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Centro Estadual e Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Faculdade de Tecnologia da Zona Leste ALEXANDRE CRIVELARO DA FONSECA Viabilização da produção de concentrados de cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas São Paulo 2009

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Centro Estadual e Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

ALEXANDRE CRIVELARO DA FONSECA

Viabilização da produção de concentrados de

cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas

São Paulo

2009

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1

Centro Estadual e Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

ALEXANDRE CRIVELARO DA FONSECA

Viabilização da produção de concentrados de cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Tecnologia de Produção com Ênfase em Plástico na FATEC ZL como requerido parcial para obter o Título de Tecnólogo de Produção com Ênfase em Plásticos.

Orientador: Prof. Afonso Henriques Neto

São Paulo

2009

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FONSECA, Alexandre Crivelaro da

Viabilização da produção de concentrados de cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas / Alexandre Crivelaro da Fonseca– São Paulo, SP, 2009. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

50 p.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, 2009

1.Dry-blend. 2.Pigmentos. 3.Concentrados. 4.Masterbatches

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Centro Estadual e Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

ALEXANDRE CRIVELARO DA FONSECA

Viabilização da produção de concentrados de cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Tecnologia de Produção ênfase Plástico na FATEC ZL como requerido parcial para obter o Título de Tecnólogo de Produção com ênfase em Plásticos.

COMISSÃO EXAMINADORA

_____________________________________________________________

Dr. Prof. Francisco Rosário - Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

______________________________________________________________

Prof. Afonso Henriques Neto - Faculdade de Tecnologia da Zona Leste

______________________________________________________________

Eng. Manuel Pereira Teixeira . - Indústria de Plásticos Cária Ltda.

São Paulo,___de______________de 2009

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4

À Deus, à minha esposa Maria e meus filhos Leandro e

Vinícius, pelo grande apoio e compreensão das horas que deixamos de

estar juntos em prol da concretização deste trabalho.

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5

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Prof. Afonso Henriques Neto pela paciência e

confiança na realização e término deste trabalho.

Em especial à Profª. Drª. Célia Viderman Oliveira que nos momentos

difíceis soube me conduzir com sabedoria à conclusão do trabalho.

Não posso deixar de agradecer também à empresa Indústria de Plásticos

Cária Ltda. que viabilizou a realização deste trabalho, à instituição de

ensino FATEC – ZL onde realizei meu curso de Tecnologia de Produção

com Ênfase em Plástico e a todos os professores que se empenharam, e

se dedicaram durante estes três anos dando o melhor de si.

Page 7: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

6

Na realidade trabalha-se com poucas cores.

O que dá a ilusão do seu número é serem postas no seu justo lugar.

Pablo Picasso

Page 8: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

7

RESUMO

FONSECA, Alexandre Crivelaro da, Viabilização da produção de

concentrados de cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas,

50 p. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de Tecnologia da Zona

Leste, São Paulo, 2009.

A necessidade que a indústria do plástico possui em produzir uma

quantidade de cores é muito grande. Muito maior ainda na indústria de

embalagens para cosméticos onde o impacto é bem maior. Esse trabalho

tem por objetivos: viabilizar a produção de cores “in house” visando

rapidez, diminuição dos estoques, melhor qualidade e diferencial no

atendimento ao cliente. O estudo de caso foi o da Indústria de Plásticos

Cária Ltda., empresa do setor de embalagens para cosméticos que possui

uma grande variedade de cores utilizadas em suas embalagens.

Pesquisado a fabricação de vários tipos de concentrados, a adequação

melhor e viabilização para a produção interna, o resultado alcançado foi a

produção interna do Dry-Blend.

PALAVRAS CHAVES

Dry-blend, Pigmentos, Concentrados, Masterbatches.

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8

ABSTRACT

FONSECA, Alexandre Crivelaro of the, Viability of the production of

concentrate of colors "dry-blend" for injection of plastic pieces, 50 p.

Work of Conclusion of Course, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste,

São Paulo, 2009.

The need that the industry of the plastic possesses in producing an

amount of colors is very big. Very larger still in the industry of packings for

cosmetics where the impact is very larger. That work has for objectives: to

make possible the production of colors "in house" seeking speed,

decrease of the stocks, better quality and differential in the service to the

customer. The case study was it of the Industria de Plásticos Cária Ltda.,

company of the section of packings for cosmetics that he possesses a

great variety of colors used in their packings. Researched the production

of several types of concentrate, the better adaptation and viability for the

production interns, the reached result was the production interns of Dry-

Blend.

KEYWORDS

Dry-blend, Pigments, Concentrateds, Masterbatches.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

2 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 14

2.1. A TEORIA DAS CORES DE NEWTON 14

2.2. COMO O CÉREBRO PERCEBE A COR 16

3. A COLORAÇÃO DOS PLÁSTICOS 17

3.1. COLORANTES 18

3.2. ADITIVOS 21

4. CONCENTRADOS 21

4.1. CONCENTRADOS GRANULADOS 23

4.2. CONCENTRADOS EM PÓ OU DRY-BLENDS 24

4.3. CONCENTRADOS UNIVERSAIS 24

5. AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 26 6. DRY BLEND 31

6.1. DESENVOLVIMENTO DE CONC. DE COR 31

6.2. PROCESSO DE FABRICAÇÃO 36

6.3. PROCESSO DE APROVAÇÃO DE COR 38

CONCLUSÃO 46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47

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10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – O espectro e os comprimentos de ondas 14

Figura 2 – Sistema aditivo de cores 15

Figura 3 – Como a luz se comporta nas superfícies 15

Figura 4 –composições no sistema Subtrativo 16

Figura 5 - seção pelo olho humano com amplificação

esquemática da retina 16

Figura 6 – Seção esquemática e seção microscópica da retina 17

Figura 7 – Classificação dos colorantes 19

Figura 8 – Classificação dos masterbatches 22

Figura 9 – Fabricação do Masterbatch 23

Figura 10 – Fabricação do Dry-Blend 24

Figura 11 – Fabricação do concentrado universal 25

Figura 12 - Misturador de aquecimento 26

Figura 13 - Homogeneizador de Produção 27

Figura 14 – Moinho granulador 27

Figura 15 – Linha para extrusão e granulação 28

Figura 16 – Liquidificador Skymsen 28

Figura 17 – Misturador rotacional 29

Figura 18 – Resina plástica após processamento no

misturador rotacional 29

Figura 19 – Balanças Digitais 37

Figura 20 – Máquina Injetora e molde 37

Figura 21 Plaquetas injetadas e comparadas com o produto final 38

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11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Quadro comparativo entre pigmentos orgânicos,

inorgânicos e corantes 21

Tabela 2 – Relação entre PCR e % 22

Page 13: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

12

1. INTRODUÇÃO

Grande é o impacto emocional que as cores causam em

todas as coisas que nos cercam, sejam elas transparentes, peroladas,

fluorescentes, etc. E o setor de embalagens plásticas cada vez mais vem

se utilizando das cores, principalmente na área de cosméticos. Essa por

sua vez, usa cada vez mais a variedade e versatilidade do plástico em

imitar as cores. (RAMBAUSKE, A. M. R. 2002)

Este trabalho vem suprir essa necessidade da indústria do

plástico: produzir um número de cores maior em menor tempo, em

menores quantidades, e garantindo a qualidade de seus produtos.

Dentro das embalagens dos plásticos, o estudo se

delimita ao de peças injetadas para a indústria de embalagens

cosméticas.

Como reproduzir cores (imitar) em menor tempo e em

lotes menores, as cores solicitadas pelos clientes, e com isso conseguir

um diferencial da concorrência garantindo a qualidade?

Existem diversas maneiras de produzir concentrados de

cores. Aqui citamos os concentrados Masterbatch, Dry-Blend e Universal.

Para a realização desta pesquisa foi utilizada a

metodologia do estudo de caso da Indústria de plásticos Cária Ltda, e a

pesquisa bibliográfica para revisão da literatura.

No capítulo 2 temos as considerações teóricas sobre o

que é cor. No capítulo 3 e 4 falamos da coloração dos plásticos dos tipos

de corantes e pigmentos, e dos tipos de concentrados que estudamos.

No capítulo 5 temos a avaliação desses processos.

Page 14: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

13

No capítulo 6 começa o estudo de caso. Ele descreve as

etapas de Desenvolvimento de Cores que envolvem os requisitos do

cliente e do produto. Posteriormente temos os requisitos do processo e a

validação do padrão de cor através dos vários parâmetros de controle de

qualidade.

Page 15: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

14

2. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

A cor é parte de nossas vidas e do nosso mundo.

Estamos em contato com as cores a todo o tempo. As cores estão nas

ruas, nos parques, nas pessoas, nos objetos, na natureza. Nós só

percebemos as cores na presença de luz. A cor é luz. E sem a luz nós

não podemos ver a cor. A luz branca pode ser divida em várias outras

cores através de um espectro. E quando unimos novamente essas cores

podemos formar novamente a luz branca (SANTOS, R. T. - 2002 )

Analisando sob o aspecto físico, a cor é produzida por um

comprimento de onda que está na faixa visível do espectro -

aproximadamente entre 400 (Violeta) e 800 nanômetros (Vermelho)

(POZZER; C. T. 2008)

2.1 A TEORIA DAS CORES DE NEWTON

Através de um simples experimento Newton demonstrou a

composição e a separação das cores luminosas. Ele incidiu um feixe de

luz branca sobre um prisma, e observou que a luz se decompôs em um

feixe de outras cores. E incidiu esse feixe novamente em um prisma

invertido no qual obteve como resultado uma luz branca. Esse conceito

Figura 1 – O espectro e os comprimentos de ondas.

Fonte: POZZER, C. T. Fundamentos da cor, 2008. p.1

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15

podemos definir como Luz-Cor (UNIVERSIDADE FEDERAL DE

UBERLÂNDIA, 2008).

Podemos conseguir esse efeito sobrepondo as cores dos

holofotes e verificando a formação da cor branca no centro como nas

figuras a seguir.

A cor também pode se o resultado do reflexo da luz que

não é absorvida por um pigmento. Sob esse aspecto podemos definir a

cor como sendo Luz-Pigmento. Na figura a seguir temos (A) uma

superfície branca onde todas as cores são refletidas, (B) nessa superfície

todas as cores são absorvidas exceto a vermelha que é refletida e

finalmente (C) onde todas as cores são absorvidas.

Figura 3 – Como a luz se comporta nas superfícies.

Fonte: RAMBAUSKE; A. M. R. Decoração e design de interiores, 2002 p. 70

Figura 2 – Sistema aditivo de cores. Fonte: POZZER; C. T. Fundamentos da cor, 2008. p. 5

Page 17: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

16

Na mistura de cores subtrativas, temos a composição de

quase todas cores com o magenta, o ciano e o amarelo; que podem ser

verificados nas figuras acima. Também se comportam assim os cartuchos

de impressora do tipo jato de tinta.

2.2 COMO O CÉREBRO PERCEBE A COR

Nossos olhos e cérebro trabalham juntos pra perceber a

cor. Existem diversas partes dos nossos olhos tais como a retina, a

córnea, íris e a lente. É na retina onde se formam as imagens. Segundo

Farina, Rodrigues e Bastos Filho (2006, p.33), “a retina tem cerca de 130

Figura 4 –composições no sistema Subtrativo.

Fonte: RAMBAUSKE, Ana Maria de Ranieri. Decoração e design de interiores, 2002 p. 76

Figura 5 - seção pelo olho humano com amplificação esquemática da retina

Fonte: SALT; T.. Visual processing in the outer retina, 2008 p. 1

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17

milhões de células receptoras sensíveis à luz. É formada por diversas

camadas de células, sendo as mais importantes os cones, os bastonetes

e as células de ligação”

Figura 6 – Seção esquemática e seção microscópica da retina Fonte: SALT, T. Visual processing in the outer retina, 2008. p. 1

É importante ressaltar que os principais defeitos da visão

ocorrem na retina tais como o daltonismo, (não conseguir distinguir as

cores) a Deuteranopia, Protanopia, Tritanopia, entre outras. (OLIVEIRA,

E. S. 2008.)

3. A COLORAÇÃO DOS PLÁSTICOS

O setor de plásticos vive um crescimento em vários

segmentos, e o de cosméticos possui uma particularidade bem específica:

a grande variedade de cores e tons utilizadas em suas embalagens e

produtos

O desenvolvimento da cor requer envolvimento e até um

sincronismo com diversos elementos tais como: uso do produto, níveis de

tolerância, resina plástica utilizada, tipo de processamento, etc. Nesse

aspecto cliente e fornecedor devem ter um grande entrosamento para o

sucesso do produto final. (CROMEX; 2001.)

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18

Existem diversas técnicas de coloração de resinas

termoplásticas. Dentre elas, os concentrados ou masterbatches se

destacam, pois oferecem muitas vantagens aos transformadores que os

utilizam. Apesar da simplicidade de utilização, os concentrados envolvem

composições complexas de colorantes e/ou aditivos, obedecendo a

rígidos critérios em sua seção e incorporação.

A maioria dos autores adota o termo "colorante" para qualquer

substância sólida ou líquida, aplicada para dar cor a um

determinado material. Estes autores fazem também uma

diferenciação entre o colorante tipo "pigmento" (pigmento e o

colorante tipo "matiz" (dye). Os primeiros são insolúveis no

meio em que são aplicados e as matizes são solúveis. Na

terminologia nacional a distinção também se refere ao aspecto

solubilidade mas fala-se em "pigmento" (insolúvel) ou "corante"

(solúvel.) (RABELO, Marcelo Silveira, 2000, p.143)

Não há uma unanimidade sobre a terminologia, as mais

usuais são os pigmentos que são insolúveis e os corantes que são

solúveis.

3.1. COLORANTES

São substâncias químicas que, uma vez incorporadas,

conferem cor a um substrato. Os colorantes podem ser classificados em

duas categorias: os corantes e os pigmentos. Estes últimos, por sua vez,

possuem duas classes: os pigmentos orgânicos e os inorgânicos,

conforme ao lado

O corante é um produto orgânico SOLÚVEL no meio no

qual é aplicado. PIGMENTO é um produto orgânico ou inorgânico,

sintético ou natural, o qual é virtualmente INSOLÚVEL no meio no qual é

aplicado (HOECHST; 1988)

Page 20: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

19

Pigmentos, corantes e anilinas são denominações

genéricas para substâncias que geram o efeito da cor. Tais substâncias

podem ser orgânicas ou inorgânicas, de diversas características sendo

diferenciadas por vários aspectos, como por exemplo sua composição

química, sua estrutura cristalina e outros aspectos que serão abordados

mais adiante.

Os pigmentos ainda podem ser classificados em coloridos

e não coloridos. Os representantes mais importantes da família dos

pigmentos não coloridos são: o pigmento preto à base de Negro de Fumo

e o pigmento branco à base de Dióxido de Titânio. Existem ainda as

cargas que se diferenciam dos pigmentos basicamente por possuírem

baixos índices de reflexão (um estudo mais aprofundado faz parte do

estudo dos pigmentos de Dióxido de Titânio).

Resumidamente podemos então classificar os pigmentos

em orgânicos e inorgânicos, sendo os corantes (às vezes chamados de

anilinas) sempre orgânicos.

Os pigmentos inorgânicos são representados por Óxidos

de Ferro (representante quantitavamente mais importante dentre os

coloridos), Dióxido de Titânio, Negro de Fumo, pigmentos de Cádmio,

Colorantes

Corantes

Pigmentos

Orgânicos

Inorgânicos

Figura 7 – Classificação dos colorantes Fonte: CROMEX. Os bastidores da cor, 2001. p. 3

Page 21: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

20

Cromatos e Molibdatos de Chumbo, além de uma série de outros

pigmentos.

Pigmentos inorgânicos, principalmente os que carregam

metais pesados em sua composição, vem sendo paulatinamente

substituídos por pigmentos orgânicos, devido ao aumento da

preocupação com a ecologia e toxidez dos pigmentos.

Os pigmentos orgânicos vem se desenvolvendo mais nos

últimos anos incorporando novas caracteristicas ate então próprias

exclusivamente dos pigmentos inorgânicos.

De uma forma geral podemos citar as principais

características que diferenciam esses grupos:

-Pigmentos inorgânicos: partículas grandes, elevada

cobertura, baixo poder tintorial, reduzida superfície especifica.

-Pigmentos orgânicos: partículas pequenas,

transparência elevada, elevado poder tintorial, elevada superfície

específica.

Tais generalizações são obviamente sujeitas a inúmeras

variantes, pois como já citado anteriormente o próprio avanço tecnológico

dos Pigmentos tem propiciado a incorporação de novas características

incorporadas.

Dentre os pigmentos orgânicos podemos citar importantes

grupos como Ftalocianinas de Cobre verdes e azuis, pigmentos Azóicos

amarelos até vermelhos, Perilenos vermelhos e marrons de alto custo,

Quinacridonas, Thioindigos, Quínoftalonas, Dioxazinas, etc.

(QUALIOTTO; J. M. 1995)

A seguir temos um quadro comparativo entre os

pigmentos orgânicos, inorgânicos e corantes com suas principais

características.

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21

Tabela 1 – Quadro comparativo entre pigmentos orgânicos, inorgânicos e corantes Fonte: DE PAOLI M. A. Curso de aditivos para termoplásticos e borrachas

- Pigmentos e corantes. 2003. p.8

3.2. ADITIVOS

São produtos químicos que conferem propriedades

específicas aos plásticos. Exemplos: deslizantes, antibloqueio,

retardantes de chama, fotobiodegradáveis, anti-UV. Tal qual acontece

com os colorantes, a seleção dos aditivos para a elaboração de

concentrados ou compostos é feita com base em restrições de processo e

utilização final do produto. (RABELO; M. S. 2000.)

4. CONCENTRADOS

São produtos da incorporação de altas quantidades de

colorantes e/ou aditivos em veículo compatível com o polímero de

Page 23: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

22

aplicação, destinados a colorir e/ou aditivar as resinas termoplásticas em

geralDependendo do processo de fabricação e do veículo utilizado, os

concentrados podem ter as seguintes apresentações

CONCENTRADOS OU MASTERBATCHES

GRANULADOS

UNIVERSAIS

EM PÓ OU DRY-BLENDS

Figura 8 – Classificação dos masterbatches

Fonte: CROMEX – Os bastidores da cor, 2001 p. 4

Normalmente, os concentrados são dosados em PCR

(partes por cem partes de resina), o que torna o procedimento de

pesagem mais simples que a dosagem porcentual (%). Para que se

esclareça a diferença entre PCR e %, mostramos abaixo um exemplo

numérico.

PCR 2 PCR = 2 partes de

concentrado

+ 100 partes de

resina

= 102 partes

(1,96%)

% 2%= 2 partes de concentrado + 98 partes de resina = 100 partes

(2,00%)

Tabela 2 – Relação entre PCR e % Fonte: CROMEX. Os bastidores da cor, 2001. p. 8

O processo de fabricação dos concentrados envolve

processos e equipamentos específicos, sendo necessário grande rigor no

acompanhamento da produção para atender todas as especificações

desejadas.

Page 24: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

23

4.1. CONCENTRADOS GRANULADOS:

Resultam da incorporação dos colorantes e/ou aditivos

em resina termoplástica (veículo) processável em equipamentos de

extrusão. Possuem as seguintes características: São aplicáveis de 2 a 5

PCR em peso, fácil dosagem e manuseio, possuem excelente dispersão

de colorantes, não é contaminante, tem uniformidade de cor, elevado

poder de tingimento (o que significa alto rendimento), permite trocas de

cores rápidas e econômicas, e baixo custo por kg de material tingido.

Evidentemente, a fabricação de alguns concentrados

especiais foge ao fluxograma apresentado, havendo acréscimo de etapas,

como pré-dispersão de colorantes e/ou aditivos, pré-estufagem, etc.

(CROMEX – Os bastidores da cor, 2001 p. 6)

COLORANTES Selecionados em

função dos requisitos

VEÍCULO POLIMÉRICO

Compatível com a resina de aplicação

ADITIVOSAuxiliares de processo ou promovedores de

propriedades específicas no produto final

PESAGEMEm balança de alta precisão

MISTURA FÍSICAPara garantir a homogeneidade

INCORPORAÇÃOEnvolve fusão, plastificação e cisalhamento (atrito) da mistura, promovendo a homogeneização e dispersão dos colorantes e aditivos da formulação. É feita em equipamentos especialmente projetados para este fim: bamburys, continuous mixers, extrusoras dupla

rosca, incorporadores de alta rotação, etc.

EXTRUSÃO/GRANULAÇÃOÉ feita diretamente no equipamento de

incorporação ou em extrusoras simples, conferindo forma física

trabalhável ao concentrado (grânulos).

CONCENTRADO / GRANULADO

Figura 9 – Fabricação do Masterbatch Fonte: CHARVAT; R. A. 2004. p.150, 151

Page 25: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

24

4.2. CONCENTRADOS EM PÓ OU DRY-BLENDS

Obtidos via dispersão dos colorantes e/ou aditivos em

veículo não polimérico, na forma de pó. Têm a propriedade de envolver e

aderir uniformemente ao polímero de aplicação. Podem ser obtidos

também por micronização dos concentrados granulados.

- Aplicação normalmente inferior a 2 PCR em peso.

- Indicado para aplicação em resina na forma de pó.

- Permite a agregação de alto teor de colorantes.

- Boa homogeneização.

- Tende a causar contaminação.

4.3. CONCENTRADOS UNIVERSAIS:

É uma dispersão de colorantes e/ou aditivos em veículo

aglomerante, gerando um produto de granulometria irregular.

- Aplicáveis de 1 a 5 PCR em peso.

- Não contaminante.

- Compatível com várias resinas, embora a cor natural

delas interfira na cor do produto final.

COLORANTES Selecionados em

função dos requisitos

VEÍCULO DISPERSANTE

NÃO AGLOMERANTES

ADITIVOSAuxiliares de processo ou promovedores de

propriedades específicas no produto final

PESAGEMEm balança de alta precisão

DISPERSÃOEfetuada a seco e por atrito mecânico em equipamentos

especiais

CONCENTRADO EM PÓ

Figura 10 – Fabricação do Dry-Blend Fonte: CHARVAT; R. A. 2004. p.150, 151

Page 26: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

25

- Possuem baixa viscosidade de fundido, o que pode levar

a boa homogeneização com alguns polímeros e regular com outros.

- O veículo aglomerante pode interferir nas propriedades

do produto final.

COLORANTES VEÍCULO

DISPERSANTEAGLOMERANTE

ADITIVOS

PESAGEM

MISTURA

INCORPORAÇÃOFusão, plastificação,

cisalhamento da msitura por atrito, realizada em

equipamentos especiais

MOAGEMEfetuada por atrito da mistura

e posterior resfriamento

CONCENTRADO UNIVERSAL

Figura 11 – Fabricação do concentrado universal Fonte: CHARVAT; R. A. 2004. p.150, 151

Page 27: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

26

5. AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

Nos processos de fabricação de masterbatch e de

concentrado universal temos a necessidade de misturar fisicamente os

componentes antes de passar para a seguinte etapa. Esse processo é

necessário para homogeneizar todos os componentes da mistura. Para

isso utilizamos o Misturador de aquecimento. Nesses equipamentos a

quantidade mínima é de 5 kg. por processo. Quantidade menores não

podem ser processadas por utilizar a própria matéria prima para

aquecimento através do atrito gerado da matéria prima (resina, pigmentos

e aditivos); com as hélices do equipamento. (figura 12)

Na seguinte etapa temos a incorporação da resina onde é

necessário a utilização do Homogeneizador de Produção projetado para

dispersar, incorporar, misturar e homogeneizar cargas e ou pigmentos em

resinas termoplásticas. (figura 13) Também temos uma quantidade

mínima de produção e tempo gasto para processar o material.

Figura 12 - Misturador de aquecimento

Fonte: Mecanoplast 2009

Page 28: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

27

Na etapa seguinte temos os moinhos de facas para

triturar a borra formada do processo anterior. Esse material é triturado

através o seguinte equipamento (figura14).

Nota-se o detalhe das facas cortadoras que trituram o

material em alta velocidade. O sistema também necessita de refrigeração

Figura 14 – Moinho granulador

Fonte: Moynofac 2009

Figura 13 - Homogeneizador de Produção

Fonte: MH Equipamentos 2009

Page 29: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

28

pois o atrito do material com as facas gera muito calor, podendo até fundir

a resina e travar o equipamento.

Nesse ponto o Concentrado Universal já está pronto. O

inconveniente é que ele é irregular, devido ao corte das facas e da própria

construção do equipamento. Para que o material fique uniforme é

necessário transformar ele novamente pelo processo de extrusão

(figura15).

Para o processo de produção de dry-blend, após a

pesagem das matérias primas, é necessário somente processar o

material, em um misturador de aquecimento ou ainda um misturador do

tipo liquidificador, como mostrado a

seguir (figura16).

Nesse tipo de equipamento é

possível processar quantidade de

no mínimo 500 gr. de material do

tipo dry-blend. Isso é feito apenas

colocando os componentes tais

como aditivos e pigmentos, e

acionando o comando para ligar. Em apenas 30 segundos o material está

pronto. Essa rapidez de preparo e processamento somente é conseguida

Figura 15 – Linha para extrusão e granulação

Fonte: NZ Phylpolymer 2009

Figura 16 – Liquidificador Skymsen Fonte: Skymsen 2009

Page 30: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

29

através do concentrado de cor dry-blend. Após esse processamento o

material está pronto para o uso em resinas plásticas.

Algumas empresas utilizam o sistema de tamboreamento,

outras o de dosadores automáticos para misturar os concentrados com a

resina . No caso de tamboreamento o equipamento utilizado é o da figura

17. A resina junto com o concentrado fica homogeneizando junto com o

concentrado durante 3 minutos. Após essa etapa o produto está pronto

para ser usado no processo de transformação, em nosso caso o processo

de injeção. O aspecto do produto após ser trabalhado no misturador

rotacional é o da figura 18.

Figura 18 – Resina plástica após processamento no misturador rotacional Fonte: do autor

Figura 17 – Misturador rotacional

Fonte: Dongguan Muchuan Industry Co, Ltd. 2009.

Page 31: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

30

Segundo Herbst e Hunger (2004) o DOP ajuda dispersar

os pigmentos. Mas em nosso caso ele é um aditivo que faz com que o

dry-blend fique aderido à superfície da resina plástica.

O principal aditivo que faz a dispersão do pigmento na

resina é o Estearato de Zinco. Esse aditivo se funde a 110º C, ajudando a

dispersar o pigmento em toda a massa fundida. Podemos notar a

uniformidade da cor e a homogeneidade que o processo confere ao

material. O dry-blend cobre totalmente a superfície da resina, e o esforço

para dispersar o concentrado na máquina injetora é mínimo. O aspecto do

produto final é uma cor uniforme e sem variação de tonalidade.

(CHARVAT; R. A., 2004).

Em nosso estudo de caso, vários fatores contribuíram

para a escolha da fabricação do concentrado de cor dry-blend:

- É de fácil dispersão.

- Podemos controlar a qualidade do concentrado

- A fabricação é possível em quantidade mínima de

até 500 gr. de concentrado.

- Não requer tantos processos, equipamentos e tempo

de espera de produção como os outros concentrados.

- A aquisição de equipamentos não requer mão de

obra especializada para operação.

- É possível gerar mais trocas de cores, pois a

limpeza é mais fácil e conseqüentemente atender o cliente de forma mais

rápida.

Page 32: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

31

6. DRY BLEND

6.1. DESENVOLVIMENTO DE CONC. DE COR

Para o desenvolvimento de um concentrado de cor ou

aditivos, são necessárias algumas informações básicas. Estas irão

orientar a determinação dos componentes que farão parte da formulação.

Dessa forma, haverá perfeita adequação entre os concentrados

desenvolvidos e as propriedades desejadas.

6.1.1. Padrão de Cor

É como se denomina a cor que será considerada como

referência para o desenvolvimento do concentrado, e que deverá ser

reproduzida no produto final, após a aplicação desse concentrado na

proporção indicada.

No desenvolvimento de um concentrado é sempre

necessária a apresentação de um padrão de cor, uma vez que uma

determinada cor só é definida, desenvolvida e avaliada quando

comparada a uma outra, ou seja, dizer que se deseja simplesmente azul

escuro não define a cor desejada.

São de grande influência, contudo, as características

físicas do que será considerado padrão de cor. Em primeiro lugar é

preciso que o padrão de cor seja algo palpável, concreto e sólido.

Desenvolver uma cor cuja referência é, por exemplo, a

gema de um ovo ou a cor do sol no poente, torna-se bastante subjetivo,

não se caracterizando como um padrão de cor (CHARVAT; R. A. 2004)

Por outro lado, padrões de cor fornecidos em materiais

que não sejam o polímero de aplicação, como por exemplo um pedaço de

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32

tecido ou papel, um objeto metálico ou uma peça cerâmica, apresentam

características de textura, brilho e composição pigmentária distintos,

dificultando sua avaliação e reprodução fiel. O ideal seria um padrão em

plástico já na resina de aplicação. (CHARVAT; R. A., 2004).

6.1.2. Polímero de Aplicação

É a resina, ou composto básico, na qual o concentrado

em questão será misturado, na proporção indicada (freqüentemente de

0,5 a 2 PCR). É baseada nessa informação que se definirá a cor na qual

serão incorporados de forma concentrada os colorantes e aditivos, isto é,

qual a resina veículo do concentrado. O veículo deverá ter

necessariamente natureza química idêntica ou semelhante à do polímero

de aplicação, de modo a obter compatibilidade. Caso contrário pode haver

problema de delaminação. (escamação). (RABELO, M. S. 2000, p.184)

O índice de fluidez do polímero de aplicação, ou ainda

seu código, são desejáveis para projetar um concentrado que apresente

condições reológicas (de fluxo) favoráveis para sua perfeita

homogeneização no polímero. Essa condição será alcançada quando se

obtiver um concentrado que no processo de transformação, se plastifique

momentos antes da resina de aplicação e que, estando ambos fundidos,

suas viscosidades sejam parecidas.

Um outro aspecto a se considerar no polímero de

aplicação é a sua cor. Além da cor natural variar de polímero para

polímero (ex.: o PP é translúcido, o PEAD é esbranquiçado), existem

situações em que se quer colorir materiais compostos carregados com

com cargas minerais, etc. Nesse último caso, torna-se necessário a

utilização dessas resinas e aditivos para o desenvolvimento da cor de

interesse. Isso em virtude da influência da cor do meio de aplicação na

cor final do produto. Desta forma, um concentrado transparente

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33

desenvolvido para PP translúcido jamais reproduzirá a mesma cor se

aplicado em PEAD.

Por fim, o conhecimento do polímero de aplicação já

fornece informações preliminares para a seleção dos colorantes/aditivos

que comporão o concentrado, em função da temperatura de

processamento e da compatibilidade com o polímero.

6.1.3. Características do Produto Final

Refere-se à forma física do produto acabado (tipo de

produto/peça), relacionando a ao processo de transformação empregado

(extrusão de filmes, injeção, sopro, etc.) e às dimensões do produto.

Essa informação é importante para definir propriedades

fundamentais, como poder de cobertura, dispersão e concentração,

levando à escolha dos colorantes/aditivos adequados para a formulação.

Para exemplificar, podemos imaginar um concentrado

amarelo que, aplicado na mesma proporção numa mesma resina,

produza uma peça translúcida e uma tampa injetada completamente

opaca ("fechada").

Além disso o produto final pode ser resultado de outros

tipos de acabamentos superficiais como por exemplo polimento ou

espelhamento. Nessa circunstância, torna-se necessário conhecer as

características do produto acabado, ou ao menos as dimensões do

produto final.

Page 35: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

34

6.1.4. Fonte de Luz Onde a Cor Será Avaliada

A cor de um objeto é formada a partir da reflexão de

alguns determinados comprimentos de onda, dentre todos aqueles que

são emitidos pela fonte luminosa a que está exposto .

A faixa de luz visível ao ser humano apresenta

comprimento de onda variando entre 400 e 700 nm (do violeta ao

vermelho), sendo que a luz branca é composta por todos eles. (POZZER;

C. T. 2008)

Um objeto exposto à luz solar, e que reflita apenas os

comprimentos de onda próximos aos 500 nm (verde), parecerá verde

nesta luz. Porém, se este mesmo objeto for exposto a uma luz vermelha,

tenderá a parecer preto pois a única radiação incidente é a do vermelho,

que ele não refletirá.

Portanto, a cor é essencialmente resultado da interação

entre o objeto, fonte de luz e o observador. Para que se desenvolva um

concentrado de cor, é necessário saber qual a iluminação incidente no

local onde a cor/peça será observada. Através dessa informação utilizam-

se os colorantes que, nessa fonte de luz, reproduzirão a mesma cor do

padrão fornecido, evitando ou minimizando a metameria.

No que se refere à avaliação da cor, as fontes de luz mais

utilizadas são: luz branca (solar), incandescente e fluorescente.

6.1.5. Equipamentos e Condições de Processo

A variável equipamento é de grande importância na

determinação de condições favoráveis para uma homogeneização

satisfatória do concentrado na resina.

Page 36: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

35

A princípio, os recursos de que o equipamento dispõe

fornecem indícios do comportamento do masterbatch em relação à

mistura com a resina, permitindo adequá-lo, se for o caso, através da

alteração das condições de processo. Máquinas com poucos recursos,

tais como injetoras de pistão, exigem um produto mais específico, com

uma forma física mais favorável para mistura e distribuição da cor.

Equipamentos novos sugerem boas perspectivas de desempenho

satisfatório, enquanto que seu desgaste tende a desfavorecer essa

situação.

Outro aspecto a se considerar é o de que cada processo

de transformação apresenta características técnicas diferentes, exigindo

do concentrado também propriedades específicas.

Em termos especificamente de condições de processo, é

primordial o conhecimento da temperatura máxima de processamento e,

principalmente em caso de processos intermitentes (injeção), é muito

importante saber o tempo de permanência da mistura sob essa

temperatura.

Este último está diretamente ligado à taxa de produção

(tempo de ciclo). Essas informações selecionam as matérias-primas

quanto à sua resistência térmica, e permitiram desenvolver um

concentrado que possua suficiente estabilidade térmica para não sofrer

alteração de cor (degradação) se o limite de temperatura for respeitado.

6.1.6. Contato com Alimentos ou Fármacos

Quando solicita o desenvolvimento de um masterbatch, o

cliente deve informar ao fabricante qual a utilização final da peça, e ainda

se deseja que o concentrado seja atóxico ou que esteja de acordo com a

resolução vigente do país, orientando a determinação dos

pigmentos/corantes utilizados na formulação.

Page 37: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

36

Essa decisão deve envolver critérios ponderados por

parte do usuário, pois o sub ou superdimensionamento do master, com

relação à toxicidade, interfere diretamente em seu custo.

6.2. PROCESSO DE FABRICAÇÃO

6.2.1. Manuseio E Armazenamento

O manuseio dos pigmentos não requer nenhum

equipamento especial que não seja do conhecimento dos profissionais da

área. Um exemplo de manuseio é o pigmento Dióxido de Titânio. Os

dados são da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

– FISPQ.

MANUSEIO: evitar ao máximo agitar os sacos quando

rasgá-lo de forma a prevenir a formação de poeiras e névoas. Utilizar

equipamentos de proteção individual dentre os quais máscara contra pó,

avental, luvas e óculos, bem como também se possível utilizar ventilação

local exaustora durante seu manuseio

ARMAZENAMENTO: manter os sacos devidamente

fechados e se possível paletizados e lonados, longe da umidade e em

área coberta e ventilada. Não acondicionar sobre os blocos de materiais

objetos que possam vir a rasgar a sacaria. Manter substâncias

incompatíveis distantes deste produto. (MINÉRIOS Ouro Branco Ltda.

2009.)

6.2.2. Equipamentos Para Produção

BALANÇAS Conforme o fluxograma citado anteriormente

a pesagem é feita em balança digital. Alguns tipos de balanças são

utilizadas como na figura a seguir:

Page 38: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

37

MISTURADORES: Após a pesagem o processamento é

feito em um dos equipamento de mistura com mostrados na figura 12 e

16, no capítulo anterior.

INJETORA DE TESTES: Antes de liberar para a

produção, é retirada uma pequena amostra para testar em máquina

injetora e posterior avaliação. Se houver alguma diferença com o padrão

de cor, é feita uma correção. Essa correção é realizada através da adição

de pigmentos, corantes e ou aditivos, para nova mistura e retirada de

amostra para testes O teste é feito em máquina injetora de laboratório

como na figura abaixo. O molde possui cavidade específica para

comparação de cor. (figura 20).

O processo tem excelente reprodutibilidade com os

materiais em fábrica. As plaquetas injetadas foram comparadas com o

produto final. Nesse caso tampas flip top (figura 21).

Figura 19 – Balanças Digitais Fonte: Marte Balanças, 2009

Figura 20 – Máquina Injetora e molde Fonte: Do autor, 2009

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38

6.3. PROCESSO DE APROVAÇÃO DE COR

6.3.1. Tonalidade

A cor é resultado da interação entre o iluminante (fonte de

luz), o objeto iluminado e o observador, não se tratando portanto de um

fenômeno simples. A cor é hoje objeto de grandes atenções, em função

de sua influência direta na aparência e no custo de um produto acabado.

Sua consistência e manutenção tornam-se necessárias, pois o

consumidor ou usuário do produto acabado certamente irá relacionar

estes parâmetros à qualidade do produto consumido.

6.3.2. Avaliação da Tonalidade:

Tratando-se de concentrados de cor, a avaliação e

controle da tonalidade são feitos visualmente.

AVALIAÇÃO VISUAL : Consiste na comparação visual de

duas amostras obtidas sob idênticas condições de processo e sob a

Figura 21 Plaquetas injetadas e comparadas com o produto final Fonte: Do autor, 2009

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39

mesma luz incidente, utilizando o concentrado "lote" em uma delas e o

concentrado "padrão" em outra. Normalmente a avaliação visual está

sujeita a variáveis subjetivas não padronizadas, que podem interferir no

julgamento da cor.

6.3.3. Metameria

A metameria ocorre quando:

- Duas ou mais cores parecem semelhantes a um

observador, sob uma determinada fonte de luz, e as mesmas cores

parecem diferentes entre si, quando observadas sob fontes de luz

diferentes da primeira. Isto ocorre quando as amostras submetidas à

observação são formuladas de modo diferente (FATARELLI;L. 2007).

6.3.4. Homogeneização

A homogeneização é o grau de facilidade de distribuição

do concentrando sobre a resina de aplicação, durante o processo de

transformação.

Ela depende basicamente de dois fatores: o grau de

carregamento do concentrado (teor de colorantes e/ou aditivos) e do

comportamento de fluxo entre o concentrado e o polímero de aplicação.

GRAU DE CARREGAMENTO: Deve ser tal que permita

uma aplicação do concentrado entre 0,3 e 2 PCR Aplicações menores

que 0,3 PCR (concentrados com alto grau de carregamento) implicam

numa distribuição espacial deficiente do concentrado na resina,

dificultando o trabalho da rosca em homogeneizar a mistura.

COMPORTAMENTO DO FLUXO: Para um bom

desempenho de um concentrado em termos de homogeneização, sua

viscosidade deve ser necessariamente inferior à da resina, ou seja, o

concentrado deve ser sempre mais fluido (RABELO;M. S. 2000).

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40

Dessa forma, durante a plastificação da mistura nos filetes

da rosca, o concentrado é o primeiro a sentir o efeito da temperatura e

cisalhamento (atrito), e a plastificar-se, homogeneizando-se rapidamente

no polímero de aplicação. Se o concentrado for mais viscoso, corre-se o

risco da peça conter áreas de maior concentração de colorantes que

outras, podendo até causar manchas.

6.3.5. Concentração

É o grau de carregamento de colorantes e/ou aditivos nos

concentrados. A concentração é determinada pelas matérias-primas

envolvidas na formulação (colorantes/aditivos/resinas) e pelo processo de

fabricação do concentrado.

Normalmente busca-se o maior teor possível de

colorantes/aditivos na resina, de forma a fabricar o concentrado com um

nível de dispersão adequado para ser aplicado na faixa de 0,5 a 2 PCR.

A concentração de colorantes e/ou aditivos no dry-blend

depende de fatores como: - características do padrão desejado

(espessura, cobertura, resina-base, cor, etc.) e capacidade de

homogeneização do equipamento de transformação. Quando o

equipamento apresenta deficiência na homogeneização, torna-se

necessário diluir o concentrado, de maneira que possa ser aplicado numa

dosagem maior, facilitando sua homogeneização na resina.

VERIFICAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE

COLORANTES/ ADITIVOS: Esta verificação é importante uma vez que a

concentração de colorantes/aditivos no dry-blend interfere diretamente no

percentual de aplicação e em seu custo, itens aos quais o usuário deve

permanecer alerta. A verificação ideal é feita na prática aplicando o

concentrado diretamente ao polímero (CHARVAT; R. A. 2004).

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41

6.3.6. Dispersão

É o grau de desaglomeração das partículas de um

colorante na resina incorporada. A dispersão depende das características

do colorante, eficiência do processo de fabricação e formulação adequada

do produto.

Um concentrado bem disperso é aquele em que todas as

partículas de colorantes estão suficientemente desaglomeradas de seu

estado original, conferindo ao produto final total uniformidade, sem a

presença de pintas ou pontos aglomerados. (HARRIS; R. M. 1999).

6.3.7 Poder Tintorial

E a propriedade de um colorante conferir mais ou menos

cor a um substrato. Esta é uma característica própria de cada tipo de

pigmento/corante. Em se tratando de concentrados, seu poder tintorial

depende diretamente dos tipos de colorantes utilizados na formulação e

do grau de dispersão dos mesmos. Geralmente os corantes possuem

poder tintorial maior que os pigmentos orgânicos que, por sua vez são

mais intensos que os pigmentos inorgânicos. (QUALIOTTO; J. M. 1995).

6.3.8. Poder de Cobertura

É a capacidade de um colorante não deixar transmitir a

luz através de um determinado meio onde é aplicado. Isto significa que,

quanto maior for a quantidade de luz que atravessa uma peça, menor é o

poder de cobertura dos colorantes que a tingiram.

A cobertura está diretamente associada com o

espalhamento de luz, e é função do comprimento de onda, sendo

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42

controlada pelo tamanho e forma das partículas de pigmento e pela

diferença de índice de refração entre o pigmento e o meio.

Normalmente, os pigmentos inorgânicos possuem

elevado poder de cobertura (são opacos devido ao alto índice de

refração), enquanto os corantes são praticamente transparentes.

6.3.9. Resistência Térmica

A resistência térmica é determinada pela temperatura

mais alta a que um concentrado pode ser exposto por cinco minutos, no

canhão de uma injetora, sem mudança significativa da cor. Esta alteração

de cor pode ocorrer por decomposição térmica do pigmento ou por

dissolução com posterior processo de recristalização do mesmo.

A solidez ao calor do concentrado nem sempre pode ser

determinada pela solidez do pigmento menos resistente, uma vez que a

mistura de colorantes, ou grande diferença de concentração entre eles,

pode causar efeitos antagônicos, isto é, um deles pode diminuir as

propriedades dos outros. Por essa razão, todo concentrado desenvolvido

deve ter sua própria resistência térmica medida (HARRIS; R. M. 1999).

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA TÉRMICA: Uma

técnica simples consiste em submeter a mistura de polímero com o

concentrado ao cilindro de uma injetora, por um intervalo de tempo

predeterminado (5 minutos), fixando uma temperatura, com posterior

injeção. Repete-se o teste com sucessivos aumentos de temperatura, até

que ocorram alterações com relação à cor original, obtida nas injeções

com temperaturas inferiores.

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43

6.3.10. SOLIDEZ A LUZ E INTEMPÉRIES

A coloração de plásticos para emprego em ambientes

sujeitos à luz/intempéries exige o uso de concentrados com

colorantes/aditivos de alta estabilidade a esses fatores, sob o risco de

acontecerem variações sensíveis de tonalidade.

Testar a solidez à luz de plásticos coloridos é um

processo longo, que pode levar até dois anos ou mais. Por essa razão,

equipamentos de envelhecimento acelerado podem ser utilizados

(Xenotest, Fade-O-Meteir, Weather-O-Meter), visando antecipar a

avaliação. Ressaltamos que os resultados destes testes são considerados

como aproximados, e devem ser sempre apresentados de forma

comparativa (HERBST, W.; HUNGER, K. 2004).

Para a escolha dos pigmentos a serem utilizados, a

norma DIN 53388 especifica numa escala de solidez à luz para

colorantes, variando de 1 a 8 onde 1 =muito pobre e 8=excepcional.

Entretanto, para casos mais críticos, além da seleção de colorantes com

alta solidez à luz (7/8), é necessário também levar em consideração a

degradação da resina a ser tingida.

6.3.11. SOLIDEZ A MIGRAÇÃO

Existem basicamente dois tipos de fenômenos

envolvendo migração de colorantes:

EFLORESCÊNCIA É a migração do colorante para a

superfície do plástico, caracterizando-se como uma "poeira" sobre o

material, após dias ou semanas de sua incorporação. Este fenômeno

ocorre devido à solubilidade do colorante no plástico, a qual aumenta com

o aumento de temperatura de processo do mesmo. Quando o material é

resfriado, a parte do colorante que foi dissolvida cristaliza-se

preferencialmente na superfície, caracterizando a eflorescência.

Page 45: Alexandre crivelaro da fonseca   tcc

44

SANGRAMENTO É a migração do colorante para fora do

plástico, em direção a um material adjacente ou mesmo para os produtos

embalados (alimentos, cosméticos, etc.), em função de haver solubilidade

dos colorantes nos mesmos.

No desenvolvimento de concentrados de cor,

principalmente para embalagens, a seleção de colorantes com boa

solidez à migração é feita segundo a norma DIN 53775, com escala

variando de 1 (pobre) a 5 (muito boa) (HUNGER; K. 2003).

6.3.12. Toxicidade

O aspecto da atoxicidade é especialmente importante

quando se trata da coloração de embalagens e demais produtos que

tenham contato com alimentos ou produtos fármacos, além de brinquedos

e outros produtos destinados ao público infantil.

Outro aspecto muito importante é a grande preocupação

com a disposição dos produtos que, de alguma forma, contêm em suas

estruturas, materiais a base de metais pesados. Estes produtos, após a

utilização devida, seguem para aterros sanitários, onde, em contato com o

solo , podem, ao longo dos anos, causar algum prejuízo ao Meio

Ambiente.

Para atender as diversas necessidades e aplicações,

devemos sempre considerar, dentre as três possibilidades no tratamento

da atoxicidade, qual é mais adequada para cliente, levando-se sempre em

consideração o fator custo. (QUALIOTTO; J. M. 1995)

Não atóxico: São casos em que não existe restrição

alguma quanto a utilização de metais pesados nos produto e em suas

aplicações.

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45

Atóxico: São casos onde a exigência é a completa

isenção na utilização destes pigmentos.

Ressaltamos que podemos obter uma mesma cor final,

resultante de formulações dos três critérios de exigência descritos. No

entanto, devido às limitações de utilização dos pigmentos impostas pelas

exigências, ocorre uma variação nos preços do produto final. Por isso,

torna-se muito importante a definição da real necessidade do cliente,

quanto à aplicação final do produto.

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46

CONCLUSÃO

O problema da viabilização da produção de concentrados

de cores “dry-blend” para injeção de peças plásticas depende de

equipamentos específicos para processamento e da necessidade de

atender aos clientes no rápido desenvolvimento e produção de cores.

A cor conferida ao material plástico é um grande

diferencial e agrega muito valor ao produto final. Constantamente é o

principal fator que faz toda a diferença aparência final do conjunto.

As hipóteses de fabricação de concentrados de cores do

tipo Masterbatch e Universal foram descartadas devido ao número maior

de processos utilizados. Isso gerou demora e grandes quantidades de

material desnecesário em estoque. Também a quantidade mínima de

trabalho é bem superior ao do Dry-Blend.

A reprodutibilidade da cor na plaqueta comparada ao

produto final fica praticamente inalterada. As diferenças são mínimas, se

levarmos em consideração a geometria dos corpos de prova e condições

de processos do produto final, que quase sempre são diferentes.

Isso é possível graças aos colorantes utilizados que

possuem um bom desempenho quando aplicados ao material plástico. As

empresas tanto fornecedoras de pigmentos como consumidoras possuem

um grande know how quando o assunto é coloração de plásticos.

Essa pesquisa atingiu o nível de viabilidade de produção

do Dry-Blend especificamente para pequenas produções. O assunto não

se esgota, apenas se inicia. Muito há o que ser feito a partir desse ponto,

principalmente em termos de equipamentos para dosagem automática e

outras melhorias.

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47

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