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A.S.A AmorSonhosAposta. Marianna Angelo de Araújo

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Page 1: Amor Sonhos Aposta.€˜Você não sabe mesmo viver sem mim não é?’ – Perguntei, rindo. ‘Nada a ver, só quero saber se você pode vir aqui em casa umas duas horas da tarde,

A.S.A Amor✦Sonhos✦Aposta.

Marianna Angelo de Araújo

Page 2: Amor Sonhos Aposta.€˜Você não sabe mesmo viver sem mim não é?’ – Perguntei, rindo. ‘Nada a ver, só quero saber se você pode vir aqui em casa umas duas horas da tarde,

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Capa

Marianna Angelo de Araújo

Mike Schneider

Preparação e acabamento.

Marianna Angelo de Araújo

Revisão

Marianna Angelo de Araújo

Edição – 2015

Todos os direitos reservados a Marianna Angelo de Araújo.

www.mariollla.com

livroasa.com

Twitter: @mario_llla

Contato: [email protected]

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Aposte em

Seus Sonhos

E vença

essa aposta

com amor.

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Agradecimentos ✖ Agradeço a:

Mamãe e papai por serem os melhores pais do mundo, sempre

me incentivando a fazer aquilo que eu gosto e sempre pensando no

melhor para a minha vida.

Victória, porque além de minha irmã é minha melhor amiga, foi

a primeira a ouvir minhas histórias e sempre me incentivou a

continuar criando.

Cintia por fazer parte das minhas brincadeiras da infância e ser

personagem marcante na elaboração das minhas histórias.

Meus primos em geral por despertarem em mim um lado infantil,

inocente e criativo.

Yollanda, que sempre me deu o maior apoio e com toda

paciência e amor do mundo acompanhou cada capítulo de A.S.A

durante o processo de criação do livro.

A todas as minhas amigas, por serem as melhores inspirações do

mundo para a criação dos meus personagens.

Aos meus tios e tias que sempre acreditaram no meu potencial e

torcem pelo meu sucesso de forma incondicional.

Aos meus avós, por sempre me contarem histórias incríveis

sobre sua juventude e fazer com que minha mente se tornasse ainda

mais criativa.

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Prólogo

Meu nome é Melissa Ferreira de Souza, tenho 15 anos e

estou cursando o primeiro ano do ensino médio, quando eu

tinha 12 anos perdi a pessoa mais especial que eu tinha, meu

irmão mais velho Ronald, mas calma, essa não é uma história

triste de como eu fiquei completamente sozinha e ‘tals’, é

apenas um registro de como eu e meus amigos crescemos,

sonhamos e corremos atrás daquilo que mais queríamos, por

que afinal foi a partir da realização de um sonho meio bobo

que eu tinha que eu encontrei a minha verdadeira felicidade.

‘A sua redação ficou linda, todo mundo chorou’. – Minha

amiga Laís dizia enquanto caminhávamos para o portão da

escola.

Acontece que na aula de português eu havia escrito sobre

o Ronald e sobre as coisas que ele me ensinou, todo mundo

aplaudiu de pé quando eu terminei, me senti muito orgulhosa

disso e fui me sentar com um sorriso enorme nos lábios, acho

que o motivo maior era o fato dele ter sido tão querido pelas

pessoas quando era vivo, meu irmão era do tipo ‘O popular’.

Ronald foi um jogador de futebol de primeira, recebeu

inúmeros convites para jogar em times grandes, mas ele nunca

aceitou, no início eu achava que ele queria cuidar de mim,

mas depois eu percebi que ele gostava mesmo era de ensinar,

então montou sua própria escolinha de futebol, e TODOS os

meninos do nosso bairro queriam treinar com ele, fato que me

deixava muito contente e empolgada na época, ‘fala sério’, eu

era uma pré-adolescente, e os garotinhos mais lindos do bairro

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viviam lá em casa bajulando o meu irmão, era demais. Entre

eles estava o Guilherme, que era também o melhor jogador do

time titular que meu irmão treinava, e foi para ele que o

Ronald fez um pedido muito especial antes de morrer, me

lembro como se fosse ontem, meu irmão na cama do hospital

e o Guilherme ao lado junto com a Gabi que era noiva do meu

irmão na época, eu estava ouvindo tudo do corredor.

‘Eu não quero deixar ela sozinha, eu sei que ela gosta

muito de você, então você pode protegê-la pra mim?’.

Foi o que meu irmão pediu, e eu vi muito bem quando o

Guilherme acenou que SIM umas três vezes e depois saiu do

quarto, eu estava na porta, mas fingi que não ouvi nada, afinal

eu estava meio abalada pela situação toda e mantive minha

cabeça baixa, senti quando ele tocou os meus ombros e disse

baixinho:

‘Vai ficar tudo bem Melissa’.

Olhei nos olhos dele e senti meu coração disparar, acho

que foi a primeira vez que eu achei que um garoto não era um

ser completamente primitivo, foi a primeira vez também que

eu me apaixonei e pra falar a verdade hoje eu não tenho

certeza se essa coisa de ‘paixão’ foi uma boa ideia.

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Cap.1 – Aposta.

AMOR!

Às vezes dói muito.

Mesmo assim gostamos de sentir.

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Melissa

❤Melissa Ferreira de Souza.

❤ Tem 15 anos e faz aniversário no dia 6 de

setembro.

❤Sua cor favorita é Rosa.

❤Nasceu na cidade de São Paulo, sua mãe morreu

no parto e por isso ela e seu irmão Ronald se

mudaram para o Rio de Janeiro para morar com os

avós, nunca conheceu o pai.

❤Adora assistir animes e ler mangás (desenhos

e revistinhas japonesas).

❤Estuda teatro e música desde os 12 anos no

Teatro Central Moinho Colorido e é apaixonada

pelas duas artes.

❤ Tem apenas uma amiga, a Laís, se conhecem

desde os 6 anos.

❤É muito sonhadora.

Sonho N1 – Encontrar um grande amor.

Sonho N2 – Ser reconhecida por seus talentos.

Sonho N3 – Ser feliz para sempre.

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‘Cheguei!!!’ – Gritei assim que entrei em casa, só pra

vocês saberem eu moro com a Gabriela, ex noiva do meu

irmão, ela meio que tinha conseguido minha guarda porque

meus avós (que tiveram que voltar para a Bahia) alegaram que

não teriam condições de me criar, fato que não me deixou

muito triste, e sobre meus pais, bom minha mãe foi mãe

solteira e faleceu no meu parto, sobre ele não sei nada e nem

nunca procurei saber.

Andei por alguns cômodos pra ver se a Gabi estava em

casa e nada, eu deveria ter notado isso pelo fato da porta estar

trancada, cheguei a meu quarto e me joguei na cama, fiquei

pensando se ia para o banho ou para o computador, até que

meu telefone tocou, era a Laís.

‘Você não sabe mesmo viver sem mim não é?’ – Perguntei,

rindo.

‘Nada a ver, só quero saber se você pode vir aqui em casa

umas duas horas da tarde, eu terminei aquela música que eu te

falei’.

‘Hm...’ – Olhei no relógio. – ‘Tudo bem se eu for agora?

As duas eu tenho que ir há casa da dona Márcia ver a minha

roupa’.

Senti que ela suspirou e riu quando eu falei isso, só depois

respondeu:

‘Está bem, eu quero ir com você à Dona Marcia certo? Te

espero’.

Mandei um ‘ok’ e desliguei o telefone, me troquei e parti

para a casa da Laís.

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O lance com a Dona Márcia era o seguinte: eu como boa

otaku1 precisava da roupa perfeita da Serena2 para ir a um

evento semana que vem e é lógico que a Laís tirava sarro

disso o tempo todo, mas eu nem ligava.

Cheguei há casa dela depois de meia hora, parei um pouco

no portão e olhei a casa ao lado, era onde o Guilherme

morava, estava toda aberta, mas não tinha ninguém na sacada,

fiquei um tempinho ali até ouvir um berro da janela do quarto

da minha melhor amiga, era ela tentando chamar a minha

atenção, eu ri sem graça e entrei.

‘Menina você é louca’. – Laís disse indo até seu teclado e

se ajeitando nele, enquanto eu sentava na cama dando de

ombros.

‘Por quê?’ – Perguntei.

‘Estava dando na cara lá fora, quando você vai deixar isso

ou se resolver logo com ele?’

‘Bom...’ – Eu disse um pouco baixo, olhando para meus

próprios pés. – ‘Eu não sei se vou me resolver com ele, eu

gosto dele desde quando tínhamos doze anos e ele nunca disse

nada sobre gostar de mim ou coisa parecida, fora as

namoradinhas que ele já teve, é uma boa quantidade não

acha?’

‘My heart3... ’ – Ela me ignorou completamente e começou

a cantar, eu parei de falar para prestar atenção.

A música era realmente muito linda e a voz da Laís tão

docinha; a parte que mais me chamou atenção foi:

1 Fans da Cultura Japonesa, geralmente animes e mangás. 2 Personagem principal do anime (desenho japonês) Sailor Moon. 3 Meu coração.

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“Eu posso fingir que sou forte, mas ao mesmo tempo eu

posso chorar, pois nada no mundo é certo ou segue uma linha

reta.”

‘Que gracinha’. – Eu disse, assim que ela terminou.

‘Você gostou?’

‘Muito’.

‘Então você pode fazer um favor pra mim?’

‘Hm...’ – Resmunguei, sabia que viria treta, ela fez aquela

cara dela que eu já conhecia, mas concordei em fazer.

‘Eu inscrevi essa música no concurso do Teatro Central,

mas eu não tenho mesmo coragem para cantar, sua voz é

encantadora Melissa, o que acha?’

Arregalei os olhos, eu estava acostumada a cantar apenas

no coral do teatro, mas sozinha? Fazer um solo? Concorrendo

com tantas outras pessoas?

‘Mas... O instrumental...’

‘Eu toco ou a gente vê alguém pra tocar, eu só quero que as

pessoas conheçam essa música, por favor’.

‘Certo’. – Concordei novamente. – ‘Eu vou fazer isso por

você’.

‘Obrigada’. – Ela sorriu feliz e rodopiou pelo quarto, eu

levantei negando com a cabeça enquanto ria.

‘Bom, agora a Dona Marcia’. – Disse animada!!!

Eu realmente estava ansiosa pra ver a minha roupa, e

assim que chegamos lá vi que ela estava linda do jeitinho que

eu queria que estivesse, a Laís riu um pouco e a Dona Marcia

também, as duas achando graça de toda a minha felicidade,

abracei a roupa algumas vezes com um sorriso escancarado de

canto a canto.

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Assim que cheguei em casa fui para cozinha, a Gabi estava

terminando de preparar o jantar e eu abri o pacote com a

minha roupa ali mesmo pra ela ver.

‘Que diferente’. – Ela disse, com um sorriso engraçado no

rosto.

‘Todo mundo acha estranho, mas com a peruca e todos os

acessórios vocês vão ver como eu vou ficar a Serena perfeita’.

– Falei confiante, me sentando a mesa.

Gabriela serviu o jantar bem simples e me pediu desculpas

por não ter tido tempo de preparar algo melhor, eu disse um

“tudo bem” bem animado, na verdade não me preocupava

com nada que ela fizesse parecer ‘mais ou menos bom’, ela

cuidava de mim e isso já era muita coisa.

‘Amanhã vou ver o Ronald’. – Eu disse, assim que

terminei o jantar.

‘Vai sozinha?’ – Ela perguntou.

‘Sim’.

‘Sabe o que eu acho disso não é?’.

‘Eu vou bem rápido, e acho que amanhã é aniversário de

alguém lá no cemitério, pelo menos ano passado nessa época

tinha bastante gente em volta de um túmulo’.

‘Você guarda mesmo as datas’. – Ela riu.

‘Sim, eu guardo’. – Eu disse, levantando para ir lavar meu

prato, assim que terminei o serviço dei um beijo no rosto dela

e fui para o quarto, liguei meu computador e decidi postar a

redação que tinha escrito sobre o Ronald no meu Blog, logo

depois abri o chat da página de relacionamentos pra ver quem

estava online, apenas a Laís e o Guilherme, ela logo escreveu

pra mim ‘nem venha falar comigo, estou ocupada’, eu ri, era

bem a cara dela mesmo me avisar quando nem queria papo,

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acho que falo demais. O Guilherme continuou online e eu

fiquei morrendo de vontade de puxar assunto com ele, toda

vez era a mesma coisa, só a vontade mesmo, porque coragem

para milhares de outros feitos eu tinha com certeza, agora para

puxar assunto com um menino que eu conhecia a minha vida

toda, nunca.

Desliguei o computador frustrada comigo mesma e enfim

fui deitar, milhares de coisas passavam pela minha cabeça, o

que aconteceria se eu finalmente puxasse assunto com ele? O

Guilherme não parecia o tipo de menino que seria ignorante

comigo, pelo contrário ele era tão legal com todas as pessoas

que ele conhecia, acho que esse era um dos principais motivos

pra ele ser tão popular.

-

Eu NÃO gosto de acordar cedo, a escola é um lugar legal

em certa parte, mesmo assim a ideia de deixar a minha

caminha quentinha é péssima, porém nesse dia eu fui toda

contente, afinal depois da aula eu ia dar uma passadinha no

cemitério, visitar o Ronald e mostrar pra ele minha roupinha

da Serena.

Saí de casa no embalo, levei a roupa em uma sacola e a

deixei do lado da minha carteira enquanto estudava.

‘Que isso?’ – Laís perguntou me olhando com uma

expressão estranha, percebi que ela estava com olheiras, deve

ter ficado a noite toda acordada.

‘Meu cosplay 4 ’. – Sussurrei para que a professora não

ouvisse, a Dona B. era chatinha demais.

4 Trata-se de uma divertida e curiosa atividade em que pessoas se caracterizam e interpretam seus personagens preferidos de filmes, animes (desenhos japoneses), mangás (quadrinhos japoneses) ou games.