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ALAPA 1 ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA ALAPA MANUAL DE SEGURANÇA AGRÍCOLA E OFF THE ROAD PNEUS, RODAS, CÂMARAS DO AR E VÁLVULAS RECOMENDAÇÕES SOBRE USO E MANUTENÇÃO 1ª Edição 2005 VETADA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE DOCUMENTO

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

ALAPA

MANUAL DE SEGURANÇA AGRÍCOLA E OFF THE ROAD

PNEUS, RODAS, CÂMARAS DO AR E VÁLVULAS

RECOMENDAÇÕES SOBRE USO E MANUTENÇÃO

1ª Edição 2005

VETADA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE DOCUMENTO

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

Manual de Segurança Agricultura e Off the Road

Pneus para Tratores, Implementos Agrícolas e

Equipamentos Off the Road

Principais Cuidados

INTRODUÇÃO Os pneus, câmaras de ar, protetores, válvulas, aros e rodas, produzidos

pelos fabricantes latino-americanos, membros da ALAPA, incorporam

tecnologia avançadas, desenvolvidas por muitos anos de experiência, atingindo

um padrão elevado de qualidade e segurança.

Mesmo com a alta tecnologia e segurança incorporada a estes produtos,

não devem ser ignorados alguns procedimentos que requerem cuidado e

atenção. É essencial portanto que o usuário zele pela sua própria segurança e

a de terceiros, evitando a utilização destes produtos de forma inadequada.

As recomendações da ALAPA representam um resumo das principais

regras para o uso e manutenção dos produtos aqui referidos, baseadas em

sólido conhecimento e experiência, permitindo ao usuário a obtenção do

máximo aproveitamento destes produtos, com toda segurança.

Informamos ainda que estas recomendações são genéricas e não abrem

condições especiais de uso devendo o usuário das mesmas respeitar as

obrigações legais vigentes no local de uso, as quais podem variar entre países.

O conteúdo deste manual destina-se principalmente a Revendedores e

Reconstrutores de Pneus, a Borracheiros, a Frotas e a Operadores de

Máquinas em geral.

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

Para maiores detalhes sobre diversos itens aqui tratados, poderão ser

consultadas as Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e

o Manual de Normas Técnicas da ALAPA (Associação Latino Americana de

Pneus e Aros).

SÓCIOS EFETIVOS DA ALAPA

ALCOA WHEEL & FORGED PRODUCTS

ARVINMERITOR DO BRASIL SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA

BORLEM S. A. EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS

BORLEM ALUMÍNIO S. A. BRIDGESTONE FIRESTONE DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

GOODYEAR DO BRASIL – PRODUTOS DE BORRACHA LTDA.

INDUSTRIAS JOÃO MAGGION S.A.

IOCHPE MAXION S.A.

MERITOR DO BRASIL LTDA. – DIV. LVS.

PIRELLI PNEUS S.A.

SOCIEDADE MICHELIN DE PARTICIPAÇÕES IND. E COM. LTDA.

SCHRADER BRIDGEPORT BRASIL LTDA.

TECNOROAD RODAS E PNEUS PARA TRATORES LTDA.

SÓCIOS AFILIADOS DA ALAPA

BANDAG DO BRASIL LTDA.

BORRACHAS VIPAL S.A.

DREBOR IND. DE ARTEFATOS DE BORRACHA LTDA.

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

SÓCIOS CORRESPONDENTES DA ALAPA

ALUJET-INDÚSTRIA E COMERCIAL LTDA

BRIDGESTONE FIRESTONE DE LA ARGENTINA

BRIDGESTONE FIRESTONE VENEZOLANA

BRIDGESTONE FIRESTONE MÉXICO

ICOLLANTAS – INDÚSTRIA COLOMBIANA DE LLANTAS

MARANGONI DO BRASIL LTDA

MICHELIN ARGENTINA S.A.I.C.S.

MICHELIN CHILE LTDA.

MICHELIN ANDINA LTDA. – COLÔMBIA

MURIEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

MG PNEUS IND. COM. S.A

NEUMÁTICOS GOODYEAR S.A – ARGENTINA

PIRELLI NEUMÁTICOS S.A.I.C – ARGENTINA

PIRELLI DE VENEZUELA C.A

PNEUS NORDESTE LTDA.

REGIGANT – RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.

RENOVADORA ÔMEGA

RODAROS – IND. DE RODAS E AROS LTDA.

XODÓ – TRANSPORTES E SERVIÇOS LTDA.

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ÍNDICE

1. Armazenagem

2. Inspeção de Aros e Rodas

3. Montagem e Desmontagem dos Pneus nos Aros ou Rodas e Instalação no

Veículo

4. Pressões de Enchimento

5. Lastro Líquido

5. Instalação dos Conjuntos Montados no Veículo

7. Danos aos Pneus

8. Conserto e Reforma do Pneu

9. Estocagem de Pneus Montados no Veículo

10. Envelhecimento dos Pneus

11. Seleção dos Pneus de Reposição

12. Principais Danos em Pneus e Câmaras de Ar e suas Causas

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1.Armazenagem

a) Introdução Os pneus, câmaras de ar, válvulas, aros e rodas devem ser armazenados

em locais cobertos e fechados.

Estejam montados em aros ou não, os pneus devem ser armazenados

devidamente limpos.

Os produtos de borracha não devem ser expostos a luz solar ou artificial

forte, calor, ozônio (motores elétricos e etc.) e hidrocarbonetos (derivados de

petróleo), pois tais elementos tendem a causar sua degradação.

As câmaras de ar para pneus, devem ser infladas ligeiramente, polvilhadas

com talco e colocadas dentro dos pneus, ou armazenadas vazias em pilhas de

no máximo 50 cm de altura, em prateleiras. Estrados com piso de sarrafos não

são recomendados, pois as bordas dos mesmos danificarão as câmaras de

baixo.

Se as câmaras forem fornecidas em caixas de papelão ou sacos, estas

deverão permanecer embaladas pois estas embalagens protegem contra

possíveis contaminações e degradações devido ao ozônio e aos efeitos da luz.

As válvulas deverão ser mantidas de preferência na própria embalagem,

evitando - se também a umidade e o contato com quaisquer produtos que

possam danificá-las.

Os aros e as rodas devem ser armazenados livres de umidade. Caso sejam

empilhados, estes deverão ser de mesmo diâmetro e colocados no sentido

horizontal.

A altura da pilha deverá obedecer os critérios de segurança adequados ao

local.

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b) Umidade O armazém deverá ser fresco, seco e moderadamente ventilado, devendo

ser evitada a umidade. Cuidados devem ser tomados para que não haja

ocorrência de condensação.

Pneus que serão destinados a reforma/conserto devem ser bem secos

antes de sua armazenagem.

c) Luz

Os pneus, câmaras de ar e válvulas devem ser protegidos da luz solar e de

luz artificial forte. Recomenda-se que a iluminação do armazém seja feita com

lâmpadas incandescentes.

d) Temperatura

A temperatura de armazenagem deve ser abaixo de 35º C ( ideal é que

fique entre 10 e 25º C). Com temperaturas acima de 50º C, particularmente na

ausência de adequada rotação dos estoques, o processo de envelhecimento da

borracha será acelerado e afetará sua vida útil.

e) Ozônio e Agentes Químicos

Como o ozônio é particularmente nocivo, o armazém não deve ter

equipamentos que gerem ozônio, tais como luzes fluorescentes, lâmpadas de

vapor de mercúrio, motores elétricos, ou outros equipamentos que produzam

faíscas ou outras descargas elétricas.

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Solventes, combustíveis, lubrificantes, produtos químicos, ácidos e

desinfetantes que gerem gases e vapores não devem ser armazenados junto

aos pneus, câmaras de ar, protetores, válvulas, aros e rodas.

f) Deformação

Os produtos devem ser armazenados sem tensão ou compressão, para não

sofrerem rachaduras e deformações permanentes.

g) Rotação do Estoque

Para evitar a deterioração, o tempo de armazenagem dos produtos deve

ser minimizado. Recomendamos que o estoque seja manuseado no depósito de

tal forma que os produtos que serão utilizados sejam os que primeiro entraram

no armazém.

h) Armazenagem dos Pneus h1 - Armazenagem em Pilhas

Os pneus podem ser colocados em pilhas, na horizontal em estrados limpos

e livres de contatos com superfícies cortantes. Recomenda - se que o

empilhamento seja no máximo de 5 unidades, não excedendo 1,80mts de

altura. A cada 4 pilhas é recomendada a amarração com dois pneus.

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h2 - Armazenagem em Estrados Os pneus também podem ser armazenados na posição vertical, em

prateleiras nas quais a distância do pneu com o piso seja de no mínimo 10 cm.

ATENÇÃO: Para evitar deformações, recomenda-se girar os pneus ligeiramente uma vez pôr mês, para mudar os pontos de apoio. A não observância das recomendações de armazenagem pode comprometer em serviço o desempenho e a segurança dos produtos aqui descritos.

2. Inspeção de Aros e Rodas Roda é um conjunto formado por aro e disco, servindo de elemento

intermediário entre o pneu e o veículo. Portanto aro é o elemento anelar onde o

pneu é montado e o disco é o elemento central que permite a fixação da roda

ao cubo do veículo.

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Exemplos de Aros e Rodas

Temos a roda monopeça, como o próprio nome diz é constituída de um

disco e um aro inteiriço (sem divisões no formato).

Os demais tipos de rodas explanamos abaixo.

Para a correta fixação da roda ao cubo é necessário que haja uma perfeita

concordância entre as dimensões das porcas ou parafusos com os furos de

fixação do disco da roda, que podem ser planos, esféricos ou cônicos.

COMPONENTES – RODAS EM 3 PEÇAS

COMPONENTES – RODAS EM 5 PEÇAS

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

Em casos de rachaduras ou quaisquer imperfeições como deformações,

ovalizações ou empenamento na roda ou componentes, estes não deverão ser

mais utilizados em serviço, pois comprometerão seriamente a segurança do

veículo e usuário, devendo ser substituídos de imediato.

Ferrugem e corrosão podem reduzir a espessura do metal de superfície.

Substituir a roda quando houver corrosão.

Verificar atentamente se a roda utilizada é a recomendada para o uso. O

aro deve ser mantido limpo, com proteção contra ferrugem, antes da montagem

de pneus.

As rodas não devem ser reparadas ou recuperadas sob qualquer hipótese.

Na dúvida, consultar o fabricante para maiores esclarecimentos.

ATENÇÃO: Observar atentamente as recomendações sobre aros e rodas, para preservar a segurança e evitar acidentes que podem ser graves e até mesmo fatais.

IMPORTANTE:

A maioria dos problemas ligados aos aros e rodas estão relacionados à

sobrecarga e à manutenção imprópria.

Antes da substituição de quaisquer componentes, determinar e corrigir a

causa do problema, a fim de evitar reincidências e outros inconvenientes.

As rodas danificadas, ou as que possuírem os assentos dos furos de fixação

rachados, deformados ou desgastados, ou mesmo quando apresentarem

quaisquer tipos de rachaduras não devem ser consertadas, nem reutilizadas,

sob riscos de acidentes graves ou fatais.

Da mesma forma, os aros danificados ou trincados jamais deverão ser

soldados, porque no local da solda, as tensões residuais provocarão novas

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rachaduras que tenderão a aumentar rapidamente com uso, podendo provocar

acidentes graves ou fatais.

Para evitar a corrosão, a pintura anti-corrosiva das rodas em aço deve ser

sempre verificada na montagem dos pneus e renovada, se necessário,

retirando-se antes toda a ferrugem encontrada.

Nos casos de corrosão acentuada, a roda deve ser retirada de uso.

Excessiva corrosão ou aros rachados podem apresentar maiores riscos de

acidentes durante sua remoção. Esvazie por completo o pneu antes de remover

o aro do veículo.

Verificar a existência e as condições das porcas e parafusos (prisioneiros).

Providenciar os mesmos no caso de eventual falta e substituí-los quando em

mau estado.

Na eventual quebra de parafuso, substituir também os parafusos

imediatamente vizinhos. Se dois ou mais estiverem quebrados, substituir todos

os parafusos.

Os parafusos devem ser mantidos isentos de óleo. No caso das porcas,

apenas a parte da arruela pode ser lubrificada, tomando o cuidado para que o

óleo de lubrificação não atinja a parte dos filetes de rosca, para evitar operação

de reaperto ou até a perda total do torque de fixação, podendo provocar

acidentes graves ou fatais.

É importante checar se o torque aplicado corresponde ao indicado pelo

fabricante da roda ou do veículo. Excesso de torque ou falta de torque geram

problemas no parafuso e/ou rodas, comprometendo a segurança do conjunto.

É comum a utilização de equipamentos automáticos no aperto das porcas,

devendo os mesmos sempre serem regulados com o torque correto.

Recomenda-se efetuar o controle de aperto das rodas pelo menos a cada

2.000 horas, utilizando-se o torquimetro.

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O ar comprimido utilizado para inflar pneus deve ser isento de qualquer

umidade.

Verificar a existência de tampinhas nas válvulas. Providenciar as que

estejam faltando.

A pressão de inflação dos pneus devem obedecer à pressão recomendada

pelo fabricante do veículo ou do pneu, levando em consideração a carga, a

velocidade e o tipo de aplicação; sob pena de comprometer a segurança da

operação e a vida útil da roda e do pneu.

Rodas

O estado das rodas deve ser verificado regularmente, especialmente para

ver se há deformação nos flanges dos aros ou nos discos das rodas.

Flanges danificados permitirão a entrada de pedras, areia ou outros corpos

estranhos entre o flange e o talão, que poderão causar falhas prematuras no

pneu.

No caso de pequenos danos ou desgastes dos flanges é recomendado

eliminar as bordas cortantes para evitar danos aos pneus durante a montagem

e o uso; desde que se mantenha a originalidade do perfil da roda.

Os aros danificados ou trincados jamais deverão ser soldados, porque no

lugar da solda as tensões residuais provocarão novas rachaduras que tenderão

a aumentar rapidamente com o uso.

Retirar da roda ou do aro toda a sujeira, tal como graxa, ferrugem, pó,

lubrificantes e etc. Após a limpeza aplicar pintura antióxido, para eliminar os

efeitos prejudiciais da corrosão.

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3. Montagem e Desmontagem dos Pneus nos Aros ou Rodas e Instalação no Equipamento

MONTAGEM

Atendidas as Normas estabelecidas no “Manual de Normas Técnicas de

Pneus, Aros e Válvulas da ALAPA”, bem como as Normas da ABNT, e as

instruções dadas pelos fabricantes de pneus, aros e válvulas, em suas

publicações Técnicas, a ALAPA ressalta os procedimentos mais importantes:

As operações de montagem e desmontagem dos conjuntos devem ser

efetuadas por um profissional experiente que disponha de ferramentas

adequadas e siga corretamente as instruções fornecidas pelos fabricantes de

pneus, aros ou rodas.

Assegure-se de que o pneu a ser montado é do tamanho e do tipo correto

para o veículo e para o serviço pretendido.

Assegure-se de que a roda é a correta quanto a largura e diâmetro.

Trabalhe sempre com segurança, em ambiente limpo e em piso firme, não

permitindo a ninguém montar ou desmontar pneus sem que tenha recebido o

devido treinamento.

Assegure-se que todos os componentes a serem montados estejam limpos

e em boas condições. Em particular, certifique-se de que o pneu e a câmara de

ar não tenham danos e que não haja material estranho entre o pneu e a câmara

de ar ou entre os talões e o aro.

Um vazamento em uma roda para pneu sem câmara pode ser decorrente de

trincas. Caso seja constatado o problema, a roda deve ser retirada de uso. Não

reparar a trinca e nem colocar câmara para conter o problema. Rodas ou aros

com trincas podem causar acidentes graves ou fatais.

Para cada montagem da roda ou aro, devem ser observados a remoção de

toda a sujeira tal como graxa, ferrugem, pó e lubrificantes. Isto se faz

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necessário para que se possa analisar eventuais rachaduras, trincas, quebras

ou deformações. Peças defeituosas, peças com elevada corrosão ou com

acentuado desgaste deverão ser imediatamente substituídas.

Assegurar-se de que os parafusos e porcas são adequados ao tipo de

fixação da roda instalada. Para garantir a segurança do processo de montagem,

é recomendada a sobra de 4 filetes de rosca após o aperto. A não observância

deste ítem precipitará perda de torque ou quebra de parafuso, podendo

desprender o conjunto roda/pneu e consequentemente causar acidentes.

Remova toda a contaminação do aro (pó grosso, ferrugem, lubrificante de

montagem, etc.).

Inspecione o aro cuidadosamente: se estiver rachado ou deformado, o

mesmo deverá ser substituído e destruído para evitar que alguém torne a usá-

lo.

Na substituição de pneus tipo “Com Câmara”, recomenda-se usar uma

câmara de ar nova.

Na substituição dos pneus tipo “Sem Câmara”, recomenda-se usar uma

válvula nova.

Para evitar danos à câmara de ar, certifique-se de que a válvula esteja

alojada corretamente no seu orifício.

O uso de extensões de válvula é aconselhável para os pneus cujo acesso é

difícil, como no caso de pneus internos dos conjuntos duplos;

No caso de pneus “Com Câmara”, talqueie a câmara de ar antes de colocá-

la dentro do pneu.

Lubrifique os talões dos pneus e as regiões de assento no aro com o

lubrificante recomendado pelo fabricante do pneu. Isto aplica-se especialmente

aos pneus “Sem Câmara”. Caso estas recomendações não forem seguidas,

danos ou quebra dos talões, poderão ocorrer durante a montagem.

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ATENÇÃO: Jamais utilize lubrificantes que contenham derivados de petróleo (hidrocarbonetos) pois provocam a degradação da borracha. Verifique o orifício para alojamento da válvula, o qual deverá ter os cantos arredondados e lisos (rebarbas ou bordas agudas poderão danificar a base e/ou a haste da válvula).

Ao iniciar a inflação tenha certeza de que os talões estejam corretamente

assentados.

Não exceda a pressão recomendada pelo fabricante: máxima de 35 lbs/pol 2 (2.5 Kgf / cm2).

Nunca montar o pneu com câmaras deformadas (dilatadas) ou vincadas

(rugas).

Se não houver o assentamento correto dos talões, esvazie, gire o pneu no

aro e centralize o pneu novamente antes de iniciar a reinflação. Depois do pneu

inflado retorne à pressão recomendada e verifique se os talões estão

corretamente posicionados contra os flanges, isto é feito através de uma linha

de referência do pneu em relação a borda da flange do aro.

Use sempre uma mangueira de ar de cumprimento adequado, entre o

manômetro de ar e o pneu, com inflador tipo “presilha”.

Recomenda-se que o operador fique distante do pneu durante a inflação.

Nunca sentar-se ou ficar diante de um conjunto que esta sendo inflado.

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ATENÇÃO: Para sua segurança, esteja sempre fora da trajetória. Evite acidentes graves ou fatais, seguindo estas recomendações.

DESMONTAGEM

Esvazie por completo o pneu antes de remover o aro ou a roda do veículo.

Durante a operação de desmontagem, utilizar procedimentos e

equipamentos adequados, tomando o máximo de cuidado para não serem

danificados os talões do pneu, quebrando-os ou deformando-os. Nesta

operação não use marretas, picaretas ou qualquer ferramenta similar.

Este cuidado permitirá que a futura montagem e utilização do pneu não seja

prejudicada.

ATENÇÃO QUANDO UTILIZAR RODADOS DUPLOS Por motivos de segurança, prevenindo possíveis acidentes, até mesmo fatais, certificar-se em rodados duplos que o pneu externo do par esteja totalmente vazio ao retirar ou permutar os mesmos no equipamento, antes de desparafusar as porcas ou parafusos de fixação por completo. O descumprimento desta recomendação poderá acarretar a projeção do pneu externo sobre o operador, no caso de haver um objeto preso entre os pneus duplos. Os dois pneus, o externo e o interno, deverão ser esvaziados totalmente, pois, neste caso , a eventual existência de trincas ou quebras nos aros também pode acarretar a projeção do pneu externo sobre o operador.

4. Pressões de Enchimento

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

A maioria dos danos aos pneus são causados, ou agravados, por pressões

de inflação incorretas.

Geralmente os pneus devem ser inflados de acordo com a carga que eles

suportam, conforme estabelecido no Manual de Normas Técnicas de Pneus,

Aros e Válvulas da ALAPA.

Em condições de operação não previstas no Manual de Normas Técnicas

de Pneus, Aros e Válvulas da ALAPA, sempre consultar o fabricante de pneus e

rodas.

Durante a operação de transporte em que os equipamentos são submetidos

a trafegar em estradas ou superfícies duras, em pequenos deslocamentos,

devem ter as pressões dos pneus aumentadas para as recomendadas pelos

fabricantes de pneus.

As pressões de inflação deverão ser verificadas pelo menos uma vez por

semana e sempre antes de iniciar a operação de serviço.

O uso de tampas vedantes para as válvulas é obrigatório para a

manutenção da pressão, pois produzem uma vedação suplementar e protegem

o núcleo da válvula da sujeira que pode causar vazamentos.

Durante a operação de serviço, devido ao aquecimento do pneu, a pressão

poderá aumentar em torno de 20%. Isto é normal e é previsto no projeto do

pneu, por esta razão, a pressão de pneus quentes nunca devem ser

reajustadas para os valores determinados para os pneus frios.

Quando for observado um aumento de pressão muito superior ao previsto,

é preciso verificar as causas, tais como pressão inicial abaixo da recomendada,

excesso de carga, etc.

5. Lastro Líquido

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Um método simples de adicionar peso as rodas de tração consiste no

enchimento parcial dos pneus com líquido, ao invés de inflá-los com ar.

Esse método de substituição de até 75% do volume de ar, por uma solução

de cloreto de cálcio e água é recomendado para os pneus de tração.

O cloreto de cálcio é escolhido principalmente por possibilitar um peso

adicional de até 50% sobre o peso da água e é vantajoso do ponto de vista da

tração e não é prejudicial a borracha e também sendo um anti-congelante.

Quando se utilizar a “hidroinflação” em pneus “Sem Câmara” é

recomendável somente para aros e rodas com tratamento superficial

adequados (consultar o fabricante do equipamento) ou com a utilização de

“Câmaras de Ar”.

As câmaras de ar a serem utilizadas em pneus enchidos com líquido

são equipadas com válvulas especiais (Exemplo : TR218A, TR220A).

Os pneus do tipo “Sem Câmara”, também podem ser enchidos com

líquidos e as válvulas deverão ser especiais (Exemplos: TR618A, TR621A,

TR622A e TR623A).

Para se verificar as pressões de pneus enchidos com líquido, a válvula

deve ficar sempre na posição mais alta em relação ao solo e utilizar um

calibrador a prova de corrosão.

6. Instalação dos Conjuntos Montados no Veículo

No caso de substituição da roda, verificar se a mesma é compatível com o

sistema de fixação do equipamento.

Observar a seqüência correta de aperto das porcas ou parafusos de fixação

obedecendo o “torque” de aperto recomendado pelo fabricante do equipamento.

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

Para obter o melhor desempenho dos pneus, seguir as especificações do

fabricante do equipamento, bem como observar o estado de conservação geral

do mesmo.

7. Danos aos Pneus

Cuidados necessários para evitar danos ao pneu. É necessário verificar regularmente:

A banda de rodagem, quanto a desgaste anormal, perfurações,

deformações e material estranho.

As laterais, quanto a cortes, rachaduras, quebras por impactos ou

contaminações por derivados de petróleo.

Se o dano for uma bolha, uma quebra ou um corte expondo a carcaça ou se

o pneu sofreu um impacto violento que possa ter causado um dano interno, ele

deverá ser removido e examinado por um profissional idôneo e capacitado para

reparar o pneu.

Os consertos deverão ser feitos por especialistas que se responsabilizarão

integralmente pelos mesmos.

É perigoso inflar um pneu que rodou vazio ou com baixa pressão. Antes de

ser inflado, o pneu deverá ser examinado por um profissional idôneo e

capacitado que deverá também examinar a câmara de ar, quando houver a

válvula e o aro.

Se um reparo no pneu for necessário, deverá ser feito o quanto antes

possível para evitar deterioração.

8. Conserto e Reforma do Pneu

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

É importante que os consertos e as reformas dos pneus sejam executados

por reformador idôneo e capacitado que deverá ter responsabilidade integral

pelo trabalho executado.

Os pneus que necessitem de reparação devem ser examinados por um

profissional idôneo e capacitado que, ao examiná-los, verificará se existe

possibilidade de consertos, assumindo a responsabilidade pelos serviços

efetuados.

Ao atingirem um certo grau de desgaste que, em função da utilização

determine a sua retirada, os pneus poderão ser encaminhados a um reformador

idôneo e capacitado que os examinará e verificará se o estado em que se

apresentem, permite uma reforma segura e econômica.

ATENÇÃO: O pneu reformado deve oferecer ao usuário um nível de segurança equivalente ao dos pneus novos. Por isso a reforma deve ser feita somente em Empresas idôneas, que utilizem equipamentos, processos e materiais requeridos, além de possuírem pessoal treinado e capacitado para as diversas operações de reforma.

9. Estocagem de Pneus Montados no Equipamento

Alguns equipamentos são usados sazonalmente e permanecem fora de

serviço por um longo período de tempo.

Durante esse período os veículos devem ficar em cavaletes e com a

pressão reduzida para 10 lbs/pol 2 (0,7 kg/cm 2) e os pneus protegidos por uma

cobertura que o proteja das intempéries.

Se as condições acima não forem possíveis, os pneus deverão ser

mantidos na pressão de inflação recomendada.

Inspeções periódicas nos pneus são recomendadas para evitar atrasos

quando o veículo retornar ao trabalho.

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

Recomenda-se a movimentação periodicamente dos equipamentos para

evitar a deformação dos pneus.

Pneus que não estiverem montados nos veículos deverão ser guardados

em lugar coberto, seco, protegidos da luz solar direta distante de dispositivos

elétricos e remanejados regularmente para evitar distorção da carcaça. Para

maiores esclarecimentos consultar o Boletim de Serviço ou Manuais Técnicos

do fabricante de pneu.

10. Envelhecimento dos Pneus

Os pneus envelhecem, mesmo que não tenham sido usados, ou usados

ocasionalmente. Trincas na rodagem e/ou nas laterais, ocasionalmente

acompanhados por deformação da carcaça são evidências de envelhecimento.

Pneus velhos e ou envelhecidos devem ser verificados por um profissional

capacitado e treinado pelo fabricante de pneu que julgará a possibilidade de

uso.

Pneus montados nos veículos estacionados por um período longo, tenderão

a deteriorar e a rachar mais facilmente do que aqueles que estão em uso. Em

tais circunstâncias é importante que o veículo fique em cavaletes e os pneus

protegidos da luz solar direta.

Mesmo que montados em rodas, ou não, os pneus devem ser guardados

em condições de limpeza, livres da exposição da luz solar, ou iluminação

artificial forte, calor, ozônio (equipamentos elétricos) e hidrocarbonetos

(derivados de petróleo).

11. Seleção dos Pneus de Reposição

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

Os pneus de reposição devem ser adequados ao tipo do equipamento e as

aplicações nas quais serão usados. Estas aplicações podem variar conforme o

tipo de serviço, carga e velocidade.

Lembramos que, em alguns casos especiais, uma mudança de dimensão

de pneu poderá exigir uma outra dimensão de roda.

Os pneus de reposição devem ser capazes de suportar às cargas,

velocidades e os tipos de aplicações reais nos eixos do veículo, conforme

previsto pelo fabricante do equipamento e do pneu.

Os pneus de reposição devem ser adequados ao tipo do equipamento e as

aplicações nas quais serão usados. Estas aplicações podem variar conforme o

tipo de serviço, carga e velocidade.

Lembramos que, em alguns casos especiais, uma mudança de dimensão

de pneu poderá exigir uma outra dimensão de roda.

Os pneus de reposição devem ser capazes de suportar às cargas,

velocidades e os tipos de aplicações reais nos eixos do veículo, conforme

previsto pelo fabricante do equipamento e do pneu. 12. Principais Danos em Pneus e Câmaras de Ar e suas Causas

AVARIA NO TALÃO

CAUSAS PRINCIPAIS: - Montagem/desmontagem com ferramentas e ou processos inadequados;

- Máquinas ou ferramentas danificadas;

- Aro e seus componentes em mau estado de conservação.

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

DESAGREGAÇÃO DO TALÃO

CAUSAS CAUSAS PRINCIPAIS: CAUSAS PRINCIPAIS

- Consequência de montagem irregular ou aro mal conservado;

- Sobrecarga; - Pressão insuficiente em relação a carga;

RUPTURA DA CARCAÇA

CAUSAS PRINCIPAIS:

- Pressão insuficiente em relação a carga;

- Sobrecarga;

- Impacto.

DOBRAS NA CÂMARA DE AR

CAUSAS PRINCIPAIS:

- Câmara mal montada no interior do pneu

- Câmara excessivamente dilatada pelo uso

- Câmara de medida inadequada ao pneu.

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ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA

ARRANCAMENTO NA RODAGEM

CAUSAS PRINCIPAIS:

- - Condição de operação inadequada;

- Uso prolongado sob material agressivo.

DESGASTE IRREGULAR DA RODAGEM

CAUSAS PRINCIPAIS: - Sobrecarga

- Pressão insuficiente em relação a carga

- Uso inadequado

PICOTAMENTO

CAUSAS PRINCIPAIS: - Agressão efetuada através de objetos protuberante

- Erosão ocasionada pôr talos secos de outras plantações, quando da operação do novo plantio.