alberto carlos de almeida - porque lula derrotou serra - fgvrj 2004
DESCRIPTION
Comentarios e analisesTRANSCRIPT
1
Porque Lula derrotou Serra
Alberto Carlos de Almeida (FGV-Rio) [email protected]
Trabalho a ser apresentado no 4O Encontro Nacional da ABCP - Associação Brasileira de Ciência Política
Área Representação e Partidos Políticos Painel (1) As Elições Presidenciais Brasileiras de 2002: Comportamento Eliotoral
21- 24 julho 2004 – PUC – Rio de Janeiro
2
CAPÍTULO
EXPLICAÇÃO DO VOTO
Na eleição de 1989 o candidato Guilherme Afif Domingues (encontrar o
partido, acho que PL) aumentou bastante sua intenção de voto nas pesquisas
eleitorais entre XX e XX. Neste período ele subiu de de XX para XX. O seu
crescimento foi detido por ataques empreendidos por Mário Covas, candidato do
PSDB, que mostrou em debate qual havia sido o desempenho de Afif durante seu
mandado de Deputado Federal como membro da Assembléia Constituinte que
aprovou a Constituição de 1988. Afif havia ..faltado?..e tirado nota X na avaliação
que o DIAP fez dos parlamentares... Ao dar transparência a este aspecto da vida
pública de Afif, Mário Covas fez com que o candidato despencasse nas pesquisas
de intenção de voto. Afif terminou a disputa em X lugar.
Na campanha presidencial de 1994 o então Ministro da Fazenda Rubens
Ricupero foi gravado fora do ar fazendo declarações consideradas
comprometedoras para a campanha eleitoral do candidato governista, Fernando
Henrique (dizer o conteúdo das declarações. Ver com maior detalhes os dois
episódios, o de 1994 e o de 1998). Foi o episódio da “antena parabólica”. Lula e o
PT exploraram tais declarações em sua propaganda eleitoral gratuita e a imprensa
deu ampla cobertura ao fato, principalmente indicando que aquilo poderia alterar
os rumos de uma campanha que até o referido evento era favorável a FH.
Fernando Henrique venceu as eleições de 1994. Em maio de 1998 um outro
episódio desta natureza foi muito divulgado pela imprensa. Em uma cerimônia o
3
então presidente Fernando Henrique, candidato à reeleição, declarou que quem
se aposentava cedo era vagabundo. Mais uma vez muitos analistas se arvoraram
a afirmar que aquilo iria alterar os rumos da campanha e fazer com que Fernando
Henrique perdesse votos. De novo, apesar das declarações infelizes, Fernando
Henrique foi o vencedor.
Na eleição de 2002 a candidatura de Roseana Sarney foi abatida por um
único escândalo de corrupção no qual foram fotografados maços de dinheiro de
origem não explicada. Na mesma campanha a candidatura de Ciro Gomes, vítima
de vários ataques de xx a xx de xx, também despencou nas pesquisas. Ciro, que
em XX ocupava o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, acabou a
disputa em quarto lugar atrás de Lula, Serra e Garotinho.
O que faz com que um candidato caia nas pesquisas de intenção de voto?
Por que alguns candidatos são mais “blindados” a erros e ataques do que outros?
Por que os ataques contra Guilherme Afif Domingues, Roseana Sarney e Ciro
Gomes levaram-os a perder votos, mas os ataques contra Fernando Henrique não
tiveram o mesmo efeito? A pergunta central vai além disto: por que alguns
candidatos vencem e outros perdem as eleições. Transplantada para 2002 torna-
se uma questão bem mais específica: por que Lula venceu as eleições
presidenciais de 2002?
Os fenômenos sociológicos e políticos apresentam causalidades múltiplas.
Não há, na maioria das vezes, uma única resposta às perguntas sobre as causas
do aumento da criminalidade, da desigualdade ou acerca das causas da melhoria
do desenvolvimento humano. Com eleições não é diferente. A vitória de Lula pode
ser explicada de várias maneiras. Há, por exemplo, as causas não-imediatas:
4
aquelas que formam o cenário da disputa. Elas podem ser de longo prazo, tal
como o processo de moderação e crescimento do PT abordado no capítulo XX, e
de curto prazo, tal como o conflito dentro da aliança governista tema do capítulo
XX. Há, todavia, as causas imediatas: aquelas que motivam o eleitor a votar em
fulano ou cicrano. Elas só podem ser obtidas por meio de pesquisas de opinião
pública.
O Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB) – um survey acadêmico clássico – foi
realizado logo após o segundo turno da eleição de 20021. O ESEB permite
analisar e compreender as razões que levaram os eleitores a votar da maneira
que fizeram. Foram feitas centenas de perguntas para mensurar as inúmeras
dimensões da “cabeça do eleitor” e relacioná-las com o voto. Os fatores
socioeconômicos foram medidos, não somente os fatores clássicos como renda e
escolaridade, mas também outros usualmente não mensurados por pesquisas de
opinião, tal como filiação sindical e religiosidade. O ESEB investigou de maneira
pormenorizada a ideologia do eleitorado. Ideologia compreendida de maneira
ampla, como visão de mundo, como forma pela qual as pessoas concebem os
fenômenos sociais, econômicos e políticos. Dentre outras coisas, investigou-se o
quão favoráveis são os eleitores à regulação da economia pelo governo, à
1 O ESEB foi financiado pela por extenso (CAPES). Número da doação. As informações técnicas sobre o ESEB, incluindo-se a íntegra do questionário, estão no anexo X. Trata-se de um estudo inédito no Brasil e foi realizado dentro dos padrões internacionais de qualidade para pesquisas desta natureza. Pesquisas semelhantes são realizadas em vários países do mundo, e a mais conhecida é o National Election Studies (www.umich.edu/~nes/) feito nos Estados Unidos. Resultados de pesquisas deste tipo em outros países são encontrados em www.umich.edu/~cses/.
5
repressão a protestos, confiança ente as pessoas, ao clientelismo, ao rouba-mas-
faz e ao espírito público2.
Os eleitores também foram diferenciados quanto ao seu nível de apoio à
solução de diferentes problemas. Isto permitiu avaliar se aqueles que votaram em
Lula eram os que mais achavam que o desemprego ou a miséria eram mais
importantes do que a inflação e se aqueles que votaram em Serra pensavam o
oposto. Isto foi denominado de “políticas públicas”, em uma referência a que
políticas públicas seriam mais ou menos apoiadas junto a determinados
segmentos do eleitorado. O impacto da situação da economia foi medido ao se
perguntar aos eleitores se haviam ficado sem emprego nos últimos seis meses ou
se estavam preocupados em perder o emprego no futuro. Esta forma de
mensuração leva em consideração não somente um elemento factual, a situação
da economia, mas também o impacto nas percepções das pessoas. A economia
pode ir mal, mas ainda assim haver aqueles que acham que não perderão o
emprego. Isto pode vir a ter impacto no voto. Outros conjuntos de variáveis
explicativas do voto também estiveram presentes no questionário do ESEB, tais
como as características pessoais dos candidatos, a preferência partidária e a
avaliação do governo Fernando Henrique.
Por que foram estas as variáveis medidas e testadas para explicar o voto?
Porque há uma enorme literatura especializada de ciência política que faz
2 A apresentação detalhada - conceituação, forma de medição, etc. - de todas as variáveis testadas para explicar o voto se encontra no anexo X.
6
justamente isto, avalia como status socioeconômico, ideologia, preferência em
favor de políticas públicas, características dos candidatos, etc. influenciam o voto3.
Não foi realizada uma seleção aleatória de variáveis explicativas, ou uma seleção
baseada apenas em critérios empíricos. Há fundamentação teórica para a escolha
destas variáveis. Foi um conjunto de textos especializados que informou a
elaboração do questionário de pesquisa do ESEB. As teorias de explicação do
voto foram testadas, todavia, modificando-se em alguns casos a forma de
mensuração das variáveis.
A maioria das pesquisas que inspiraram o ESEB foi implementada em
países desenvolvidos. Nestes países o nível educacional formal é bem mais alto
do que no Brasil. Isto resulta que no Brasil as perguntas tendem a ser mais
simples e diretas do que nos países desenvolvidos. Um exemplo é a preferência
por políticas públicas. Eleitorados mais educados tendem a se posicionar com
clareza contra ou a favor da adoção de determinadas medidas para o combate à
inflação. As perguntas são elaboradas não para saber se o combate à inflação é
prioritário face ao combate ao desemprego – isto foi feito no Brasil pelo ESEB –
mas se a maneira A de combater e inflação é mais desejada do que a maneira B
de fazer o mesmo. Assim, as variáveis foram mantidas, mas as medições foram
adaptadas ao contexto brasileiro. Além da adaptação de medições, algumas
outras variáveis foram adicionadas, com destaque para a noção de sociedade
hierárquica, patrimonialismo e clientelismo presentes com força na literatura
sociológica e antropológica brasileira4.
3 Literatura de ciência política que explica o voto ....... 4 Citar Da Matta e outros.
7
O método de análise dos dados e a principais conclusões
Os dados do ESEB foram analisados de acordo com a mesma metodologia
empregada por Shanks e Miller para analisar as duas vitórias de Ronald Reagan
nos Estados Unidos5. Esta metodologia utiliza as regressões lineares de mínimos
quadrados para estimar o impacto de cada variável no voto. Sabe-se que estas
regressões não são as mais adequadas – mas sim as regressões probabilísticas –
para analisar variáveis categóricas tal como é o voto. Em tais casos, as
regressões probabilísticas estimam os parâmetros de maneira mais eficiente e
fornecem uma interpretação mais consistente dos erros padrões dos coeficientes
do que as regressões lineares. Além disso, as regressões de mínimos quadrados,
quando se trata de variáveis dependentes categóricas, assumem de maneira
pouco realista (ainda que levem em conta os pisos e tetos de variação) a
invariabilidade dos efeitos das variáveis explicativas sobre a variável explicada. A
vantagem em utiliza-las é que, ao contrário das regressões probabilísticas, elas
permitem relacionar o impacto que cada variável teve na escolha dos eleitores
com a vantagem agregada (no resultado eleitoral nacional) de Lula sobre seus
adversários.
Para contornar as limitações das regressões lineares foram feitas três
análises idênticas em todos os seus passos, mas com métodos estatísticos
diferentes. A primeira análise é aquela que foi utilizada para as conclusões deste
capítulo e é apresentada em detalhes no anexo X. A segunda foi a análise
5 J. Merrill Shanks e Warren E. Miller, Policy Direction and Performance Evaluation: Complementary Explanations of the Reagan Elections, British Journal of Political Science, Volume 20, n. 2, abril de 1990, 143-235. Os detalhes desta metodologia podem ser encontrados no anexo X.
8
baseada em regressões probabilísticas. E a terceira foi a análise baseada em
regressões de mínimos quadrados que tomou como variável dependente a
diferença das notas dadas para Lula e os outros candidatos. Isto fez com que a
variável dependente fosse contínua. As três diferentes análises convergem em
uma importante conclusão, os efeitos relativos das variáveis explicativas sobre o
voto são similares e não há nenhuma diferença que invalide as conclusões da
análise utilizada para fundamentar este capítulo. Assim, o método adotado
encontra sustentação em outros métodos e ainda permite que sejam estimados os
efeitos de cada variável sobre a vantagem agregada que Lula teve em relação a
seus adversários nos dois turnos. Em suma, por razões práticas o método
estatístico ideal não foi o utilizado para fundamentar as conclusões aqui
apresentadas. Porém, as conclusões obtidas são válidas porque o método ideal foi
testado paralelamente e apresenta resultados semelhantes ao das regressões de
mínimos quadrados.
A primeira conclusão importante da análise da eleição de 2002 é que as
características pessoais dos candidatos foram muito relevantes para a vitória de
Lula. O eleitor brasileiro decide em quem votar considerando vários fatores
diferentes, mas a personalidade do candidato é de todos o mais determinante para
a escolha eleitoral. Duas ressalvas merecem ser feitas. A primeira é a de que esta
e outras conclusões se referem a apenas uma eleição. Ainda que tenha sido
avaliado o comportamento do eleitor em 1998, o ESEB foi feito apenas em 2002.
Na medida em que outras eleições forem estudadas no futuro será possível avaliar
se as características pessoais são importantes sempre ou se são as mais
relevantes em apenas alguns pleitos específicos.
9
A segunda ressalva é acerca do problema metodológico da endogeneidade.
A endogeneidade ocorre quando uma variável explicativa é, na verdade, a
conseqüência e não a causa da variável explicada. Assim, a avaliação pessoal
dos candidatos seria causada pelo voto e não o oposto. É difícil supor que alguém
vote em um candidato que considere não ser o que tem as melhores
características pessoais. Mais do que endogeneidade, o voto e a boa avaliação
deste mesmo político seriam um fenômeno só. Pode acontecer também, na
prática, que os eleitores depois de escolherem um determinado candidato passem
a confiar mais nele e a considerar que ele é o que tem as melhores características
pessoais. Uma terceira possibilidade é que, ao fazerem isto, os eleitores
consolidem e mantenham seu voto. A decisão acerca de qual destas três
possibilidades é a mais correta depende de pesquisas com desenhos
metodológicos complexos que levem em consideração, dentre outras coisas, a
variação no tempo tanto do voto quanto da avaliação pessoal dos candidatos.
Mesmo sem pesquisas desta natureza é possível elencar alguns razões para
relativizar o problema da endogeneidade e validar a conclusão acerca da
importância das características dos candidatos na decisão do voto.
Um primeiro argumento é que o ato de votar ocorre cronologicamente após
todas as demais decisões. Os eleitores primeiro nascem ou adquirem
características socioeconômicas, em seguida são socializados de acordo com
determinadas ideologias, por isso passam a preferir determinadas políticas
públicas, determinados partidos, e passam a avaliar os políticos de determinada
maneira. O voto ocorre apenas depois de todas estas decisões. De fato,
teoricamente o voto é a última decisão. Na prática, porém, sabe-se que um
10
enorme contingente de eleitores decide em quem votar com antecedência. É
possível, assim, que haja uma quase simultaneidade entre considerar alguém
aquele com as melhores características pessoais e votar nele.
Há um argumento empírico contra este fenômeno. As características dos
candidatos são mensuradas e testadas em vários países do mundo e o seu
impacto sobre o voto varia de país para país. Shanks e Miller, por exemplo,
mostraram que nos Estados Unidos dos anos 1980 estas variáveis tiveram um
peso bem menor do que a presente análise aponta para o Brasil de 2002. Nos
Estados Unidos da era Reagan o peso da ideologia foi bem maior do que das
características pessoais e estas foram apenas um pouco mais importantes do que
a posição dos eleitores em relação às políticas públicas. Isto é bastante diferente –
como será visto - do que aconteceu na eleição de Lula em 2002. Caso a
endogeneidade fosse um fenômeno realmente relevante os resultados de Brasil e
Estados Unidos seriam bem mais parecidos. Tamanhas diferenças indicam que os
dois eleitorados decidem em quem votar de maneira oposta. Os norte-americanos
tendem a ser mais “institucionais” e os brasileiros tendem a ser mais
“personalistas”. É possível multiplicar as implicações observáveis da teoria que diz
que norte-americanos e brasileiros divergem na importância que conferem às
pessoas. A antropologia está recheada de tais evidências6.
A importância das características pessoais na escolha eleitoral é indicada
pela tabela 15. Em todos os modelos de análise, com exceção para a análise Lula-
Garotinho, o maior salto do R2 ajustado é no estágio no qual são introduzidas as
6 Citar a Casa e a Rua.
11
características dos candidatos7. O voto em Garotinho é a exceção por causa da
mobilização política dos evangélicos. A religião torna-se o principal fator (neste
caso, uma variável socioeconômica adquirida) na explicação da escolha entre Lula
e Garotinho. Isto não diminui a grande importância dos fatores pessoais para a
decisão do voto.
Uma segunda conclusão importante da análise da opinião pública é que a
ideologia é importante nas escolhas eleitorais. A controvérsia política, jornalística e
acadêmica sobre a importância da ideologia foi finalmente arbitrada em favor de
um papel relevante para a forma como os eleitores vêem o mundo e em particular
a sua visão quanto ao papel do estado na economia. Lula foi eleitoralmente
favorecido pelo peso do eleitorado pró-controle estatal das empresas. Além disso,
os eleitores menos favoráveis à repressão de protestos contra o governo e à
censura tenderam também a votar com mais freqüência em Lula. Todas as
evidências sustentam que a ideologia tem um papel eleitoral relevante, ainda que
seja coadjuvante da avaliação dos traços dos candidatos.
Uma terceira conclusão diz respeito à complexidade da tomada de decisão
dos eleitores. Será revelado que os eleitores brasileiros, em que pese sua baixa
escolaridade formal, estruturam de maneira complexa a sua decisão sobre em
quem votar. Quando a escolha foi entre Lula e Serra, os eleitores mobilizaram
inúmeras variáveis que indicavam se tratar de um embate entre um candidato de
oposição e outro de governo. As características pessoais foram importantes, mas
7 O R2 ajustado aumenta de 0,078 para 0,419 em Lula versus Serra no primeiro turno; de 0,032 para 0,252 na disputa Lula-Ciro; de 0,084 para 0,404 no segundo turno; de 0,66 para 0,197 na eleição de 1998; de 0,153 para 0,535 na comparação entre os votos de oposição versus de governo e de 0,078 para 0,341 na mudança de voto FH-Lula entre 1998 e 2002 quando comparado com o voto no governo nas duas eleições.
12
tiveram um peso relativo menor quando comparadas com sua importância nas
decisões entre Lula e Garotinho ou entre Lula e Ciro. Os eleitores brasileiros são
lógicos, coerentes e decidem de maneira complexa em quem votam.
A tabela 15 revela também que os modelos estatísticos explicam melhor a
diferença de votos entre Lula 98-02 versus FH-98 – Serra-02 do que em qualquer
outro dos sete modelos (explica aproximadamente 65% da variação do voto).
Shanks e Miller obtém 70% de poder explicativo com o modelo que
desenvolveram para a eleição norte-americana de 1984. No segundo turno da
eleição brasileira de 2002 o poder explicativo obtido é da ordem de 47% (tabela
15). Há algumas razões para estas diferenças. A tradição norte-americana de
pesquisa acadêmica eleitoral é bem mais longa e sólida do que a brasileira. Em
segundo lugar, a disputa eleitoral nos Estados Unidos é mais bem estruturada do
que no Brasil. Lá os partidos são mais antigos do que os nossos e funcionam
como colunas vertebrais do embate político. É justamente por isto que o maior
poder explicativo dos modelos para o Brasil ocorre no voto mais estruturado
possível: Lula duas vezes, e governo duas vezes. Assim, a tendência é que com a
crescente estruturação da disputa o passar dos anos leve nossas eleições a
serem mais facilmente explicadas.
Vale enfatizar que estas conclusões dizem respeito a uma só eleição. 2002
pode ter sido diferente de 1998. Nunca saberemos ao certo – ainda que a análise
feita indique semelhanças entre as duas eleições – uma vez que a primeira edição
do ESEB aconteceu em 2002. Há indícios de que as características pessoais são
mais importantes em disputas nas quais não há entre os candidatos aquele que
disputa sua reeleição. Foi isto que aconteceu em 2002. Como em 1998 Fernando
13
Henrique buscava se reeleger é provável que o peso do desempenho do governo
no voto tenha sido bem maior. Novamente, não é possível ter certeza disto. Trata-
se desta limitação básica, as conclusões referem-se apenas à eleição de 2002.
O que explica a vantagem de Lula sobre Serra no primeiro turno8
A ideologia do eleitorado e a avaliação das características pessoais de Lula,
foram os fatores que mais contribuíram para a vantagem de Lula sobre Serra
(Anexo X, tabela 23). Sendo que as características pessoais foram
aproximadamente quatro vezes mais importantes do que a ideologia. O eleitorado
considerava, em sua grande maioria, Lula mais confiável do que Serra. Este
julgamento do eleitorado foi fundamental para que Lula abrisse a vantagem que
abriu não apenas sobre Serra, mas também sobre Garotinho e Ciro (Anexo X,
tabelas 16 a 19).
Todas as análises mostraram que a confiabilidade de Lula foi sempre a
característica mais importante tanto para prever se o eleitor votaria ou não em
Lula, quanto para explicar a vantagem eleitoral do vencedor (Anexo X, tabelas 1 a
4 e tabelas 16 a 19). Esta característica foi sendo construída pela propaganda
política do candidato, pelo marketing político, e graças à guinada empreendida
pelo PT em direção ao centro. O PT do século XXI tinha definitivamente deixado
de ser um partido obreiro e tentava passar para o eleitorado a imagem de partido
confiável para governar. Isto não foi feito sem o esforço de Lula para mudar sua
própria imagem. Os símbolos são tudo na política. Por isso Lula fez várias viagens
ao exterior, encontrou-se com líderes internacionais, buscou defender posições
8 As tabelas 1, 8, 16 e 23 do anexo X contém os resultados da análise estatística que compara o voto entre Lula e Serra no primeiro turno.
14
mais moderadas, e aproximou-se dos grupos empresariais nacionais e
multinacionais. Isto tornava Lula um político mais confiável.
A lista de características pessoais que foram importantes para que Lula
vencesse Serra no primeiro turno é grande. Depois da confiabilidade, o que mais
contribuiu para a vantagem de Lula foi o fato do eleitorado tê-lo considerado o
candidato com o melhor plano de governo. Em seguida, foi o julgamento que o
colocou como aquele que mais defendeu gerar empregos, depois vieram as
características: o mais preparado e competente, o que tinha mais experiência para
governar, honestidade e aquele que fez uma campanha limpa sem atacar os
adversários.
Dentre os 13 mais importantes fatores que vieram a fazer com que Lula
derrotasse Serra no primeiro turno, sete são características pessoais. Em todos
eles a vantagem foi de Lula, ou seja, o eleitorado considerava que Lula tinha mais
aquela característica do que Serra (isto é indicado pelo sinal positivo dos valores
da importância explicativa da tabela 16 do anexo X). “Defender gerar mais
empregos” foi a característica pessoal na qual Lula mais se distanciou de Serra
junto aos eleitores (0,637 na coluna da importância explicativa)9, seguida da
confiabilidade (0,596).
Vale destacar que das sete características pessoais que tiveram o maior
peso na vantagem de Lula sobre Serra no primeiro turno, duas delas tiveram
apenas um efeito indireto no voto, foram elas a honestidade e o fato de Lula ter
9 O valor zero indicaria empate entre os dois candidatos. O valor + 1 indicaria que todos os eleitores consideravam que Lula era mais confiável do que Serra e o valor –1 indicaria o oposto, que todos os eleitores achavam que Serra era o mais confiável. Esta mesma lógica se aplica a todos os outros fatores na leitura das tabelas que apresentam a “média corrigida” ou importância explicativa.
15
sido o candidato que fez a campanha mais limpa. O efeito destas duas variáveis
no voto ocorreu por meio da preferência partidária, e das avaliações do governo
Fernando Henrique (Anexo X, tabela 8). As outras cinco características pessoais
tiveram influência direta no voto.
Há muitos que consideram que a ideologia não é importante nas disputas
eleitorais no Brasil. Os dados do ESEB vieram provar o erro desta avaliação. A
ideologia foi importante tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das
eleições presidenciais de 2002. As posições do eleitorado quanto à privatização,
regulação da economia e o autoritarismo explicam parte da vantagem de Lula
sobre Serra. Quanto mais um eleitor defendia que os setores da economia fossem
controlados pelas empresas particulares, menores eram as chances de que ele
viesse a votar em Lula (isto é representado pelo sinal negativo do “efeito de
ordem-zero” na tabela 16 do anexo X). O mesmo ocorreu para o autoritarismo:
quanto mais autoritário um eleitor era, menores as chances de escolher Lula (sinal
negativo no efeito de ordem-zero). O inverso ocorreu no que tange à regulação da
economia, quanto mais favorável à regulação, maiores eram as chances de que
viesse a votar em Lula e não em Serra.
O eleitor é coerente. Na comparação entre Lula e Serra os que mais
defendiam a presença do governo na economia preferiam Lula e os eleitores mais
liberais preferiam Serra. Por outro lado, quanto mais liberal face aos protestos
contra o governo (é o eleitor menos autoritário), maiores as chances de que este
eleitor viesse a escolher Lula. Aqueles mais favoráveis à repressão de protestos
contra o governo preferiam Serra. Trata-se da divisão clássica entre esquerda e
direta na Europa ou entre liberais e conservadores nos Estados Unidos. A
16
esquerda européia e os liberais norte-americanos querem mais presença do
estado na economia, porém querem menos repressão aos movimentos
organizados. A direita européia e os conservadores norte-americanos desejam
menos governo intervindo na economia, mas querem que o estado restrinja mais
liberdades individuais.
O fato é que o Brasil é uma país anti-liberal (veja-se capítulo sobre a
descrição do eleitorado) e isto contribui para a vitória de Lula. De fato, a maior
parte do eleitorado se opõe ao controle particular das empresas (valor –0,438 da
coluna “importância explicativa” da tabela 16 do anexo X), é autoritário (-0,04) e
defende que o governo regule a economia (0,249). Destas três características
ideológicas, a que menos favoreceu a Lula foi o autoritarismo. Isto porque no
modelo de análise do voto Lula versus Serra no primeiro turno esta não há uma
grande preponderância de autoritários sobre os não-autoritários (o valor 0,04 é
muito próximo de zero e bem menor do que o valor 0,249 que indica o predomínio
dos que são favoráveis à regulação sobre os que são contrários a ela).
A maneira como estes traços ideológicos dividem o eleitorado, e a
coerência do eleitor que, sendo de esquerda tende a votar em um candidato de
esquerda, vieram a contribuir para a vantagem eleitoral de Lula sobre Serra já no
primeiro turno. É interessante perceber que a ideologia foi importante não somente
para a vantagem de Lula, mas veio a contribuir também para que Serra tirasse
votos de Lula. Quanto mais anti-fatalista era o eleitor, maiores as chances de que
viesse a votar em Lula. Porém, no eleitorado predominam os fatalistas (-0,134) o
que veio a fazer com que Serra tirasse votos de Lula. Há também o eleitor que vê
o mundo “cor-de-rosa”, ele avalia bem a maior parte das instituições. Neste caso,
17
quanto mais “cor-de-rosa” o mundo é, maiores as chances de que o voto fosse
para Serra (valor –0,209 na coluna dos efeitos de ordem-zero). Como no
eleitorado predominam aqueles que avaliam positivamente as instituições (valor
0,171 na coluna da importância explicativa), isto acabou fazendo com que Serra
tirasse votos de Lula.
Merece destaque o fato de que das três variáveis ideológicas que
contribuíram para a vantagem de Lula, duas – regulação e autoritarismo - não
apresentaram efeito direto no voto (símbolo # na coluna do efeito direto, tabela
16). Todo o seu efeito ocorreu de maneira indireta, por meio das outras variáveis
introduzidas no modelo nos estágios subseqüentes da análise (Anexo X, tabela 8).
A ideologia do eleitorado e as características pessoais dos candidatos
foram os fatores mais importantes para explicar a vantagem de Lula sobre Serra
no primeiro turno, mas não foram os únicos. Dois temas de campanha – inflação e
corrupção – e a avaliação do governo FH em relação ao principal problema do
país também colocaram lenha na fogueira de Lula. Tanto o combate à corrupção
quanto a manutenção da estabilidade e inflação baixas eram questões
consideradas menos importantes pelo eleitorado do que a melhoria da saúde
pública ou o combate da miséria e da fome (isto é representado na coluna da
importância explicativa pelos valores negativos dos dois primeiros temas e os
valores positivos dos outros dois).
Estes dois temas, e em particular o do combate à inflação, eram
desfavoráveis a Lula. Isto é, quanto mais importantes eram para um determinado
eleitor, menores as chances de que ele viesse a escolher Lula. A grande “sorte” de
Lula é que estes temas não eram, na média, importantes para o eleitorado como
18
um todo. O resultado agregado é que isto se converteu em vantagem eleitoral
para Lula. Na campanha de 2002 a inflação não se tornou um tema importante.
Isto contribuiu para a vitória de Lula, pois, da mesma maneira como ocorrido nas
eleições anteriores, a inflação era o terreno no qual predominava o adversário de
Lula, fosse ele FH ou Serra.
Um tema de campanha que operou favoravelmente a Serra foi o
crescimento econômico (tabela 16: valor negativo na coluna importância
explicativa relativa ao item “fazer a economia crescer mais rapidamente”). Quanto
mais o eleitor era favorável ao crescimento econômico, mais tendia a votar em
Lula. Porém, na média os eleitores de Lula e Serra se preocuparam mais com
outros temas de campanha do que com o crescimento econômico.
Um outro fator importante foi a avaliação do governo FH em relação ao
principal problema do país. Para a grande maioria dos eleitores o principal
problema do país era o desemprego (veja-se capítulos sobre a descrição do
eleitorado) e o governo FH era muito mal avaliado quando se perguntava como ele
havia enfrentado este problema nos últimos quatro anos. A avaliação do governo
FH quanto a principal problema do país era bem pior do que a avaliação geral do
governo (isto é indicado na coluna importância explicativa da tabela 16 quando se
lê que a avaliação quanto ao principal problema era –0,315 e a avaliação geral
0,002). Isto contribuiu para que Lula ampliasse sua vantagem sobre Serra ainda
no primeiro turno.
A vantagem de Lula sobre Serra foi, portanto, um fenômeno complexo com
várias causalidades. Em primeiro lugar se destaca o caráter personalista do voto.
Na escolha entre um candidato do governo e outro da oposição o eleitorado fez
19
valer – em primeiro lugar – as características pessoais dos dois. Além do caráter
personalista da cultura brasileira, o nosso presidencialismo incentiva o eleitor a
avaliar mais o candidato do que o governo. Em 1998 Fernando Henrique disputou
a reeleição. Talvez ali o voto tivesse sido menos personalizado. Porém, em 2002 o
candidato do governo não era o próprio presidente. Era mais racional para eleitor
avaliá-lo em bases mais pessoais e menos institucionais. Ainda mais se
recordarmos que Serra fez uma campanha na qual buscou se afastar do governo
(veja-se capítulo sobre a campanha eleitoral).
O quadro 1 apresenta de maneira resumida os fatores que mais
influenciaram na vantagem agregada de Lula sobre Serra no 1o turno.
Quadro 1: Fatores que influenciaram na vantagem de
Lula sobre Serra no 1o turno
Características pessoais Confiável Melhor plano de governo Mais defende gerar empregos Mais preparado e competente Mais experiência para governar Honesto Campanha limpa Faz mais pelos pobres (pró-Serra) Ideologia Vantagem de Lula Privatização sobre Serra (1o turno) Regulação Autoritarismo Anti-fatalismo (pró-Serra) Avaliação das instituições (pró-Serra) Políticas públicas Inflação Corrupção Crescimento econômico (pró-Serra) Avaliação de FH quanto ao principal problema
20
Além dos fatores típicos de opinião pública, quatro variáveis
socioeconômicas apresentaram um efeito significativo sobre este voto:
religiosidade, idade, filiação a sindicato de membro da família ou residente no
mesmo domicílio e pertencimento à população economicamente ativa. Porém, no
modelo final de análise apenas a religiosidade sobreviveu. Ou seja, depois de
introduzidas todas as demais variáveis o único efeito relevante que permaneceu
foi o da religiosidade: quanto mais religiosa a pessoa, menores as chances de vir
a escolher Lula10.
Além das variáveis importantes na explicação da vantagem eleitoral de Lula
vale analisar aquelas que tiveram importância preditiva, isto é, que ajudaram a
prever em quem o eleitor decidiu votar. Antes de passar a tais variáveis cumpre
esclarecer uma dúvida bastante razoável. Como é possível que um fator venha a
ter poder de previsão, mas não contribua para a vantagem eleitoral? O motivo é
simples. Pode acontecer que o fator que tem poder de previsão, ou seja, que
ajuda bastante a prever em quem o eleitor vai votar, tenha uma distribuição média
junto ao eleitorado que não dê vantagem para nenhum dos dois candidatos, nem
Lula, nem Serra. As médias corrigidas de “gostar do PT” e da “avaliação geral do
governo” (tabela 16) são ambas muito próximas de zero. Isto quer dizer que elas
não contribuíram para a vantagem de Lula sobre serra, ainda que tenham sido
variáveis muito importantes para prever a escolha do eleitor. 10 A análise não trata das variáveis socioeconômicas porque a utilização das mesmas para explicar o voto significa que não foi possível explicar os reais motivos da escolha do eleitor. Ou seja, as pessoas não votam em um candidato por são mais religiosas. Porém, porque são mais religiosas elas pensam de maneira X e as que são menos religiosas pensa da maneira Y. É a diferença na forma de pensar que influencia a decisão de votar e não o fato de ser mais ou menos religiosa. O mesmo é válido para todas as demais variáveis socioeconômicas.
21
Os fatores que mais ajudaram a prever o comportamento do eleitor foram,
na ordem de importância:
1) Confiável - (característica pessoal) 2) Gostar do PT – (preferência partidária) 3) Tem o melhor plano de governo - (característica pessoal) 4) Anti-fatalismo - (ideologia) 5) O mais preparado e competente - (característica pessoal) 6) Privatização - (ideologia) 7) Autoritarismo - (ideologia) 8) Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade – (políticas públicas) 9) Regulação - (ideologia) 10) O que mais defende gerar empregos - (característica pessoal) 11) Avaliação do governo – geral – (avaliação do governo) 12) Mais experiência para governar o Brasil - (característica pessoal) 13) Avaliação das instituições - (ideologia) 14) Melhorar a segurança pública – (políticas públicas)
Quando se trata de prever o comportamento do eleitor o peso relativo das
características pessoais diminui. Isto acontece não porque este conjunto de
variáveis se torne menos importante, antes pelo contrário, mas porque as demais
variáveis ficam mais importantes (Anexo x, tabela 23). A preferência partidária se
destaca neste particular. Ela se torna o terceiro fator mais importante na previsão
do voto, praticamente empatada com o fator segundo colocado – ideologia. Além
disso, todos os demais fatores aumentam sua importância.
Os resultados da análise do poder de previsão revelam que a decisão sobre
em quem votar no primeiro turno, se em Lula ou Serra, foi influenciada por todos
os fatores relevantes pesquisados11: ideologia, políticas públicas, características
pessoais, preferência partidária e desempenho do governo. Foi, portanto, uma
decisão complexa. Este ponto é muito importante porque, como será visto adiante,
11 A única exceção foi a situação da economia que tem um peso preditivo pequeno.
22
a decisão de escolher entre Lula ou Garotinho e entre Lula ou Ciro Gomes não
teve a mesma complexidade. Os perfis políticos de Lula e Serra levaram o eleitor
a considerar um amplo conjunto de fatores para decidir em qual deles votar. O
primeiro um candidato de oposição que buscou fazer uma campanha “paz e
amor”, e até governista em alguns aspectos. O segundo um candidato governista
que buscou ao máximo se afastar do governo durante a campanha eleitoral.
A conclusão-chave é curta e grossa. A ideologia influenciou a escolha,
como também influenciaram as preferências dos eleitores em termos de políticas
públicas, a imagem dos candidatos, a simpatia ou antipatia em relação ao PT e a
avaliação do governo Fernando Henrique. Aqueles que ainda acham que o eleitor
não é racional encontram nesta evidência um contra-argumento forte. Quando se
tratou de decidir entre governo e oposição, mas sendo que o candidato do
governo não disputava a reeleição, o eleitor levou em consideração todas as
variáveis relevantes para tal decisão.
O que explica a vantagem de Lula sobre Garotinho12
Garotinho mobilizou os evangélicos e isto surtiu efeito eleitoral, não apenas
a seu favor, mas também contra ele. O mesmo discurso que traz o voto evangélico
espanta o voto católico. Uma parte importante da vantagem eleitoral de Lula sobre
Garotinho pode ser explicada pelo peso do voto católico em favor de Lula. O
gráfico 1 mostra que, considerando-se os eleitores que votaram ou Lula ou
Garotinho, 91% dos católicos ficaram com Lula e apenas 9% dos que professam
12 12 As tabelas 2, 9, 17 e 23 do anexo X contém os resultados da análise estatística que compara o voto entre Lula e Garotinho no primeiro turno.
23
esta religião optaram por Garotinho. Por outro lado, quase 2/3 dos evangélicos
ficaram com Garotinho e apenas 1/3 dos mesmos votaram em Lula. Como o
contingente de católicos é bem maior do que o de evangélicos, a vantagem que
Garotinho obteve junto aos evangélicos era mais do que neutralizada pela
vantagem de Lula junto aos católicos.
Gráfico 1: Católicos e evangélicos e o voto entre Lula e Garotinho (%)
Além da religião, mais três as variáveis socioeconômicas tiveram peso na
escolha entre Lula e Garotinho: o setor da economia no qual a pessoa trabalhava,
o nível de religiosidade e se a pessoa era filiada a sindicato ou não (Anexo X,
tabela 9). Comparando-se o voto de Garotinho por setor da economia, sua força
eleitoral foi maior entre os empregados do setor terciário do que junto aos
9
91
64
36
0 20 40 60 80 100
Garotinho
Lula
Evangélicos
Católicos
24
empregados da indústria. Este efeito no voto permaneceu mesmo após a inclusão
de todas as demais variáveis do modelo explicativo (isto é indicado pela
significância de 0,005 na última coluna da tabela9). O mesmo pode ser afirmado
para filiação sindical. Neste caso, os filiados votaram em menor proporção em
Garotinho do que os não filiados. Deve ser enfatizado que se o nível de
religiosidade permaneceu importante na explicação do voto entre Lula e Serra,
não ocorreu este fenômeno na escolha entre Garotinho e Lula. Neste caso, o
efeito da religiosidade do voto foi totalmente indireto, foi transmitido por meio das
variáveis subseqüentes do modelo de estágio múltiplo.
A importância dos fatores socioeconômicos na explicação da decisão entre
Lula e Garotinho fez com que as demais variáveis ficassem menos relevantes. Em
primeiro lugar, a explicação da vantagem de Lula sobre Serra no primeiro turno
apresentou um total de 26 variáveis estatisticamente relevantes (tabela 16) ao
passo que a vantagem de Lula sobre Garotinho é explicada por apenas 17
variáveis (tabela 17). Em segundo lugar, o peso explicativo de cada bloco de
variável em bem menor para Lula-Garotinho do que para Lula-Serra (tabela 23). A
rigor, apenas as características pessoais de Lula e Garotinho foram importantes
para a vantagem de um sobre o outro.
Os eleitores consideravam que Lula era mais confiável do que Garotinho e
que, além disso, Lula era o que mais defendia gerar empregos e tinha o melhor
plano de governo. Estes foram os elementos mais importantes para se explicar
tanto a vantagem de Lula sobre Garotinho quanto para prever em quem o eleitor
iria votar. A campanha eleitoral de Garotinho, ainda que tenha tratado do tema do
emprego, não deu uma grande ênfase a isto. Adicionalmente o histórico político
25
dos dois candidatos era diferente. Garotinho buscava fazer de seu desempenho
frente ao Governo do Estado do Rio de Janeiro o principal motivo para que o
eleitor lhe preferisse, enquanto Lula – ex-metelúrgico – sempre se identificou com
as principais causas da “classe trabalhadora”, dentre elas a luta por empregos.
A confiabilidade pessoal é um tema mais subjetivo do que a identidade que
um candidato pode vir a criar o consolidar em relação a um tema de campanha,
como foi o caso da geração de empregos. Este tem sido o elemento-chave da
maioria das campanhas eleitorais, e a eleição presidencial de 2002 não foi
exceção à regra. Lula construiu antes e durante a campanha a imagem de
candidato mais confiável.
Ainda no terreno das características pessoais, houve uma que permitiu a
Garotinho tirar votos de Lula: fazer mais pelos pobres (isto é indicado pelo sinal
negativo na coluna da importância explicativa). O efeito favorável a Garotinho foi
pequeno, mas revelador. O discurso de apelo popular do ex-governador, com
ênfase nas realizações do Governo do Estado do Rio de Janeiro, tais como
refeições a 1 real, tiveram impacto junto aos eleitores.
As características pessoais foram, de longe, as variáveis mais importantes
na escolha entre Lula e Garotinho. Porém, foi possível detectar alguma influência
da ideologia tanto na explicação da vantagem quanto na previsão da escolha. Da
mesma maneira como ocorreu na análise do voto Lula versus Serra, quando o
adversário do petista é Garotinho aqueles favoráveis à privatização tendem a não
votar em Lula (valor negativo na coluna do efeito de ordem-zero). Como a maior
parcela do eleitorado – considerando-se apenas aqueles que votaram ou em Lula
26
ou em Garotinho - é contrário ao controle particular das empresas, este fator levou
Lula a ampliar a vantagem sobre Garotinho.
A outra variável ideológica que influenciou nesta disputa foi a censura.
Quanto mais favorável um eleitor era em relação a censurar programas de
televisão, maiores as chances de que viesse a escolher Garotinho em vez de Lula.
Foi detectado um elemento importante do perfil político de Garotinho que
apresenta pontos de contato com a religiosidade evangélica: se em nome do
sucesso de um governo for necessário algum grau de repressão aos direitos
individuais – a censura representa isto – que assim seja feito. A trajetória política
de Garotinho, ao contrário da de Lula, não guarda relação com a vocalização das
demandas da sociedade organizada. Trata-se de uma importante afinidade entre
Garotinho e Brizola. Há uma forte relação entre ser favorável a reprimir os
protestos contra o governo e ser favorável à censura. Em geral, quem apóia um
também apóia outro. O eleitor de Garotinho não se opõe a este tipo de repressão.
Fica evidente quando se compara os quadros 1 e 2 que os motivos que
explicam a vantagem de Lula sobre Garotinho são bem diferentes daqueles que
explicam a vantagem de Lula sobre Serra. Em primeiro lugar, na disputa Lula-
Serra a decisão foi mais complexa e condicionada por fatores mais variados
(tabela 23). Enquanto na decisão entre Lula e Garotinho o peso maior e quase
exclusivo foi para a comparação das características pessoais dos dois candidatos,
Serra era o candidato do governo e por isso o eleitor levou em consideração –
além das características pessoais - tanto as políticas públicas quanto a avaliação
do governo. Além disso, no caso de Lula e Serra os aspectos ideológicos relativos
à intervenção do estado na economia foram mais importantes (regulação e
27
privatização) do que as limitações às liberdades individuais. Isto era também
reflexo de Serra ter sido o candidato associado a um governo que adotara
políticas de liberalização do mercado.
Quadro 2: Fatores que influenciaram na vantagem de
Lula sobre Garotinho no 1o turno
Não surpreende que a decisão entre Lula e Garotinho tenha sido quase
exclusivamente pautada pela imagem dos dois candidatos. Ambos eram
oposicionistas e não tinham um governo para defender, se afastar ou se
identificar. Diante de dois oposicionistas o eleitor se limitou a comparar suas
características pessoais e escolher aquele mais bem avaliado. Mesmo dentre este
grupo de fatores a decisão entre Lula ou Serra e entre Lula ou Garotinho foi
diferente. No primeiro caso e eleitor considerou uma gama maior de
características pessoais do que no segundo, indicando uma maior complexidade e
ponderação nesta do que naquela escolha.
Uma outra diferença muito importante entre as duas escolhas foi o papel da
religião. Na disputa Lula versus Serra a denominação religiosa foi completamente
Características pessoais Confiável Mais defende gerar empregos Melhor plano de governo Faz mais pelos pobres (pró-Garotinho) Vantagem de Lula Ideologia sobre Garotinho (1o turno) Privatização Censura (pró-Garotinho)
28
irrelevante ao passo que na disputa Lula-Gartotinho ela foi extremamente
importante. Foi tão importante que mesmo após terem sido introduzidas outras 17
variáveis que não eram socioeconômicas o seu impacto direto sobre o voto
permaneceu muito relevante (tabela 9). A pesquisa não permitiu diferenciar que
traços ideológicos ou que preferências diferenciavam católicos e evangélicos ao
ponto de terem votado diferente da forma que o fizeram. As pessoas não votam
mais em Lula do que em Garotinho simplesmente porque são católicas, mas sim
porque em sendo católicas elas pensam de uma determinada maneira que as leva
a escolher mais Lula do que Garotinho. Esta maneira de pensar não foi detectada
pela pesquisa. Porém, é possível avaliar os impactos da mobilização política dos
evangélicos levada a cabo por Garotinho.
Uma hipótese para os católicos terem preferido Lula foi a reação à própria
mobilização evangélica. Como Garotinho se colocava como candidato dos
evangélicos e mobilizava abertamente esta máquina organizacional, os católicos
passaram a vê-lo como uma ameaça. O raciocínio católico pode ter sido simples:
se ele está do lado dos evangélicos nós então não votaremos nele. O interessante
é que muitos analistas viram um grande mérito na capacidade de Garotinho
mobilizar os evangélicos a seu favor. Porém, esqueceram de ver os limites desta
estratégia em função de uma possível reação dos católicos que ainda
representam o contingente religioso francamente dominante no Brasil. Talvez
Garotinho não tivesse sido capaz de ir até onde foi sem a mobilização dos
evangélicos, mas ele não pôde ir além também por causa desta mesma
mobilização. A sua fraqueza derivava de sua força.
29
Quando se passa para a avaliação do poder de previsão das variáveis o
papel das características pessoais permanece muito importante. Dentre as sete
variáveis mais relevantes para se prever o comportamento do eleitor cinco são
características pessoais:
1) Confiável - (característica pessoal) 2) Gostar do PT – (preferência partidária) 3) Faz mais pelos pobres - (característica pessoal) 4) O que mais defende gerar empregos - (característica pessoal) 5) Honesto - (característica pessoal) 6) Tem o melhor plano de governo - (característica pessoal) 7) Censura - (ideologia)
Assim como acontece na escolha entre Lula e Serra a preferência partidária
pelo PT surge com grande poder de previsão da escolha do eleitor. Ela não
aparece também como importante variável explicativa por uma razão. Como a
preferência partidária variou muito durante o período em torno da eleição ela
entrou no final do modelo de estágio múltiplo. Ao entrar no final do modelo a sua
média corrigida no eleitorado, isto é, a proporção de eleitores favoráveis ao PT
após ser descontado o efeito das variáveis que lhe antecedem tende a ser
pequena. Este fenômeno aconteceu durante a campanha eleitoral. As pessoas
que mais achavam que o Lula era o mais confiável dos candidatos eram também
as que mais simpatizavam com o PT. O que veio antes? Simpatizar com o PT ou
achar o Lula confiável? Tudo indica que a admiração pessoal antecedeu o súbito
crescimento da simpatia institucional, pelo PT.
Como foi visto no capítulo sobre a moderação do PT a votação de Lula
sempre foi maior do que a do partido. Adicionalmente, a proporção de eleitores
que se declararam simpáticos ao PT aumentou de aproximadamente 40% no mês
30
anterior à eleição para 66% no mês subseqüente à eleição, sem que a intenção de
voto em Lula tenha crescido nesta proporção neste período13. Portanto, é
plenamente justificável a inclusão da simpatia partidária no final do modelo de
estágios múltiplos.
Em suma, as características pessoais foram mais importantes na escolha
entre Lula e Garotinho do que na escolha entre Lula e Serra. Isto é verdadeiro
tanto para a sua capacidade de explicar a vantagem de Lula sobre seus
adversários quanto para prever o comportamento do eleitor. O eleitor mostra mais
uma vez que sua escolha segue critérios adequados, quando se tratava do
embate entre um candidato de oposição e outro governista ela foi pautada por um
número maior e mais variado de fatores, quando se tratou de dois oposicionistas
ela foi orientada quase que exclusivamente por suas características pessoais.
O que explica a vantagem de Lula sobre Ciro14
Tomando-se como referência a personalização do voto em função do
grande peso das características pessoais dos candidatos, pode-se dizer que a
escolha entre Lula e Ciro ficou a meio caminho da maior personalização possível,
que ocorreu na decisão de votar ou em Lula ou em Garotinho, e a menor
personalização que foi a decisão entre Lula e Serra (veja-se a importância
preditiva na tabela 23).
13 O dado para o mês anterior à eleição é da Pesquisa Social Brasileira (PESB) e o dado pós-eleitoral é do ESEB. Nos dois casos a proporção de eleitores simpáticos ao PT foi calculada sobre o total de eleitores que declararam ter simpatia por algum partido. 14 As tabelas 3, 10, 18 e 23 do anexo X contém os resultados da análise estatística que compara o voto entre Lula e Ciro no primeiro turno.
31
Ao avaliar os extremos da personalização não se pode esquecer que a
importância das características pessoais foi grande para a vantagem de Lula
sobre os três candidatos. Assim, ainda que o peso das características pessoais
tenha sido menor, em uma comparação com a disputa Lula-Garotinho, quando os
eleitores decidiram em favor de Lula contra Ciro, ainda assim os fatores pessoais
foram determinantes para a vantagem de Lula.
Uma vez mais a confiabilidade foi o principal fator que levou o eleitorado a
escolher Lula e não Ciro (tabela 18, importância explicativa de 0,224). Devem ser
recordados os ataques sofridos por Ciro no horário eleitoral gratuito de Serra
(veja-se o capítulo sobre a campanha eleitoral). Todos os ataques visavam fazer
com que Ciro ficasse com a imagem de político não-confiável, uma espécie de
Collor-2. Ciro deu munição para as críticas de Serra, como deu argumentos para
os críticos que o consideravam um político destemperado, sem o devido controle
emocional demandado pelo cargo de presidente. Tudo muito diferente do que se
passou na campanha eleitoral de Lula.
Outras características pessoais foram também importantes para explicar a
vantagem de Lula sobre Ciro. Dentre os sete mais importantes fatores
explicativos, cinco foram características pessoais (Anexo X, tabela 18). Além da
confiabilidade, os eleitores deram vantagem a Lula porque o consideravam aquele
que tinha o melhor plano de governo, o que mais defendia gerar empregos, o mais
preparado e competente e o que tinha mais experiência para governar o Brasil.
Não se trata aqui de discutir se o eleitorado estava correto ou não do ponto de
vista objetivo. Lula levou vantagem em várias destas características não apenas
sobre Ciro, que tinha governado o Ceará, mas também sobre Garotinho, ex-
32
governador do Estado do Rio de Janeiro e sobre um ex-ministro da saúde. A
experiência governativa de Lula era objetivamente menor do que a dos outros três.
Porém, não foi esta a imagem construída na campanha eleitoral. Imagem é tudo.
Duas características pessoais atuaram no sentido de favorecer a Ciro
Gomes: o que mais defende manter a inflação baixa e o que fez uma campanha
limpa sem atacar os adversários. Nos dois casos o efeito total na vantagem de
Lula sobre Ciro foi negativo (tabela 18, coluna do efeito total). Mais uma vez as
características pessoais influenciaram de forma importante o resultado da eleição.
Uma única variável ideológica contribuiu para a vantagem de Lula sobre
Ciro: privatização. O eleitor anti-privatização, isto é, contrário ao controle particular
das empresas preferiu Lula. Como a maior parte do eleitorado defende justamente
este ponto de vista, isto contribuiu para a vantagem de Lula sobre Ciro. É
interessante destacar que esta variável foi importante tanto no primeiro quanto no
segundo turno, tanto no embate Lula versus Serra quanto nos embates do
candidato vencedor contra Garotinho e Ciro. Igualmente interessante é o fato do
efeito desta variável ter sido indireto. Foi um efeito transmitido por meio das
variáveis subseqüentes no modelo de estágios múltiplos. O mesmo fenômeno
aconteceu na disputa entre Lula e Garotinho.
Há uma diferença perceptível na explicação da vantagem de Lula sobre
Ciro quando comparada com os dois pares de votos avaliados anteriormente, a
importância explicativa da simpatia pelo PT é maior. Isto aconteceu porque nos
casos de Serra e Garotinho as outras variáveis do modelo que antecediam a
preferência partidária acabaram por influenciá-la mais do que na disputa entre
Lula e Ciro. Ou seja, a preferência partidária na disputa Lula-Ciro teve um impacto
33
sobre o voto maior porque foi menos influenciada por outras variáveis. Preferia-se
o PT simplesmente porque preferia-se o PT e não em função de fatores como as
características pessoais de Lula ou a ideologia.
Quadro 3: Fatores que influenciaram na vantagem de
Lula sobre Ciro no 1o turno
O crescimento econômico foi um fator de política pública que influenciou na
vantagem de Lula sobre Ciro só que a favor de Ciro. Quanto mais alguém preferia
o crescimento econômico em relação a outras políticas públicas, maiores as
chances de se votar em Lula. Porém, esta preferência era menor do que aquela
expressa por outras políticas (isto é indicado pelo valor negativo na coluna da
importância explicativa da tabela 18). Assim, este fator veio a contribuir para
diminuir a vantagem de Lula sobre Ciro.
Características pessoais Confiável Melhor plano de governo Mais defende gerar empregos Mais preparado e competente Mais experiência para governar Mais defende inflação baixa (pró-Ciro)
Campanha limpa (pró-Ciro) Vantagem de Lula sobre Ciro (1o turno) Ideologia Privatização Preferência pelo PT Políticas públicas Crescimento (pró-Ciro)
34
A disputa Lula-Ciro foi o único embate da eleição de 2002 explicado pela
escolaridade: quanto maior a escolaridade maiores eram as chances de que o
eleitor viesse a escolher Ciro (tabela 10). A importância da escolaridade foi tão
grande que o seu efeito sobre a diferença entre Lula e Ciro permaneceu
importante mesmo após a introdução de outras 19 variáveis explicativas. Este
resultado revela que o eleitorado se dividiu proporcionalmente entre Lula e Serra e
Lula e Garotinho tanto nas escolaridades baixas quanto nas escolaridades mais
altas. Porém, na escolha entre Lula e Ciro houve proporcionalmente mais gente
favorável a Ciro entre os de escolaridade mais elevada, e proporcionalmente mais
eleitores de escolaridade mais baixa votando em Lula.
A análise dos três pares de votos (Lula-Serra, Lula-Garotinho e Lula-Ciro)
revela que a escolaridade não é tão importante quanto se supõe para explicar os
resultados eleitorais. O eleitorado brasileiro se comporta de forma bastante
homogênea quando se trata de escolaridade. Não importa se o nível educacional
é alto ou baixo, a proporção de votos dos candidatos se distribui de maneira
independente da escolaridade. O posicionamento dos eleitores face ao controle
particular ou público das empresas (variável privatização), por exemplo, é muito
mais importante para se compreender o voto do que seu nível educacional. O
mesmo pode ser dito a respeito das características dos candidatos.
Na análise do poder de previsão das variáveis, mais uma vez destacam-se
as características pessoais dos candidatos. Todavia, ao contrário do que ocorre
com Garotinho, o poder de previsão dos outros conjuntos de variáveis é maior. A
preferência pelo PT ocupa o segundo lugar na capacidade de prever se o eleitor
escolheria Lula ou Ciro, seguida de políticas públicas e ideologia (tabela 23). Pode
35
ser visto abaixo que dentre as 10 variáveis com maior poder preditivo, seis são
características pessoais, duas são variáveis ideológicas, uma é política pública e a
preferência partidária ocupa o segundo lugar na ordem de imoprtância:
1) Confiável - (característica pessoal) 2) Gostar do PT – (preferência partidária) 3) Tem o melhor plano de governo - (característica pessoal) 4) O que mais defende gerar empregos - (característica pessoal) 5) Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente – (políticas públicas) 6) O que mais defende manter a inflação baixa - (característica pessoal) 7) O mais preparado e competente - (característica pessoal) 8) Privatização - (ideologia) 9) Confiança interpessoal - (ideologia) 10) Mais experiência para governar o Brasil - (característica pessoal)
O três pares de votos apresentam uma semelhança importante quando se
trata de capacidade de previsão, a confiabilidade de Lula e a preferência pelo PT
ocupam sempre as duas primeiras posições. Uma outra semelhança, já apontada,
é a grande importância da personalização do voto.
No terreno das diferenças destaca-se o papel relevante que a ideologia teve
para prever se o eleitor escolheria Lula ou Serra. Além disso, fica bastante claro
que o voto mais personalizado ocorreu na disputa entre Lula e Garotinho (0,342
de importância preditiva para as características pessoais e 0,199 de importância
preditiva para as demais variáveis somadas) e o menos personalizado na disputa
Lula-Serra (0,584 de importância preditiva para as características pessoais e
0,730 de importância preditiva para as demais variáveis somadas). O embate
Lula-Ciro ficou entre estes dois extremos, porém um pouco mais próximo do
padrão de disputa ocorrido entre Lula e Gatrotinho. Por que isto aconteceu? Em
função das razões já apontadas na interpretação do embate Lula-Garotinho.
36
Lula e Ciro eram dois candidatos de oposição. Como foi visto, quando a
disputa acontece entre dois candidatos de oposição as características pessoais
assumem um papel mais importante do que quando a disputa se dá entre um
oposicionista e um governista. Assim, faz todo sentido o achado: a disputa Lula-
Ciro apesar de se encontrar em um ponto relativamente intermediário entre os
outros dois embates, se assemelha mais à disputa Lula-Garotinho do que ao voto
Lula-Serra. Esta conclusão é reforçada pela capacidade de previsão da avaliação
do governo: ela inexiste na disputa entre Lula e Garotinho é pequena na disputa
entre Lula e Ciro e é bem maior na disputa Lula-Serra (tabela 23). Ainda que Serra
tivesse buscado de maneira incansável afastar-se do governo, o eleitor não deixou
de considerar a avaliação de Fernando Henrique ao escolher entre Serra e Lula. A
disputa do primeiro turno revela, portanto, que há lógica na escolha do eleitor. A
baixa escolaridade média do eleitorado brasileiro não o impede de utilizar os
critérios mais adequados para cada disputa.
O que explica a vantagem de Lula sobre Serra no segundo turno15
A grande questão sobre a disputa Lula-Serra no segundo turno é o que
mudou e o que permaneceu igual em relação ao embate do primeiro turno. Uma
comparação entre os quadros 1 e 4 mostra que há muitas semelhanças entre as
duas disputas. As características pessoais que estiveram presentes nas duas
disputas foram: confiável, melhor plano de governo, mais preparado e competente,
campanha limpa e faz mais pelos pobres. Três características pessoais estiveram
15 As tabelas 4, 11, 19 e 23 do anexo X contém os resultados da análise estatística que compara o voto entre Lula e Serra no segundo turno.
37
presentes somente no primeiro turno (mais defende gerar empregos, mais
experiência para governar e honesto) e uma esteve presente apenas no segundo
turno (mais evita greve e bagunça).
No terreno da ideologia os todos fatores presentes no primeiro turno foram
também relevantes no segundo turno. A única diferença foi que o nacionalismo
econômico favoreceu Serra no segundo turno e não havia sido importante na
primeira rodada da eleição. Nas políticas públicas permaneceu a inflação e
crescimento econômico, mas saiu corrupção e entrou saúde, e a avaliação do
governo em relação ao principal problema do país foi importante nos dois turnos.
Quadro 4: Fatores que influenciaram na vantagem de
Lula sobre Serra no 2o turno
Características pessoais Confiável Melhor plano de governo Mais preparado e competente Mais evita greve e bagunça Campanha limpa Faz mais pelos pobres (pró-Serra) Ideologia Privatização Vantagem de Lula Regulação sobre Serra (2o turno) Autoritarismo Anti-fatalismo (pró-Serra) Nacionalismo econômico (pró-Serra)
Avaliação das instituições (pró-Serra) Políticas públicas Inflação Saúde Crescimento econômico (Pró-Serra) Avaliação de FH quanto ao principal problema
38
Uma outra semelhança importante diz respeito ao peso comparado da
importância explicativa das características pessoais com todas as demais
variáveis somadas. Nota-se que nos dois turnos as demais variáveis tiveram uma
importância explicativa correspondente a 45% da importância explicativa das
características pessoais (tabela 23). Até mesmo na importância preditiva os
valores foram muito próximos. No primeiro turno ideologia, políticas públicas,
situação da economia, preferência partidária e desempenho do governo somados
deram uma contribuição para a previsão da escolha do eleitor 1,25 vezes maior do
que as características pessoais. No segundo turno isto foi 1,13 vezes maior
indicando uma grande semelhança entre os dois turnos.
Obviamente é sempre mais fácil “prever o que já ocorreu” do que prever o
que vai acontecer. As enormes semelhanças entre os dois turnos revelam que as
chances de Serra virar a disputa no segundo turno eram próximas de zero. Na
primeira semana da disputa eleitoral do segundo turno segmentos importantes da
elite brasileira ainda acreditavam que Lula poderia vir a ser derrotado. Somente
após a primeira semana, e considerando os resultados inalterados das pesquisas
eleitorais, estes segmentos passaram a admitir que Lula seria o vencedor. A
grande estabilidade das variáveis que explicam a vantagem de Lula sobre Serra e
que prevêem a escolha do eleitor mostram que apenas uma hecatombe poderia
vir a alterar aquele quadro eleitoral.
Uma outra semelhança entre os dois turnos diz respeito às variáveis que
tiveram o maior peso na capacidade de previsão da escolha eleitoral: elas são as
mesmas da primeira até a sétima. A única diferença é que algumas posições na
escala de importância são alteradas, mas não as duas primeiras como salientado
39
anteriormente. Além destas sete, a avaliação do governo – geral completa o
quadro de semelhanças. Ou seja, dentre as 12 mais importantes variáveis de
previsão do voto no segundo turno, oito também estiveram entre as mais
importantes no primeiro turno.
1) Confiável - (característica pessoal) 2) Gostar do PT – (preferência partidária) 3) O mais preparado e competente - (característica pessoal) 4) Autoritarismo – (ideologia) 5) Tem o melhor plano de governo - (característica pessoal) 6) Privatização – (ideologia) 7) Anti-fatalismo – (ideologia) 8) Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente – (políticas públicas) 9) Avaliação do governo – geral – (desempenho do governo) 10) Nacionalismo econômico – (ideologia) 11) Faz mais pelos pobres - (característica pessoal) 12) Avaliação do governo - principal problema – (desempenho do governo)
Uma diferença relevante entre os dois turnos é que o poder explicativo e
preditivo das variáveis diminui de um turno para o outro. No primeiro turno a
importância explicativa total é da ordem de 0,672 e a capacidade de previsão de
1,314. No segundo turno estes valores são respectivamente 0,394 e 1,204. A
razão disto é que no segundo turno os eleitores que preferiram Garotinho e Ciro
têm que escolher entre Lula e Serra. Eles acabam fazendo esta escolha em
função de motivos secundários, enfraquecendo as principais hipóteses
explicativas. Eles ficam com Lula ou Serra porque a sua primeira opção não está
mais na disputa fazendo da escolha entre os dois algo movido por preferências
fracas. O resultado é que no segundo turno as variáveis socioeconômicas acabam
tendo mais importância do que no primeiro turno.
40
De fato se trata de uma diferença importante. No embate Lula-Serra no
primeiro turno quatro variáveis socioeconômicas entraram no primeiro estágio da
análise e apenas uma – religiosidade – manteve seu efeito direto sobre o voto
após a inclusão das demais variáveis explicativas. No segundo turno foram cinco
as variáveis socioeconômicas no primeiro estágio e três delas mantiveram-se
estatisticamente relevantes até o último estágio: religiosidade, idade e
pertencimento à população economicamente ativa. Quanto mais religiosa a
pessoa menor a chance de se votar em Lula; quanto mais velho também, e
aqueles que pertenciam à população economicamente ativa tendiam a votar em
Lula com mais freqüência (tabela 11).
Uma outra diferença importante entre os dois turnos é que no segundo os
fatores que explicaram a vantagem de Lula sobre Serra se concentraram na
imagem pessoal de mais confiável que Lula tinha e na característica ideológica do
eleitorado de ser contrário ao controle particular das empresas (privatização). A
importância explicativa destes dois fatores é bem maior do que dos fatores
subseqüentes (tabela 19). Já no primeiro turno estes também eram os fatores
mais importantes, porém eles dividiam o bolo explicativo de uma maneira mais
equânime com as demais variáveis relevantes (tabela 16 coluna da importância
explicativa). Isto revela que a decisão do eleitor no segundo turno é um pouco
menos complexa do que no primeiro. O que faz sentido por se tratar de uma
disputa com apenas dois candidatos, com tempos iguais no horário eleitoral
gratuito e sem a massa de informações veiculadas em disputas com eleições para
mais de dois cargos como é o caso do primeiro turno.
41
As diferenças entre os turnos não invalidam conclusões importantes que
servem tanto para o primeiro quanto para o segundo turno. A decisão do eleitor foi
complexa e foram considerados vários fatores, dentre os quais – o mais
importante – as características pessoais dos candidatos seguidas de ideologia,
desempenho do governo e políticas públicas. A preferência pelo PT foi muito
importante, não para dar a Lula vantagem eleitoral, mas para prever em quem o
eleitor votaria.
A eleição de 1998 nas lentes de 2002
O ESEB foi realizado em 2002. A pesquisa foi iniciada dois dias após o
segundo turno e terminou nos últimos dias de dezembro. Os entrevistados
disseram em quem tinham votado em 2002 e em 1998. Isto permite tanto avaliar a
disputa entre Fernando Henrique e Lula quanto analisar quais foram os eleitores
que votaram em Lula em duas eleições consecutivas, quais os que votaram em
FH e Serra e quais foram os que votaram no governo em 1998 e na oposição em
2002. Há uma limitação, porém, para a análise do voto em 1998. Não há pesquisa
equivalente ao ESEB realizada naquela eleição e muitas das variáveis que
explicam o voto em 2002 dizem respeito à conjuntura deste ano.
As variáveis socioeconômicas são pouco problemáticas porque mudam
pouco em quatro anos. Há mudança de religião? Sim. Contudo, mudanças
expressivas levam décadas para acontecer. O mesmo se aplica à filiação sindical
e religiosidade. Fatores como renda, escolaridade e idade também mudam
lentamente. Mesmo mudando, os dados de 2002 quando utilizados para analisar
1998 permitem avaliar se houve diferença no voto dos mais jovens comparados
42
aos mais velhos, dos mais escolarizados frente aos menos instruídos, dos mais
ricos em relação aos mais pobres. Mesmo mudando o valor para cada indivíduo
entre 1998 e 2002, as posições relativas de idade ficam inalteradas e as de renda
e escolaridade se modificam pouco.
O segundo conjunto de variáveis que muda pouco – quando muda – é a
ideologia. Não é de hoje que o eleitorado brasileiro é predominantemente anti-
liberal quando se trata da presença do estado na economia. Mesmo não dispondo
de evidências empíricas equivalentes às produzidas pelo ESEB, como baterias de
perguntas específicas para mensurar o liberalismo do eleitorado, há outros tipos
de evidências que corroboram o diagnóstico anti-liberal. Uma delas é a
importância de Getúlio Vargas na história brasileira e a quantidade e importância
das ruas e avenidas espalhadas em cidades brasileiras que levam o seu nome.
Uma outra é a conhecida predileção dos brasileiros por empregos públicos. Enfim,
há várias evidências quantitativas e qualitativas de nosso anti-liberalismo. O
mesmo que vale para esta ideologia, vale para as demais.
As mudanças ideológicas acontecem em movimentos de longo prazo. Elas
são, na grande maioria das vezes, mudanças entre diferentes gerações. A visão
que as pessoas mais velhas tem da moralidade sexual tende a ser mais
conservadora do que os mais jovens. Isto tem inúmeros impactos no
comportamento: desde a aparição e aceitação do homossexualismo em grande
escala até a diminuição do controle social sobre a mulher. O mesmo tende a
ocorrer com todas as variáveis ideológicas medidas pelo ESEB. Assim, os dados
para 2002 são adequados para analisar o resultado eleitoral de 1998. A
adequação das variáveis de 2002 para entender 1998 termina aqui.
43
Os demais conjuntos de variáveis utilizadas, políticas públicas, situação da
economia, características dos candidatos, preferência partidária e avaliação do
governo tendem a mudar mais em função da conjuntura. Destes, provavelmente o
que menos mude seja “políticas públicas”. Os problemas do país tendem a
perdurar no tempo. Este é o caso do combate à inflação que não acontece de uma
hora para outra, o desemprego e o crescimento econômico, ou a percepção de
que a miséria e a fome devam ser combatidas. Trata-se, para muitos, de
problemas antigos que são sempre importantes. As demais variáveis utilizadas,
porém, tendem a se alterar de acordo com a conjuntura. Com o enorme esforço de
propaganda do PT a imagem de Lula certamente mudou muito em quatro anos.
Ele se tornou mais confiável para a maioria do eleitorado. A avaliação do governo
em 2002 não era a mesma de 1998, assim como a preferência partidária em favor
do PT.
Portanto, a situação da economia de 2002 assim como as características
dos candidatos, preferência partidária e avaliação do governo podem ser utilizadas
para avaliar a eleição de 1998. Contudo, todas as conclusões nelas baseadas
devem ser vistas com cautela. Uma pessoa que em 2002 não considerava Lula o
mais confiável dos candidatos, mesmo após o esforço de marketing do PT,
provavelmente também não o achava o mais confiável quatro anos antes. Esta
breve análise revela que estas variáveis podem ser úteis para entender a eleição
de 1998, mas a sua interpretação ficará – obviamente – diferente e mais indireta
do que quando são utilizadas para explicar o resultado eleitoral de 2002.
As limitações da pesquisa de 2002 para explicar a vantagem de FH sobre
Lula em 1998 são refletidas na importância explicativa de cada conjunto de
44
variáveis (tabela 23). Nota-se que a importância explicativa para a eleição de 1998
é menor do que para todos os resultados de 2002 no primeiro e segundo turnos.
Mesmo com tais limitações os resultados revelam a coerência do eleitorado. Os
eleitores mais favoráveis à censura, que avaliam de maneira mais positiva as
instituições, que se posicionavam a favor do controle particular das empresas, os
mais satisfeitos com os serviços públicos e os mais autoritários tendiam a votar
em Fernando Henrique (isto é indicado pelo sinal positivo do efeito total de cada
variável na tabela 20).
Há uma grande semelhança ideológica entre os eleitores de FH e Serra
(veja-se quadros 1 e 4). Eles são eleitores de direita ao passo que os votaram em
Lula são de esquerda. Esta afirmação foi comprovada pelos dados do ESEB. Não
se trata mais de controvérsia política ou jornalística. Na perspectiva da literatura
especializada há famílias ideológicas entrecortadas: liberalismo ou
intervencionismo na economia , e mais ou menos repressão aos direitos
individuais. O eleitor de direita é aquele que defende menos estado na economia e
mais abertura de mercado combinado com mais autoritarismo na regulação do
comportamento individual, isto sendo feito por meio da censura, repressão a
manifestações, proibição do aborto, dentre outras medidas. Este seria o típico
eleitor do Partido Republicano norte-americano, ou dos partidos de direita
europeus. O eleitor de esquerda é o seu oposto: defende que o estado regule e
intervenha mais na economia, domesticando e fechando o mercado e agindo para
redistribuir renda em favor dos mais pobres, e quer menos autoritarismo na
regulação do comportamento dos indivíduos. Esta análise está sintetizada no
diagrama 1.
45
Diagrama 1: Esquerda e direita segundo liberalismo e autoritarismo
É possível afirmar, portanto, que os dois núcleos ideológicos, liberalismo e
autoritarismo, podem ser combinados para formar um só contínuo que varia entre
esquerda e direita. Igualmente pode-se afirmar, agora com base no ESEB que
Serra e Fernando Henrique ocuparam em 2002 e 1998 a mesma posição, direita,
no confronto com Lula na esquerda. Este é um traço mais permanente do
eleitorado brasileiro. Ideologia não é tudo. O eleitor de centro acaba decidindo a
eleição e as características dos candidatos têm um papel fundamental na sua
escolha.
É assim que mais uma vez a confiabilidade aparece em primeiro lugar na
importância explicativa da vantagem de FH sobre Lula em 1998. Considerando-se
Mais estado na economia
Menos estado na economia
Menos autoritarismo
em relação aos direitos
individuais
Direita
Esquerda
Mais autoritarismo
em relação aos direitos
individuais
46
apenas aqueles que votaram ou em FH ou em Lula naquela eleição, a avaliação
de que Lula era o candidato mais confiável na eleição de 2002 não era
predominante (isto é indicado pelo valor –0,406 da importância explicativa desta
variável). O resultado foi a ampliação da vantagem de FH sobre Lula. Fica
evidente que FH foi muito mais capaz de atrair o eleitor de centro do que Serra,
pois quando a comparação leva em consideração apenas os eleitores ou de Serra
ou de Lula em 2002 a média corrigida da confiabilidade de Lula é positiva. O dado
corrobora o óbvio, o que todos já sabiam, porém agora por meio da característica
pessoal que mais influencia na decisão do voto, a confiabilidade: Lula venceu em
2002 porque foi capaz de atrair uma parcela daqueles que votaram em FH em
1998.
Uma outra característica pessoal de Lula em 2002 ajuda a entender o
resultado de 1998: o mais preparado e competente. Dentre os eleitores de FH ou
Lula em 1998 a maioria achava em 2002 que Lula era o mais preparado e
competente. (0,324 na coluna da importância explicativa). Isto revela que
“confiabilidade” e “estar preparado para governar” estavam relativamente
descolados. Ambas as avaliações de Lula provavelmente melhoraram de 1998
para 2002. Porém, a confiabilidade operou a favor de FH ao passo que a
preparação para governar favoreceu Lula. Isto também reforça todas as
evidências acerca da enorme importância da confiabilidade na decisão do voto.
A outra característica não-ideológica importante para explicar a vantagem
de FH sobre Lula foi a avaliação geral do governo. A avaliação de FH no final de
1998 era melhor do que no final de 2002. Portanto, o provável é que os que
avaliavam mal o governo FH em 1998 também o faziam em 2002 acrescidos de
47
uma parcela de eleitores que em sua reeleição avaliava de maneira positiva o seu
governo. O fato que é a hipótese de que a avaliação do governo importa para
explicar vitórias eleitorais é confirmado por este resultado.
A comparação da capacidade de previsão das variáveis mostra que há
regularidade na decisão dos eleitores.
1) O mais preparado e competente - (característica pessoal) 2) Gostar do PT – (preferência partidária) 3) Avaliação do governo – geral – (desempenho do governo) 4) Confiável - (característica pessoal) 5) Privatização – (ideologia) 6) Autoritarismo – (ideologia) 7) Avaliação das instituições – (ideologia) 8) Patrimonialismo – (ideologia) 9) Rouba-mas-faz – (ideologia) 10) Gerar mais empregos – (políticas públicas) 11) Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade – (políticas públicas) 12) Censura – (ideologia)
No primeiro turno de 2002 a escolha entre Lula ou Serra pôde ser prevista
por variáveis que influenciaram também a decisão entre FH ou Lula. No terreno da
ideologia estes fatores foram: privatização, autoritarismo e avaliação das
instituições. Na área das características pessoais foram a confiabilidade e
considerar Lula o mais preparado e competente. Além disso, gostar do PT, a
avaliação geral do governo e a prioridade na manutenção da estabilidade
econômica e da inflação baixa ajudaram a prever a escolha do eleitor em ambas
as eleições. Neste aspecto a semelhança entre 1998 e 2002 é maior com o
primeiro do que com o segundo turno. Dentre os fatores mais importantes de
previsão há oito que são comuns a 1998 e o primeiro turno de 2002 e apenas seis
comuns com o segundo turno: confiabilidade e ser o mais preparado e
48
competente, autoritarismo e privatização, gostar do PT e a avaliação geral do
desempenho do governo.
As semelhanças entre estas três eleições mostram que a decisão do eleitor
na disputa mais importante – entre o primeiro e o segundo colocados – é
influenciada pelas características dos candidatos, pela ideologia, preferência
partidária em relação ao PT e pela avaliação do governo. Dentre as características
dos candidatos as que mais ajudam a prever o comportamento são a
confiabilidade e ser preparado e competente. O eleitor deseja um político no qual
ele confie e que reúna os requisitos técnicos que o tornem capaz de governar. A
confiabilidade é sistematicamente mais importante do que “ser preparado e
competente”. Foi por isto que na campanha eleitoral de 1989 o crescimento de
Guilherme Afif Domingues foi detido pelas críticas de Mário Covas ao mostrar o
desempenho do deputado federal Afif na Assembléia Constituinte. Faltar às
sessões e receber nota baixa do DIAP, era para o eleitor o símbolo de que Afif não
era confiável. Em 2002 a candidatura de Ciro Gomes foi abatida por uma série de
críticas que simbolizavam a mesma coisa. Destaca-se dentre elas a gravação em
off de Ciro Gomes em um programa de rádio na qual dizia que um eleitor era
burro.
O caráter personalista das eleições brasileiras não é novidade. A principal
novidade da análise é a importância da ideologia nas eleições presidenciais. Ficou
provado que os dois elementos fundamentais da divisão entre esquerda e direita,
que são a visão de mundo quanto ao papel do estado na economia e quanto às
restrições das liberdades individuais, estiveram presentes nas duas eleições. O
fato de apenas uma variável de cada dimensão estar presente nas eleições de
49
1998 e 2002 não diminui a importância desta conclusão. Na realizada, a variável
privatização está correlacionada com regulação: quanto mais alguém é a favor do
controle particular das empresas mais defende que haja menos regulação
econômica. Da mesma forma, há correlação entre autoritarismo e censura, quem
apóia mais restrições às liberdades em uma também apóia em outra e vice-versa.
A ideologia pode não ter – e de fato não tem – um papel predominante (tabela 23).
Porém, isto é bem diferente de afirmar que ela não tem papel algum. Ela divide o
eleitorado e permite prever, na média, em quem os eleitores irão votar, se em Lula
na esquerda ou em FH ou Serra na direita.
O patrimônio construído por Lula e seus correligionários – expresso na
preferência partidária em relação ao PT – tem apresentado resultados eleitorais
importantes. A preferência partidária em relação ao PT compreende tanto os
eleitores que gostam quanto os que rejeitam o partido passando por aqueles que
lhe são indiferentes. O PT é atualmente o único partido que divide a opinião
pública e orienta a escolha do eleitor. A direção da causalidade é óbvia, quanto
mais se gosta do PT maiores as chances de que se venha a votar em seus
candidatos, quanto mais se rejeita o PT maiores as chances de que o escolhido
seja um candidato de direita.
A preferência partidária é influenciada por fatores conjunturais e estruturais.
A enorme popularidade obtida por Lula durante a campanha eleitoral de 2002
levou mais simpatizantes para o PT. Entre 1998 e 2002 Lula passou a ser mais
bem avaliado em todos os aspectos relevantes das características pessoais. Da
mesma forma, a preferência pelo PT aumentou muito quando comparadas
pesquisas feitas antes e depois das eleições de 2002. A correlação entre
50
preferência partidária pelo PT e confiabilidade de Lula estava em patamares muito
elevados depois da eleição (correlação: 0,535. Significante a 0,01). Trata-se, pois,
do impacto do personalismo sobre a visão que os brasileiros têm das instituições.
Há outras evidências que corroboram este diagnóstico: a votação de Lula tem sido
historicamente maior do que a de seu partido, xxx, xxx, xxx.
A ideologia do eleitorado fornece o componente estrutural da preferência
partidária em relação ao PT. No domínio das liberdades individuais os mais
autoritários são mais contra o PT (correlação: -0,155. Sig.: 0.01), e os que apóiam
mais a censura também simpatizam menos com o PT (correlação: -0,041. Sig.:
0.05). No terreno do liberalismo econômico os mais liberais são mais contrários ao
PT (correlação de –0,091 para privatização e 0,114 para regulação, ambas
significativas a 0,01). Em suma, as pessoas de esquerda tendem a gostar do PT e
as de direita a rejeitá-lo. Nesta eleição, porém, as características de Lula (não
apenas confiabilidade) tiveram maior na simpatia partidária do que a ideologia (isto
é indicado pelos valores das correlações). O fato é que a força do PT na opinião
pública se tornou um importante divisor de águas eleitoral.
A outra variável importante nas eleições de 1998 e 2002 para prever o
comportamento do eleitor foi o desempenho do governo. A direção da causalidade
também é óbvia: quanto melhor a avaliação do governo, menores as chances de
que o voto fosse para Lula. Este fato foi muito explorado por FH em 1998 e pouco
utilizado por Serra em 2002. O primeiro disputava sua reeleição e Serra fazia uma
campanha eleitoral coerente com sua história política e com as idéias que sempre
defendera.
51
1998 e 2002: o voto oposicionista, o voto governista e os que trocaram o
governo pela oposição
O ESEB permite identificar – baseado no comportamento eleitoral de 1998
e 2002 – três tipos de eleitor: aquele que votou duas vezes em Lula, aquele que
votou duas vezes no governo, e os que votaram no governo em 1998 e na
oposição em 2002. A grande questão é: há diferenças importantes entre estes
eleitores e, em havendo, quais seriam elas?
Os fatores-chave para explicar a diferença entre os três tipos de voto são,
mais uma vez, ideologia, políticas públicas, características dos candidatos,
preferência pelo PT e avaliação do governo (tabelas 21 e 22). Os fatores
ideológicos mais importantes foram privatização - presente nas duas
comparações: voto oposicionista versus voto governista (tabela 21) e voto de
mudança versus voto governista (tabela 22), autoritarismo, hierarquia, regulação,
anti-fatalismo, avaliação das instituições, confiança interpessoal e nacionalismo
econômico presentes em apenas uma das duas comparações.
Aparecem novamente as variáveis que medem tanto o liberalismo
econômico quanto o autoritarismo face aos direitos individuais. Os que votaram
em Lula nas duas eleições são aqueles que mais e opõem ao controle particular
das empresas, os que votaram e FH e Serra são os que menos se opõem a isto e
os que mudaram de voto ocupam posição intermediária. Exatamente o mesmo
ocorre quando se trata da regulação de economia pelo Estado. Os mudancistas
ocupam a posição de centro, os oposicionistas apóiam mais regulação e os
governistas preferem menos. É algo coerente com que se espera do eleitor.
52
Nos direitos individuais também há coerência. Os que mais são contrários a
reprimir protestos contra o governo votaram duas vezes em Lula, os que mais
defendem que protestos deste tipo sejam proibidos votaram em FH em 1998 e em
Serra em 2002 e os que mudaram de voto ocupam posição intermediária no
defesa da repressão. A censura, ainda que não apareça como um fator importante
na previsão ou explicação do voto nas duas eleições (tabelas 21 e 22), está
correlacionada com o autoritarismo. A censura também varia de maneira coerente
com os tipos de voto. Os governistas são os que mais a apóiam, seguidos
daqueles que mudaram de voto entre uma eleição e outra, e por fim, os
oposicionistas são os que mais se opõem à censura.
No que tange à avaliação da instituições os eleitores governistas são
idênticos aos mudancistas, ambos apresentam o mais elevado nível de boa
avaliação. Distante destes dois grupos de eleitores se encontram aqueles que
votaram em Lula por duas vezes. São eles os que pior avaliam as instituições. O
mesmo tipo de variação ocorre quando se trata do anti-fatalismo. Governistas e
mudancistas têm o mesmo nível de anti-fatalismo e os eleitores fiéis a Lula são os
que mais acreditam que não existe um destino que dependa de Deus. Em suma,
os eleitores de Lula tendem a crer que os homens podem mudar o seu destino e
que as instituições não vêm desempenhando de forma adequada seus respectivos
papéis. Portanto, a combinação destes dois fatores ajuda a explicar porque estas
pessoas votaram em Lula em duas eleições consecutivas.
A interpretação da variação do nacionalismo econômico é mais complexa.
Os mais nacionalistas são os que mantiveram seus respectivos votos nas duas
eleições, ou no governo ou na oposição. Os menos nacionalistas mudaram de FH
53
para Lula entre 1998 e 2002. Este resultado vai contra à teoria que afirma que
quanto mais nacionalista maiores as chances de ser fiel a Lula e quanto menos
nacionalista maiores as chances de se votar no governo. Há duas hipóteses para
explicar este resultado empírico.
A primeira é que a medição de nacionalismo econômico pode não ter sido a
mais adequada e precisaria ser aperfeiçoada. A segunda é que o governo FH,
apesar de abrir o mercado brasileiro para a economia global, tomou medidas anti-
nacionalistas sob o manto de um discurso de defesa do interesse nacional. A
abertura, segundo o governo, estaria sendo feita para inserir o Brasil de cabeça
levantada na economia global. Se o Brasil não a fizesse por bem, teria que a fazer
por mal em condições extremamente desfavoráveis. Este discurso explicaria
porque uma parcela dos eleitores nacionalistas votaram FH 98 – Serra 02. O
candidato José Serra nunca se pautou pela defesa da abertura do mercando
brasileiro ao capital estrangeiro. Da mesma maneira, não é necessário explicar
porque o discurso e as propostas de Lula viriam a atrair os eleitores nacionalistas.
Os valores da hierarquia e confiança nas pessoas apresentam uma relação
um pouco diferente com o voto. As pessoas mais hierárquicas mudaram de FH
para Lula, enquanto os menos hierárquicos votaram duas vezes no governo ou
duas vezes na oposição. Este fenômeno ocorre também quanto à confiança,
aqueles que menos confiam nas pessoas mudaram de voto e os que mais confiam
mantiveram seu voto seja no governo ou na oposição, entre 1998 e 2002.
As três políticas públicas mais importantes na diferenciação destes eleitores
e na explicação do voto foram a manutenção da estabilidade econômica e controle
da inflação, a segurança pública e o crescimento econômico. O controle da
54
inflação era uma questão mais relevante para os eleitores governistas e menos
relevante para os oposicionistas. O mesmo aconteceu em relação à segurança
pública. No que tange ao crescimento econômico, o sinal ficou trocado: os que
votaram em Lula duas vezes consideravam-no mais importante do que os que
votaram em FH e Serra. Nas três políticas públicas os que mudaram de voto entre
uma eleição e outra ficaram na posição de centro, no ponto intermediário entre
oposicionistas e governistas.
O eleitorado brasileiro tem posições matizadas sobre os principais
problemas do país e tais posicionamentos têm impacto no voto. Mais uma vez há
coerência. A política de combate à inflação não apenas elegeu Fernando Henrique
em 1994, como foi a principal questão dos oito anos de seu governo. O governo
sempre mostrou um compromisso claro com a estabilidade e renunciou a políticas
não-sustentáveis de crescimento econômico em nome do combate à inflação.
Crescimento econômico sim, desde que não seja comprometida a estabilidade
monetária. Este foi o principal bordão da equipe econômica da FH. Isto foi
reconhecido pelo eleitorado e se expressa, na prática, no fato de os eleitores mais
favoráveis a estabilidade terem votado em 1998 em FH e em 2002 em Serra.
Olympio Mourão Filho, em suas memórias, referindo-se aos radicais de esquerda
do período quando o Brasil foi governado por João Goulart, afirmou: "deve-se
notar que os extremistas jamais falam em inflação" (p. 178). Feitas as adaptações
de linguagem, os eleitores de esquerda se importam menos com a inflação do que
os eleitores de direita. O mesmo se passa com o tema da segurança pública.
A mão espalmada da propaganda eleitoral de Fernando Henrique em 1994
trazia na ponta de um dedo a segurança. Naquela eleição o governo prometera
55
atacar cinco problemas, a própria segurança, a agricultura, XXX, XXX, e XXX. É
provável que tenha sido na área da segurança pública onde o governo FH menos
realizou nos seus oito anos. Ruim para o governo. O eleitor governista valorizava
mais este problema do que os eleitores de Lula. Ao não tomar medidas concretas
e populares de combate à violência o governo FH deixou aberta mais uma
possibilidade de ser atacado por seus oposicionistas.
O tema da inflação é mais valorizado pelos que votaram em FH e Serra,
mas o crescimento econômico é mais importante para aqueles que votaram em
Lula nas duas eleições. Na economia o cobertor é curto. A política de combate à
inflação pagou o preço do baixo crescimento econômico. Em XXXX o Brasil tinha
crescido XX, um índice muito pequeno quando comparado com os XX de XXX. A
imediata expansão do consumo resultado da queda da inflação não perdurou por
durante os dois mandatos de FH. Antes pelo contrário, o governo acabou
utilizando-se de políticas recessivas para manter calmo o dragão inflacionário.
Terreno fértil para a oposição que aproveitou a oportunidade.
As características dos candidatos variam em uma direção bastante
previsível revelando novamente a enorme coerência e lógica do eleitorado
brasileiro. Em todas as sete características os eleitores que votaram em Lula nas
duas eleições são os que acham que ele é o que mais tem aquele traço pessoal
quando comparado com Serra, Garotinho e Ciro. Em segundo lugar ficam os
eleitores que votaram em FH e Lula, e no extremo da má avaliação de Lula ficam
aqueles que votaram duas vezes no governo.
As últimas variáveis do modelo em estágios múltiplos também apresentam
um padrão de comportamento adequado à teoria. Quanto mais bem avaliado era o
56
governo Fernando Henrique, tanto na avaliação geral quanto na específica ao
principal problema do Brasil, maiores as chances de que o eleitor tivesse votado
duas vezes no governo. No extremo oposto da avaliação de FH ficavam os
eleitores oposicionistas, e na avaliação média estão os que votaram em FH em
1998, mas mudaram para Lula em 2002. O mesmo ocorreu com a simpatia
partidária em relação ao PT.
Os eleitores que votaram duas vezes em Lula também são os mais
favoráveis ao PT. Os eleitores que votaram duas vezes no governo são os que
mais antipatizam com o PT, e aqueles que mudaram de voto entre as duas
eleições apresentam um nível intermediário de preferência pelo PT. Esta é mais
uma evidência a confirmar a importância do PT na vida política brasileira. O
partido organiza as escolhas e, assim, permite prever o comportamento médio dos
eleitores.
Fica evidente que o eleitorado brasileiro apresenta dois núcleos ideológicos
importantes. Um que defende mais repressão aos direitos individuais e menos
intervenção estatal na economia, e outro que defende o inverso. Estes núcleos
dão sustentação mais permanente a, respectivamente, candidatos de direita e de
esquerda. O eleitor de centro precisa ser conquistado a cada eleição. Em 1998 ele
ficou com Fernando Henrique e em 2002 com Lula. As estratégias de
comunicação de cada candidato são peças-chave na conquista deste eleitor.
Da mesma maneira, a avaliação do governo, a simpatia em relação ao PT,
e as características pessoais dos candidatos, permitem que sejam identificados
segmentos de eleitores nos dois extremos – mais permanentemente contrários ou
favoráveis ao PT, ao governo, ou a determinados candidatos – e um outro
57
segmento intermediário, no centro do espectro político. Tanto no terreno da
ideologia, quando destes fatores, há claras indicações de que o embate entre
esquerda e direita tende a ser permanente no Brasil, assim como será a disputa
pelo centro político. O candidato favorito será aquele que for mais capaz de
conquistar o centro político. Até mesmo a preferência por políticas públicas –
estabilidade da moeda versus crescimento econômico – define estes dois
segmentos extremos e um intermediário.
ANEXO AO CAPÍTULO DE EXPLICAÇÃO DO VOTO Escolha e medição das variáveis explicativas e das variáveis resposta Para elaborar um modelo de explicação do voto foram testadas 50 variáveis do
Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB). Cada uma destas variáveis é medida por meio
de uma ou mais perguntas no questionário. Na análise do voto o que se faz é
estimar estatisticamente qual o impacto da variação da variável escolhida no
resultado eleitoral para Presidente da República. Algumas destas variáveis foram
medidas apenas por meio de uma só pergunta, como foi o caso de todas as
variáveis socioeconômicas que formam o bloco temático 1 e também as variáveis
dos blocos 4 até 7, e outras foram medidas por meio de várias perguntas que
vieram a formar um índice. Este foi o caso de 12 (de um total de 15) variáveis
ideológicas. Os quadros 1 a 7 apresentam cada uma das variáveis explicativas
testadas, o que foi mensurado, qual o número da(s) pergunta(s) utilizada(s) no
questionário (anexo x), os valores que a variável pode assumir ou o significado de
58
sua variação e por fim amplitude dos escores das variáveis. As variáveis resposta
são apresentadas no quadro 8.
No quadro 1 se nota que a religião foi testada, mas apenas a divisão entre
católicos e evangélicos pentecostais. Isto se deve ao fato do candidato Garotinho
ter mobilizado as diferentes denominações evangélicas em sua campanha
presidencial. As variáveis cor, escolaridade, filiação sindical, idade, peã,
religiosidade, setor da economia e sexo, foram medidas da forma tradicional e
padronizada. As duas variáveis de renda foram mensuradas na moeda local e o
eleitorado foi classificado em faixas de renda que compreendem a mesma
proporção de eleitores: 20% em cada faixa.
59
QUADRO 1
Bloco temático 1: situação socioeconômica O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário Valores da variável
Amplitude de variação dos
escores 1 Católicos e evangélicos A religião: se católica ou evangélica
pentecostal 182 Católica ou evangélica pentecostal -1 a +1
2 Cor Autoclassificação de cor 189 Preto, pardo, branco, amarelo e índio -1 a +1 3 Escolaridade Nível de instrução formal
159 Sem instrução, até 4a. série primária, de
5a. a 8a. série, 2o. grau completo, superior completo ou mais
-1 a +1
4 Filiado a sindicato Se é filiado a sindicato 78.a Sim ou não -1 a +1 5 Filiado a sindicato -
família ou que mora na casa
Se há algum parente ou alguém que mora com o entrevistado filiado a sindicato 160 Sim ou não -1 a +1
6 Idade Idade 157 Faixas de idade: 16 a 24 / 25 a 34 / 35 a
44 / 45 a 59 / 60 ou mais -1 a +1
7 Peã Se pertence à população economicamente ativa
162 (recodificada) Sim ou não -1 a +1
8 Religiosidade Qual o grau de religiosidade 185 Muito religiosa, religiosa, um pouco
religiosa ou nada religiosa -1 a +1
9 Renda familiar Soma da renda de todos os membros da família 176
Até 299 reais / de 300 a 499 / de 500 a 800 / de 801 a 1599 / acima de 1600
reais -1 a +1
10 Renda individual Renda do entrevistado 175 Até 80 reais / de 81 a 200 / de 201 a 400
/ de 401 a 800 / acima de 800 reais -1 a +1
11 Setor da economia Setor da economia no qual estava empregado 166 Primário / secundário / terciário -1 a +1 12 Sexo Sexo 158 Masculino / feminino -1 a +1
60
O quadro 2 apresenta as 15 variáveis ideológicas testadas. Para todas as
variáveis mensuradas por mais de uma pergunta foram feitos índices. Assim, o
índice de autoritarismo mede o nível de apoio à repressão de protestos contra o
governo. Alguns são protestos legais e outros ilegais. É um índice inspirado no
índice de tolerância desenvolvido por Stouffer e adotado nas pesquisas do
International Social Survey Program (ISSP). São apresentados sete tipos de
protestos contra o governo e pede-se ao entrevistado que diga para cada um se
deve ser: sempre permitido, permitido na maioria das vezes, proibido na maioria
das vezes ou sempre proibido.
Quanto mais alto o valor, mais autoritária é a pessoa. Na computação original do
índice16, como são 7 modalidades de protesto e o “sempre proibido” é 4 a pessoa
mais autoritária irá pontuar 28 e a menos autoritária irá totalizar 7 (=7x1).
No índice de avaliação das instituições o entrevistado avaliava 10 instituições por
meio da escala ótimo, bom, ruim e péssimo. Foi aceita a resposta “regular”, mas
ela não foi mencionada como opção de resposta estimulada. Caso o entrevistado
respondesse “regular”, solicitava-se que ele escolhesse entre “regular para bom”
ou “regular para ruim”. Aquele que melhor avaliou todas as instituições pontuou 60
(máximo) e o que pior as avaliou pontuou 10 (mínimo).
16 Na explicação das variáveis ideológicas mensuradas por mais de uma pergunta será feita referência aos escores obtidos na computação original de cada índice. Porém, em função de razões estatísticas e metodológicas, todas as variáveis, e não apenas as ideológicas, foram centradas em zero e foram feitas variar entre –1 e +1.
61
QUADRO 2
Bloco temático 2: ideologia O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário Valores da variável
Amplitude de variação dos
escores 1 Autoritarismo O nível de apoio à repressão de
protestos contra o governo. 111 Quanto mais alto o valor, mais autoritária é a pessoa. -1 a +1
2 Avaliação das instituições
Avaliação do desempenho de diversas instituições 131 Quanto mais alto o valor melhor a
avaliação -1 a +1
3 Censura O nível de apoio à censura de programas de televisão 106 Quanto mais alto o valor, mais favorável
à censura -1 a +1
4 Clientelismo O nível de apoio à troca de voto por favores
93 / 95 / 101 / 103
Quanto mais alto o valor, mais favorável ao clientelismo -1 a +1
5 Confiança interpessoal O nível de confiança entre as pessoas 130 Quanto mais alto o valor, maior a confiança nas pessoas -1 a +1
6 Ausência de espírito público
Se está disposto a colaborar com o governo 122 Quanto mais alto o valor, menor o
espírito público -1 a +1
7 Anti-fatalismo Se acha que o destino não existe 121 Quanto mais alto o valor, mais acha que o destino não existe -1 a +1
8 Hierarquia Nível de visão de mundo hierárquica 113 até 119 Quanto mais alto o valor, mais forte é a visão de mundo hierárquica -1 a +1
9 Nacionalismo econômico
O apoio fechamento do mercado interno nas relações econômicas 109 Quanto mais alto o valor, mais
nacionalista -1 a +1
10 Patrimonialismo O apoio à utilização do espaço público como se fosse algo particular
110e / 110g / 110h / 110i
Quanto mais alto o valor, mais patrimonialista -1 a +1
11 Privatização O apoio ao controle particular das empresas 107 Quanto mais alto o valor, mais favorável
ao controle particular das empresas -1 a +1
12 Regulação O apoio à regulação da economia pelo estado/governo 108 Quanto mais alto o valor, mais favorável
à regulação estatal da economia -1 a +1
13 Rouba-mas-faz A aceitação de algum grau de desvio de dinheiro público em troca de realizações
105a até 105c / 105f até 105k
Quanto mais alto o valor, mais favorável ao rouba-mas-faz -1 a +1
14 Satisfação com os serviços públicos
O nível de satisfação com os serviços públicos 125 Quanto mais alto o valor, maior a
satisfação -1 a +1
15 Se a lei deve ser sempre cumprida
O nível de apoio ao cumprimento da lei 120 Quanto mais alto o valor, menos deve ser cumprida -1 a +1
62
O índice de censura mede o nível de apoio à censura de programas de televisão
segundo seu conteúdo. Foram apresentados diferentes conteúdos de programas
de televisão afirmando-se que eles devem ser proibidos, o entrevistado utilizou a
escala concorda muito/concorda um pouco/discorda um pouco/discorda muito
para cada uma das situações. Foi aceita a resposta “nem concorda nem discorda”,
mas ela não foi mencionada como opção de resposta estimulada.
Quanto mais alto o valor, maior o apoio à censura. Como são 4 situações e o
concorda muito é 5 a pessoa mais favorável à censura pontuou 20 e a menos irá
totalizar 4 (=4x1).
No índice de clientelismo foi mensurado o apoio à troca de votos por favores.
“Favor” compreendido como algo particularista, privado, em oposição a benefícios
públicos. Foram apresentadas situações nas quais um candidato oferece um favor
em troca de voto. A proposta é feita para uma pessoa qualquer. O entrevistado diz
o que esta pessoa deve fazer: se aceitar o favor e votar no candidato que o
oferece, ou não aceitar o favor e votar em outro candidato.
Foram utilizadas quatro perguntas. Assim, a pontuação máxima original do índice
é 8 e a mínima 4.
Nesta bateria de perguntas não foi oferecida como opção de resposta aceitar o
favor e votar em outro candidato. Isto ocorre porque tais respostas não poderiam
ser interpretadas nem como adesão à ética clientelista nem como sua rejeição. É
63
o mesmo que dar uma escolha que tem benefícios, mas nenhum custo. Seria
equivalente a formular uma pergunta sobre impostos nas quais as opções de
respostas fossem: 1) não pagar impostos e ter mais dinheiro para contratar todos
os serviços privadamente, 2) pagar mais impostos e ter serviços públicos gratuitos
de alta qualidade, ou 3) não pagar impostos e ter serviços públicos gratuitos de
alta qualidade. A terceira resposta não permite que seja feita uma análise correta,
posto que há benefícios sem custos.
O índice de confiança interpessoal mede o quanto as pessoas confiam umas nas
outras. Os entrevistados disseram se confiam em três diferentes grupos de
pessoas. Para isso eles utilizaram a escala “confia muito // confia // confia pouco //
ou não confia”. Quem confia mais nas pessoas pontuou 12 e quem confia menos
pontuou 3.
A ausência de espírito público, o anti-fatalismo, e o nível de adesão ao
cumprimento da lei foram mensurados por meio de somente uma pergunta cada
um. Na ausência de espírito público buscou-se mensurar o quanto as pessoas
estão dispostas a contribuir com o governo para zelar pelo espaço público. No
anti-fatalismo buscou-se avaliar se o que as pessoas pensam sobre o destino, em
um extremo da escala se o destino existe e depende completamente de Deus, e
no outro extremo se não há destino. A satisfação com os serviços públicos foi
medida por meio de uma nota que o entrevistado dava aos serviços públicos no
Brasil. No nível de adesão ao cumprimento da lei tentou-se avaliar o grau de
aceitação da lei, a sua legitimidade.
64
Por meio do índice de hierarquia foi mensurada a visão de mundo hierárquica.
Hierarquia como diferenças de papéis baseadas na posição social. Não se trata da
hierarquia de renda baseada no mérito típica da cultura anglo-saxã. É um conceito
que deriva dos textos de Roberto Da Matta e tem como ícone a expressão “você
sabe com quem está falando?” Neste caso, pessoas importantes e bem
relacionadas (na situação específica) recebem tratamento diferenciado, e as
demais pessoas são tratadas de forma impessoal pela regra ou lei.
Para formar o índice de hierarquia foram utilizadas sete perguntas nas quais o
entrevistado se manifestou quanto ao que deve acontecer em situações
específicas. As pessoas mais hierárquicas tendem a afirmar que pessoas de
origem social mais baixa (ou menor prestígio social) devem ter um tratamento
diferente de pessoas de outra origem social.
O índice de nacionalismo econômico foi criado para medir o apoio nacionalismo
econômico como restrição a trocas externas de fatores de produção e aceitação
de recursos externos. Foram apresentadas sete situações e se solicitou ao
entrevistado que utilizasse a escala concorda muito/concorda um pouco/discorda
um pouco/discorda muito para cada uma delas. Foi aceita a resposta “nem
concorda nem discorda”, mas ela não foi mencionada como opção de resposta
estimulada.
65
Quanto mais alto o valor, mais nacionalista é a pessoa. Como foram 7
frases/situações e o concorda muito é 5 a pessoa mais nacionalista pontuou 35 e
a menos nacionalista totalizou 7 (=7x1). Os itens c, d, g tiveram que ser revertidos
na codificação para que o valor mais elevado correspondesse ao mais
nacionalista.
Por meio do índice de partimonialismo foi medido o apoio à utilização do espaço
público como se fosse algo privado e particular. Parte-se da concepção de que o
público é de todos e o privado/particular diz respeito a cada indivíduo. A utilização
privada do que é público chama-se patrimonialismo. É importante notar que a
noção de público utilizada na bateria de perguntas vai além de público como
sinônimo de algo do governo ou governamental. Público é tudo o que não diz
respeito, ou não pertence, exclusivamente ao indivíduo em questão.
Foram apresentadas quatro situações e o entrevistado utilizou a escala concorda
muito/concorda um pouco/discorda um pouco/discorda muito para cada uma
delas. Foi aceita a resposta “nem concorda nem discorda”, mas ela não foi
mencionada como opção de resposta estimulada.
Quanto mais alto o valor, mais “patrimonialista” é a pessoa. Como são 4 situações
e o concorda muito é 5 a pessoa mais “patrimonialista“ irá pontuou 20 e a menos
“patrimonialista” irá totalizou 4 (=4x1). As respostas tiveram que ser revertidas na
codificação para que o valor mais elevado correspondesse ao mais
“patrimonialista”.
66
No índice de privatização foi mensurado o apoio à forma de controle de empresas,
se particular ou estatal. Foi perguntado para os entrevistados quem deveria fazer
atividades em diferentes áreas (educação, previdência, telefonia, etc): se somente
o governo ou se somente as empresas. Foi aceita a resposta “ambas”, mas ela
não foi mencionada como opção de resposta estimulada. Quanto mais alto o valor,
mais a favor do controle particular/privado é a pessoa. Como foram utilizados 14
itens a pessoa mais liberal pontuou 28 e a menos liberal totalizou zero
Por meio do índice de regulação foi medido o apoio à regulação da economia pelo
estado/governo, em oposição a uma economia na qual as decisões são tomadas
pelas empresas e entidades privadas. Foram apresentadas sete situações e os
entrevistados utilizaram a escala concorda muito/concorda um pouco/discorda um
pouco/discorda muito para cada uma delas. Foi aceita a resposta “nem concorda
nem discorda”, mas ela não foi mencionada como opção de resposta estimulada.
Quanto mais alto o valor, mais liberal é a pessoa. Como são 7 situações e o
concorda muito é 5 a pessoa mais liberal pontuou 35 e a menos liberal totalizou 7
(=7x1). Os itens a, b, d, e, g foram revertidos na codificação para que o valor mais
elevado correspondesse ao mais liberal.
O índice de rouba-mas-faz mede por meio de situações específicas a ideologia
das pessoas em relação a algo muito conhecido na política brasileira: a aceitação
de algum grau de desvio de dinheiro público em troca de realizações, obras e de
67
um governo que faça. Foram apresentadas 9 situações e o entrevistado utilizou a
escala concorda muito/concorda um pouco/discorda um pouco/discorda muito
para cada uma delas. Foi aceita a resposta “nem concorda nem discorda”, mas ela
não foi mencionada como opção de resposta estimulada.
Quanto mais alto o valor, maior o apoio ao “rouba-mas-faz”. Como são 9 situações
e o concorda muito é 5 a pessoa que mais aceita isto pontuou 55 e a que menos
aceita o “rouba-mas-faz” totalizou 9 (=9x1).
O índice de satisfação com os serviços públicos é uma média simples das notas
dadas a 11 diferentes serviços públicos. As notas variavam de zero a 10, e
portanto, o índice originalmente varia desta maneira.
O quadro 3 apresenta as variáveis utilizadas para medir a preferência do
eleitorado em relação a diferentes políticas públicas. A técnica utilizada para isto
foi bastante diferente daquela que resultou nos índices de ideologia. Foram
selecionadas oito políticas públicas e foi perguntado aos entrevistados,
comparando-se duas políticas de cada vez, qual delas era a mais importante para
melhorar o Brasil (perguntas 91a até 91j). Para cada pergunta foi computado
quantas vezes uma determinada política era mencionada como sendo a mais
importante na comparação. Em seguida, foi obtida uma média do número de
menções considerando-se quantas vezes aquela política aparece na bateria de
perguntas. Desta forma, o resultado final será uma hierarquia de prioridades para
cada pessoa entrevistada.
68
QUADRO 3
Bloco temático 3: políticas públicas O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário Valores da variável
Amplitude de variação dos
escores 1 Inflação Nível de prioridade de
combate à inflação 91 Quanto mais alto, maior a prioridade -1 a +1
2 Crescimento econômico Nível de prioridade do fomento ao crescimento econômico 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
3 Segurança pública Nível de prioridade do combate à violência 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
4 Miséria e fome Nível de prioridade do combate à miséria e à fome 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
5 Saúde pública Nível de prioridade da melhoria da saúde pública 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
6 Corrupção Nível de prioridade do combate à corrupção 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
7 Empregos Nível de prioridade da geração de empregos 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
8 Educação Nível de prioridade da melhoria da educação 91 Quanto mais alto, maior a
prioridade -1 a +1
69
O quadro 4 apresenta as variáveis que medem o impacto da situação da
economia na vida dos eleitores. É importante avaliar o que exatamente as duas
perguntas medem e deixam de medir. A pergunta 167 não mede se a
economia vai bem ou vai mal de fato. Ela mede a percepção das pessoas
acerca de seu risco de perder o emprego. É fato que esta percepção é
influenciada pela situação objetiva da economia. Porém, há outros fatores que
influenciam nesta percepção, como, por exemplo, se há maior ou menor
exposição às notícias econômicas veiculadas pela mídia.
Quadro 4
Bloco temático 4: situação da economia O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário
Valores da
variável
Amplitude de variação dos
escores 1 Esteve sem
emprego Se esteve sem emprego nos últimos 6 meses
168 Sim ou não -1 a +1
2 Preocupado em perder o emprego
Se está preocupado em perder o emprego nos próximos 6 meses
167 Sim ou não -1 a +1
Por outro lado, a pergunta 168 mede se de fato a pessoa esteve sem
emprego. É possível que uma pessoa que fique sem emprego durante um
período de campanha eleitoral venha atribuir isto às políticas governamentais e
conseqüentemente vote contra o governo. A inclusão desta variável na análise
permite avaliar se isto se verificou na campanha presidencial de 2002.
O quadro 5 apresenta as variáveis de características pessoais dos
candidatos. Para cada uma delas foi perguntado qual dos quatro candidatos,
Lula, Serra, Garotinho e Ciro, tinha mais aquela característica. Em seguida qual
deles a tinha em segundo e terceiro lugares respectivamente. A pergunta
combina características exclusivamente pessoais com a personalização de
70
QUADRO 5
Bloco temático 5: características dos candidatos O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário Valores da variável
Amplitude de variação dos escores
1 Confiável Qual candidato é o mais confiável 92a Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
2 O mais preparado e competente
Qual candidato é o mais preparado e competente 92g Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
3 Tem o melhor plano de governo
Qual candidato tem o melhor plano de governo
92e Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta característica do que os outros candidatos -1 a +1
4 Honesto Qual candidato é o mais honesto 92c Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
5 Mais experiência para governar o Brasil
Qual candidato tem mais experiencia para governar o Brasil
92d Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta característica do que os outros candidatos -1 a +1
6 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários
Qual candidato fez a campanha mais limpa 92f Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
7 O que mais defende gerar empregos
Qual candidato mais defende gerar empregos 92i Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
8 O que mais defende manter a inflação baixa
Qual candidato mais defende manter a inflação baixa
92j Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta característica do que os outros candidatos -1 a +1
9 Faz mais pelos pobres
Qual candidato faz mais pelos pobres 92b Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
10 O que mais evita greve e bagunça
Qual candidato evita mais greves e bagunça 92h Quanto mais alto o valor, mais Lula tem mais esta
característica do que os outros candidatos -1 a +1
71
fatores que podem vir a ser considerados impessoais, tais como “plano de
governo” ou “manter a inflação baixa”. O fato é que perguntar qual candidato
vai manter a inflação baixa é diferente de pergunta se a inflação deve ser
combatida e com qual prioridade. No primeiro caso o entrevistado raciocina de
maneira personalizada avaliando a imagem de cada candidato vis-á-vis uma
determinada política pública. Alguns candidatos são mais e outros menos
capazes de associarem sua imagem a determinados temas.
Os quadros 6 e 7 apresentam os últimos dois blocos de variáveis. No
bloco 6 há apenas uma variável, a que mensura a simpatia pelo PT. Isto foi
feito solicitando ao entrevistado que dissesse se não gostava ou gostava muito
do PT, sendo, na escala original, o não gostar igual a zero e o gostar igual a
10.Os respondentes podiam utilizar qualquer número de 0 a 10 para expressar
sua simpatia pelo PT.
QUADRO 6
Bloco temático 6: preferência partidária
O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário
Valores da variável
Amplitude de variação dos
escores 1 Gostar do PT Nível de simpatia
pelo PT 42a Quanto mais alto, mais gosta do PT -1 a +1
QUADRO 7
Bloco temático 7: desempenho do governo O que foi mensurado
Número da pergunta no questionário
Valores da variável
Amplitude de variação dos
escores 1 Avaliação do
governo - geral Avaliação do desempenho do governo Fernando Henrique
18 Quanto mais alto, melhor o desempenho
-1 a +1
2 Avaliação do governo - principal problema
Avaliação do desempenho do governo Fernando Henrique face ao que é considerado o principal problema do país
17 Quanto mais alto, melhor o desempenho
-1 a +1
72
O quadro 7 apresenta a variável clássica de avaliação do desempenho
do governo (pergunta 18) e uma outra que avalia o desempenho do governo
em relação àquele que o entrevistado considera ser o maior problema do
Brasil. Neste caso foi perguntado antes qual era o maior problema do Brasil e
em seguida qual havia sido o desempenho do governo Fernando Henrique face
a tal problema.
O quadro 8 apresenta as variáveis resposta da análise numeradas de
modelo 1 até 7. O objetivo foi explicar os motivos da vantagem de Lula em
relação a seus adversários. As três primeiras variáveis dizem respeito ao
primeiro turno das eleições presidenciais de 2002. A quarta variável mede a
distância entre Lula e Serra no segundo turno. A quinta variável mede a
vantagem de Fernando Henrique sobre Lula na eleição de 1998. As outras
duas variáveis permitem comparar os eleitores de duas eleições consecutivas,
1998 e 2002, para as quais é possível identificar três padrões de voto: o eleitor
governista, que ficou com Fernando Henrique em 1998 e Serra em 2002, o
eleitor oposicionista, que votou em Lula em ambos os pleitos, e o eleitor de
centro, aquele que define a eleição, aquele que foi o responsável por dar a
vitória a Lula em 2002 depois de ter votado em Fernando Henrique em 1998.
Nota-se que em todos os casos codificou-se +1 para o percentual de
respostas mais elevado (o vitorioso nas eleições) e –1 para o percentual de
respostas mais baixo. Esta codificação permite que seja utilizada a regressão
de mínimos quadrados para estimar qual o impacto de cada variável explicativa
na vantagem que Lula teve sobre seus adversários, assim como na diferença
entro os tipos de voto 1998-2002.
73
QUADRO 8
Modelo Variável Codificação Número da pergunta no questionário
1 Vantagem de Lula em relação a Serra - 1 turno
Lula = +1 e Serra = -1 7
2 Vantagem de Lula em relação a Garotinho - 1 turno
Lula = +1 e Garotinho = -2 7
3 Vantagem de Lula em relação a Ciro - 1 turno
Lula = +1 e Ciro = -3 7
4 Vantagem de Lula em relação a Serra - 2 turno
Lula = +1 e Serra = -4 8
5 Vantagem de F. Henrique em relação a Lula em 1998
FH = +1 e Lula = -1
6 Vantagem do voto Lula98-Lula02 versus FH98-Serra02
Lula98-Lula02 = +1 e FH98-Serra02 = -5 7 e 24
7 Vantagem do voto FH98-Lula02 versus FH98-Serra03
FH98-Lula02 = +1 e FH98-Serra02 = -6 7 e 24
Imputação das respostas “não-sabe” e “não-responde”
Um problema clássico das pesquisas de opinião são os dados faltantes
(missing data) que correspondem aos entrevistados que optam ou por não
responder a uma determinada pergunta, ou que escolhem a resposta “não-
sabe”. A amostra do ESEB foi de 2513 entrevistas. Na pergunta sobre a senda
individual, por exemplo, 170 entrevistados (6,7% da amostra) ou se recusaram
a responder ou disseram que não sabiam. Este número aumenta para 346
(13,8% da amostra) quando se trata da pergunta sobre a renda familiar. Estes
entrevistados ficam de fora de qualquer análise estatística, a não ser que seja
possível imputar valores (é esta a terminologia técnica) para os dados faltantes.
Este exemplo trata apenas de duas variáveis, renda individual e familiar.
Porém, quando se realiza uma análise estatística multivariada e se testa
simultaneamente a influência no voto de 20 ou mais variáveis, os dados
faltantes podem se tornar um problema muito grave.
74
Isto acontece porque aqueles que não respondem a uma pergunta não
são os mesmos que deixam de respondem a uma outra pergunta. Quando este
fenômeno se aplica a 20 variáveis, por exemplo, é praticamente certo que o
número de casos para a análise final seja muito pequeno comprometendo
bastante as conclusões do estudo e sua generalidade. A única forma de evitar
que isto ocorra é imputar valores aos dados faltantes.
As pesquisas de opinião apresentam duas grandes famílias de variáveis,
aquelas que são objetivas e factuais, tais como as variáveis socioeconômicas
como idade, sexo e renda, e aquelas que medem a percepção das pessoas
com relação a algum tema. As variáveis ideológicas pertencem a esta segunda
família. No caso de perguntas sobre percepção é muito comum que sejam
utilizadas escalas. Algumas delas foram usadas intensivamente no ESEB:
1) Concorda muito / concorda um pouco / nem concorda nem discorda / discorda um pouco / discorda muito
2) Sempre permitido / permitido na maioria das vezes / proibido na maioria
das vezes / sempre proibido
3) Ótimo / bom / regular / ruim / péssimo
4) não gosta = zero e gosta muito = 10 podendo ser utilizado qualquer número inteiro entre zero e 10
O procedimento padrão de imputação para dados faltantes em
perguntas sobre percepção é o meio da escala, isto é, sempre que um
respondente escolhe as respostas “não-sabe” ou “não-responde” em uma
pergunta que tenha a escala 1 acima, este dado será imputado como “nem
concorda nem discorda”. Há dois motivos principais para este tipo de
imputação, um substantivo e outro metodológico. Substantivamente a pessoa
que se recusa a responder ou não sabe responder uma questão de percepção
75
é alguém que não tem opinião sobre aquele tema. Trata-se de um fenômeno
cognitivo. Neste caso o ponto do meio representa a ausência de opinião.
Metodologicamente a imputação no ponto do meio da escala permite manter
praticamente inalteradas as principais estatísticas, tal como desvio padrão e
média, quando comparadas as distribuições de freqüências antes e depois da
imputação.
A imputação de dados para variáveis factuais é mais complexa e
controversa. Existem métodos econométricos para isto. Em geral utilizam-se os
dados existentes para estimar qual seria o valor de uma variável para um
respondente em particular que se recusou a responder à pergunta
correspondente à variável. Assim, se os dados reais coletados pela pesquisa
indicam que 90% das pessoas que respondem A na questão número X têm
renda baixa, então quando alguém não responde a pergunta de renda mas
responde A na pergunta X a imputação será de renda baixa para esta pessoa.
Há outros modelos para a imputação deste tipo de dado. Todos eles terão a
mesma lógica: serão utilizados dados não-faltantes para estimar o valor dos
dados faltantes. A análise dos dados do ESEB visando explicar a eleição de
Lula foi realizada sem este tipo de imputação. Optou-se por mantê-los
faltantes.
Isto foi feito porque em primeiro lugar a quantidade de dados faltantes
não foi tão grande que prejudicasse a análise. E em segundo lugar porque
assim é possível evitar controvérsias desnecessárias.
O quadro 9 apresenta cada variável explicativa utilizada na análise, qual
foi a escolha feita para tratá-la – se pela imputação de dados ou pela
manutenção dos dados faltantes – para aquelas nas quais foi feita a imputação
76
especifica-se qual o tipo de imputação utilizada, e na última coluna para as
variáveis onde se manteve o dado faltante qual o percentual e o número de
vezes de sua ocorrência.
77
QUADRO 9
Variável Se houve imputação
ou não Tipo de imputação Percentual e número
de dados faltantes 1 Católicos e evangélicos não 18,8% (472) 2 Cor não 5% (126) 3 Escolaridade sem dados faltantes 4 Filiado a sindicato não 0,2% (6) 5 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa não 9,9% (249) 6 Idade sem dados faltantes 7 Peã sim não pertence a PEA 8 Religiosidade sim meio da escala 9 Renda familiar não 13,8% (346)
10 Renda individual não 6,7% (170) 11 Setor da economia não 34,5 (868) 12 Sexo sem dados faltantes 13 Autoritarismo sim meio da escala 14 Avaliação das instituições sim meio da escala 15 Censura sim meio da escala 16 Clientelismo sim meio da escala 17 Confiança interpessoal não 1,4% (36) 18 Ausência de espírito público sim meio da escala 19 Anti-fatalismo sim meio da escala 20 Hierarquia sim meio da escala 21 Nacionalismo econômico sim meio da escala 22 Patrimonialismo sim meio da escala 23 Privatização sim meio da escala 24 Regulação sim meio da escala
78
25 Rouba-mas-faz sim meio da escala 26 Satisfação com os serviços públicos sim meio da escala 27 Se a lei deve ser sempre cumprida sim meio da escala 28 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade sim zero 29 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente sim zero 30 Melhorar a segurança pública sim zero 31 Combater a miséria e a fome sim zero 32 Melhorar a saúde pública sim zero 33 Combater a corrupção sim zero 34 Gerar mais empregos sim zero 35 Melhorar a educação sim zero 36 Esteve sem emprego não 34,5 (866) 37 Preocupado em perder o emprego não 27,5 (692) 38 Confiável sim quarto lugar 39 O mais preparado e competente sim quarto lugar 40 Tem o melhor plano de governo sim quarto lugar 41 Honesto sim quarto lugar 42 Mais experiência para governar o Brasil sim quarto lugar 43 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários sim quarto lugar 44 O que mais defende gerar empregos sim quarto lugar 45 O que mais defende manter a inflação baixa sim quarto lugar 46 Faz mais pelos pobres sim quarto lugar 47 O que mais evita greve e bagunça sim quarto lugar 48 Gostar do PT não não 5,7% (142) 49 Avaliação do governo - geral sim meio da escala 50 Avaliação do governo - principal problema sim meio da escala
79
Há algumas imputações que não foram realizadas por motivos
substantivos importantes. No caso da pergunta sobre se há algum parente ou
morador do mesmo domicílio filiado a sindicato a imputação não faz sentido
substantivo porque há um percentual grande de respondentes que não tem
parente ou moram sozinhas. A bateria de pergunta para mensurar o confiança
nas pessoas apresenta o mesmo problema, isto é, há pessoas que não
respondem a um dos itens ou porque não têm família ou porque não têm
amigos. Ainda nesta categoria estão as duas perguntas do bloco temático 4:
preocupação em perder o emprego e se esteve sem emprego. Não faz sentido
substantivo imputar este dado para pessoas que estão fora do mercado de
trabalho, como é o caso de donas-de-casa, estudantes e uma parcela dos
aposentados.
No quadro 9 são apresentadas dois tipos de imputação que fugiram à
regra do meio da escala ou dos modelos econométricos. Elas foram feitas para
as baterias de perguntas 91 e 92, respectivamente políticas públicas e
características dos candidatos. Na bateria de perguntas sobre políticas públicas
os entrevistados tiveram que responder a 10 perguntas que confrontavam -
duas de cada vez - oito políticas públicas. Eles tinham que escolher uma que
fosse prioritária para melhorar o Brasil. Quando respondiam “não-sabe” ou
“não-responde” a um dos itens da bateria de perguntas 91, foi imputado o valor
zero para as duas políticas públicas do respectivo item. Ou seja, considerou-se
que para o entrevistado nenhuma das duas era prioritária para melhorar o
Brasil.
Já para a bateria de perguntas 92 foi utilizada uma outra lógica para a
imputação. Naquela bateria o entrevistado recebia um cartão com os nomes
80
dos quatro principais candidatos a presidente – Lula, Serra, Garotinho e Ciro –
e tinha que dizer qual deles era o mais confiável, o segundo mais confiável e o
terceiro mais confiável. Em seguida se passava para uma outra característica
pessoal até completar toda a bateria de perguntas. As respostas “não-sabe” e
“não-responde” foram imputadas, para todos os quatro candidatos, como se
eles tivessem sido mencionados em 4o lugar naquela característica.
Metodologicamente isto permitiu conferir tratamento igual a todos os
candidatos: a mesma não-resposta foi computada mais de uma vez para cada
um dos quatro nomes. O mesmo destino foi dado às respostas “nenhum deles”.
Substantivamente, as pessoas que não respondem a esta pergunta ou
que afirmam que nenhum deles é confiável (e outras características positivas e
elogiáveis) tendem a ter uma visão negativa dos políticos e da atividade
política. Assim, é substantivamente justificável imputar estas respostas como
se o entrevistado estivesse classificando aqueles políticos como pessoas sem
aquela característica, o que em uma pergunta que os compara entre si os
colocaria em último lugar (quarto lugar) na classificação.
Os resultados da análise bi-variada
Após a escolha e o tratamento das variáveis explicativas e resposta
foram feitas regressões bi-variadas de todas as variáveis explicativas sobre
cada uma das seis variáveis resposta. Os principais resultados destas
regressões estão apresentados nas tabelas 1 a 6. Na primeira coluna está a
variável testada, na segunda coluna a correlação entre ela e a vantagem de
Lula sobre seu respectivo adversário, em seguida a correlação elevada ao
81
quadrado e o R ajustado. Por fim, há a significância estatística de cada
regressão.
Cada tabela está organizada da mesma forma, as variáveis aparecem
agrupadas dentro de seu bloco temático e hierarquizadas segundo a
significância estatística e a correlação. Assim, dentro de cada bloco temático
aparecem em primeiro lugar as variáveis que mais fortemente explicam a
vantagem eleitoral e por último as menos importantes nesta explicação. As
variáveis marcadas em amarelo são as que apresentam significância estatística
menor do que 0,05. Este foi o critério utilizado para mantê-las no modelo final
de explicação da vantagem eleitoral.
A tabela 1 apresenta os resultados das regressões bi-variadas para a
vantagem de Lula sobre Serra no primeiro turno, a tabela 2 para a vantagem de
Lula sobre Garotinho, a tabela 3 para a vantagem de Lula sobre Ciro e a tabela
4 para a vantagem de Lula sobre Serra no segundo turno das eleições. A
tabela 5 apresenta os resultados das regressões bi-variadas para explicar a
vantagem de Fernando Henrique sobre Lula nas eleições de 1998, a tabela 6
apresenta os resultados para a vantagem do voto XXX sobre XXX e a tabela 7
para a vantagem do voto XXX sobre XXX.
82
Tabela 1: Regressões bi-variadas na vantagem de
Lula sobre Serra – 1o turno
R R Square Adjusted R
Square Sig
Religiosidade 0,121 0,015 0,014 0,000 Idade 0,101 0,010 0,010 0,000 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,066 0,004 0,004 0,013 Peã 0,056 0,003 0,003 0,026 Renda individual 0,044 0,002 0,001 0,091 Sexo 0,038 0,001 0,001 0,138 Renda familiar 0,030 0,001 0,000 0,264 Cor 0,029 0,001 0,000 0,272 Filiado a sindicato 0,021 0,000 0,000 0,410 Setor da economia 0,020 0,000 -0,001 0,519 Católicos e evangélicos 0,006 0,000 -0,001 0,841 Escolaridade 0,002 0,000 -0,001 0,934 Autoritarismo 0,143 0,020 0,020 0,000 Anti-fatalismo 0,111 0,012 0,012 0,000 Avaliação das instituições 0,082 0,007 0,006 0,001 Privatização 0,074 0,006 0,005 0,003 Regulação 0,064 0,004 0,003 0,012 Confiança interpessoal 0,053 0,003 0,002 0,038 Ausência de espírito público 0,045 0,002 0,001 0,076 Hierarquia 0,045 0,002 0,001 0,078 Censura 0,041 0,002 0,001 0,107 Nacionalismo econômico 0,038 0,001 0,001 0,131 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,037 0,001 0,001 0,146 Clientelismo 0,032 0,001 0,000 0,205 Satisfação com os serviços públicos 0,027 0,001 0,000 0,296 Rouba-mas-faz 0,011 0,000 -0,001 0,660 Patrimonialismo 0,001 0,000 -0,001 0,954 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,145 0,021 0,021 0,000 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,125 0,016 0,015 0,000 Melhorar a segurança pública 0,093 0,009 0,008 0,000 Combater a miséria e a fome 0,083 0,007 0,006 0,001 Melhorar a saúde pública 0,060 0,004 0,003 0,018 Combater a corrupção 0,053 0,003 0,002 0,038 Gerar mais empregos 0,045 0,002 0,001 0,079 Melhorar a educação 0,003 0,000 -0,001 0,906 Esteve sem emprego 0,059 0,003 0,003 0,046 Preocupado em perder o emprego 0,045 0,002 0,001 0,149 Confiável 0,552 0,305 0,304 0,000 O mais preparado e competente 0,482 0,232 0,232 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,482 0,232 0,232 0,000 Honesto 0,397 0,157 0,157 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,394 0,155 0,154 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,388 0,150 0,150 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,381 0,146 0,145 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,367 0,134 0,134 0,000 Faz mais pelos pobres 0,311 0,097 0,096 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,248 0,062 0,061 0,000 Gostar do PT 0,551 0,304 0,304 0,000 Avaliação do governo - geral 0,311 0,097 0,096 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,281 0,079 0,078 0,000
83
Tabela 2: Regressões bi-variadas na vantagem de
Lula sobre Garotinho – 1o turno
R R Square Adjusted R
Square Sig
Católicos e evangélicos 0,528 0,279 0,278 0,000 Setor da economia 0,125 0,016 0,014 0,000 Religiosidade 0,064 0,004 0,003 0,019 Filiado a sindicato 0,060 0,004 0,003 0,028 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,049 0,002 0,002 0,087 Sexo 0,037 0,001 0,001 0,179 Cor 0,037 0,001 0,001 0,186 Pea 0,033 0,001 0,000 0,233 Escolaridade 0,032 0,001 0,000 0,246 Idade 0,020 0,000 0,000 0,471 Renda individual 0,015 0,000 0,000 0,587 Renda familiar 0,014 0,000 0,000 0,644 Censura 0,147 0,022 0,021 0,000 Anti-fatalismo 0,095 0,009 0,008 0,000 Privatização 0,070 0,005 0,004 0,010 Avaliação das instituições 0,071 0,005 0,004 0,010 Confiança interpessoal 0,069 0,005 0,004 0,011 Nacionalismo econômico 0,048 0,002 0,002 0,078 Hierarquia 0,047 0,002 0,001 0,086 Regulação 0,045 0,002 0,001 0,099 Autoritarismo 0,043 0,002 0,001 0,113 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,027 0,001 0,000 0,330 Ausência de espírito público 0,021 0,000 0,000 0,434 Clientelismo 0,015 0,000 -0,001 0,575 Satisfação com os serviços públicos 0,008 0,000 0,001 0,773 Rouba-mas-faz 0,004 0,000 -0,001 0,885 Patrimonialismo 0,000 0,000 -0,001 0,989 Melhorar a saúde pública 0,07 0,005 0,004 0,010 Combater a miséria e a fome 0,043 0,002 0,001 0,113 Melhorar a segurança pública 0,042 0,002 0,001 0,128 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,037 0,001 0,001 0,177 Melhorar a educação 0,019 0,000 0,000 0,477 Gerar mais empregos 0,017 0,000 0,000 0,530 Combater a corrupção 0,014 0,000 0,000 0,619 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,005 0,000 0,000 0,865 Esteve sem emprego 0,026 0,001 0,000 0,397 Preocupado em perder o emprego 0,015 0,000 0,000 0,655 Confiável 0,463 0,215 0,214 0,000 Faz mais pelos pobres 0,240 0,058 0,057 0,000 Honesto 0,299 0,089 0,089 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,278 0,077 0,077 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,356 0,127 0,126 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,272 0,074 0,073 0,000 O mais preparado e competente 0,335 0,112 0,112 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,196 0,039 0,038 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,277 0,077 0,076 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,236 0,056 0,055 0,000 Gostar do PT 0,369 0,136 0,135 0,000 Avaliação do governo - geral 0,051 0,003 0,002 0,062 Avaliação do governo - principal problema 0,047 0,002 0,001 0,087
84
Tabela 3: Regressões bi-variadas na vantagem de
Lula sobre Ciro – 1o turno
R R Square Adjusted R
Square Sig
Escolaridade 0,112 0,013 0,012 0,000 Renda familiar 0,082 0,007 0,006 0,006 Renda individual 0,073 0,005 0,004 0,012 Setor da economia 0,067 0,005 0,003 0,044 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,056 0,003 0,002 0,058 Idade 0,052 0,003 0,002 0,063 Cor 0,051 0,003 0,002 0,076 Pea 0,029 0,001 0,000 0,304 Católicos e evangélicos 0,031 0,001 0,000 0,319 Filiado a sindicato 0,026 0,001 0,000 0,347 Religiosidade 0,019 0,000 0,000 0,489 Sexo 0,012 0,000 -0,001 0,668 Privatização 0,104 0,011 0,010 0,000 Regulação 0,073 0,005 0,004 0,010 Confiança interpessoal 0,064 0,004 0,003 0,022 Avaliação das instituições 0,063 0,004 0,003 0,024 Anti-fatalismo 0,057 0,003 0,002 0,042 Nacionalismo econômico 0,053 0,003 0,002 0,058 Rouba-mas-faz 0,052 0,003 0,002 0,062 Clientelismo 0,047 0,002 0,001 0,092 Ausência de espírito público 0,046 0,002 0,001 0,102 Hierarquia 0,041 0,002 0,001 0,148 Patrimonialismo 0,030 0,001 0,000 0,292 Autoritarismo 0,026 0,001 0,000 0,360 Censura 0,025 0,001 0,000 0,377 Satisfação com os serviços públicos 0,023 0,001 0,000 0,413 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,001 0,000 -0,001 0,985 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,046 0,002 0,001 0,104 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,056 0,003 0,002 0,047 Melhorar a segurança pública 0,020 0,000 0,000 0,479 Combater a miséria e a fome 0,009 0,000 -0,001 0,757 Melhorar a saúde pública 0,020 0,000 0,000 0,486 Combater a corrupção 0,007 0,000 -0,001 0,814 Gerar mais empregos 0,026 0,001 0,000 0,363 Melhorar a educação 0,042 0,002 0,001 0,131 Preocupado em perder o emprego 0,054 0,003 0,002 0,105 Esteve sem emprego 0,010 0,000 -0,001 0,742 Confiável 0,427 0,182 0,181 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,348 0,121 0,121 0,000 O mais preparado e competente 0,335 0,112 0,111 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,291 0,085 0,084 0,000 Honesto 0,274 0,075 0,075 0,000 Faz mais pelos pobres 0,266 0,071 0,070 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,251 0,063 0,062 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,193 0,037 0,036 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,182 0,033 0,032 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,179 0,032 0,031 0,000 Gostar do PT 0,391 0,153 0,153 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,081 0,006 0,006 0,004 Avaliação do governo - geral 0,069 0,005 0,004 0,014
85
Tabela 4: Regressões bi-variadas na vantagem de
Lula sobre Serra – 2o turno
R R Square Adjusted R
Square Sig
Religiosidade 0,159 0,025 0,025 0,000 Idade 0,075 0,006 0,005 0,001 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,070 0,005 0,004 0,003 Renda individual 0,064 0,004 0,004 0,006 Renda familiar 0,066 0,004 0,004 0,006 Pea 0,047 0,002 0,002 0,037 Católicos e evangélicos 0,048 0,002 0,002 0,053 Sexo 0,043 0,002 0,001 0,056 Filiado a sindicato 0,026 0,001 0,000 0,245 Cor 0,016 0,000 0,000 0,478 Setor da economia 0,010 0,000 0,000 0,712 Escolaridade 0,004 0,000 0,000 0,868 Autoritarismo 0,167 0,028 0,027 0,000 Privatização 0,076 0,006 0,005 0,001 Fatalismo 0,074 0,005 0,005 0,001 Avaliação das instituições 0,067 0,004 0,004 0,003 Regulação 0,054 0,003 0,002 0,015 Confiança interpessoal 0,055 0,003 0,003 0,015 Nacionalismo econômico 0,051 0,003 0,002 0,024 Clientelismo 0,044 0,002 0,001 0,048 Hierarquia 0,040 0,002 0,001 0,074 Censura 0,039 0,002 0,001 0,081 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,033 0,001 0,001 0,143 Satisfação com os serviços públicos 0,016 0,000 0,000 0,482 Rouba-mas-faz 0,011 0,000 0,000 0,640 Patrimonialismo 0,010 0,000 0,000 0,644 Espírito público 0,003 0,000 0,000 0,908 Melhorar a segurança pública 0,088 0,008 0,007 0,000 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,115 0,013 0,013 0,000 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,103 0,011 0,010 0,000 Combater a miséria e a fome 0,061 0,004 0,003 0,006 Melhorar a saúde pública 0,051 0,003 0,002 0,023 Combater a corrupção 0,031 0,001 0,001 0,162 Gerar mais empregos 0,016 0,000 0,000 0,479 Melhorar a educação 0,010 0,000 0,000 0,672 Preocupado em perder o emprego 0,052 0,003 0,002 0,058 Esteve sem emprego 0,048 0,002 0,002 0,063 Confiável 0,562 0,315 0,315 0,000 Faz mais pelos pobres 0,316 0,100 0,099 0,000 Honesto 0,385 0,149 0,148 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,416 0,173 0,173 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,476 0,227 0,226 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,369 0,136 0,136 0,000 O mais preparado e competente 0,490 0,240 0,239 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,245 0,060 0,060 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,356 0,127 0,126 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,367 0,135 0,134 0,000 Gostar do PT 0,533 0,284 0,283 0,000 Avaliação do governo - geral 0,285 0,081 0,081 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,258 0,067 0,066 0,000
86
Tabela 5: Regressões bi-variadas na vantagem de
Fernando Henrique sobre Lula – 1998
R R Square Adjusted R
Square Sig
Escolaridade 0,140 0,020 0,019 0,000 Religiosidade 0,084 0,007 0,006 0,001 Católicos e evangélicos 0,085 0,007 0,006 0,002 Renda familiar 0,079 0,006 0,005 0,003 Idade 0,060 0,004 0,003 0,015 Setor da economia 0,056 0,003 0,002 0,064 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,047 0,002 0,001 0,071 Filiado a sindicato 0,044 0,002 0,001 0,078 Renda individual 0,034 0,001 0,000 0,190 Cor 0,026 0,001 0,000 0,312 Pea 0,023 0,001 0,000 0,356 Sexo 0,003 0,000 0,000 0,897 Rouba-mas-faz 0,120 0,014 0,014 0,000 Censura 0,107 0,011 0,011 0,000 Autoritarismo 0,156 0,024 0,024 0,000 Avaliação das instituições 0,121 0,015 0,014 0,000 Anti-fatalismo 0,089 0,008 0,007 0,000 Clientelismo 0,083 0,007 0,006 0,001 Satisfação com os serviços públicos 0,075 0,006 0,005 0,002 Privatização 0,055 0,003 0,002 0,029 Patrimonialismo 0,05 0,003 0,002 0,045 Hierarquia 0,048 0,002 0,002 0,053 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,007 0,000 0,000 0,078 Nacionalismo econômico 0,025 0,001 0,000 0,319 Ausência de espírito público 0,022 0,000 0,000 0,373 Regulação 0,012 0,000 0,000 0,632 Confiança interpessoal 0,007 0,000 0,000 0,769 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,126 0,016 0,015 0,000 Melhorar a segurança pública 0,088 0,008 0,007 0,000 Gerar mais empregos 0,095 0,009 0,008 0,000 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,083 0,007 0,006 0,001 Combater a miséria e a fome 0,047 0,002 0,002 0,062 Melhorar a saúde pública 0,033 0,001 0,000 0,183 Melhorar a educação 0,006 0,000 0,000 0,807 Combater a corrupção 0,005 0,000 0,000 0,848 Esteve sem emprego 0,010 0,000 0,000 0,723 Preocupado em perder o emprego 0,008 0,000 0,000 0,793 O mais preparado e competente 0,389 0,151 0,151 0,000 Confiável 0,366 0,134 0,134 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,338 0,114 0,114 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,300 0,090 0,089 0,000 Honesto 0,299 0,090 0,089 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,267 0,071 0,071 0,000 Faz mais pelos pobres 0,263 0,069 0,069 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,249 0,062 0,061 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,241 0,058 0,057 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,222 0,049 0,049 0,000 Gostar do PT 0,412 0,170 0,170 0,000 Avaliação do governo - geral 0,290 0,084 0,083 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,246 0,061 0,060 0,000
87
Tabela 6: Regressões bi-variadas na vantagem de
Lula 98-02 sobre FH 98-Serra 02
R R Square Adjusted R
Square Sig
Religiosidade 0,172 0,030 0,028 0,000 Idade 0,121 0,015 0,013 0,001 Escolaridade 0,109 0,012 0,011 0,003 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,094 0,009 0,007 0,017 Renda familiar 0,066 0,004 0,003 0,095 Pea 0,059 0,003 0,002 0,112 Setor da economia 0,069 0,005 0,003 0,123 Católicos e evangélicos 0,062 0,004 0,002 0,129 Filiado a sindicato 0,047 0,002 0,001 0,207 Renda individual 0,026 0,001 -0,001 0,504 Sexo 0,014 0,000 -0,001 0,698 Cor 0,005 0,000 -0,001 0,904 Autoritarismo 0,223 0,050 0,049 0,000 Avaliação das instituições 0,169 0,028 0,027 0,000 Fatalismo 0,156 0,024 0,023 0,000 Censura 0,125 0,016 0,014 0,001 Rouba-mas-faz 0,099 0,010 0,008 0,008 Privatização 0,094 0,009 0,008 0,011 Clientelismo 0,088 0,008 0,006 0,017 Satisfação com os serviços públicos 0,072 0,005 0,004 0,052 Patrimonialismo 0,064 0,004 0,003 0,083 Regulação 0,063 0,004 0,003 0,089 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,047 0,002 0,001 0,201 Confiança interpessoal 0,039 0,002 0,000 0,288 Espírito público 0,029 0,001 -0,001 0,430 Nacionalismo econômico 0,025 0,001 -0,001 0,508 Hierarquia 0,019 0,000 -0,001 0,616 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,213 0,045 0,044 0,000 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,153 0,024 0,022 0,000 Melhorar a segurança pública 0,147 0,022 0,020 0,000 Combater a miséria e a fome 0,107 0,011 0,010 0,004 Gerar mais empregos 0,070 0,005 0,004 0,059 Melhorar a saúde pública 0,057 0,003 0,002 0,122 Combater a corrupção 0,034 0,001 0,000 0,361 Melhorar a educação 0,001 0,000 -0,001 0,971 Esteve sem emprego 0,030 0,001 -0,001 0,486 Preocupado em perder o emprego 0,019 0,000 -0,002 0,667 Confiável 0,643 0,413 0,413 0,000 Faz mais pelos pobres 0,394 0,155 0,154 0,000 Honesto 0,500 0,250 0,249 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,502 0,252 0,251 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,616 0,379 0,379 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,491 0,241 0,240 0,000 O mais preparado e competente 0,648 0,420 0,419 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,334 0,112 0,110 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,478 0,229 0,228 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,493 0,243 0,242 0,000 Gostar do PT 0,695 0,483 0,482 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,429 0,184 0,183 0,000 Avaliação do governo - geral 0,459 0,210 0,209 0,000
88
Tabela 7: Regressões bi-variadas na vantagem de
FH 98-Lula 02 sobre FH 98-Serra 02
R R Square Adjusted R
Square Sig
Religiosidade 0,123 0,015 0,014 0,001 Escolaridade 0,113 0,013 0,011 0,002 Renda familiar 0,102 0,010 0,009 0,009 Renda individual 0,097 0,009 0,008 0,011 Idade 0,076 0,006 0,004 0,040 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,067 0,005 0,003 0,086 Cor 0,053 0,003 0,001 0,165 Pea 0,043 0,002 0,000 0,243 Católicos e evangélicos 0,017 0,000 -0,001 0,670 Sexo 0,013 0,000 -0,001 0,716 Filiado a sindicato 0,005 0,000 0,000 0,900 Setor da economia 0,004 0,000 -0,002 0,937 Privatização 0,131 0,017 0,016 0,000 Hierarquia 0,124 0,015 0,014 0,001 Regulação 0,110 0,012 0,011 0,003 Confiança interpessoal 0,106 0,011 0,010 0,004 Nacionalismo econômico 0,096 0,009 0,008 0,009 Autoritarismo 0,091 0,008 0,007 0,014 Espírito público 0,091 0,008 0,007 0,014 Rouba-mas-faz 0,079 0,006 0,005 0,032 Fatalismo 0,050 0,002 0,001 0,180 Se a lei deve ser sempre cumprida 0,041 0,002 0,000 0,266 Clientelismo 0,017 0,000 -0,001 0,648 Avaliação das instituições 0,004 0,000 -0,001 0,905 Censura 0,004 0,000 -0,001 0,912 Patrimonialismo 0,002 0,000 -0,001 0,961 Satisfação com os serviços públicos 0,002 0,000 -0,001 0,963 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,096 0,009 0,008 0,010 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,087 0,008 0,006 0,019 Combater a miséria e a fome 0,081 0,007 0,005 0,028 Melhorar a segurança pública 0,061 0,004 0,002 0,098 Combater a corrupção 0,060 0,004 0,002 0,106 Melhorar a saúde pública 0,023 0,001 -0,001 0,538 Gerar mais empregos 0,009 0,000 -0,001 0,802 Melhorar a educação 0,002 0,000 -0,001 0,959 Esteve sem emprego 0,018 0,000 -0,002 0,678 Preocupado em perder o emprego 0,025 0,001 -0,001 0,576 Confiável 0,518 0,268 0,267 0,000 Faz mais pelos pobres 0,283 0,080 0,079 0,000 Honesto 0,382 0,146 0,145 0,000 Mais experiência para governar o Brasil 0,382 0,146 0,145 0,000 Tem o melhor plano de governo 0,483 0,233 0,232 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,378 0,143 0,142 0,000 O mais preparado e competente 0,449 0,202 0,201 0,000 O que mais evita greve e bagunça 0,248 0,062 0,060 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,389 0,151 0,150 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,383 0,147 0,145 0,000 Gostar do PT 0,520 0,270 0,269 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,260 0,067 0,066 0,000 Avaliação do governo - geral 0,250 0,063 0,061 0,000
89
A definição dos estágios múltiplos
Na primeira seção deste Anexo - Escolha e medição das variáveis
explicativas e das variáveis resposta - a ordem na qual os blocos temáticos de
variáveis é apresentada foi feita considerando-se o estágio de entrada de cada
variável no modelo explicativo do voto. O estágio de entrada foi definido com
base em teorias da ciência política. Em primeiro lugar são introduzidas no
modelo as variáveis de situação socioeconômica, seguida das variáveis
ideológicas, de preferência por políticas públicas, situação da economia,
características pessoais, preferência partidária e por fim as variáveis de
avaliação do desempenho do governo. Como foram feitos sete modelos de
explicação do voto, três para o primeiro e um para o segundo turno de 2002,
um para a eleição de 1998, e dois para comparar os votos de 1998 e 2002, em
cada um destes modelos são inseridas as variáveis estatisticamente
significativas (marcadas em amarelo nas tabelas de 1 a 7) da análise bi-
variada.
As tabelas de 8 a 14 apresentam os estágios múltiplos da análise de
cada uma das sete variáveis resposta estudadas. A tabela 15 apresenta a
correlação, o R2 e o R2 ajustado para cada um dos sete modelos em seus
sucessivos estágios.
90
Tabela 8: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de Lula sobre Serra – 1o turno
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio Sexto estágio Sétimo estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,429 12,552 0,000 0,315 7,092 0,000 0,268 4,776 0,000 0,318 4,259 0,000 -0,146 -2,229 0,026 -0,163 -2,590 0,010 -0,185 -2,885 0,004 Religiosidade -0,162 -3,495 0,000 -0,151 -3,271 0,001 -0,129 -2,807 0,005 -0,122 -2,258 0,024 -0,141 -3,254 0,001 -0,152 -3,644 0,000 -0,155 -3,748 0,000 Idade -0,127 -3,213 0,001 -0,089 -2,225 0,026 -0,076 -1,895 0,058 -0,044 -0,904 0,366 0,030 0,766 0,444 0,057 1,476 0,140 0,044 1,163 0,245 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,078 2,471 0,014 0,061 1,957 0,051 0,053 1,710 0,088 0,032 0,941 0,347 -0,005 -0,172 0,863 -0,008 -0,287 0,774 -0,007 -0,284 0,776 Pea -0,019 -0,682 0,495 -0,022 -0,819 0,413 -0,031 -1,131 0,258 -0,009 -0,173 0,863 -0,047 -1,147 0,252 -0,040 -1,018 0,309 -0,045 -1,155 0,248 Autoritarismo -0,242 -3,852 0,000 -0,203 -3,244 0,001 -0,183 -2,559 0,011 -0,006 -0,110 0,912 0,001 0,016 0,987 0,002 0,038 0,969 Anti-fatalismo 0,161 4,339 0,000 0,155 4,185 0,000 0,162 3,792 0,000 0,112 3,280 0,001 0,088 2,641 0,008 0,098 2,967 0,003 Avaliação das instituições -0,153 -2,194 0,028 -0,158 -2,264 0,024 -0,096 -1,201 0,230 -0,124 -1,952 0,051 -0,108 -1,742 0,082 -0,016 -0,255 0,799 Privatização -0,225 -3,794 0,000 -0,216 -3,657 0,000 -0,217 -3,234 0,001 -0,105 -1,963 0,050 -0,100 -1,922 0,055 -0,103 -1,995 0,046 Regulação 0,224 3,079 0,002 0,230 3,137 0,002 0,257 3,117 0,002 -0,024 -0,353 0,724 -0,024 -0,365 0,715 -0,031 -0,481 0,631 Confiança interpessoal -0,027 -0,407 0,684 -0,048 -0,722 0,470 -0,070 -0,866 0,387 -0,092 -1,432 0,153 -0,121 -1,930 0,054 -0,099 -1,585 0,113 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,139 -2,853 0,004 -0,139 -2,525 0,012 -0,152 -3,459 0,001 -0,160 -3,740 0,000 -0,144 -3,389 0,001 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,078 1,387 0,166 0,132 2,011 0,045 0,003 0,049 0,961 -0,022 -0,424 0,671 -0,021 -0,417 0,677 Melhorar a segurança pública -0,070 -1,516 0,130 -0,052 -0,971 0,332 -0,061 -1,421 0,156 -0,050 -1,187 0,235 -0,050 -1,191 0,234 Combater a miséria e a fome 0,025 0,480 0,631 0,023 0,371 0,710 -0,019 -0,381 0,704 -0,040 -0,847 0,397 -0,041 -0,879 0,380 Melhorar a saúde pública 0,026 0,617 0,537 0,027 0,562 0,574 0,022 0,563 0,574 0,020 0,541 0,589 0,021 0,565 0,572 Combater a corrupção -0,040 -0,995 0,320 -0,052 -1,153 0,249 -0,070 -1,943 0,052 -0,071 -2,023 0,043 -0,077 -2,212 0,027 Esteve sem emprego 0,046 1,351 0,177 0,021 0,781 0,435 0,012 0,470 0,638 0,010 0,394 0,694 Confiável 0,402 9,115 0,000 0,336 7,560 0,000 0,331 7,517 0,000 Faz mais pelos pobres -0,048 -1,575 0,116 -0,047 -1,594 0,111 -0,046 -1,568 0,117 Honesto 0,048 1,430 0,153 0,027 0,847 0,397 0,030 0,925 0,355 Mais experiência para governar o Brasil 0,085 2,382 0,017 0,078 2,262 0,024 0,076 2,229 0,026 Tem o melhor plano de governo 0,157 3,475 0,001 0,116 2,636 0,009 0,092 2,096 0,036 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,025 0,775 0,438 -0,009 -0,287 0,774 0,004 0,114 0,909 O mais preparado e competente 0,124 2,976 0,003 0,088 2,178 0,030 0,083 2,070 0,039 O que mais evita greve e bagunça -0,012 -0,407 0,684 -0,010 -0,364 0,716 -0,009 -0,329 0,742 O que mais defende gerar empregos 0,113 2,853 0,004 0,144 3,658 0,000 0,138 3,540 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa 0,001 0,032 0,974 -0,030 -0,903 0,367 -0,040 -1,196 0,232 Gostar do PT 0,348 8,974 0,000 0,327 8,457 0,000 Avaliação do governo - geral -0,117 -3,018 0,003 Avaliação do governo - principal problema -0,068 -1,581 0,114
91
Tabela 9: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de Lula sobre Garotinho – 1o turno
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,348 7,880 0,000 0,376 7,163 0,000 0,367 6,891 0,000 0,114 1,988 0,047 0,108 1,855 0,064Católicos e evangélicos -0,570 -17,851 0,000 -0,547 -16,254 0,000 -0,543 -16,027 0,000 -0,427 -12,938 0,000 -0,413 -12,376 0,000Setor da economia -0,074 -2,109 0,035 -0,084 -2,375 0,018 -0,080 -2,251 0,025 -0,085 -2,579 0,010 -0,093 -2,824 0,005Religiosidade 0,019 0,407 0,684 0,016 0,345 0,730 0,017 0,351 0,725 -0,004 -0,093 0,926 -0,022 -0,515 0,607Filiado a sindicato 0,070 2,213 0,027 0,069 2,183 0,029 0,070 2,207 0,028 0,057 1,957 0,051 0,062 2,147 0,032Censura -0,089 -1,907 0,057 -0,094 -1,995 0,046 -0,046 -1,060 0,289 -0,023 -0,528 0,598Anti-fatalismo 0,028 0,788 0,431 0,030 0,825 0,410 0,025 0,760 0,448 0,035 1,061 0,289Privatização -0,028 -0,495 0,621 -0,026 -0,459 0,646 0,045 0,848 0,397 0,036 0,687 0,492Avaliação das instituições 0,019 0,274 0,784 0,009 0,128 0,898 0,014 0,225 0,822 0,047 0,748 0,455Confiança interpessoal 0,051 0,758 0,448 0,055 0,822 0,412 -0,005 -0,082 0,935 -0,009 -0,138 0,890Melhorar a saúde pública 0,041 1,163 0,245 0,025 0,777 0,437 0,014 0,426 0,670Confiável 0,328 6,594 0,000 0,300 5,966 0,000Faz mais pelos pobres -0,080 -2,442 0,015 -0,086 -2,611 0,009Honesto 0,061 1,852 0,064 0,050 1,526 0,128Mais experiência para governar o Brasil -0,002 -0,073 0,941 -0,004 -0,108 0,914Tem o melhor plano de governo 0,074 1,670 0,095 0,073 1,670 0,095Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários -0,006 -0,181 0,856 -0,027 -0,775 0,439O mais preparado e competente 0,028 0,703 0,482 0,012 0,295 0,768O que mais evita greve e bagunça -0,011 -0,382 0,703 -0,017 -0,589 0,556O que mais defende gerar empregos 0,093 2,178 0,030 0,120 2,766 0,006O que mais defende manter a inflação baixa 0,008 0,236 0,813 -0,005 -0,145 0,884Gostar do PT 0,129 3,244 0,001
92
Tabela 10: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de Lula sobre Ciro – 1o turno
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio Sexto estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,722 21,260 0,000 0,670 14,128 0,000 0,706 14,546 0,000 0,270 4,831 0,000 0,240 4,411 0,000 0,245 4,371 0,000 Escolaridade -0,176 -3,775 0,000 -0,135 -2,540 0,011 -0,146 -2,746 0,006 -0,139 -2,936 0,003 -0,147 -3,174 0,002 -0,146 -3,165 0,002 Setor da economia -0,022 -0,539 0,590 -0,032 -0,786 0,432 -0,034 -0,823 0,411 -0,050 -1,373 0,170 -0,061 -1,746 0,081 -0,060 -1,716 0,087 Privatização -0,128 -2,082 0,038 -0,138 -2,254 0,024 -0,028 -0,511 0,609 -0,047 -0,872 0,383 -0,046 -0,866 0,387 Regulação 0,024 0,305 0,760 0,060 0,767 0,443 -0,015 -0,217 0,828 -0,036 -0,523 0,601 -0,036 -0,522 0,602 Confiança interpessoal -0,118 -1,728 0,084 -0,133 -1,967 0,050 -0,137 -2,285 0,023 -0,150 -2,552 0,011 -0,151 -2,563 0,011 Avaliação das instituições 0,058 0,793 0,428 0,069 0,949 0,343 0,072 1,106 0,269 0,056 0,892 0,373 0,054 0,816 0,415 Anti-fatalismo 0,028 0,730 0,465 0,022 0,570 0,569 0,033 0,954 0,340 0,027 0,802 0,423 0,027 0,816 0,415 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,138 3,164 0,002 0,075 1,918 0,055 0,085 2,263 0,024 0,086 2,269 0,024 Confiável 0,322 6,884 0,000 0,299 6,459 0,000 0,299 6,453 0,000 Faz mais pelos pobres 0,001 0,027 0,978 -0,022 -0,725 0,469 -0,022 -0,720 0,472 Honesto 0,033 1,020 0,308 0,008 0,247 0,805 0,007 0,235 0,814 Mais experiência para governar o Brasil 0,053 1,566 0,118 0,052 1,588 0,113 0,051 1,535 0,125 Tem o melhor plano de governo 0,203 4,607 0,000 0,160 3,709 0,000 0,160 3,702 0,000 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários -0,044 -1,307 0,192 -0,051 -1,544 0,123 -0,052 -1,554 0,120 O mais preparado e competente 0,072 1,819 0,069 0,044 1,149 0,251 0,046 1,184 0,237 O que mais evita greve e bagunça -0,007 -0,233 0,816 0,004 0,132 0,895 0,004 0,159 0,874 O que mais defende gerar empregos 0,153 3,593 0,000 0,170 4,062 0,000 0,171 4,065 0,000 O que mais defende manter a inflação baixa -0,090 -2,647 0,008 -0,097 -2,961 0,003 -0,096 -2,925 0,004 Gostar do PT 0,280 7,260 0,000 0,280 7,244 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,018 0,392 0,695 Avaliação do governo - geral -0,010 -0,258 0,797
93
Tabela 11: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de Lula sobre Serra – 2o turno
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio Sexto estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,409 12,752 0,000 0,340 8,081 0,000 0,365 7,016 0,000 0,091 1,994 0,046 0,070 1,572 0,116 0,043 0,956 0,339 Religiosidade -0,250 -6,057 0,000 -0,242 -5,856 0,000 -0,220 -5,342 0,000 -0,176 -5,273 0,000 -0,184 -5,706 0,000 -0,185 -5,797 0,000 Idade -0,042 -1,124 0,261 -0,002 -0,059 0,953 0,008 0,208 0,835 0,065 2,080 0,038 0,086 2,867 0,004 0,076 2,536 0,011 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,084 2,867 0,004 0,071 2,465 0,014 0,068 2,358 0,019 0,039 1,689 0,091 0,023 1,009 0,313 0,024 1,061 0,289 Pea -0,073 -2,449 0,014 -0,140 -3,496 0,000 -0,137 -3,417 0,001 -0,096 -2,906 0,004 -0,077 -2,383 0,017 -0,075 -2,369 0,018 Renda individual -0,146 -3,861 0,000 -0,076 -2,567 0,010 -0,080 -2,712 0,007 -0,027 -1,137 0,256 -0,033 -1,413 0,158 -0,035 -1,505 0,133 Autoritarismo -0,310 -5,348 0,000 -0,287 -4,963 0,000 -0,100 -2,105 0,035 -0,086 -1,870 0,062 -0,079 -1,741 0,082 Privatização -0,193 -3,615 0,000 -0,186 -3,509 0,000 -0,049 -1,138 0,255 -0,034 -0,809 0,418 -0,033 -0,805 0,421 Anti-fatalismo 0,118 3,528 0,000 0,113 3,383 0,001 0,046 1,685 0,092 0,034 1,308 0,191 0,042 1,611 0,107 Avaliação das instituições -0,129 -1,994 0,046 -0,127 -1,972 0,049 -0,160 -3,064 0,002 -0,151 -2,977 0,003 -0,049 -0,933 0,351 Regulação 0,078 1,144 0,253 0,083 1,221 0,222 -0,057 -1,035 0,301 -0,085 -1,583 0,114 -0,081 -1,513 0,130 Confiança interpessoal 0,026 0,427 0,669 0,004 0,074 0,941 -0,085 -1,751 0,080 -0,090 -1,889 0,059 -0,075 -1,588 0,113 Nacionalismo econômico 0,169 2,563 0,010 0,177 2,696 0,007 0,120 2,254 0,024 0,110 2,134 0,033 0,098 1,932 0,054 Clientelismo 0,053 1,864 0,063 0,057 2,015 0,044 0,042 1,814 0,070 0,047 2,076 0,038 0,045 2,013 0,044 Melhorar a segurança pública -0,040 -0,971 0,332 -0,091 -2,757 0,006 -0,068 -2,067 0,039 -0,061 -1,860 0,063 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,140 2,721 0,007 0,028 0,677 0,499 0,022 0,528 0,598 0,029 0,694 0,488 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,033 -0,738 0,460 -0,059 -1,643 0,101 -0,050 -1,419 0,156 -0,033 -0,937 0,349 Combater a miséria e a fome 0,059 1,476 0,140 0,032 0,992 0,322 0,030 0,938 0,348 0,037 1,175 0,240 Melhorar a saúde pública 0,032 0,834 0,404 -0,030 -0,979 0,328 -0,014 -0,464 0,643 -0,010 -0,340 0,734 Confiável 0,455 13,188 0,000 0,375 10,802 0,000 0,371 10,813 0,000 Faz mais pelos pobres -0,057 -2,228 0,026 -0,069 -2,750 0,006 -0,062 -2,508 0,012 Honesto 0,013 0,491 0,623 0,006 0,223 0,823 0,003 0,098 0,922 Mais experiência para governar o Brasil 0,050 1,706 0,088 0,059 2,046 0,041 0,057 1,994 0,046 Tem o melhor plano de governo 0,121 3,463 0,001 0,110 3,242 0,001 0,100 2,973 0,003 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,041 1,571 0,116 0,014 0,562 0,574 0,014 0,565 0,572 O mais preparado e competente 0,149 4,479 0,000 0,098 3,014 0,003 0,092 2,863 0,004 O que mais evita greve e bagunça -0,046 -1,840 0,066 -0,051 -2,104 0,036 -0,052 -2,149 0,032 O que mais defende gerar empregos 0,013 0,422 0,673 0,037 1,170 0,242 0,032 1,052 0,293 O que mais defende manter a inflação baixa 0,044 1,610 0,108 0,027 1,028 0,304 0,016 0,620 0,535 Gostar do PT 0,339 11,238 0,000 0,319 10,652 0,000 Avaliação do governo - principal problema -0,083 -2,418 0,016 Avaliação do governo - geral -0,117 -3,659 0,000
94
Tabela 12: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de Fernando Henrique sobre Lula – 1998
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio Sexto estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,510 13,589 0,000 0,578 10,694 0,000 0,639 10,266 0,000 0,722 11,637 0,000 0,702 11,105 0,000 0,700 10,964 0,000 Escolaridade -0,200 -4,334 0,000 -0,097 -1,842 0,066 -0,094 -1,779 0,075 -0,160 -3,215 0,001 -0,167 -3,300 0,001 -0,169 -3,399 0,001 Religiosidade 0,035 0,737 0,461 0,031 0,662 0,508 0,029 0,611 0,541 0,023 0,530 0,596 0,024 0,533 0,594 0,028 0,619 0,536 Católicos e evangélicos 0,114 3,106 0,002 0,114 3,044 0,002 0,109 2,915 0,004 0,080 2,274 0,023 0,070 1,968 0,049 0,066 1,877 0,061 Idade 0,026 0,566 0,572 0,010 0,220 0,826 0,004 0,085 0,932 -0,083 -1,908 0,057 -0,094 -2,155 0,031 -0,081 -1,860 0,063 Rouba-mas-faz 0,135 2,253 0,024 0,121 2,020 0,044 0,123 2,209 0,027 0,121 2,151 0,032 0,121 2,177 0,030 Censura 0,095 1,883 0,060 0,087 1,721 0,085 0,062 1,313 0,189 0,051 1,072 0,284 0,056 1,180 0,238 Autoritarismo 0,218 3,421 0,001 0,209 3,294 0,001 0,073 1,208 0,227 0,050 0,826 0,409 0,034 0,568 0,570 Avaliação das instituições 0,236 2,958 0,003 0,244 3,066 0,002 0,248 3,351 0,001 0,229 3,041 0,002 0,085 1,083 0,279 Anti-fatalismo -0,013 -0,355 0,723 -0,018 -0,480 0,631 0,013 0,372 0,710 0,017 0,466 0,642 0,012 0,346 0,729 Clientelismo -0,002 -0,064 0,949 0,000 -0,012 0,990 -0,008 -0,272 0,785 -0,013 -0,426 0,670 -0,016 -0,532 0,595 Satisfação com os serviços públicos 0,053 0,778 0,437 0,049 0,729 0,466 0,048 0,763 0,446 0,067 1,048 0,295 0,085 1,337 0,181 Privatização 0,213 3,709 0,000 0,212 3,699 0,000 0,093 1,715 0,087 0,079 1,447 0,148 0,074 1,370 0,171 Patrimonialismo 0,117 2,405 0,016 0,114 2,348 0,019 0,074 1,646 0,100 0,060 1,316 0,188 0,071 1,572 0,116 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,083 1,612 0,107 0,070 1,472 0,141 0,049 0,985 0,325 0,038 0,768 0,443 Melhorar a segurança pública 0,061 1,540 0,124 0,076 2,063 0,039 0,077 2,032 0,042 0,074 1,983 0,048 Gerar mais empregos -0,095 -1,723 0,085 -0,066 -1,295 0,195 -0,069 -1,296 0,195 -0,051 -0,955 0,340 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente -0,028 -0,498 0,619 0,037 0,699 0,485 0,028 0,507 0,613 0,025 0,451 0,652 Confiável -0,161 -3,576 0,000 -0,101 -2,170 0,030 -0,094 -2,049 0,041 Faz mais pelos pobres -0,029 -0,859 0,390 -0,025 -0,727 0,467 -0,037 -1,094 0,274 Honesto -0,022 -0,643 0,520 -0,002 -0,048 0,962 0,000 0,006 0,996 Mais experiência para governar o Brasil -0,049 -1,280 0,201 -0,046 -1,199 0,231 -0,038 -1,009 0,313 Tem o melhor plano de governo -0,033 -0,720 0,472 -0,031 -0,678 0,498 -0,022 -0,480 0,631 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários -0,021 -0,622 0,534 -0,009 -0,263 0,793 -0,013 -0,374 0,708 O mais preparado e competente -0,204 -4,661 0,000 -0,161 -3,642 0,000 -0,156 -3,577 0,000 O que mais evita greve e bagunça -0,034 -1,027 0,304 -0,036 -1,094 0,274 -0,038 -1,167 0,243 O que mais defende gerar empregos 0,024 0,605 0,545 0,033 0,820 0,412 0,045 1,118 0,264 O que mais defende manter a inflação baixa 0,022 0,608 0,544 0,026 0,704 0,482 0,045 1,254 0,210 Gostar do PT -0,281 -7,029 0,000 -0,261 -6,610 0,000 Avaliação do governo - principal problema 0,038 0,841 0,400 Avaliação do governo - geral 0,204 4,772 0,000
95
Tabela 13: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de Lula 98 – Lula 02 sobre FH 98 – Serra 02
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio Sexto estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,161 3,070 0,002 0,025 0,351 0,725 -0,071 -0,808 0,420 -0,317 -4,459 0,000 -0,307 -4,659 0,000 -0,316 -4,826 0,000 Religiosidade -0,256 -3,566 0,000 -0,217 -3,066 0,002 -0,174 -2,482 0,013 -0,148 -2,846 0,005 -0,096 -1,976 0,049 -0,107 -2,289 0,022 Idade -0,160 -2,297 0,022 -0,123 -1,815 0,070 -0,119 -1,785 0,075 -0,019 -0,385 0,700 0,036 0,774 0,440 0,034 0,765 0,445 Escolaridade 0,096 1,367 0,172 -0,031 -0,384 0,701 -0,034 -0,427 0,669 -0,017 -0,282 0,778 0,005 0,094 0,925 0,028 0,527 0,598 Filiado a sindicato - família ou que mora na casa 0,125 2,478 0,013 0,098 1,996 0,046 0,091 1,900 0,058 0,024 0,666 0,506 0,026 0,778 0,437 0,018 0,552 0,581 Autoritarismo -0,424 -4,243 0,000 -0,396 -4,025 0,000 -0,030 -0,398 0,691 -0,012 -0,172 0,863 -0,013 -0,199 0,842 Avaliação das instituições -0,321 -2,773 0,006 -0,289 -2,540 0,011 -0,338 -3,942 0,000 -0,236 -2,974 0,003 -0,046 -0,565 0,572 Anti-fatalismo 0,187 3,091 0,002 0,181 3,038 0,002 0,082 1,839 0,066 0,062 1,501 0,134 0,076 1,905 0,057 Censura -0,030 -0,386 0,700 -0,028 -0,356 0,722 -0,087 -1,504 0,133 -0,099 -1,850 0,065 -0,090 -1,745 0,081 Rouba-mas-faz -0,030 -0,319 0,750 -0,021 -0,228 0,820 0,059 0,843 0,400 0,061 0,957 0,339 0,065 1,044 0,297 Privatização -0,452 -4,947 0,000 -0,429 -4,758 0,000 -0,184 -2,690 0,007 -0,127 -2,019 0,044 -0,111 -1,829 0,068 Clientelismo 0,035 0,692 0,489 0,031 0,623 0,534 0,032 0,849 0,396 0,051 1,480 0,140 0,065 1,940 0,053 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,243 -3,273 0,001 -0,200 -3,581 0,000 -0,161 -3,098 0,002 -0,118 -2,323 0,020 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente -0,014 -0,167 0,868 -0,080 -1,259 0,208 -0,078 -1,324 0,186 -0,057 -1,001 0,317 Melhorar a segurança pública -0,155 -2,588 0,010 -0,116 -2,599 0,010 -0,110 -2,616 0,009 -0,102 -2,528 0,012 Combater a miséria e a fome 0,057 0,821 0,412 -0,047 -0,903 0,367 -0,069 -1,425 0,155 -0,048 -1,035 0,301 Confiável 0,340 5,691 0,000 0,175 3,008 0,003 0,145 2,591 0,010 Faz mais pelos pobres -0,055 -1,355 0,176 -0,058 -1,545 0,123 -0,055 -1,510 0,132 Honesto 0,000 -0,004 0,997 -0,004 -0,104 0,917 -0,003 -0,091 0,928 Mais experiência para governar o Brasil 0,034 0,716 0,474 0,002 0,054 0,957 0,008 0,193 0,847 Tem o melhor plano de governo 0,092 1,423 0,155 0,066 1,107 0,269 0,053 0,926 0,355 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,057 1,295 0,196 0,032 0,785 0,433 0,030 0,773 0,440 O mais preparado e competente 0,368 6,380 0,000 0,317 5,968 0,000 0,309 6,042 0,000 O que mais evita greve e bagunça -0,025 -0,649 0,517 -0,037 -1,023 0,307 -0,038 -1,104 0,270 O que mais defende gerar empregos 0,000 -0,007 0,994 -0,018 -0,390 0,697 -0,028 -0,632 0,528 O que mais defende manter a inflação baixa 0,083 1,820 0,069 0,072 1,710 0,088 0,028 0,687 0,493 Gostar do PT 0,534 11,161 0,000 0,501 10,798 0,000 Avaliação do governo - principal problema -0,135 -2,681 0,008 Avaliação do governo - geral -0,203 -4,252 0,000
96
Tabela 14: Regressões multivariadas em estágios múltiplos na vantagem de FH 98 – Lula 02 sobre FH 98 – Serra 02
Primeiro estágio Segundo estágio Terceiro estágio Quarto estágio Quinto estágio Sexto estágio B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig. B t Sig.
(Constant) 0,120 3,185 0,002 0,017 0,258 0,797 0,091 1,200 0,230 -0,115 -1,608 0,108 -0,128 -1,870 0,062 -0,121 -1,723 0,085 Religiosidade -0,202 -2,957 0,003 -0,204 -3,009 0,003 -0,190 -2,805 0,005 -0,133 -2,290 0,022 -0,158 -2,800 0,005 -0,161 -2,879 0,004 Escolaridade -0,280 -4,219 0,000 -0,145 -1,832 0,067 -0,161 -2,032 0,043 -0,147 -2,125 0,034 -0,127 -1,889 0,059 -0,140 -2,095 0,037 Idade -0,198 -2,996 0,003 -0,143 -2,142 0,033 -0,132 -1,984 0,048 0,014 0,246 0,805 0,038 0,687 0,492 0,037 0,671 0,503 Privatização -0,212 -2,457 0,014 -0,217 -2,519 0,012 -0,049 -0,656 0,512 -0,034 -0,471 0,638 -0,047 -0,659 0,510 Hierarquia 0,156 1,807 0,071 0,164 1,909 0,057 0,150 2,042 0,041 0,130 1,845 0,065 0,131 1,875 0,061 Regulação 0,057 0,500 0,617 0,070 0,608 0,543 -0,172 -1,727 0,085 -0,167 -1,739 0,082 -0,177 -1,864 0,063 Confiança interpessoal -0,124 -1,204 0,229 -0,160 -1,555 0,120 -0,146 -1,648 0,100 -0,146 -1,690 0,091 -0,127 -1,475 0,141 Nacionalismo econômico 0,139 1,235 0,217 0,167 1,483 0,138 0,189 1,975 0,049 0,182 1,982 0,048 0,171 1,886 0,060 Autoritarismo -0,286 -2,959 0,003 -0,254 -2,636 0,009 -0,085 -1,033 0,302 -0,065 -0,811 0,418 -0,062 -0,782 0,435 Ausência de espírito público 0,066 1,776 0,076 0,065 1,749 0,081 -0,004 -0,135 0,892 0,002 0,051 0,960 -0,014 -0,466 0,641 Rouba-mas-faz -0,018 -0,205 0,838 -0,010 -0,109 0,913 0,051 0,664 0,507 0,001 0,011 0,991 -0,006 -0,079 0,937 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,062 -0,877 0,381 -0,096 -1,609 0,108 -0,071 -1,221 0,223 -0,057 -0,993 0,321 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,208 2,832 0,005 0,108 1,706 0,088 0,090 1,478 0,140 0,098 1,620 0,106 Combater a miséria e a fome 0,033 0,501 0,617 -0,006 -0,117 0,907 -0,016 -0,302 0,763 0,003 0,049 0,961 Confiável 0,322 5,696 0,000 0,237 4,184 0,000 0,222 3,949 0,000 Faz mais pelos pobres -0,048 -1,107 0,269 -0,035 -0,835 0,404 -0,037 -0,888 0,375 Honesto 0,025 0,510 0,610 0,027 0,570 0,569 0,029 0,623 0,533 Mais experiência para governar o Brasil -0,004 -0,071 0,943 -0,009 -0,162 0,871 -0,007 -0,144 0,885 Tem o melhor plano de governo 0,189 3,168 0,002 0,166 2,895 0,004 0,154 2,701 0,007 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,065 1,450 0,148 0,043 0,979 0,328 0,046 1,062 0,289 O mais preparado e competente 0,124 2,117 0,035 0,077 1,357 0,175 0,070 1,238 0,216 O que mais evita greve e bagunça -0,043 -0,919 0,358 -0,047 -1,040 0,299 -0,042 -0,932 0,352 O que mais defende gerar empregos 0,114 2,197 0,028 0,126 2,487 0,013 0,119 2,377 0,018 O que mais defende manter a inflação baixa 0,024 0,499 0,618 0,011 0,247 0,805 0,008 0,184 0,854 Gostar do PT 0,386 7,610 0,000 0,363 7,182 0,000 Avaliação do governo - principal problema -0,135 -2,375 0,018 Avaliação do governo - geral -0,087 -1,561 0,119
97
Tabela 15: Correlação, R2 e R2 ajustado para cada um dos sete modelos em seus respectivos estágios.
Lula - Serra - 1 turno FH - Lula - 1998
R R2 R2 ajustado R R2 R2 ajustado
Primeiro estágio 0,158 0,025 0,022 Primeiro estágio 0,166 0,027 0,025 Segundo estágio 0,261 0,068 0,062 Segundo estágio 0,258 0,067 0,058 Terceiro estágio 0,303 0,092 0,081 Terceiro estágio 0,280 0,078 0,066 Quarto estágio 0,305 0,093 0,078 Quarto estágio 0,462 0,213 0,197 Quinto estágio 0,659 0,434 0,419 Quinto estágio 0,492 0,243 0,225 Sexto estágio 0,694 0,481 0,466 Sexto estágio 0,514 0,264 0,247
Sétimo estágio 0,701 0,492 0,477
Lula - Ciro - 1 turno Lula 98-02 versus FH 98 - Serra 02
R R2 R2 ajustado R R2 R2 ajustado
Primeiro estágio 0,142 0,020 0,018 Primeiro estágio 0,222 0,049 0,043 Segundo estágio 0,173 0,030 0,022 Segundo estágio 0,369 0,136 0,121 Terceiro estágio 0,202 0,041 0,032 Terceiro estágio 0,416 0,173 0,153 Quarto estágio 0,516 0,267 0,252 Quarto estágio 0,743 0,553 0,535 Quinto estágio 0,572 0,327 0,312 Quinto estágio 0,792 0,628 0,612 Sexto estágio 0,572 0,327 0,310 Sexto estágio 0,810 0,656 0,640
Lula - Garotinho - 1 turno
FH 98 - Lula 02 versus FH 98 - Serra 02
R R2 R2 ajustado R R2 R2 ajustado
Primeiro estágio 0,559 0,313 0,309 Primeiro estágio 0,204 0,042 0,038 Segundo estágio 0,584 0,318 0,310 Segundo estágio 0,280 0,079 0,064 Terceiro estágio 0,565 0,319 0,310 Terceiro estágio 0,310 0,096 0,078 Quarto estágio 0,660 0,436 0,421 Quarto estágio 0,603 0,363 0,341 Quinto estágio 0,667 0,445 0,428 Quinto estágio 0,658 0,434 0,413
Sexto estágio 0,669 0,447 0,425
Lula - Serra – 2 turno R R2 R2 ajustado
Primeiro estágio 0,197 0,039 0,036 Segundo estágio 0,280 0,078 0,071 Terceiro estágio 0,306 0,094 0,084 Quarto estágio 0,643 0,414 0,404 Quinto estágio 0,683 0,467 0,457 Sexto estágio 0,692 0,479 0,469
98
A análise multivariada – cálculo dos efeitos de ordem zero, efeito total,
direto e indireto
O efeito de cada variável na vantagem de Lula sobre os demais
candidatos, assim como nas análises das outras vantagens, pode ser sub-
dividido em quatro efeitos distintos:
1) O efeito de ordem-zero: o beta não-padronizado da regressão bi-variada de
cada variável sobre a variável resposta estudada
2) O efeito total: o beta não-padronizado de cada variável no estágio em que
ela entra no modelo. Ou seja, na análise em estágios múltiplos as variáveis
são inseridas no modelo no estágio do bloco a que pertencem. O beta não-
padronizado que cada variável assume neste estágio é o seu efeito total
sobre a diferença de votos entre o primeiro e o segundo candidato.
3) O efeito direto: o beta não-padronizado de cada variável depois de ser
controlada por todas as demais variáveis do modelo, inclusive as que lhe
antecedem. Ou seja, é o beta não-padronizado de cada variável na
equação final depois da inclusão de todos os blocos temáticos que
apresentaram variáveis significativas na análise bi-variada. Por exemplo,
como as duas variáveis de desempenho de governo (as perguntas 17 e 18)
são as últimas que entram no modelo, seu efeito total será sempre igual ao
efeito direto.
4) O efeito indireto: é o efeito total subtraído do efeito direto. Utiliza-se o
símbolo # quando o efeito direto é significativamente próximo de zero. Isto
acontece quando a estatística t é menor do que 1. Ainda assim, utiliza-se o
efeito direto efetivamente estimado para achar o valor do efeito indireto.
99
A importância de se separar os efeitos total, direto e indireto pode ser
melhor compreendida por meio de um exemplo. Tomando-se a tabela 8, nota-
se que o efeito total da variável ideológica autoritarismo (pergunta 111) sobre a
vantagem de Lula em relação a Serra no primeiro turno é de –0,242. Isto quer
dizer que quanto maior o autoritarismo, menor será a vantagem de Lula sobre
Serra. No sétimo e último estágio o efeito desta mesma variável – neste caso
seu efeito direto sobre o voto – é muito próximo de zero. No quinto estágio a
estatística t do autoritarismo já é menor do que 1. Portanto, o efeito do
autoritarismo sobre o voto é transmitido por intermédio das variáveis que lhe
sucedem no modelo de análise.
Uma comparação, na mesma tabela 9, do efeito de duas variáveis de
políticas públicas ajuda a tornar mais claro o objetivo desta análise. Controlar a
inflação e manter a estabilidade tem efeito total de –0,139 e um efeito direto
significativo de –0,144 (estatística t maior do que 1). Assim, esta variável não
só mantém, como aumenta um pouco, seu efeito direto sobre o voto. O mesmo
não pode ser dito do crescimento econômico. O seu efeito total é significativo,
mas após a inclusão das variáveis dos estágios seguintes seu efeito direto
sobre a vantagem de Lula em relação a Serra passa a ser insignificante.
Portanto, é possível afirmar que o efeito desta variável sobre o voto é
transmitido por meio das variáveis que lhe sucedem no modelo.
Assim, nas tabelas 8 a 14 o efeito direto de cada variável será o beta
não-padronizado do modelo completo, isto é, da equação do último estágio e o
efeito total o beta não-padornizado do estágio em que a respectiva variável
entra no modelo.
100
Formalização dos efeitos de ordem-zero, total, direto e indireto Sejam:
iV = comportamento de voto (1=Lula; -1 = outro)
sX = s-ésima variável explicativa; Zs ,...,1= , Z é o número de variáveis explicativas; S = é o número de variáveis explicativas até o estágio s;
1. Efeito de ordem zero da a s-ésima variável explicativa:
sisssi XaaV ε++= 0
sa = efeito de ordem zero de sX 2. Efeito total para a s-ésima variável explicativa:
Tsis
Ts
S
jjj
Tsi XaXaaV ε+++= ∑
−
=
1
10
Tsa = efeito total de sX
3. Efeito direto para a s-ésima variável explicativa:
Dsi
Z
Sjj
Djs
Ds
S
jj
Dj
Dsi XaXaXaaV ε+++++= ∑∑
+=
−
= 1
1
10
Dsa = efeito direto de sX
4. Efeito indireto da s-ésima variável explicativa: D
sTs
Is aaa −= = efeito indireto de sX
101
Cálculo da contribuição de cada variável explicativa para a vantagem de Lula sobre seus adversários, de Fernando Henrique sobre Lula em 1998, e na comparação dos votos de 1998 e 2002
O efeito que cada variável tem sobre o resultado agregado da eleição,
isto é, sobre a vantagem de um candidato em relação ao outro, é obtido
multiplicando-se o efeito total de cada variável pelo grau que o valor desta
variável favorece ou o candidato primeiro ou o segundo colocado. Por exemplo,
o eleitorado brasileiro é mais desfavorável do que favorável ao controle
particular das empresas (variável privatização). Isto é expresso pelo sinal
negativo desta variável na coluna “média corrigida” da tabela 16. Portanto, se
em uma variação possível máxima de –1 até +1 a variável privatização assume
o valor –0,438; e se quanto mais a favor da privatização menor a vantagem
eleitoral de Lula (é o efeito total –0,225 desta variável), então a distribuição da
variável privatização no eleitorado ajuda Lula a ampliar sua vantagem eleitoral
em relação a Serra. A análise estatística já havia demonstrado o efeito
significativo da variável privatização na variável resposta Lula versus Serra no
primeiro turno.
Quando se faz uma regressão de uma determinada variável sobre todas
as que lhe antecedem no modelo, no caso da privatização ele foi regredida
sobre quatro variáveis: religiosidade, idade, filiado a sindicato na família ou em
casa e população economicamente ativa, está se computando apenas o efeito
desta variável (privatização) na vantagem de Lula sobre Serra que ainda não
pode ser atribuído - no estágio em que a variável entra no modelo – ao valor
médio das variáveis precedentes. A interseção desta regressão é a média
corrigida da distribuição da variável analisada (privatização) junto ao eleitorado.
102
Em cada uma das sete análises a média de cada variável no eleitorado é
calculada apenas para aqueles que efetivamente votaram nos dois candidatos
da variável dependente. Assim, a média corrigida da variável privatização (na
tabela 16) é obtida apenas para o eleitorado que votou no primeiro turno em
Lula ou Serra, e assim sucessivamente para as análises subseqüentes.
É comum que a média não corrigida seja maior do que a média
corrigida. Isto acontece porque parte do efeito daquela variável pode ser
atribuído às variáveis que lhe antecedem. Por exemplo, se a média da
distribuição de uma variável no eleitorado for 0,567 e a sua média corrigida for
0,283 pode-se afirmar que metade de seu favorecimento a Lula pode ser
atribuído às variáveis antecedentes no modelo de estágios múltiplos. A média
corrigida, portanto, evita esta distorção.
As tabelas 16 a 22 apresentam a principal conclusão da análise da
opinião pública na eleição de 2002. Na primeira coluna as variáveis estão
ordenadas da maior influência positiva para a maior influência negativa na
vantagem de um candidato sobre outro (ou de um tipo de voto sobre outro no
caso da comparação entre as eleições de 1998 e 2002). Estes valores se
encontram na coluna “efeito total x média corrigida” que expressa a
contribuição de cada variável para a vantagem de um candidato sobre o outro.
Esta é a coluna mais importante de cada uma das tabelas 16 a 22. Assim, a
variável que teve o maior peso na vantagem de Lula sobre Serra no primeiro
turno da eleição de 2002 foi a imagem pessoal de Lula quanto a sua
confiabilidade (0,240). Em segundo lugar foi a variável privatização (0,099), e
assim por diante. Os valores negativos na coluna “efeito total x média corrigida”
indicam que aquelas variáveis contribuíram para diminuir a vantagem de Lula
103
sobre Serra no primeiro turno. As variáveis cujos valores ficaram em torno de
zero não deram, do ponto de vista prático, nenhuma contribuição para a vitória
de Lula.
Formalização da importância explicativa de cada variável
5. Contribuição da s-ésima variável explicativa para a vitória:
1,0 −= sTss aaπ
Onde a0,s-1 é a constante da regressão que precede à introdução da
variável Xs no modelo, isto é, a regressão que inclui como explicativas apenas as variáveis que precedem Xs na hierarquia causal do modelo.
Cálculo da importância preditiva de cada variável explicativa
A última coluna das tabelas 16 a 22 apresenta a importância preditiva de
cada variável no respectivo modelo. Por exemplo, a importância preditiva da
privatização na explicação da vantagem de Lula sobre Serra no primeiro turno
é 0,103. As variável que apresentam importância preditiva próxima de zero,
ainda que venham a ter um peso grande na explicação do voto, não são úteis
para prever a vantagem de um candidato sobre outro. É importante diferenciar
a contribuição de cada variável para a explicação do voto de sua importância
para a previsão da escolha do eleitor (matriz 1).
104
Matriz 1: Importância explicativa e importância preditiva
Importância preditiva
alta (distante de zero)
baixa (próxima de zero)
alta (distante de zero)
A variável é importante tanto para explicar a
vantagem de um candidato sobre outro quanto para prever a
escolha do eleitor
A variável é importante para explicar a vantagem de um candidato sobre
outro, mas não é importante para prever a
escolha do eleitor Importância
explicativa
baixa (próxima de zero)
A variável é importante para prever a escolha do
eleitor, mas não é importante para explicar
a vantagem de um candidato sobre outro
A variável não é importante nem para
explicar a vantagem de um candidato sobre outro nem para prever a escolha
do eleitor
Com exemplos do primeiro quadrante da matriz 1, a tabela 16 mostra
que as duas primeiras variáveis (“confiável” e “privatização”) são duplamente
importantes: têm um peso grande para explicar a vantagem de Lula sobre
Serra no primeiro turno e também para prever a escolha do eleitor. Na tabela
16 não há exemplos de variáveis que tenham um elevado poder explicativo,
mas baixo poder preditivo (segundo quadrante da matriz). As variáveis “anti-
fatalismo” e “preferência partidária” estão no terceiro quadrante da matriz 1:
ambas têm importância preditiva elevada, mas pouca importância quando se
trata de explicar a vantagem eleitoral de Lula. No quarto e último quadrante da
matriz estão as variáveis “o que mais defende manter a inflação baixa” e
“confiança interpessoal”. Ambas, apesar de importantes nas regressões bi-
variadas, não têm nem importância explicativa nem preditiva no modelo
multivariado em estágios múltiplos.
105
A importância preditiva de cada variável é obtida multiplicando-se seu
“efeito total” pelo desvio padrão dos resíduos obtidos quando se regride esta
variável sobre todas as que lhe antecedem, e dividindo-se este resultado pelo
desvio padrão do voto. Mais uma vez, todos os valores obtidos correspondem
ao voto de cada uma das respectivas variáveis resposta, modelo 1: Lula x
Serra no primeiro turno, modelo 2: Lula x Garotinho no primeiro turno, e assim
sucessivamente. Por exemplo, a importância preditiva da privatização é igual a
0,42142 (desvio padrão dos resíduos) vezes –0,225 (efeito total) dividido por
0,92192 (desvio padrão do voto Lula x Serra no primeiro turno). Toma-se o
valor absoluto de cada resultado.
Formalização da importância preditiva de cada variável
Sejam: iV = comportamento de voto (1=Lula; -1 = outro)
sX = s-ésima variável explicativa; Zs ,...,1= , Z é o número de variáveis explicativas;
S = é o número de variáveis explicativas até o estágio s;
6. Importância preditiva da s-ésima variável explicativa:
6.1. Removendo efeitos das variáveis antecedentes:
isssss eXXX ,1...1.11110 ˆˆ...ˆˆ −−− ++++= ααα 6.2. Cômputo do desvio padrão dos resíduos:
Sn
eS
n
iiss
XXX ss −=∑=
−
−
1
2,1...1.
....
ˆ
11
Onde S é o número de parâmetros na regressão em 6.1 e também o número de variáveis explicativas até o estágio S do modelo.
6.3. Cálculo do coeficiente padronizado (importância preditiva):
V
XXXTs
s SSa
P ss 11....ˆ −=
106
onde n
VVS
n
ii
V
∑=
−= 1
2)(
107
Tabela 16: Explicação e previsão da vantagem de Lula sobre Serra no primeiro turno
Beta não-padronizado da regressão
bi-variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado no
modelo final
Efeito total menos efeito
direto
Valor da constante quando a variável é
regredida contra todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem de Lula sobre
Serra no 1o. Turno
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito total x média
corrigida) Importância
preditiva
Confiável 0,683 0,402 0,331 0,071 0,596 0,240 0,299 Privatização -0,159 -0,225 -0,103 -0,122 -0,438 0,099 0,103 Tem o melhor plano de governo 0,570 0,157 0,092 0,065 0,506 0,080 0,123 O que mais defende gerar empregos 0,473 0,113 0,138 -0,024 0,637 0,072 0,084 Regulação 0,164 0,224 # 0,255 0,249 0,056 0,086 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,227 -0,139 -0,144 0,005 -0,357 0,050 0,088 O mais preparado e competente 0,526 0,124 0,083 0,041 0,338 0,042 0,107 Avaliação do governo - principal problema -0,422 -0,068 -0,068 0,000 -0,315 0,021 0,041 Mais experiência para governar o Brasil 0,430 0,085 0,076 0,009 0,224 0,019 0,073 Honesto 0,405 0,048 # 0,018 0,296 0,014 0,045 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,414 0,025 # 0,022 0,509 0,013 0,023 Autoritarismo -0,337 -0,242 # -0,244 -0,040 0,010 0,100 Combater a corrupção -0,067 -0,040 -0,077 0,037 -0,242 0,010 0,031 Melhorar a saúde pública 0,081 0,026 # 0,005 0,310 0,008 0,019 Melhorar a segurança pública -0,125 -0,070 -0,050 -0,021 -0,102 0,007 0,052 Gostar do PT 0,734 0,348 0,327 0,021 0,013 0,004 0,202 O que mais evita greve e bagunça 0,265 -0,012 # -0,003 -0,261 0,003 0,011 O que mais defende manter a inflação baixa 0,395 0,001 -0,040 0,041 0,366 0,000 0,001 Combater a miséria e a fome 0,127 0,025 # 0,066 0,008 0,000 0,016 Avaliação do governo - geral -0,431 -0,117 -0,117 0,000 0,002 0,000 0,077 Confiança interpessoal -0,130 -0,027 -0,099 0,072 0,078 -0,002 0,011 Esteve sem emprego -0,059 0,046 # 0,035 -0,095 -0,004 0,039 Faz mais pelos pobres 0,329 -0,048 -0,046 -0,002 0,405 -0,020 0,045 Anti-fatalismo 0,150 0,161 0,098 0,063 -0,134 -0,022 0,117 Avaliação das instituições -0,209 -0,153 # -0,137 0,171 -0,026 0,058
Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,203 0,078 # 0,099 -0,362 -0,028 0,046
108
Tabela 17: Explicação e previsão da vantagem de Lula sobre Garotinho no primeiro turno
Beta não-padronizado da regressão bi-
variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado no
modelo final
Efeito total menos
efeito direto
Valor da constante quando a variável é
regredida em todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem de Lula sobre Garotinho no 1o. Turno
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito
indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito total x média
corrigida) Importância
preditiva
Confiável 0,559 0,328 0,300 0,028 0,492 0,161 0,238 O que mais defende gerar empregos 0,330 0,093 0,120 -0,027 0,551 0,051 0,071 Tem o melhor plano de governo 0,399 0,074 0,073 0,000 0,505 0,037 0,061 Privatização -0,131 -0,028 # -0,064 -0,400 0,011 0,015 Melhorar a saúde pública 0,082 0,041 # 0,027 0,240 0,010 0,034 Honesto 0,271 0,061 0,050 0,011 0,125 0,008 0,065 O mais preparado e competente 0,331 0,028 # 0,016 0,222 0,006 0,027 O que mais evita greve e bagunça 0,177 -0,011 # 0,006 -0,417 0,005 0,012 Gostar do PT 0,465 0,129 0,129 0,000 0,026 0,003 0,088 Avaliação das instituições 0,155 0,019 # -0,029 0,131 0,002 0,008 O que mais defende manter a inflação baixa 0,229 0,008 # 0,013 0,228 0,002 0,008 Confiança interpessoal 0,145 0,051 -0,009 0,060 0,031 0,002 0,022 Mais experiência para governar o Brasil 0,266 -0,002 # 0,001 0,066 0,000 0,002 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,271 -0,006 # 0,021 0,509 -0,003 0,006 Anti-fatalismo 0,109 0,028 0,035 -0,007 -0,387 -0,011 0,024 Faz mais pelos pobres 0,229 -0,080 -0,086 0,006 0,181 -0,015 0,081
Censura -0,217 -0,089 # -0,066 0,362 -0,032 0,058
109
Tabela 18: Explicação e previsão da vantagem de Lula sobre Ciro no primeiro turno
Beta não-padronizado da regressão
bi-variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado no
modelo final
Efeito total menos efeito
direto
Valor da constante quando a variável é
regredida em todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem de Lula sobre
Ciro no 1o. Turno
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito
indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito total x média
corrigida) Importância
preditiva
Confiável 0,492 0,322 0,299 0,023 0,695 0,224 0,262 Tem o melhor plano de governo 0,365 0,203 0,160 0,043 0,538 0,109 0,182 O que mais defende gerar empregos 0,280 0,153 0,171 -0,018 0,643 0,098 0,125 Privatização -0,179 -0,128 # -0,082 -0,413 0,053 0,072 O mais preparado e competente 0,310 0,072 0,046 0,026 0,386 0,028 0,075 Mais experiência para governar o Brasil 0,260 0,053 # 0,003 0,253 0,013 0,057 Gostar do PT 0,454 0,280 0,280 0,000 0,047 0,013 0,210 Honesto 0,229 0,033 # 0,026 0,271 0,009 0,039 Avaliação das instituições 0,127 0,058 # 0,004 0,154 0,009 0,027 Regulação 0,153 0,024 # 0,060 0,276 0,007 0,011 O que mais evita greve e bagunça 0,147 -0,007 # -0,011 -0,188 0,001 0,008 Avaliação do governo - geral -0,078 -0,010 # 0,000 -0,098 0,001 0,008 Faz mais pelos pobres 0,227 0,001 # 0,022 0,300 0,000 0,001 Anti-fatalismo -0,059 0,028 # 0,001 -0,183 -0,005 0,025 Avaliação do governo - principal problema -0,100 0,018 # 0,000 -0,313 -0,006 0,013 Confiança interpessoal -0,121 -0,118 -0,151 0,033 0,093 -0,011 0,060 O que mais defende manter a inflação baixa 0,172 -0,090 -0,096 0,007 0,217 -0,019 0,095 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,169 -0,044 -0,052 0,007 0,619 -0,027 0,045
Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,071 0,138 0,086 0,052 -0,259 -0,036 0,107
110
Tabela 19: Explicação e previsão da vantagem de Lula sobre Serra no segundo turno
Beta não-padronizado da regressão
bi-variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado
no modelo final
Efeito total menos efeito
direto
Valor da constante quando a variável é
regredida em todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem de Lula sobre Serra no 2o.
Turno
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito
indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito total x média
corrigida) Importância
preditiva
Confiável 0,671 0,455 0,371 0,083 0,376 0,171 0,364 Privatização -0,163 -0,193 # -0,160 -0,405 0,078 0,087 Tem o melhor plano de governo 0,549 0,121 0,100 0,021 0,336 0,041 0,100 Avaliação do governo - principal problema -0,390 -0,083 -0,083 0,000 -0,280 0,023 0,051 O mais preparado e competente 0,531 0,149 0,092 0,057 0,152 0,023 0,131 Regulação 0,144 0,078 -0,081 0,158 0,244 0,019 0,028 O que mais evita greve e bagunça 0,273 -0,046 -0,052 0,005 -0,389 0,018 0,040 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,393 0,041 # 0,027 0,351 0,014 0,038 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,161 -0,033 # 0,028 -0,357 0,012 0,021 Autoritarismo -0,398 -0,310 -0,079 -0,231 -0,036 0,011 0,127 Melhorar a saúde pública 0,069 0,032 # 0,042 0,324 0,010 0,023 O que mais defende manter a inflação baixa 0,394 0,044 # 0,028 0,145 0,006 0,040 O que mais defende gerar empregos 0,431 0,013 0,032 -0,019 0,466 0,006 0,011 Clientelismo 0,052 0,053 0,045 0,008 0,117 0,006 0,044 Avaliação do governo - geral -0,402 -0,117 -0,117 0,000 -0,033 0,004 0,077 Melhorar a segurança pública -0,118 -0,040 -0,061 0,021 -0,089 0,004 0,030 Mais experiência para governar o Brasil 0,455 0,050 0,057 -0,006 0,059 0,003 0,044 Combater a miséria e a fome 0,094 0,059 0,037 0,022 0,042 0,002 0,038 Confiança interpessoal -0,133 0,026 -0,075 0,101 0,078 0,002 0,010 Honesto 0,396 0,013 # 0,011 0,078 0,001 0,012 Gostar do PT 0,699 0,339 0,319 0,019 0,001 0,000 0,206 Faz mais pelos pobres 0,333 -0,057 -0,062 0,005 0,177 -0,010 0,053 Anti-fatalismo 0,101 0,118 0,042 0,076 -0,097 -0,011 0,084 Nacionalismo econômico 0,135 0,169 0,098 0,071 -0,095 -0,016 0,062 Avaliação das instituições -0,172 -0,129 # -0,079 0,157 -0,020 0,048
Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,188 0,140 # 0,111 -0,376 -0,053 0,083
111
Tabela 20: Explicação e previsão da vantagem de FH sobre Lula na eleição de 1998
Beta não-padronizado da regressão bi-
variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado
no modelo final
Efeito total menos efeito
direto
Valor da constante quando a variável é
regredida em todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem de FH
sobre Lula em 1998
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito total
x média corrigida) Importância
preditiva
Confiável -0,429 -0,161 -0,094 -0,066 -0,406 0,065 0,131 Censura 0,178 0,095 0,056 0,039 0,378 0,036 0,051 Avaliação das instituições 0,306 0,236 0,085 0,151 0,132 0,031 0,087 Privatização 0,113 0,213 0,074 0,139 0,060 0,013 0,099 Satisfação com os serviços públicos 0,175 0,053 0,085 -0,032 0,212 0,011 0,022 O que mais defende manter a inflação baixa -0,264 0,022 0,045 -0,023 0,347 0,008 0,020 Anti-fatalismo -0,118 -0,013 # -0,026 -0,286 0,004 0,010 Autoritarismo 0,368 0,218 # 0,183 0,014 0,003 0,092 Gerar mais empregos -0,174 -0,095 # -0,044 0,002 0,000 0,053 Clientelismo -0,096 -0,002 # 0,014 0,141 0,000 0,002 Avaliação do governo - principal problema 0,362 0,038 # 0,000 -0,025 -0,001 0,024 Tem o melhor plano de governo -0,384 -0,033 # -0,011 0,041 -0,001 0,027 Mais experiência para governar o Brasil -0,322 -0,049 -0,038 -0,010 0,040 -0,002 0,044 Honesto -0,306 -0,022 # -0,023 0,158 -0,004 0,021 O que mais evita greve e bagunça -0,242 -0,034 -0,038 0,004 0,133 -0,005 0,030 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários -0,284 -0,021 # -0,008 0,291 -0,006 0,019 O que mais defende gerar empregos -0,283 0,024 0,045 -0,021 -0,431 -0,010 0,020 Faz mais pelos pobres -0,274 -0,029 -0,037 0,008 0,367 -0,011 0,027 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente -0,134 -0,028 # -0,053 0,505 -0,014 0,017 Melhorar a segurança pública 0,116 0,061 0,074 -0,013 -0,298 -0,018 0,045 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade 0,195 0,083 # 0,045 -0,312 -0,026 0,053 Rouba-mas-faz 0,243 0,135 0,121 0,014 -0,245 -0,033 0,062 Patrimonialismo 0,091 0,117 0,071 0,046 -0,392 -0,046 0,064 Gostar do PT -0,541 -0,281 -0,261 -0,019 0,175 -0,049 0,175 Avaliação do governo - geral 0,402 0,204 0,204 0,000 -0,274 -0,056 0,136
O mais preparado e competente -0,415 -0,204 -0,156 -0,047 0,324 -0,066 0,180
112
Tabela 21: Explicação e previsão da vantagem do voto Lula 98-02 sobre FH 98 Serra-02
Beta não-padronizado da regressão
bi-variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado no
modelo final
Efeito total menos efeito
direto
Valor da constante quando a variável é
regredida em todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem do voto
Lula 98-02 sobre Fh 98 - Serra 02
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito
total x média corrigida)
Importância preditiva
Privatização -0,218 -0,452 -0,111 -0,341 -0,430 0,194 0,189 Confiável 0,830 0,340 0,145 0,195 0,408 0,139 0,253 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,362 -0,243 -0,118 -0,126 -0,313 0,076 0,141 O mais preparado e competente 0,755 0,368 0,309 0,059 0,159 0,058 0,299 Avaliação do governo - principal problema -0,676 -0,135 -0,135 0,000 -0,247 0,033 0,076 Tem o melhor plano de governo 0,764 0,092 # 0,039 0,316 0,029 0,071 Autoritarismo -0,578 -0,424 # -0,410 -0,045 0,019 0,160 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,563 0,057 # 0,027 0,233 0,013 0,048 Melhorar a segurança pública -0,213 -0,155 -0,102 -0,053 -0,083 0,013 0,108 O que mais evita greve e bagunça 0,391 -0,025 -0,038 0,013 -0,389 0,010 0,021 Rouba-mas-faz -0,224 -0,030 0,065 -0,095 -0,275 0,008 0,012 Mais experiência para governar o Brasil 0,588 0,034 # 0,026 0,198 0,007 0,028 O que mais defende manter a inflação baixa 0,573 0,083 # 0,055 0,079 0,007 0,069 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,267 -0,014 -0,057 0,043 -0,427 0,006 0,008 Clientelismo 0,113 0,035 0,065 -0,030 0,128 0,004 0,027 Combater a miséria e a fome 0,179 0,057 -0,048 0,105 0,026 0,001 0,033 Honesto 0,556 0,000 # 0,003 0,112 0,000 0,000 O que mais defende gerar empregos 0,602 0,000 # 0,028 0,334 0,000 0,000 Censura -0,231 -0,030 -0,090 0,060 0,221 -0,007 0,015 Faz mais pelos pobres 0,450 -0,055 -0,055 0,000 0,301 -0,017 0,048 Gostar do PT 0,955 0,534 0,501 0,034 -0,045 -0,024 0,282 Avaliação do governo - geral -0,685 -0,203 -0,203 0,000 0,120 -0,024 0,120 Anti-fatalismo 0,231 0,187 0,076 0,111 -0,134 -0,025 0,119
Avaliação das instituições -0,476 -0,321 # -0,275 0,184 -0,059 0,105
113
Tabela 22: Explicação e previsão da vantagem do voto FH-98 - Lula -02 sobre FH 98 Serra-02
Beta não-padronizado da regressão bi-
variada
Beta não-padronizado no estágio em que a
variável entra no modelo
Beta não-padronizado
no modelo final
Efeito total menos
efeito direto
Valor da constante quando a variável é regredida em
todas as que lhe antecedem
Contribuição para a vantagem do voto FH 98 - Lula 02 sobre Fh
98 - Serra 02
Efeito de
ordem-zero Efeito total Efeito direto Efeito
indireto Média corrigida
Importância explicativa (efeito
total x média corrigida)
Importância preditiva
Confiável 0,642 0,322 0,222 0,100 0,331 0,107 0,247 Privatização -0,292 -0,212 # -0,166 -0,421 0,089 0,090 Tem o melhor plano de governo 0,570 0,189 0,154 0,035 0,196 0,037 0,154 O que mais defende gerar empregos 0,470 0,114 0,119 -0,005 0,324 0,037 0,091 Hierarquia 0,266 0,156 0,131 0,025 0,134 0,021 0,066 O que mais evita greve e bagunça 0,307 -0,043 # -0,001 -0,438 0,019 0,033 Fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 0,419 0,065 0,046 0,019 0,289 0,019 0,057 Avaliação do governo - principal problema -0,410 -0,135 -0,135 0,000 -0,109 0,015 0,082 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade -0,159 -0,062 # -0,004 -0,237 0,015 0,037 Regulação 0,302 0,057 -0,177 0,234 0,244 0,014 0,019 Rouba-mas-faz 0,176 -0,018 # -0,012 -0,216 0,004 0,008 Ausência de espírito público 0,093 0,066 # 0,081 0,056 0,004 0,065 Combater a miséria e a fome 0,133 0,033 # 0,030 0,023 0,001 0,020 Honesto 0,420 0,025 # -0,004 0,027 0,001 0,022 Mais experiência para governar o Brasil 0,447 -0,004 # 0,004 -0,063 0,000 0,003 O que mais defende manter a inflação baixa 0,433 0,024 # 0,016 -0,006 0,000 0,020 O mais preparado e competente 0,517 0,124 0,070 0,054 -0,022 -0,003 0,102 Autoritarismo -0,234 -0,286 # -0,224 0,023 -0,006 0,107 Confiança interpessoal -0,292 -0,124 -0,127 0,003 0,079 -0,010 0,044 Faz mais pelos pobres 0,316 -0,048 # -0,011 0,225 -0,011 0,042 Nacionalismo econômico 0,278 0,139 0,171 -0,032 -0,087 -0,012 0,046 Avaliação do governo - geral -0,390 -0,087 -0,087 0,000 0,252 -0,022 0,054 Gostar do PT 0,738 0,386 0,363 0,023 -0,060 -0,023 0,225
Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente 0,156 0,208 0,098 0,110 -0,432 -0,090 0,112
114
Cálculo da contribuição de cada bloco de variáveis independentes para a vantagem de Lula sobre seus adversários, de Fernando Henrique sobre
Lula em 1998, e na comparação dos votos de 1998 e 2002
A grande quantidade de variáveis independentes tende a “esconder” o
impacto de cada bloco de variáveis. Como o objetivo se evitar este problema
estimou-se a importância explicativa de cada bloco de variáveis para os sete
modelos. Este número é obtido pela simples soma da importância explicativa
de cada variável que pertence ao respectivo bloco. Assim, para se saber qual a
importância explicativa da ideologia na vantagem de Lula sobre Serra no
primeiro turno basta somar os valores da importância explicativa de cada
variável que pertence ao bloco ideologia.
Cálculo da importância preditiva de cada bloco de variáveis explicativas
O cálculo da importância preditiva de cada bloco de variáveis é menos
direto do que o cálculo da importância explicativa. Para se obter a importância
preditiva por bloco é variáveis é preciso:
1 – Gerar novas variáveis que serão, para cada variável explicativa, os
resíduos da regressão da respectiva variável explicativa sobre todas as
variáveis que lhe antecedem no estágio múltiplo. Assim, cada variável de
ideologia é regredida sobre as variáveis socioeconômicas que lhe antecedem.
Da mesma forma, cada variável de política pública é regredida sobre as
variáveis socioeconômicas e de ideologia que lhe antecedem, e assim por
diante.
2 – Obter para cada bloco de variáveis a combinação linear da nova variável
resíduo multiplicada pelo seu efeito total na vantagem entre dois candidatos.
115
Por exemplo, para as variáveis de ideologia é gerada um nova “variável bloco”
que é a combinação linear dos resíduos vezes o efeito total de cada variável
ideológica.
3 – Regredir o voto contra cada nova “variável bloco” (blocos de variáveis:
ideologia, políticas públicas, situação da economia, características dos
candidatos, preferência partidária e desempenho do governo).A importância
preditiva de cada bloco será o coeficiente beta padronizado desta regressão.
A tabela 23 apresenta, para os sete modelos, as importâncias explicativa
e preditiva de cada bloco de variáveis.
Formalização da importância preditiva de cada bloco de variáveis
7.1. Criando variável de bloco do grupo h (combinação linear dos resíduos produzidos em 6.1)
ihk
Thkih
Thhi aaZ ,,11 ˆ...ˆ εε ++=
Onde ihkih ,,1 ˆ,...,ˆ εε são os resíduos correspondentes às variáveis explicativas que entram no grupo h.
7.2 Regredindo contra hiZ hihhi ZV εθθ ˆˆˆ
0 ++=
V
Zhh S
Sh
θθ
ˆˆ* = = coeficiente padronizado ou poder preditivo
incremental do grupo h.
116
Tabela 23: Importância explicativa e preditiva de cada bloco de variáveis
para os sete modelos
Lula - Serra - 1 turno FH - Lula - 1998
Bloco Importância explicativa
Importância preditiva Bloco
Importância explicativa
Importância preditiva
Ideologia 0,114 0,208 Ideologia 0,019 0,183 Políticas públicas 0,046 0,153 Políticas públicas -0,058 0,108 Situação da economia -0,004 0,059 Características dos candidatos -0,031 0,367 Características dos candidatos 0,463 0,584 Preferência partidária -0,049 0,173 Preferência partidária 0,004 0,205 Desempenho do governo -0,057 0,148
Desempenho do governo 0,041 0,105 Lula - Ciro - 1 turno Lula 98-02 vs. FH 98-Serra 02
Bloco Importância explicativa
Importância preditiva Bloco
Importância explicativa
Importância preditiva
Ideologia 0,052 0,083 Ideologia 0,135 0,295 Políticas públicas -0,036 0,104 Políticas públicas 0,097 0,191 Características dos candidatos 0,436 0,475 Características dos candidatos 0,246 0,707 Preferência partidária 0,013 0,204 Preferência partidária -0,024 0,277 Desempenho do governo -0,005 0,011 Desempenho do governo 0,009 0,168 Lula - Garotinho - 1 turno FH 98-Lula 02 vs. FH 98-Serra 02
Bloco Importância explicativa
Importância preditiva Bloco
Importância explicativa
Importância preditiva
Ideologia -0,028 0,073 Ideologia 0,104 0,193 Políticas públicas 0,010 0,035 Políticas públicas -0,074 0,132 Características dos candidatos 0,252 0,342 Características dos candidatos 0,206 0,517 Preferência partidária 0,003 0,091 Preferência partidária -0,023 0,221
Desempenho do governo -0,007 0,117 Lula - Serra - 1 turno
Bloco Importância explicativa
Importância preditiva
Ideologia 0,069 0,199 Políticas públicas -0,025 0,123 Características dos candidatos 0,273 0,566 Preferência partidária 0,000 0,205 Desempenho do governo 0,027 0,111
117
O questionário do Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB)
ESTRATO ESTADO MUNICÍPIO Nº DE ORDEM
DISTRITO
SUBDISTRITO
SETOR CENSITÁRIO
DOM. SORTEADO
DATA: CEP: - HORÁRIO DE INÍCIO: VERSÃO DO QUESTIONÁRIO: 1 Para começar, eu gostaria de falar sobre a importância da sua participação nessa pesquisa. Sabemos que muitas coisas têm que melhorar no Brasil, por isso é importante que o(a) Sr(a) participe dando suas opiniões e idéias. Só com a colaboração das pessoas será possível conhecer melhor as diferentes regiões do país e suas necessidades. Esta pesquisa é realizada a cada quatro anos e neste ano o(a) Sr(a) está entre os 2000 brasileiros selecionados. Ao final da entrevista todos os entrevistados receberão um brinde-surpresa. Suas opiniões serão utilizadas apenas para fins dessa pesquisa e garantimos que não haverá nenhum tipo de identificação individual dos entrevistados.
Vou ler uma lista de coisas que as pessoas costumam fazer durante as eleições e gostaria de saber se o(a) Sr(a) fez alguma destas atividades nessa eleição.
1) Durante a campanha eleitoral o(a) Sr(a) tentou convencer alguém a votar em algum
candidato ou partido? (Se sim) Com que freqüência: muitas vezes, algumas ou poucas vezes?
(ESTIMULADA E ÚNICA) 4 Muitas vezes 3 Algumas vezes 2 Poucas vezes 1 Não 55 Não lembra 77 NS 99 NR
:
118
2) Durante as eleições o(a) Sr(a) mostrou seu apoio a algum candidato ou partido
participando de reuniões, colando cartazes ou distribuindo panfletos? (Se sim) Com que freqüência: muitas vezes, algumas ou poucas vezes? (ESTIMULADA E ÚNICA)
4 Muitas vezes 3 Algumas vezes 2 Poucas vezes 1 Não 55 Não lembra 77 NS 99 NR 3) E o(a) Sr(a) colocou faixas ou cartazes de algum candidato em sua casa, no trabalho,
ou colou adesivo no carro? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 55 Não lembra 77 NS 99 NR 4) Durante a campanha eleitoral um candidato ou uma pessoa de qualquer partido entrou em contato
com o(a) Sr(a) para pedir o seu voto? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 55 Não lembra 77 NS 99 NR 5) O(a) Sr(a) tem título de eleitor? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Pessoas que perderam o título entram como opção sim) 1 Sim 0 Não (pule p/ 16) 77 NS 99 NR 6) O(a) Sr(a) votou nesta eleição? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Se a pessoa responder que não votou perguntar o motivo e marcar a alternativa correta) 1 Sim 2 Não, maior de 70 anos (pule p/16) 3 Não, 16 e 17 anos (pule p/ 16) 4 Não votei por opção (pule p/16) 5 Não, justificou o voto nos dois turnos (pule p/ 16) 77 NS 88 NA 99 NR
7) Em quem o(a) Sr(a) votou para presidente no primeiro turno, em Lula, Ciro Gomes, José Serra, ou
Garotinho? (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Alternar a ordem de leitura dos nomes dos candidatos a cada questionário aplicado) 1 Lula 2 Ciro Gomes 3 José Serra 4 Garotinho 66 Outro: _____________ 7 Justificou o voto 8 Voto nulo 9 Voto em branco 55 Não lembra 77 NS 88 NA 99 NR 8) E no segundo turno, em quem o(a) Sr(a) votou: Lula ou José Serra? (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Alternar a ordem de leitura dos nomes dos candidatos a cada questionário aplicado) 1 Lula 2 José Serra 7 Justificou o voto 8 Voto nulo 9 Voto em branco 55 Não lembra 77 NS 88 NA 99 NR 9) Em quem o(a) Sr(a) votou para governador no primeiro turno nessa eleição ... (seguido dos nomes
dos candidatos a governador do respectivo Estado)
10) (Em caso de ter ocorrido segundo turno) Em quem o(a) Sr(a) votou para governador no segundo turno nessa eleição ... (seguido dos nomes dos candidatos a governador no segundo turno do respectivo Estado). Em caso de ter havido segundo turno: 88 Não houve segundo turno
11) Em quem o(a) Sr(a) votou para senador nessa eleição ... (seguido dos nomes dos candidatos a
senador do respectivo Estado) 12) O(A) Sr(a) podia votar em dois candidatos diferentes, em quem mais o(a) Sr(a) votou para senador ...
(seguido dos nomes dos candidatos a senador do respectivo Estado)
119
13) Em quem o(a) Sr(a) votou para DEPUTADO FEDERAL? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) _______________________________________________________ 7 Justificou o voto 8 Voto nulo 9 Voto em branco 55 Não lembra 77 NS 88 NA 99 NR 14) E para DEPUTADO ESTADUAL? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) _______________________________________________________ 7 Justificou o voto 8 Voto nulo 9 Voto em branco 55 Não lembra 77 NS 88 NA 99 NR 15) O ......... em quem o(a) Sr(a) votou, foi eleito? (ESPONTÂNEA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (INSTRUÇÃO: O primeiro candidato a senador é o primeiro que o entrevistado falou na p11, e o segundo é o que ele respondeu na p12. Indicação: repetir o nome do senador para que o entrevistado se lembre) 16) Na sua opinião, qual foi o maior problema do Brasil nos últimos 4 anos? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) _____________________________________ 77 NS (pule p/18) 99 NR (pule p/ 18) 17) Pensando nesse problema que o(a) Sr(a) falou, o(a) Sr(a) acha que nos últimos 4 anos o Governo
Fernando Henrique foi ótimo, bom, ruim ou péssimo para enfrentar esse problema? (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: O regular deve ser aceito como resposta espontânea. Perguntar se regular para bom ou regular para ruim) 6 Ótimo 5 Bom 2 Ruim OU 1 Péssimo 4 Regular para bom 3 Regular para ruim 77 NS 88 NA 99 NR 18) Na sua opinião, de uma maneira geral o Governo Fernando Henrique nos últimos 4 anos foi.... (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: O regular deve ser aceito como resposta espontânea. Perguntar se regular para bom ou regular para ruim) 6 Ótimo 5 Bom 2 Ruim OU 1 Péssimo 4 Regular para bom 3 Regular para ruim 77 NS 99 NR 19) De uma maneira geral, o(a) Sr(a) está muito satisfeito(a), satisfeito(a), pouco satisfeito(a) ou não está
satisfeito(a) com o funcionamento da democracia no Brasil? (ESTIMULADA E ÚNICA) 5 Muito satisfeito(a) 4 Satisfeito(a) 3 Nem satisfeito nem insatisfeito 2 Pouco satisfeito(a) 1 Nada satisfeito(a) 6 Não sabe o que é democracia
Sim Não Não procurei saber
Não saiu o resultado
NS NA NR
a) Candidato a Deputado federal 1 2 0 - 77 88 99
b) Candidato a Deputado estadual 1 2 0 - 77 88 99
c) 1º Candidato a Senador (ver p11) 1 2 0 - 77 88 99
d) 2º Candidato a Senador (ver p12) 1 2 0 - 77 88 99
e) Candidato a Governador 1 2 0 6 77 88 99
f) Candidato a Presidente 1 2 0 6 77 88 99
120
77 NS 99 NR 20) Algumas pessoas dizem que faz uma grande diferença quem governa o Brasil.
Outras pessoas dizem que não faz diferença quem governa o Brasil. Gostaria que o(a) Sr(a) desse uma nota de 1 a 5. O 5 significa que faz uma grande diferença quem governa, e o 1 que NÃO faz nenhuma diferença quem governa o Brasil. O que o(a) Sr(a) acha?
(ESTIMULADA E ÚNICA) (DAR CARTÃO 1 na mão do entrevistado) 5 Faz uma grande diferença quem governa o Brasil 4 3 2 1 Não faz nenhuma diferença quem governa o Brasil 77 NS 99 NR 21) Algumas pessoas dizem que o nosso voto influencia muito no que acontece no
Brasil, outras dizem que o nosso voto NÃO influencia nada no que acontece no Brasil. Gostaria que o(a) Sr(a) desse uma nota de 1 a 5. O 5 significa que o nosso voto influencia muito, e 1 significa que o nosso voto NÃO influencia nada no que acontece no Brasil. O que o(a) Sr(a) acha?
(ESTIMULADA E ÚNICA) (DAR CARTÃO 2 na mão do entrevistado) 5 Nosso voto influencia muito no que acontece no Brasil 4 3 2 1 Nosso voto NÃO influencia nada no que acontece no Brasil 77 NS 99 NR 22) A democracia tem alguns problemas, mas é melhor do que qualquer outra forma de governo. O(a)
Sr(a) concorda ou discorda dessa afirmação? Muito ou pouco? (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÕES: pergunta em duas etapas. Aceitar a resposta “nem concorda nem discorda ” como resposta espontânea) 5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda 2 Discorda um pouco 1 Discorda muito 6 Não sabe o que é democracia 77 NS 99 NR 23) O(a) Sr(a) votou na eleição de 1998? 1 Sim 2 Não, maior de 70 anos 3 Não, 16 e 17 anos 4 Não votei por opção 5 Não, justificou o voto nos dois turnos 77 NS 99 NR 24) Em quem o(a) Sr(a) votou na eleição presidencial de 1998, em Fernando Henrique, Lula, Ciro Gomes,
ou Enéas? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Fernando Henrique Cardoso 2 Lula 3 Ciro Gomes 4 Enéas 66 Outro candidato: ______________ 8 Voto nulo (pule p/ 26) 9 Voto em branco (pule p/26)
121
10 Não votou (pule p/ 30) 12 Não votava ainda (pule p/ 30) 55 Não lembra (pule p/ 26) 7 Justificou o voto (pule p/26) 77 NS 99 NR 25) Mesmo que não tenha sido eleito, o(a) Sr(a) avalia o trabalho do partido ou candidato que o Sr(a)
votou na eleição de 1998 para presidente, como ótimo, bom, ruim ou péssimo? (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: O regular deve ser aceito como resposta espontânea. Perguntar se regular para bom ou para ruim) 6 Ótimo 5 Bom 2 Ruim OU 1 Péssimo 4 Regular para bom 3 Regular para ruim 77 NS 88 NA 99 NR 26) E para governador, em quem o(a) Sr(a) votou em 1998, ... (seguido dos nomes dos candidatos a
governador do respectivo Estado na eleição de 1998) 27) E para senador, em quem o(a) Sr(a) votou em 1998, ... (seguido dos nomes dos candidatos a senador
do respectivo Estado na eleição de 1998) 28) E para Deputado Federal em 1998? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) __________________________________ 55 Não lembra 8 Voto nulo 9 Voto em branco
77 NS 88 NA 99 NR 29) E para Deputado Estadual em 1998? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) __________________________________ 55 Não lembra 8 Voto nulo 9 Voto em branco
77 NS 88 NA 99 NR 30) Na sua opinião, deputados federais e senadores representam muito bem, representam bem,
representam pouco ou não representam o que pensam seus eleitores? (ESTIMULADA E ÚNICA) 4 Representam muito bem 3 Representam bem 2 Representam pouco 1 Não representam 77 NS 99 NR 31) Existe algum partido político que representa a maneira como o(a) Sr(a) pensa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: caso o entrevistado cite o partido circular o código Sim e anotar resposta na p32 direto) 1 Sim 0 Não (pule p/ p33) 77 NS (pule p/ p33) 99 NR (pule p/ p33) 32) Qual o partido que melhor representa a maneira como o(a) Sr(a) pensa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 25 PFL 45 PSDB 12 PDT 13 PT 65 PC do B 15 PMDB 14 PTB 30 PSD 31 PMN 16 PSTU 43 PV 33 PSC 23 PPS 34 PP 22 PL 56 PRONA 35 PRN 11 PPB 40 PSB 66 Outro: ______________ 77 NS 88 NA 99 NR 33) Independente do que o(a) Sr(a) pensa sobre os partidos políticos, houve algum candidato a presidente
dessa eleição que representou bem o que o(a) Sr(a) pensa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não (pule p/ 35) 77 NS (pule p/ 35) 99 NR (pule p/ 35) 34) Qual o candidato a presidente que melhor representou o que o(a) Sr(a) pensa nessa eleição?
122
(ESPONTÂNEA E ÚNICA) __________________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 35) De um modo geral, existe algum partido político que o(a) Sr(a) goste? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não (pule p/ 38) 77 NS (pule p/ 38) 99 NR (pule p/ 38) 36) Qual partido o(a) Sr(a) gosta? O(a) Sr(a) pode responder mais de um. (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA) 36.a) Primeiro partido mencionado: _______________ (Se responder apenas um, pule p/ 40) 55 Não lembra(pule p/ 41) 66 Não sabe o nome do partido(pule p/ 41) 88 NA 99 NR 36.b) Segundo partido mencionado: ______________ 88 NA 55 Não lembra 66 Não sabe o nome do partido 36.c) Terceiro partido mencionado:________________ 88 NA 55 Não lembra 66 Não sabe o nome do partido (SE O ENTREVISTADO MENCIONAR MAIS DE UM PARTIDO NA PERGUNTA ACIMA) 37) Qual desses partidos o(a) Sr(a) gosta mais? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) ______________________ (pule p/ 40) 77 NS (pule p/ 41) 88 NA 99 NR (pule p/ 41) 38) Há algum partido que o(a) Sr(a) goste mesmo que seja um pouquinho? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não (pule p/ 41) 77 NS (pule p/ 41) 88 NA 99 NR (pule p/ 41) 39) Qual? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) __________________________________ 88 NA 99 NR (pule p/ 41) 55 Não lembra (pule p/ 41) 66 Não sabe o nome do partido (pule p/ 41)
40) O(A) Sr(a) gosta muito, gosta, ou gosta um pouco desse partido? (ESTIMULADA E ÚNICA) 3 Gosta muito 2 Gosta 1 Gosta um pouco 77 NS 88 NA 99 NR 41) Na política as pessoas falam muito de esquerda e de direita. Gostaria que o(a) Sr(a) usasse um
número de ZERO a 10 para dizer se o partido político que eu vou dizer é de esquerda ou de direita. ZERO significa que o partido é de esquerda e 10 que é de direita. Quando eu falar o nome de um partido que o(a) Sr(a) não conhece, apenas diga que não o conhece.
(ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (INSTRUÇÃO: observar a diferença entre os códigos 77 NS – não sabe se o PARTIDO é de esquerda ou direita e 55 - não sabe o que é ser de esquerda e direita) (Dar cartão 3 na mão do entrevistado)
123
42) Agora gostaria de saber com mais detalhes o que o(a) Sr(a) pensa de alguns partidos
políticos. Por favor, use uma nota de 0 a 10 para indicar o quanto o(a) Sr(a) gosta do partido que eu vou mencionar. Zero significa que o(a) Sr(a) NÃO gosta do partido e dez que o(a) Sr(a) gosta muito. Quando eu falar o nome de um partido que o(a) Sr(a) não conhece, apenas diga que não o conhece. (ESTIMULADA E
ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (DAR CARTÃO 5 na mão do entrevistado)
Não gosta Gosta
muito Não
conheceIndife-rente NS NR
a) PT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
b) PDT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
c) PSDB 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
d) PFL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
e) PMDB 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
f) PTB 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
43) Agora usando as mesmas notas, gostaria que o(a) Sr(a) me dissesse o quanto gosta
de alguns políticos que vou mencionar. Quero lembrar que, zero significa que o(a) Sr(a) NÃO gosta do político que vou mencionar e dez que o(a) Sr(a) gosta muito. De novo, se o(a) Sr(a) não conhecer o político que eu disser, diga apenas que não o conhece. (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
(DAR CARTÃO 5 na mão do entrevistado)
Não gosta Gosta
muitoNão
conhece Indife-rente NS NR
a) Lula 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
b) José Serra 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
c) Garotinho 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
Esquerda Direita
Não sabeo que é
ser direita e
esquerda
Não conhece
Indife- rente NS NR
a) PT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
b) PDT 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
c) PSDB 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
d) PFL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
e) PMDB 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
f) PTB 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
124
d) Ciro Gomes 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
e) Fernando Henrique 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
f) Brizola 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
g) Maluf 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
h) Jader Barbalho 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
i) Antônio Carlos
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 77 99
44) Nos últimos 4 anos o(a) Sr(a) fez contato com algum político, ou alguém que trabalha no governo,
para pedir a solução de algum problema que prejudicava muitas pessoas ou reclamar do próprio governo? (ESPONTÂNEA E ÚNICA)
1 Sim 0 Não 55 não lembra 77 NS 99 NR 45) Nos últimos 4 anos, o(a) Sr(a) participou de algum protesto ou comício contra ou a favor do governo? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 55 Não lembra 77 NS 99 NR 46) Nos últimos 4 anos, o(A) Sr(a) tentou resolver algum problema junto com outras pessoas que pensam
como o(a) Sr(a)? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÂO: Qualquer tipo de problema das pessoas será aceito como resposta sim) 1 Sim 0 Não (pule p/ 48) 55 Não lembra (pule p/ 48) 77 NS (pule p/ 48) 99 NR (pule p/ 48) 47) Qual problema ? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA)
________________________________________________________ 88 NA 99 NR 48) O(A) Sr(a) acha que no Brasil a liberdade dos indivíduos e os direitos humanos são totalmente
respeitados, respeitados, um pouco respeitados, ou não são respeitados? (ESTIMULADA E ÚNICA) 4 Totalmente respeitados 3 Respeitados 2 Um pouco respeitados 1 Não são respeitados 77 NS 99 NR 49) Na sua opinião, no Brasil, a corrupção entre os políticos acontece o tempo todo, acontece na maior
parte do tempo, acontece de vez em quando, ou não há corrupção entre os políticos? (ESTIMULADA E ÚNICA) 4 Acontece o tempo todo 3 Acontece na maior parte do tempo 2 Acontece de vez em quando 1 Não há corrupção/ não acontece 77 NS 99 NR 50) Novamente pensando em esquerda e direita na política. O que o(a) Sr(a) se considera? Zero significa
que o(a) Sr(a) é de esquerda e 10 que o(a) Sr(a) é de direita. (ESTIMULADA E ÚNICA) (Dar cartão 3 na mão do entrevistado) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 66 Não sabe o que é ser de esquerda e direita 77 NS 99 NR 51) O(A) Sr(a) poderia dizer o nome do governador do Estado ... (nome do Estado no
qual foi realizada a entrevista)
125
52) E o nome do prefeito de ...,(nome da cidade que é a capital do Estado onde foi
realizada a entrevista), capital do Estado?
53) O(A) Sr(a) poderia mencionar o nome de um deputado federal de ... (nome do Estado no qual foi realizada a entrevista)
54) O(A) Sr(a) poderia mencionar o nome de um deputado estadual de ... (nome do
Estado no qual foi realizada a entrevista)
55) Na sua opinião, qual é o partido do Presidente Fernando Henrique Cardoso? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 45 PSDB 25 PFL 14 PTB 13 PT 12 PDT 15 PMDB 23 PPS 11 PPB 22 PL 43 PV 65 PC do B 1 Outro __________ 55 Não lembra 77 NS 99 NR
56) Na sua opinião o número 13 é de qual partido? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 13 PT 12 PDT 15 PMDB 45 PSDB 25 PFL 14 PTB 23 PPS 11 PPB 17 Lula 22 PL 43 PV 65 PC do B 1 Outro _____ 55 Não lembra 77 NS 99 NR
57) Nessa eleição ... (nome do candidato mais votado a deputado federal do Estando no
qual foi realizada a entrevista) deputado estadual, deputado federal ou senador? 58) Nessa eleição ... (nome do candidato mais votado a deputado estadual do Estando
no qual foi realizada a entrevista) deputado estadual, deputado federal ou senador? 59) Agora eu gostaria que o(a) Sr(a) usasse um número de ZERO a 10 para dizer qual
político é de esquerda e qual é de direita. Zero significa que o político é de esquerda e 10 que é de direita. De ZERO a 10 como o(a) Sr(a) classificaria o ...? (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (INSTRUÇÃO: observar a
diferença entre os códigos 77 NS – não sabe se o PARTIDO é de esquerda ou direita e 55 - não sabe o que é ser de esquerda e direita)
(Dar cartão 3 na mão do entrevistado)
Esquerda Direita
Não sabe o que é
ser direita e
esquerda
Não conhece
Indife-rente NS NR
a) Lula 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
b) José Serra 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
c) Garotinho 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
d) Ciro Gomes 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
126
e) Fernando Henrique
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
f) Brizola 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
g) Maluf 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
h) Antônio Carlos Magalhães
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 11 12 77 99
60) Se o voto não fosse obrigatório o(a) Sr(a) votaria? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 55 Talvez/depende 77 NS 99 NR
61) O(a) Sr(a) costuma ler jornal? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: A resposta às vezes entra como sim) 1 Sim 0 Não (pule p/ 64) 77 NS (pule p/ 64) 99 NR (pule p/ 64) 62) Quantos dias por semana o(a) Sr(a) lê jornal? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 3 Todo dia 2 Algumas vezes por semana 1 Uma vez por semana 4 Raramente 77 NS (pule p/ 64) 88 NA 99 NR (pule p/ 64) 63) O(a) Sr(a) lê a parte de _________ do jornal: (ESPONTÂNEA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Sim Não NS NA NR
a) Política 1 0 77 88 99
b) Economia 1 0 77 88 99
c) Cidade/bairro 1 0 77 88 99
64) O(A) Sr(a) assistiu telejornais com notícias nacionais essa semana? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 77 NS 99 NR 65) E telejornais de notícias locais, o(a) Sr(a) assistiu essa semana? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 77 NS 99 NR 66) Quantos dias por semana o(a) Sr(a) assiste o Jornal Nacional da TV Globo? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 6 Todo dia 5 Cinco dias 4 Quatro dias 3 Três dias 2 Dois dias 1 Um dia 0 Nunca assiste 7 Raramente 77 NS 99 NR 67) Quantos dias por semana o(a) Sr(a) assiste o Jornal da Record apresentado por Boris Casoy? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 6 Todo dia 5 Cinco dias 4 Quatro dias 3 Três dias 2 Dois dias 1 Um dia 0 Nunca assiste 7 Raramente 77 NS 99 NR 68) Quantos dias por semana o(a) Sr(a) assiste o programa Cidade Alerta da TV Record apresentado por
José Luiz Datena? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 6 Todo dia 5 Cinco dias 4 Quatro dias 3 Três dias 2 Dois dias 1 Um dia 0 Nunca assiste
127
7 Raramente 77 NS 99 NR 69) E o programa Brasil Urgente da Band, apresentado por Roberto Cabrini, quantos dias por semana o(a)
Sr(a) assiste? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 6 Todo dia 5 Cinco dias 4 Quatro dias 3 Três dias 2 Dois dias 1 Um dia 0 Nunca assiste 7 Raramente 77 NS 99 NR 70) O(A) Sr(a) ouviu notícias no rádio esta semana? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 3 Não ouve rádio (pule p/ 72) 77 NS 99 NR 71) O(A) Sr(a) ouve programas de rádio que debatem temas políticos? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 77 NS 88 NA 99 NR 72) Com que freqüência o(a) Sr(a) conversa sobre política com parentes e amigos, todo dia, às vezes,
raramente ou nunca? (ESTIMULADA E ÚNICA) 4 Todo dia 3 Às vezes 2 Raramente 1 Nunca 77 NS 99 NR
73) Qual é o maior problema do Brasil hoje? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Desemprego 2 Saúde 3 Educação 4 Pobreza 5 Salário 6 Violência 7 Corrupção 11 Política 12 Fome 13 Desigualdade 14 Trânsito 15 Enchentes 17 Favelas 18 Água 19 Esgoto 20 Urbanismo 21 Estacionamento 22 Transporte público 66 Outro ________________________ 77 NS (pule p/ 75) 99 NR (pule p/ 75)
74) E o segundo maior problema? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Desemprego 2 Saúde 3 Educação 4 Pobreza 5 Salário 6 Violência 7 Corrupção 11 Política 12 Fome 13 Desigualdade 14 Trânsito 15 Enchentes 17 Favelas 18 Água 19 Esgoto 20 Urbanismo 21 Estacionamento 22 Transporte público
66 Outro ________________________ 77 NS 88 NA 99 NR
75) Eu vou dizer algumas formas de participação política, e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse, para cada uma delas se o(a) Sr(a) faria ou NÃO faria: (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Faria Não faria NS NR
a) Assinar um abaixo assinado 1 0 77 99
b) Participar de manifestações ou protestos 1 0 77 99
c) Participar de greve 1 0 77 99
76) Agora eu gostaria de saber quais destas atividades o(a) Sr(a) já fez em algum
momento da sua vida e quais o(a) Sr(a) nunca fez: (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Já Fez Nunca fez NS NR
a) Assinar um abaixo assinado 1 0 77 99
b) Participar de manifestações ou protestos 1 0 77 99
128
c) Participar de greve 1 0 77 99
77) O(a) Sr(a) participa ou já participou de ...? (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Participa Não participa
Participou, mas não participa
mais
Não tem condomínio ou associação de bairro onde mora
NS NR
a) Associação de moradores (ou de bairro) 2 0 1 55 77 99
b) Reunião de condomínio 2 0 1 55 77 99
c) Clube social ou esportivo 2 0 1 - 77 99
d) Associação assistencial-religiosa 2 0 1 - 77 99
e) Associação assistencial – não religiosa 2 0 1 - 77 99
78) O(A) Sr(a) é filiado(a) a algum ...........? (ESPONTÂNEA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Sim Não NS NR
a) Sindicato 1 0 77 99
b) Associação profissional 1 0 77 99
c) Partido político 1 0 77 99
78.d) Qual partido político é filiado? _______________ 88 NA 99
79) O(A) Sr(a) costuma se informar sobre o trabalho de algum político? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 99 NR 77 NS
80) O(A) Sr(a) se considera uma pessoa muito interessada por política, um pouco interessada, ou o(a)
Sr(a) não tem interesse por política? (ESTIMULADA E ÚNICA) 3 Muito interessada 2 Um pouco interessada 1 Não tem interesse 77 NS 99 NR
81) Em quais desses partidos políticos o(a) Sr(a) não votaria de jeito nenhum? (ESTIMULADA E MÚLTIPLA) (DAR CARTÃO 6 na mão do entrevistado)
Não votaria Votaria Não conhece o
partido NS NR NA
a) PT 0 1 55 77 99 - b) PFL 0 1 55 77 99 -
c) PSDB 0 1 55 77 99 -
d) PMDB 0 1 55 77 99 -
e) - - - - - - 88
f) - - - - - - 88
g) - - - - - - 88
129
82) Na sua opinião..... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 As discussões entre os partidos causam mais dano do que benefício ao Brasil OU 2 As discussões entre os partidos tornam mais claro para o povo muitos problemas importantes, e por isso prestam um grande serviço ao país? 77 NS 99 NR 83) Na sua opinião os partidos representam mais ..... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 O conjunto da população, 2 Os próprios políticos OU 3 Os eleitores e grupos que apóiam esses partidos? 77 NS 99 NR 84) E como DEVERIA ser, os partidos DEVERIAM representar mais ..... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 O conjunto da população, 2 Os próprios políticos OU 3 Os eleitores e grupos que apóiam esses partidos? 77 NS 99 NR 85) Algumas pessoas dizem que “os partidos só servem para dividir as pessoas”, o(a) Sr(a) concorda ou
discorda? Muito ou pouco? ..... (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: pergunta em duas etapas. Aceitar a resposta “nem concorda nem discorda ” como resposta espontânea) 5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda 2 Discorda um pouco 1 Discorda muito 77 NS 99 NR 86) Vou ler uma lista de coisas importantes para que uma pessoa escolha um partido e gostaria que o(a)
Sr(a) me dissesse qual delas é a mais importante para que o(a) Sr(a) prefira um partido? E qual é a segunda mais importante? (ESTIMULADA E MÚLTIPLA) (DAR CARTÃO 8 na mão do entrevistado)
1º mais
importante2º mais
importanteNão
mencionado NS NR
a) O programa do partido 1 2 3 77 99
b) Ser um partido de gente honesta 1 2 3 77 99
c) A atuação passada dos representantes do partido 1 2 3 77 99
d) O tipo de pessoa que o partido representa 1 2 3 77 99
e) Ter amigos e parentes no partido 1 2 3 77 99
f) Ser apoiado por autoridades religiosas 1 2 3 77 99
87) O que é melhor, um presidente da república que ..... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Seja identificado com um partido político OU 2 Um presidente que não dê importância para os partidos? 77 NS 99 NR 88) Para resolver os problemas do Brasil, é melhor ..... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 A atuação de um líder que coloque as coisas no lugar OU 2 A participação da população nas decisões importantes do governo? 77 NS 99 NR 89) Na sua opinião as eleições presidenciais ..... (ESTIMULADA E ÚNICA) 3 Ajudam muito, 2 Ajudam um pouco OU 1 Não ajudam a melhorar a vida da população? 77 NS 99 NR 90) Na sua opinião..... (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÕES: Aceitar a opção tanto faz como espontânea)
130
1 A democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo OU 2 Em algumas situações é melhor uma ditadura do que uma democracia? 3 Tanto faz / nenhuma das duas é melhor 77 NS 99 NR 91) Na sua opinião o que é mais importante para melhorar o Brasil..... (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) 91.a) 1 Combater a miséria e a fome OU 2 Gerar mais empregos? 77 NS 99 NR 91.b) 1 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade OU 2 Fazer a economia do Brasil crescer mais rapidamente? 77 NS 99 NR 91.c) 1 Gerar mais empregos OU 2 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade? 77 NS 99 NR 91.d) 1 Melhorar a educação OU 2 Combater a corrupção? 77 NS 99 NR 91.e) 1 Fazer a economia do Brasil crescer mais rapidamente OU 2 Melhorar a segurança pública? 77 NS 99 NR 91.f) O que é mais importante.....
1 Combater a corrupção OU 2 Combater a miséria e a fome? 77 NS 99 NR 91.g) 1 Melhorar a saúde pública OU 2 A educação? 77 NS 99 NR 91.h) 1 Gerar mais empregos OU 2 Fazer a economia do Brasil crescer rapidamente? 77 NS 99 NR 91.i) 1 Melhorar a segurança pública OU 2 A saúde pública? 77 NS 99 NR
91.j) 1 Combater a miséria e a fome OU 2 Manter a inflação baixa e garantir a estabilidade? 77 NS 99 NR
92) Desses políticos, qual é o mais confiável? E em segundo lugar? E em terceiro lugar? E qual desses
políticos é o que faz mais pelos pobres? E em segundo lugar? E em terceiro lugar? E qual político ... (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA PERGUNTA) (INSTRUÇÕES: Inserir código 4 nas opções não citadas pelo entrevistado e usar a opção nenhum deles apenas após insistir com o entrevistado para que opte por algum dos políticos) (DAR CARTÃO 9 na mão do entrevistado)
1 Primeiro lugar 2 Segundo lugar 3 Terceiro lugar 0 Não mencionado Lula Ciro Serra Garotinho Nenhum
deles NS NR
a) É o mais confiável 55 77 99
b) É o que faz mais pelos pobres 55 77 99
c) É o mais honesto 55 77 99
d) É o que tem mais experiência para governar o Brasil 55 77 99
e) É o que tem o melhor plano de governo 55 77 99
131
f) É o que fez uma campanha limpa sem atacar os adversários 55 77 99
g) O mais preparado e competente 55 77 99
h) O que mais evita greve e bagunça 55 77 99
i) O que mais defende gerar empregos 55 77 99
j) O que mais defende manter a inflação baixa 55 77 99
Eu vou ler várias situações e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse o que cada pessoa DEVERIA FAZER e depois o que cada pessoa VAI FAZER. 93) Um candidato oferece uma cadeira de rodas para um deficiente físico, o que ele DEVERIA fazer ....
(ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Resposta “aceitar e não votar” não será aceita, pedir para que o entrevistado escolha entre as opções 1 e 2 . Caso o entrevistado insista muito marcar 99 NR) 1 Aceitar a cadeira de rodas e votar no candidato OU 2 Não aceitar a cadeira e votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 94) E o que o(a) Sr(a) acha que ele VAI fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Vai aceitar a cadeira de rodas e vai votar no candidato OU 2 Não vai aceitar a cadeira e vai votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 95) Um candidato oferece uma cesta básica de alimentos para uma família muito pobre que passa fome, o
que as pessoas dessa família DEVERIAM fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Aceitar a cesta básica e votar no candidato OU 2 Não aceitar a cesta básica e votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 96) E o que o(a) Sr(a) acha que as pessoas dessa família VÃO fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Vão aceitar a cesta básica e vão votar no candidato OU 2 Não vão aceitar a cesta básica e vão votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 97) Uma mãe não consegue vaga para matricular seu filho na escola. Um candidato consegue uma vaga
para o filho dela, o que ela DEVERIA fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Aceitar a vaga na escola e votar no candidato OU 2 Não aceitar a vaga e votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 98) E o que o(a) Sr(a) acha que essa mãe VAI fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Vai aceitar a vaga na escola e vai votar no candidato OU 2 Não vai aceitar a vaga e vai votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 99) Um candidato oferece para uma mãe que tem um filho doente dinheiro para o tratamento médico, o
que ela DEVERIA fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Aceitar o dinheiro para o tratamento médico e votar no candidato OU 2 Não aceitar o dinheiro e votar em outro candidato 77 NS 99 NR 100) E o que o(a) Sr(a) acha que essa mãe VAI fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Ela vai aceitar o dinheiro para o tratamento médico e vai votar no candidato OU 2 Ela não vai aceitar o dinheiro e vai votar em outro candidato? 77 NS 99 NR
132
101) Um candidato oferece um caminhão de tijolos para várias famílias que precisam acabar de construir suas casas, o que as pessoas dessas famílias DEVERIAM fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA)
1 Aceitar o caminhão de tijolos e votar no candidato OU 2 Não aceitar o caminhão de tijolos e votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 102) E o que o(a) Sr(a) acha que as pessoas dessas famílias VÃO fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Vão aceitar o caminhão de tijolos e vão votar no candidato OU 2 Não vão aceitar o caminhão de tijolos e vão votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 103) Um candidato oferece reformar um campo de futebol para um grupo de amigos que jogam bola
juntos toda semana, o que eles DEVERIAM fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Aceitar a reforma do campo de futebol e votar no candidato OU 2 Não aceitar a reforma do campo e votar em outro candidato? 77 NS 99 NR 104) Um candidato oferece uma bicicleta para uma criança, o que os pais da criança DEVERIAM fazer ....
(ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Aceitar a bicicleta e votar no candidato OU 2 Não aceitar a bicicleta e votar em outro candidato ? 77 NS 99 NR
105) Para cada frase que eu falar gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se concorda muito, concorda um pouco,
discorda um pouco ou discorda muito. (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (DAR CARTÃO 10 na mão do entrevistado) (INSTRUÇÃO: aceitar a resposta “nem discorda nem concorda” como resposta espontânea) 5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda 2 Discorda um pouco 1 Discorda muito
Número da resposta NS NR
a) Em geral, políticos muito honestos não sabem governar. 77 99
b) Não faz diferença se um político rouba ou não, o importante é que ele faça as coisas que a população precisa.
77 99
c) É melhor um político que faça muitas obras, mesmo que roube um pouco, do que um político que faça poucas obras e não roube nada.
77 99
d) Existem alguns políticos que são honestos. 77 99
e) É possível fazer obras públicas sem roubar. 77 99
f) Político honesto não tem sucesso na política. 77 99
g) Um político que faz muito e que rouba um pouco merece o voto da população.
77 99
h) Políticos muito honestos prejudicam o funcionamento do governo. 77 99
i) Um político que faz um bom governo deve poder desviar dinheiro público para financiar sua campanha eleitoral.
77 99
j) É melhor resolver rapidamente um problema da população, mesmo que para isso seja preciso pagar por fora.
77 99
k) Todos os políticos roubam. 77 99
133
106) Vou ler outras frases e para cada frase eu gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se concorda muito, concorda um pouco, discorda um pouco ou discorda muito.
(ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (INSTRUÇÃO: aceitar a resposta “nem discorda nem concorda” como resposta espontânea) (DAR CARTÃO 10 na mão do entrevistado) 1 Discorda muito 2 Discorda um pouco 3 Nem discorda nem concorda 4 Concorda um pouco 5 Concorda muito
Número da resposta NS NR
a) Um programa de televisão que defende o casamento de homem com homem e mulher com mulher deve ser proibido 77 99
b) Um programa de televisão que diz que Deus não existe deve ser proibido 77 99
c) Um programa de televisão com cenas de violência deve ser proibido 77 99
d) Um programa de televisão que faz críticas ao governo deve ser proibido 77 99
107) Eu vou citar algumas atividades que em certos países são feitas só pelo governo e em outros países
só pelas empresas particulares e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse quem deve administrar cada uma dessas atividades no Brasil. Quem deve administrar a/o(s)_______, só empresas do governo ou só empresas particulares? E ... (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
(INSTRUÇÃO: se o entrevistado responder na primeira vez governo e empresas particulares, diga que a pesquisa aceita apenas respostas “só o governo” ou “só as empresas particulares” e refaça a pergunta, se mais uma vez responder ambas, circule o código correspondente)
Só empresas do governo
Só empresas particulares
Ambos: governo e empresas
NS NR
a) Educação 0 2 1 77 99
b) Saúde 0 2 1 77 99
c) Aposentadoria e previdência social 0 2 1 77 99
d) Justiça 0 2 1 77 99
e) Transporte 0 2 1 77 99
f) Estradas e rodovias 0 2 1 77 99
g) Fornecimento de água 0 2 1 77 99
h) Serviço de esgoto 0 2 1 77 99
i) Recolhimento de lixo 0 2 1 77 99
j) Energia elétrica 0 2 1 77 99
k) Telefone fixo 0 2 1 77 99
l) Telefone celular 0 2 1 77 99
m) Bancos 0 2 1 77 99
n) Fabricação de carros 0 2 1 77 99
108) Agora eu vou falar várias coisas que o governo pode fazer com as empresas. Para cada frase que eu
falar gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se concorda muito, concorda um pouco, discorda um pouco ou discorda muito. (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
134
(INSTRUÇÃO: aceitar a resposta “nem concorda nem discorda ” como resposta espontânea) (Dar cartão 10 na mão do entrevistado) 5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda 2 Discorda um pouco 1 Discorda muito
NÚMERO DA RESPOSTA NS NR
a) O governo deve controlar o preço de todos os serviços básicos, como por exemplo do transporte.
77 99
b) O governo deve dizer tudo o que as empresas têm que fazer, como por exemplo quantos banheiros elas têm que ter.
77 99
c) Só as empresas, e nunca o governo, têm que treinar a mão-de-obra e os trabalhadores.
77 99
d) O governo deve socorrer as empresas em dificuldades. 77 99
e) O governo deve definir qual o valor dos salários de todos os funcionários de todas as empresas do Brasil.
77 99
f) Só as empresas, e nunca o governo, devem escolher onde construir uma nova fábrica.
77 99
g) O governo deve controlar os preços de todos os produtos vendidos no Brasil.
77 99
109) Mais uma vez para cada frase que eu falar gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se concorda muito,
concorda um pouco, discorda um pouco ou discorda muito. (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (DAR CARTÃO 10 na mão do entrevistado) (INSTRUÇÃO: aceitar a resposta “nem concorda nem discorda ” como resposta espontânea) 5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda 2 Discorda um pouco 1 Discorda muito
Número da resposta NS NR
a) O governo precisa dificultar mais a entrada de produtos estrangeiros no Brasil.
77 99
b) O governo deve proibir o emprego de trabalhadores estrangeiros no Brasil.
77 99
c) O governo deve permitir que empresas estrangeiras enviem todo o lucro para o exterior.
77 99
d) O governo deve oferecer facilidades para atrair investimentos de grandes empresas estrangeiras para o Brasil.
77 99
e) O governo deve proibir que estrangeiros comprem terras no Brasil.
77 99
f) O governo deve obrigar todas as empresas estrangeiras a irem embora do Brasil.
77 99
g) Os produtos fabricados por empresas estrangeiras são sempre melhores que os produtos fabricados por empresas brasileiras.
77 99
110) Nas frases que vou falar gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se concorda muito, concorda um pouco,
discorda um pouco ou discorda muito. (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (DAR CARTÃO 10 na mão do entrevistado) (INSTRUÇÃO: aceitar a resposta “nem concorda nem discorda ” como resposta espontânea) 5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda
135
2 Discorda um pouco 1 Discorda muito Número da
resposta NS NR
a) Cada pessoa deve cuidar somente do que é seu, e o governo cuida do que é público.
77 99
b) Se alguém se sente incomodado pelo vizinho o melhor é não reclamar.
77 99
c) Se alguém é eleito para um cargo público deve usar o cargo como se fosse sua propriedade particular em seu benefício.
77 99
d) Já que o governo não cuida do que é público, então também nenhuma pessoa deve cuidar do que é público.
77 99
e) A pessoa que dá uma festa com som alto não se preocupa com os vizinhos.
77 99
f) Ninguém deve usar as ruas e calçadas para vender produtos. 77 99
g) A pessoa que constrói uma casa em um terreno público abandonado não se preocupa com o que é público.
77 99
h) Um funcionário que trabalha em uma empresa não deve usar o telefone do trabalho para fazer um serviço por fora.
77 99
i) Alguém que recebe dinheiro do governo brasileiro para ir estudar no estrangeiro, depois de concluir os estudos tem que voltar para trabalhar no Brasil.
77 99
111) Agora eu vou mencionar vários tipos de protestos contra o governo, e gostaria que o(a) Sr(a)
dissesse se o protesto deve sempre ser permitido, deve ser permitido na maioria das vezes, deve ser proibido na maioria das vezes, ou se deve sempre ser proibido. Abaixo assinados? E... (ESTIMULADA
E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (DAR CARTÃO 11 na mão do entrevistado) 1 Sempre permitido 2 Permitido na maioria das vezes 3 Proibido na maioria das vezes 4 Sempre proibido
Número da resposta NS NR
a) Abaixo assinados 77 99
b) Passeatas 77 99
c) Comícios 77 99
d) Greves 77 99
e) Bloqueio de estradas 77 99
f) Ocupação de prédios públicos 77 99
g) Ocupação de terras 77 99
112) Com qual das frases o(a) Sr(a) concorda mais:.... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 O aborto deve ser proibido em qualquer situação, 2 O aborto deve ser permitido se a mulher ficar grávida por causa de estupro OU 3 O aborto deve ser permitido em qualquer situação? 77 NS 99 NR Eu vou ler várias situações e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse o que cada pessoa DEVERIA FAZER.
136
113) Um porteiro ganha na Megasena. O que o(a) Sr(a) acha que o porteiro DEVERIA fazer: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Ele deveria comprar uma casa numa área rica da cidade OU 2 O porteiro deveria continuar morando no mesmo bairro, mas deveria mudar para uma casa melhor? 77 NS 99 NR 114) O patrão diz ao seu empregado que ele pode tomar banho na piscina do edifício. O que o (a) Sr(a)
acha que o empregado DEVERIA fazer: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 O empregado deveria agradecer e não deveria tomar banho na piscina OU 2 O empregado deveria tomar banho na piscina? 77 NS 99 NR 115) Uma filha de 18 anos quer viajar com as amigas, o que os pais DEVERIAM fazer? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Os pais deveriam decidir e dizer se a filha pode ou não viajar OU 2 Os pais deveriam deixar a filha decidir o que ela quiser? 77 NS 99 NR 116) O empregado trata o patrão de senhor, mas o patrão diz ao empregado que pode ser tratado de você,
o que o(a) Sr(a) acha que o empregado DEVERIA fazer? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Ele deveria continuar chamando o patrão por senhor OU 2 O empregado deveria passar a chamar o patrão por você? 77 NS 99 NR 117) Os moradores de um prédio ou edifício, dizem para os porteiros e empregadas domésticas que eles
podem usar o elevador social, o que o(a) Sr(a) acha que os empregados do prédio DEVERIAM fazer.... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Eles deveriam usar o elevador social OU 2 Eles deveriam continuar usando o elevador de serviço? 77 NS 99 NR 118) A patroa diz para a empregada doméstica que ela pode assistir televisão na sala junto com ela, o que
o(a) Sr(a) acha que a empregada DEVERIA fazer .... (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Ela deveria sentar no sofá junto da patroa e assistir TV com ela; 2 Ela deveria assistir TV na sala com a patroa, mas pegar uma cadeira da cozinha OU 3 Ela deveria assistir TV no seu quarto? 77 NS 99 NR 119) O filho do patrão diz que vai casar com a filha do empregado. O que o(a) Sr(a) acha que o patrão
DEVERIA fazer: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 O patrão deveria proibir seu filho de casar com a filha do empregado OU 2 Ele deveria deixar seu filho casar com ela? 77 NS 99 NR
120) O(a) Sr(a) acha que a lei: (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: a opção 3 deve ser aceita como resposta espontânea) 1 Deve ser sempre cumprida OU 2 Ela deve ser cumprida na maioria das vezes? 3 Nunca deve ser cumprida (não ler) 77 NS 99 NR 121) Eu vou ler quatro frases, e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse com qual concorda mais: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 As pessoas não podem mudar nada na sua vida, todo o seu destino é decidido por Deus. 2 Deus decide o destino, mas as pessoas podem mudar um pouco do seu destino. 3 Deus decide o destino, mas as pessoas podem mudar muito do seu destino. 4 Não há destino, as pessoas decidem tudo sobre sua vida. 77 NS 99 NR
137
122) Agora eu vou dizer duas frases, e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse com qual concorda mais: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 As pessoas devem colaborar com o governo, mesmo se o governo não fizer a sua obrigação de cuidar do que é
público OU 2 As pessoas só devem colaborar com o governo quando o governo faz a sua obrigação de cuidar do que é público. 77 NS 99 NR 123) Gostaria que o(a) Sr(a) desse uma nota de 0 a 10 para dizer o quanto o(a) Sr.(a) está satisfeito com o
serviço público brasileiro. (ESTIMULADA E ÚNICA)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 77 NS 99 NR
124) Agora, imagine um serviço público ideal, perfeito, que seria nota 10, e um serviço público longe do ideal, que seria nota 0, que nota de 0 a 10 o (a) Sr.(a) daria para o serviço público brasileiro? (ESTIMULADA E ÚNICA)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 77 NS 99 NR
125) Vou citar alguns serviços públicos e gostaria que o (a) Sr. (a) desse uma nota de 0 a
10 para dizer o quanto está satisfeito com cada um deles. De 0 a 10, que nota o (a) Sr(a) dá para.... (ESTIMULADA E ÚNICA)
Nota NS NR
a) A coleta de lixo 77 99
b) A polícia 77 99
c) A limpeza das ruas e calçadas 77 99
d) O estado de conservação das ruas e calçadas da cidade 77 99
e) O controle dos camelôs, mesas de bar e bancas de lojas 77 99
f) As quadras, praças e espaços de lazer da cidade 77 99
g) As escolas públicas 77 99
h) O serviço de saúde pública 77 99
i) A iluminação das ruas e praças 77 99
j) O serviço de água 77 99
k) O serviço de esgoto 77 99
126) Pensando na qualidade dos serviços públicos, o (a) Sr(a) acha que o valor dos impostos que o(a) Sr(a) paga é caro ou barato? Muito ou pouco? (ESTIMULADA E ÚNICA)
(INSTRUÇÃO: a opção 3 deve ser aceita como resposta espontânea) 1 Muito caro 2 Um pouco caro 4 Um pouco barato 5 Muito barato
138
3 Nem caro e nem barato (não ler) 77 NS 99 NR 127) Nessa eleição, a prefeitura ou alguém ofereceu alguma coisa para o(a) Sr(a) em troca do seu voto? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não (pule p/ 130) 77 NS (pule p/ 130) 99 NR (pule p/ 130) 128) O que foi oferecido? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA) _________________________________________________________________________________ 77 NS 88NA 99 NR 129) Foi oferecido alguma coisa em troca do seu voto para deputado estadual? E para.... ? (ESPONTÂNEA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Sim Não NS NA NR
a) Deputado Estadual 1 0 77 88 99
b) Deputado Federal 1 0 77 88 99
c) Senador 1 0 77 88 99
d) Governador 1 0 77 88 99
e) Presidente 1 0 77 88 99
130) Gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se confia muito // confia // confia pouco // ou não confia na sua
família? E ... (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Confia muito
CONFIA Confia pouco
Não confia
Não tem NS NR
a) Na sua família 4 3 2 1 55 77 99
b) Nos seus amigos 4 3 2 1 55 77 99
c) Na maioria das pessoas 4 3 2 1 55 77 99
131) Eu vou falar o nome de várias instituições e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se avalia a atuação de
cada uma como ótima, boa, ruim, ou péssima. A atuação da Igreja Católica é ótima, boa, ruim ou péssima? E ... (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) (INSTRUÇÃO: o regular é aceito como resposta espontânea, e deve-se perguntar se regular para bom ou para ruim)
Ótima Boa Ruim Péssima Regular para bom
Regular para ruim NS NR
a) Da Igreja Católica 6 5 2 1 4 3 77 99
b) Da Polícia 6 5 2 1 4 3 77 99
c) Do Governo Federal 6 5 2 1 4 3 77 99
139
d) Da Justiça 6 5 2 1 4 3 77 99
e) Das Grandes Empresas 6 5 2 1 4 3 77 99
f) Dos Partidos Políticos 6 5 2 1 4 3 77 99
g) Do Congresso 6 5 2 1 4 3 77 99
h) Dos Militares 6 5 2 1 4 3 77 99
i) Da Rede Globo 6 5 2 1 4 3 77 99
j) Das outras emissoras de televisão
6 5 2 1 4 3 77 99
132) Agora eu vou ler uma lista de problemas, e eu gostaria que o(a) Sr(a) dissesse de quem é a
responsabilidade de cuidar desse problema? Se é do presidente, do governador ou do prefeito? (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Presidente Governador PrefeitoPresidente
e Governador
Presidente e
Prefeito
Governador e
Prefeito Os três NS NR
a) Inflação 1 2 3 4 5 6 7 77 99
b) Violência 1 2 3 4 5 6 7 77 99
c) Iluminação pública
1 2 3 4 5 6 7 77 99
d) Desemprego 1 2 3 4 5 6 7 77 99
e) Saneamento e esgoto
1 2 3 4 5 6 7 77 99
f) Pavimentação e asfaltamento de ruas
1 2 3 4 5 6 7 77 99
133) Dessas aqui qual foi a maneira mais importante para o(a) Sr(a) decidir em quem votar para
presidente? E qual foi a segunda mais importante? E a terceira? (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA PERGUNTA) (DAR CARTÃO 12 para o entrevistado) 1 Mais importante 2 Segunda mais importante 3 Terceira mais importante 0 Não mencionada 88 NA (Não votou) 1º mais
importante2º mais
importante3º mais
importanteNão
mencionada NS NA NR
a) Conversas com colegas de trabalho/escola 1 2 3 0 77 88 99
b) Propaganda política na televisão 1 2 3 0 77 88 99
c) Notícias sobre os candidatos nos jornais 1 2 3 0 77 88 99
d) Notícias sobre os candidatos no rádio 1 2 3 0 77 88 99
140
e) Notícias sobre os candidatos na televisão 1 2 3 0 77 88 99
f) Ouvir os candidatos em comícios 1 2 3 0 77 88 99
g) Informações da igreja sobre os candidatos 1 2 3 0 77 88 99
h) Informações de associações de moradores sobre os candidatos 1 2 3 0 77 88 99
i) O resultado das pesquisas eleitorais 1 2 3 0 77 88 99
j) Debates entre candidatos na televisão 1 2 3 0 77 88 99
k) Conversas com amigos e pessoas da família 1 2 3 0 77 88 99
l) Propaganda política no rádio 1 2 3 0 77 88 99
134) O que é mais importante para o(a) Sr(a) na hora de votar em um candidato para ________: a pessoa
do candidato // o partido do candidato // as propostas do candidato // ou o seu passado, o que ele já fez? E para votar em um candidato a senador? E ...
(ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA CARGO) (DAR CARTÃO 13 na mão do entrevistado) 1 A pessoa do candidato 2 O partido do candidato 3 As propostas do candidato 4 O seu passado, o que ele já fez 88 (Não vota mais)
Item mais importante
Não pensa em nada
NS NA NR
a) Vereador 55 77 88 99
b) Prefeito 55 77 88 99
c) Deputado Estadual 55 77 88 99
d) Deputado Federal 55 77 88 99
e) Governador 55 77 88 99
f) Senador 55 77 88 99
g) Presidente 55 77 88 99
135) Quantos dias por semana o(a) Sr(a) assistiu ao menos uma parte do horário eleitoral gratuito na TV? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 4 Quatro dias por semana ou mais 3 Dois ou três dias por semana ou 2 Um dia por semana 1 Nunca 55 Não lembra 77 NS 99 NR
136) O(A) Sr(a) assistiu alguma vez os comerciais dos candidatos com duração pequena que passavam
durante a programação da TV? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 55 Não lembra 77 NS 99 NR (INSTRUÇÃO: As duas perguntas que se seguem SÓ não se aplicam aos entrevistados que NÃO ASSISTIRAM o horário eleitoral e TAMBÉM NÃO assistiram os comerciais dos candidatos durante a programação normal da televisão) 137) O horário eleitoral gratuito na televisão, ajudou muito\\ ajudou\\ ajudou pouco, ou não ajudou o(a)
Sr(a) a conhecer: (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) 4 Ajudou muito 3 Ajudou 2 Ajudou pouco 1 Não ajudou
141
Número da resposta Indiferente NS NA NR
a) As características pessoais dos candidatos 12 77 88 99
b) O passado dos candidatos 12 77 88 99
c) As propostas de governo dos candidatos 12 77 88 99
d) Os partidos dos candidatos 12 77 88 99
e) Os políticos que o apóiam 12 77 88 99
f) As diferenças entre os candidatos 12 77 88 99
138) 88 NA 139) Depois de assistir o horário político na TV, o(a) Sr(a) passou a conhecer melhor o ... (ESPONTÂNEA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Sim Não Indiferente NS NA NR
a) Lula 1 0 12 77 88 99
b) Serra 1 0 12 77 88 99
c) Ciro 1 0 12 77 88 99
d) Garotinho 1 0 12 77 88 99
140) 88 NA 141) A propaganda política na TV fez com que o(a) Sr(a) mudasse seu voto para presidente? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não (pule p/ 143) 77 NS (pule p/ 143) 99 NR(pule p/ 143) 142) O(A) Sr(a) mudou de qual candidato para qual candidato? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Voto para presidente) DO: ____________________ para o: ___________________ 77 NS 88 NA 99 NR 143) O(A) Sr(a) acha que o horário eleitoral gratuito na TV deve continuar existindo? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Sim 0 Não 77 NS 99 NR 144) Muitas pessoas que entrevistamos nos disseram o que as levou a escolher um determinado
candidato. Qual dos motivos que eu vou dizer levou o(a) Sr(a) a escolher um candidato a presidente? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Era o candidato que melhor representava pessoas como eu, 2 Era o candidato que estava disposto a combater os verdadeiros males do país OU 3 Era o candidato que iria trazer mais benefícios à população? 4 Nenhuma dessas 77 NS 99 NR 145) O(a) Sr(a) é contra ou a favor: (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA) Contra A favor NS NR
142
a) Da invasão de terras para pressionar o governo a fazer a reforma agrária
1 2 77 99
b) Da prisão perpétua 1 2 77 99
c) Da pena de morte 1 2 77 99
d) Do exército combater a violência nas ruas das grandes cidades 1 2 77 99
e) Da venda de armas de fogo para qualquer pessoa 1 2 77 99
g) Da prisão para menores de idade 1 2 77 99
146) Na sua opinião o que o governo deveria fazer em primeiro lugar para combater a violência: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Diminuir o desemprego e melhorar a educação OU 2 Aumentar o número de policiais treinados e equipados nas ruas? 77 NS 99 NR
147) Pensando agora na reforma agrária, na sua opinião: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 O governo deve desapropriar as terras sem uso OU 2 O dono da terra deve ter o direito de querer ou não cultivar suas terras? 77 NS 99 NR 148) Vou dizer três frases sobre homens que fazem sexo com homens e gostaria que o(a) Sr(a) dissesse
com qual concorda mais: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Essas pessoas podem transar com quem desejam, 2 Essas pessoas não têm vergonha OU 3 Essas pessoas são doentes? 77 NS 99 NR 149) 88 NA 150) Na sua opinião: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Os homens devem dividir com as mulheres o trabalho de cuidar da casa e dos filhos OU 2 Essa é uma responsabilidade da mulher? 77 NS 99 NR
151) Se uma mulher apanha do marido, ela deve: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Dar queixa na polícia, 2 Separar-se do marido, mas não dar queixa OU 3 Não fazer nada para não desmanchar a família? 4 Dar queixa e separar-se do marido 77 NS 99 NR
152) O governo já está fazendo reserva de vagas em empregos públicos para negros, porque eles têm tido
menos oportunidades do que os brancos de conseguir bons empregos. Antes dessa mudança, para conseguir esses empregos públicos as pessoas faziam os mesmos testes ou concursos, e as que tinham os melhores resultados conseguiam o emprego. Agora os negros têm garantido alguns bons empregos públicos, mesmo que seus resultados nos testes e concursos não sejam os melhores. O(a) Sr(a) é contra ou a favor dessa nova lei do governo: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Contra 2 A favor 77 NS 99 NR
153) 88 NA 154) Vou ler outra vez várias frases e para cada frase eu gostaria que o(a) Sr(a) dissesse se concorda
muito, concorda um pouco, discorda um pouco ou discorda muito. (DAR CARTÃO 10 na mão do entrevistado) (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
143
5 Concorda muito 4 Concorda um pouco 3 Nem concorda nem discorda 2 Discorda um pouco 1 Discorda muito
NÚMERO DA RESPOSTA NS NR
a) Toda raça tem gente boa e gente ruim, isso não depende da cor de pele.
77 99
b) As coisas que os pretos sabem fazer melhor são a música e os esportes.
77 99
c) Se pudessem comer bem e estudar os pretos teriam sucesso em qualquer profissão.
77 99
d) Se Deus fez raças diferentes é para que elas não se misturem.
77 99
155) Na sua opinião, os pretos têm preconceito de cor contra os brancos? (Se sim) Muito ou pouco? (ESTIMULADA E ÚNICA) 3 Muito 2 Pouco 1 Não 77 NS 99 NR
156) Se o(a) Sr(a) não tem filha, eu gostaria que o(a) Sr(a) imaginasse que uma filha sua casasse com uma pessoa de cor preta. O(A) Sr(a) ... (ESTIMULADA E ÚNICA)
1 Não se importaria, 2 Ficaria contrariado(a) mas aceitaria OU 3 Não aceitaria o casamento? 77 NS 99 NR Agora vamos entrar na última parte do questionário e depois disso a entrevista termina.
157) Qual a sua idade? _____________ 158) Sexo do entrevistado: (não perguntar) 1 Masculino 2 Feminino
159) Até que série o(a) sr(a) estudou? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 Analfabeto / sem instrução 2 Primeiro ano do primário 3 Segundo ano do primário 4 Terceiro ano do primário 5 Quarto ano do primário incompleto 6 Quarto ano do primário/Primário completo 7 Quinta série/1º ano ginásio 8 Sexta série/2º ano ginásio 9 Sétima série/3º ano ginásio 10 Oitava série incompleta/4º ano do ginásio incompleto 11 Oitava série/4º ano ginásio/Primeiro grau completo 12 Primeiro ano do 2º grau 13 Segundo ano do 2º grau 14 Terceiro ano do 2º grau incompleto 15 Terceiro ano do 2º grau/Segundo grau completo 16 Iniciou a faculdade/universidade mas não se formou Completou a faculdade/universidade: Qual o maior grau já obtido pelo(a) Sr(a), graduação, mestrado,
doutorado ou pós-graduação lato-sensu? 17 Graduação/faculdade 18 Mestrado 19 Doutorado 20 Lato-sensu 21 Pós-doutorado 77 NS 99 NR
144
160) Alguém da sua família que mora na casa do(a) Sr(a) é filiado a algum sindicato? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1Sim 2 Não 3 Moro sozinho 77 NS 99 NR 161) O(A) Sr(a) é filiado(a) a ...........? (ESPONTÂNEA E ÚNICA PARA CADA ITEM DA BATERIA)
Sim Não NS NR
a) Associação patronal 1 0 77 99
b) Associação de trabalhadores rurais 1 0 77 99
c) Associação de proprietários de terras/fazendeiros 1 0 77 99
162) Atualmente, qual é a situação profissional do(a) Sr(a): (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: LEIA as alternativas pausadamente. Quando for o caso faça a pergunta do sub-item) 1 EMPREGADO ASSALARIADO 2 AUTÔNOMO / CONTA PRÓPRIA 3 PROFISSIONAL LIBERAL 4 EMPREGADOR/EMPRESÁRIO AJUDA ALGUÉM DA FAMÍLIA EM SEU TRABALHO OU NEGÓCIO 51 Com remuneração OU 52 Sem remuneração Aprendiz ou estagiário 61 Com remuneração OU 62 Sem remuneração 7 Estudante (pule para p/ 169) 8 DESEMPREGADO (PULE PARA P/ 168) 91 Aposentado por tempo de trabalho (pule para p/ 169) 92 Aposentado por invalidez (pule para p/ 169) 10 Dona de casa (pule para p/ 169) 66 Outro, (p.ex. pensionista) (especificar) ____________________ 77 NS (pule p/ 169) 99 NR (pule p/ 169) 163) O(a) Sr(a) trabalha quantas horas POR DIA em média? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) ___________________ número de horas 77 NS 88 NA 99 NR 164) Qual a sua ocupação, o que o(a) Sr(a) faz no trabalho? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) [explorar bastante] __________________________________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 165) O seu emprego ou trabalho é como: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Funcionário/Servidor público 2 Funcionário/empregado de companhia/ proprietário de empresa particular 3 No terceiro setor, ONGs OU 4 Autônomo / Conta própria 66 Outro: ______________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 166) E qual é o setor da economia: (ESTIMULADA E ÚNICA)
145
1 Setor primário: agricultura, pecuária, pesca 2 Setor secundário: indústria, construção, mineração 3 Setor terciário: transporte, comunicações, , comércio e vendas, educação, serviços pessoais, administração pública, forças armadas, outros serviços, concessões públicas, setor financeiro, de seguros, setor imobiliário, entretenimento, cultura, recreação, esporte. 66 Outro: _________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 167) O(a) Sr(a) está preocupado em perder o emprego/trabalho nos próximos 6 meses? 1 Sim 0 Não 77 NS 88 NA 99 NR
168) O(a) Sr(a) esteve sem emprego nos últimos 6 meses? 1 Sim 0 Não 77 NS 88 NA 99 NR 169) O(a) Sr(a) é: (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Uma pessoa que tenha se divorciado ou separado, mas que atualmente seja casada ou amigada, entra como casada ou amigada) 1 Casado(a) 6 Amigado(a) (casado na prática mas não no papel) 2 Solteiro(a) (pule p/ 175) 3 Divorciado(a) (pule p/ 175) 4 Separado(a) (pule p/ 175) OU 5 Viúvo (a) (pule p/ 175) 66 Outro _____________ 77 NS (pule p/ 175) 99 NR (pule p/ 175) 170) Atualmente, qual é a situação profissional da(o) sua (seu) esposa (marido): (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: LEIA as alternativas em negrito, pausadamente. Quando for o caso faça a pergunta do sub-1 EMPREGADO ASSALARIADO 2 AUTÔNOMO / CONTA PRÓPRIA 3 PROFISSIONAL LIBERAL 4 EMPREGADOR/EMPRESÁRIO AJUDA ALGUÉM DA FAMÍLIA EM SEU TRABALHO OU NEGÓCIO 51 Com remuneração OU 52 Sem remuneração Aprendiz ou estagiário 61 Com remuneração OU 62 Sem remuneração 7 Estudante (pule para p/ 169) 8 DESEMPREGADO (PULE PARA P/ 168) 91 Aposentado por tempo de trabalho (pule para p/ 169) 92 Aposentado por invalidez (pule para p/ 169) 10 Dona de casa (pule para p/ 169) 66 Outro, (p.ex. pensionista) (especificar) ____________________ 77 NS (pule p/ 169) 99 NR (pule p/ 169) 171) Quantas horas POR DIA em média ele(a) trabalha? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) ___________________ número de horas 77 NS 88 NA 99 NR 172) Qual a ocupação da(o) sua (seu) esposa (marido)? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) [explorar bastante]
146
___________________________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 173) O emprego da(o) sua (seu) esposa (marido) é como: (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Funcionário/Servidor público 2 Funcionário/empregado de companhia/ proprietário de empresa particular 3 No terceiro setor, ONGs OU 4 Autônomo / Conta própria 66 Outro: ______________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 174) E qual é o setor da economia onde trabalha a(o) sua (seu) esposa (marido): (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Setor primário: agricultura, pecuária, pesca 2 Setor secundário: indústria, construção, mineração 3 Setor terciário: transporte, comunicações, , comércio e vendas, educação, serviços pessoais, administração pública, forças armadas, outros serviços, concessões públicas, setor financeiro, de seguros, setor imobiliário, entretenimento, cultura, recreação, esporte. 66 Outro: _________________________ 77 NS 88 NA 99 NR 175) Qual é a sua renda mensal? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) R$ _____________ 0 sem renda 1 NS 2 NR 176) Somando a renda de todas as pessoas que moram na sua casa, qual é a renda familiar? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) R$ _____________ 0 sem renda 1 NS 2 NR 177) Contando com o(a) Sr(a), quantas pessoas moram na sua casa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ou mais(especificar): ____ 77 NS 99 NR
178) Quantos filhos com menos de 18 anos o(a) Sr(a) tem? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ou mais(especificar): ____ 88 Não tem filhos (pule p/ 180) 77 NS 99 NR
179) O(s) filho(s) do(a) Sr(a) estuda(m) ou estudara(m) em escola pública ou particular? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Escola pública 2 Escola particular 3 Em escola pública E particular 4 Eles ainda não estudam/Nunca estudaram 77 NS 88 NA 99 NR 180) O(a) Sr(a) estuda ou estudou em escola pública ou particular?(ESTIMULADA E ÚNICA) 1 Escola pública 2 Escola particular 3 Em escola pública E particular 4 Nunca freqüentei a escola 77 NS 99 NR 181) Quando o(a) Sr(a) tem algum problema de saúde, o(a) Sr(a): (ESTIMULADA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: Aceitar a resposta 3: ambos como espontânea) 1 Vai ao hospital público /posto de saúde OU 2 Vai ao hospital particular /clínica/consultório 3 Vai aos hospitais público E particular 77 NS 99 NR
182) Eu vou ler uma lista de religiões para que o(a) Sr(a) indique qual delas é a sua. (ESTIMULADA
147
E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: LEIA DEVAGAR, nesta ordem. Nunca pergunte diretamente a religião) 1 Mormom, Adventista, Testemunha de Jeová 2 Evangélica pentecostal (especificar qual igreja/denominação) ________________________________
3 Evangélica não-pentecostal (especificar qual igreja/denominação) ____________________________ 4 Candomblé 5 Umbanda 6 Espírita kardecista, espiritualista 7 Seisho-No-Iê, Messiânica, Perfeita Liberdade 8 Católica 9 Judaica 10 Budista 11 Santo Daime, Esotérica, OUTRA RELIGIÃO (especificar) _______________________________ 12 Não tem religião 13 É ateu/Não acredita em Deus(pule p/ 186) 77 NS 99 NR 183) Com que freqüência o(a) Sr(a) reza ou faz orações em casa: (ESTIMULADA E ÚNICA) 5 Várias vezes por dia 4 Uma vez por dia 3 Algumas vezes por semana 2 Menos de uma vez por semana OU 1 Nunca 7 Raramente 77 NS 88 NA 99 NR 184) Com que freqüência o(a) Sr(a) vai à missa ou culto religioso? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 5 Mais de uma vez por semana 4 Uma vez por semana 3 Uma ou duas vezes por mês 2 Algumas vezes por ano 1 Raramente 88 NA 77 NS 99 NR 185) O(A) Sr(a) se considera uma pessoa: ... (ESTIMULADA E ÚNICA) 4 Muito religiosa 3 Religiosa 2 Um pouco religiosa OU 1 Nada religiosa 77 NS 88 NA 99 NR 186) Na casa do(a) Sr(a) o português é a única língua falada ou vocês falam outra língua em casa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 O português é a única (pule p/ 188) 2 Há outra língua (especificar) ____________________ 77 NS 99 NR 187) Qual das línguas é a falada na maior parte do tempo na casa do(a) Sr(a)? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) 1 O português 2 A(s) outra(s) 88 NA 77 NS 99 NR 188) Qual a sua cor ou raça? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (INSTRUÇÃO: anotar na íntegra a resposta dada pelo entrevistado)
____________________________________________________________________________ ________________________________________________________ 77 NS 99 NR
189) O IBGE - instituto que faz os censos no Brasil - usa os termos preto, pardo, branco, amarelo e índio
para classificar a cor ou raça das pessoas. Qual desses termos descreve melhor a sua cor ou raça: (ESTIMULADA E ÚNICA)
1 Preto 2 Pardo 3 Branco 4 Amarelo 5 Índio 77 NS 99 NR
148
190) De qual país ou lugar o(a) Sr(a) acha que os seus antepassados vieram? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA)
Sim Não NS NR
a) Portugal 1 0 77 99
b) Espanha 1 0 77 99
c) Itália 1 0 77 99
d) Alemanha 1 0 77 99
e) Brasil 1 0 77 99
f) Japão 1 0 77 99
g) África 1 0 77 99
h) Europa 1 0 77 99
i) Turco/Sírio-libanês 1 0 77 99
j) Países árabes 1 0 77 99
k) Índio brasileiro 1 0 77 99
l) Estados Unidos 1 0 77 99
m) América do Sul 1 0 77 99
n) América do Norte 1 0 77 99
o) América Central 1 0 77 99
p) Outro: ________________ 1 0 77 99
191) O(A) Sr(a) possui: (ESTIMULADA E ÚNICA PARA CADA ITEM) Sim Não NS NR NA
a) Registro de autônomo – INSS 1 0 77 99 -
b) Conta em banco 1 0 77 99 -
c) CPF ou CIC 1 0 77 99 -
d) Certidão de nascimento 1 0 77 99 -
e) Certidão de casamento 1 0 77 99 -
f) Carteira de identidade 1 0 77 99 -
g) Carteira de motorista 1 0 77 99 -
h) Carteira de trabalho 1 0 77 99 -
i) Título de propriedade da casa onde o(a) Sr(a) mora/ escritura
1 0 77 99 88
j) Certificado de reservista (APENAS PARA OS HOMENS)
1 0 77 99 88
192) Para terminar eu gostaria de ouvir sua opinião sobre o questionário. O que o(a) Sr(a) achou do
questionário: longo, interessante, chato ou importante? Você pode dar mais de uma resposta.
Sim Não NR
149
a) Longo 1 0 99
b) Interessante 1 0 99
c) Chato 1 0 99
d) Importante 1 0 99
e) Outro: ______________________ 1 0 99
MUITO OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO E COLABORAÇÃO. GOSTARIA DE LEMBRAR QUE UMA OUTRA PESSOA, UM SUPERVISOR, PODE VIR À SUA CASA OU TELEFONAR
PARA CONFERIR ALGUMAS INFORMAÇÕES E PARA SABER SE EU FIZ A ENTREVISTA DE FORMA CORRETA. ENTÃO, NÃO SE PREOCUPE SE MAIS ALGUÉM DA NOSSA EQUIPE PROCURAR POR VOCÊ. HORÁRIO DE FINALIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO:
:
150
A amostra do ESEB
151
PENDÊNCIAS
1) Explicar os porquês de centrar em zero e fazer varia de –1 a +1 todas as
variáveis explicativas.