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ALUNO: CARLOS EDUARDO SILVA PROFESSORA: IANA FLÁVIA

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Page 1: ALUNO: CARLOS EDUARDO SILVA PROFESSORA: IANA FLÁVIA

ALUNO: CARLOS EDUARDO SILVAPROFESSORA: IANA FLÁVIA

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O saneamento assume características especiais em situações tais como: inundações, furacões, terremotos, incêndios, epidemias etc. Desde que a protecão à saúde não pode ser eficiente sem a existência de um ambiente sadio, uma das necessidades fundamentais em situações de emergência é a provisão imediata das melhores facilidades sanitárias permitidas pelas circunstâncias e recursos disponíveis.

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Uma situação de calamidade pública pode ocorrer a qualquer tempo e em qualquer lugar e o período ativo de um desastre por causas naturais pode variar de uns poucos segundos (terremotos), a muitos dias (inundações). As medidas aplicáveis variam conforme o caso.

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As medidas preventivas que podem ser consideradas incluem um sistema adequado de alarme e alerta; um planejamento antecipado para a evacuação da população ou de parte dela e outras medidas de proteçao e precauções como a dragagem de rios, proibição de construções perto de margens alagáveis, armazenamento de água para combater incêndios, uso de materiais incombustíveis em fábricas, depósitos de explosivos e inflamáveis, treinamento de pessoal em medidas de emergência etc.

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2. PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE ATIVIDADES DE SAÚDE PÚBLICA PARA

EMERGÊNCIAS

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Imediatamente após o desastre, a equipe de saúde pública, compreendendo, pelo menos, um médico, um engenheiro sanitário ou técnico de saneamento, uma enfermeira, um laboratorista e pessoal auxiliar deve iniciar um programa integrado de saúde pública de emergência.

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A procura ativa de casos e notificações de doênças infecciosas, imunização e outras atividades profiláticas, serviços de diagnósticos e quimioterapia, primeiros socorros, operações cirúrgicas, serviços de enfermagem e de saneamento são necessários para ajudar a proteger ou restaurar a saúde da população atingida

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As atividades de saneamento incluem: abastecimento de água, disposiçâo sanitária dos dejetos, coleta e disposição do lixo, higiene dos alimentos, controle de insetos e roedores etc.

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Engenheiros sanitaristas são necessários nos meios politico-decisórios, pIanejamento, levantamentos e supervisão geral. Inspetores ou técnicos de saneamento auxiliam os engenheiros nos trabalhos de levantamento, serviços técnicos e supervisão do pessoal auxiliar.

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A quantidade de pessoal necessário depende de vários fatores, porém, como sugestão básica, pode-se ter o seguinte:

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População Afetada PESSOAL DE SANEAMENTO

Inspetores Eng / auxiliares

Menos de 1.000 1.000 a 10.000 1000 a 10.000 10.000 a 50.000 50.000 a 100.000 Para cada 100.000 Adicionais

— — 1 1—2 1

1 1 2 2—3 2

1 — 2 2—5 5— 10 10—15 10

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Depois da maioria dos desastres, a população deve ser provida de abrigos temporários. Às vezes, uma comunidade próxima, ou parte da cidade não afetada pelo desastre pode fornecer abrigo.

Tendas de lona são o tipo mais prático e comum de abrigo de emergência.

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Os seguintes pontos devem ser observados, quando refugiados têm de ser acomodados por vários dias em acampamentos:

a — o local do acampamento deve ficar longe de criadouros de mosquitos, depósitos de lixo, e deve ter fácil acesso às estradas;

b — a topografia do terreno deve permitir fácil drenagem. Terreno coberto com grama evita poeira, porém, com excessiva vegetação, poderá abrigar insetos, roedores e répteis e deve ser evitados;

c — deve haver amplo espaço para o pessoal e as facilidades necessárias. A grosso modo se estima de 3 a 4 hectares por cada mil pessoas ou seja, 30 a 40 m2 por pessoa;

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d — o local deve estar perto de uma ampla fonte de água; e — as tendas devem ser armadas em fila, em ambos os lados de uma estrada de, pelo menos, 10 metros de largura para permitir o tráfego fácil. Entre as margens da estrada e as tendas deve haver, pelo menos, 3 metros de distância;

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f — as tendas devem ter uma área mínima de 3 m2/pessoa e devem estar separadas de, pelo menos, 8 metros, sendo preferível tendas menores para pequenos grupos de pessoas do que grandes tendas para muitas pessoas; g — em climas frios, aquecedores devem ser fornecidos e bem cuidados para evitar intoxicacão, explosão ou incêndio, O mesmo cuidado deve ser tomado quanto às lanternas para iluminação; h — quando não há água encanada no local, devem ser instalados depósitos com capacidade de, pelo menos, 200 litros, dispostos não mais de 100 metros, um do outro. Várias torneiras instaladas nesses depósitos facilitam seu uso simultâneo por várias pessoas.

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i— latas ou cestos coletores de lixo com capacidade de 50 a 100 litros, com tampa, são necessários para cada 4 a 8 tendas (25 a 50 pessoas); j— privadas ou outros tipos de instalações para a disposiço de excretas devem ser localiza das em blocos, atrás das tendas. Pode-se prever uma privada para cada 10 a 20 pessoas; k — uma barraca ou tenda de uns 3 metros de comprimento para a instalaço de lavatórios de campanha deve ser fornecida para cada 50 pessoas; l— valas de drenagem devem ser cavadas em torno das tendas e ao longo das estradas. Os pontos de água devem ser drenados para evitar lama;

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m — o acampamento deve ser dividido em duas áreas: uma residencial e outra de serviços comuns (alimentação, serviços médicos, administração, recreação etc); n — para facilitar a administração, o acampamento pode ser dividido em unidades independentes de, no máximo, mil pessoas. Se forem utilizados edifícios para acomodação de refugiados, estes deverão seguir os mesmos princípios sanitários básicos antes mencionados.

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4.1 Demanda Em ocasiões de emergências, as necessidades de água para bebida, higiene pessoal e preparacão de alimentos não podem ser as mesmas de épocas normais. Como orientação básica, pode-se adotar os seguintes valores: — hospitais de campo e estações de primeiros socorros, 40/60 litros/pessoa/dia — centros de alimentação, 20/30 litros/pessoa/dia — acampamentos temporários, 15/20 litros/pessoa/dia

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Dentre as possíveis fontes de água que devem ser investigadas e utilizadas em casos de emergência, estão:

— Sistemas Públicos — se o abastecimento público for danificado pelo desastre, a primeira prioridade será colocá-lo novamente em condições de uso. Às vezes, é necessário fazer instalações provisórias para substituir instalações danificadas. Depois do desastre, a pressão da água e a concentração de cloro na mesma devem ser aumentadas a fim de proteger a água de contaminação.

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— Sistemas Particulares — alguns sistemas privados pertencentes as fábricas, fazendas ou indústrias, podem ser utilizados, tendo-se o cuidado de assegurar a potabilidade da água fornecida. — Poços rasos e cacimbas — na área atingida podem ser encontrados poços ou cacimbas que podem ser utilizados com pouco ou nenhum tratamento especial. Se necessário, o poço deve ser desinfetado com solução de cloro de 50—1 00 mg/litro que deve ficar no poço algumas horas antes de ser bombeada e retirada até que o teor de cloro residual baixe a 1 mg/ litro.

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Para eliminar os organismos patogênicos, a água pode ser desinfetada, usando-se métodos físicos ou químicos. A água pode ser fervida e aerada. Pode ser clorada com solução de hipoclorito de sódio, ou de cálcio ou com cal clorada (cloreto de cal) de tal modo que se obtenha uma concentração de cloro residual de 0,2 a 0,5 mg/litro.

O Ministério da Saúde preparou e editou um “Manual de Cloracão para Emergências”, que poderá ser de utilidade nessas situações.

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Existem equipamentos móveis ou portáteis para filtração da água, geralmente à base de filtros diatomáceos, ou de filtros de pressão. É necessário ter pessoal previamente treinado para operar esses equipamentos.

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Podem ser usados tanques de lona, plástico ou borracha, elevados ou não, para armazenar água em emergências. A capacidade total de armazenamento deve ser suficiente para 12/24 horas de consumo. Em emergências podem ser usados piscinas, tanques ou reservatórios de fábricas etc., para armazenamento de água.

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Os testes mais importantes nessas condições são os testes bacteriológicos, o de cloro residual e o de pH.

Na falta de aparelhos medidores e de facilidades de laboratório, pode-se fazer os seguintes testes de improvisação para cloro e pH:

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— Cloro residual — enche-se um copo branco e limpo até um terço com a água a testar e se adiciona, nessa água, de 15 a 20 gotas de ortotolidina, verificando-se a cor produzida e fazendo-se as seguintes interpretações: ausência de cor — ausência de cloro amarelo canário — cerca de 0,5 mg/l amarelo intenso — cerca de 1 ,0 mg/l amarelo alaranjado — mais de 1,0 mg/l (ou seja, mais cloro que o necessário)

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pH — enche-se um copo branco e limpo até um terço com a água a testar e adiciona-se 4 gotas de azul de bromotimol, fazendo-se a seguinte interpretação: azul escuro 7,6 — alcalino azul claro 7,0 — neutro verde 6,8 — ácido amarelo esverdeado 6,0 — ácido

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Quando o sistema público for destruído ou avariado pelo desastre, a distribuição da água poderá ser feita por meio de carros tanques, que podem ser obtido pelo Corpo de Bombeiros, Exército, Indústrias, Aeroporto etc, devendo-se assegurar a potabilidade da água distribuída.

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Depois de um desastre, um dos principais problemas sanitários a resolver é o da adequada disposição dos dejetos a fim de evitar a contaminação do solo e da água, maus odores, proliferação dos insetos e o perigo de doenças, especialmente as entéricas.

As medidas de emergência dependem das situações encontradas, dentre elas:

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As medidas mais comuns nesses casos são: — conserto rápido de tubulações; — desentupimento de galerias; — drenagem e limpeza das estações de tratamento e bombeio; — cloração ou desinfecção dos efluentes; — construção de instalações temporárias.

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Dependendo do tempo em que podem ficar em uso, as instalações mais utilizadas são: — latrinas de valas — privada sanitária — mictórios — privadas portáteis

A latrina comunal, embora difícil de evitar, é difícil de manter limpa e deve, tanto quanto possível, ser evitada. Quando construída, deve ter um assento para cada 20 pessoas em blocos separados para homens e mulheres.

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Pode-se prever a produção de cerca de 500 gramas de lixo por pessoa por dia, com um teor de unidade de aproximadamente 40% e um peso específico da ordem de 200 kg/m3. Os recipientes com tampa para coletar o lixo não devem exceder de 100 litros e recomenda-se 3 a 4 recipientes para cada 100 pessoas; devem ser esvaziados diariamente e deve-se cuidar da limpeza para evitar proliferação de insetos e roedores.

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Deve ser feita uma estimativa da quantidade de lixo, freqüência de coleta, número e tamanho dos recipientes, veículos e quantidade de pessoal necessário para esse trabalho. Um caminhão com capacidade de 10 m3 com um motorista e dois ajudantes pode servir de 5 a 8 mil pessoas fazendo 2 a 3 viagens por dia ao local final de disposição. Carroças e outros veículos podem ser utilizados para esse trabalho em casos de emergência.

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Nos pequenos acampamentos, pode-se cavar uma vala de 1,5 m de largura por 1,5 a 2 metros de profundidade onde o lixo é depositado e coberto com uma camada de 20 a 30 cm de terra. Cada metro de comprimento da vala serve a cerca de 200 pessoas e tem duração de aproximadamente 10 dias de uso.

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Em situações de emergência, o controle da higiene dos alimentos torna-se difícil. Se a energia elétrica for deficiente, as facilidades de refrigeração se tornarão precárias e favorecerão o estrago dos alimentos. Deve-se evitar comer alimentos crus, procurando-se cozê-los, e dar-se preferência a alimentos já prontos e enlatados.

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Normalmente, a distribuiçáo de alimentos se faz segundo duas linhas básicas: a) pessoas ou famílias que dispõem de facilidades para preparar sua própria comida;

b) alimentação em massa de pessoas que carecem dessas facilidades.

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Sem medidas sanitárias apropriadas para o armazenamento, preparo e distribuição de alimentos, a alimentação em massa, em condições de emergências, pode constituir-se em sério perigo para a saúde. Embora a responsabilidade de alimentar a população não caiba ao pessoal de saúde, ele é responsável pela qualidade sanitária desse serviço.

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Alguns pontos devem ser observados, tais como: — controle da qualidade dos alimentos recebidos; — controle da água para preparação dos alimentos; — controle dos insetos e roedores; — provisão de armazenamento e cozimento adequados; — controle de coleta e disposiçáo do lixo e limpeza dos locais; — controle da preparação e distribuição dos alimentos; — controle sanitário do pessoal que trabalha nessas atividades; — provisão de lavatórios e privadas para o local. Quando não existem facilidades de refrigeração, deve-se preparar somente os alimentos que serão consumidos no dia.

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As condições resultantes de um desastre favorecem a proliferação de insetos e roedores. Moscas, pulgas, carrapatos, mosquitos, baratas e ratos são transmissores de doenças e podem desenvolver-se rapidamente em condições de falta de saneamento. Imediatamente após o desastre, o controle deve concentrar-se na destruição, por meios físicos ou químicos, dessas pragas, seja nas pessoas ou nas vestes, camas, dormitórios e animais domésticos

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Algumas instalações são necessárias para ajudar a higiene nos acampamentos e incluem: banheiros, lavanderias, lavatórios etc. Um chuveiro deve ser provido para cada 50—100 pessoas e, em climas frios, é necessário aquecimento. Cerca de 30 a 40 litros de água devem ser providos por pessoa/semana. O uso de toalhas comuns deve ser evitado. Um tanque de lavar roupa é necessário para cada 100 pessoas. A limpeza desses locais é essencial.

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Manual de saneamento.2.ed.rev. e autorizada

Rio de janeiro, 1981.