algumas fotografias 2012
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Selcação de fotografias de finalistas do Curso Profissional de Fotografia 2010-12 do Instituto Português de FotografiaTRANSCRIPT
FICHA TÉCNICA
Edição: Instituto Português de Fotografia
Rua da Ilha Terceira, 31 A
1000-172 LISBOA
Curadoria: Domingos Caldeira (Lisboa) e Alexandre Souto (Porto)
Coordenação: Margarida Carvalho Neto
Depósito legal: 352237/12
ISSN: 2182-8148
Número de exemplares: 100
© Instituto Português de Fotografia
ÍNDICENota de Abertura 4
Entre, Adelaide Carneiro 6
La piel que habitas, Alejandra Franch 10
A Fábrica, Alexandra Sumares 14
Ausentes, Carla Rosado 20
DesconstrutiSiza, Carla Silva 26
Sobre os meus Avós, Carolina Thadeu 32
Avós, Catarina Silva 38
Apatia, Daniela Alves 44
Projecto final, Eduardo Anes 48
Homens do Largo, Helena Barroso 52
Lugar, Helena Colaço Salazar 58
Pensão França, Inês Pinheiro 64
Construção, Joana Saramago 70
In Memoriam, José Fernandes 76
Comércio Tradicional, José Luís Cunha 82
António Castro, Liete Quintal 86
Levei o meu Peixinho a passear, Luís Coelho 92
154, Nuno A. Mendes 98
Short Cuts, Sofia Caetano 102
Animal Farm, Tina Škrlj 108
O Instituto Português de Fotografia 113
Algumas Fotografias
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NOTA DE ABERTURA
Com esta publicação, dedicada aos trabalhos realizados no âmbito do Curso Profissional
de Fotografia, retoma-se a prática de apresentar anualmente uma selecção das fotografias
que integraram os Trabalhos Finais apresentados para conclusão do Curso Profissional.
São o testemunho do rigor de uma acção de formação de natureza profissional. São fotografias
que mostram percursos de qualidade e premeiam futuros promissores.
Para estes autores esta é a primeira oportunidade para apresentação, sob a forma de obra
bibliográfica, de um conjunto significante das suas fotografias. Para o IPF, como Instituição,
é uma forma de balanço como Escola e como lugar da Fotografia.
Augusto de Moraes Sarmento, Director
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Escrevi em tempos... “editar é escolher. É de duas passar a uma. É fazer de fotografias múltiplas,
plurais, amiúde contraditórias, uma linha, um fio condutor uno e consistente. Que, simultaneamente,
se construa, influencie o futuro ... para o editor é um mundo osmótico, alicerçado no abuso e no
discricionário...” No caso de “Algumas Fotografias” o processo é ainda mais complexo. Trata-se
de exercer e sobrepor critérios de edição sobre uma outra edição baseada, necessariamente,
em outros critérios e feita pelo próprio autor das fotografias.
O resultado que esta série de exposições mostra tem a ver com este processo, com esta lógica,
e resultou não só num entendimento, muito mais analítico que crítico, sobre a totalidade
das fotografias em presença, mas também na procura de critérios que, de alguma forma, pudessem
ser visíveis, não só na escolha final das imagens, mas também absolutamente aparentes nas zonas
de hiato e de interstício, consequências de irrecusáveis vazios. Numa espécie de conjugação
contrapontística de vozes e silêncios, claros e escuros, em que não se notam as ausências
ou as presenças, e em que tudo parece fazer sentido, no propósito de cada. É, claro, um trabalho
reinterpretativo, estimulado por uma nova construção e, simultaneamente, condicionado e livre.
O que podemos então encontrar em “Algumas Fotografias_2012”? Porque se é verdade que
das fotografias me apropriei, das suas reflexões e reflexos não. Deixo-vos, por isso, algo do que
os autores também me deixaram. Pedras onde me apoiei neste refazer de caminhos que não
os meus, mas que vos proponho como vossos...
Domingos Caldeira, Coordenador Pedagógico IPF Lisboa
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Entre
Até que ponto a pose para a fotografia não poderá ser considerada fotografia performativa?
Mais que uma demanda, “entre” é um convite... seja bem-vindo ao ente de um corpo performado.
Entrar é experienciar uma viagem ao mundo de um corpo possuído por três “personas”que surgem
através da exploração do “eu” e que de “eu” passam a “ela”. São três séries (...) a primeira fala
de um “eu” que é frágil, mas ao mesmo tempo sedutor; a segunda interpreta a personagem
de “femme fatale”, de um corpo feminino que seduz mas que tem uma atitude de predadora
e a terceira mostra o “eu” (...) reprimido, recalcado, mas que quer sair.
Porto, 2012
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La piel que habitas
Somos o que comemos? Como nos identificamos com diferentes tipos de comida?
Aquilo que comemos é um reflexo da nossa personalidade? O que é aquilo que nos faz únicos?
Procurei tratar o tema da identidade das pessoas através da sua relação com a comida...
Cada díptico é composto por um retrato “em contexto” da pessoa protagonista junto com
um “retrato” daquilo que costuma comer com devoção. O título remete para o filme de Almodóvar:
“La piel que habito” e faz referência a duas questões: a primeira, ao facto de ser espanhola,
às minhas raízes e cultura e a essa necessidade de cobrir o sentimento de saudade e solidão
ao encontrar-me a viver num pais estrangeiro; a segunda, ao facto de nos encontrarmos inseridos
dentro de uma identidade, que actua como suporte da nossa pessoa.
Porto, 2012
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A Fábrica
Viagem de uma leiga a um complexo industrial... limpam-se óxidos e gases... corredores labirínticos...
a luz forte do dia entranha-se em rolos de carvão... vestígios de trabalho operário... metal e pó...
e que se dirigem para o mar....
Lisboa, 2012
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Ausentes
...os lugares onde a vida se cruza com a ausência de quem partiu... recantos preenchidos
com memórias que carregam pistas e possibilidades... um ambiente de algum modo suspenso...
Lisboa, 2012
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DesconstrutiSiza
Comecei por procurar formas de utilizar a fotografia de arquitectura que rompessem com o que
tradicionalmente é feito. Depois de um levantamento dos movimentos e correntes artísticas da
arquitectura, procurei relacionar dois conceitos: o modernismo construtivista e o desconstrutivismo.
Fotografei a arquitectura modernista de Siza Vieira e com as imagens obtidas desconstrui o espaço.
Apesar do desconstrutivismo negar as regras base da geometria, tais como a simetria, a translação
e repetição, foram exactamente estas regras que me permitiram desconstruir os espaços e fazê-lo
de uma forma mais harmoniosa.
Porto, 2012
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Sobre os meus Avós
Uma homenagem aos meus Avós... um elogio aos meus Pais, aos mais que Pais... encontro-me
nas suas rugas, nos seus silêncios... nos livros que os acompanham... convido-vos a espreitar
as suas casas... escolhi mostrar os seus rostos... os espaços que habitam...
Lisboa, 2012
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Avós
E tu, ensinaste-me a ver através da câmera, a ver de que lado estão a luz, a sombra e as formas...
E nós os três passámos horas a ver tudo o que registaste e ouvi de vocês os dois histórias
maravilhosas que nunca vou esquecer... Ficam registos fotográficos do meu avô, momentos
de uma época congelados pela câmera... Ficam as emoções, as histórias contadas e os momentos
relembrados quase ao pormenor... Diálogos entre três pessoas de gerações distintas e com
experiências de vida incomparáveis.
Porto, 2012
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Apatia
Apatia é um termo psicológico usado para definir um estado de indiferença, ou a supressão
de emoções como preocupação, entusiasmo, motivação e paixão. Um indivíduo apático não
responde de forma expressiva e tem ausência de interesse ou preocupação sobre a vida
emocional, física e social. Pode não ter motivação para cuidar de necessidades básicas, como
higiene e refeições... Quando transitório, o estado apático pode ser superado; contudo, a longo
prazo não pode ser visto como normal. Todas as pessoas podem passar por períodos de apatia.
(vídeo do projecto em: vimeo.com/danielatalves/apatia)
Porto, 2012
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Projecto final
Os tempos são os actuais. Vive-se ainda um inverno nuclear. A impaciência e impotência masculinas
não foram capazes de sobreviver aos primeiros anos de guerra fria. Com grandes bombas foram
grandes decisões tomadas por grandes homens... Entre aqueles que ficaram, as mulheres
eram as mais fortes. Dominaram sobre o homem. Pela força pararam a guerra. Pela força regem
as suas casas. Cada imagem retrata esta mesma família. São imagens recuperadas das paredes,
com as suas molduras originais, em cenas de quotidiano ou lazer.
Porto, 2012
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Homens do Largo
Uma ideia vaga de fotografar o Alentejo... uma frase de Manuel da Fonseca, na obra O fogo
e as cinzas: antigamente, o largo era o centro do mundo... antigamente, como se agora já não
o fosse... como tinha ouvido imensas histórias que estes homens me tinham contado sobre a sua
vida e a sua vila, decidi associar a cada um deles dois elementos...
Lisboa, 2012
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Lugar
De todas as janelas, galerias e estendais que fotografei neste lugar, Bairro da Boavista, deparei-me
com um crescente de fotografias destas janelas... estas contavam uma história nova, como
quando relemos um trecho de um livro e aprendemos coisas novas... pano que caiu do andar
de cima e que ficou pendurado dias a fio, seco... janela de ferro sempre fechada e outra por vez
aberta... descortinar um pouco sobre a circunstância especial deste alguém que sempre que olha
pela janela verá grades na sua paisagem... terras adjacentes a Monsanto, que o Conde de Bonfim
cedeu para que se tornassem propriedade de quem para lá fosse habitar, coisa que, ainda hoje,
está para acontecer...
Lisboa, 2012
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Pensão França
São pensões antigas, algumas datam de há mais de 30 anos. A maior parte é gerida pelos seus
proprietários iniciais e são extensões das suas casas... Vivem nelas, num cantinho aproveitado...
Cada quarto apresenta uma riqueza própria de quem o mantém e de quem por já lá passou.
Longe dos quartos de hotéis mais modernos, requintados e estilizados, estes espaços recriam
histórias de vida, retalhos de vida com tudo o que os preenche e envolve. “Pensão França”
é um registo fotográfico documental acerca de uma amostra desses espaços na cidade do Porto.
Porto, 2012
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Construção
Criei um personagem — homem, de raízes africanas, 30 anos — mas não lhe dei nome. Vi e revi
filmes em busca de inspiração... é um olhar triste, vago e sem esperança... vesti-o num fato
coçado... pedi-lhe que deixasse a barba por fazer e que usasse uns óculos velhos... na feira
da ladra comprei um prato velho com motivos vermelhos... no supermercado comprei uma garrafa
de vidro incolor... e encontrei nos pertences da minha avô paterna um copo de vidro grosso,
de taberna... convocar em cada um de nós o espírito de Chico Buarque de Holanda... percurso
final, sem esperança, do seu operário em construção.
Lisboa, 2012
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In Memoriam
Está relacionado com o meu Pai, falecido durante a minha infância e com que mantive pouco
contacto... fotografei a casa onde viveu, o espaço que a envolve, os seus pertences e tudo aquilo
que permaneceu... simultaneamente um projecto fotográfico e uma homenagem póstuma
e dedico-o ao meu Pai, finalizando apenas com: Pai, isto é para ti!...
Lisboa, 2012
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Comércio Tradicional
No comércio tradicional há muitas pessoas que lutam para ter as portas abertas, pois não têm
armas para se opor aos “gigantes’’: aos grandes centros comerciais e suas acessibilidades,
aos chineses e seus preços, às compras online e à inevitável crise financeira... Quis fazer um registo
para a posteridade destes pequenos negócios que estão a desaparecer muito rapidamente
e despertar consciências para este problema na cidade do Porto e, tal como noutros locais,
inverter a situação... Tudo isto me leva a crer que com um pouco de bom senso por parte
das entidades responsáveis seria possível trazer de volta o comércio tradicional que tantas
vantagens tem, como a qualidade, o atendimento, a proximidade, o pagar fiado: no fundo,
uma filosofia própria que não podemos encontrar nos outros locais e que pouco a pouco está
a desaparecer.
Porto, 2012
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António Castro
António Martins Castro, português, oitenta e um anos... conheci o António no Centro de Dia
de Carnaxide... como é a vida destas pessoas quando não estão no Centro de Dia?... quando
comecei a fotografá-lo, logo compreendi que a vida de António se restringia a três espaços:
o centro de dia, a sua casa, o seu bairro... elegi o espaço de sua casa... o facto deste espaço ser
a resposta à minha pergunta... aproprio-me da técnica fotográfica e dos elementos de composição
para apresentar António Martins Castro...
Lisboa, 2012
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Levei o meu Peixinho a passear
Se toda a gente leva os seus animais de estimação, porque que eu não posso levar o meu peixe?
...Coitado do bicho vê sempre os mesmos móveis, os mesmos quadros, as mesmas jarras
e as mesmas pessoas. O bicho também precisa de novas experiências! Peguei no aquário
e comecei a leva-lo para todo o lado... Toda a gente olhou para o meu peixe, fiz furor, vinham-me
perguntar porque é que andava com um aquário na mão... O trabalho é uma metáfora a nós
próprios, que percepcionamos a realidade de forma diferente. Os nossos aquários vem já
de nascença mas vão sendo alterados, riscados, distorcidos, descolorados; estas alterações
provêm do nosso processo de crescimento... Todos nós vivemos dentro de aquários diferentes
que alteram a nossa percepção da realidade.
Porto, 2012
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O quotidiano de uma pequena “ilha”, em pleno centro da cidade do Porto, é uma perspectiva
pessoal e introspectiva do lugar e das suas características. O processo de criação das imagens
nasceu após uma primeira abordagem com alguns dos moradores nas suas habitações. É uma
espécie de Porto interior: depois de se passar o portão principal, surge um espaço que não se
imagina visto da rua principal, um mundo completamente à parte. O título faz referência ao número
da porta desta “ilha”, que parece ser o número de porta de uma habitação singular.
Porto, 2012
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Short Cuts
Ainda no outro dia li algures alguém queixar-se de que, actualmente, as pessoas têm vindo
a esquecer-se de que a fotografia reproduz a realidade... foi este o paradigma da fotografia
que conheci e interiorizei no meu percurso enquanto estudante de fotografia... é possível e,
quem sabe, mais proveitoso, respeitar a forte e sincera relação que se pode construir entre ela
própria, imagem visual, e o seu referente, representado fisicamente no papel - metáfora do tempo...
aprendi que, por vezes, é mais importante o que não está na fotografia... a estrutura em díptico
surgiu da ideia de reproduzir, na fotografia, a diferença existente entre a longa e curta-metragem,
no cinema... talvez tenha encontrado o problema por que tanto indagava...
Lisboa, 2012
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Animal Farm
Procurei interpretar o romance Animal Farm (O Triunfo dos Porcos) escrito por George Orwell
e publicado em Agosto de 1945, em Inglaterra. De acordo com o autor, o livro é uma reflexão
e alegoria dos eventos que antecederam e vigoraram durante o período de Estaline no poder,
antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial. O livro aborda não só a corrupção demonstrada
pelos seus líderes, mas também a maldade, indiferença, ignorância e ganância que corromperam
a revolução. Na história de George Orwell, todos os animais da quinta que ansiavam uma vida
melhor, decidem fazer uma revolução, tomar conta da propriedade e livrar-se do dono. O seu
objectivo é concretizado, mas os porcos tornaram-se gananciosos e proclamaram o total controle
do poder.
Porto, 2012
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O INSTITUTO PORTUGUÊS DE FOTOGRAFIA
A recriar o ensino da fotografia, desde 1968
Fundado em 1968, o IPF foi a primeira escola de fotografia em Portugal. Nasceu como resposta
à necessidade de compreender as práticas empíricas dos fotógrafos e ao facto de não haver
em Portugal nenhuma instituição onde esses conhecimentos pudessem ser adquiridos de forma
sistematizada. Desde esse ano, em Lisboa, e desde 2000, no Porto, o IPF tem vindo a recriar
a forma de ensinar fotografia. A oferta de formação do Instituto é periodicamente avaliada para dar
resposta às necessidades, actuais e futuras, do mercado.
Para o IPF, a Fotografia não é uma entre muitas outras áreas de formação, mas a sua razão de ser.
É esta exclusividade que faz a diferença: a formação em Fotografia não é apenas mais
um curso, é o curso. Todos os recursos – humanos e técnicos – estão focados num único objetivo:
garantir as melhores oportunidades de aprendizagem da fotografia.
Neste sentido, o IPF reúne uma equipa de formadores que alia domínio técnico e pedagógico,
dedicação e empenho. É isso que lhe permite transmitir conhecimentos, proporcionar amplas
oportunidades de aprendizagem e desafiar a “ir mais longe”. Muitos dos formadores são profissionais,
o que permite aos formandos vivenciarem os desafios práticos associados à profissão de fotógrafo
e alguns são antigos formandos numa afirmação pública de confiança na nossa formação.
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Aliar ensino, formação e actividade cultural
No IPF, “formar” não é apenas realizar cursos: é, também, promover ação cultural
pública, coerente e inovadora. Realizada regularmente ao longo dos anos, esta acção cultural
qualifica o IPF como caso único no panorama fotográfico português.
Exposições escolares e de fotógrafos nacionais e estrangeiros, conferências e palestras sobre
os mais diversos temas da Fotografia, a publicação de álbuns de autor e de textos técnicos têm sido
algumas das iniciativas que regularmente constam do programa cultural do IPF em cada ano escolar.
O actual Plano de Intervenção prevê a realização de dois ciclos de conferências:• “Encontros do Olhar”, que se realizam nas instalações do IPF;• “Conversas sobre Fotografia” que, em parceria com a Fnac, levam ao público não especializado
os mais diversos temas associados à fotografia.
Instituto Português de Fotografia
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Qualidade reconhecida É com orgulho que o IPF vê a qualidade da sua ação reconhecida por alunos e formadores,
por parceiros e por entidades de relevo.
O IPQ reconheceu o IPF como Organismo de Normalização Sectorial para a Fotografia, o que lhe
dá competência para a elaboração de normas portuguesas originais e tradução de normas ISO.
Também a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) certificou o IPF como
Entidade Formadora.
A qualidade do IPF vê-se também no nome dos parceiros com quem se tem associado.
Nos últimos anos, salientam-se, pelo impacto que têm na actividade formativa:
• a parceria com o Senac São Paulo, Brasil, da qual resulta o intercâmbio de formadores,
formandos e trabalhos (com a realização das exposições paralelas “Lá é Cá” desde 2007);
• a parceria com o Instituto Português da Qualidade, sendo o IPF membro da comissão CS11 –
Educação e formação;
• protocolos com diversas entidades empregadoras que visam proporcionar estágios aos formandos
que terminam o Curso Profissional de Fotografia com aproveitamento.
© INSTITUTO PORTUGUÊS DE FOTOGRAFIA 2012
Lisboa
Rua da Ilha Terceira, 31 A
1000-172 LISBOA
Telefone: +351 213 147 305
E-mail: [email protected]
Porto
Rua da Vitória, 129
4050-634 PORTO
Telefone: +351 223 326 875
E-mail: [email protected]
www.ipf.pt