto abordado.
GÊNERO: RESUMOO resumo é a apresentação concisa e frequente seletiva do texto,
pondo em destaque os elementos de maior interesse e importância.
Consiste no trabalho de condensação de um texto capaz de reduzi-lo a
seus elementos de maior importância. Tem a finalidade de difundir o
mais amplamente as informações e permitir, a quem o lê, decidir sobre
a conveniência de consultar o texto completo. Sua extensão não deve
ir além de duzentas palavras.
NORMAS PARA UM BOM RESUMO1. Separar os dados essenciais secundários.
2. Selecionar as ideias principais.
3. Considerar o que deve ser anotado de acordo com o uso que se vai
fazer.
4. Relacionar os elementos destacados e condensá-los.
5. Não resuma antes de ler, de esclarecer o conteúdo, de sublinhar e fazer anotações na margem do texto.
6. Desenvolver o assunto com as próprias palavras, de maneira dissertativa, usando frases curtas.
7. Usar parágrafos para separar os elementos importantes e diferentes.
8. Em cada parágrafo, deverá haver um só elemento importante manter a fidelidade
9. Deve manter fidelidade às ideias do texto, portanto, não acrescente suas opiniões.
►DICA DE FILME
http://www.infoescola.com/cinema/o-diabo-veste-prada/
Título original: (The Devil Wears Prada)Lançamento: 2006 (EUA)Direção: David FrankelAtores: Meryl Streep, Anne Hathaway, Emily Blunt, Stanley Tucci.Duração: 109 minGênero: Comédia
Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim.
http://www.adorocinema.com/filmes/diabo-veste-prada/
►PRODUZINDO O GÊNEROO texto a seguir faz parte da coletânea da prova de redação da UNESP 2012. A partir da leitura do texto abaixo, redija um resumo, com até 15 linhas, que apresente as funções da bajulação expostas no texto.
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A importância do resumo para compreensão e
interpretação da coletânea
Com relação à coletânea, a técnica do resumo ajuda análise, fixação, organização das ideias, integração entre os subtemas abordados nos textos da coletânea e o tema principal da proposta, além de ajudar o aluno a captar os argumentos e contra-argumentos necessários para produção do texto.
Redação
As reações do cérebro à bajulaçãoPesquisa mostra que se você for bajular alguém é melhor fazer elogios descarados
Não é o que os meritocratas convictos gostariam de ouvir. Uma pesquisa da escola de negócios da
Hong Kong University of Science and Technology indica que a bajulação tem um efeito marcante no
cérebro da pessoa bajulada. Mais surpreendente do que isso é a conclusão do estudo de autoria de Elaine
Chan e Jaideep Sengupta: quanto mais descarada a bajulação, mais eficiente ela é. A pesquisa deu
origem a um artigo no Journal of Marketing Research, intitulado Insincere Flattery Actually Works
(“Bajulação insincera de fato funciona”, numa tradução literal) e rapidamente chamou a atenção da
imprensa científica mundial.
Os autores são cautelosos ao afirmar que puxar o saco funciona, mas é nessa direção que sua
pesquisa aponta. Elaine e Sengupta criaram situações nas quais os pesquisados foram expostos à
bajulação insincera e oportunista. Numa delas, distribuíram um folder entre os pesquisados que detalhava
o lançamento de uma nova rede de lojas. O material publicitário elogiava o “apurado senso estético” do
consumidor. Apesar do evidente puxa-saquismo, o sentimento posterior das pessoas foi de simpatia em
relação à rede. Entre os participantes, a medição da atividade cerebral no córtex pré-frontal (responsável
pelo registro de satisfação) indicou um aumento de estímulos nessa região. O mesmo ocorreu em todas
as situações envolvendo elogios.
Segundo os pesquisadores, a bajulação funciona devido a um fenômeno cerebral conhecido como
“comportamento de atraso”. A primeira reação ao elogio insincero é de rejeição e desconsideração. Apesar
disso, a bajulação fica registrada, cria raízes e se estabelece no cérebro humano. A partir daí, passa a
pesar subjetivamente no julgamento do elogiado, que tende, com o tempo, a formar uma imagem mais
positiva do bajulador. Isso vale desde a agência de propaganda até o funcionário que leva um cafezinho
para o chefe. “A suscetibilidade à bajulação nasce do arraigado desejo do ser humano de se sentir bem
consigo mesmo”, diz Elaine Chan. A obviedade e o descaramento do elogio falso, paradoxalmente,
conferem lhe maior força. Segundo os pesquisadores, é a rapidez com que descartamos os elogios
manipuladores que faz com que eles passem sem filtro pelo cérebro e assim se estabeleçam de forma
mais duradoura.
Segundo Elaine e Sengupta, outro fator contribui para a bajulação. É o “efeito acima da média”.
Temos a tendência de nos achar um pouco melhor do que realmente somos, pelo menos em algum
aspecto. Pesquisas com motoristas comprovam: se fôssemos nos fiar na autoimagem ao volante, não
haveria barbeiros. Isso vale até para a pessoa com baixa autoestima. Em alguma coisa, ela vai se achar
boa, nem que seja em bater figurinha.
Mas se corremos o risco de autoengano com a ajuda do bajulador, como se prevenir?
“Desenvolvendo uma autoestima autêntica”, diz Elaine. A pessoa equilibrada, que tem amor-próprio, é
mais realista sobre si mesma, aceita-se melhor e se torna mais imune à bajulação.
(As reações do cérebro à bajulação. Época Negócios, março de 2010, p. 71.)
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Redação
AULA 2: LEITURA DO TEMA
►TEORIA DA COMUNICAÇÃO
EMISSOR
CÓDIGO / CANAL
RECEPTOR
CONTEXTO
A leitura de um texto faz parte de um processo de decodificação, em que a construção dos
significados é feita com o uso de signos linguísticos, sejam eles verbais ou não-verbais. Se você está
diante de um signo e ele não significar nada para você, então não há comunicação. Se não compreender o
que está lendo, então as palavras escritas não tem significado para você. Agora, um signo só vai significar
se você puder interpretá-lo. A necessidade de interpretar diz respeito a que um signo não significa por si
mesmo. Ele é significado no contexto do uso que se faz dele: em um código e em uma situação. As
condições que você tem para interpretar o que está lendo individualmente são diferentes das condições
que teria se estivesse lendo com outros.
Teoria da Comunicação (adaptado) Pro-funcionário – Curso técnico de informação para funcionários da educação. Brasília 2006
►DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO E TEMAA leitura atenta da coletânea é fundamental para o aluno distinguir o assunto do tema. Em uma
prova de redação, a compreensão e interpretação da coletânea é a primeira avaliação do candidato. Uma
leitura desatenta da coletânea pode fazer com que o aluno tangencie, fuja parcialmente e até totalmente
ao tema proposto. Sendo assim vamos começar abordando a diferença entre assunto e tema, para depois
na próxima aula discutirmos os tipos de leitura necessários para desenvolver uma boa argumentação e
não delimitarmos o tema proposto.
ATENÇÃO: Assunto é um conceito mais amplo. Trata-se, pois, de uma referência genérica. O assunto pode
até ser um fato específico, mas, diferente do tema, não é uma discussão direcionada. Veja o exemplo:
Assunto como referência genérica: “Terrorismo”4
QUEM RECEBE A MENSAGEM
DECODIFICA, COMPREENDE, PENSA, INTERPRETA
PENSA, CODIFICA E TRANSMITE A MENSAGEM
QUEM TRANSMITE A MENSAGEM
http://rpjr.wordpress.com
Redação
Assunto como fato específico: “Os ataques ao World Trade Center, em Nova York, no dia 11 de
setembro de 2001”
Tema: “A intolerância no mundo contemporâneo.”
Em um tema como “a intolerância no mundo contemporâneo”, é possível falar sobre terrorismo, e
até usar como exemplo os ataques às torres gêmeas. No entanto, se o candidato se restringir a falar
somente disso, estará tangenciando e, assim, fugindo parcialmente ao tema, pois há várias outras causas
para a intolerância no mundo em que vivemos. Para não correr esse risco, destaquem sempre as palavras
e conceitos mais importantes do tema. A cada parágrafo escrito, releiam, e certifiquem-se de que vocês
estão falando exatamente da problemática proposta, e não de assuntos aleatórios, que simplesmente se
assemelham ao que foi pedido.
► PRATICANDOLeia o poema abaixo de Manuel Bandeira e responda às questões propostas:
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato
Não era um rato
O bicho, meu Deus, era um homem.
1) Qual é o assunto desse poema?
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2) Qual é o tema proposto por Manuel Bandeira?
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►TIPOS DE FUGA
TOTAL: o aluno aborda um assunto completamente diferente do que foi proposto, não chegando nem
mesmo a fazer uma alusão ao tema. Esse tipo de fuga é muito comum quando as bancas exibem um texto
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Redação
não-verbal (uma charge, um cartum, um quadro, uma fotografia), fazendo com que o candidato não
consiga interpretar o que está sendo proposto, ou interpreta de forma equivocada.
PARCIAL: o aluno aborda o que foi proposto, mas de maneira muito superficial, tangenciando o tema,
ampliando-o demais, ou restringindo-o. Esse é o tipo de fuga mais comum, para evitá-la é necessário fazer
uma boa leitura da coletânea, atentando-se para a diferença entre assunto e tema.
►DISSERTAÇÃO DIAGNÓSTICA
O tema abaixo foi proposto pela FGV em 2009, para o curso de Direito. É comum nas provas da
instituição, a banca trabalhar com textos verbais e não-verbais, chamados de ‘mensagens-estímulo’,
pertencentes a diferentes áreas do conhecimento (arte, filosofia, história, literatura, etc). O tema não é
explicitado na proposta, o que exige ainda mais do candidato uma leitura atenta da coletânea para que o
tema proposto seja depreendido de forma coerente.
Dessa maneira, use os conhecimentos adquiridos nesta aula, e faça uma dissertação em prosa
com base na proposta da FGV 2009. Neste primeiro momento, o professor fará um diagnóstico da sua
leitura e escrita, para que você saiba os principais pontos a serem trabalhados no decorrer do curso.
FGV 2009Observe atentamente as mensagens-estímulo que se seguem, pois são a base para o desenvolvimento da
proposta de Redação.
Texto I“No princípio criou Deus o céu e a terra. A terra, porém estava vazia e nua; e as trevas cobriam a
face do abismo; e o espírito de Deus era levado por cima das águas.
Disse Deus: Faça-se a luz. E fez-se a luz. E viu Deus que a luz era boa; e dividiu a luz das trevas.
E chamou à luz dia, e às trevas, noite; e da tarde e da manhã se fez o dia primeiro.
Disse também Deus: Faça-se o firmamento no meio das águas, e separe umas águas das outras
águas. E fez Deus o firmamento, e dividiu as águas, que estavam por baixo do firmamento, das águas que
estavam por cima do firmamento. Chamou Deus ao firmamento do céu; e da tarde e da manhã se fez o dia
segundo.”
Bíblia Sagrada. Tradução do Padre Antonio Pereira de Figueiredo. Erechim. RS.: EDELBRA (Editora e Livraria Brasileira, Ltda.)
Texto II (imagem)
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Redação
MAGRITTE, René. L’échelle de feu (Escala de Fogo), 1939. 27 x 34 cm. Coleção Edward James Foundation, Chichester, Inglaterra. In: Magritte – signos e imagenes. Barcelona: Editorial Blume, 1978. p. 236.
Texto III “Tudo é teu, que enuncias. Toda forma
nasce uma segunda vez e torna
infinitamente a nascer. O pó das coisas
ainda é um nascer em que bailam mésons.
E a palavra, um ser
esquecido de quem o criou; flutua,
reparte-se em signos — Pedro, Minas Gerais, beneditino —
para incluir-se no semblante do mundo.
O nome é bem mais do que o nome: o além-da-coisa,
coisa livre de coisa, circulando.
E a terra, palavra espacial, tatuada de sonhos,cálculos.”
ANDRADE, Carlos Drummond de. “Origem – a palavra e a terra”, parte V. In “Lição de Coisas”. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1977, p. 325.
Texto IV “Ora, é preciso atribuir ao som da linguagem função idêntica à da imagem mítica, a mesma tendência para
persistir. Também a palavra, como o deus ou o demônio, não é para o homem uma criatura por ele próprio
criada, mas se lhe apresenta como algo existente e significativo por direito próprio, como uma realidade
objetiva. Tão logo a faísca haja saltado, tão logo a tensão e a emoção do momento tenham se
descarregado na palavra ou na imagem mítica, enceta-se, em certa medida, uma peripécia do espírito; sua
excitação, enquanto simples estado subjetivo, extinguiu-se, desabrochou na conformação do mito ou da
linguagem.”
CASSIRER, Ernst. Linguagem e Mito. Tradução de J. Guinsburg e Miriam Schnaiderman. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972, p. 55.
PROPOSTA Você deve valer-se dos textos, verbais e pictórico, oferecidos como mensagens-estímulo para
elaborar sua Redação. Sugere-se, mas não se obriga, que elas sejam lidas na sequência em que ora 7
Redação
aparecem: a primeira alegorizando a criação e a nomeação do mundo sob o ponto de vista místico; as
duas seguintes apresentando a disposição do homem feito artista a partir das coisas criadas; e a última
refletindo este processo conjugando mito e linguagem.
Elabore um texto dissertativo que tenha como eixo temático as mensagens-estímulo oferecidas.
Sugere-se que esse eixo seja mito e linguagem. Seja o mais coeso e coerente possível, discutindo, de
maneira convincente, o raciocínio que vier a desenvolver. Dê um título ao seu texto que sintetize a tese por
você defendida.
► PRATICANDOFaça um resumo em, no máximo, duas linhas, das ideias contidas nas coletâneas.
Texto I: _____________________________________________________________________________________
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Texto II:_____________________________________________________________________________________
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Texto III:_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Texto IV:_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Assunto em comum entre os textos: _____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Tema:_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
AULA 3: ANÁLISE TEXTUAL E RESENHA CRÍTICA
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Redação
Aumentar a nossa competência linguística é um dos requisitos básicos para que nos tornemos cada
vez mais aptos ao ato da escrita. Diante disso, devemos sempre buscar maneiras novas para o
aperfeiçoamento dessa técnica, como desenvolver o
hábito pela leitura de bons livros, a prática de nos
mantermos informados sobre acontecimentos
diversos perante a sociedade que nos cerca, dentre
outros. Tal medida contribui para o nosso
crescimento, tanto pessoal quanto profissional.
►PRINCIPAIS TIPOS DE ANÁLISES
1. ANÁLISE TEXTUALÉ a leitura que tem por objetivo uma visão global, tais como o vocabulário, autor, época em que foi
escrito, estilo, ou seja, um levantamento dos elementos importantes do texto.
2. ANÁLISE TEMÁTICA É a apreensão do conteúdo ou tema, isto é, identificação da ideia central e das
secundárias, processos de raciocínio, tipos de argumentação, exemplos, problematizações, intervenções,
enfim, o desenvolvimento do pensamento do autor.
3. ANÁLISE INTERPRETATIVAEstá relacionada à associação de ideias do autor, considerando as ideologias vigentes, contexto
científico, filosófico, histórico; além da análise crítica do texto.
►TIPOS DE LEITURA
Leitura geral● Captar a tendência geral do texto
● Obter uma visão ampla do conteúdo do texto
● Ler, reler, anotar, resumir o texto
Leitura crítica● Reflexão, avaliação e comparação com o que se leu antes
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"Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam."
(Leonardo Boff, 1997, p. 9)
POR QUE CRIAR O HÁBITO DA LEITURA?
● AMPLIAR OS CONHECIMENTOS
● OBTER INFORMAÇÕES BÁSICAS E ESPECÍFICAS
● SISTEMATIZAR O PENSAMENTO
● AUMENTAR O VOCABULÁRIO
● ENTENDER MELHOR OS CONTEÚDOS
Redação
● Depreender as informações implícitas que o autor induz nas relações que faz outros textos, autores,
ideologias.
► GÊNERO: A RESENHA
Resenha-resumo:É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de
teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo,
pois o objetivo principal é informar o leitor.
Resenha-crítica:É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação
sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e
negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de
opinião.
Quem é o resenhistaA resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o
resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez
que avalia a obra, julgando-a criticamente.
Objetivo da resenhaO objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural
tais como livros, filmes peças de teatro, etc. Por isso a
resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece"
rapidamente, muito mais que outros textos de natureza
opinativa.
O que deve constar numa resenha
O título
A referência bibliográfica da obra
Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
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A LEITURA COMO ESTRATÉGIA PARA ARGUMENTAÇÃO
A leitura geral dos textos da coletânea possibilita ao aluno obter informações das quais necessita para estruturar seus
argumentos, a partir disso, o candidato deve selecionar, por meio de um resumo, os argumentos principais de cada
texto da coletânea. Após isso, o leitor deve verificar a consistência e a coerência dessas ideias, fazendo uma leitura
crítica dessas ideias principais, para assim selecionar os argumentos relevantes para sua tese/argumentação.
A importância da resenha para a dissertação
A resenha possibilita uma leitura crítica e profunda da coletânea, faz com que o leitor leia nas entrelinhas, buscando intenções discursivas e aspectos ideológicos, já que esse gênero além de caracterizar sucintamente a obra ou fato analisados, apresenta uma série de juízos de valor que procuram oferecer, ao leitor, uma avaliação ampla da qualidade e da validade da obra ou fatos analisados. Por esse motivo, as resenhas são textos argumentativos, uma vez que os juízos de valor devem vir acompanhados de argumentos que os sustentem.
REENHA RESUMO
Redação
O resumo, ou síntese do conteúdo
A avaliação crítica
O título da resenha
O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir:
Título da resenha: Astro e vilão
Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995
EXEMPLO DE RESENHA RESUMO/CRÍTICA
Um gramático contra a gramática
Gilberto Scarton
Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112
páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no
ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.
Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma
tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as
noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical,
relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".
O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga
formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e
comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o
absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o
ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.
Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir
assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se
convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista
tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo,
automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata
pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e
alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.
Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para
o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o
mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o
choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos,
gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve
contra a gramática na sala de aula.http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
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Redação
► PRODUZINDO O GÊNEROA coletânea de recortes de textos abaixo, retirados de fontes variadas, aborda a temática ‘Vício na
internet’. Tendo-a como apoio, redija o gênero textual solicitado.
COLETÂNEA
Quando se fala em vício, logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, jogatina, entre outros. Porém,
o vício está ligado a uma questão mais ampla, ou seja, não se restringe a um ou dois aspectos, mas sim a
diversos. Há o vício em internet, diagnosticado quando as pessoas têm sua vida pessoal, profissional e
sentimental afetada pela permanência exagerada na internet.
(Texto adaptado de http://www.brasilescola.com/informatica/ciberviciado.htm)
Vício em internet é doença, defende psiquiatraEm editorial no American Journal of Psychiatry, Jerald Block, da Universidade de Saúde e Ciência
de Oregon, alega que o vício hoje é tão comum que deveria entrar na lista contida no Manual de
Estatística e Diagnóstico de Distúrbios Mentais – o principal livro de referência da Associação Americana
de Psiquiatria para categorizar e diagnosticar doenças mentais. Segundo o especialista, o vício em internet
tem quatro comportamentos principais: uso excessivo, frequentemente associado à perda da noção do
tempo ou negligência de impulsos básicos; sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o
computador esteja inacessível; necessidade de computadores melhores, mais software ou mais horas de
uso; e reações negativas como brigas, isolamento social e fadiga ligadas ao uso do computador.
(http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,OI2704377-EI4802,00.html)
Brasil está entre países que tratam viciados em internetAgnes Dantas
Tem gente que senta diante do computador para trabalhar ou fazer o dever de casa, dá uma
passadinha no MSN para ver quem está online, e entra no Orkut para saber se há novos posts e, de
repente, se dá conta de que se passaram 10, 12 horas de conexão à internet. Nem todo o mundo sabe,
mas existe uma linha tênue entre a mania de estar conectado e o vício em internet.
(http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2006/10/31/286471817.asp)
A doença da conexãoNinguém se surpreende ao ver a executiva Andiara Petterle entrar e sair de seu escritório com o
laptop em mãos. Como tantos profissionais, é, pela internet, que ela dá respostas rápidas a seus clientes
mais exigentes. Uma rotina normal, se não fosse tão difícil para essa gaúcha de 28 anos se desconectar.
O problema veio à tona há quatro anos, quando uma viagem com o marido se tornou um tormento diante
da impossibilidade de se conectar à internet no local.
(...) A compulsão por e-mails é uma extensão da dependência de internet, problema que se
manifesta também com jogos e compras on-line, salas de bate-papo e sites eróticos.
(Revista Veja, n.º 2001, 28 de março de 2007)
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Redação
Internet cria novo tipo de viciado: como as drogas e o álcool, o computador pode causar
dependência, principalmente quando preenche carências e ansiedades "Ninguém se torna dependente de
uma coisa que não traz prazer. A internet é, sem dúvida, prazerosa e se torna dependência quando passa
a preencher uma carência, diminuir a ansiedade, aliviar uma angústia", diz o psiquiatra André Malbergier,
coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas da
Universidade de São Paulo (USP).
(...) O tratamento também é semelhante ao que se submete um dependente de droga. Inclui psicoterapia
para tentar descobrir que conflitos pessoais levaram à dependência – parte dos viciados em internet,
dizem os especialistas, tem extrema dificuldade de relacionamento social. Em muitos casos, é preciso
tomar remédios que diminuam o impulso pelo computador.
(...) "Não podemos transformar a internet no vilão, porque o problema é o uso que nós fazemos dela", diz
Maluh Duprat, da PUC-SP. "A internet é um instrumento fundamental."
(http://www.gtpos.org.br/index.asp?Fuseaction=Informacoes&ParentId=349)
PROPOSTARedija uma resenha, em até 15 linhas, apresentando as informações principais sobre o tema Vício
na internet, abordado na coletânea de textos.
► AMPLIANDO O REPERTÓRIO
"Connected": An Autoblogography About Love,
Death & Technology" (EUA, 2011), dirigido por
Tiffany Shlain. Documentário investiga as
conexões às quais os seres humanos estão
sujeitos. Desde a internet, até as ligações entre
as pessoas.
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