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Alessandra Aparecida Valente
A CONSTRUCAO DE LlMITES SEM TRAUMAS
Monografia apresentada como requisito paraobtengao do titulo de especialista no Curso de Pas·GradU8(}aO em PSicopedagogia da Faculdade deCiencias Humanas Letras e Artes da UniversidadeTuiuti do Parana.
Oriemadora: ProF'. Maria Letizia Marchese
Curitiba2004
A todos aque/es que acreditam que existem diversas maneiras prazerosas paraconstruir limites nas crianqas desde os primeiros anos de vida, aqueles que sustentamque deve - se ensinar mantenda a re/a,aa canstante de areta, aque/es quecansideram que e necessaria estar sempre atenta as necessidades de uma crian,a,aque/es que acreditam que e necessaria reestruturar a moda de ser, sentir e aque/esque naa perdem a capacidade de aprender e ensinar.
AGRADECIMENTOS
A professora Maria Letizia Marchese pelas sugest6es apresentadas, e 0 tempo
destinado as orientayiies dadas para a realiza9iio deste trabalho, ao Marco Stukas,
meu marido pelo apoio e incentivD no termino de mais uma caminhada.
"Educar e ser urn artesao da personalidade, urn poeta da
inteligencia, urn serneadorde ideias." (CURY, 2003,p.55)
SUMARIO
REsUMO . .. 7
1 INTRODUCAO ..
2 REFERENCIAL TEORICO ...
..8
.. 11
2.1Limites ..
3 MATERIAlS E METODOs
................................................... 11
.................................................................... 19
4 ANALISE DOS RESULTADOS OBTIDOs POR MEIO DA APLICACAO DOQUEsTIONARIO 24
5 ELABORACAO DA CARTILHA .
6 CONCLUsAO ....
.. 30
.. 33
REFERENCIAs .. . 35
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR .... ..... 36
RESUMO
o estudo focaliza quest6es sobre 0 processo de constrw;,ao de limites e asfundamentos gerais que envolvem uma proposta de reflexao sobre a intervenC;Eloeducativa realizada pelos pais e professores, procurando a melhor maneira de educaras crianC;8s sem causar traumas, gerando de certa forma problemas emocionais e deconduta posteriormente. 0 processo de constnuc;ao de limites e proposto a partir dacompreensao do papal a ser desempenhado pelos pais e educadores, enquantoagentes mediadores no ensina e aprendizagem. Recomenda ideias que tornampasslvel compreender e repensar a pratica educativ8, envolvendo certas atitudes multosimples, mas que seguidas, poderao apresentar avanc;os significativQs, na arte decriar filhos felizes e educados, buscando a contribuic;ao de varios autores que foramcolaboradores com referenciais te6ricos abordando 0 tema: constrw;:ao de limites.
INTRODUC;;Ao
As rela<;5esfamiliares respaldadas no equilibrio entre a cisncia e 0 bom senso
poder<iI ser a formula para ajudar pais e educadores a criar filhos mais preparados para
vida, constnuindo desde os primeiros anos de vida, • limites (9rifo meu). A cerca da
problematizayao desenvolvida sabre a constru9ao de limites sem gerar traumas,
observa-s8 que he existencia nos relacionamentos familiares da falta de incentivD, de
responsabilidade, de afetividade ... e ista influencia diretamente na vida das crianyas.
Entre as varias problemas citados, percebe-se tarnbam que pais e educadores
nao estao contribuindo para a construc;ao de val ores, estes atualmente S9 mostram
desorientados em relayao a educayao das crianyas.
Este estudo tem como objetivo elaborar orienta<;5essobre a aplica9ao de limites,
no ambiente familiar e escolar.
Justifica-se a pesquisa porque atualmente vem se discutindo manuais,
estrategias que norteiam 0 processo de constru9<3o de limites.
E par meio de 8goes claras e objetivas direcionadas a pais e educadores que
sera possivel realizar uma mudanc;a radical na sociedade atual. Esta s6 sera
competente se for coletiva. Pais e educadores devem se fazer presentes na vida social
e escolar das crianyas, ajudando-Ihes a entender que para haver harmonia sera
necessaria a participac;ao de todos na construc;ao de limites.
Oepois de ouvir inumeras vezes 0 mesmo discurso, " NAo AGUENTO MAIS
ESTA CRIAN<;:A"'," NAo SEI 0 QUE FAZER...I" Propoem-se realizar um estudo sobre
as refer€mcias existentes na area de educayao voltada a construc;ao de limites.
Objetiva-se por meio da pesquisa bibliografica e de campo:
• Verificar como educadores lidam com criangas sem limites.
• Verificar como pais repreendem seus tilhos.
• Aprender e orientar pais e educadores na constru<;ilo de limites.
• Pesquisar sabre limites em diversos referenciais te6rico5.
• Entregar para pais e educadores, uma cartilha contendo orientayaes para a
construyao de limites, baseando-se nos estudos realizados pelos profissionais da
area.
A coleta de dados S8 dara par meio de abservac;6es formais e informais na
escola e par meio de urn questionario enviado aos pais e au respons;3veis. A analise,
interpretayao e 0 tratamento dos dados sera respaldada no metoda Fenomenologico,
pois partira do geral para 0 particular, objetivando-se a constru98o de uma cartilha com
orienta90es a respeite de Iimites.
No primeiro capitulo apresenta-se algumas considerac;:6es te6ricas sabre 0 que
sao limites, para que servem e quando devem ser aplicados, alem de como colocar os
limites de acordo com a faixa etaria da crianya.
As considera90es aqui apresentadas basearam - se na analise das contribui90es
de varios autores.
No segundo capitulo e apresentado 0 universo da pesquisa escolar, a qual serviu
como ponto de partida para a realiza980 de urna reflexao rna is profunda, sobre
maneiras e atitudes apresentadas par pais e educadores voltadas as crianc;as que
encontram-se na transic;ao de 2 anos para 3 anos de idade.
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No terceiro capitulo encontra - se a analise dos resultados da pesquisa, 0 quarto
capitulo traz a cartilha com algumas orienta!yoes necessarias aos pais e educadores,
que poderao auxiliar na constru9ao de limites.
o quinto capitulo, apresenla a conclusao de lodo a desenvolvimento do trabalho.
II
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Limites
Com 0 advento da era industrial, os pais passaram a trabalhar mais com 0 intuito
de oferecer aos filhos condi~6es melhores para sobrevivencia.
Devida 0 surgimento do capitalismo e atual conjuntura nacional, os pais
comec;arama procurar cada vez mais cedo a educa~o formal, embora a institui9ilo
escolar. seja um local privilegiado para a promoc;aoda eduC898o, tambem as clubes,
meies de comunicayao, colegas exercem grande influencia na formag8o da crianC;8, as
valores morais e as padr6es de conduta sao adquiridos essencialmente par meio do
convivio familiar. Quando a familia deixa de transmitir estes valores adequadamente, as
dernais vinculos formativQs ocupam 0 seu papsl.
Hi! mais au menes tres decadas, a crian~ era vista como urn ser que nao
precisava aprender, tudo era imposto, caso houvesse resistencia eram punidas com
castigos severos. Com 0 passar do tempo percebeu-se que a crianc;a possui gostos,
vontades, indisposic;oes como os adultos. Partindo deste enfoque os relacionamentos
familiares sofreram grandes modifica¢es, causando a perda do rumo para a educayao
do 'sim e do nao (grilo meu).
Os novos pais se rebelaram quanto as regras rigidas relacionadas a educagao
de seus filhos. Passaram a conceder mais, repudiaram a punic;aofisica, quiseram tarnar
- se mais amigos dos filhos e passaram a utilizar 0 dialogo como fonte de educayao.
A problematica que envolve a formayao de crianc;as sociaveis, felizes, livres..
tornou-se urn grande desafio nos dias atuais. Islo despertou interesse no estudo de
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estrategias para a construc;ao de Iimites, uma vez que pais e educadores estao tendo
serias dificuldades para colocar em pratica esta nova forma de educar, a qual faz - S8 0
usa do dialogo, da afetividade, do respeito, trazendo consequlfmcias inesperadas, as
filhos ficaram desobedientes, nao respeitando pais, educadores, pessoas que os
cercam.. muitas vezes deixando de realizar seus afazeres, nao assumindo seus
compromissos, tornando - S8 crianc;as rebeldes. E verdade que 0 dialogo e a me thor
forma de educar, de resolver conflitos e tambem e preferivel que aS pais sejam amigos
de seus tilhos, do que pais ausentes au autoritarios.
No entanto, as pais para conquistarem seus tilhos no pouco tempo que
permanecem com as mesmos, abrem mao de desempenhar 0 papel de educadores,
deixando de cumprir as regras estabelecidas. Esquecendo que a fun<;ao a ser
desempenha pelos pais, servem de modelo moral e que a conversa nao deve ser
usada como forma punitiva e sim como um momenta de reflexao das atitudes
cometidas, esta nova maneira de Educar e de fato muito mais dificil, pois exige mais
autenticidade nos relacionamentos, mais democracia.
E preciso informar aos pais sobre a importfmcia de se colocar limites nos filhos
desde pequenos.
Segundo Zagury,
... dar limites aos filhos e iniciar 0 processo de compreensao e apreensao dooutro.... Ninguem pode respeitar seus semelhantes se nao aprender quais saoos seus limites - e isso indui que nem sempre se pocIefazer tudo 0 que desejana vida. E necessario que a crian~ interiorize a ideia de que podera fazermuitas coisas que deseja - mas nem tudo e nem sempre. (ZAGURY, 2003,p.17).
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A crianc;:a passui capacidade necessaria para entender que ao satisfazer suas
vontades nao e preciso prejudicar 0 Dutro, porem 56 sabera disso S8 desde pequena as
pais ensinarem a amar, respeitar 0 Dutro e nao apenas a si pr6pria.
Segundo Antonio Cury a educay8.o caminha para informar as crian~s e nao
formar, Q •• Os jovens conhecern cada vez mais 0 mundo em que 85t80, mas quase
nada sobre 0 mundo que sao."(CURY, 2003, p. 15). Eo necessario haver uma grande
mudanc;:a na area educacional, pOis esta encontra-se em crise, pais e educadores
precisam mudar certos habitos padronizados pela sociedade, sendo assim e necessaria
refletir certas atitudes simples, mas que realmente colocadas em pratica irao apresentar
resultados satisfatorios.
De acordo com os inumeros significados apresentado para a palavra LIMITE, no
Dicionario Aurelio, p. 1214, merece destaque ".. ponto que nao deve ser
ultrapassado ... ", compreende assim deste modo, que limites, construidos com a crianga
desde pequena deverao promover 0 seu bem estar, contribuir para sua auto - estima
envolvendo sempre amor, carinho, ateng80 e ah3:mde tudo seguranga.
A construg8o de Iimites servira como base para ver 0 mundo como uma cadeia
de relagoes, nas quais deve-se respeitar 0 direito do outro, " .. 0 mundo deve ser visto
com uma conotag80 social(conviver) e nao psicol6gica (0 meu deseja e 0 meu prazer
sao as unicas coisas que contam)..."(ZAGURY, 2003, p.23). Alem disso a crian"" desde
pequena tendo a no~a de que tude 0 que padeni vir a fazer reflete no outro aprendera
lidar desde cedo com as frustragoes que a vida apresenta, ".. ensinar a tolerar
pequenas frustragoes no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam
ser superados com equilibrio e maturidade..."(ZAGURY, 2003, p.23). Sendo assim a
constru9ao de limites desde cedo contribui para a forma9ao de um adulto paciente, que
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sabera lidar com situagoes complicadas no ambienle de trabalho e familiar,
conseguindo administrar com seguran~ toda situac;ao demonstrando capacidade de
enxergar e compreender que as Qutros possuem as mesmas direitos que seus.
Ensinar a crianga a ter LIMITE, nao e uma questao de opgao, mas sim de
necessidade. 0 ato de educar embora pareya ser f.kil e urn processo complexo 0 qual
envolve muito trabalho, dedic8C;80, paciencia e doayao. Pensando dessa maneira a
educagiio que e respaldada na AUTORIDADE tera como a sua maxima 0 bem estar,
orientando, direcionando a crianya para 0 caminho da cidadania.
E importante saber a momento de iniciar 0 processo de construC;80 e apreensao
dos limites com as filhos, percebendo que a cada faixa etaria, crianC;8s apresentam
necessidades diferentes. E preciso levar aos pais e educadores certas informac;oes,
tornando 0 trabalho de educar muito mais facil, uma vez que sabendo 0 que se pode
exigir de cada faixa etana e 0 que conseguern assirnilar e de que forma 0 fazem. ~ Para
atender as necessidades ... e preciso, porem, que os pais tenham urn eixo direcionador
para algumas atitudes que, tomadas sistematicamente, ajudam a crian9a a crescer,
tornar-se independente e equilibrada emocionalmenle ..."(ZAGURY, 2003, p. 99).
Para conseguir estabelecer esse equilibrio emocional a crianga ao receber urn
NAO, devera ouvir 0 que realmente tera que fazer, Ihe oferecendo outras op¢es, nao
devera deixar passar 0 momenta e mais tarde retornar ao que aconteceu, pois
dificilmente a crian~ conseguira relacionar 0 ocorrido muito tempo depois, alem disso
em todos os momentos que a crian9a venha apresentar comportamento adequado para
certas situac;6es deve - se vibrar, parabenizar, abrac;ar, beijar, elogiar, ... apresentando
estas atitudes, os pais estarao dando-Ihe refon;os positiv~s aprovando a atitude do
mesmo conlribuindo para cultivar a afetividade. "0 toque e 0 dialogo sao magicos, criam
IS
uma esfera de solidariedade, enriquecem a emoyeo e resgatam a senti do da
vida."(CURY, 2003, p. 45).
A maioria dos pais, veern as filhos como urn ser indefeso, que ainda nao saba
diferenciar 0 certo do errado, 0 puro desejo da necessidade, e acabam deixando 0
"coitadinho" fazer algo que nao deveria, pois ainda nao entende 0 SIM e 0 NAO. Cabe
ressaltar que as regras representam uma necessidade, para podermos conviver com 0
mundo que nos cerca.
Segundo GOM/DE (2004, p.13),
...devemos considerar a importancia de estabelecer regras em nossa relalf80com nossos filhos au alunos ... Elas devem ser criadas para permitir urnrelacionamento adequado entre as membros da familia, respeitoso em relalf80aos valores e h<ibitos daqueles que convivem em urn determinado lugar. Deve -se em linhas gerais busear 0 estabelecimento de poucas regras, que sejamflexiveis e realmente possam ser cumpridas.
Para Tania Zagury, muitos pais encontram-se aflitos, pais nao sabem a momenta
de dizer nao:
... negar atguma coisa para os filhos parece um crime, um verdadeiro pecadoatualmente, ou, no minimo, um ato autoritano, um modelo antiquado deeducar... muitos papais e mamaes ficam em serias dificuldades ao tentaremcotocar em pratica aquelas ideias lidas Que tinham em mente ao iniciarem 0
longo e delicado caminho da fonnalfiio das novas geragees.... Cheios de boasinten¢es leivao eles e ... de repente, as coisas deixam de ser lao simples efaceis. Ao contrario 0 dia - a - dia parece se tamar muito, mas muitocomplicado mesmo. Ai meu Deus, 0 que fazer?(ZAGURY, 2003 p.15).
Eo preciso preparar os filhos para "ser' no mundo, pOis 0 mundo os prepara para
"ter" , deste modo Antonio Cury defende as ideias de surpreender os filhos com atitudes
a serem tomadas, ao se deparar com situa.yoes em que os filhos ja imaginem que seus
pais venham erguer a voz, colocar castigos... ao inves de ocorrer a que eles esperam,
as pais deverao manter-se calmos, olhar nos olhos dos filhos e com 0 ritmo sereno da
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voz desaprovar 0 fata cometida, ista abalara as alicerces da agressividade gerada na
crianlY8.
Se voce educa a inteligEmcia emocional dos seus mhos com elogios quando
eles esperam uma bronca(GOLEMAN in CURY, 2003, p.36), com umencorajamento quando eles esperam uma rea~o agressiva, com urna atitudeafetuosa quando eles esperam urn alaque de raiva, eles se encantarao eregistrarao voce com grandeza. Os pais se tamarao assim agentes demudan,a.(CURY, 2003, p.36).
Impressionando as filhos com atitudes severas mas de certa modo com carater
educativD, levando a crian98 a refletir sabre 0 comportamento que fez, qual seria a
melhor maneira de resolver determinado problema... os pais estarao contribuindo para
o crescimento e fortalecimento da auto - 9stima.
Ate as 6 anos de idade e normal crian98s apresentarem ataques de raiva,
descontrole, porsm sempre as pais devem conscientizar as filhos progressivamente,
incutindo nos mesmos regras bi3sicas de convivencia, iniciando a processo de
socializa9ao, saber ser, viver juntos, compreender no outro que a mesmo possui as
mesmas vontades, desejos.. caso a crian9a grite, esperneie, jogue-se no chao.. e
prontamente seja atendida, adotara estes comportamentos para relacionar-se com 0
mundo. Pensando em evitar tais atitudes e para conseguir atingir 0 sucesso das
rela90es entre pais e filhos, crian98s e educadores faz-se necessario estabelecer
algumas bases, estas servirao de bans alicerces para a educayao. "Para 0 atendimento
inlegral a uma crianga, sao cinco os passos: parar, ouvir, olhar, pensar e agir."(TIBA,
2002, p.127).
E extremamente importante ao conversar com a crian98 parar 0 que esteja
fazendo, abaixar-se na altura da mesma e dialogar, casa nao seja passlvel, deve - se
colocar a mao sobre a cabega, ombro e solicile que aguarde que logo ira alendiHa,
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outro passo importante e OUVJR, nao falar pela crianya au adivinhar 0 que queria
contar, deixar que S8 expresse, formule 0 seu pensamento alam disso e imprescindivel
manter 0 cantata olho no olho, deste modo a criang8 sentira seguranc;a em voce, pois
sera automatico pensar na SitU8g80 ocorrida e sobre a maneira que ira agir. Agindo
deste modo a criang8 nao sera mai5 imediatista, saberi! aguardar, os filhos conseguirao
distinguir a essencial e a superiluo.
Pareee ser dificil a construg:ao de limites, mas S8 construidos desde 0 momento
do nascimento de urna criang8, estes habitos tornam-se parte dela e aos poucos as
regras serao incorporadas, 0 que nao vale e estremecer au ser vencido pela insistencia
da mesma.
Segundo llBA (2002, p.23),
...A maior seguranya para as navias pode estar no porto, mas eles fcramconstruidos para singrar mares. Par rnais segurant;:8, sentimento depreservayao e de manutenC;80 que possam sentir junto dos pais, as filhosnasceram para singrar as mares da vida, cnde vao encontrar aventuras, riseas,lerras, culturas e pessoas diferentes. Para Iii levarao seus conhecimentos e deIii tfarae novidades e outros costumes, ou, S8 gostarem dali, poderaopermanecer, porque levarn dentro de 5i um pouco dos pais e de seu pais ... masantes de singrarem mares, em casa ainda pequenos, eles se parecem comcarras de Formula 1, que correm vollas e vanas atras de seus interesses, masde repente fazem um pit - stop com as pais. Momento sagrado para umatendimento integral e para que desenvoivam seguranya intema e autonomiapara depois dar vollas cada vez maiores ate entrarem nos navios ...
Para facilitar a educayao das crianyas e importante que pais e escola
estabelegam parcerias, a escola por lidar com um grande numero de alunos, tem mais
experi€mcia, e sera muito uti I para a familia quando esta encontrar-se desorientada.
"Juntos, pais e escola podem combinar criterios educativos levando em conta as duas
maos, a do cora~ao ( afeto e sentimento) e a da cabe"" ( razao e pensamento), dos
tres personagens mais importantes da edUC89ao da crian~a: mae, pai e escola."(lIBA,
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2003, p.183). Pais e professores deverao ser parceiros na fantastica empreitada da
educa9ao.
Eo preciso que os pais saibam que estao preparando seus filhos para 0 mundo,
deste modo, 0 que serao no futuro, as obsta cuI as a serem enfrentados, as atitudes que
deverao tomar, ... dependera do modo que as pais educarao seus filhos.
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3 MATERIAlS E METODOS
Visando a constata<;:iio dos problemas relacionados a CONSTRUi;AO de
lIMITES, 0 contexte escolar serviu de universe para a pesquisa.
A Escola Dream School Ensino Infantil e Ensino Fundamental, localiza-se no
municipio de Campo Largo, Rua Santos Dumont, 537, bairra Centro, pertence a regiao
metropolitana sui, a mantenedora €I a senhora Rita Maria Huber.
A instituiryao escolar possui dez anos de existencia e atenda turmas da EducaC;8o
Infantil -Maternal II (12 alunos) - crian<;asque possuem tres anos completos ou que irao
completar durante 0 ano, Jardim I (9 alunos) - crian<;as que possuem quatro anos
completos ou que irao completar durante 0 ano, Jardim II (18 alunos) - crian<;asque
possuem cinco anos completos ou que iraQ completar durante 0 ano, Jardim III (14
alunos) - crian9as que possuem seis anas completos au que iraQ completar durante 0
ano) e do Ensino Fundamental - primeira serie (14 alunos), segunda sene (10 alunos),
terceira serie (8 alunos) e quarta serie (8 alunos), totalizando 93 alunos.
A filosofia que a escola segue esta respaldada em 4 aprendizagens
fundamentais, que ao lango da vida torna - S8 - ao as pilares do conhecimento de cada
individuo. Os principios filos6ficos norteiam-se em aprender a conhecer, fazer, viver
juntos e ser.
o trabalho desenvolvido nas turmas de Educayao Infantil niio e esporadico,
espontaneista e casual, isso porque a crianr.;aao chegar na eseDla vern com urn saber
constituido e 0 desafio da eseela e que a me sma amplie este levando em
considera96es fatores fisicos, emocionais, psicol6gicos, intelectuais, sociais.
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o plano curricular a ser seguida nas turmas de Educa980 Infantil organiza-se par
disciplinas e os conteudos visam desenvolver as capacidades relacionadas a conhecer,
fazer, viver juntos e a ser.
De acordo com estudos ja realizados a constru~o dos limites deve iniciar nos
primeiros anos de vida de uma crian98, pais serao atitudes que com 0 tempo iraQ
tornar-se corriqueiras, fazendo parte da vida da mesma. Pensando assim, foi escolhida
a turma do Maternal II, que possui 12 crian~s que encontram-se na transi~o de idade
de 2 para 3 anos, para estudo e analise da postura dos pais e educadores.
o publico alva compreende pais, que na sua maioria encontram - se na faixa
etaria entre 20 a 35 anos, alguns alunos possuem irmaos sendo mais velhos ou mais
novos, mas na maioria sao filhos unicos.
Para a coleta de dados foi utilizado a aplica~o de um questionario a qual
apresentou nove perguntas relacionadas a postura dos pais perante situa90es em que
as filhos demonstram determinados comportamentos. As perguntas apresentavam tres
OP90es e foi enviado urn bilhete junto com a questionario para que as pais
respondessem marcando apenas uma das alternativas, e em caso de duvida a bilhete
orientava que deveriam marcar qual alternativa viesse a cabeya, foi orientado que
deveria ser escolhido a op~o que realmente condizia com a postura dos mesmos e
nao preocupar - se com a que estava c~rreta ou parecia ser a correta .
o questionario visou como objetivo a analise da postura dos pais ao conduzirem
a eduCat;80 de seus filhos, alem do questionario tambem foi utilizada observa90es nos
horarios de entrada e saida durante a tempo em que as alunos mantinham cantata com
as pais.
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Tambem observou-se a postura tomada pel a professora referente a cartos
comportamentos como birra, brigas, etc.
Segue abaixo 0 questionario enviado aos pais com 0 objetivo de coletar
algumas informa,oes sobre a educa9iio que os mesmos estao dando a seus filhos:
1. Como e 0 comportamento do casal aD repreender seu tilho?
a( )0 pai e "durao" e a mae mais flexivel.
b( )A mae e "durona" e 0 pai e mais fiexivel.
c( )A mae e 0 pai apresentam as mesmas posturas.
2. Ao repreender seu filho, qual e a alilude lomada?
a( )Conversa sobre 0 comportamento apresentado.
b( )Casligos, como palmadas, puxoes de orelhas..
c( )Conversas e retirada de alga que 0 mho mais g051a, como maneira de levar
a refletir sabre a atitude incorreta que 0 masma apresentou.
3. Ao repreender seu foIho, logo depois verificar que a culpa realmente nao
foi do mesma, qual e a postura tomada?
a( )Reconhecem que voces erraram peranle 0 filho e pedem desculpas.
b( )Deixam passar a momento, pais se falarem que erraram perderam a
auloridade.
c( )Pai e mae enlram em conflitos na presen,a do mesmo.
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4. Quando conversam com seu filho?
a( )Demonstram diariamente que a amam com abrayDs, beijos, palavras ..
b( )Nem sempre demonstram com palavras e gestos, pois 0 filho podera pensar
que voces naD possuem dominic sabre 0 mesma.
c( )Nunca usaram palavras e gestos para demonstrarem 0 amor que possuem
pelo masmas.
5. Ao combinarem regras para 0 fitho:
a( )Criam as mesmas com a presenr;ado filho, ouvindosuas coloca,!(oes e
discutindo as mesmas.
b( )Criam as mesmas sem 0 filho participar, impondo - as.
c( )Sempre mudam as regras criadas, pois nem sempre apresentam resultados.
6. Voces ensinam seu filho a ter atitudes como respeitar as mais velhos e
mais novos, nao agredir. repartir 0 lanche ...
a( )0 casal tamMm apresenta estas atitudes na presen"" do filho.
b( )0 casal cobra de seu filho estas atitudes mas os mesmos nao as fazem.
c( )A mae cobra e 0 pai nao, au vice e versa.
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7. Seu filho chega em casa reclamando de algum colega, professor, da
escola, voces:
a( )Laga tiram satisfa,oes com as envalvidas na presenga do filha, danda razaa
sempre para a mesma.
b( )Investigam 0 que real mente aconteceu para depois tomarem providencias e
deixam a filha informado sabre suas pasturas.
e( )Naa daa auvidas para as reclama,oes do mesma, ignorando - as.
8. 0 casal nao disponibiliza de muito tempo para ficar com 0 filho:
a( )0 pouea tempo que passam juntos, liberam para que 0 mesmo faga tudo a
que deseja.
b( )Campram muitos presentes, para tentar reeuperar a tempo naa dispanivel.
e( )Aproveitam 0 pauea tempo juntos, parem seguem as regras combinadas.
9. 0 casal considera - se:
a( )Bons pais, acreditam que estaa eertos aa educarem seu filho.
b( )Bons pais, mas buseam sempre orienta,oes sobre as atitudes a serem
tomadas.
e( )Pais que encontram - se tatalmente desorientados para a ate de educar.
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4 ANALISE DOS RESULTADOS 08TIDOS POR MEIO DA APLlCAt,;Ao
DO QUESTIONARIO
A analise dos resultados obtidos atraves da aplieagiio do questionario, teve 0
objetivo de coletar dados referentes a postura dos pais perante certos comportamentos
apresentados pelos filhos. Pode-se observar que:
Ao responderem a prime ira pergunta, 8 pais optaram pela tereeira alternativa,
realmente estes parecem conhecer que 0 primeiro pilar da educagao e 0 principia da
coeremcia, da constancia e da conseqOemcia, sendo assim as pais antes de tamar
qualquer decisao, devem combinar anteriormente as regras e haver urn consenso entre
ambas partes - Pai I Mae, pais S8 houver divergencias na lomada de atitudes este
eonflito atingira diretamente 0 filho e este optara pelo lado que Ihe pare"" mais facil.
Casa as regras sejam combinadas anteriormente e 0 pai ou a mae nao as cumpram
este devera arcar com as conseqOencias futuras.
As escolhas realizadas para a segunda pergunta, demonstra que as pais
realmente nao apresentam a postura mais adequada para estes casos, apenas 5 pais
optaram pel a terceira altemativa, que refere - se a maneira que podemos dizer que
real mente educa uma criant;a, a qual a crianya devera assumir a con sequencia do que
fez, e necessario que os pais estabeleyam anteriormente 0 tempo necessario para que
o filho fique sem brincar, assistir televisao .. com 0 objetivo de refletir sobre 0 que fez.
Esta tirada de "coisas 90stosas", deve ficar claro 0 motivo para 0 filho e tambem rever
o tempo destas tiradas, pois nada adianta dizer que 0 filho ficara urn mes sem jogar
video game, e logo depois deixa - 10 fazer 0 que antes fora retirado. Com as erian""s
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menores e importante tambem tamar estas atitudes, porem pensar muito antes de
colocar alguma restriyao para naD vollar atnas.
Em relac;ao aos castigos fisicos, a crjan~ que as recebe naD esla sendo
educada da melhor maneira como sugere a terceira alternativa. Se os pais pensam que
com agressoes, a filho ira aprender, estao tolalmente enganados, naD existe palmadas
educativas, 0 que existe sao agress6es fisicas, que contribuem para desenvolver na
crianc;a0 instinto de resolver certas situac;6es usanda a fon;a (isica, de nada adianta a
crian98 apanhar, pois nao entendera que esta levando umas boas palmadas pelo
comportamento que apresentou, deste modo tarnbam as pais naD poderao proibir seu
filho de agredir aos Quiros, pois as mesmos agridem a crianc;a, 0 que ocorre e uma
grande incoerencia no discurso dcs pais e na postura que realmente tarnam.
Na terceira questao 11 pais optaram pela letra A, percebe - se que realmente
entendem que para educar e necessario mostrar aos filhos que tambem falham e
reconhecem os erras e tentam repara - los, este modelo de pais serve para que os
filhos percebam que todos podem cometer erros, mas 0 mais importante e reconhecer 0
que fez e tentar solucionar, e bam lembrar que a educay80 acontece pelo exemplo das
atitudes apresentadas pelos pais e pelos outros. Apenas apareceu uma resposta
referente a letra C, a qual os pais entram em conflitos perante as filhos, isto gera
confus6es na cabe98 da crianya pois a mesma nao sabe em quem acreditar, ou qual a
ordem que devera seguir, 0 casal devera ter born sensa e resolver quest6es deste
modo longe dos filhos.
As respostas analisadas na quarta questao, demonstram que 11 pais
entrevistados, percebem a importancia da afetividade na rela.,ao entre os filhos. Eo pelo
vinculo afetivo presente nas relayoes, que os pais acompanham de forma positiva 0
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crescimento e desenvolvimento da crianya, mostrando real interesse, tanto pelas suas
atividades, como por seus sentimentos. Significa que ao fazer elogios de atitudes
positivas que 0 filho apresentou, as pais estar<3o colaborando para que a auto - 8stima
do filho aumente cada vez mais, sendo assim 0 mesmo tera mais seguran98 nas
decis6es que ira tamar no decorrer da vida. Conversar com 0 filho significa antes de
mais nada saber ouvir 0 que 0 mesma tern a Ihe dizer naquele momento, e necessaria
aprender e ensinar aos filhos compartllhar ideias e sentimentos, a relayao de amizade
se tarnara cada vez mais forte facilitando a convivencia nos anos posteriores, de nada
adianta naD mostrar aD filho 0 carinho que possuem pelo mesma, com receio de perder
a autoridade, como apareceu uma resposta na alternativa B, a crianya sente - se
segura quando realmente sente - se amada.
A quinta questao referia - se a coloca9ilo de regras aos filhos, observa - se que
8 dos pais criam as regras com a participa\'iio dos filhos, deste modo torna - se mais
facil fazer cumpri - las pais foram elaboradas juntas. Cabe lembrar que nesta idade de
dais para tres anos, algumas regras naa paderao ser discutidas e sim cumpridas, isto
foi citado par 2 pais, que nao optaram por nenhuma das alternativas apresentadas.
Regras como: escovar as dentes apos as refei90es, tamar banho ... Estas que sao
impostas nao significam que deverao ocorrer de forma agressiva e sim sempre mostrar
ao filho que estao orgulhosos, pOis os dentes estao limpos, os cabelos cheirosas ... com
o passar do tempo a crianya ira campreender a importancia de manter a higiene
pessaal.
As regras devem ser estabelecidas de forma progress iva e passive I de serem
cumpridas, precisam ser aplicadas logo ap6s 0 comportamento inadequado
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apresentado pela crianya, pOis S8 deixar passar muito tempo a crianya naD recordara 0
motivQ de estar sendo punida. Apenas urn pai naD optou par nenhuma das alternativas.
Na sexta questao que releria - se ao comportamento e atitudes dos pais perante
certas situa96es, notou - S8 que 11 pais possuem a consciencia de que as valores
mora is sao passadas aos filhos como a justiya, 0 respeito, solidariedade, humildade ...
sendo a melhor forma de evil8r conflitos posteriormente com as Qutros. A empatia, au
seja, colocar - se no lugar do outro para entender as sentimentos ou raz6es do mesma,
e urn dos atributos mais importantes do cidadao civilizado, esta e a melhor maneira de
S8 evitar 0 desenvolvimento de comportamentos infratores, anti - soclais, delinqQentes e
principal mente mais tarde seguir 0 caminho das drogas. Apenas 1 pai optou pela
alternativa B, cabe ressaltar que a educa9ao aconteee por meio das observa9oes que
os filhos fazem de seus pais, estes servem de exemplos a serem seguidos pelos filhos
que copiam a postura dos pais, de nada adianta lalar algo que nao deva ser leito e os
pais na presen9a de seus filhos apresentam a atitude que repudiam.
A questao numero sete, 12 pais optaram pela altemativa B, esta e a que pode -
se considerar 0 cornportamento mais viavel tornado pelos pais ao encontrarem - se
distantes dos filhos e estes chegarem contando fatos que poderao ter acontecido na
escola, com colegas, professores. Esta postura dos pais em primeiro verificar 0 que
realmente aconteceu, deixando sempre inform ado a filho das atitudes que as mesmos
estarao tornando, demonstra maturidade ao educar seus filhos. E preciso deixar que a
filho conte 0 que aconteceu, ap6s levantamento de dados conversar com 0 mesma
caso, este tenha sido culpado ou nao. Muitos pais negligenciam tudo 0 que os filhos
Ihes contam ,desta forma crescerao acreditando que ninguem possa vir a gostar deles
e a partir de entao poderao surgir comportamentos agressivos. Tambem caso os pais
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logo defendam a filho sem realizar urn breve conhecimento do que realmente
aconteceu, estaraa prejudicando profundamente 0 desenvolvimento do mesmo, uma
vez que sao as pais as primeiras mediadores da crianga com 0 mundo, a crianga va 0
mundo com os olhos dos pais, desta forma S8 naD admitem que seu filho rspare as
danos causados par urn mau comportamento, estarao contribuindo para tamar seus
filhos em pessoas inseguras, incapazes de resolver problemas do dia - a - dia , toda
esta situa«iio podera gerar rnais tarde problemas de depressao, pois 0 filho imagina -
S8 fracassado, inutil.
A oitava questao referia - S8 ao tempo destinado aos filhos, nota - S8 que 11 pais
optaram pela alternativa C, estes aproveitam a tempo que passam junto com seus
tilhos, porem nao abrem mao das regras combinadas. Quando os pais treqGentemente
naD seguem as regras impostas junto com as filhos, estao ensinando atitudes
indesejadas, tais como, regra nao toi teita para ser cumprida, que autoridade dos pais
pode ser desrespeitada, al8m de mostrar a crianc;a, que 8 muito tacil usar a
manipulayao emocional ao querer algo e tambem a crianga nao conseguira distinguir
certo do errado. Apenas 1 casal nao realizou nenhuma escolh8.
A ultima questao do questionario reteria - se a postura do casal trente a missao
de desempenharem 0 papel de pais, 10 optaram pela alternativa que consideram - se
bons pais, porem sempre estao buscando contribui90es na arte de educar filhos,
procurando sempre desempenhar 0 papel de pais da melhor lorma possivel,
colaborando com a torma9ao de cidadaos telizes, seguros, capazes de resolver toda e
qualquer situa9ao que vier acontecer, 1 casal optou pela alternativa A, pois acreditam
estarem certos ao educarem seus tilhos e 1 casal optou pel a alternativa C que
corresponde a desorienta«iio total para a arte de educar lilhos.
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Fica claro que a malaria dos pais, real mente optou pelas alternativas, que
identificam 0 caminho de educar filhos como 0 rna is viavel. resta saber S8 realmente
na realidade do dia - a - dia isto e cumprido.
Em reiagao as observac;6es realizadas com 0 intuito de anaiisar a postura dos
pais e educadores perante a comportamentos como birras, choros ... apresentados no
periodo em que as crian9<3s ficavam na escola, notou - S8 que na maiaria dos cases
real mente as pais e educadores parecem ter conhecimento das atitudes rna is viaveis
para certos comportamentos, ignoravam alguns comportamentos que naD estavam
atrapalhando Qutras crianc;as, conversavam explicando as motivos de naD poderem
ficar rna is tempo brincando na escola au 0 momento certo de vol tar para a sala
finalizando au iniciando alguma atividade. Nos casas de resist€mcia da mudan~ da
atitude incorreta apresentada pela crianga e esta encontrar - se em choro, muito
nervosa .. a professora deixava passar algum tempo para acalmar - se, para depois
conversar com a mesma.
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5 ELABORACAO DA CARTILHA
Analisando algumas questoes por meio da aplica~o de questionario,
observay5es, conversas informais com pais, fica claro que alguns encontram-se
desorientados no desafio de educar seus filhos, pensando em auxilia-Ios, abaixo
encontram - S8 dez passos basicos que poderao servir para a constru~o de limites
nesta faixa etaria ( transi~o de 2 para 3 anos de idade). Estes passos nao deverao
necessariamente ser seguidos ao "pe da letra", mas servirao como urn manual para
que as pais e educadores tomem decisoes levando sempre em conta 0 born senso.
~ N_e_c_e_s_sl_a_a_d_eS__ d_e_u_m._a__ c~_m_n_~_a __ . ~
Desde 0 momenta do nascimento a crian98 come98 a estabelecer rela90es com
as pais, familiares, comunidade para poder sobreviver. Ate as quatro anos sla precisa
sentir-se desejada, amada, receber cuidados, prote~o, seguran98, ser apreciada,
explorar, brincar e aprender a cuidar de si mesma, repousar e dormir cerca de 12 horas
por noite.
Nestes primeiros anos de vida tambem surgem problemas de comportamento
que devem ser corrigidos com bom senso.
1. Toda crian98 aprende mais pelo exemplo do que por conselhos, entao quando
a crian9a agredir alguem jamais devera ser agredida pelos pais e sim devera
ser segurada com firmeza sem machuca-Ia e explicar as conseqOencias de
suas atitudes, nesta idade a crianc;a naD consegue controlar seus sentimentos.
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2. Toda crianc;a precisa ser amada, as pais precisam demonstrar afeta, ista nao
tamara 0 tilho mimado e sim contribuin3 para aumentar a sua auto - 85tima,
deste modo a crianc;a ira tarnar - S8 urn adulto confiante em si mesma.
3. Toda crian,a nesta idade para conseguir algo grita, joga-se no chao, esmorece,
cabe aos pais agir com calma neste momento e explicar que 56 conversara com
o filhe depois que este acalmar-se e devera retirar-se de perto do filho para nac
assistir a birra ou suplicar para que a mesma pare, nao deve - S8 ameac;ar
para parar de apresentar tal comportamento, ou para nao continuar assist indo 0
que 0 filho esteja fazendo atender de imediato 0 seu pedido, esta atitude
somente reforyara este mesmo comportamento (birra, choro, escandalo ... )
sempre que a crian98 desejar algo e seus pais nao quiserem atender no exato
momento que deseja.
4. Toda crianc;a testa ate ande val 0 limite de seus pais para realizar eoisas que
nao podera fazer, entao cabe aos pais sempre dizer NA.O e em seguida explicar
como a crian~ devera fazer tal coisa au como nao devera fazer, tentando levar
a crian~ a entender 0 motivo de nao realizar determinadas coisas de sua
maneira, pais podera apresentar perigas, como as pais amam muito seu filho
querem que 0 mesma nao carra risco de acidentes.
5. Toda crianya ao apresentar compartamentas adequados devera ser
parabenizada, ista servira de refaryo positiv~ para as suas atitudes, eimportante tambem comentar com Qutras pessQas Q comportamento adequado
apresentado na presenc;a do mesma.
6. Toda crian9B apresenta camportamentos inadequados, mas se estes nao
estiverem prejudicando ninguem 0 melhor caminho e, ignora-Ios.
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7. Toda crianc;a devera sempre seguir as mesmas regras, naD haver exc8c;oes,
pais S8 ao pais cederem em certos momentos a crianya sera mal educada e a
culpa naD e da mesma e sim dos pais, pais regras devem ser seguidas.
8. Toda crianga tem capacidade de perceber 0 tom de voz utitizado petos pais
perante situ890es que ocorrem, dai a importancia de manter sempre urn ritmo
calma ao conversar com a mesma, casa necessitar chamar a atenyao podera
fazer usa de urn tom mais forte, a crianya automaticamente ira diferenciar que
as pais naD estao aprovando algo que esteja fazendo. Se os pais sempre
falarem nurn tom alto com seus filhos torn a - S8 diflcil as mesmos distinguirem a
diferenya ao serem chamados a aten~o, desaprovando algum comportamento
que estejam apresentando.
9. Toda crianya ao ser deixada aos cuidados dos avos devera identificar 0 que
podenl fazer na casa dos mesmos e 0 que nao podera, e interessante orientar
os avos sobre as regras estabelecidas na casa da crianca, ficando a criterio dos
avos seguir ou nao, porem caso estes deixarem a crianca livre para fazer 0 que
desejar, deverao arcar com as futuras consequencias. Os pais tambem deverao
orientar seus filhos que em cada casa, em cada local, existem regras diferentes,
porem na casa na qual moram seguirao as que fizeram juntos.
10. Toda crianga ao ingressar na escola, principalmente na Iransigiio de dois para
tres anos de idade, tambem encontrara na sua frente muitos obstaculos
relacionados ao seu comportamento, cabe a professora saber lidar com as
reagoes da crianga, seguindo as mesmas orienta96es dadas para os pais.
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6 CONCLUsAo
Precisamente este trabalho revelou questoes importantes sobre 0 processo da
canstru\'iia de limites, redefininda a que reatmente entender-se par limites, para que
servem, quando devem ser aplicados e a maneira de aplica-Ios.
Fai urn enfoque que mostrou realmente que a maieria dos pais e educadores
possuem conhecimentos suficientes relacionados a educayao, porem 80 S8 depararem
com situ890es de falta de Iimites, para evitar transtomos acabam cedendo, justificando
que tomam esta atitude naquele momento para tentar resolver a situ8yao atuaL
Chega-se a definiy80 que as pais e educadores real mente naD conseguem
ajudar a crianc;a a construir limites, pois na maieria das vezes imp6em regras, e estas
naD sao cumpridas. Fica claro para a criany8, que regra naD serve para nada, portando
ao criarem regras pais e educadores deverao estar cientes do cumprimento das
mesmas, tamar a cui dado para nao serem radicais, e importante que a crianc;a perceba
a fun980 da existencia da regra e que real mente esta sera cumprida para levar a
mesma a pensar sabre a atitude apresentada no momenta, sabre a seu mau
comportarnento.
Pode-se dizer, entao que este e urn grande desafio nos dias atuais, educar as
filhas tendo born sensa, preparando - as para a vida individuos seguros, que saibam
tamar decisoes, viver com os outros, trabalhar em equipe ..
Eo bam lembrar que tratanda-se de EDUCA<;:AO, as campartamentas
indesejaveis nao desapareceram de urn momenta para 0 outro, tudo 0 que refere-se a
EDUCA<;:AO leva muita tempo para ser interiarizada, partanta e precisa ter paciencia,
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pais as resultados com certeza serao satisfatorios, e necessaria ser perseverante nos
objetivos propostos, 0 ser humane tern capacidade de aprender com as erras e tragar
urn novo caminho, 56 basta ir a luta.
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REFERENCIAS
CURY, Augusto Jorge. Pais brtthantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro:Sextante, 2003.
GOMIDE, Paula Inez Cunha. Pais presentes, pais ausentes: regras e limites. Rio deJaneiro: Vozes,2004.
TIBA, 198mi.Quem ama, educat Sao Paulo: Gente, 2002.
ZAGURY, Tania. limites sem trauma. Rio de Janeiro: Record, 2003.
FERREIRA, AUrE;lioBuarque de Holanda, Novo Aurelio seculo XX: 0 dicionario dalingua portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1999.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
TIBA, I""mi. Disciplina, limite na medida certa. Sao Paulo: Gente, 1996.
ZAGURY, Tilnia. Os direitos dos pais: construindo cidadao em tempos de crise ..Riode Janeiro: Record, 2004.
LlSBOA, Antonio Marcio Junqueira. 0 seu filho no dia - a - dia: dicas de um pediatraexperiente. Brasilia: Linha Grafica,1997.