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LORIGA - PORTUGAL
LORIGA 40º 19' N 7º 41'O Gentílico - Loricense ou loriguense
Área - 36,52 km² Densidade - 37,51 hab./km² (2005)
Orago - Santa Maria Maior Código postal - 6270
Apelidada de "Suíça Portuguesa", é a vila mais alta de Portugal.
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Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do distrito da Guarda. Tem 36,52 km²de área, e densidade populacional de 37,51 hab/km² (2005). Tem uma
povoação anexa, o Fontão. Loriga encontra-se a 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente
acessível pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo àTorre, pela referida EN338,estrada concluída em 2006, seguindo um traçado
pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,com um percurso de9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de
Loriga,também conhecida por Portela do Arão) e 1650m, acima da LagoaComprida.
É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinárialocalização geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte
urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dosAbutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m),e é abraçada por doiscursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depoisda E.T.A.R. para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante
da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro da Nave, um afluente quetem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale deLoriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais
se encontra uma conhecida quinta. A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais,que
abrangem todas as àreas e todos os grupos etários, das quais se destacam, porexemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade
Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários
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de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalenteao antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das
últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis Leitão. Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
Amenta das Almas) e festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) eS. Sebastião (durante o mês de Julho), com as respectivas mordomias e
procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festadedicada à padroeira dos emigrantes loricenses, Nª. Srª. da Guia, que se realizatodos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar
a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.
Breve história Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe ocentro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos
anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância deágua e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem
alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta formaestavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população
e povoação com alguma importância.
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O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dosseus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana,
o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraçaguerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. Os
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Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que osromanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação
iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.
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É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar,e a Lorica é a peçaprincipal do brasão da vila.O brasão antigo da vila era constituído por uma
couraça em prata e uma estrela com sete pontas em ouro,sendo que o escudoera de azul celeste.
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é oprincipal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigaçãosão um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos
loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belomas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do
belíssimo Vale de Loriga,fazendo parte do património histórico da vila e édemonstrativa do génio dos seus habitantes.
Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estradaromanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja
Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), oBairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e aRua de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área maisantiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características urbanasda época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no
século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais osromanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como berço deViriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loricense paralhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documentomais famoso,embora não seja o mais antigo, que fala de Loriga como sendoterra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da Lusitânia, escrito peloBispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato,na parte mais antiga do
centro histórico da vila, já tinha esse nome no século XII. O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a
capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermidavisigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os loricenses passaram a
chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás nãoexiste nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, apovoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal,
situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriatoe estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de
S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, emcima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele
santo. Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado Real e a IgrejaMatriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo
orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local deoutro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com
inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. Deestilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de
Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenaspartes das paredes laterais.
O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também aresidência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes
do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do
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Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário doque aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada),não
chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio. Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a seruma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de
concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Temposhouve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes
de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas,Fândega, Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes,
;Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,fazem parte da rica históriaindustrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome deAugusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loricenses.
Apesar de, por exemplo, do maus acessos que se resumiam à velhinha estradaromana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses
transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o seugénio.
Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo,local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX. A história da
vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de umaguerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma região.
Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebidoforais em 1136 ( João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de
duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques ), 1249 ( D.Afonso III ), 1474 (D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados
Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,teve o castigo dedeixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos
expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou osacontecimentos. Tratou-se de um grave erro político e administrativo; foi, nomínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que não existiademocracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio
de toda a região de Loriga (antigo concelho de Loriga). A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes daBeira, Teixeira, Valezim,Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceuao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual
sede de concelho e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma distânciamuito maior.
A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também aAssociação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.Lorigae a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e
estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesiada vila de Loriga. Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pelavila de Loriga,esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que,
tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país,será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria
também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão,administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa
para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido nopapel: desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria
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tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares.Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro
histórico da vila de Loriga. O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas
caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. Asmelhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro
do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem célticamatirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de
uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricensesmudaram o nome do santo para S.Ginês,talvêz por ser mais fácil de pronunciar.
Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo,situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.
Loriga celebrou acordo de geminação com: A vila, actual cidade de Sacavém, noconcelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.
VIAS ROMANAS EM PORTUGAL - Vestígios Romanos Georeferenciados emLoriga
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medievalvisigótico com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que a "versão"Loriga começou a substituir o nome latino Lorica que vinha da época romana,
mas o nome original dado pelos romanos só caiu totalmente em desuso durantea primeira metade do século XIII.
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII,principalmente em documentos do século XII, inclusive quando se fala de
limites territoriais, onde até a actual Portela do Arão é referida como Portelade Lorica, começando mais tarde a ser referida como Portela de Aran, depois de
Aarão, e finalmente do Arão. A estrada romana de Lorica era uma espécie de estrada estratégica, Destinada
a ajudar a controlar os Montes Herminius onde, como se sabe, viviam triboslusitanas muito aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas grandes vias
transversais, a que ligava Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania, a sul.Não se sabe quais os locais exactos dos cruzamentos, mas tudo indica que a
norte seria algures perto de Ballatucelum, a actual Bobadela. Quanto aosvestígios da calçada romana original, eles podem encontrar-se Na área dasCalçadas, onde estiveram na origem deste nome, e dispersos em pequenosvestígios até à zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma estrada.
A título de curiosidade, informa-se que a estrada romana foi utilizada desdeque foi construída, provalvelmente por volta de finais do século I antes de
Cristo, até à década de trinta do século XX quando entrou em funcionamento aactual EN231. Sem a estrada romana teria sido impossível o já por si grandefeito de Loriga se tornar um dos maiores pólos industriais têxteis da Beira
Interior durante o século XIX. - Factos comprovados: Lorica era o antigo nome de Loriga, existiram duas
pontes romanas, uma delas ainda existe, e a outra, construída sobre a Ribeirade S.Bento, ruiu no século XVI, e ambas faziam parte da estrada romana que
ligava a povoação ao restante império romano. A ponte romana que ruiu estavasituada a poucas dezenas de metros a Jusante da actual ponte, também
construída em pedra mas datada de finais do Século XIX. A antiga estrada romana descia pela actual Rua do Porto, subia pela actual Rua
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do Vinhô, apanhava parte da actual Rua de Viriato passando ao lado dapovoação então existente, subia pelas actuais ruas Gago Coutinho e Sacadura
Cabral, passava na actual Avenida Augusto Luis Mendes, na área conhecida porCarreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro em direcção à ponte romana
sobre a Ribeira de Loriga, também conhecida por Ribeira da Nave e Ribeira dasCourelas.
Entre a capela de S.Sebastião e o cemitério, existia um troço de Calçadaromana bem conservada que não deixava dúvidas a ninguém sobre a suaverdadeira origem, mas infelizmente uma parte foi destruída e a restantesoterrada quando fizeram a estrada entre a Rua do Porto e o cemitério. O
património histórico nunca foi estimado em Loriga… Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da vila,
ainda existem vestígios bem conservados do primitivo pavimento da estradaromana. [ Por António Conde ]
Brasão de Loriga - Coat of arms Heráldica Loriguense
Resumo do significado do brasão Brasão: Escudo de azul escuro, uma Lorica em vermelho realçada de prata,entre
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duas rodas hidráulicas a negro e realçadas de branco; Em chefe uma estrela deouro, e na base dois montes a verde. Coroa mural de prata de quatro torres.
Listel de prata,com a legenda a negro:«LORIGA»
Bandeira da vila de Loriga - Flag Bandeira: Esquartelada a azul e branco. Cordão e borlas de ouro. Haste e lança
de ouro. O azul e o branco representam o céu, as àguas límpidas, a neve, abeleza, a pureza e as cores do início da nacionalidade portuguesa.
Selo: Redondo, contendo no seu interior os mesmos símbolos do brasão, e coma legenda: «Junta de Freguesia de Loriga»
Principal simbologia: Como peça central a Lorica,antiga couraça guerreira,origem do nome multimilenar, lembra as origens remotas da povoação e ahistória antiga da vila. As duas rodas hidráulicas simbolizam a duas vêzes
centenária indústria loriguense, criada com o engenho das gentes de Loriga eque fizeram a vila destacar-se ainda mais na região. Eram as rodas hidráulicas
que moviam as primitivas fábricas instaladas ao longo das duas ribeiras quebanham a vila. Esses abundantes recursos hídricos foram em tempos mais
remotos aproveitados também para mover moínhos. A estrela de ouro simbolizaa Serra da Estrela. Pode também simbolizar a vila como uma estrela dentro daEstrela, e o ponto de referência dos inúmeros emigrantes loricenses espalhadospelo mundo. Os montes na base simbolizam os belos e verdejantes montes que
ladeiam o belíssimo Vale de Loriga e a sua espectacular Garganta de Loriga,uma alusão à bela e sigular paisagem.
Para saberem mais sobre esta vila bela e histórica,visitem os melhores e maisvisitados sites sobre Loriga, e outros sites cujos links se seguem.
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