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AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA GESTÃO DE PESSOAS QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EQUIPE DE PROJETO DE UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE Ralliny Olimpio Gonçalves Orientadora: Cynthia Cândida Correa NOVA XAVANTINA - MT 2012

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AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO

VALE DO JURUENA

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

GESTÃO DE PESSOAS

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EQUIPE DE PROJETO DE UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE

Ralliny Olimpio Gonçalves

Orientadora: Cynthia Cândida Correa

NOVA XAVANTINA - MT

2012

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AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO

VALE DO JURUENA

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

GESTÃO DE PESSOAS

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EQUIPE DE PROJETO DE UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE

[email protected]

Ralliny Olimpio Gonçalves

Orientadora: Cynthia Cândida Correa

“Trabalho apresentado ao Curso de Gestão de Pessoas do Instituto Superior de Educação do Vale do Juruena - AJES, de Juína - MT, para obtenção do título de Especialista em Gestão de Pessoas.”

NOVA XAVANTINA - MT

2012

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AGRADECIMENTOS

O ser humano tem a necessidade de estar integrado com as demais

pessoas que o cercam, e esta socialização é fundamental para o desenvolvimento e

o sucesso de cada um. Portanto, ninguém consegue algo sozinho, existe sempre o

auxilio direto ou indireto de outra(s) pessoa(s). Não poderia ser diferente no decorrer

deste curso. Foram meses de dedicação e estudo, conheci novas pessoas, fiz novas

amizades, me realizei pessoalmente e profissionalmente. Mas, nada disso estaria

acontecendo se não fosse, em primeiro lugar pela vontade de Deus, pois todas as

coisas cooperam para o bem daqueles que o amam. Deus tem sido o meu refugio e

a minha fortaleza, por isso agradeço a Ele por tudo que tenho e tudo que sou.

Agradeço também ao meu pai e a minha mãe por todo amor e carinho

dedicados a mim, são pessoas maravilhosas que Deus me deu, e que tenho orgulho

de tê-los como meus pais. Agradeço a todos que contribuíram direta e indiretamente

por mais uma conquista.

Diferente das pessoas que dizem que manso é aquele individuo “encostado”

e preguiçoso , na bíblia manso significa ter autocontrole, paciência. É saber que

Deus é poderoso para transformar tragédias em bênçãos. O manso, de acordo com

a bíblia é capaz de extrair algo positivo das tribulações, pois o mesmo visualiza a

situação por ângulos diferentes, agi com paciência e cautela, entendendo mais

claramente à vontade e a ação de Deus. Então, aprendamos com Jesus a ser

pacientes, mansos e benignos, pois estas virtudes farão de nós pessoas melhores a

cada dia.

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DEDICÁTORIA

Acima de tudo dedico este trabalho a minha força maior que é Deus, se não fosse por Ele não teria vencido mais esta etapa. Dedico também a minha família, em especial aos meus pais, pelo total apoio tanto em minha vida pessoal quanto profissional. Aos meus verdadeiros amigos, que estiveram do meu lado em todos os momentos, e a todos que confiaram em mim e acreditaram no meu potencial.

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Que você, seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense sua vida, mas jamais desista de caminhar. Dê sempre uma nova chance a si mesmo. Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo. Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente. Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um numero na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível. Jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Revolucione sua qualidade de vida. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espetáculo imperdível!

Augusto Jorge Cury

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RESUMO

Atualmente, muito se fala sobre qualidade, os clientes estão cada vez mais exigentes e as empresas se empenham constantemente em melhorar seus produtos e serviços. Ainda nesta década, muitas empresas ignoravam a importância das pessoas para a organização, acreditando que máquinas e equipamentos, seriam suficientes para manter a qualidade e a produtividade esperada, esquecendo-se do potencial dos seres humanos, do bem-estar profissional, do respeito com as pessoas, da comunicação entre a empresa e seus colaboradores, dando espaço a uma relação autoritária e extremamente fria. Com a preocupação voltada ao ser humano, esse quadro esta se revertendo cada vez mais. Os colaboradores aos poucos estão sendo valorizados com a intensidade que merecem. Além disso, as empresas estão conseguindo perceber o quanto às pessoas pode auxiliar positivamente nos resultados organizacionais. Manter ou melhorar a qualidade de vida no trabalho proporciona para a empresa, momentos significantes de crescimento e lucratividade. Devido a esta importância do ser humano nas organizações foi elaborado este trabalho a fim de demonstrar a importância dos programas de qualidade de vida no trabalho, além de identificar os programas de qualidade de vida existentes na empresa; avaliar como os colaboradores percebem a qualidade de vida na empresa; e verificar a satisfação dos colaboradores com a qualidade de vida no ambiente de trabalho. A metodologia utilizada para desenvolver esta pesquisa foi um estudo de caso de natureza qualitativa, descritiva e exploratória, em uma equipe de projeto em uma empresa de grande porte. Os instrumentos utilizados foram entrevistas semi-estruturadas direcionadas ao gerente de projeto e a cinco colaboradores. Os resultados são discutidos através de textos descritivos, com embasamento teórico, a fim de proporcionar veracidade ao tema abordado. Através da pesquisa verificaram-se os seguintes resultados: a empresa possui vários programas de qualidade de vida no trabalho e os colaboradores estão felizes e satisfeitos com os programas de qualidade de vida existentes na empresa.

Palavras – Chave: Qualidade de vida no trabalho, satisfação, valorização do ser humano.

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ABSTRACT

Currently, much is said about quality, customers are increasingly demanding and companies are constantly striving to improve our products and services. Also in this decade, many companies ignore the importance of people to the organization, believing that machinery and equipment would be sufficient to maintain the quality and productivity expected, forgetting the potential of human beings, welfare professional respect with people, communication between the company and its employees, giving rise to an authoritarian relationship and extremely cold. With the concern focused on the human being, this situation is reversing itself more and more. Employees are gradually being valued with the intensity they deserve. Moreover, companies are able to see how people can positively assist in organizational outcomes. Maintain or improve the quality of life at work provides for the company, significant moments of growth and profitability. Due to this importance of human organizations in this research was designed to demonstrate the importance of implementing quality programs of work life, and identify the beneficial effects that the program quality of work life can bring so much to company, and for employees to demonstrate the company's growth and development by improving the quality of life, and you can use - there as a competitive strategy. The methodology used to develop this research was a case study of a qualitative, descriptive and exploratory, in a project team in a large company. The instruments used were semi-structured interviews directed to the project manager and five employees. The results are discussed through descriptive text with theoretical background in order to give veracity to the theme. Through research found the following results: the company has several programs of quality of work life, and the employees are happy and satisfied with the quality of life programs exist in the company.

Words - Key: Quality of work life, satisfaction, valuing human life.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 10

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 12

1.1 CONCEITOS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ............................................... 12

1.2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ........................... 13

1.3 A QUALIDADE DE VIDA UTILIZADA COMO ELEMENTO CHAVE PELAS EMPRESAS ..................................................................................................................................... 15

1.4 BENEFÍCIOS QUE OS PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO PODEM PROPORCIONAR .......................................................................................................... 17

1.5 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO PARA O TRABALHO ........................................... 21

1.6 GESTÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ...................................................... 23

1.7 IMPLANTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ..... 26

1.7.1 Etapas de Implantação do Programa ........................................................................ 28

1.7.2 Etapas de Mudança de Comportamento .................................................................. 30

1.7.3 Integrando as Etapas .................................................................................................... 31

CAPÍTULO II - METODOLOGIA ..................................................................................................... 33

CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ........................................................... 36

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................................................... 36

3.2 RESULTADOS DA ENTREVISTA COM O GERENTE DE PROJETO, PARA IDENTIFICAR OS PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA EXISTENTES NA EMPRESA. ...................................................................................................................................... 37

3.3 RESULTADOS DA ENTREVISTA COM OS COLABORADORES, PARA VERIFICAR A SATISFAÇÃO DOS MESMOS COM RELAÇÃO À QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO. ........................................................................................................................................................... 40

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 45

APÊNDICES ....................................................................................................................................... 48

APÊNDICE A – ENTREVISTA SEMI - ESTRUTURADA REALIZADA COM O GERENTE DE PROJETO. ................................................................................................................................ 49

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APÊNDICE B – ENTREVISTA SEMI - ESTRUTURADA REALIZADA COM OS COLABORADORES. ..................................................................................................................... 50

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INTRODUÇÃO

A Saúde, hoje, é determinada pelas várias condições do meio ambiente,

pelas próprias condições de vida dos indivíduos e pelo equilíbrio entre fatores

externos e internos do ser humano. Neste contexto, a qualidade de vida está sendo

inserida no meio organizacional das empresas, local onde grande parcela do tempo

das pessoas é dedicada.

Qualidade não é apenas uma “palavrinha mágica”, utilizada para atrair

clientes ou para beneficiar as empresas, enriquecendo as campanhas publicitárias.

Essa qualidade direcionada aos colaboradores denomina-se qualidade de vida no

trabalho, um processo de melhoria do ambiente e das condições de trabalho,

individual e de grupo, de todos os colaboradores. Desta forma, aumentando a

qualidade de vida no trabalho, a produtividade, e a satisfação também aumentam,

contribuindo sem muitos esforços, para um processo de melhoria continua. A

qualidade de vida no trabalho proporciona um ambiente organizacional saudável,

melhorando o bem estar dos colaboradores.

A equipe de profissionais de uma empresa é o diferencial competitivo. Esses

talentos são altamente capacitados, valorizados e requisitados cada vez mais no

cumprimento de seu papel com a velocidade das transformações. Como

consequência surge à pressão, o desgaste, o stress e outros efeitos que quebram o

ritmo e anulam o entusiasmo das pessoas. A inserção de programas de qualidade

de vida nas corporações surge para prevenir e tratar estes problemas.

Um programa de qualidade de vida deve ter um direcionamento e um

acompanhamento, o que requer tempo e dedicação. Esse quadro reflete um período

de exploração de um novo setor pouco conhecido e que necessita, assim como os

outros setores, de uma estrutura forte e articulada que os colaboradores e as

empresas devem construir. A organização que adota em seus planos de ações a

qualidade de vida estará conquistando a credibilidade e confiabilidade dos seus

colaboradores.

Percebe-se que muitos programas de qualidade de vida são implantados

nas organizações, com o objetivo de oferecer sempre o melhor para os

colaboradores. Entretanto, alguns questionamentos devem ser realizados: A

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qualidade de vida no trabalho contribui para o alcance dos objetivos

organizacionais? A produtividade da empresa aumenta, quando se têm

colaboradores saudáveis e satisfeitos com o ambiente de trabalho no qual estão

inseridos? A empresa que investir na qualidade de vida dos seus colaboradores

estará se tornando um atrativo na captação de pessoas no mercado? É possível,

nos dias atuais, uma empresa obter sucesso sem valorizar o capital humano?

Com a ênfase do mercado para com as pessoas, as empresas passam a ver

o seu pessoal como peça chave para o seu desenvolvimento e reconhecimento no

cenário competitivo, a partir daí surgiu à necessidade de proporcionar aos seus

colaboradores um ambiente mais agradável e harmonioso, que o estimule a um

melhor desempenho aumentando assim sua produtividade. Qualidade de vida no

trabalho é uma característica necessária para a sobrevivência da empresa, nos dias

atuais.

Com base nessa valorização do capital humano foi elaborado este trabalho,

com o objetivo geral de demonstrar a importância dos programas de qualidade de

vida no ambiente organizacional em uma empresa de grande porte. E com os

seguintes objetivos específicos: identificar os programas de qualidade de vida

existentes na empresa; avaliar como os colaboradores percebem a qualidade de

vida na empresa; e verificar a satisfação dos colaboradores com a qualidade de vida

no ambiente de trabalho.

Para o alcance desses objetivos, o trabalho está dividido em cinco partes,

sendo a primeira essa introdução onde são demonstrados os objetivos e

questionamentos elaborados. A segunda parte refere-se à teoria pesquisada para

dar apoio às discussões dos dados. A terceira parte trata-se dos métodos utilizados

para alcançar os objetivos propostos. A quarta parte relata sobre a análise dos

resultados alcançados. E, por ultimo encontra-se a conclusão do trabalho.

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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 CONCEITOS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Desde que o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de

excelência em relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados, as

pessoas estão tendo que constantemente se adaptar a todos estes estímulos,

comprometendo de alguma forma o aprendizado e a saúde.

Para França (2007) a qualidade de vida no trabalho é um conjunto de ações

de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e

tecnológicas no ambiente de trabalho. A empresa constitui o ambiente dentro do

qual as pessoas trabalham e vivem a maior parte de suas vidas. Nesse contexto, as

pessoas dão algo de si e esperam algo em troca, seja a curto ou longo prazo. A

maneira como esse ambiente é moldado e estruturado influencia a qualidade de vida

das pessoas. Mais do que isso, influencia o próprio comportamento e os objetivos

pessoais de cada ser humano. E isto, conseqüentemente, afeta o próprio

funcionamento da empresa.

Segundo Chiavenato (2002), a QVT tem o objetivo de assimilar duas

posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-

estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das organizações quanto a seus

efeitos sobre a produção e a produtividade. Pode-se afirmar que uma empresa com

qualidade é, entre outros fatores, aquela que possui colaboradores que, após

atender suas necessidades básicas, estejam satisfeitos com a empresa e seus

colegas de trabalho, isto é, sua equipe de trabalho.

De acordo com Fernandes (1996), pode-se entender QVT como um

programa que visa a facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao

desenvolver suas atividades na organização, tendo como idéia básica o fato de que

as pessoas são mais produtivas quanto mais estiverem satisfeitas e envolvidas com

o próprio trabalho. Neste caso, a conquista da qualidade de vida, em grande parte,

depende do próprio indivíduo, seja na organização ou fora dela. Depende de sua

auto-estima e auto-imagem, do engajamento profissional, político e social e, acima

de tudo, de sua postura na transformação da realidade e da consciência de seus

direitos e deveres.

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Para Albuquerque e Limongi (1998), a qualidade de vida no trabalho é um

conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de

melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do

ambiente de trabalho, visando a propiciar condições plenas de desenvolvimento

humano para e durante a realização do trabalho.

Segundo Dejours (1992), qualidade de vida é uma expressão de difícil

conceituação, tendo em vista o seu caráter subjetivo, complexo e multidimensional.

Ter qualidade de vida depende, pois, de fatores intrínsecos e extrínsecos. Assim, há

uma conotação diferente de qualidade de vida para cada indivíduo, que é decorrente

da inclusão desses na sociedade. Nos dias atuais, com a globalização, as pessoas

estão sendo obrigadas a atingir elevados níveis de produtividade, sendo

pressionadas pela concorrência, que se torna cada vez mais acirradas em vários

mercados. Sabe-se que, a cada dia, os clientes estão se tornando mais exigentes e,

com isso, as empresas têm que estar mais preparadas para satisfazer suas

exigências.

1.2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

A qualidade de vida no trabalho, apesar de estar tendo maior destaque nos

dias atuais, vem sendo estudada já algumas décadas. Claro, que no decorrer do

tempo, baseando-se nas experiências, pesquisas e ampliando-se o conhecimento

no assunto, a visão dos estudiosos, foi se aperfeiçoando. Nadler e Lawler (apud

FERNANDES, 1996) destacam o processo evolutivo de acordo com cada fase e

conceito:

1. Qualidade de vida no trabalho como uma variável (1959 a 1972) –

Reação do individuo ao trabalho. Investigava-se como melhorar a qualidade de vida

no trabalho para o individuo;

2. Qualidade de vida no trabalho como uma abordagem (1969 a 1974) – O

foco era o individuo antes do resultado operacional. Mas, ao mesmo tempo,

buscava-se trazer melhorias tanto ao empregado como á direção;

3. Qualidade de vida no trabalho como um método (1972 a 1975) – Um

conjunto de abordagens, método ou técnicas para melhorar o ambiente de trabalho

e tornar o trabalho mais produtivo e mais satisfatório. QVT era vista como sinônimo

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de grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo ou desenho de novas

plantas com integração social e técnica.

4. Qualidade de vida no trabalho como um movimento (1975 a 1980) –

Declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e as relações dos trabalhadores

com a organização. Os termos “administração participativa” e “democracia industrial”

eram frequentemente ditos como idéias do movimento de QVT.

5. Qualidade de vida no trabalho como tudo (1979 a 1982) – Como panacéia

contra a competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de

produtividade, problemas de queixas e outros organizacionais.

6. Qualidade de vida no trabalho como nada (futuro) – No caso de alguns

projetos de QVT fracassarem no futuro, não passara de um “modismo” passageiro.

A expressão qualidade de vida no trabalho (QVT) só foi introduzida,

publicamente, no início da década de 70, pelo professor Louis Davis (Ucla, Los

Angeles), ampliando o seu trabalho sobre o projeto de delineamento de cargos.

Então, na década de 70, surge um movimento pela QVT, principalmente nos EUA,

devido à preocupação com a competitividade internacional e o grande sucesso dos

estilos e técnicas gerenciais dos programas de produtividade japonesa, centrados

nos colaboradores através de práticas gerenciais capazes de reduzir conflitos.

O movimento da QVT foi motivado pelas lutas de trabalhadores e

estudantes contra alguns modelos de organização do trabalho que aconteceram na

década de 50. Segundo Rodrigues (1994), a qualidade de vida no trabalho tem sido

uma preocupação do homem desde o início de sua existência, com outros títulos e

em outros contextos, mas sempre voltada para a satisfação e o bem-estar do

trabalhador na execução de suas tarefas. Feigenbaum (1994) entende que a QVT é

baseada no princípio de que o comprometimento com a qualidade ocorre de forma

mais natural nos ambientes em que os colaboradores se encontram,

intrinsecamente, envolvidos nas decisões que influenciam diretamente suas

atuações.

De fato, a QVT ocorre no momento que as empresas tomam consciência

que os colaboradores são parte fundamental da organização. Vendo, assim, as

pessoas como um todo. Segundo Campos (1992), um dos mais importantes

conceitos dos programas de qualidade está na premissa de que, somente se

melhora o que se pode medir e, portanto, é preciso medir para melhorar, sendo,

assim, é necessário avaliar de forma sistemática a satisfação dos profissionais da

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empresa e, nesse sentido, o processo do autoconhecimento e as sondagens de

opiniões internas são de grande importância para detectar a percepção dos

funcionários sobre os fatores intervenientes na qualidade de vida na organização do

trabalho.

1.3 A QUALIDADE DE VIDA UTILIZADA COMO ELEMENTO CHAVE PELAS

EMPRESAS

A Qualidade de Vida no trabalho é uma conseqüência da compreensão

comprometida e abrangente das condições de vida no trabalho, incluindo aspectos

como bem-estar social, saúde, segurança e capacitação sendo uma poderosa arma

de competitividade do mercado, melhorando o desempenho e a produtividade além

do aumento da confiabilidade do cliente.

Faça do ambiente de trabalho um lugar aprazível, criativo e solidário. Quem trabalha angustiado rouba energia excessivamente do cérebro, vive fatigado. Quem trabalha com prazer renova suas forças, abre as janelas da sua mente e brilha na sua inteligência. (CURY, 2002, p. 184).

Para Lacanna (2008) a Qualidade é complexa, sendo a busca permanente

da auto-superação e do contínuo aperfeiçoamento englobando além dos serviços,

produtos e pessoas, um planejamento pré-estabelecido não se limitando apenas aos

avanços tecnológicos, mas a recursos humanos capacitados, treinados, liderados,

motivados e conscientes de suas responsabilidades. A busca incessante da

qualidade pelas organizações contemporâneas como estratégia de sobrevivência no

mercado provoca muitas vezes um esquecimento do principal: seus colaboradores,

sua vida e felicidade.

Sendo assim, a qualidade de vida no trabalho evidencia os colaboradores

com merecida importância pela instituição que, envolvidos em diversos níveis, são

abordados como parceiros e, não mais como recursos humanos, mas integrando

indivíduos à organização de forma harmoniosa, mantendo sua integridade física e

mental, valorizando-o literalmente como pessoa, considerando fatores psicológicos,

políticos, econômicos e sociais do trabalhador. No mundo do trabalho ocorreram

inúmeras mudanças não só no processo produtivo devido inovações tecnológicas,

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mas no impacto causado na saúde do trabalhador tanto na esfera física como

psíquica.

Os estudos sobre as patologias do trabalho sempre foram focados para o

setor produtivo/industrial, só recentemente as pesquisas incluem outras áreas como

a saúde, educação e esportes visando entre vários interesses, os econômicos e

mercadológicos porque inúmeros objetivos organizacionais são alcançados quando

os trabalhadores são saudáveis ocorrendo queda nos níveis de absenteísmo, das

licenças médicas, acidentes de trabalho, aposentadorias por doença, entre outros.

Enfermidades consideradas emergentes, como o estresse, a depressão ou

a ansiedade, assim como a violência no trabalho, o assédio e a intimidação, são

responsáveis por grande parte dos problemas de saúde associados ao trabalho, o

que implica em dias, semanas ou até meses de ausência no ambiente

organizacional.

De acordo com Lacanna (2008) o pensamento clássico da Medicina

Ocupacional entendia a saúde do trabalhador basicamente relacionada ao ambiente

físico, cujo contato com agentes químicos, físicos e biológicos propiciava acidentes e

enfermidades típicas pela especificidade da profissão; atualmente a visão é mais

ampla, sendo o trabalho sujeito a inúmeros fatores, estando as condições de

trabalho e suas patologias estreitamente relacionadas. O interesse de alguns

pesquisadores no estresse, relaciona-se com situações de esgotamento pessoal que

vindo causar interferência na vida do indivíduo, pode ou não comprometer a relação

homem-trabalho.

Uma empresa, basicamente, sobrevive dos seus lucros. Para obter lucros, é

necessário que algo seja oferecido aos clientes, como por exemplo, produtos e

serviços. Porém para produzir algo ou prestar algum serviço, a empresa precisa

dispor de recursos financeiros e uma boa estrutura, contendo, máquinas,

equipamentos, matéria-prima e outros. No entanto, para gerenciar todo esse

processo produtivo, incluindo o funcionamento das máquinas, são necessárias as

pessoas. E, como são seres humanos, possui sentimentos, expectativas, ambições

e emoções.

De acordo com Chiavenato (1998) Qualidade de vida no trabalho representa

o grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer suas

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necessidades pessoais através de sua atividade na organização. É preciso

considerar ainda, que as pessoas, não trabalham apenas para receber um salário no

fim do mês, mas buscam integridade, reconhecimento e crescimento pessoal e

profissional. Atualmente as empresas não podem focar seus esforços apenas em

recursos financeiros e tecnológicos, devem considerar as pessoas como um

elemento chave, para que a produtividade aumente, sem deixar de lado a qualidade,

a eficiência e o profissionalismo.

1.4 BENEFÍCIOS QUE OS PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA NO

TRABALHO PODEM PROPORCIONAR

A qualidade de vida do colaborador é benéfica tanto para a empresa quanto

para o profissional. Uma grande e atrativa vantagem para a empresa que investe em

qualidade de vida é a diminuição significativa dos custos gerados pelo afastamento

do funcionário. Além de tudo, a falta de motivação, os sintomas relacionados com a

patologia gerada e a condição psicológica que o colaborador fica por não ter

satisfação pessoal acabam interferindo diretamente em seu rendimento, trazendo

futuros prejuízos à empresa.

Enquanto que, há algum tempo, a qualidade de vida no trabalho abrangia

apenas os riscos ocupacionais, agora, está voltada também aos riscos mentais e

afetivos. As horas trabalhadas passaram a ser controladas por lei, e o trabalhador

passou a ganhar inúmeros direitos, que favorecem a sua qualidade de vida, em

especial no ambiente de trabalho. Trabalhar passou a ser uma tarefa agradável.

Muitas pessoas hoje trabalham porque gostam e esse “gostar” vai além do

pagamento pelos serviços prestados. É nesse ponto, que se esconde o segredo do

sucesso de muitas empresas, no mundo todo.

As empresas passaram a se preocupar mais com a compreensão das

relações trabalho versus saúde, que também refletem na vida pessoal dos

trabalhadores. As organizações começaram a aceitar mudanças nos processos,

oferecendo mais condições ergonômicas, cooperando para a humanização no

trabalho. Colaborador feliz é produtivo, e quem mais ganha com isso é a empresa,

por isso esta conscientização é tão importante e válida.

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Para Bispo (2008) são inúmeros os benefícios que a qualidade de vida no

trabalho pode trazer, destacando-se:

Para a empresa:

- Força de trabalho saudável;

- Diminuição do absenteísmo e rotatividade;

- Diminuição dos custos com assistência médica;

- Melhoria da produtividade;

- Ambiente de trabalho adequado;

- Capacidade de atrair e reter pessoal qualificado;

- Melhoria da imagem interna e externa;

- Maior divulgação e racionalização dos recursos e benefícios

disponibilizados pela empresa;

- Melhoria do Clima Organizacional.

Para o colaborador:

- Aprendizado e crescimento constante, tanto na dimensão profissional

como na pessoal;

- Flexibilidade para mudar hábitos e velhos padrões de conduta;

- Mais disposição para a vida e para o trabalho;

- Aumento da resistência física e orgânica;

- Acostumar-se à prática da prevenção de saúde física e mental;

- Percepção de reconhecimento por parte da empresa;

- Maior resistência ao stress;

- Flexibilidade de relacionamento;

- Empregabilidade.

Segundo Sucesso (1998) pode-se dizer, de maneira geral, que a qualidade

de vida no trabalho abrange:

- Renda capaz de satisfazer as expectativas pessoais e sociais;

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- Orgulho pelo trabalho realizado;

- Vida emocional satisfatória;

- Auto-estima;

- Imagem da empresa junto à opinião publica;

- Equilíbrio entre trabalho e lazer;

- Horários e condições de trabalho sensato;

- Oportunidades e perspectivas de carreira;

- Possibilidade de uso de pessoal;

- Respeito aos direitos;

- Justiça nas recompensas.

Percebe-se que os benefícios, vão além dos interesses particulares da

organização, criando uma espécie de vinculo entre empregado e empresa. Esse

vínculo, é que coopera com que os programas implantados pela empresa,

especialmente, aos relacionados com a qualidade de vida, sejam aceitos e bem

executados pela equipe de trabalho.

De acordo com Silva e De Marchi (1997) a adoção de programas de

qualidade de vida, promoção de qualidade de vida e promoção de saúde

proporcionam ao individuo maior resistência ao estresse, maior estabilidade

emocional, maior motivação, maior eficiência no trabalho, melhor auto-imagem e

melhor relacionamento. Por outro lado, as empresas seriam beneficiadas com uma

força de trabalho mais saudável, menor absenteísmo/rotatividade, menor números

de acidentes, menor custo de saúde assistencial, maior produtividade, melhor

imagem e, por ultimo, um melhor ambiente de trabalho.

Porém, deve-se considerar que, para alcançar esses benefícios com

verdadeiro interesse, a empresa deve dedicar em proporcionar aos colaboradores,

alguns diferenciais, conforme cita Chiavenato (2002):

1. Oferecer conveniências não avaliáveis em dinheiro;

2. Oferecer assistências disponíveis na solução de problemas pessoais;

3. Aumentar a satisfação no trabalho;

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4. Contribuir para o desenvolvimento pessoal e bem-estar individual;

5. Oferecer meios de melhor relacionamento social entre os empregados;

6. Reduzir sentimentos de insegurança;

7. Oferecer oportunidades adicionais de assegurar status social;

8. Oferecer compensação extra;

9. Melhorar as relações com a empresa.

Segundo Bispo (2008) as empresas podem empregar técnicas e programas

de qualidade de vida, estimulando: Diminuir o estresse simplesmente aplicando a

gentileza na política da empresa; Usar os primeiros trinta minutos da jornada de

trabalho para atividades de relaxamento; Apoiar situações de conflito e

relacionamento pessoal; Incentivar o combate ao tabagismo, sedentarismo; Apoiar a

prática de esportes, boa alimentação e diversão; Elaborar e programar políticas

saudáveis; Criar ambientes favoráveis à saúde; Enfatizar ações comunitárias;

Desenvolver habilidades pessoais; Respeitar a satisfação das necessidades

individuais e coletivas.

Beneficiar os colaboradores, não significa pagar mais ou investir grandes

valores em treinamento, viagens, festas, etc. Muitas vezes essa atitude, é mal

interpretada pela organização, o que faz com que o projeto não obtenha resultados,

de acordo com o esperado. Fazer algo além do comum é buscar constantemente

motivar, valorizar, compensar, atrair e manter os profissionais.

Estudos revelam que a insatisfação causa sofrimento, angústia e até mesmo

doenças nos funcionários, o que pode gerar prejuízos para empresa, considerando

que esses fatores, ocasionam baixa de rendimento e consequentemente, baixa na

produtividade, além disso, esse sentimento negativo pode ser transferido, direta ou

indiretamente para a equipe.

A qualidade de vida no trabalho é importante porque proporciona à empresa

um aumento significativo na satisfação do proprietário em relação ao trabalho de

seus funcionários, além de manter uma melhor qualidade de vida aos empregados e

um relacionamento saudável com a organização. Atualmente, as empresas

preocupam-se com o estilo de vida da sua equipe, o ambiente físico de trabalho, a

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gestão de saúde, a segurança, além de possibilitar que os empregados manifestem-

se nos processos, participando com sugestões e com implantação de melhorias.

Hoje se pode contar com normas regulamentadoras de controle de riscos

ocupacionais, com o serviço especializado de segurança e medicina do trabalho

(SESMT), com o programa de controle médico e saúde ocupacional (PCSMO) e

ainda com programa de prevenção ambiental, todos os programas que visam à

proteção da saúde e da segurança do trabalhador, eliminando riscos e diminuindo o

número de acidentes de trabalho, muitas vezes causadores de traumas ou mortes.

Muitas empresas ainda não se conscientizaram da importância da

implantação de programas de qualidade de vida no trabalho, e muitas ainda, nem

sequer conseguem perceber a importância dos empregados, motivados e

valorizados, para o crescimento e sucesso da empresa. Porém o processo de

sensibilização é contínuo, e logo, em um futuro muito próximo, empresas que não se

conscientizarem de tal importância, acabarão sendo expulsas do mercado, por

atitudes próprias ou por fracassos e prejuízos.

Qualidade de vida vai além de se ter boa saúde, seja ela física ou mental. É

estar de bem com a vida, consigo mesmo, com as pessoas ao seu redor e com o

seu trabalho. Manter um equilíbrio, em todas as áreas, obter hábitos saudáveis,

cuidados com o corpo e com a mente, prestar atenção na qualidade dos

relacionamentos, disponibilizar tempo para o lazer, equilibrar a vida pessoal e a

profissional, cuidar da saúde espiritual, acreditar em si mesmo e nos outros, dentre

inúmeros outros fatores. A qualidade de vida exerce papel fundamental na felicidade

e no tempo de vida dos seres humanos.

1.5 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO PARA O TRABALHO

Ford (1954) define em poucas palavras a importância do ser humano nas

relações de trabalho através de uma frase, “Você pode destruir todas as minhas

instalações, quebrar todas as minhas máquinas, mas, se você me der meu pessoal,

eu construo tudo de novo”.

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Antigamente os proprietários das grandes empresas preocupavam-se

apenas com a produção. Concentravam seus esforços em meios de ampliar a

quantidade produzida, com intuito de ganhar mais espaço no mercado. O ser

humano era visto apenas como uma peça necessária para que esse processo

produtivo acontecesse.

As condições de trabalho eram precárias, o horário de trabalho não era

controlado e os empregados eram obrigados a trabalhar por longas horas

diariamente, sem contar que nesse processo, as crianças eram exploradas,

obrigadas a trabalhar com objetivo de ajudar seus pais no sustento da casa. Os

donos das empresas tratavam as pessoas, como escravas, desumanamente, as

quais frequentemente adoeciam e sofriam acidentes no ambiente de trabalho, sem

nem ao menos, serem socorridas.

O tempo passou, e as necessidades de aumento da produção,

acompanharam as mudanças, tornando-se cada vez maiores. As indústrias

passaram então, a investir grandes valores em máquinas, equipamentos e estrutura.

No entanto, o que era esperado por todos, naquela época, não se cumpriu. Quanto

mais sofisticadas as máquinas, mais aumentavam as necessidades de profissionais

especializados.

De acordo com Fernandes (1996) com o intuito de melhorar ainda mais esse

processo e com a necessidade de encontrar formas e métodos de produzir mais e

com menos custos, Frederick Taylor, estudioso do século XIX, deu inicio a uma

administração cientifica que visava o estudo da melhor forma de executar um

trabalho, que cooperasse com o aumento da produtividade. Os primeiros estudos

foram voltados à diminuição de esforços e ao melhoramento da capacidade de

produção. Taylor contribuiu então, para que as empresas realmente obtivessem o

tão sonhado aumento de produtividade. O autor apresentou em seu estudo, á

importância da divisão de tarefas e da especialização dos trabalhadores, o que iria

eliminar esforços desnecessários. O empregado trabalharia mais, porém, se

cansaria menos. Porém, mesmo diante dos estudos de Frederick Taylor, os patrões

continuavam abusando de seus colaboradores e ainda não lhes davam o devido

respeito e valor.

O autor afirma ainda que anos depois, entre 1920 e 1940, Elton Mayo,

psicólogo e pesquisador, lançou a experiência de Hawtorne, baseada na observação

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de um grupo de operárias em diferentes ambientes de trabalho e constatou que a

produção aumentou, quando as operárias apresentavam índices de satisfação,

como, por exemplo, tratamento igualitário, gerência mais próxima, respeito e a

valorização humana no trabalho, etc.

O ser humano é eminentemente social: ele não vive isolado, mas em contínua interação com seus semelhantes. Nas interações humanas, ambas as partes envolvem-se mutuamente, uma influenciando a atitude que a outra irá tomar, e vice-versa. Devido as suas limitações individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com os outros, formando organizações para alcançar seus objetivos. A organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas por pessoas. A cooperação entre elas é essencial para a existência da organização. (CHIAVENATO, 1993, p. 20).

Segundo Matos (1997) a valorização humana na empresa é importante, pois

considera o alcance da realização pessoal e profissional dos colaboradores, cujos

referenciais destacam-se em quatros pólos existenciais: fé, amor, trabalho e lazer.

Esses são os fundamentos de uma política de valorização do ser humano no

trabalho, que compreende, em uma visão integrada, as funções clássicas de

recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento gerencial, benefícios, cargos e

salários, avaliação de desempenho, promoção, sucessão e comunicação interna.

Atualmente, as empresas estão direcionadas para o bem estar de seus

profissionais, em busca de melhores resultados, através da qualidade de vida no

trabalho. “Em sua essência, as organizações tem sua origem nas pessoas, o

trabalho é processado por pessoas e o produto de seu trabalho destina-se as

pessoas” (LUCENA, 1990, p. 52).

1.6 GESTÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

A Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho (GQVT) segundo França

(2007) é “o conjunto de ações de uma empresa que envolve a implantação de

melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais do ambiente de

trabalho”. Segundo Chiavenato (2002) se não houver uma boa qualidade de

trabalho, logo haverá a alienação do colaborador, a insatisfação e a má vontade,

chegando ao declínio da produtividade. Quando a qualidade do trabalho é boa, tudo

muda e fica diferente, conduzindo-se a um clima de confiança e respeito mútuo, no

qual o indivíduo tenderá a aumentar as suas contribuições.

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Para que um programa de qualidade venha a ser executado com eficiência

é necessário que alguns modelos de gestão, sejam aplicados, ou então, algumas

normas venham a ser seguidas. No entanto, esses modelos e normas não têm como

ser implantados como “teste”, por isso, é fundamental que sejam aplicadas

alternativas prontas, testadas, que venham a gerar bons resultados, desde o

princípio do processo de implantação.

De acordo com Quirino e Xavier (1987) existem duas formas de se mensurar

a qualidade de vida nas organizações. Uma, seria através da abordagem objetiva,

que apontaria a mensuração das condições materiais, como, por exemplo, a

disponibilidade de equipamentos, padrões salariais, ambiente físico, entre outros. A

outra, através da abordagem subjetiva, que visaria à mensuração do nível de

satisfação dos trabalhadores com as condições objetivas, satisfatórias ou não

satisfatórias.

Segundo Rocha (apud CHIAVENATO 1999) os principais modelos de

qualidade de vida no trabalho são:

1. Modelo de Walton (1974) - é divido em oito fatores e cada um abrange

várias dimensões, conforme já citado anteriormente, esse modelo vai de encontro

com os aspectos psicológicos dos empregados. Compensação justa e adequada;

condições de segurança e saúde no trabalho; oportunidade de uso e

desenvolvimento de capacidades; oportunidade de crescimento e segurança;

integração social no trabalho; constitucionalismo; trabalho e espaço total da vida; e

relevância social da vida no trabalho. Para Walton (1973) a qualidade de vida no

trabalho deve ser compreendida como um conceito que compreende desde as

necessidades básicas do individuo até as condições de trabalho encontradas na

organização.

2. Modelo de Hackman e Oldham (1975) - acreditavam nas dimensões do

cargo, como sendo fundamentais na QVT. Para eles, esses aspectos produzem

estados psicológicos críticos que conduzem a resultados pessoais e profissionais

afetando diretamente a qualidade de vida no trabalho. As principais características

desse modelo são: Variedade, identidade, significação da tarefa, autonomia e

feedback. “As dimensões essenciais tendem a promover a motivação, a satisfação

e a qualidade do trabalho e a reduzir a rotatividade e o absenteísmo.” (Davis e

Newstrom, 1992, p. 151).

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3. Modelo de Westley (1979) - defende que a QVT pode ser verificada

através de quatro indicadores: econômicos, políticos, psicológicos e sociológicos,

descritos como quatro problemas causados pela injustiça, insegurança, alienação e

ausência de leis ou regulamentos. As características que se destacam neste modelo

são: Enriquecimento das tarefas, trabalho auto-supervisionado, distribuição de lucros

e participação nas decisões.

4. Modelo de Davis e Werther (1983) - este modelo se relaciona aos

cargos e considera alguns fatores ambientais, organizacionais e comportamentais.

Os fatores ambientais consideram as expectativas sociais, as habilidades e

disponibilidades de colaboradores potenciais. Já os fatores organizacionais

procuram identificar a tarefa que condiz com o cargo, de forma que haja fluxo

coerente de processos, da utilização de métodos e sistemas que ajustem as práticas

de trabalho desenvolvidas, resultando, desta forma, na redução de tempo e esforço

dos colaboradores. E, por ultimo, os fatores comportamentais, que visa à autonomia

do colaborador, a variedade do cargo, a identidade de tarefa e a retro informação,

tudo isso voltado para um aumento da motivação.

5. Modelo de Nadler e Lawler (1983) – As principais características deste

modelo são: a participação dos colaboradores nas decisões da empresa;

reestruturação do trabalho através do enriquecimento de tarefas e dos grupos de

trabalho autônomos; inovação no sistema de recompensas para influenciar o clima

organizacional; e melhoria no ambiente de trabalho, em relação ás condições físicas

e psicológicas, horário de trabalho, etc. Através desses aspectos, pode-se

demonstrar que os colaboradores passam a ser parte integrante das empresas,

mostrando o quanto se tornou importantes para a organização.

6. Modelo de Huse e Cummings (1985) - Esse modelo sugere que a QVT

envolva pessoas, trabalho e empresa dando ênfase a dois aspectos fundamentais: A

preocupação com o colaborador e com a eficiência organizacional; e a participação

dos colaboradores nas decisões e na resolução de problemas do trabalho. A

satisfação dos colaboradores faz com que a produtividade aumente.

7. Modelo de Siqueira e Coletta (1989) – Este modelo destaca alguns

fatores determinantes na QVT: Política de recursos humanos; Trabalho: ambiente

saudável, tarefas enriquecidas, amizade entre colegas, etc.; Interações pessoais:

bom relacionamento interpessoal com os colegas e chefias; Indivíduo assiduidade:

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satisfação com o trabalho que desenvolve responsabilidade por aquilo que realiza

etc.; Empresa: imagem favorável junto á sociedade, administração eficiente, etc.

1.7 IMPLANTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

O propósito do programa de Qualidade de Vida é encorajar e apoiar hábitos

e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre os colaboradores e famílias

durante toda trajetória profissional. Um programa de Qualidade de Vida existe para

gerar estratégias com o intuito de promover um ambiente que estimule e dê suporte

ao indivíduo e à empresa, conscientizando sobre como sua saúde está diretamente

relacionada à sua qualidade e produtividade.

Não é suficiente ter em mente mudar o estado de saúde dos profissionais, é

necessário também encorajá-los a cuidarem e gerenciarem sua própria saúde,

adquirindo um ganho significativo na sua satisfação e crescimento, assim como no

aumento de produção e redução de custos para a empresa. As melhores empresas

em gestão de pessoas destacam-se em rentabilidade, são bem vistas pelos

colaboradores em seus processos corporativos, no planejamento e na maneira de

gerenciamento. Ainda segundo estudos americanos, para cada dólar investido em

qualidade de vida dentro das empresas se obtêm um retorno de 2 a 5 dólares.

A empresa portadora de uma excelente filosofia tem consciência de que existe para a sociedade, e não a sociedade para ela. Sua meta é contribuir para o crescimento humano. Seu sonho é gerar qualidade de vida em todas as pessoas que ela atinge direta ou indiretamente. Para ela o lucro financeiro caminha paralelamente ao lucro emocional. (CURY, 2002, p. 81).

A empresa ganha muito implantando os programas de qualidade de vida no

trabalho, pois os colaboradores se sentem motivados a trabalhar, vestindo a camisa

da organização, encontrando-se dispostos a crescer junto com a empresa. Segundo

Maximiano (2000), “motivação, é o conjunto de razões ou motivos que explicam,

induzem, incentivam, estimulam ou provocam algum tipo de ação de

comportamento”. Dizer às pessoas que se espera que elas façam melhor, significa

que estas são consideradas capazes de alcançar altos padrões, os quais

concordam. Para Davis e Newstrom (1992), o resultado de um sistema eficaz de

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comportamento organizacional é a motivação, que combinada com as habilidades e

capacidades do colaborador, resulta na produtividade humana.

Atualmente, uma das principais dificuldades das empresas, está no fato de

implantar sistemas, métodos, técnicas ou programas, de qualidade de vida no

trabalho, uma vez que envolve todos na organização, desde a alta administração até

os funcionários de baixo custo para a empresa.

A implantação de programas específicos dentro das empresas é vista

ultimamente como uma estratégia competitiva de diferencial de mercado, tendo

como objetivo aumentar a satisfação dos colaboradores e consequentemente obter

uma alta lucratividade na empresa. Para que haja a lucratividade é preciso que as

pessoas executem suas tarefas de maneira adequada e com satisfação,

possibilitando assim um futuro promissor dentro da organização e reconhecimento

pelos resultados alcançados.

Os resultados positivos destes programas, tanto para as empresas como para seus colaboradores, já foram bastante discutidos na literatura científica, destacando-se, entre eles: diminuição do absenteísmo e presenteísmo, melhora da produtividade e eficiência, diminuição do número de queixas e gastos médicos, como a melhoria da situação geral de saúde do colaborador, de bem-estar físico e psicológico e de diversos outros índices e capacidades específicos de cada programa. (SYRGY, 2001, p. 241).

O processo de implantação de programas de Qualidade de Vida no

Trabalho, apesar de simples, apresenta certa dificuldade, devido trabalhar com

mudanças, e a palavra “mudança” assusta muitas pessoas. Os seres humanos

tendem a ficar apreensivos cada vez que ouvem essa palavra e ficam atônitos cada

vez que pensam em colocá-la em prática. Por isso, Thuanny (2009) alerta para

alguns cuidados importantes, para que o processo não se torne frágil e ineficiente:

- Escolha de um gestor: Todo programa deve ter um responsável. Alguém

de fácil acesso, onde todos possam procurá-lo em caso de dúvidas, sugestões ou

criticas. Essa pessoa deve ser escolhida pela equipe e deve considerar-se um líder

no processo, jamais ser e agir como “dono” do processo.

- Empowerment: Termo muito usado na área de administração,

empowerment significa “empoderamento”, dar oportunidade aos empregados de

opinar e também de tomar decisões em relação ao processo, uma vez, que os

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funcionários deverão ser os mais interessados no programa de QVT,

compreendendo a importância das mudanças para sua própria vida e profissão.

- Suporte Material: Nem sempre o que é falado, é absorvido por todos. Por

isso, é importante elaborar e distribuir materiais de apoio, onde o colaborador possa

levá-los para casa e estudar melhor o programa e seus benefícios.

- Apoio dos líderes: Todos na empresa, com certeza, vêem os líderes como

exemplo. Se os diretores e gerentes da empresa apóiam e acreditam no processo,

todos acabam sendo motivados a contribuir. Os líderes da empresa, independente

de suas funções ou setor de atuação, devem reconhecer o processo como um

programa corporativo e devem seguir e obedecer às mudanças, severamente e sem

críticas.

A qualidade de vida dos colaboradores é influenciada diretamente na

execução das atividades de forma que venha obter as metas traçadas pela

organização. A empresa que não utiliza como estratégia competitiva a QVT pode ser

considerada fora de um mercado onde a concorrência é altamente acirrada, pois

colaboradores insatisfeitos terão aumento de indicadores negativos onde

posteriormente não conseguirão atender as necessidades dos clientes de maneira

satisfatória, tendo como conseqüência baixa produtividade na empresa.

Colaboradores satisfeitos utilizam sua máxima capacidade produtiva.

1.7.1 Etapas de Implantação do Programa

Conforme O’Donnell (2000) esse processo de implantação deve obedecer

três etapas básicas e fundamentais: sensibilização, desenvolvimento do programa

através de mudanças do estilo de vida e ambiente de suporte.

1. Sensibilização: A sensibilização é o método utilizado para conscientizar

uma ou mais pessoas, sobre determinado assunto. No caso, de qualidade de vida

no trabalho, a sensibilização deverá ser realizada, para que a empresa e também os

funcionários, compreendam a importância da qualidade de vida, para todos.

Sensibilizar uma pessoa, não é apenas falar a ela sobre determinado tema, é fazer

com que ela compreenda os reais motivos, a importância e a necessidade de

absorver tal assunto e agir conforme o que está sendo proposto. Evidenciar os

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pontos positivos de adquirir tal rotina e também os pontos negativos, caso tal “rotina”

não seja estabelecida.

São diversas as formas de sensibilização: palestras, pôsteres, informativos escritos, publicação em jornais internos, murais, exames, check-up e feiras de saúde. Sendo assim, a sensibilização é caracterizada por ser uma ação, algo pontual e específico. A sensibilização possui a grande vantagem de ter um custo baixo e, dependendo de sua forma de divulgação, faz com que sua empresa ou instituição tenha um destaque maior entre os funcionários, na comunidade em que está situada e na mídia. Entretanto, possui uma importante desvantagem: apenas a informação não é capaz de fazer com que uma maioria modifique seu comportamento. Sendo assim, toda sensibilização deve ser seguida das outras fases de implantação de um programa. (VILARTA; GONÇALVES, 2004, p. 133).

Sensibilizar é defender um assunto, até que esse seja totalmente absorvido

pela equipe. É uma forma de transmitir informações importantes às pessoas, de

modo que elas compreendam mais e melhor sobre o assunto e possam ter o poder

de optar por “sim” ou “não” em uma decisão importante, que favoreça a sua saúde e

a sua vida. Através da sensibilização é possível aumentar o nível de interesse das

pessoas, por algum tema ou tópico abordado.

2. Mudanças de estilo de vida: As mudanças no estilo de vida são

importantes para que qualquer programa de QVT seja desenvolvido. Sem a

mudança de comportamento, não há condições de se obter qualidade de vida, em

especial, no ambiente de trabalho. As mudanças no estilo de vida podem ser

discutidas e trabalhadas através de grupos de apoio, onde deverão ser utilizados

métodos de educação, de mudanças de comportamento e atividades vivenciais

diferenciadas.

É importante que nessa etapa, a empresa tenha uma análise inicial do

padrão e qualidade de vida de seus colaboradores atualmente, e posteriormente, ao

final dessa fase, é importante que se obtenha uma nova análise, considerando as

mudanças.

Os funcionários devem receber um feedback, em relação aos seus

melhoramentos ou a sua situação atual e futura. Essa analise pode ser realizada em

relação à saúde, a segurança, ao estado emocional, etc. Juntamente com essa

análise, o colaborador deve receber algum material que fortaleça as vantagens de

mudar determinado hábito ou estilo de vida, de forma que contribua para a

mudança, conscientizando a pessoa da importância de todo processo.

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3. Ambiente de suporte: Essa etapa tem como objetivo proporcionar um

ambiente saudável, conforme o assunto ou tema trabalhado no momento (saúde,

segurança, etc.). Nessa etapa, é necessário que se faça uma verificação do que

está errado dentro da empresa e que precisa ser modificado para auxiliar as

pessoas, na mudança de hábitos e estilos de vida.

Por exemplo, se o assunto inicial é saúde, deve-se excluir do ambiente de

trabalho máquinas de refrigerante, acesso a alimentos açucarados ou gordurosos,

estimular a atividade física, elaborar um controle de peso e exames periódicos de

saúde, etc. Sabe-se que a maioria dos hábitos, esta escondido no costume, por

exemplo, almoçar todos os dias, acompanhado de refrigerante ao invés de suco

natural. Até que nosso organismo acostume com o suco natural, o individuo sofre a

“vontade e a necessidade” de consumir refrigerante. Essa terceira etapa deve

proporcionar aos colaboradores, um ambiente justo de forma que auxilie na

mudança de estilos e hábitos diariamente.

1.7.2 Etapas de Mudança de Comportamento

Até agora, foi visto as etapas para implementar um programa de Qualidade

de Vida. Porém, as pessoas encontram-se em diferentes fases de aceitação de

mudança. Por que algumas pessoas mudam seu comportamento apenas com a

sensibilização, enquanto outras precisam se inserir em um programa? Por que

alguns conseguem parar de fumar de maneira mais fácil que outros? Isso porque

cada um encontra-se em uma fase diferente de mudança de comportamento. Essas

fases foram descritas por Prochaska e Diclemente (1983) e são amplamente

utilizadas:

- Pré – contemplação: Na fase de pré-contemplação o indivíduo possui uma

grande resistência em entender, reconhecer ou modificar o problema. É comumente

descrita em indivíduos alcoólatras ou consumidores de drogas, que acreditam que

“não são viciados” ou que “podem parar com aquilo a qualquer momento”. Uma

característica fundamental dos indivíduos em pré-contemplação é que eles não

pretendem mudar seu comportamento em um futuro próximo.

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- Contemplação: Os indivíduos em fase de contemplação conseguem

identificar que possuem um problema e até consideram enfrentá-lo. Entretanto, esse

enfrentamento nunca acontece. É como um indivíduo com excesso de peso que

considera isso um problema, pensa em modificar seu comportamento, mas nunca

inicia uma dieta ou exercícios físicos. “Como saber para onde quer ir, mas ainda sem

estar preparado para ir para lá” (PROCHASKA; DICLEMENTE, 1983, p. 390).

- Preparação: Na fase de preparação, o indivíduo identifica seu problema e

tenta modificar seu comportamento para melhorar, mas a tentativa não é bem

sucedida ou persistente. Muitas pessoas iniciam suas dietas ou reeducação

alimentar, mas rapidamente voltam aos hábitos antigos. Da mesma forma, sempre

vemos pessoas que iniciam a prática de atividades físicas, mas rapidamente a

interrompe. Ou seja, o indivíduo está preparado para a mudança, faz algumas

tentativas, mas não consegue fazê-las de forma efetiva.

- Ação: Se um indivíduo identifica seu problema, considera enfrentá-lo e faz

uma tentativa bem sucedida, ou seja, realmente modifica seu comportamento, essa

pessoa encontra-se em fase de ação. Na fase de ação, toma-se a decisão e

modifica-se o comportamento. Por isso, algumas pessoas conseguem mais

facilmente iniciar e manter uma dieta ou praticar exercícios físicos.

- Manutenção: A fase de manutenção caracteriza-se pela persistência da

mudança e pelo esforço em evitar recaídas. A partir do momento em que o

comportamento saudável tornou-se um hábito e não se apresentam riscos para

recaídas, é possível dizer que se chegou à fase de término, ou seja, um padrão

estável ou a cura.

1.7.3 Integrando as Etapas

Ao deparar com as etapas de mudança de comportamento, verifica-se que

as dificuldades são muitas até se chegar aos estágios de ação e manutenção.

Entretanto, é possível ter um caminho bem-sucedido adotando a metodologia das

etapas de implantação de programas de Qualidade de Vida. Os indivíduos em pré-

contemplação e contemplação precisam ser sensibilizados, para entender melhor

seu problema e despertar o interesse pela mudança.

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Os indivíduos sensibilizados e os que se encontram em fase de preparação

e ação terão o total benefício através da participação em um programa estabelecido,

ou seja, na fase de mudança de estilo de vida. Para que todos possam manter seus

processos de mudança e alcançar a estabilidade, o ambiente de suporte é

fundamental.

Assim, entende-se que dificilmente o comportamento de um colaborador é

mudado sem antes ter um plano de ação com um método eficaz e comprovado.

Respeitando-se as etapas, os limites e os comportamentos de cada indivíduo, a

empresa chegará mais perto do sucesso do programa.

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CAPÍTULO II - METODOLOGIA

“Pesquisa é um procedimento intelectual para adquirir conhecimentos,

através da investigação da realidade, na busca de novas verdades sobre um fato,

objeto ou problema.” (FACHIN, 1993, p.101). Para alcançar os objetivos foi utilizado

o método da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Para Gil (2006), pesquisa

bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos e

armazenados em obras. O intuito destas obras é encaminhar o leitor a determinado

assunto, onde é feita a coleta de dados e informações para o desempenho da

pesquisa. A pesquisa bibliográfica proporcionou todas as informações necessárias

para o desenvolvimento deste trabalho.

Após obter o embasamento teórico sobre o assunto, ocorreu a pesquisa de

campo, a qual permitiu a aplicação do conhecimento teórico, gerando o

conhecimento prático do tema abordado. De acordo com Lakatos e Marconi (1992),

a pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações a

cerca de um problema, para obter uma resposta ou uma hipótese, na qual se queira

comprovar, ou ainda descobrir novos fatos sobre o caso.

Utilizou-se como metodologia um Estudo de Caso de natureza qualitativa,

descritiva e exploratória, em uma equipe de projeto, de uma empresa de grande

porte, cuja matriz é localizada em Crixás – GO, porém esta temporariamente

prestando serviços à outra empresa no município de Nova Xavantina – MT. Segundo

Lakatos e Marconi (1992) o estudo de caso refere-se ao levantamento com mais

profundidade de determinado caso sob todos os seus aspectos. Entretanto é

limitado, pois se restringe ao caso que se estuda, não podendo generalizar.

Segundo Gil (1999) a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de

proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. Portanto, esse tipo de

pesquisa é realizado, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e

torna-se difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. Uma característica

interessante da pesquisa exploratória consiste no aprofundamento de conceitos

preliminares sobre determinada temática não contemplada de modo satisfatório

anteriormente. Assim, contribui para o esclarecimento de questões superficialmente

abordadas sobre o assunto.

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A metodologia qualitativa procura analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamentos. (LAKATOS e MARCONI, 2005, p.269).

Gil (1999) destaca que a pesquisa descritiva tem como principal objetivo

descrever características de determinada população ou fenômeno ou o

estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais

significativas esta na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Interfere-se do exposto que a pesquisa descritiva configura-se como um estudo

intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão

preliminar como a primeira, nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto,

descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos. Esta

metodologia permitiu o aprofundamento da pesquisa na empresa, através da qual se

pode tirar conclusões dos fatos observados e fazer recomendações, caso seja

necessário.

Os instrumentos de pesquisas utilizados para a coleta de dados tanto dos

colaboradores quanto do gerente de projeto foram entrevistas semi – estruturadas.

Conforme Dencker (1998, p. 137) “a entrevista é uma comunicação verbal entre

duas ou mais pessoas com um grau de estruturação previamente definido, cuja

finalidade é a obtenção de informações de pesquisa”. As entrevistas podem ser

estruturadas, com perguntas determinadas, ou semi-estruturadas, permite maior

liberdade do pesquisador. Entrevista semi-estruturada é aquela em que o

entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido, entretanto, o entrevistador

tem liberdade para desenvolver as questões conforme cada situação.

Esta pesquisa foi direcionada a cinco colaboradores, e o gerente de projeto,

totalizando seis pessoas. A escolha dos cinco colaboradores foi feita por

amostragem não – probabilística. Conforme Lakatos e Marconi (1992) amostra é

uma porção ou parcela, convenientemente selecionada da população. Amostra não-

probabilística é a seleção dos elementos da população, para compor a amostra

depende, ao menos em parte, do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no

campo.

A análise dos dados foi apresentada através do método de análise

estatística, na qual mostrou a relação entre variáveis por meio de textos descritivos,

classificados por categorias e medidos por cálculos de parâmetros de média. O

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processo de análise de conteúdo é definido por Kerlinger (1980, p.353) como “a

categorização, ordenação, manipulação e sumarização de dados”. Tem por objetivo

reduzir grandes quantidades de dados brutos a uma forma interpretável e

mensurável.

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CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa analisada é voltada à prestação de serviços para empresas

mineradoras e de pesquisas geológicas, iniciou suas operações em janeiro de 2000,

com sede administrativa na região de Crixás-GO, Brasil. Atualmente possui bases de

apoio em vários Estados. A empresa possui também equipes de projetos que se

deslocam por todo país. A prestação de serviço é feita temporariamente e extingue-

se quando os serviços solicitados pela empresa contratante forem concluídos,

conforme ocorreu no município de Nova Xavantina – MT.

A organização foi constituída por um geólogo e um administrador de

empresas com a finalidade de preencher uma lacuna que existia na prestação de

serviços de perfuração existentes no Estado de Goiás, logo se expandiu para todo o

Brasil.

Nesse período de existência, foi implantado o PGR (Programa de

Gerenciamento de Riscos), sendo parte de uma estratégia de adequação das

atividades ao sistema “NOSA” e NR22 (Segurança e Saúde Ocupacional na

Mineração), contemplando o programa de qualidade com a introdução de técnicas

de prevenção de perdas, de inspeções e de padrões mínimos de segurança, de

saúde ocupacional e de meio ambiente, além do desenvolvimento de tecnologia

própria para execução de cimentação e de desvios orientados em perfurações

profundas, tendo sido realizados dezenas deles, em Crixás – GO. A NR22

estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que

desenvolvam trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus colaboradores

melhores condições de segurança e medicina do trabalho. A fundamentação

legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR,

são os artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT.

Em 2004, a empresa obteve através de seus clientes, a classificação cinco

estrelas da “NOSA” e a certificação ISO 14.001 na unidade de Crixás-GO e em 2005

na unidade de Sabará-MG, pela excelência dos serviços prestados durante os anos

de 2003 e 2004 para duas minerações do Estado, graduação e certificação que vem

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sendo mantida até os dias de hoje nessas unidades. A empresa conta com equipes

técnicas e administrativas capacitada para executar serviços de sondagem com

altos índices de produtividade e respeito ás regras de qualidade, higiene, segurança

do trabalho, saúde ocupacional, meio ambiente e à legislação vigente.

3.2 RESULTADOS DA ENTREVISTA COM O GERENTE DE PROJETO, PARA IDENTIFICAR OS PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA EXISTENTES NA EMPRESA.

Realizou-se uma entrevista com o gerente de projeto com intuito de

identificar quais programas de qualidade de vida no trabalho a empresa proporciona

aos colaboradores, e demonstrar a importância destes programas no ambiente

organizacional. Através da entrevista constataram-se os seguintes programas

existentes na empresa:

• Programa 5S;

• Treinamentos e Capacitação:

- direção defensiva;

- manuseio de máquinas e equipamentos;

- primeiros socorros;

• Participação financeira por produção - além do salário, a equipe recebe

uma porcentagem conforme a produção;

• Segurança e Saúde no trabalho:

- a empresa oferece plano de saúde e seguro de vida;

- fornece todos os EPI’s necessários, orienta para a correta utilização

dos mesmos, e o uso é obrigatório. A segurança e saúde no trabalho são

consideradas o fator primordial para a empresa.

- é feito diariamente ginástica laboral com todos os colaboradores;

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Para Matsudo e Matsudo (2000) o objetivo da ginástica laboral é promover

adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos,

trazendo grandes benefícios para os colaboradores, como: a reeducação postural,

alivia o estresse, aumenta o ânimo para o trabalho, melhora a qualidade de vida,

promove a saúde e uma maior consciência corporal, aumenta a integração social,

melhora o desempenho profissional, diminui as tensões acumuladas no trabalho,

previne lesões e doenças por traumas cumulativos. Para as empresas, a

incorporação da ginástica laboral pode trazer benefícios como: diminui os índices de

acidentes de trabalho e absenteísmo, aumento da produtividade, preveni a fadiga

muscular e lesões ocupacionais, melhora a qualidade total, estimula o trabalho em

equipe.

- Ergonomia – a empresa se preocupa com as condições gerais de

trabalho, tais como, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são

conhecidas como agentes causadores de prejuízos á saúde física e mental,

buscando medidas para a correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência humana,

através de dados que permitam que se tomem decisões lógicas. O custo individual é

minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que em longo

prazo, podem provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades

físicas.

• Assistência à moradia, alimentação, transporte, limpeza, viagens,

custeados pela empresa;

• Além das folgas nos finais de semana, a empresa proporciona um

sistema diferenciado de folgas:

- para os solteiros o direito de 9 dias livres de folga a cada 3 meses;

- para os casados o direito de 6 dias livres de folga a cada 2 meses. As

despesas de viagens são custeadas pela empresa.

Segundo Levering (1986), um bom lugar para se trabalhar possibilita, entre

outras coisas, que as pessoas tenham, alem do trabalho, outros compromissos em

suas vidas, como a família, os amigos, os Hobbes pessoais. Para o autor, da

perspectiva de um colaborador isto é uma questão fundamental de justiça. Na sua

visão, não é justo que um local de trabalho seja a única coisa nas vidas das

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pessoas, aliás, como acontece na maioria dos casos. Um contexto com essa

característica, não permite que as pessoas se desenvolvam ou se tornem mais

completamente humanas.

O entrevistado relatou que os colaboradores se sentem satisfeitos com o

tratamento direcionados a eles, e quanto mais satisfeitos os colaboradores

estiverem, maior será o resultado alcançado. Através da qualidade de vida a

empresa esta investindo no seu funcionário, o que facilita na conquista de

credibilidade e fidelidade do colaborador, diminuindo o índice de rotatividade e

absenteísmo da empresa, contribuindo para o bom desempenho das atividades,

além de alcançar os objetivos organizacionais.

Em uma época de complexidades, mudanças e incertezas como a que atravessamos nos dias de hoje, a administração tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade humana. Vivemos em uma civilização em que predominam as organizações e na qual a mão-de-obra humana é a base fundamental da sociedade. E a tarefa básica da administração é a de fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz, para que em conjunto possam conseguir alcançar objetivos comuns. (CHIAVENATO, 2003, p. 10).

Na visão do gerente de projeto, uma empresa nos dias atuais, não

consegue obter sucesso, sem valorizar o capital humano, pois a mesma precisa dos

colaboradores para funcionar, sem pessoas os objetivos não são atingidos. Sem a

devida valorização das pessoas não há rendimento no serviço, há má vontade por

parte do colaborador, etc. De acordo com Carnegie (2003) naturalmente, é possível

fazer com que um homem lhe dê seu relógio encostando-lhe um revólver sobre as

costelas. Pode obter de um empregado a sua colaboração, até virar as costas,

ameaçando-lhe despedi-lo. Pode levar uma criança a fazer o que deseja por meio de

pancadas ou ameaças. Mas todos esses métodos cruéis têm repercussões

profundamente indesejáveis. O único processo pelo qual conseguirá que uma

pessoa faça alguma coisa é dando-lhe o que ela quer. Mas, o que as pessoas

querem?

Para Carnegie (2003) além das necessidades básicas de todo o ser

humano, como: saúde, alimento, repouso, moradia, etc., as pessoas possuem o

desejo de sentirem-se importantes. O mais profundo princípio da natureza humana é

a ânsia de ser apreciado. Não se falou do desejo, da vontade, ou da aspiração de

ser apreciado. Falou na ânsia de ser apreciado. Esta é uma espécie de fome

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humana insaciável, e os poucos indivíduos que satisfazerem esta avidez, terão as

pessoas na palma de suas mãos. Por isso, torna-se necessário valorizar as pessoas

no ambiente organizacional.

Através da pesquisa realizada, pode-se perceber que a empresa se

preocupa com o bem-estar dos seus colaboradores, proporcionando melhor

qualidade de vida para as pessoas que nela trabalham. É uma empresa que investi

em seu pessoal, oferece sempre o melhor aos colaboradores, e não medi esforços

para manter a satisfação dos mesmos, o que justifica todo sucesso alcançado

atualmente. A empresa não considera os gastos com seu pessoal como despesas

ou custos, mas sim, investimentos, e estes investimentos são refletidos na boa

produtividade, satisfação do cliente e do colaborador, diminuição da rotatividade e

absenteísmo, e eficiência no alcance dos objetivos.

3.3 RESULTADOS DA ENTREVISTA COM OS COLABORADORES, PARA VERIFICAR A SATISFAÇÃO DOS MESMOS COM RELAÇÃO À QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.

Para verificar a satisfação e a percepção dos colaboradores com os

programas de qualidade de vida no trabalho, foi realizada uma entrevista com cinco

colaboradores da empresa, onde cada um expôs o seu parecer com relação à

qualidade de vida no ambiente corporativo.

• Colaborador A - relatou que está muito satisfeito, pois se sente

valorizado e respeitado pela empresa. Em sua opinião os programas de qualidade

de vida oferecidos pela empresa são excelentes, porque a mesma oferece todas as

ferramentas de segurança e conforto para trabalhar bem e satisfeito. Sua principal

motivação para o trabalho é a fazer aquilo que gosta, ter prazer em desenvolver seu

trabalho, além de ter o apoio da empresa em tudo que precisa. De acordo com este

colaborador a empresa oferece todas as condições necessárias para os

colaboradores, tais como: alojamento, alimentação, EPI’s, transporte, uma

funcionária para fazer a limpeza dos alojamentos, lavar as roupas e passá-las. Por

fim, o colaborador diz que é feliz, pois tem tudo que precisa, e dificilmente sairia

desta empresa.

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A motivação é, portanto, um comportamento que busca a satisfação no trabalho. Contudo, um dos aspectos mais enigmáticos da administração de organizações industriais e comerciais é o referente á motivação humana. As manifestações da motivação humana são refletidas ou por circunstâncias consideradas negativas: greves, baixa produtividade, conflitos pessoais com chefias, absenteísmo etc. Ou por circunstâncias consideradas positivas: espírito corporativista, compromisso pessoal do indivíduo para com sua organização, alta produtividade etc. Logo, o aspecto principal do tipo de comportamento de um indivíduo em uma dada circunstância é a natureza de sua motivação. Enfim, a motivação das pessoas é básica para toda e qualquer forma de comportamento. (LAKATOS, 1997, p. 156).

• Colaborador B - disse que a empresa oferece todas as ferramentas

de segurança e saúde no trabalho, por este motivo se sente satisfeito. De acordo

com o colaborador os programas de qualidade de vida no trabalho são ótimos,

porque a empresa dá conforto, qualidade de vida, assistência ao colaborador em

qualquer situação, considera muito bom o salário, juntamente com o sistema de

folgas para ver a família. Sua motivação é a família, pois através do seu trabalho

pode dar o conforto aos seus familiares. Em sua opinião, a empresa proporciona ao

colaborador: EPI’s, alimentação, alojamento, sistema de folga diferenciado,

recebimento de porcentagem por produção, limpeza dos alojamentos. E por ultimo,

disse que a empresa lhe proporciona uma boa qualidade de vida, que através deste

serviço ele começou a conquistar suas coisas, como bens materiais, e acha que

dificilmente irá encontrar uma empresa que pensa no colaborador como essa.

• Colaborador C - de acordo com este colaborador, a empresa dá

suporte em tudo, o colaborador não tem gasto com nada, disse também, que a

empresa pensa e se preocupa com o bem estar do seu pessoal, por estes motivos,

se sente muito satisfeito no seu ambiente de trabalho. A família é a sua principal

motivação para o trabalho, por poder ajudá-los financeiramente. Segundo o

colaborador a empresa oferece: transporte, alimentação, ferramentas de trabalho,

alojamento, EPI’s, limpeza, uniformes, etc. Ao final da entrevista, declarou que é feliz

mesmo estando distante de sua família, porque a empresa valoriza o seu trabalho, e

lhe proporciona uma boa qualidade de vida.

Pessoas inteligentes trabalham em ambientes agradáveis. Nem sempre é possível eliminar o estresse e certas pressões profissionais, mas é possível e necessário cultivar as flores entre os espinhos. Quando as pessoas se sentem felizes no ambiente de trabalho, elas abrem mais as janelas de sua memória, expandem mais o mundo das idéias e produzem melhor. (CURY, 2002, pg. 80).

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• Colaborador D - a empresa oferece tudo, o colaborador não gasta

com nada, declarou este entrevistado satisfeito com sua empresa. Disse que a

empresa lhe dá toda assistência necessária, e até hoje à mesma nunca falhou com

ele, portanto, considera os programas de qualidade de vida no trabalho muito bom.

Sua motivação é fazer o que gosta. De acordo com este colaborador a empresa

proporciona: Alojamento, qualidade de vida, EPI’s, oportunidade de crescimento,

transporte, alimentação, etc. Ao perguntá-lo se esta feliz com seu trabalho, sua

resposta imediata foi sim, porque foi trabalhando nesta empresa que ele conseguiu

realizar o seu sonho de dar uma casa para os seus pais, o colaborador finaliza

dizendo que esta sendo a melhor empresa que já trabalhou.

• Colaborador E – segundo este colaborador, a empresa proporciona

segurança para lhe resguardar de qualquer eventualidade que possa acontecer, se

sente amparado pela empresa, pois a mesma se preocupa com a saúde e

segurança do trabalhador. As oportunidades de crescimento é sua principal

motivação, já que a empresa reconhece os esforços dos colaboradores. Somente

neste projeto houve doze promoções de cargo, afirma o colaborador. A empresa

também oferece: plano de saúde, seguro de vida, registro em carteira de trabalho,

recebimento por produção, oportunidade de carreira, equipamentos de trabalho,

conforto físico, dá suporte em todas as situações. De acordo com este colaborador a

empresa proporciona sempre o melhor para o seu pessoal, e sente muito satisfeito e

feliz por trabalhar em uma empresa como esta.

Portanto, no que diz respeito à satisfação e percepção dos colaboradores da

empresa, constatou-se que todos os entrevistados estão felizes e satisfeitos com os

programas de qualidade de vida no trabalho. Afirmam ainda que a qualidade de vida

é um fator importante e decisivo no alcance dos objetivos, pois se os colaboradores

são valorizados, automaticamente haverá um comprometimento dos mesmos para

com a empresa.

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CONCLUSÃO

Alcançar a qualidade de vida é o grande anseio do ser humano, que busca

tudo que possa proporcionar maior bem estar e o equilíbrio físico, psíquico e social,

uma regra para se obter uma vida mais satisfatória. Profissionais de diversos

segmentos dedicam-se a descobrir novas formas e maneiras de obterem-se estes

anseios.

Mediante a essa realidade, a empresa analisada percebeu que sem as

pessoas não há possibilidade de alcançar metas, e se adaptou a essa nova visão,

transformando o ambiente de trabalho em um lugar mais saudável e prazeroso para

o colaborador, estratégica esta, que tem gerado bons frutos para a empresa, pois a

qualidade de vida no trabalho afeta atitudes pessoais e comportamentos importantes

para a produtividade individual, tais como motivação para o trabalho, a

adaptabilidade de mudança no ambiente de trabalho, criatividade, vontade de inovar,

e de aceitar mudanças.

Se as pessoas passam a maior parte do tempo nas organizações, então, as

empresas têm que, pelo menos, transformar esse espaço em lugares mais

aprazíveis e saudáveis para a execução do trabalho. Locais onde os colaboradores

possam, de fato, passar algumas horas vivendo, criando e realizando plenamente,

com qualidade de vida, satisfação e alegria. Não esta sendo solicitado que as

empresas abram mão de sua visão capitalista, mas que elas honrem em atitudes o

que costumam pregar em discursos que dizem que o ser humano é o seu principal

“ativo”. O ser humano, mortal e frágil, tem lá seus defeitos, comete erros e faz suas

bobagens, mas quando ele é estimulado a substituir o coração por um chip ou

máquina registradora, o mundo deve ter medo.

A empresa pesquisada possui uma estrutura sólida, e todos os seus

programas são realizados com eficiência e eficácia. Os colaboradores estão

nitidamente satisfeitos, pois trabalhar para eles, deixou de ser uma simples

obrigação, e tornou-se algo prazeroso. A empresa aderiu à estratégia de transformar

os seus funcionários em parceiros, aliados, e com isso, têm conquistado todos os

seus objetivos, e se tornou um exemplo para outras empresas que almejam o

sucesso duradouro.

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Tendo como base o estudo de caso realizado, e as teorias pesquisadas,

conclui-se que a qualidade de vida no trabalho proporciona um ambiente

organizacional saudável, melhorando o bem estar de seus profissionais, e

consequentemente, gerando melhores resultados para a empresa como um todo. A

empresa que não gera uma boa qualidade de vida no trabalho provocará a alienação

do colaborador, a insatisfação e a má vontade, chegando ao declínio da

produtividade. A organização que adota em seus planos de ações a qualidade de

vida estará conquistando a credibilidade e confiabilidade dos seus colaboradores,

além, de gerar uma boa imagem para toda sociedade, facilitando um possível

recrutamento externo. As empresas são coordenadas por pessoas, sendo assim, a

cooperação entre essas pessoas é essencial para a existência de qualquer

organização.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – ENTREVISTA SEMI - ESTRUTURADA REALIZADA COM O GERENTE DE PROJETO.

1) Na empresa que você trabalha, há algum programa voltado a qualidade de

vida dos colaboradores? Quais?

2) Em sua opinião, os programas de qualidade de vida no trabalho contribuem

positivamente na produtividade dos colaboradores?

3) Porque é importante para a empresa manter a qualidade de vida no trabalho?

4) É possível, nos dias atuais, uma empresa obter sucesso sem valorizar o

capital humano? Explique.

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APÊNDICE B – ENTREVISTA SEMI - ESTRUTURADA REALIZADA COM OS COLABORADORES.

1) Você esta satisfeito com os programas de qualidade de vida oferecidos pela

empresa?

2) Como você avalia os programas de qualidade de vida existentes em sua

empresa?

3) Qual é a sua principal motivação para trabalhar todos os dias?

4) A empresa te proporciona todas as condições necessárias para o

desenvolvimento do seu trabalho?

5) Você é feliz trabalhando nesta empresa? Por quê?