agenda o cientista nikkei de us$ 1,1 mikimi nii, yasushi taniguchi, ayao okamoto, yasuo ogawa, nobuo...

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ANO 9 – Nº 2179 / 2090 – SÃO PAULO, 09 A 15 DE DEZEMBRO DE 2006 – R$ 2,00 AGENDA Festas movimentam fim de semana dos paulistanos Duas festas típicas japonesas movimentam o fim de sema- na dos paulistanos. AAssoci- ação Miyagui Kenjinkai do Brasil promove um novo evento. Trata-se do Aoba Matsuri, que promete entre- ter os nikkeis com muitas no- vidades culturais do Japão. Já a Acal organiza o tradicional Toyo Matsuri na Praça da Li- berdade. —————–—— | pág 7 Para dirigente, ‘alma Colorada’ irá prevalecer DIVULGAÇÃO O Internacional de Porto Ale- gre desembarcou na última quinta-feira (7) em Tóquio depois de 42 horas de viagem e já iniciou a preparação em solo asiático para a estréia no Mundial. A equipe colorada —————–—————–—————–—————–—————–——— | pág 11 enfrentará o vencedor do confronto entre Al-Ahly e Auckland, na próxima quar- ta-feira (13/12), às 8h20, em Tóquio. O jogo que definirá o adversário do Inter será re- alizado no próximo domingo (10/12), às 8h20, em Toyota. O vice-presidente de marke- ting do Inter, Otavio Rojas, deve embarcar amanhã (10) para se juntar ao grupo. An- tes, falou ao JN sobre os pre- parativos do time. Especialistas dão dicas para arrasar no Verão As altas temperaturas da estação mais quente do ano pedem as roupas mais curtas além dos banhos de sol, mar e piscina. E para não passar vergonha na temporada do bronzeado, muitos correm para as academias a fim de entrar em forma. E especialistas afirmam que ainda dá tempo de arrasar no Ve- rão 2007. —————–————–———–—–––—––—— | pág 7 DIVULGAÇÃO O SUSHI DAY, evento bene- ficente do Hakka Sushi acon- tece no dia 12 (terça-feira), a partir das 21h com a presença de vários artistas de televisão, entre as quais, a atriz Daniele Suzuki. Na oportunidade, o sushiman da casa irá ensinar a preparar sushis dos mais va- riados tipos. A entidade bene- ficiada é a Associação Pró- Hope – Apoio a Criança com Câncer. O convite, que está à venda no local, custa R$ 80,00 e inclui buffet e bebidas. O endereço é Rua Gomes de Car- valho, 1.146, na Vila Olímpia, São Paulo. Informações: 11/ 3554-3236/304465-44 ou site www.hakkasushi.com.br. O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) realiza nos dias 12 e 15 cursos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão. Na terça (12), o tema será “Seguro Desempre- go no Japão” e na sexta (15), “Trabalhar no Japão: Criando Metas e Novas Perspectivas”. Os cursos são gratuitos e acon- tecem sempre das 14 às 16h30. O Ciate fica na Rua São Joaquim, 381, 1º andar, sala 11 (prédio do Bunkyo). Infor- mações pelo tel.: 11/3207-9014. O 42º BAZAR BENEFI- CENTE E EXPOSIÇÃO da tradicional escola de língua ja- ponesa Shinomi Gakuen acon- tece amanhã (10), das 9 às 18h, à Rua Santa Cruz, 2130 (Zona Sul de São Paulo). Ha- verá venda de artesanatos, comidas típicas, exposição de ikebana e exposição de traba- lhos escolares. A arrecadação das atividades será revertida para a Sociedade Beneficente Casa da Esperança (Kibô-no- Iê), Assistência Social Dom José Gaspar (Ikoi-no-Sono), Associação Pró-Excepcionais Kodomo-no-Sono e Benefi- cência Nipo-Brasileira de São Paulo (Enkyo). Informações pelo tel.: 11/5061-3575. O ATELIER SUENGAGA & JARDINEIRO promove a cada três meses o preparo e queima de uma nova fornada de cerâmica. O ponto culmi- nante do processo é a abertu- ra do forno, depois da queima. A próxima acontece hoje (9), às 10 (1ª Câmara), 12 (2ª Câ- mara), 14 (3ª Câmara) e 16 (4ª e última Câmara). A retirada das cerâmicas ao longo do dia é comemorada com coquetel. A participação é aberta a to- dos. A entrada é franca e as cerâmicas são expostas per- manentemente ao pé do for- no. Rua Dr. Paulo Jarbas da Silva, 150, Cunha (SP). Infor- mações pelo tel.: 12/3111-1530 ou www.ateliesj.com.br ELEGÂNCIA À MESA, nas atitudes, na degustação. No dia 12 (terça), a Fundação Japão em São Paulo promove palestras com a professora Lumi Toyoda, sobre “Etiqueta Japonesa – Comportamento à Mesa”, das 19h30 às 21h30. A entrada é gratuita. A palestra contará com dinâmicas, nas quais os partici- pantes aprenderão a manipula- ção correta do hashi e demais utensílios à mesa. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelos tele- fones (11) 3141-0110 /3141- 0843. Vagas limitadas a 100 participantes. O cientista nikkei de US$ 1,1 mi Exatos US$ 1,1 milhão. É esta cifra milionária – liberada pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos – que o cientista e pesquisador nikkei Helio Takai tem para desenvolver um estudo sobre um novo método de visuali- zação de raios cósmicos. Parece complicado? Explica-se: em princípio, o que Takai propõe é detectar os raios na at- mosfera, através de radares e sinais de emissoras de rádio ou TV. Coordenando uma equipe de 20 pessoas, o nikkei terá a árdua missão de conseguir terminar o projeto dentro de dois anos e, de quebra, implementar parte do proje- to nas escolas de ensino médio americanas, para mai- or difusão da Ciência entre os jovens. Empolgado com o financiamento, Takai afirma que o momento é de “euforia”, principalmente após descobrir que nenhum estudo até então havia sido feito nesse campo. —————–——————–——————————–— | pág 3 Honda conclui primeira etapa de expansão de fábrica em Sumaré A Honda Automóveis do Brasil entra no início de 2007 na segunda etapa de sua expansão. A fábrica de Sumaré, que está sendo ampliada com um investimento de US$ 100 mi- lhões, pretende aumentar sua produção de veículos. Com a crescente procura pela marca, a linha de montagem deve atender à demanda a partir de agosto do ano que vem. —————–————–———–——–—— | pág 10 ARQUIVO JN Seizi Tagima conta segredos das guitarras e violões Com 27 anos de existência, a Tagima é um dos principais nomes no mercado de guitar- ras e violões. Apesar de o País contar com outros profissio- nais qualificados para a cons- trução de instrumentos musi- cais, a Tagima tem destaque no mercado. Em entrevista ao Jornal Nikkei, o proprietá- rio Seizi Tagima fala sobre sua trajetória no ramo. —————–—— | pág 6 São Paulo surpreende e fatura título na categoria pré-júnior Depois de quase ir para a cha- ve incentivo (após a derrota para Londrina e estar perden- do para Ibiúna até a 5ª entra- da), a equipe do São Paulo conseguiu a recuperação e é o novo campeão brasileiro da categoria pré-júnior, no cam- peonato realizado em Marin- gá nos dias 01, 02 e 03 de dezembro e contou com a presença de 18 equipes. —————–—— | pág 11

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  • A N O 9 – N º 2 1 79 / 2 0 90 – S Ã O PA U LO, 09 A 15 DE DEZEMBRO D E 2 0 0 6 – R $ 2 , 0 0

    AGENDA

    Festas movimentamfim de semana dospaulistanosDuas festas típicas japonesasmovimentam o fim de sema-na dos paulistanos. A Associ-ação Miyagui Kenjinkai doBrasil promove um novoevento. Trata-se do AobaMatsuri, que promete entre-ter os nikkeis com muitas no-vidades culturais do Japão. Jáa Acal organiza o tradicionalToyo Matsuri na Praça da Li-berdade.

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    Para dirigente, ‘alma Colorada’ irá prevalecerDIVULGAÇÃO

    O Internacional de Porto Ale-gre desembarcou na últimaquinta-feira (7) em Tóquiodepois de 42 horas de viageme já iniciou a preparação emsolo asiático para a estréia noMundial. A equipe colorada—————–—————–—————–—————–—————–——— | pág 11

    enfrentará o vencedor doconfronto entre Al-Ahly eAuckland, na próxima quar-ta-feira (13/12), às 8h20, emTóquio. O jogo que definiráo adversário do Inter será re-alizado no próximo domingo

    (10/12), às 8h20, em Toyota.O vice-presidente de marke-ting do Inter, Otavio Rojas,deve embarcar amanhã (10)para se juntar ao grupo. An-tes, falou ao JN sobre os pre-parativos do time.

    Especialistas dão dicas paraarrasar no Verão

    As altas temperaturas da estação mais quente do ano pedemas roupas mais curtas além dos banhos de sol, mar e piscina.E para não passar vergonha na temporada do bronzeado,muitos correm para as academias a fim de entrar em forma. Eespecialistas afirmam que ainda dá tempo de arrasar no Ve-rão 2007.—————–————–———–—–––—––—— | pág 7

    DIVULGAÇÃO

    O SUSHI DAY, evento bene-ficente do Hakka Sushi acon-tece no dia 12 (terça-feira), apartir das 21h com a presençade vários artistas de televisão,entre as quais, a atriz DanieleSuzuki. Na oportunidade, osushiman da casa irá ensinara preparar sushis dos mais va-riados tipos. A entidade bene-ficiada é a Associação Pró-Hope – Apoio a Criança comCâncer. O convite, que está àvenda no local, custa R$ 80,00e inclui buffet e bebidas. Oendereço é Rua Gomes de Car-valho, 1.146, na Vila Olímpia,São Paulo. Informações: 11/3554-3236/304465-44 ou sitewww.hakkasushi.com.br.

    O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) realiza nos dias12 e 15 cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. Na terça (12), otema será “Seguro Desempre-go no Japão” e na sexta (15),“Trabalhar no Japão: CriandoMetas e Novas Perspectivas”.Os cursos são gratuitos e acon-tecem sempre das 14 às16h30. O Ciate fica na RuaSão Joaquim, 381, 1º andar, sala11 (prédio do Bunkyo). Infor-mações pelo tel.: 11/3207-9014.

    O 42º BAZAR BENEFI-CENTE E EXPOSIÇÃO datradicional escola de língua ja-ponesa Shinomi Gakuen acon-tece amanhã (10), das 9 às18h, à Rua Santa Cruz, 2130(Zona Sul de São Paulo). Ha-verá venda de artesanatos,comidas típicas, exposição deikebana e exposição de traba-lhos escolares. A arrecadaçãodas atividades será revertidapara a Sociedade BeneficenteCasa da Esperança (Kibô-no-Iê), Assistência Social DomJosé Gaspar (Ikoi-no-Sono),Associação Pró-ExcepcionaisKodomo-no-Sono e Benefi-cência Nipo-Brasileira de SãoPaulo (Enkyo). Informaçõespelo tel.: 11/5061-3575.

    O ATELIER SUENGAGA& JARDINEIRO promove acada três meses o preparo equeima de uma nova fornadade cerâmica. O ponto culmi-nante do processo é a abertu-ra do forno, depois da queima.A próxima acontece hoje (9),às 10 (1ª Câmara), 12 (2ª Câ-mara), 14 (3ª Câmara) e 16 (4ªe última Câmara). A retiradadas cerâmicas ao longo do diaé comemorada com coquetel.A participação é aberta a to-dos. A entrada é franca e ascerâmicas são expostas per-manentemente ao pé do for-no. Rua Dr. Paulo Jarbas daSilva, 150, Cunha (SP). Infor-mações pelo tel.: 12/3111-1530ou www.ateliesj.com.br

    ELEGÂNCIA À MESA, nasatitudes, na degustação. No dia12 (terça), a Fundação Japão emSão Paulo promove palestrascom a professora Lumi Toyoda,sobre “Etiqueta Japonesa –Comportamento à Mesa”, das19h30 às 21h30. A entrada égratuita. A palestra contará comdinâmicas, nas quais os partici-pantes aprenderão a manipula-ção correta do hashi e demaisutensílios à mesa. As inscriçõesdevem ser feitas pelo [email protected] ou pelos tele-fones (11) 3141-0110 /3141-0843. Vagas limitadas a 100participantes.

    O cientista nikkei de US$ 1,1 miExatos US$ 1,1 milhão. É esta cifra milionária – liberada

    pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos –

    que o cientista e pesquisador nikkei Helio Takai tem para

    desenvolver um estudo sobre um novo método de visuali-

    zação de raios cósmicos. Parece complicado? Explica-se:

    em princípio, o que Takai propõe é detectar os raios na at-

    mosfera, através de radares e sinais de emissoras de rádio ou

    TV. Coordenando uma equipe de 20 pessoas, o nikkei terá

    a árdua missão de conseguir terminar o projeto dentro

    de dois anos e, de quebra, implementar parte do proje-

    to nas escolas de ensino médio americanas, para mai-

    or difusão da Ciência entre os jovens. Empolgado com

    o financiamento, Takai afirma que o momento é de

    “euforia”, principalmente após descobrir que nenhum

    estudo até então havia sido feito nesse campo.

    —————–——————–——————————–— | pág 3

    Honda conclui primeira etapa deexpansão de fábrica em Sumaré

    A Honda Automóveis do Brasil entra no início de 2007 nasegunda etapa de sua expansão. A fábrica de Sumaré, queestá sendo ampliada com um investimento de US$ 100 mi-lhões, pretende aumentar sua produção de veículos. Coma crescente procura pela marca, a linha de montagem deveatender à demanda a partir de agosto do ano que vem.

    —————–————–———–——–—— | pág 10

    ARQUIVO JN

    Seizi Tagima contasegredos dasguitarras e violõesCom 27 anos de existência, aTagima é um dos principaisnomes no mercado de guitar-ras e violões. Apesar de o Paíscontar com outros profissio-nais qualificados para a cons-trução de instrumentos musi-cais, a Tagima tem destaqueno mercado. Em entrevista aoJornal Nikkei, o proprietá-rio Seizi Tagima fala sobre suatrajetória no ramo.

    —————–—— | pág 6

    São Paulo surpreendee fatura título nacategoria pré-júniorDepois de quase ir para a cha-ve incentivo (após a derrotapara Londrina e estar perden-do para Ibiúna até a 5ª entra-da), a equipe do São Pauloconseguiu a recuperação e éo novo campeão brasileiro dacategoria pré-júnior, no cam-peonato realizado em Marin-gá nos dias 01, 02 e 03 dedezembro e contou com apresença de 18 equipes.

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  • 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 09 de dezembro de 2006

    EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

    CNPJ 02.403.960/0001-28

    Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

    Tel. (11) 3208-3977

    Fax (11) 32085521

    E-mail:[email protected]

    Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

    Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

    Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Cíntia Yamashiro,

    Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

    Publicidade:Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

    Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

    [email protected] ou [email protected]

    MARCUS IIZUKA

    • A cineasta Tizuka Yamasakiiniciou a filmagem do filmeAmazônia Caruana na ilha doMarajó. Mais informações:www.amazoniacaruana.com.br

    • Dia 15, às 19 horas, acon-tece a pré-estréia do curta-metragem “Santa”, Cine-mateca de Curitiba (ruaCarlos Cavalcanti, 1174),com entrada franca. O filmetrata da vida de Santa, umajovem rendeira de classe mé-dia da década de 60/70, e que

    Ooops!

    Dia 5, a empresa japonesa BrastechInc. ofereceu um coquetel no HotelMaksoud Plaza pela inauguração deuma filial no Brasil.

    Lucilia Satomi e Cláudio Yendo

    Shuichi Kugita

    está dividida entre dois amo-res. Diante deste dilema, ajovem deixa que a sorte traceseu destino e decida com qualdos dois deverá se casar. Masa vida prova, mais tarde, queo destino não é um jogo desorte. (www.rsupptitz.art.br)

    • A premiação do NationalBoard of Review para o demelhor filme a Clint Eastwood,“Letters from Iwo Jima”, quemostra o ponto de vista japo-nês - e na língua japonesa.

    Dia 6, na casa do cônsulMasuo Nishibayahi, foi

    comemorado o aniversáriodo Imperador. Entre

    lideranças e personalidades,o evento contou com a

    participação maciça dosmais representativos da

    comunidade Jô Takahashi e Takashi Fukushima Sussumu Niyama e Sunao Sato

    Autoridades da Policia MilitarAntonio Akama e Elza Akama Kenji Irio

    Shigueaki UekiTooru Iwasaki Ângela Hirata e Chieko AokiMasuo Nishibayashi Kikuko Nishibayashi

    Fundada em 1981, a Galeria Deco comemorou no último dia 5 seus 25 anos com uma exposição coletiva com artistas de várias gerações: Tomie Ohtake,Kimi Nii, Yasushi Taniguchi, Ayao Okamoto, Yasuo Ogawa, Nobuo Mitsunashi, Kazuo Wakabayashi, Futoshi Yoshizawa, Sachiko Koshikoku, RobertoOkinaka, Naoto Kondo entre outros. Além deles, os artistas japoneses Hiro Ojima e Takafumi Kijima também participaram.

    Yutaka Toyota e Roberto Okinaka

    Sachiko KoshikokuObra de James Kudo

    Titi Freak e Yumi Takatsuka

    Tomie OhtakeOs fundadores René Sadayuki Taguchi e HidekoSuzuki Taguchi

    Dia 24, aniversário de Atsushi Shimizu com afamíla.

    Família Shimizu

    DIVULGAÇÃO

    Dia 25, Sergio Kobayashi comemorou seu ani-versário. A festa foi na casa da família Mabe

    Sergio Kobayashi e Mari Kobayashi

    DIVULGAÇÃO

  • São Paulo, 09 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 3

    Apesar de ser difícil deimaginar, o “novo método” aser desenvolvido pelo nikkeipara a visualização de novosraios cósmicos segue uma li-nha lógica e direta. Explica-se: em princípio, o que Takaipropõe é detectar os raios naatmosfera, através de rada-res e sinais de emissoras derádio ou TV. Ao entrar naTerra, os raios provocam aionização da atmosfera (áto-mos liberam partículas comcarga elétrica). Atualmente,o processo é feito de formarelativamente rudimentar, poisos cientistas espalhamcintiladores por extensas áre-as ao ar livre.

    “Existem muitas teoriasboas sobre a origem dos raioscósmicos de altíssima energia,mas nada conclusivo. Ao co-nhecermos mais sobre os rai-os cósmicos, vamos compre-ender melhor o universo. Aidéia é simples e em princípiodeve ser possível. Mas em ci-ência sempre existe um po-

    rém, uma incógnita que aindanão sabemos. Isso faz dela aomesmo tempo muito interessan-te e desesperadamente agoni-zante. No fim sempre se apren-de algo, que pode ser utilizadoem futuras pesquisas. Não soumuito de apostar e nunca ga-nhei em loteria, mas eu diria queas chances são boas.”, dizTakai, adiantando também queexperimentações e novas des-cobertas serão beneficiadascaso o projeto realmente dêcerto. “Poderemos saber exa-tamente de onde eles [raioscósmicos] vêm, se de umasupernova, de um buraco ne-gro ou de outro processo físi-co”, acrescenta.

    Atualmente liderando umaequipe composta por pesquisa-dores americanos, Helio Takaiconfirma que os estudos paraesse novo tipo de detecçãovem de aproximadamente trêsanos. O que o faz se dedicarquase que integralmente, con-tudo, não é somente a questãode um novo descobrimento,

    mas também o trabalho soci-al voltado à educação.

    “Este projeto é muito in-teressante para mim, pois unedois aspectos que realmentegosto. Uma é a ciêcia e ou-tra, a educação. A ciência éo desenvolvimento de umanova técnica para a detecçãode partículas de altíssimasenergias. A educação vem dofato que decidimos envolverprofessores de física do nívelmédio [high school] direta-mente na pesquisa. Com issoa ciência está diretamente nasala de aula e tem gerado uminteresse muito grande. Em-bora os números ainda sejapequenos, pois só temos 10escolas envolvidas, estoumuito contente com os resul-tados tanto do ponto de vistade ciência como educação.Com esse financiamento nósvamos implementar essaidéia em mais escolas. Enfim,estou muito contente comeste projeto”, finaliza.

    (RM)

    Entenda o conceito por trás do projeto de Helio Takai

    Idéia é levar conhecimento não só para profissionais como também para as escolas americanas

    DIVULGAÇÃO

    Isto, de certo, aconteceu,por total desconhecimentodas condições para caracte-rização da união estável. Se-não vejamos:

    A lei 8.971/94, no art. 1º,ao contemplar o direito a ali-mentos na união estável, exi-gia união comprovada de ho-mem e mulher solteiros sepa-rados judicialmente, divorci-ados ou viúvos, por mais decinco anos (salvo havendoprole).

    A lei 9.278/96, o Estatutoda União Estável, omite re-quisitos de natureza pessoal,tempo mínimo de convivên-cia e prole. Seu conceito deunião estável se extrai do art.1º, ao reconhecer, como enti-dade familiar, “a convivênciaduradoura, pública e contínua,de um homem e uma mulher,estabelecida com objetivo deconstituição de família”.

    Ainda, dispõe o CódigoCivil em seu art. 1723:

    “Art. 1723. É reconheci-da como entidade familiar aunião estável entre o homeme a mulher, configurada naconvivência pública, contínuae duradoura e estabelecidacom objetivo de constituiçãode família.”

    Convivência pressupõevida em comum, a lei nãomenciona a coabitação, ou avida comum no mesmo domi-cílio. A união estável podeconfigurar-se à distância,mesmo que os companheirosresidam em locais diversos.

    Aliás, no mesmo sentidoa Súmula 382 do Supremo Tri-bunal Federal que dispõe:

    “A vida em comum sob omesmo teto, more uxório,não é indispensável à carac-terização do concubinato.”

    A Jurisprudência dos nos-sos tribunais também é nomesmo sentido.

    Vale ressaltar:– Ementa“Direitos processuais civil

    e civil. União estável. Requi-sitos. Convivência sob o mes-mo teto. Dispensa. Caso con-creto. Lei n. 9.728/96. Enun-

    ciado n. 382 da súmula/STF.Acervo fático-probatório.Reexame. Impossibilidade.Enunciado n. 7 da Súmula/STJ. Doutrina. Precedentes.Reconvenção. Capítulo daSentença. Tantum devolutumquantum apellatum. Honorá-rios. Incidência sobre a con-denação. Art. 20, § 3º, CPC.Recurso provido parcialmen-te.” (REsp 474962/SP; Re-curso Especial 2002/0095247-6, Rel. Min. Sálviode Figueiredo Teixeira, DJ01.03.2004, p.186, RBDF vol.23 p. 93, RDR vol. 30 p. 444).

    – Ementa“União estável. Compro-

    vação nas instâncias ordiná-rias. Súmula nº 07 da Corte.

    1. Comprovada exausti-vamente nas instâncias ordi-nárias que a autora e seu fa-lecido companheiro mantive-ram uma união pública, con-tínua e duradoura por 32(trinta e dois) anos, não sepode afastar a configuraçãoda existência de verdadeiraunião estável, não relevando,nas circunstâncias dos autos,o fato de não morarem sob omesmo teto.

    2. Recurso especial nãoconhecido.”

    (REsp 474581/MG; Re-curso especial 2002/0127056-4, Rel. Min. Carlos AlbertoMenezes Direito, DJ29.09.2003, p.244, RSTJ vol.187, p. 290).

    Portanto, se a lei especí-fica não faz a distinção, nãopode o intérprete, a seu belprazer, negar a pensão sob ofundamento de que nos últi-mos dias não mais moravamjuntos. Cairíamos no absurdo,de não reconhecer a uniãoestável quando um dos con-viventes tiver que permane-cer por longo tempo em umaclínica.

    Interessante trazer aqui odepoimento que a famosaConstanza Pascolatto fez emuma revista especializada, di-zendo de sua união estávelmaravilhosa, onde ela resideem São Paulo e seu compa-nheiro em Nova York. Frise-se, a lei não fala em domicíliocomum, mas em vida em co-mum.

    Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

    Integrante do Harada Advogados [email protected]

    Aspecto da Coabitação naUnião Estável – Parte IIDesbravar conceitos daciência que até entãoeram desconhecidos.

    De quebra, com uma “ajudi-nha” milionária para tocar oprojeto e desenvolver um novométodo de enxergar raios cós-micos. Pode até parecer cenade um filme de ficção, se nãofosse real: a Fundação Nacio-nal de Ciência (NationalScience Foundation) acaba deconceder um financiamento deUS$ 1,1 milhão (cerca de R$2,5 milhões) para o pesquisa-dor nikkei Helio Takai concluirum estudo que envolve o com-plicado tema.

    Aos leigos, pode pareceruma loucura destinar tamanhaverba para um projeto cientí-fico – que, como todo estudo,pode tanto dar certo comonão. Mas, para especialistase colegas de trabalho, o in-centivo financeiro nada maisé do que uma forma de con-tribuir com a evolução dasnovas tecnologias, além deprogredir nas descobertas re-lativas ao próprio universo.

    Natural de Marília, cidadelocalizada no interior paulista,e crescido em Maringá, noParaná – ambas cidades comgrande concentração denikkeis – o físico lidera atual-mente uma equipe de cercade 20 pesquisadores para to-car os estudos sobre detecçãode raios cósmicos, além deajudar na formação de novoscientistas como professor daUniversidade de Stony Brook.

    Contente por poder repro-duzir um estudo até então iné-dito no meio científico, Takaiafirma que o montante não veio“de uma hora para outra”, poisos contatos com a Fundação jáhaviam começado há cerca dedois anos. Em paralelo, o grupodesenvolvia outros estudos,mesmo sem nenhum tipo derecurso financeiro. “Na verda-de, estávamos negociando já háalgum tempo com a fundação.Hoje em dia o processo de ob-ter verbas, pelo menos nos Es-tados Unidos, envolve muita ne-gociação e é altamente com-petitiva”, explica Takai, diretodos Estados Unidos para o Jor-nal Nikkei. Ainda segundo ele,as expectativas eram de que ofinanciamento fosse liberado,mas não tão breve.

    “Todo o processo levou daordem de dois anos. No iníciose recebe uma verba peque-na para que possamos de-monstrar alguns princípios, oque leva gradativamente averbas maiores. O grandeproblema é que nesse meiotempo a gente continua a tra-balhar em outros projetos queforam previamente financia-dos. Certamente o fato de en-volver educação ajudou mui-to na obtenção desta verba”,afirma.

    Analisando o currículo deTakai, não é difícil imaginar oporquê a Fundação Nacionalresolveu investir nos estudosdele. Aos 48 anos, é formadoem Física pela USP (Univer-sidade de São Paulo), comdoutorado pela UFRJ (Uni-versidade Federal do Rio deJaneiro). Atualmente, é pes-quisador do Laboratório Na-cional de Brookhaven e pro-fessor da Universidade StonyBrook. De férias até algumassemanas atrás, esteve em SãoPaulo para visitar familiares etrocar informações com ou-tros profissionais da área.

    Voltar ao Brasil? Segundo opróprio Takai, essa é uma op-ção praticamente fora de cogi-tação, apesar dos estudos bra-sileiros estarem evoluindo acada dia. O que emperra o de-senvolvimento ainda maior sãoos financiamentos. Na opiniãodo físico, dificilmente uma ver-ba no valor que fora destinado

    CIÊNCIA

    Nikkei recebe US$ 1,1 milhão paraprojeto sobre raios cósmicos

    pela Fundação americana po-deria ser concedida por aqui.

    “Infelizmente o campopara físicos no Brasil é muitopequeno, mas tem crescidonos últimos anos. O grandeproblema é espaço para físi-cos experimentais. Existemmuitos físicos teóricos, muitomais que experimentais. Aformação do físico no Brasilé boa, embora muitos achemque ficamos atrás dos paísescomo Estados Unidos ouJapão. A situação do financi-amento é pobre, mas acho quedaria para fazer uma ciênciaadequada as condições brasi-

    leiras. Tentar competir compaíses como Japão ou Esta-dos Unidos é irreal [no casoda liberação de verbas]. Achoque é uma combinação de tudoacima que faz com que físi-cos brasileiros tentem algofora do país”, explica ele.

    Já os nikkeis – conhecidosmundialmente pelo grande in-teresse pelas matérias exatas– são bem vistos em qualquerparte do mundo, especialmen-te se formados em áreas espe-cíficas e voltadas para a ciên-cia exata. De quebra, Takai ain-da dá uma dica para aquelesque estão indecisos sobre se-

    guir ou não Física ou Química.“Existem vários nikkeis traba-lhando em física no exterior. Éuma situação única. Não que-rendo puxar muito a ‘brasa paraa minha sardinha’, eu diria queos nikkeis são muito dedicadose esforçados além do que in-corporamos na nossa formaçãoo ‘jeitinho brasileiro’. Tenho aimpressão que devido a tradi-ção japonesa existe uma ten-dência dos nikkeis valorizaremmais a educação o que levama completar a educação do ní-vel superior ou pós graduação”,admite ele.

    (Rodrigo Meikaru)

    Pesquisador garante que projeto deve ser concluído em cerca de dois anos. “Estou confiante”, diz

    ARQUIVO PESSOAL

  • 4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 09 de dezembro de 2006

    CARTAS

    Reencontrei meu irmãodepois de 28 anos

    Kuniei Kaneko e seu irmão, Masuhei Maruyama

    ARQUIVO PESSOAL

    *KUNIEI KANEKO(DE REGISTRO)

    Na manhã do dia 18 de no-vembro fui buscar meu irmãomais velho, Masuhei Maruya-ma, no aeroporto de Guaru-lhos. Foi um reencontro depoisde 28 anos. Eu imigrei sozi-nho para o Brasil, em 1959, evoltei há 28 anos à minha ter-ra natal, a cidade deKawanishi (Província deNiigata), com minha mulherKeico, e dois filhos, de 6 e 2anos. Nessa época Masuheitinha 46 anos e eu 38. Pensa-va: “Será que meu irmão mu-dou muito? Será que é fácilachá-lo?”. A preocupação foiinútil. O meu irmão apareceucom o mesmo jeito de 28 anosatrás. Em 1983, outro irmãomais velho da família me visi-tou. Portanto, o Masuhei é osegundo irmão que me visita.

    No dia seguinte, foi reali-zada a comemoração de fun-dação de 50 anos da Associ-ação Cultural Niigata do Bra-sil, em São Paulo. Para parti-cipar dessa cerimônia veiouma comitiva da Província deNiigata liderada pelo gover-nador Hirohiko Izumida e for-mada pelo presidente da As-sembléia Legislativa, AtsuoWatanabe, e pelo senadorShin Sakurai, além de um gru-po da Associação das Famí-lias de Imigrantes no Brasil,da qual meu irmão fez parte.

    O prazo de estada do meuirmão no Brasil foi de apenas5 dias. Sugeri que ficassemais uma semana, mas foiimpossível devido aos com-promissos assumidos no Ja-pão. Eu tenho sete irmãos noJapão, mas no Brasil estousozinho. Desde que imigreinesse país nunca tive a opor-tunidade de falar “irmão”.Portanto, nesses 5 dias sentifelicidade em poder chamarde “irmão”. Pensei em dedi-car o maior tempo possívelcom ele, um dia ficamos con-versando até 2 horas da ma-nhã. Certa manhã, acordadoàs 5 horas eu o convidei paraassistir “Radio Taissô” quepraticamos no Bunkyo hámais de 11 anos.

    Meu irmão Masuhei come-çou a trabalhar em 1946, umano após o término da 2ª Guer-ra Mundial, com 14 anos numaloja de calçados da cidade vi-zinha. Depois casou comSatiko, filha do dono da loja ecomeçou a usar o sobrenome“Maruyama”. Atualmentetem um casal de filhos e umaneta vivendo feliz em Tóquio.

    Quando eu estudava no 3ºano do colegial participei daexcursão de formandos na re-gião de Kansai e Shikoku poruma semana. Nessa ocasião

    Masuhei me presenteou comsapato que ele fez. Os estu-dantes usavam naquela épo-ca somente “gueta de kiri”(tamanco feito de madeirakiri). Foi a primeira vez em queeu calcei sapatos de couro naminha vida. Esses sapatoseram leves e sob medida e atéhoje me lembro dessa sensa-ção gostosa de calçar o pri-meiro sapato.

    Meu irmão contou que cui-dava de mim quando era cri-ança me carregando nas cos-tas, brincando no pátio deTyinju-Sama (Templo Xinto-ísta) e até chegou a trocar mi-nhas fraldas. Logicamente eunão me lembro desses fatos,mas agradeci ao meu irmãoque cuidou de mim na minhainfância. Há 47 anos, quandoele soube que eu viria para oBrasil como imigrante, disse,ainda fazendo o sapato nofundo da loja: “É mesmo,você vai para o Brasil. Umdia te visitarei naquele país.Eu gosto muito de música la-tina” – ele gostava de ouvir oconjunto “Ricardo Santos”.Seu plano de me visitar foiadiado por vários motivos esomente agora conseguiu re-alizar seu sonho. Meu irmãotocou shamisen, que estáaprendendo há mais de 20anos. As músicas folclóricasde Sado Okesa, TookaMachi, Kouta da minha terranatal tocaram meu coração.

    O meu irmão ficou apenas3 dias em Registro portantonão pude planejar muitas coi-sas apenas visitando Cavernado Diabo, praia de Cananéia,fazendo compra em Registroe São Paulo. Ele levou comolembrança um punhado deareia da praia e terra de Re-gistro para não esquecer des-sa viagem pelo resto da vida.

    Em 1959 vim para o Bra-sil no navio imigrante “Amé-rica Maru” levando 58 dias.Naquela época não havia rotavia aérea Japão/Brasil comohoje. Atualmente muitos “de-kaseguis” viajam cada 2 a 3anos entre 2 países. Mas nãotem muitos casos de alguémque visita único irmão quemora no Brasil. Por isso fi-quei muito contente e agra-decido pela vinda do irmão.

    Nessa curtíssima viagem,meu irmão disse: “Eu vim parao Brasil só para chorar encon-trando com você”. Mas elenão chorou, somente no dia 22à noite no aeroporto de Gua-rulhos quando minha mulherKeico abraçou para despedirparecia que seus olhos esta-vam cheios de lágrimas. Deupara perceber que o meu ir-mão estava muito feliz de terconseguido realizar o sonhoque desejava há 47 anos.

    HOMENAGEM 2

    Consulado e Bunkyo lembram feitos de isseis em São Paulo

    Dois isseis radicados emSão Paulo foram condecora-dos pelo governo japonês pe-los seus feitos na comunidadenipo-brasileira: Isamu Yama-shiro, 77, e Eizo Niitsu, 91. Oprimeiro a ser homenageadofoi Yamashiro, que recebeu nodia 30 de novembro, na casado cônsul Masuo Nishibayashi,a Ordem do Sol Nascente,Raios de Ouro e Prata pelo seuconstante trabalho em fortale-cer a cultura japonesa, espe-cialmente entre os descenden-tes de Okinawa, província emque nasceu, e fomentar o in-tercâmbio de amizade entreBrasil e Japão.

    Membro da AssociaçãoOkinawa Kenjin do Brasil(AOKB, em São Paulo), onde

    foi presidente em 1987, e doCentro Cultural Okinawa doBrasil (Diadema) e até da co-missão regional da Beneficên-cia Nipo-Brasileira, ele atuoupor mais de 30 anos em ativi-dades visando a integraçãoentre os dois povos. Com apresença de familiares, a ceri-mônia se estendeu na AOKB,na Liberdade, com uma festaque reuniu até 300 amigos,grande parte da região doABC, já que ele é morador deSanto André.

    Em discurso, ele agradeceuos cumprimentos. O atual pre-sidente da entidade, AkeoYogui, lembrou do trabalhoexecutado pelo presidente doConselho Deliberativo e afir-mou que “a figura de Isamu

    Issamu Yamashiro recebeu condecoração ao lado de familiares

    Yamashiro sempre foi impres-cindível pela sua liderança ehonestidade que tratou à cau-sa publica”.

    No último dia 4, foi a vez deEizo Niitsu, nascido em Naga-no, receber do cônsul geral doJapão em São Paulo a Ordemdo Sol Nascente, Raios de Pra-ta. Na região noroeste de SãoPaulo, o issei desenvolveu suacapacidade de liderança jáquando jovem, tendo presididoo Grupo Jovem do Sexto Dis-trito-Associação dos JovensShinko da Associação Culturale Esportiva Primeira Aliança.Foi também presidente da enti-dade em 1997-2000, tendo ocu-pado nos anos subseqüentesoutros cargos na diretoria.

    Começou a trabalhar no

    Eizo Niitsu foi reconhecido por seu trabalho de liderança

    JORNAL NIKKEI

    Brasil aos 19 anos, em ativi-dade de agricultura familiar. Ejovem, já intensificava a con-vivência entre as comunidadesde imigrantes vizinhos, organi-zando campeonatos de beise-bol e atletismo na região. Pro-fessor, também colaborou paraexpandir a língua japonesa.

    Ambos os condecorados sedestacam entre quatro seleci-onados num processo rigoro-so, que condecorou ainda re-presentantes da Bahia e Pa-raná. Na mesma segunda-fei-ra desta semana, eles foramhomenageados pelo Bunkyo(Sociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa), em virtude doreconhecimento do governojaponês.

    (Cintia Yamashiro)

    Estão abertas as inscriçõespara o 20° curso de formaçãode professores de língua japo-nesa do Centro Brasileiro deLíngua Japonesa (CBLJ). Até6 de janeiro de 2007, as inscri-ções podem ser feitas pelo sitewww.cblj.com.br. Os requisi-tos são: idade mínima de 18anos (completos até 1° de ja-neiro de 2007); ensino médiocompleto ou nível equivalente;nível 3 ou superior do exame

    de proficiência em língua japo-nesa ou certificado equivalen-te; ser sócio do CBLJ. A sele-ção para as 15 vagas ofereci-das será feita por meio de re-dação feita à mão com o tema“O professor de japonês quepretendo me tornar”.

    O curso abordará diversostemas, como os principais fun-damentos do ensino do idio-ma, método do ensino, o pa-pel da escola na comunidade

    japonesa, entre outros. Asaulas vão de 15 a 27 de janei-ro, e de 2 a 14 de julho de2007. O valor do curso é deR$ 600,00, com possibilidadede parcelamento em 5 vezes.Um auxílio de 80 % das des-pesas de transporte e aloja-mento em hotéis indicadospelo CBLJ será oferecidopara os residentes fora daGrande São Paulo. O corpodocente é formado por Hiroko

    Tsuruta (CBLJ), AkikoKurihara e Cena Nishioka(Aliança Cultural Brasil-Ja-pão), Leiko MatsubaraMorales (USP), MayumiYoshikawa (Fundação Japão),Naoko Yamada (voluntáriasênior da JICA) e outros pro-fessores convidados. Mais in-formações pelo telefone 5579-6513 ou no Centro Brasileirode Língua Japonesa, que ficana Rua Manoel de Paiva, 45.

    ESTUDOS

    Centro Brasileiro de Língua Japonesa abre inscrições paracurso de formação de professores

    Foi em clima de alegriaque o general de divisãoPaulo Komatsu recebeuno último dia 1 uma homena-gem de mais de 15 entidadesnikkeis no Salão Nobre doBunkyo, em São Paulo. Cercade 100 pessoas participaramda solenidade, que contou coma participação de representan-tes das mais variadas regiões.

    Acompanhado de amigos efamiliares, o general Komatsufez um discurso emocionado,destacando a vida dedicada àcarreira militar e também aoapoio incondicional recebidopela comunidade nikkei duran-te toda a carreira. Entre os fei-tos dentro da profissão, estãoo de general “três estrelas”,conquistado recentemente eúnico nikkei a assumir tal pos-to. Como general nikkei, so-mente Akira Obara é que ha-via sido designado até então.

    “Muito me honra essa home-nagem. É uma grande satisfa-ção receber nomes representa-tivos da comunidade nipo-brasi-leira para a cerimônia. Nessesmomentos, não tenho nem pa-lavras para agradecer toda essamanifestação de apoio”, discur-sou o general para o público.

    Assim como o militar, quemtambém proferiu palavrasemocionadas foi o presidentedo Bunkyo, Kokei Uehara.Lembrando a luta dos primei-ros imigrantes japoneses no

    General Komatsu emociona-seem cerimônia no Bunkyo

    HOMENAGEM 1

    Brasil, o dirigente falou sobrea importância dos nikkeis emtodos as áreas, especialmentena militar. “Ao analisarmos ocurrículo do general, percebe-mos os grandiosos trabalhosdesenvolvidos ao longo de suavida. Muitos nem sabem, masos esforços e dedicação destehomem ajudaram o Brasil a ser

    ainda melhor. Ele é um dosnikkeis no mais alto cargo doExército e merece total apoio ehomenagem de toda a comuni-dade”, disse Uehara na aber-tura do evento.

    Como não poderia deixar deser, um dos que também pos-suem a patente de general su-biu ao palco para fazer o tra-

    dicional brinde. Hoje aposen-tado, Akira Obara dedicou obrinde a todos aqueles que ba-talham pelo reconhecimentoem áreas diversas, o que re-presenta não só sucesso pes-soal, “como também o reco-nhecimento de todos os des-cendentes de japoneses”.

    (Rodrigo Meikaru)

    General Paulo Komatsu recebe homenagem das mãos do presidente do Bunkyo, Kokei Uehara

    NIKKEY SHIMBUN

  • São Paulo, 09 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 5

    Em vez de ficar sofrendo sozinho, que tal passar por uma consulta que o ajude a encontrar solução?

    este mundo, toda pessoa deseja ser feliz. Porém, a

    vida não é feita somente de alegrias e desejos

    realizados, existindo inúmeros obstáculos que aparecem

    repentinamente pelo caminho e que muitas vezes nos tornam

    infelizes e nos faz perguntar: “por que isso está acontecendo

    comigo?” Na verdade, existe um fator que faz com que a pessoa

    passe por esses obstáculos, e as causas podem ser identificadas

    através de uma análise detalhada de sua personalidade, baseada no

    estudo de seu mapa astral e o uso de técnicas como a quiromancia

    e o feng shui, entre outras. Nossa ideologia consiste em orientar as

    pessoas, através do método de adivinhação Takashima Ekidan,

    para que possam solucionar seus problemas de forma adequada e

    matrimônio perdure por muito

    tempo e que eles possam formar um

    casal feliz.

    Superando as crises de

    psicopatia

    Nossa filha sofria de psicopatia. Sua

    neurose piorava cada vez mais e

    frequentemente precisava ser

    internada por causa das alucinações.

    Problemas matrimoniais

    Eu tinha problemas com meu marido por causa da traição dele.

    Cheguei a pensar até em me suicidar. Foi nessa época turbulenta que

    conheci o sr. Takashima e pedi a ele que fizesse uma oração por mim.

    Inúmeras vezes fui ao seu encontro aos prantos para procurar sua

    ajuda. Recordando-me agora, sinto-me um tanto envergonhada por

    essas lembranças. Durante esses oito meses, toda vez que ficava

    desanimada, o sr. Takashima me ajudava, dando-me apoio e

    coragem. Além disso, é inacreditável como foi rápida a restauração

    do meu casamento. Não imaginava isso nem em meus sonhos.

    Agora, é como se estivéssemos em lua-de-mel novamente.

    “O que importa não é o que aconteceu no passado, e sim o que será

    construído no futuro”, disse o sr. Takashima. Guardarei essas palavras

    no meu coração e me empenharei bastante. Muito obrigada.

    Abençoado com um bom casamento

    Meu filho primogênito, que logo completa 38 anos, já havia tentado

    escolher uma esposa em vários “omiai”s (encontros arranjados entre

    um homem e uma mulher com o propósito de uni-los

    matrimonialmente), mas não estava obtendo sucesso e estava

    desistindo da idéia de um dia se casar. Um parente me contou que

    sua filha de 35 anos havia se casado graças à ajuda do sr. Takashima,

    então, resolvi pedir a sua ajuda. Através de uma avaliação detalhada,

    descobriu-se a causa pela qual meu filho ser o único a não se casar

    até agora e a época em que ele se casará. Fazendo orações, indo ao

    encontro do sr. Takashima várias vezes durante um ano, meu filho se

    uniu a uma moça apresentada pelo próprio mestre. Eles realizaram o

    noivado recentemente e marcaram o casamento para a próxima

    primavera. Conto com a colaboração do sr.. Takashima para que o

    Não entendia porque isso estava acontecendo e não pude deixar de

    odiar a vida por causa disso. Conheci o Sr. Takashima e conversei com

    ele para tentar encontrar a cura para o sofrimento dela. Seguimos suas

    orientações por 2 anos e, graças a sua ajuda, o quadro de saúde mental

    de nossa filha melhorava a cada dia que passava. Além de curá-la, o

    mestre ajudou-a a conseguir um emprego. Como pais dela, na condição

    em que ela se encontrava, estávamos cientes de que não poderíamos vê-

    la algum dia entrando pela porta da igreja vestida de noiva, mas num

    encontro com o mestre um mês atrás, ele nos disse: “Quando a situação

    dela se estabilizar mais um pouco, o próximo passo será o casamento”.

    Ficamos tão agradecidos que não conseguimos conter nossas lágrimas.

    Livre da enfermidade

    Sofri durante 3 anos por causa de uma dor de origem desconhecida no

    joelho. Passei por vários hospitais, terapias de acupuntura, medicina

    chinesa, aplicação de moxibustão além de outros, tudo para poder

    melhorar, mas não estava obtendo sucesso em nenhum tratamento.

    Nessa época, através de um conhecido, fui apresentado ao Sr.

    Takashima. Ele me orientou com explicações detalhadas sobre a minha

    reabilitação, como deveria lidar com a dor e até cuidados que deveria

    tomar no meu dia-a-dia. Eu mal conseguia andar por causa da dor

    insuportável, mas agora posso caminhar normalmente sem sentir dor

    alguma. Acredito que isso so foi possível graças ao mestre Takashima.

    Ficam meus sinceros agradecimentos.

    Boa volta aos estudos

    Meu filho perdeu a vontade de ir a escola subitamente e todo dia ficava

    trancado em seu quarto. Houve um tempo em que tinha desistido de

    ingressar ao ensino médio e deixado a familia inteira preocupada.

    Estávamos muito angustiados porque não encontrávamos nenhuma

    solução para o problema do meu filho. Acho que não estaríamos

    sentindo essa felicidade agora, não fosse a ajuda do Sr. Takashima. Meu

    filho voltou a sorrir e já começou a frequentar o primeiro ano,

    contando-nos as novidades da escola. Acredito realmente que foi muito

    bom ter pedido para o mestre fazer uma oração pelo meu filho.

    se libertar do sofrimento e da tristeza o quanto antes.

    Ultimamente, nota-se que um grande número de grupos que

    praticam a adivinhação estão aplicando-a de forma inadequada e

    enganosa, causando muitos problemas, além de usar a religião ou a

    sensibilidade espiritual para fins comerciais. A metodologia de

    Takashima Ekidan é fiel à sua doutrina e sempre tratou o assunto com

    muita seriedade. Tem mais de 150 anos de estudo árduo e experiência

    sobre a arte adivinhatória desde sua fundação (criada por seu precursor,

    Tonsho Takashima) e tem a confiança de inúmeras pessoas que

    conquistaram a felicidade e tiveram a graça alcançada através da ajuda

    de suas orientações. Portanto, não hesite em procurar por nossa ajuda,

    receberemos você de bracos abertos.

    * SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

    O padre João Batista Aoki,coordenador nacional da Pas-toral Nipo-Brasileira, órgãoque congrega os católicosnikkeis, esteve em Lins, no dia26. Ele veio solicitar ao BispoDiocesano Dom Irineu Dane-lon estudo sobre a viabilidadede reativar a Pastoral nessacidade, inativa dada à ausên-cia de sacerdote descendentede japonês para coordená-la.A sugestão foi bem acolhida etende a tornar-se realidade.

    Segundo a professoraIolanda Toshie Ide que parti-cipou do encontro, discutiu-setambém o que a igreja poderiafazer para celebrar os 100anos da Imigração. EmílioYamaguti sugeriu refazer apaisagem ao redor da IgrejaCristo Rei, no Bairro Gonzaga,em Promissão, em seguidatrasladar os restos mortais dospadres pioneiros, alemães, queprestaram a assistência religi-osa àquela comunidade.

    O problema é saber deonde viriam os recursos, sa-bido que a Diocese já gastoumuito com a restauração da-quela igreja e até hoje é pou-ca utilizada, a não ser algu-mas missas realizadas, princi-palmente a anual no último do-mingo do mês de novembro.Outras opiniões deverão apa-

    recer durante o transcorrer dotempo.

    A Igreja Cristo Rei é umaréplica da Igreja de São Miguelexistente em Imamura, na pro-víncia de Fukuoka. Foi erguidacom grandes sacrifícios pelosimigrantes católicos que se fi-xaram naquele bairro. A mãeda professora Iolanda ajudou aconstruir a Igreja de São Miguele o pai a de Cristo Rei. Alémde destinar boa parte da rendaobtida com o árduo trabalho naterra, os agricultores participa-vam de mutirões nos fins desemana além de, à noite, fazertijolos e levantar paredes.

    Com a exploração extensi-va, o solo foi-se exaurindo eforam obrigados a migrarempara outros lugares. A maioriafoi para o estado de Paraná. Ena Colônia Esperança, emArapongas, ergueram outraigreja semelhante, hoje poucoutilizada.

    A intenção é fazer ainda nopróximo ano, como tambémem 2008, ano do centenário, nomês de novembro, missa coma presença dos ex-moradoresdo Bairro ou de seus descen-dentes de todo o Brasil. Aindaé um projeto, mas os líderes dacomunidade vão começar aplanejar desde agora.

    *Shigueyuki Yoshikuni é jornalista ereside em Lins

    CIDADES/LINS

    Católicos nikkeis planejam oque fazer no Centenário

    Igreja Cristo Rei, inaugurada em 1938 pelo padre DomingosChohachi Nakamura e reinaugurada em 2001 pelo bispo DiocesanoDom Irineu Danelon

    DIVULGAÇÃO

    A dona de casa Zenaide deJesus Souza busca informa-ções sobre o paradeiro do de-kassegui Adilson ShiintiItakura, de 39 anos. Zenaideprocurou a redação do JornalNikkei indicada por morado-res de Jundiapeba, distrito deMogi das Cruzes (SP), ondemora. Segundo ela, Itakura te-ria feito o último contato em25 de setembro.

    “Ele sempre me ligava.Chegava a ligar umas três ve-zes por dia e quando não o fa-zia, mandava correspondênci-as”, disse Zenaide, explicandoque conhece Itakura há apro-ximadamente 20 anos. “Tinha

    um bar e ele veio me pediremprego. Desde então moracom a gente”, conta a dona de

    CIDADES/MOGI DAS CRUZES

    Moradora de Jundiapeba quer notícias de dekasseguicasa, lembrando que esta é asegunda vez que Itakura vai aoJapão.

    “Ele decidiu ir para o Japãopela primeira vez há uns doisanos, depois que o bar fechou.O Adilson era como o chefe dacasa e por isso sentia-se naobrigação de ajudar financeira-mente”, explicou Zenaide,acrescentando que “ele é comoum filho para mim”.

    “Estou preocupada porquea última vez que ele ligou disseque estava doente, com dor nascostas. Procurei a agência aquino Brasil e eles me passaram otelefone da empresa no Japão.Liguei para lá e fui informada

    que o Itakura não trabalha maislá mas não me informaram oparadeiro”, disse a dona decasa, explicando que desta vez,Itakura estaria trabalhando des-de maio numa fábrica na pro-víncia de Shizuoka.

    Natural de Primeiro deMaio (PR), Itakura nasceu em24 de janeiro de 1967 e é filhode Itiro e Hisako Itakura. Se-gundo Zenaide, ele não tinhaproblemas mentais. “Já fomosaté o aeroporto porque ele dis-se que voltaria em novembro,mas não tivemos nenhuma no-tícia dele. Só queremos saberse ele está bem”, afirmou.

    (Aldo Shiguti)

    Adilson Itakura está desaparecido

    ARQUIVO PESSOAL

    Passada a eleição para apresidência da Associa-ção Esportiva e CulturalNipo-Brasileira de CampoGrande, o presidente reeleito,Marcos Paulo Tiguman pre-tende aparar as arestas com achapa derrotada e costurarapoio para os projetos visandoas comemorações do Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil.

    A disputa, a primeira após12 anos de consenso na esco-lha da associação, ocorreu noúltimo dia 26. No final, a cha-pa encabeçada por Tigumanfoi declarada vencedora com211 votos contra 184 da oposi-ção, formada por três mem-bros da diretoria atual, entreeles o vice-presidente da enti-dade, Valdir Siroma.

    Tiguman disse à reporta-gem do Jornal Nikkei, por te-lefone, que não tinha preten-são de se candidatar a um se-

    gundo mandato, que terá iní-cio em 1º de janeiro de 2007.“Decidi lançar minha candida-tura em função dos projetosdesenvolvidos pela associação,em especial os relacionados

    com o Centená-rio, que têm to-tal apoio das en-tidades nikkeis”,justificou Tigu-man, acrescen-tando que a dis-puta “faz partede um processodemocrático”.“Não vejo pro-blema algum.Após a eleição,procuramos ooutro grupo nabusca de umaintegração”, ex-plicou Tiguman,admitindo, noentanto, que“tentamos um

    acordo antes da eleição, masnão foi possível um acordo”.

    “Vamos buscar apoio por-que precisamos de todos paratrabalharmos juntos”, disse Ti-guman, acrescentando que a

    CIDADES/CAMPO GRANDE

    Reeleito, Tiguman anuncia projetos para 2008associação conta com “totalapoio” da Prefeitura de Cam-po Grande e do governo deMato Grosso do Sul. “Estamostodos empenhados em realizarum ótimo evento”, observou,antecipando que um dos prin-cipais carros-chefes é a cons-trução de um Centro de Con-vivência para Idosos. “Já te-mos parte da verba, arrecada-da quando da realização dojogo de futsal entre Brasil eJapão, e o projeto arquitetôni-co”, revela Tiguman, que des-taca ainda, no campo das pro-postas, a construção de umapraça com características ni-pônicas em um local central dacidade e a transformação daRua Antonio Maria Coelho,onde localiza-se a sede da as-sociação, em um rua inspiradano Bairro da Liberdade, tradi-cional cartão-postal de SãoPaulo.

    (Aldo Shiguti)

    Tiguman continuará no comando até 2008

    ARQUIVO JN

  • 6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 09 de dezembro de 2006

    Tudo começou como umhobby. No final dos anos60, o então gerente devendas Seizi Tagima concilia-va sua profissão com as ativi-dades na oficina do quintal desua casa. Nela, o nikkei cos-tumava consertar motos, quan-do resolveu mexer com outra“máquina”. Após consultar umluthier (profissional especi-alizado na construção e no re-paro de instrumentos musi-cais), Tagima acertou a afina-ção da própria guitarra usadaem apresentações de seu gru-po e, depois, resolveu pintá-la.

    Adotando uma postura“muito mais emocional do quecomercial”, o nikkei passou aatender o pedido de outros ins-trumentistas, em um contextodesfavorável para a música.“Hoje, existem várias revistasespecializadas, DVDs de au-las e muitas pessoas aprenden-do a tocar um instrumento, masnaquela época era muito com-plicado atuar só nesse setor”,afirma Tagima.

    Com o passar do tempo,suas ferramentas e a oficinase tornaram obsoletas para otrabalho: a popularização dosinstrumentos aumentou a pro-dução e as exigências do mer-cado. Tagima teve que largaro cargo de chefia na empresaquímica onde trabalhava parase dedicar exclusivamente aopróprio negócio.

    Enquanto outros produtoresnacionais se limitavam a copi-ar modelos de instrumentosestrangeiros, Tagima resolveutrilhar um caminho próprio:com uma produção de quali-dade, a empresa começou aatender as necessidades locais,além de planejar a entrada nomercado internacional.

    Responsável pela criação esupervisão dos instrumentos, onikkei explica que cerca de 40funcionários estão envolvidosna produção média atual de400 guitarras por mês. “Umaguitarra leva cerca de 35 ho-ras para ser finalizada, além dotempo de espera entre as eta-

    Seizi Tagima: uma referência nomercado de instrumentos musicais

    PERFIL

    pas, como a pintura e o aca-bamento. Importar máquinaspara acelerar o processo nãoé viável por conta da deman-da”, complementa. A empre-sa conta, ainda, com uma linhade produtos internacionaismais acessíveis – a Memphis– fabricada na China.

    Até consolidar o nome nomercado, Tagima teve que en-frentar várias dificuldades,como a concorrência de pro-

    dutos estrangeiros e a instabi-lidade econômica do País.Hoje, as guitarras, contrabai-xos e violões da marca sãoadotados por músicos de reno-me, como Herbert Vianna,Eduardo Ardanuy, Kiko Lou-reiro (vide entrevista no box),entre outros.

    Muitos afirmam que a par-ceria com tais guitarristas tam-bém é responsável pelo suces-so da marca. Segundo músi-

    cos, a Tagima não fica nada adever para marcas internacio-nais, como a Gibson e a Fen-der - a opção de alguns “puris-tas” pelos produtos estrangei-ros se deve à tradição destes.

    Algumas “Tagimas” sãodesenvolvidas não somentepara instrumentistas que têmapoio da marca, mas tambémpara qualquer um que exijaparticularidades não encontra-das nas guitarras comerciali-zadas no mercado.

    Muitas dessas particularida-des são detectadas durante aspesquisas realizadas no tempolivre do nikkei para obter“parâmetros para a produção”.Enquanto arrisca um enka comum dos violões expostos nasala de espera de sua fábrica,Tagima relembra que já con-sertou até alguns okotôs eshamisens a pedido de amigos,mas que não vem tocandomuito por falta de tempo. Omundo dá voltas mesmo: amúsica se tornou um hobbysolitário, e a produção de ins-trumentos, a profissão.

    (Gílson Yoshioka)

    Tagima confere detalhes no acabamento das guitarras, produzidas atualmente por 40 funcionários

    Particularidades nas guitarras são um dos diferenciais

    JORNAL NIKKEI

    Cerca de 60 jovens forma-ram o publico presente na pa-lestra “Seja um coordenadorde Relações Internacionaispelo JET Programme”, reali-zado em São Paulo no dia 4 dedezembro. O evento, promo-vido pelo Consulado Geral doJapão em São Paulo em con-junto com JET Alumni Asso-ciation, reuniu jovens interes-sados em obter detalhes sobreeste programa de internacio-nalização do Japão e ouvir re-latos de ex-participantes.

    A atual presidente do JETAlumni Association, CristinaSagara, explicou que o projetofoi concebido pelo ex-primei-ro-ministro japonês JunichiroKoizumi, antes de assumir ocargo, e comemorou os 20 anosde existência neste ano de2006. Ela explicou em detalhesas funções de um CIR (coor-denador de Relações Interna-cionais), contratado com todosos direitos e deveres de umfuncionário público local noJapão, e sobre as outras duasmodalidades que fazem partedo JET Programme: o SEA(coordenador de Esportes) e oALT (profissional de ensino delíngua estrangeira), esta últimaainda oferecida para brasilei-ros.

    A ex-coordenadora, arqui-teta Lina Shimizu, que estevea província de Gifu durante2002 a 2005, contou que foi aoJapão com a intenção de tra-balhar na função por apenasum ano, mas se interessou pe-las atividades e renovou o con-trato por duas vezes, totalizan-do três anos na função. Falousobre a diversidade de suas

    atividades, que iam desde apreparação e assessoria emvisitas oficiais de intercâmbioentre o Brasil e o Japão, divul-gação da cultura brasileira emeventos, atendimentos a traba-lhadores brasileiros e forneci-mento de apoio a escolas ondeos filhos desses trabalhadoresestudavam.

    No final houve uma sessãode perguntas e respostas naqual vários ex-coordenadoresvoluntários se dispuseram a ti-rar dúvidas de todos os candi-datos interessados em partici-par do programa. Todos os ex-coordenadores foram unâni-mes em afirmar que o volumede trabalho no Japão é muitogrande, mas que o serviço égratificante.

    O evento contou com osapoios culturais da ABMON –Associação dos Bolsistas doGoverno Japonês Monbukaga-kusho, ABJICA – Associaçãodos Bolsistas da JICA em SãoPaulo, ASEBEX – AssociaçãoBrasileira de Ex-Bolsistas noJapão, além do apoio da JCI –Junior Chamber InternationalBrasil-Japão.

    O JET Programme 2007está com as inscrições abertasaté 10 de janeiro, no ConsuladoGeral do Japão em São Paulo.Mais informações quanto à do-cumentação e processo seleti-vo estão disponíveis no sitewww.sp.br.emb-japan.go.jp. ODepartamento Cultural do Con-sulado Geral do Japão em SãoPaulo fica localizado na Av.Paulista, 854, 1º andar, São Pau-lo. O atendimento é de segun-da a sexta, das 9h às 12h oudas 14h às 17h.

    JET PROGRAMME

    Palestra do Consulado orientasobre trabalho de coordenador

    DIVULGAÇÃO

    Participantes acompanharam com atenção as palestras

    MÍDIA

    Apresentadores do ‘OKTV’ recebemprêmio ‘Profissionais do Ano 2006’

    DIVULGAÇÃO

    Cerca de seis mesesapós entrar no ar poruma tv aberta no Brasil,o programa OKTV,apresentado por KendiYamai e Mario Ikeda,fatura seu primeiro prê-mio. No último dia 28 denovembro, ambos rece-beram o “Prêmio Mag-nífico – Destaques Pro-fissionais do Ano 2006”,na categoria “Programae Apresentadores”.

    Criado pela jornalistae publicitária ZildettiMontiel em 1987, o prê-mio tem como finalidadeescolher os maiores destaquesprofissionais do ano. Todas ashomenagens são realizadasatravés de indicações de jorna-listas conceituados e importan-tes nomes de ordens de classe,sindicatos e associações. Alémda categoria vencida pelos

    nikkeis, ganharam destaquetambém outras categorias cul-turais e empresariais – artesplásticas, cênicas – cinema, te-atro, musicais, cantores eshows.

    “Não esperava ganhar umprêmio como este. Na verda-de, quando veio o convite, nemimaginávamos que era algo sé-rio. Na hora pensei que fosseuma ‘pegadinha’. Só depois,quando vimos um pessoal che-gando, dentre eles o LimaDuarte, é que percebemos aseriedade”, explica Yamai,afirmando que desconhecia oprêmio. “Realmente não sabiado que se tratava, até por issoachamos estranho.”

    Entre os motivos para a es-colha do programa como umdos premiados, estão a de queatualmente a audiência tem

    sido representativa.Mesmo com a duraçãocurta – 30 minutos – eo horário “ingrato” das8 horas do sábado.“Sinto que hoje estamosmuito melhores, dandouma cara ao programa.A resposta tem sidomais do que positiva,pois o público tem man-dado e-mails e mensa-gens nos parabenizan-do”, diz o apresentador,abrindo os números daaudiência. “No acom-panhamento feito, esta-mos em terceiro lugar

    no Ibope [Instituto Brasileirode Opinião Pública e Estatísti-ca] na faixa horária, com umamédia de 2,7 pontos. Essa in-formação, por si só, já nos dei-xa muito satisfeito”.

    Mesmo com o sucesso, adupla confirma que há planosde mudança, afinal, “não dápara se acomodar”, com a pos-sível inserção de novos qua-dros, mas sempre com a mar-ca característica do programa:o ar despojado mesmo quandoo assunto é mais sério.

    “Talvez esse seja o grandediferencial, pois damos um tra-tamento diferenciado às nos-sas matérias. É justamente issoque o público tem elogiado.Claro que pensamos em me-lhorias e vamos estudar o quepode ser feito”, finaliza KendiYamai

    Kendi e Ikeda mostraram-se surpresos

    Considerado um dos princi-pais guitarristas de rock noJapão, Kiko Loureiro, da ban-da Angra, falou ao JornalNikkei sobre sua relaçãocom a Tagima, a recepção damarca no exterior e do mo-delo desenvolvido especial-mente para ele.

    Jornal Nikkei: Qual a suarelação com a Tagima? Porque você escolheu a mar-ca?Kiko Loureiro: Conheci oSeizi Tagima em 91, quandofui regular uma guitarra. Ado-rei as guitarras que ele esta-va fazendo – ele já tinhaprestígio entre vários músicosprofissionais. Assim, vendiminha guitarra importada ecomprei minha primeiraTagima.

    JN: As guitarras são domesmo nível que as estran-geiras? Qual o diferenci-al?KL: Sim, sem dúvida! Eugosto dos modelos das ma-

    deiras brasileiras, do carinhoque o Tagima constrói e co-manda a fabricação das gui-tarras. Há também a questãode poder fazer algo mais ex-clusivo, em relação a modelos,cores ou peças.

    JN: Usar um instrumento na-cional em vez de importadotem algum significado paravocê?KL: Claro! É um apoio paraa indústria nacional, principal-mente neste ramo onde as gui-tarras americanas fizeram his-tória. Além de tudo, é muito

    bom conviver com o Tagimae aprender o real amor àconstrução de guitarras. Aguitarra fica com alma, umaaura especial.

    JN: Qual a opinião sobrea marca no Japão?KL: Nas revistas especiali-zadas, sempre me perguntama respeito do Tagima-san e,por várias vezes, fotografa-ram em close a assinaturadele na guitarra, que semprefoi aprovada no Japão e noexterior. JN: Fale sobre o modelodesenvolvido especialmen-te para você.KL: Há uns 7 anos uso estemodelo, que foi apelidado deK1. Com o passar do tempofizemos algumas modifica-ções para a guitarra ficarmais bonita e ergonômica.Hoje temos a top de linha K1,e outras mais simples, comoa K2, a importada da ChinaK Special e a K1 de 7 cor-das.

    Reconhecido no Japão, Kiko Loureiro fala sobre TagimaDIVULGAÇÃO

  • São Paulo, 09 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 7

    EVENTO 2

    38º Toyo Matsuri traz novidade neste ano

    Após o tradicional eventoda comunidade japonesaTanabata Matsuri no meio doano, a Associação MiyaguiKenjinkai do Brasil promoveum novo evento que homena-geia a província japonesa deSendai e seu fundador,Massamune Date, denomina-do “Aoba Matsuri”.

    Com o apoio das Associa-ções das províncias do Nortedo Japão, da Associação Cul-tural e Assistencial da Liber-dade (ACAL) e da Feira deArte, Artesanato e Cultura daLiberdade, a festa terá início,no sábado, às 9 horas da ma-nhã e segue até às 20 horas.“No domingo, o horário é mes-mo, só que termina antes, lápelas 18 horas”, explica o pre-sidente da Associação MiyaguiKenjinkai, Koichi Nakazawa.

    Ambos os dias terão as mes-mas atrações e o evento serádividido pelos andares do pré-dio da Associação, apenas notérreo, as atividades serão rea-lizadas apenas no domingo.

    No primeiro subsolo, seráinstalada a praça de alimenta-ção e barracas para vendas deprodutos caseiros (soja, conser-vas rurais e outros), comidascaseiras (típica japonesa e bra-sileira), divulgação de soja (pa-inéis e produtos fabricados) eartesanatos caseiros.

    Já na área do térreo o espa-ço será cedido para shows,apresentações e bazares deartesanato e comidas. Os gru-pos musicais Minyô e Shôka eos grupos de dança SuzumeOdori e Fork Dance, tomarão

    conta da diversão dos presen-tes, além do karaokê que seráinstalado no local e uma apre-sentação de taikô. Haverá tam-bém atrações como AnimeMangá e Sorteios.

    O terraço da Associaçãoserá reservado para as comi-das típicas japonesas, comosashimi, gyutan, sushi, yakisso-ba, tempurá, moti, oniguiri,sanma e outros. Serão vendi-dos também produtos de vári-as províncias, principalmente deMiyagui (hoya, wakame,sassakamaboko, sake).

    “Esta é a primeira edição doevento e pretendemos realiza-lo mensalmente, nos terceirossábados e domingos de casamês”, conta Nakazawa.

    “Aoba” representa a pro-víncia de Miyagui que no iníciodo século 17, abrigou o casteloque foi construído pela majes-tade Massamune Date, o qualo nomeou de “Aoba Jou”.

    No Japão, o Aoba Matsurisempre é comemorado em fun-ção dessa homenagem e tra-zendo essa idéia para o Brasil,o evento promete entreter osnikkeis com inúmeras ativida-des e com uma diversidade decomidas típicas e bazares.

    A entrada é franca e o even-to é aberto para o público emgeral.

    DATA: 9 E 10 DE DEZEMBROHORÁRIO: SÁBADO – 9 ÀS 20 HORASDOMINGO – 9 ÀS 18 HORASLOCAL: ASSOCIAÇÃO MIYAGUIKENJINKAI DO BRASILRUA FAGUNDES, 152 – LIBERDADE –SÃO PAULO – SP

    EVENTO 1

    Miyagui Kenjinkai promove‘Aoba Matsuri’ hoje e amanhã

    Comissão organizadora espera milhares de pessoas no evento

    JORNAL NIKKEI

    Chegada da estação mais quente do ano leva pessoas às academias

    JORNAL NIKKEI

    ‘PROJETO VERÃO’

    As altas temperaturasanunciam a chegadados dias de sol da pró-xima estação. E nesse clima,é inevitável não pensar emuma tarde na praia ou na pis-cina, tomando uma água decoco bem gelada ou até mes-mo aquela cervejinha com osamigos. Com tudo isso, vemtambém o momento de tirar acamisa e deixar as curvas àvista, motivo de preocupaçãopara àqueles que correm con-tra o tempo para entrar emforma.

    Para uns, a ocasião é deexibição do corpo, fruto demuita malhação do ano intei-ro. Enquanto isso, para outros,é tempo do suor dobrado a fimde não fazer feio na hora deusar as roupas mais curtas. Édada a largada para o “Proje-to Verão”, a corrida para ficarcom tudo em cima, em curtotempo, na próxima temporada.E isso é refletido nas acade-mias, que nos últimos meses doano, começam aumentar o nú-mero de alunos.

    No geral, o movimento che-ga a crescer cerca de 30%.Principalmente no mês de ja-neiro, após as festas de fim deano, quando já comeram tudoo que o não deviam e a solu-ção é recorrer aos exercícios.“Aumenta bastante, mas essepessoal normalmente buscaresultados rápidos, por causado verão” explica a sócia daacademia Aky Fitness, LuciaAkiyama.

    Mas será que é possível al-cançar os efeitos desejados?A resposta é sim, mas é ne-cessário disciplina. Segundo oprofessor de Educação Física,Kleber Seiichi Hissamura, em30 a 45 dias é possível perder5kg. Isso, se seguir à risca umbom treino envolvendo ativida-de aeróbia e musculação, cin-co vezes por semana e semexagerar na comida. “Se suara camisa, ainda dá tempo”completa. Uma ótima notíciapara quem ainda busca vestiraquela calça, que há um anotinha um caimento perfeito.

    O ideal é que a pessoa pro-cure um exercício físico que

    Com a proximidade da estação éhora de entrar em forma

    ela goste de fazer e sinta pra-zer para que se dedique e nãodesista do objetivo. O analistade vendas, André Camigava-chi, se prepara a quatro me-ses para adquirir um bom físi-co até o próximo mês, mas onikkei admite: “Eu não gostode malhar, vou umas duas ve-zes por semana e olhe lá. Pre-guiça é fogo”.

    Na maioria dos casos, jun-ta-se o pouco tempo com aansiedade em obter os resul-tados e isso não produz asmetas desejadas, explica opersonal trainer, EduardoTsuruta. E ainda, dependendoda genética da pessoa, os efei-tos podem ser bastante sutis.“Sinceramente, eu não estouvendo resultado. Isso porqueeu faço de tudo lá” afirmaCamigavachi.

    Ficar esbelto e belo exigeesforço, fato pouco encontra-do nos atletas de verão. “Aspessoas pensam que fazendoexercício só em alguns dias,vão ficar em forma. É difícilver diferença desse jeito em ummês” diz a instrutora da aca-demia Saúde, Acqua e Fitness,Patrícia Tokuyama.

    E já que há uma grande di-ficuldade em modelar o corpo,muitos acabam apelando paraas loucuras a fim de emagre-

    cer. Há quem passe fome outambém o contrário. O fato deestarem se exercitando querdizer que podem se dar ao luxode comer um docinho a mais eacabam ganhando unsquilinhos a mais. É importantecasar as atividades com umaboa alimentação.

    O professor de EducaçãoFísica diz que não apóia die-tas, pois ao final delas, quando

    a pessoa alcança o peso ideal,elas voltam a comer tudo ou-tra vez e resultam no “efeitosanfona” como ele define. Amelhor dica é balancear a ali-mentação. “Não é cortar, masaquilo que engorda como mas-sas, doces, fritura, comer ape-nas uma vez por semana porexemplo. Nada muito rígido esim moderado” explica.

    (Cibele Hasegawa)

    FUNDO BUNKA

    Um dos prêmios mais va-lorizados dentro da comunida-de nipo-brasileira, o FundoBunka de Pesquisa premiouYumano Yuuka; ElaineHatanaka, Giseli Silva Matsu-moto, Ricardo Kusuda eRosana Augusta Pacheco nacategoria “Auxílio à Pesquisa”

    O Fundo Bunka de Pesqui-sa também prestou homena-gem à dra. Emília Inoue Sato,da Unifesp, e Eunice Oba, pro-fessora Unesp. Como pesqui-sador do ano, Antônio Haddad.

    O Festival Oriental ToyoMatsuri chega à sua 38ª edi-ção com um diferencial dosoutros anos: a decoração naPraça da Liberdade.

    Nas edições anteriores, osbanners que decoravam a pra-ça continham o nome dos pa-trocinadores. Este ano, a pre-feitura proibiu, pois foram con-siderados propagandas dasempresas colaboradoras, entãopara resolver o problema, osorganizadores do evento cria-ram novos banners que con-tém desenhos das 47 provínci-as do Japão. “Pretendemosfazer também com os estadosbrasileiros”, conta HirofumiIkesaki, presidente da ACAL(Associação Cultural e Assis-tencial da Liberdade).

    Com a realização daACAL, o evento será nestesábado (9) e domingo (10) naPraça da Liberdade, Rua Gal-vão Bueno, Rua dos Estudan-tes e o Viaduto Cidade deOsaka. As atividades serãodividas na pista e no palco,montados na Praça.

    No sábado, a festa come-ça às 14h30 com uma Cerimô-nia Xintoísta que abrirá o even-to. Logo após a cerimônia se-guem inúmeras atrações comoginástica na Praça da Liber-dade, Shows com a Rádio eTV Nikkey, Matsuri Dancecom o grupo da Associação

    Esportiva Ribeirão Pires e gru-po juvenil ACAL, apresenta-ções de Taikô e Kasa Odori,entre outras.

    Já no domingo todas asatrações estarão voltadas parao palco. Haverá artes marci-ais, taikô, apresentação de ioiô,Matsuri Dance e o show dabanda musical Gaijin Sentai.“Além das atrações serão ins-taladas no Viaduto Cidade deOsaka, aproximadamente, 30barracas com comidas típicasorientais”, acrescenta Ikesaki.

    Perguntado se as ameaçasde temporais nesses dias seri-am um empecilho para o even-to, Amino Yataro, um dos or-ganizadores do evento, garan-te que isso não os intimida.“Mesmo debaixo de chuva, as

    atividades continuarão”.A ACAL convida a todos

    nikkeis, descendentes e nãodescendentes a participar des-te evento e da festa de finalde ano no dia 31 de dezembro,o Moti Tsuki Matsuri, na Pra-ça da Liberdade, onde haveráa um brinde a passagem de anoe aproximadamente 6 mil sa-quinhos de motis serão distri-buídos. “É para dar sorte edesejar um Feliz Ano Novopara todos”, conta Ikesaki.

    38º TOYO MATSURILOCAL: PRAÇA DA LIBERDADEDATA: 9 E 10 DE DEZEMBROHORÁRIO: SÁBADO – DAS 14H30 ÀS 21HORAS

    DOMINGO – DO MEIO-DIA ÀS 17H 30ENTRADA: FRANCA

    Uma das atrações que devem atrair pessoas é o odori

    DIVULGAÇÃO

    • Procure sempre se exercitar em locais onde goste: se acharmonótona a esteira vá a um parque. Torne estimulante edivertido o prático de atividades físico e esportivo.

    • Procure alimentos leves antes dos treinos. E peça o acom-panhamento de um nutricionista.

    • Passe por uma avaliação médica e física antes de come-çar uma academia ou iniciar a prática de exercícios físi-cos. Nunca comece num ritmo acima daquele que vocêpossa suportar. Isso pode causar lesões nas articulações emusculatura.

    • Torne um hábito a prática de atividades físicas. Procure darprioridade à saúde: o resultado será visto ao longo dos anos.

    • Sempre peça orientação a seu professor. Um bom profes-sor é aquele já formado e que possui a cédula de identida-de profissional (CREF).

    • Não dê créditos a professores que estimulam o uso deanabólicos e substâncias proibidas. Denuncie-o. A conquistade um corpo saudável é resultado de uma boa alimenta-ção, habitualidade e exercícios físicos regulares.

    Fonte: Personal Trainer Eduardo Tsuruta

    Dicas para entrar em forma

  • 8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 09 de dezembro de 2006

    Um panorama amplo daevolução do estilo devida urbano, pela pri-meira vez no Brasil. A expo-sição Design do Japão Hoje100 - Um Estilo de Vida Con-temporâneo traz 100 produtosselecionados por uma comis-são de professores, curadorese especialistas em design; quederam ênfase às criações apartir da década de 90,focando itens utilizados nocotidiano e que definiram ummodo de vida e um perfilcomportamental das últimasdécadas.

    Também não foram esque-cidos produtos que marcarama história do design, como osprimeiros eletrônicos portáteisda Sony, e objetos de designvisionário do período pós-guerra (década de 50), queinspiraram tendências dodesign atual.

    A exposição traz maquetesde carros, além de utensíliosdomésticos, móveis, brinque-dos, equipamentos eletrôni-cos, luminárias. Produtos in-dustrializados do dia-a-dia,que ao mesmo tempo desper-tam sentimentos diversos,como curiosidade, surpresa,saudade e nostalgia, e que

    compõem uma radiografia dogosto e das tendências dosobjetos de desejo.

    Globalização e cultura –

    Com o processo de globaliza-ção, as características cultu-rais específicas de cada paíssão sacrificadas em nome deum gosto universal. No Japão,

    ESTILO DE VIDA

    Fundação Japão traz exposição‘Design do Japão Hoje 100’

    a adoção de parâmetros dodesign americano no pós-guerra foi também um fatohistórico, como lembra Hiro-shi Kashiwagi, um doscuradores da mostra.

    A tendência atual tambémreflete um momento específi-co. A consciência ecológicalevou o Japão a desenvolvero primeiro carro com motorhíbrido. Novas formas deenergia são fatores essenci-ais retratados na exposição,aliadas à tradicional concep-ção japonesa de compactaçãoe miniaturização.

    Mais do que uma panorâ-mica do design e estilo, a ex-posição traz um mostruáriovivo, atual e dinâmico do modode vida do japonês comum,refletindo a essência primor-dial da cultura japonesa atra-vés dos simples objetos do dia-a-dia.

    DESIGN DO JAPÃO HOJE 100 –UM ESTILO DE VIDACONTEMPORÂNEOQUANDO: 12 DE DEZEMBRO A 14 DEJANEIRO. INAUGURAÇÃO PARACONVIDADOS: DIA 11 DE DEZEMBRO,DAS 19 ÀS 22HONDE: MASP (AV. PAULISTA, 1578,CERQUEIRA CÉSAR, SÃO PAULO)

    Obras e trabalhos retratam evolução do design no Japão

    DIVULGAÇÃO

    EXPOSIÇÃO

    Instituto Tomie Ohtake apresenta obras deJosé Guadalupe Posada

    O Instituto Tomie Ohtakeapresenta a última da série dequatro exposições que come-mora seu 5º aniversário de fun-dação. A mostra traz pela pri-meira vez ao Brasil ogravurista que se tornou mar-co na arte e na iconografiamexicana, José GuadalupePosada (1852-1913), reunindocerca de 50 zincografias - téc-nica inventada pelo artista -expressivas de sua vasta pro-dução. O conjunto de obras,pertencente ao Ministério dasRelações Exteriores do Méxi-co, consiste em 37 gravurasassinadas por Posada, maissete feitas em parceria comManuel Manilla (1830-1895),seu precursor, que participaainda com três trabalhos, alémde três peças anônimas.

    Posada criava desenhos,gravuras e caricaturas e ficouconsagrado pelos seus traba-lhos sobre a morte – uma pes-quisa plástica de alto teor polí-tico. Segundo Diego Rivera, “aobra de Posada simboliza to-das as potências escuras e pro-fundas de seu povo, o rostocomplexo e nobre do México,cuja ternura e virilidade ex-pressa com soberana beleza”.

    O artista mexicano sempretrabalhou com ilustrações, quese caracterizam pela predeter-minação do tema e rigidez daforma, entretanto a desenvol-tura plástica de suas imagenspermitiu que os trabalhostranscendessem a temporali-dade fugaz da temática, reve-lando autonomia estética. Portrás da aparente simplicidadedas imagens, havia um domí-nio preciso de ritmo, variaçõesde preto, branco e meios tons,

    criando uma espécie de movi-mento contínuo. Deste modo,grande parte de sua criaçãoalcançou a categoria de signo– enriquecendo e precisandoa plástica nacional.

    Sua produção de caráter etemática populares pôde ascen-der no encontro com AntonioVanegas Arroyo, em 1890. Jáhá dez anos Arroyo havia es-tabelecido, em conjunto compoetas e desenhistas, uma edi-tora especializada em literatu-ra barata. Historietas, comé-dias, canções, biografias desantos e notas humorísticasdifundiam-se pelas praças emercados, sendo nesta épocailustradas por uma produçãofervorosa de Posada. O artis-ta levava assim à prática a fra-se inspirada de Rimbaud: “nãopodes chegar a produzir algoque te transborde sem que te-nhas que extrair de tuas pró-prias entranhas aquilo que en-tregarás ao mundo”.

    José Guadalupe Posada(1852, Aguascalientes, Méxi-

    co – 1913, Cidade do México),desde pequeno, freqüentou oateliê de José TrinidadPedroza, onde entrou em con-tato com algumas técnicas degravura, expressão que viria adesenvolver por toda sua vida,produzindo mais de 20 milobras no gênero. Nesta épo-ca, a rebelião sangrenta con-tra a intervenção francesa ha-via estimulado a formação deuma imprensa de tipógrafos,gravadores e desenhistas, naqual Posada logo se inseriu, sobum viés de oposição política.Em sociedade com Pedroza,abriu uma gráfica que ilustra-va cartazes, retratos de perso-nagens históricos e imagensreligiosas.

    O gravurista ministroulitografia na escola prepara-tória da cidade de Leon, de1883 até 1888, quando, apósuma enchente que matou di-versos de seus familiares, elese mudou para capital mexi-cana, nesta época habitadapor cerca de 350 mil pessoas.

    Na cidade do México, traba-lhou no ateliê do militanteIreneo Paz, ilustrando publica-ções como o Diário de LaPátria, a revista La PátriaIlustrada e a Revista de Mé-xico. Além disto, iniciava emseu próprio ateliê, uma sériede caricaturas políticas e deilustrações de cenas cotidia-nas, que, afora o caráter satí-rico próprio do gênero, trazi-am maneiras peculiares depensar o desenho: simplifica-ções e deslocamentos.

    EXPOSIÇÃO: ZINCOGRAFIASDE JOSÉ GUADALUPE POSADAQUANDO: DE 13 DE DEZEMBRO A 11 DEFEVEREIRO. DE TERÇA A DOMINGO, DAS11 ÀS 20H. ABERTURA: 12 DE DEZEMBRO,ÀS 20HONDE: INSTITUTO TOMIE OHTAKE (AV.FARIA LIMA, 201 – ENTRADA PELA RUACOROPÉS – PINHEIROS)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/2245-1900ENTRADA FRANCAO INSTITUTO ESTARÁ FECHADO NOS DIAS22, 23, 24 E 25/12 E NOS DIAS 31/12 E01/01/07

    Artista é conhecido por obras que retratam a morte nos mais variados ângulos

    DIVULGAÇÃO

    TERCEIRO SETOR

    IPK faz parceria com a CEF paraprojeto de inclusão social

    Engajado em mais um novotrabalho, o Instituto Paulo Ko-bayashi (IPK) agora aposta naidéia da educação pela arte.Em parceria com a Caixa Eco-nômica Federal, a entidadepromove o projeto “Arte BemEficiente”, que visa oferecero acesso a beleza artística aportadores de necessidadesespeciais, idosos, moradores dealbergues e crianças e adoles-centes em situação de risco.

    São visitas monitoradas àsexposições da Caixa Cultural,como as mostras “Releituras”,de Nelson Screnci, e “AldeiasGuarani Mbya na Cidade deSão Paulo”, de Rosa Gaudita-no. Além disso, os visitantesparticipam também de oficinasde arte temáticas, de acordocom a exibição do museu. Oconceito das atividades é pro-porcionar a inclusão social,“mostrando alternativas pormeio da arte e quem sabe ge-rar uma fonte de renda atra-vés do que aprenderam nasoficinas” afirma o presidentedo IPK, Victor Kobayashi.

    E para a melhor eficiênciana realização deste programa,foi firmado um acordo em ter-mos de cooperação com a Se-cretaria Municipal de Assistên-cia e Desenvolvimento Socialde São Paulo (SMADS), Se-cretaria Especial de Participa-ção e Parceria (SEPP), Secre-taria Especial da Pessoa De-ficiente com Mobilidade Redu-zida (SEPED). Dessa forma,são encaminhadas organiza-ções interessadas e assim atin-gir o maior número de benefi-ciados.

    Essa iniciativa é uma opor-tunidade dos participantes co-nhecerem um mundo além daslimitações impostas pela soci-edade ou até mesmo pelas bar-

    reiras físicas. Uma vez que asatividades proporcionam o con-tato com um ambiente desco-nhecido, já que muitas delasnunca foram ao museu. Foraisso, segundo Kobayashi, “os‘oficineiros’ fazem atividadesque estimulam a criatividade elevantam a auto-estima”, e issofaz com que elas tenham umaproposta de mudança.

    Iniciado em meados de no-vembro, o “Arte Bem Eficien-te” recebe em média 150 pes-soas, duas associações por dia.Até o seu encerramento, emmarço de 2007, a meta é aten-der cerca de 14 mil carentes,em vista que no ano passadoforam atingidas 10 mil. E asexpectativas é que o projetocresça cada vez mais e am-plie o número de atendidos.

    E já que a intenção é sem-pre progredir, a IPK não paracom suas atividades de inclu-são social e já tem planos paraas próximas ações. Em primei-ra mão ao Jornal Nikkei,Kobayashi expõe que preten-de ampliar o “Projeto Integra-ção”, que são cursos gratuitosde computação e internet de-dicados a terceira idade, daqual acontece na AssociaçãoCultural e Esportiva Saúde, lo-calizada no Jardim da Saúde,e na Casa da Esperança(Kibô-no-Iê), na Vila Mariana.

    A intenção é expandir oestudo de educação comple-mentar, “queremos criar umanova sala digital no bairro daLiberdade e ampliar o projetopara a capacitação do lado pro-fissional dos jovens que entramno mercado de trabalho ago-ra” diz Kobayashi. Além dasaulas de informática, a preten-são é que haja também pales-tras para preparar melhor ajuventude.

    DIVULGAÇÃO

    Oficinas culturais são alternativas para inclusão social

  • São Paulo, 09 de dezembro de 2006 JORNAL NIKKEI 9

    R E S T A U R A N T E S

    (porção para 4 pessoas)

    Ingredientes:12 camarões rosa médio4 vagens½ pimentão vermelho½ pimentão verde8 quiabos1 berinjela pequena(cortada em rodelas)12 shiitakes4 folhas shissô1 cenoura pequena1 abobrinha média

    Koromo:300ml de água gelada1 gema de ovo180g de farinha de trigo

    Dissolva a gema na água eadicione farinha aos poucos.Não pare de mexer até amassa adquirir uma consis-tência fina à média.

    Molho Tentsuyu:50ml de shoyu200ml de água10ml de saquê

    Tempura MoriawaseHondashi, Aji-no-moto e açú-car (a gosto, se quiser maissalgado ou doce)Nabo e gengibre ralados (agosto)

    Coloque o shoyu, água, saquê,Hondashi, Aji-no-moto e açú-car até levantar fervura, e apa-gue o fogo. Coloque o molhona tigela somente na hora deservir e adicione o nabo rala-do e o gengibre ralado.

    Modo de preparo:Retire as vísceras do camarãoe reserve. Corte em rodelas aberinjela e a abobrinha. Picoteas pontas dos quiabos e dasvagens. Corte também em ro-dela e em diagonal a cenoura.Empane tudo em farinha detrigo e mergulhe no koromo(massa de tempura). Frite emóleo de soja a 180º C até fica-rem ligeiramente amarelados.Cuidado para não queimar. Sir-va com molho tentsuyu.

    O restaurante se mantémcomo dos mais tradicionais econceituados de São Paulo. Equem o comanda é o mestreKiyomi Watanabe, que acumu-la 45 anos de experiência comosushiman. Situada na RuaTutóia, 223, o Sushi Kiyo temquase dez anos.

    Uma casa que segue nadecoração uma linha tradicio-nal, em madeira e com pare-des decoradas, e um poucomais espaçosa que outras dogênero. Clássicos são tambémos pratos que constam no car-dápio. Certamente os sushis esashimis são carros-chefe, jáque têm a marca hoje dosWatanabe, pai e filho. Carlosdiz, aliás, que seu pai foi umdos precursores na populariza-ção dos bolinhos de arroz eafins em São Paulo. “Os oci-dentais começaram a comersushi, sashimi, tempurá, suki-yaki e yakisoba lá, no antigoendereço do Paraíso. E mui-tos profissionais também pude-ram aprender as técnicas comele na década de 90, já que porcinco anos ele ministrou cur-sos”, destaca o filho, engenhei-ro e hoje chef formado emGastronomia.

    E hoje degustam tambémteishokus, domburis, menrui(massas como lamen, cham-pon, udon, soba...) e outros.Especialmente no almoço,quando os freqüentadores sãoem sua maioria executivos eprofissionais que trabalham naregião, e querem uma refeiçãomais rápida. Com mais da me-tade dos clientes orientais, ou-tras boas pedidas são os petis-cos, seguidos no final por sushis(combinados, claro), katsudon,sukiyaki, yosenabe e outros

    Familiar, Sushi Kiyo traz qualidadecom a marca do mestre Watanabe

    O Il Vino Venerabile Ca-bernet Sauvignon safra2005, da Sakura Nakaya Ali-mentos, foi agraciado com amedalha de prata na cate-goria Vinhos Tinto Brasilei-ro, no 3º Concurso Interna-cional de Vinhos do Bra-sil, promovido pela As-sociação Brasileira deEnologia (ABE). Oevento, realizado emnovembro na cidade deBento Gonçalves (RS),contou com 420 amos-tras inscritas por produ-tores de 13 países.

    Segundo o presiden-te da ABE, o enólogoDirceu Scottá, a grandesurpresa foram os prê-mios conferidos aos tin-tos brasileiros que come-çam, conseqüentemen-te, a ganhar espaço nomercado internacional. Umgrupo de 42 especialistas deoito países participou das de-gustações para avaliar asamostras enviadas por viníco-las do Brasil, África do Sul,Alemanha, Argentina, Austrá-lia, Chile, Espanha, França, Itá-lia, México, Nova Zelândia,Portugal e Uruguai.

    Líder brasileira na fabrica-ção de molho de soja, o shoyu,a Sakura Nakaya Alimentosestá presente no mercado devinhos finos desde 2004, com

    o lançamento dos Il VinoVenerabile Cabernet Sau-vignon e Il Vino VenerabileChardonnay, ambos produ-zidos na cidade deFarroupilha (RS). Comduas safras, o Il Vino Ve-

    nerabile já se consolidoucomo uma ótima opçãopara os apreciadoresde um vinho tinto bra-sileiro de bom corpo,apropriado para acom-panhar carnes verme-lhas ou exóticas, mas-sas com molhos condi-mentados e queijo tipoparmesão. O CabernetSauvignon apresentacor vermelha rubi deintensidade média aforte. O aroma é ca-racterístico do varietalcom toques de especi-arias devido ao enve-

    lhecimento em barris de car-valho.

    Desde o lançamento, aSakura colocou o Il Vino Ve-nerabile nos mais refinadospontos-de-venda e restauran-tes a totalidade da produçãodos seus varietais e tambémmarcou presença no mercadointernacional com exportaçõespara o Japão e países da Eu-ropa. A entrada do Il Vino Ve-nerabile Cabernet Sauvignonsafra 2006 está prevista paraos próximos meses.

    VINHOS

    Sakura conquista medalha emconcurso internacional

    nabemonos, que nem precisamter o frio como justificativa.

    Tempurás sequinhos e cujamontagem no prato apresentaum visual atrativo. O TempuráMoriawase (receita abaixo)traz variações de legumes, ver-duras e camarão, e são maisapreciáveis se mergulhados nomolho tentsuyu. A fritura é,sem dúvida, um dos pratos maisdifundidos da culinária japonesapelo mundo. “Atualmente acomida japonesa não é só doJapão, é internacional. Anteshavia só expansão da italiana,francesa. Aqui quisemos mon-tar a tradicional cozinha”, des-taca Kiyomi Watanabe. E jáavisa a filha Claudia, que tam-bém compõe a equipe forma-da ainda pela mãe, Natiko: “Asreceitas levam wasabi, entãose o cliente não gosta tem deavisar. Bem como a maione-

    se, que só entra na composi-ção se ele pedir.”

    Novo público - Foi por acasoque Watanabe percebeu seutalento com as iguarias tradi-cionais da cozinha japonesa eresolveu seguir a carreira. Imi-grante de Fukuoka, foi morarem Tomé-Açu (PA), lidandocom a plantação de pimenta-do-reino, em 1955 e depois naregião de Maringá (PR), nacafeicultura. No ano de 1960chegou a São Paulo e se ins-talou no bairro da Liberdade.“Comecei com uma peixaria,quando havia seis estabeleci-mentos do gênero na Liberda-de. Fazia entrega para algunsrestaurantes, como o NakaneZushi”, lembra o issei.

    E lá foi convidado pelo donoda casa, um chef japonês, paraajudá-lo a limpar peixes. Coma habilidade demonstrada, aca-bou ficando e recebeu treina-mento para virar um bom co-zinheiro e sushiman.

    Assim, após quatro anosabriria seu próprio restauran-te, o Suehiro (Rua Américo deCampos), de grande sucessonas décadas de 60 e 70. O lon-go caminho na gastronomiaoriental estava começando aser trilhado. Mas em 1976 acasa acabou sendo fechada,devido aos transtornos ocasi-onados aos comerciantes comas obras do Metrô, que se ex-pandia na região. Hinodê, àrua paralela, seria sua próxi-ma parada – foi chamado porAmano para comandar osushibar.

    Em 1980 inaugurou o SushiKiyo no bairro do Bexiga, pos-sivelmente o primeiro japonêsna localidade, “uma casa pe-quena, com balcão, três mesase dois ozashikis, para 40 pes-soas”, resgata Carlos, comsaudosismo: “As pessoas seproduziam para ir ao ambien-te, com um clima diferencia-do, em que até o Kiyomi-sania cantar. Tínhamos muitos fre-

    qüentadores como artistas deteatro, publicitários, um públi-co restrito.” E a filha já perce-be a mudança, também positi-va, nos anos recentes: “Alémdos clientes das multinacionais,consulado, está começando aaparecer gente nova, mais oci-dentais e até turistas, creio quepela divulgação que nossa casavem tendo na imprensa. Ago-ra estamos numa região boano Paraíso e com e melhorestrutura”, avalia. Acomoda65 pessoas nas mesas, balcãoou nos dois ozashikis.

    Aos 63 anos, Watanabe,ainda se veste com o happi e ohachimaki na cabeça, e obser-va atentamente o movimentoem se posto no sushibar. Na-turalizado brasileiro e satisfei-to com o prosseguimento quedeu à história do Sushi Kiyo,suspira: “Como um bom cozi-nheiro japonês, tenho orgulhode meu trabalho e passo issopara meus filhos”, finaliza.

    (Cíntia Yamashiro)

    SUSHI KIYORUA TUTÓIA, 233, VILA MARIANA,SÃO PAULOTEL.: 11/3887-9148ALMOÇO DE SEGUNDA A SEXTA, DAS11H30 ÀS 14HJANTAR DE SEGUNDA A SÁBADO EFERIADOS, DAS 18H ÀS 23HACEITA TODOS OS CARTÕES DE CRÉDITOE CHEQUECONVÊNIO COM ESTACIONAMENTO NO Nº186 (GRATUITO E COM MANOBRISTA NOJANTAR)

    Carlos e Kiyomi Watanabe comandam preparo de pratos considerados refinados pelos clientes

    MARCUS IIZUKA

    Ostras de produção local é um dos atrativos do restaurante

    MARCUS IIZUKA

    Uma opção para quem es-tiver em Florianópolis (SC), deférias ou mesmo o público lo-cal, é conhecer o restauranteSushi Yama. Localizada nobairro Canto da Lagoa desde2003, a casa foi aberta em2000 no Hotel Saint Germainpor Gelson Kozuki.

    A localização é privilegiada,o que oferece uma bela vistado lado externo, além de estarnuma rua arborizada e tranqüi-la. A fachada em vermelho tam-bém destaca bastante o visualda casa. Freqüentado por umpúblico mais jovem, a maioriaentre 25 a 35 anos, e familiar, olocal é dos mais procurado nacidade quando se trata de cozi-nha japonesa.

    No cardápio, além dos tra-dicionais sushi e sashimi pre-parados pelo sushiman Mar-cos Korossue, não faltarão pra-tos quentes como yakisoba,teppanyaki, tempurá, entre ou-tros. E há ainda o Festival deSushi e Sashimi (no jantar), emque o cliente paga um preçofixo e pode se servir à vonta-de. E que tal, então, saborearostras da produção local? Jáque em São Paulo a maioriados restaurantes recebe o pro-duto de Santa Catarina.

    SANTA CATARINA

    Sushi Yama apresenta pratostípicos em Florianópolis

    O funcionamento é em sis-tema de buffet ou à la carte(dependendo do dia). Comosobremesa, algumas opções sãoo sorvete de gengibre e cháverde e o tempurá de sorvete.Lá você encontra também sa-quê, shochu ou cerveja paraacompanhar as iguarias. Duran-te o verão, a equipe estará tam-bém mais perto da praia pre-parando seus pratos no restau-rante Taikô, na praia de Jurerê.

    Se lhe parece famíliar, oSushi Yama é uma filial do res-taurante que foi fundado em1998 em Curitiba pela famíliaYamamoto. A primeira unida-de está no Shopping Estação ea segunda na Av. Iguaçu, tam-bém na capital paranaense. Ade Florianópolis, que tem 80 lu-gares, oferece um ambienteclaro e aconchegante. E tam-bém faz serviço de entrega.

    SUSHI YAMARUA LAURINDO JANUÁRIO DA SILVEIRA,68, CANTO DA LAGOA, FLORIANÓPOLISTEL.: 48/3232-8612 [email protected] DE SEGUNDA A DOMINGO, DAS19H ÀS 23H30; ALMOÇO SOMENTESÁBADO E DOMINGO, DAS 12H ÀS 15HACEITA CARTÕES VISA E MÁSTER,CHEQUE E TICKETCOM ESTACIONAMENTO PROPRIO

  • 10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 09 de dezembro de 2006

    AHonda Automóveis doBrasil conclui nestemês a primeira etapade ampliação da unidade deSumaré (SP), que produz osmodelos Civic e Fit. A próxi-ma fase, que terá início em ja-neiro, deverá se estender atéagosto de 2007, de acordo coma direção da montadora.

    O objetivo é aumentargradativamente a produção dosveículos nas linhas de monta-gem, para atender ao consumi-dor – que já faz até fila de es-pera nas concessionárias. Oprojeto que teve início em no-vembro do ano passado, quan-do do anúncio do presidente daHonda South America, TetsuoIwamura, vem satisfazendo asmetas esperadas. Na época, aprodução chegava a 240 veí-culos por dia. Hoje, esse núme-ro subiu para 315. “Em três tur-nos”, lembra o diretor industri-al da empresa, HorácioNatsumeda, que ainda apresen-ta o planejamento para o próxi-mo ano. A partir de janeiro, aHonda pretende atingir 360/diae, de agosto em diante, de 400a 420/dia, em dois turnos.

    “Com essa ampliação, pro-duziremos até 100 mil unida-des ao ano, o que já seria sufi-ciente para segurar a deman-da. Hoje temos cerca de 70 a77 mil.” Demanda que já acar-reta até fila de espera, segun-do o diretor, que se dem