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ANO 10 – Nº 2214 / 2097 – SÃO PAULO, 03 A 09 DE FEVEREIRO DE 2007 – R$ 2,00 AGENDA As novas caras nikkeis na Câmara JORNAL NIKKEI A ASSOCIAÇÃO PRÓ- EXCEPCIONAIS KODO- MO-NO-SONO realizará amanhã (4), a partir das 8h, em sua sede, o 8º Concurso Naci- onal de Karaokê Beneficente. O evento deve reunir cerca de 200 cantores. Destaques para os shows com cantores da ca- tegoria star e participação dos internos. Haverá transporte gratuito com saída às 7h do metrô Corinthians-Itaquera. O Kodomo-no-Sono fica na Rua Prof. Hasegawa, 1198 – Ita- quera- São Paulo. Mais informa- ções: 11/6521-6437/6521-8365. O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) informa seus próximos cursos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão.No próximo dia 9 (sexta-feira), o tema será “Se- guro Nacional de Saúde no Japão” e no dia 13 (terça-fei- ra), “Planejamento”. Os cur- sos são gratuitos e acontecem sempre das 14 às 16h30. O Ciate fica na Rua São Joaquim, 381, 1º andar, sala 11 (prédio do Bunkyo). Mais informa- ções pelo tel.: 11/3207-9014. A CARAVANA DE KARA- OKÊ 2007 prossegue hoje (3) na cidade do Rio de Janeiro com a realização do concurso regional no América Football Club (Ruya Campo Salles, 118, Tijuca), a partir das 12h. Pro- jeto pioneiro da Fundação Ja- pão que tem por objetivo des- pertar o interesse de cada vez mais pessoas para o estudo da língua japonesa, a Caravana envolve a apresentação da música jovem japonesa ao lado do animê e do manga e con- siste da realização de eventos regionais em diversas cidades do país, e há também um even- to final em São Paulo. Em cada concurso regional de karaokê serão selecionados representantes para se apre- sentarem no evento final em São Paulo (concurso nacional). Dentre os professores de ja- ponês que fizerem as demons- trações nos eventos regionais, também serão escolhidos aqueles que se apresentarão no evento final. O 29º CAMPEONATO SU- DOESTE DE SUMÔ IN- FANTO-JUVENIL, masculi- no e feminino, acontece ama- nhã (4), na sede campestre (Ro- dovia Raposo Tavares, km 168) da Associação Cultural e Es- portiva de Itapetininga, respon- sável pela organização do even- to. A cerimônia de purificação do dohyo (arena) acontece às 8h e as competições tem iní- cio logo em seguida. Informa- ções pelo tel.: 15/271-3748 A FUNDAÇÃO MOKITI OKADA, através de sua aca- demia Sanguetsu realiza hoje (3), o Hatsu Ike – Primeira Flor do Ano, que marca o início das atividades dos professores de ikebana Sanguetsu. O evento comemora também a chega- da do novo ano. Durante esse dia, são feitas diversas ikeba- nas por alunos e professores que ficam expostas no local. A previsão é que sejam con- feccionados 40 arranjos. A Fun- dação Mokiti Okada fica na Rua Morgado de Mateus, 77, Vila Mariana, São Paulo. Infor- mações pelo tel.: 11/5087-5010. Enfim, empossados. Os qua- tro nikkeis eleitos tanto por São Paulo (William Woo e Walter Ihoshi) quanto pelo Pa- raná (Cássio Taniguchi e Hidekazu Takayama) partici- param da cerimônia oficial re- alizada na Câmara dos Depu- tados, no último dia 1 em Bra- sília. Do quarteto, três assu- mem pela primeira vez, sendo que somente Takayama vai para seu segundo mandato. Entre as ações propostas, es- tão o maior intercâmbio entre Brasil e Japão, além de proje- tos específicos para o Cente- nário da Imigração, em 2008. Contudo, mesmo antes de tra- balhar junto, o “quarteto nikkei” já sofrerá uma baixa: Cássio Taniguchi confirmou que se licenciará do cargo para assumir a Secretaria de Desen- volvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente no Distrito Federal. “O convite foi irrecusável, mas tenho certeza que os que ficam trabalhão muito bem”, disse. Firmado contrato de execução das obras em Registro O prefeito de Registro, Cló- vis Vieira Mendes, o artista plástico Yutaka Toyota e o presidente da Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro (Bunkyo) firmaram no último dia 25 o Contrato de Execução de Obras das Esculturas Ambientais. Pa- trocinado pelo Banco Suda- meris, o projeto prevê a construção de sete escultu- ras a partir de peças de uma máquina de beneficiamento de arroz. —————–—— | pág 5 —–––—––——––– | pág 3 Patrimônio Histórico Nacional, Porto Seguro oferece atrações que agradam a toda família SETUR Entre os pontos turísticos da Bahia está Porto Seguro, onde Pedro Álvares Cabral desembarcou há mais de 500 anos. A cidade oferece atra- ções para quem busca con- tato com a natureza, como passeios de escuna, mergulho em recifes de corais e até mesmo visita à reserva indí- gena, mas também é conhe- cida pela agitação noturna, repleta de opções. ––—–––—––——–––—––—––—–––—––——–––—––—–––––—––——–– | pág 8 Pais podem influenciar filhos na volta às aulas Fevereiro é o mês de retor- no às aulas. As causas da re- jeição das crianças à escola devem ser investigados indi- vidualmente, mas alguns cui- dados são fundamentais. O Jornal Nikkei entrevistou os psicólogos Marcio e Fabiana Miyamoto para fa- lar sobre as dificuldades das crianças, pais e professores, além da psicóloga Kyoko Nakagawa para falar sobre os filhos de dekasseguis e a sociedade japonesa. —————–—— | pág 7 –—————————————————————————————––— | pág 6 Na semana passada, o Cen- tenário da Imigração Japone- sa foi assunto nas TVs e prin- cipais jornais do País. A res- ponsável foi a produtora cul- tural e diretora da Yano’s Quality, Celina Yano, idealizadora do Projeto Olhar Nascente, que reuniu 140 grafiteiros na Av. Paulista em homenagem aos 453 anos da cidade de São Paulo e aos cem anos da imigração japo- nesa. Centenário da Imigração Japonesa ganha visibilidade com Projeto Olhar Nascente MARCELA TAVARES Fenivar e Uces elegem obelisco como marco do Centenário REPRODUÇÃO A Fenivar (Federação das Entidades Nikkeis do Vale do Ribeira) e a Uces (União Cultural e Espor- tiva Sudoeste), definiram os projetos que farão par- te das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. São 13 no total e o principal deles será a construção de um obelisco de 10m (foto), que ficará na entra- da de Registro. Também estão na pauta de proje- tos a vinda da família im- perial e a apresentação da banda musical da marinha japonesa. ––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 5 Luz em dois casos de atropelamento no Japão: o pai de Patrícia Fujimoto, em entrevista exclusiva ao Jornal Nikkei, dá a primeira versão à imprensa sobre o acidente que causou a morte de uma criança em 2005 e na próxima terça (6), o interrogatório de Milton Noboru Higaki dá prosseguimento ao primeiro processo criminal contra um brasileiro. –————————————————————————————––— | pág 4

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Page 1: AGENDA As novas caras nikkeis na Câmara · AGENDA As novas caras nikkeis na Câmara JORNAL NIKKEI A ASSOCIAÇÃO PRÓ-EXCEPCIONAIS KODO-MO-NO-SONO realizará amanhã (4), a partir

A N O 10 – N º 2 214 / 2 0 97 – S Ã O PA U LO, 03 A 09 DE FEVEREIRO D E 2 0 0 7 – R $ 2 , 0 0

AGENDA

As novas caras nikkeis na CâmaraJORNAL NIKKEI

A ASSOCIAÇÃO PRÓ-EXCEPCIONAIS KODO-MO-NO-SONO realizaráamanhã (4), a partir das 8h, emsua sede, o 8º Concurso Naci-onal de Karaokê Beneficente.O evento deve reunir cerca de200 cantores. Destaques paraos shows com cantores da ca-tegoria star e participação dosinternos. Haverá transportegratuito com saída às 7h dometrô Corinthians-Itaquera. OKodomo-no-Sono fica na RuaProf. Hasegawa, 1198 – Ita-quera- São Paulo. Mais informa-ções: 11/6521-6437/6521-8365.

O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa seuspróximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão.No próximo dia 9(sexta-feira), o tema será “Se-guro Nacional de Saúde noJapão” e no dia 13 (terça-fei-ra), “Planejamento”. Os cur-sos são gratuitos e acontecemsempre das 14 às 16h30. OCiate fica na Rua São Joaquim,381, 1º andar, sala 11 (prédiodo Bunkyo). Mais informa-ções pelo tel.: 11/3207-9014.

A CARAVANA DE KARA-OKÊ 2007 prossegue hoje (3)na cidade do Rio de Janeirocom a realização do concursoregional no América FootballClub (Ruya Campo Salles, 118,Tijuca), a partir das 12h. Pro-jeto pioneiro da Fundação Ja-pão que tem por objetivo des-pertar o interesse de cada vezmais pessoas para o estudo dalíngua japonesa, a Caravanaenvolve a apresentação damúsica jovem japonesa ao ladodo animê e do manga e con-siste da realização de eventosregionais em diversas cidadesdo país, e há também um even-to final em São Paulo. Emcada concurso regional dekaraokê serão selecionadosrepresentantes para se apre-sentarem no evento final emSão Paulo (concurso nacional).Dentre os professores de ja-ponês que fizerem as demons-trações nos eventos regionais,também serão escolhidosaqueles que se apresentarãono evento final.

O 29º CAMPEONATO SU-DOESTE DE SUMÔ IN-FANTO-JUVENIL, masculi-no e feminino, acontece ama-nhã (4), na sede campestre (Ro-dovia Raposo Tavares, km 168)da Associação Cultural e Es-portiva de Itapetininga, respon-sável pela organização do even-to. A cerimônia de purificaçãodo dohyo (arena) acontece às8h e as competições tem iní-cio logo em seguida. Informa-ções pelo tel.: 15/271-3748

A FUNDAÇÃO MOKITIOKADA, através de sua aca-demia Sanguetsu realiza hoje(3), o Hatsu Ike – Primeira Flordo Ano, que marca o início dasatividades dos professores deikebana Sanguetsu. O eventocomemora também a chega-da do novo ano. Durante essedia, são feitas diversas ikeba-nas por alunos e professoresque ficam expostas no local.A previsão é que sejam con-feccionados 40 arranjos. A Fun-dação Mokiti Okada fica naRua Morgado de Mateus, 77,Vila Mariana, São Paulo. Infor-mações pelo tel.: 11/5087-5010.

Enfim, empossados. Os qua-tro nikkeis eleitos tanto porSão Paulo (William Woo eWalter Ihoshi) quanto pelo Pa-raná (Cássio Taniguchi eHidekazu Takayama) partici-param da cerimônia oficial re-alizada na Câmara dos Depu-tados, no último dia 1 em Bra-sília. Do quarteto, três assu-mem pela primeira vez, sendoque somente Takayama vaipara seu segundo mandato.Entre as ações propostas, es-tão o maior intercâmbio entreBrasil e Japão, além de proje-tos específicos para o Cente-nário da Imigração, em 2008.Contudo, mesmo antes de tra-balhar junto, o “quartetonikkei” já sofrerá uma baixa:Cássio Taniguchi confirmouque se licenciará do cargo paraassumir a Secretaria de Desen-volvimento Urbano, Habitaçãoe Meio Ambiente no DistritoFederal. “O convite foiirrecusável, mas tenho certezaque os que ficam trabalhãomuito bem”, disse.

Firmado contrato deexecução das obrasem RegistroO prefeito de Registro, Cló-vis Vieira Mendes, o artistaplástico Yutaka Toyota e opresidente da AssociaçãoCultural Nipo-Brasileira deRegistro (Bunkyo) firmaramno último dia 25 o Contratode Execução de Obras dasEsculturas Ambientais. Pa-trocinado pelo Banco Suda-meris, o projeto prevê aconstrução de sete escultu-ras a partir de peças de umamáquina de beneficiamentode arroz.

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Patrimônio Histórico Nacional, Porto Segurooferece atrações que agradam a toda família

SETUR

Entre os pontos turísticos daBahia está Porto Seguro,onde Pedro Álvares Cabraldesembarcou há mais de 500anos. A cidade oferece atra-ções para quem busca con-tato com a natureza, comopasseios de escuna, mergulhoem recifes de corais e atémesmo visita à reserva indí-gena, mas também é conhe-cida pela agitação noturna,repleta de opções.

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Pais podeminfluenciar filhos navolta às aulasFevereiro é o mês de retor-no às aulas. As causas da re-jeição das crianças à escoladevem ser investigados indi-vidualmente, mas alguns cui-dados são fundamentais. OJornal Nikkei entrevistouos psicólogos Marcio eFabiana Miyamoto para fa-lar sobre as dificuldades dascrianças, pais e professores,além da psicóloga KyokoNakagawa para falar sobreos filhos de dekasseguis e asociedade japonesa.

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Na semana passada, o Cen-tenário da Imigração Japone-sa foi assunto nas TVs e prin-cipais jornais do País. A res-ponsável foi a produtora cul-tural e diretora da Yano’sQuality, Celina Yano,idealizadora do Projeto OlharNascente, que reuniu 140grafiteiros na Av. Paulista emhomenagem aos 453 anos dacidade de São Paulo e aoscem anos da imigração japo-nesa.

Centenário da Imigração Japonesa ganhavisibilidade com Projeto Olhar Nascente

MARCELA TAVARES

Fenivar e Uces elegem obeliscocomo marco do Centenário

REPRODUÇÃO

A Fenivar (Federação dasEntidades Nikkeis doVale do Ribeira) e a Uces(União Cultural e Espor-tiva Sudoeste), definiramos projetos que farão par-te das comemorações doCentenário da ImigraçãoJaponesa no Brasil. São13 no total e o principaldeles será a construção deum obelisco de 10m(foto), que ficará na entra-da de Registro. Tambémestão na pauta de proje-tos a vinda da família im-perial e a apresentação dabanda musical da marinhajaponesa.––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 5

Luz em dois casos de atropelamento no Japão: o pai de Patrícia Fujimoto, em entrevistaexclusiva ao Jornal Nikkei, dá a primeira versão à imprensa sobre o acidente que causoua morte de uma criança em 2005 e na próxima terça (6), o interrogatório de Milton NoboruHigaki dá prosseguimento ao primeiro processo criminal contra um brasileiro.–————————————————————————————––— | pág 4

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 de fevereiro de 2007

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Luciana Kulba,

Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

[email protected] ou [email protected]

MARCUS IIZUKA

Marcelo Hideshima, Paulo Tomio Minami, Roberto Quiyan, ShigeakiNakanishi, Roberto Tamashiro, Issao Minami, Ushitaro Kamia eCarlos Eduardo de Paula (foto divulgação)

Os professores Shigeaki Nakanishi e Toshio Nakagomi, daJapan Dental Technologists Association, em visita ao Brasil,foram recepcionados com um almoço no Gold China porrepresentantes políticos e de diversas entidades nipo-brasi-leiras, como Osamu Matsuo, Roberto Seiei Quiyan, HisashiSuzuki e Yoshio Minami.

Fachada da entidade

No dia 21 de janei-

ro, foi inaugurado o

novo prédio do

Kanagawa Ken-

jinkai - Associação

Cultural e Assistên-

cia Kanagawa. O

presidente da enti-

dade, Hiroshi Mu-

rata, participou do

ritual do “motitsu-

ki”. (fotos NikkeyShimbun)

Hiroshi Murata

No último dia 25, membrosdo Grupo Okinawa, coorde-nado pelo Lincoln Takara, vi-sitaram o Grupo Lwart, emLençóis Paulista, cidade quetem 60 mil habitantes. A em-presa, com 30 anos de fun-dação, atua nas áreas de lu-brificantes, celulose, fibrasespeciais e químicas (constru-ção civil, industrial e pavimen-tação). A família Trecenti ini-ciou o empreendimento comóleo usado e, atualmente, amaior parte da produção decelulose é exportada ao mer-cado americano, europeu ejaponês. A empresa emprega1.500 funcionário diretos e2.500 indiretos. Atualmente,o Grupo Okinawa conta com106 empresas associadas.

Katsumori Ueta, presidente doGrupo Okinawa

Eliane Oliveira da Silva, coord. de comunicação eErnesto Monte Neto, gerente geral da Lwart

Lincoln Takara com seus filhos e sobrinha

A foto recordação

Mudas e plantação de eucaliptos Fábrica de celulose

O projeto Olhar Nas-cente antecipou a home-nagem ao centenário daimigração japonesa noBrasil. No dia 28, asparedes do ComplexoViário Avenida Paulista/Dr. Arnaldo/Rebouçasserviram de espaço parao trabalho realizado porcerca de 140 artistas,que se inspiraram na cul-tura nipônica.

Sergio Kobayashi, CelinaYano e Koichi Nakazawa

Criações de vários artistas

• A Yamaha Motor pretendeaumentar a produção de mo-tos no Brasil de 250 mil para400 mil unidades, ainda em2007. A demanda anual noBrasil apresentrou crescimentona ordem de 20%. Outro ob-jetivo da montadora, segundoo jornal Fuji Sankei, é fortale-cer a produção nos mercadosda Brics (Brasil, Rússia, Índiae China)

• A Honda - que domina 80%do mercado -, também aumen-tou em 50% sua capacidadeprodutiva desde dezembro,para um total de 1,50 milhãode unidades

• Yoshio Noda é o novo dire-tor-presidente do Grupo FujiFilm, que engloba ascorporações Fuji Film e FujiXerox. Noda adquiriu fluênciana língua portuguesa depois de

Ooops!

A apresentadora Sabrina Sato inaugurou, no mês de janeiro, a Depil K, clínica dedepilação e estética instalada no bairro da Vila Mariana. Convidados, como fa-miliares e profissionais da mídia, compareceram para prestigiar a iniciativa.

Karina Sato Karim Sato Kika Sato Tânia Oliveira A apresentadora no novo empreendimento

trabalhar durante nove anos noBrasil, na década de 90, e tam-bém na Espanha e Portugal

• Existem três fábricas de ci-clo completo para a produçãode papel fotográfico da FujiFilm no mundo. Elas estão lo-calizadas na Holanda, Japão eEstados Unidos.

• A exposição Fotografia emPerspectiva, com curadoria deCarolina Soares, pode serconferida no MAM Ibirapue-ra até dia 4 de março, de terçaa domingo. A entrada é gratui-ta. Info: 5058-1300

• Inaugurada no dia 1º de ja-neiro, a exposição fotográficaMulheres Africanas, de Cel-so Bayo, continua em cartazaté dia 16 de fevereiro, no Es-paço Cultural Banco Central.Info: (11) 3491-6916

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São Paulo, 03 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 3

POLÍTICA

Empossados, deputados nikkeis prometem‘mandato de força’ para os 100 anos da imigração

Suor, emoção e dedica-ção. Três palavras queseparadas possuem seu

devido peso, mas que unidastornam-se um misto de eufo-ria e encantamento, além dedeixar transparecer todo o sen-timento de um ser humano.Pois é justamente essa combi-nação citada que pôde ser ob-servada na última quinta-feira(1º) no Plenário da Câmarados Deputados, em Brasília,local onde ocorreu a posse dosdeputados federais com man-dato até 2010. Dos “veteranos”– aqueles que buscam o segun-do ou terceiro mandato – porter a certeza de continuar seutrabalho por mais quatro anos,e, mais ainda, por parte dos“novatos”, 49% segundo cál-culos oficiais, especialmentepor sentir o prazer de pisar emum novo local que elevaráseus projetos de forma maisabrangente.

Dentro dessa leva de no-vos nomes que comporão oPlenário, três nikkeis se enqua-dram na definição acima. Sãoeles: Walter Ihoshi (PFL-SP),William Woo (PSDB-SP) eCássio Taniguchi (PFL-PR).Já o quarto que se junta ao gru-po – e que promete o mesmoempenho dos colegas – é o já“veterano” Hidekazu Takaya-ma (PMDB-PR). Juntos, elesprometem união em prol dascausas pró-comunidade, espe-cialmente das festividades doCentenário da Imigração, a sercomemorado no ano que vem.Ou, como eles mesmos defi-nem, cumprir o “mandato doCentenário”.

“Hoje, com 45 anos, é umgrande dia em minha vida. Éuma procuração que a socie-dade nos dá para levar adian-te as necessidades e urgênci-as. É o dia da posse, uma res-ponsabilidade muito grande eque nós teremos de honrar du-rante quatro anos. E tenhocerteza que aprenderei muitoaqui em Brasília”, afirmouIhoshi horas antes da posse,agradecendo os mais de 100

mil votos conquistados. “Gran-de parte dos votos vieram dacomunidade e podem ter cer-teza que farei de tudo paratrabalhar por eles. Fiquei re-almente surpreso positiva-mente por poder receber esteapoio dos nikkeis.”

Ihoshi agradeceu o apoio depessoas do Brasil inteiro, prin-cipalmente da população con-centrada no interior paulista.Inclusive, uma comitiva forma-da por cerca de 30 pessoasoriundas de cidades comoPompéia e Marília acompa-nharam o depuitado a Brasí-lia. Além de conhecer o gabi-nete, o grupo fez um city tourpela cidade e aproveitou paraestreitar o ralacionamento comoutros políticos do Distrito Fe-deral.

“São pessoas que me aju-daram muito durante a cam-panha e sei que estarão co-migo por um longo período”,lembrou ele enquanto cami-nhava pela Câmara e repara-va em alguns detalhes da“casa”. “Realmente é muitobonito. Ontem [31] dei umaentrevista para a TV Globo,expliquei que era meu primei-ro mandato. E, com isso, con-seguimos uma repercussão.Começamos com o pé direi-to”, disse Ihoshi.

Já Woo também demons-trou a mesma euforia do cole-ga paulista. Já “amarrando”contatos com outros políticosda Câmara e curioso para sa-ber como funciona o mais novolocal de trabalho - seu gabine-te ficará no anexo 4 enquantode Walter Ihoshi ficará no ane-xo 3 –, o deputado confirmoutudo o que fora falado desde aépoca em que era candidato.Entre as ações básicas, estãoa de levar projetos voltados àárea de segurança e infra-es-trutura e, claro, sem se esque-cer dos nikkeis. “É uma gran-de honra pisar aqui na Câma-ra e saber que já podemos ar-regaçar as mangas e trabalhar.A idéia é somar forças comoutras lideranças e aumentar

ainda mais as relações Brasil-Japão. Sem esquecer tambémdos nossos brasileiros que es-tão por lá como dekasseguis.Faltam projetos específicospara eles e, com toda a certe-za, não serão esquecidos”, dis-se o deputado.

Aos presentes, principal-mente assessores e nomes dosbastidores que conheceram etrabalharam com deputadosnikkeis no passado, a presen-ça de três descendentes naCâmara vem a preencher umalacuna deixada por grandesnomes que atuaram em Brasí-lia. Especialmente por DiogoNomura e Paulo Kobayashi,dois dos que mais tiveram pro-jeção na capital federal e quesempre lembravam dosnikkeis.

“Foram dois professoresque, acredito, ensinaram mui-to em termos de administraçãoe carinho pelo povo japonês.E, agora, tenho a convicçãoque nossa responsabilidade élevar adiante o que eles cons-truíram”, acrescentou Woo.Ao seu lado, Ihoshi lembrouainda que ambos deixaram umlegado “inquestionável”. “Oque eles fizeram não tem pre-ço. Foram duas lideranças quedeixaram enorme saudades esei que de algum lugar eles es-tão orgulhosos. Agora, vamosdar de tudo para que eles nosaplaudam onde estiverem”, fi-nalizou.

(Rodrigo Meikaru)

*O repórter esteve na posse a convi-te do deputado Walter Ihoshi

Walter Ihoshi, Cássio Taniguchi e William Woo: “dia mais importante da carreira”, além de promessas de união no Centenário

Câmara teve renovação de 49%, de acordo com cálculos oficiais

Além dos deputados fede-rais que tomaram posse na úl-tima quinta-feira, quem tam-bém demonstrou alegria empoder contar com mais “for-ça” em Brasília foi o ministrodo Superior Tribunal de Jus-tiça, Massami Uyeda. Pre-sente à posse, ele confirmouque os quatro anos que suce-derão serão “de bons ventospara a comunidade”.

Padrinho político do depu-tado Walter Ihoshi, o minis-tro afirmou que 2008, ano emque se comemora o Cente-nário da Imigração, será mar-cado como um período degrandes comemorações e,também, de impulsão nas re-lações bilaterais entre Brasile Japão. “Claro que quantomais nikkeis estiverem aquiem Brasília será melhor. Nãosó para a comunidade nipo-brasileira quanto para a po-

pulação em geral. E os no-vos deputados farão de tudopara incrementar as relaçõesentre ambos os países. É umaforça nova na Câmara quetrará idéias e muita energia”,disse o ministro.

Animado com a junção deforças, Uyeda destacou ain-da que grandes esperançasserão depositadas nosempossados, especialmentenos paulistas (William Woo eWalter Ihoshi), que, na visãodele, são de uma geraçãomais recente e com ideais se-melhantes.

“Sou suspeito de falar so-bre o Walter Ihoshi, principal-mente porque sei que ele é umjovem batalhador e com gran-des potenciais para brilhar nacarreira política. Assim comoWoo, os dois serão o elo deligação entre os nikkeis e o po-der público. Além, é claro, como Japão. Portanto, podemosesperar um mandato muitopositivo”, afirmou.

Mas nem tudo será “ummar de rosas” na visão do mi-nistro. Pelo contrário, pois ostrabalhos estão apenas come-çando e galgar posições den-tro da Câmara é uma tarefapor vezes espinhosa. “Com aascensão de nomes nikkeis, osjaponeses terão mais visibili-dade. O cenário prenunciacada vez mais dificuldades.Vamos encontrar nesses no-vos nomes que surgem a exa-ta força de vontade e, o me-lhor, o desejo de batalhar porum Brasil mais justo”, justifi-cou o ministro.

(RM)

Ministro Massami Uyeda demonstraotimismo para mandato de nikkeis

Ministro Uyeda confirma que ospróximos quatro anos “nãoserão fáceis” para deputados

Se os paulistas buscam re-cursos e verbas para o Cen-tenário, os paranaenses se-guem o mesmo caminho. Ali-ás, somente Hidekazu Taka-yama, pois Cássio Taniguchise licenciará do cargo na se-mana que vem para voltar aocargo de secretário de Desen-volvimento Urbano, Habitaçãoe Meio Ambiente do DistritoFederal.

Segundo o próprio depu-tado, “foi um pedido do go-vernador Arruda [José Ro-berto Arruda, do Distrito Fe-deral], um convite para po-der ajuda-lo a administrar acapital federal. Brasília estáprecisando de um choque degestão e muito me honra po-der me juntar ao governo”,destacou Taniguchi, acres-

centando que mesmo fora daCâmara ajudará a comunida-de nipo-brasileira. “Sempreestarei em contato com os de-putados nikkeis na Câmara,até para juntar forças para oCentenário. Especialmente noParaná, que possui a segundamaior concentração de nikkeisno Brasil.”

No Distrito Federal, ele li-dará com questões delicadas,caso das ocupações de resi-dências por parte dedesabrigados, além de tratar deassuntos como a preservaçãodo meio ambiente. “É um car-go de confiança do própriogovernador e que não puderecusar. São questões que seaplicam a todo o governo evenho com a convicção de queo Distrito Federal melhorarámuito durante os quatro anos.

Takayama será único nikkei paranaense; Taniguchi licencia-separa assumir Secretaria de Desenvolvimento Urbano no DF

Takayama vai para segundo mandato de olho no Centenário

Outro ponto importante é quenossa gestão dará continuida-de aos trabalhos sociais que fo-ram iniciados há alguns anos”,acrescentou ele, lembrandoainda que o Paraná não seráesquecido, podendo, inclusive,ser visitada para possíveis tro-ca de idéias e intercâmbio.

Antagônico em relaçãoaos sentimentos de euforiados três novatos, HidekazuTakayama caminhou peloPlenário com segurança dequem “conhece os caminhosde Brasília”. Em seu segun-do mandato, o pastor evan-gélico vibrou com a possibili-dade de contar com a ajudade Woo e Ihoshi, especial-mente no fomento das rela-ções bilaterais entre Brasil eJapão. Segundo ele, a missãode lutar praticamente de for-

ma solitária pela comunida-de era “complicado”. “De-sejo toda a sorte para os quechegam agora. E temos desentar para conversar sobreo que pode ser feito no Gru-po Parlamentar Brasil-Ja-pão, aumentar os contatos eestreitar relacionamentocom lideranças do Japão”,disse ele.

De fato, se dependerdas promessas feitas, o in-tercâmbio entre ambos ospaíses deve aumentar con-sideravelmente nos próxi-mos quatro anos. Das idéi-as proposta pelos três (Ta-kayama, Woo e Ihoshi),90% se voltam para as re-lações bilaterais, o que mos-tra envolvimento e compro-metimento com causas deinteresse dos nipo-brasilei-ros.

“Como descendentes dejaponeses, há uma obrigaçãode defender nossas causas ea cultura como um todo.Como estamos em Brasília,há um canal de comunicaçãoque pode se formar com oJapão. E isso, claro, depen-derá dos nossos esforços.Idéias novas virão para en-grandecer ainda mais esserelacionamento. O Centená-rio está aí e, como se sabe,em um primeiro momentovamos direcionar o foco paraas comemorações”, finalizouTakayama.

(RM)Taniguchi: convite irrecusável

FOTOS: JORNAL NIKKEI, AGÊNCIA CÂMARA E DIVULGAÇÃO

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 de fevereiro de 2007

DEKASSEGUI 1

Acusado de atropelamento, foragido do Japãopassa por primeiro interrogatório

No Japão, a indignação dapopulação – inclusive de mo-radores estrangeiros - contraaqueles que praticam crimese retornam aos países de ori-gem valendo-se da inexistên-cia de tratado de extradiçãofoi amenizada graças à aber-tura do primeiro processocontra um dekassegui brasi-leiro, em janeiro deste ano.Na próxima terça-feira (6),no Fórum Jabaquara, às 14 h,o caso do nikkei MiltonNoboru Higaki, que atrope-lou a estudante brasileiraMayumi Ochiai, na cidade deHamamatsu, Shizuoka, em1999, terá prosseguimentocom um interrogatório.

Em entrevista ao JornalNikkei, Higaki afirmou queentende e “adotaria a mesmapostura da família Ochiai”.“Hoje, sou pai de 2 filhos e tam-bém tenho que cuidar deles.Estou com medo do interroga-tório, mas estou pensando po-sitivo e vou cumprir com a mi-nha obrigação.”

As autoridades da provín-cia solicitaram ao governo bra-sileiro a responsabilização pe-nal do denunciado após os pais

não parei para ajudar porquetive muito de ser agredido, dopreconceito contra brasileiros.Se acontecesse isso com umjaponês, com certeza, ele nãocorreria o mesmo risco. Hoje,agiria de forma diferente por-que foi uma omissão de socor-ro. Mas não fugi para o Brasil,voltei porque já tinha passagemmarcada e meu pai estava do-ente”, explica.

Porém, segundo o boletimde ocorrência, “Higaki condu-zia o veículo da marca Nissan,agindo com culpa, modalidadesimprudência e negligência. Foiimprudente porque trafegavaem velocidade excessiva, apro-ximadamente 80 km/h em via

de Mayumi mobilizarem a po-pulação de Hamamatsu eKosai por meio de um abaixo-assinado.

Pena – Segundo o promotorresponsável pelo caso, MárioSarrubo, a pena pode variarde 2 anos e 8 meses a 6 anosou cumprida com serviços co-munitários, caso o indiciadoseja réu primário. “O proces-

so foi demorado por conta dastraduções dos documentoscom o depoimento das teste-munhas, mas o trabalho dapolícia japonesa foi perfeito.Agora é preciso ter paciênciacom o resultado. As testemu-nhas estão no Japão e devemvir ao País”, afirma.

Higaki afirmou que agiu porimpulso após o acidente. “Nãoestava em alta velocidade e

Milton Higaki: “Estou com medo, mas com pensamento positivo”

REPRODUÇÃO

cuja velocidade máxima permi-tida é 50 km/h. Foi negligenteporque descumpriu com seudever de atenção, pois dirigiade forma desatenta, não tendopercebido a aproximação davítima, não logrando, portanto,evitar o atropelamento.”

Estatísticas – Além disso, écitado que “após ter atingidoOchiai Mayumi, o denunciado,mesmo sem qualquer risco pes-soal, imediatamente deixou o lo-cal, arrancando com seu veículoem velocidade excessiva, dei-xando de prestar o devido so-corro à vítima. Momentos de-pois, abandonou o veículo numafábrica abandonada, retirou

suas placas, bem como seuspertences pessoais, evadindo-se.”

As infrações cometidaspor brasileiros no Japão ou emqualquer outro país podem serjulgadas no Brasil se o preju-dicado ou representante en-trar com um pedido de aber-tura de processo (leia maissobre o assunto na matériaabaixo).

Atualmente, o número ofi-cial de estrangeiros procuradospela polícia é de 652. Atrás ape-nas da China (281), o Brasil tem86 foragidos, dentre os quais 48são autores de crimes hedion-dos (estupro e assassinato).

(Gílson Yoshioka )

DEKASSEGUI 2

Pai de brasileira contesta versão da polícia edo casal Yamaoka sobre acidente no Japão

No dia 17 de outubro de2005, em um cruzamento na ci-dade de Kosai, os carros docasal Hiroaki e Rie Yamaoka eda brasileira Patrícia Fujimotocolidiram. O acidente provocoua morte da filha do casal, Riko,na época com 2 anos, escoria-ções no rosto da filha da brasi-leira e ferimentos leves nos de-mais envolvidos. Segundo apolícia japonesa, várias teste-munhas oculares afirmaramque ambos os veículos eramdirigidos por mulheres e que oacidente foi causado pelo car-ro da brasileira, que não haviarespeitado o sinal.

Devido à “alta possibilida-de da brasileira ter avançadoo sinal vermelho”, a delegaciade Arai, distrito de Kosai, emi-tiu ordem de prisão à Patrícia,mas afirma que a suspeita ha-via fugido para o Brasil seisdias após o acidente.

Em entrevista exclusiva aoJornal Nikkei em frente asua residência, no bairro Jar-dim Trussardi, em São Paulo,o pai de Patrícia, RobertoFujimoto, contesta as versõesda polícia e de Rie Yamaokana primeira declaração emdefesa da filha, que até o mo-mento não se pronunciou.

Fujimoto exige da polícia ja-ponesa maior precisão técnicae imparcialidade no caso. Eleafirma que o carro Works dePatrícia estava na via preferen-cial quando foi atingido peloWagon Noah conduzido porHiroaki Yamaoka, que teria ul-trapassado o sinal vermelho darua que cruza a avenida. Alémdisso, acusa o casal Yamaokade negligência por não ter co-locado a filha Riko na cadeirade segurança para bebês e le-vanta a hipótese de embriaguezdo motorista após passagemem festival realizado na noiteanterior do acidente.

“Por que as autoridades detrânsito não pesquisam cientifi-camente a veracidade dos fa-tos, deixando de lado a raça, acor e a discriminação? Por queo pai da menina não assume queestava no volante na hora doacidente? Será que ele tem re-ceio de perder o emprego e odireito de dirigir ou estava bê-bado?”, questiona Fujimoto,que sobre o paradeiro de Pa-

trícia informa apenas que a fi-lha está trabalhando atualmen-te como vendedora e hospeda-da em casa de amigos.

Em entrevista ao Shizuo-ka Shinbum, Rie Yamaokaafirmou que era a motorista eque o marido estava no bancotraseiro, junto com a filha, nomomento do acidente. Verifi-cou duas vezes o sinal antesde cruzar as vias antes de sen-tir uma batida forte do ladoesquerdo de seu carro. Ela ale-ga também que o casal não ti-nha ingerido bebida alcoólicana noite anterior e que esperaque mais testemunhas sejamouvidas.

“Patrícia parece não estarpreocupada e, por isso, achomuito injusta essa situação. Épreciso ouvir uma declaração, oposicionamento dela a respeitodo caso. Se ela estivesse arre-pendida, disposta a pagar a pen-são e os danos morais, aceitariaque o caso fosse julgado no Bra-sil. Mas se ela alegar inocência,quero que o julgamento ocorrano Japão”, justifica Yamaoka.

Retorno ou fuga para aoBrasil? - Acompanhado dogerente da Koa System, em-presa onde trabalhava Patríciae a irmã, Fujimoto foi prestarcondolências à família Yama-oka durante o velório de Riko.“O gerente me disse para sem-pre manter a cabeça baixa. Fuihumilhado e quase agredido e,ao sair de lá, fui coagido pelogerente a admitir que minhafilha passou o sinal vermelho”.

Fujimoto afirma, ainda, queo auxiliar da empreiteira demitiuPatrícia e a irmã. Ele acusa aempresa de não pagar os diastrabalhados, além dos direitos deseguro desemprego e saúde.“Fomos obrigados a desocuparo apartamento com todos nos-sos pertences comprados com

muito sacrifício. Esperávamos oapoio da empresa, não tínhamosa quem recorrer. Por isso, re-solvemos voltar ao Brasil. Nãofugimos”, explica.

A posição da empreiteirafoi divulgada em matéria re-cente do Shizuoka Shinbum.Nela, é alegado que o repre-sentante da empresa foi visi-tar Patrícia e a irmã para es-clarecimentos quanto à situa-ção e pagamentos, mas encon-trou somente os pertences dafamília abandonados no apar-tamento. Foi colocado tambémque, após o acidente, a empre-sa pediu que todos aguardas-sem a orientação da polícia.

Tratado de extradição - Hi-roaki e Rie Yamaoka entrega-ram o pedido de reconheci-mento oficial da organizaçãoGaikoku-jin Hanzai Higai noKai (Grupo das Vítimas deCriminosos Estrangeiros), noPalácio do Governo da Provín-cia de Shizuoka, em 17 de ja-neiro deste ano. O reconheci-mento oficial do Ministério daJustiça deve sair em abril.

Segundo o casal, o objetivoprincipal da organização (semfins lucrativos) é a reivindica-ção de um tratado de extradi-ção entre o Brasil e o Japão. Aentidade pretende também re-ceber doações e contribuiçõesfinanceiras para cobrir despe-sas para apoio às famílias dasvítimas de criminosos que serefugiam em outros países.

A campanha conta tambémcom a participação das famíliasOchiai (veja matéria acima) eMikami, que teve um membroassassinado. As evidênciasapontam que ambos os crimino-sos são brasileiros e se refugia-ram no Brasil. Juntas, as famíli-as já conseguiram mais de 70mil assinaturas em documentorequerendo o retorno de crimi-nosos brasileiros para o Japão.

Os criminosos brasileirosque cometem crime no Japãoe se refugiam no Brasil são jul-gados aqui. A extradição éinconstitucional no País, mashá um acordo de assistênciamútua judiciária. O Japão pos-sui tratados bilaterais de extra-dição apenas com os EstadosUnidos e a Coréia.

(GY)

Patrícia Fujimoto

REPRODUÇÃO

Vergonha de ser brasilei-ro. Esse sentimento comuma muitos residentes no exte-rior ou até mesmo no próprioPaís virou tema de um blogna internet. Residente emTóquio, o dekassegui cario-ca Anderson Lima é o res-ponsável pelo projeto. Paraele, “os brasileiros que falamjaponês fluentemente escon-dem a nacionalidade até al-guém ver o gaijin tooroku(documento de identidade deestrangeiros) ou perguntar opaís de origem”.

“Criei o blog para mostrarque o Japão é um local comgrandes problemas, apesar daimagem de ‘país modelo’.Também escrevo sobre as di-ficuldades de um não-descen-dente no país e as infraçõescometidas por brasileiros edemais estrangeiros”, expli-ca.

O próximo projeto de

Lima é realizar documentári-os em vídeo sobre assuntosnão veiculados na mídia, comoa pobreza, o abandono, apedofilia, entre outros. Apesarde acreditar que os brasilei-ros infratores no Japão te-nham um passado criminal noBrasil, Lima afirma que ou-tros fatores também influen-ciam nas faltas cometidas pe-los dekasseguis. “Falta forçade vontade aos brasileirospara se adaptar aos costumesjaponeses. Muitos acham queainda estão no país deles e,por isso, suas atitudes não sãoaceitas pelos nipônicos. Alémdisso, trabalham em jornadasde 12 horas por dia sem folgapara ganhar mais dinheiro.Isso (a possibilidade de retor-no financeiro) muda a cabe-ça da pessoa, que pode fazeralguma loucura se não conse-guir atingir sua meta”.

A delinqüência de filhos de

brasileiros também é uma re-alidade no Japão. Atropela-mentos, excesso de veloci-dade de carros e roubos sãoalguns dos delitos cometidosnão somente por adultos, mastambém por adolescentes.“Os pais não colocam os fi-lhos em escolas japonesaspor acharem que o idiomanão é necessário ou por medode que eles sofram algumpreconceito. As escolas bra-sileiras também são descar-tadas porque são muito ca-ras. Assim, a chance da cri-ança se tornar um problemana sociedade aumenta”, con-clui.

Além dos crimes, outrasreclamações do cotidiano,como o atraso de pagamen-to de aluguel, barulho e da-nificação de apartamentosprejudicam ainda mais a ima-gem dos nikkeis brasileiros.

(G.Y.)

Dekassegui cria blog ‘Vergonha de ser brasileiro’

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São Paulo, 03 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 5

*PAULO MAEDA

INTERCÂMBIO BRASIL-JAPÃO – A Aliança Cultu-ral Brasil-Japão do Paranáestá recebendo inscrições depessoas interessadas e quetenham o curso superior (3ºgrau), para participarem dointercâmbio entre a Aliançae a Universidade de Meio,(Okinawa-Japão), num perí-odo de 12 meses. Os can-didatos(as) devem arcar so-mente com as despesas depassagens. É necessário terconhecimento básico da lín-gua japonesa. Mais informa-ções poderão ser obtidas pelotel.: 43/3324-6418 ou na RuaParanaguá, 1782, em Londri-na. Os interessados deverãoapresentar currículo.

CURSO RÁPIDO DE JA-PONÊS, PORTUGUÊS – AEscola Modelo já está rece-bendo inscrições e matrícu-las para cursos rápidos de ja-ponês e de português para ja-poneses. Inscrições abertastambém para o curso normalde japonês para novas turmasde crianças e adultos.

CURSO DE CHINÊS – Emparceria com o professorHanpan estamos destinandouma sala para os interessa-dos em um curso de chinês(mandarin). Mais informa-ções com Márian pelo tel.: 43/3324-6418.

CONCURSO DE KANJI2006 – Informamos ao pes-soal que participou do Con-curso de Kanji 2006 que os

resultados e certificados doconcurso, realizado no dia 11de novembro de 2006, já seencontram na Escola Mode-lo, na sede da Aliança, RuaParanaguá, 1782, em Londri-na.

DIRETORIA DA ACBNBDE CURITIBA – Presiden-te: Jorge Yamawaki, Vice-presidentes: Cultural: YuichiOshima, Educacional: RosaOsaki, Beneficente: AkemiMarcela Fukui, Esportivo:Morihiro Suzuki. Secretário-Geral: João Tomio Nakamu-ra, 1º Secretário: YoshinoriJorge Jiyo, 2º Secretário: JoséShigueyoshi Kaku. Tesourei-ro Geral: Olímpio SadaoShigueoka, 1º Tesoureiro:Hélio Takayuki Yamaguti, 2ºTesoureiro: Reginaldo IwaoKassuia.

DIRETORIA DA ACEMA –A nova diretoria da Associa-ção Cultural e Esportiva deMaringá está assim constitu-ída: Presidente: EduardoSuzuki, Vice-Presidente:Denzo Komagone, Secretá-rio: Tuguio Soda, Tesoureiro:Tetsuro Nonose.

ASSEMBLÉIA DA ACEMA– A Assembléia Geral Ordi-nária acontece hoje (3), às14h em primeira convocação,e às 14h30 em segunda con-vocação, no salão da antigaCasa dos Estudantes sob apresidência de EduardoSuzuki. Na pauta, a presta-ção de contas, relatório dosdepartamentos e previsão or-çamentária para 2007.

PARANÁ

Informativo da Aliança Cultural Brasil-Japão doParaná e da Liga Desportiva e Cultural Paranaense

CIDADES/MARINGÁ

Complexo turístico vai retribuircontribuição japonesa à cidade

O cônsul cultural do Japãoem Curitiba, Toshinori Matsu-shiro, esteve em Maringá noúltimo dia 27 para conhecer amaquete do Parque do Japão,complexo turístico e culturalque deve ocupar uma áreacalculada em 100 mil metrosquadrados. Para o cônsul, oprojeto vai representar umaretribuição digna à comunida-de nikkei, que contribuiu muitopara o desenvolvimento domunicípio.

Na visita, o cônsul esteveacompanhado do deputado es-tadual Luiz Nishimori; inte-grantes da Organização daSociedade Civil de InteressePúblico “Parque do Japão –Memorial Imin 100”, criadapara elaborar e acompanhar aobra; de diretores da Associa-ção Cultural e Recreativa deMaringá (Acema) e outras li-deranças da comunidade nipô-nica.

A comitiva foi recepciona-da pelo superintendente doAeroporto Regional, MarcosValêncio, e pelo secretário deDesenvolvimento Urbano, Pla-nejamento e Habitação, WalterProgiante – que representaramo prefeito Silvio Barros.

A maquete foi feita por téc-nicos voluntários da cidade ja-ponesa de Kakogawa ecomplementada por técnicosmaringaenses, medindo 1,90mde comprimento e largura por40cm de altura.

Considerado o maior par-que japonês construído fora doJapão, o complexo abrigará umcentro esportivo com 12 milm², um espaço de 20 mil m²destinado à arte e cultura re-gionais, um teatro com capa-cidade para 500 lugares, alémde um centro de convenções.O projeto do Parque do Japãoprevê, principalmente, a im-plantação de um jardim impe-rial japonês, em princípio com46 mil m² de área. As obrasdevem ser concluídas em 2008.

Família imperial – Durantea visita, o cônsul assistiu àapresentação de um audiovi-sual mostrando detalhes doprojeto, foi presenteado comum exemplar do brasão domunicípio e seguiu, em comiti-va, até a área de construçãodo parque. “É uma iniciativaque demonstra respeito e ad-miração pela comunidade ni-pônica, reforça ainda mais aamizade entre Brasil e Japãoe, especialmente, a aliança eacordo de irmandade existen-tes entre Maringá e Kakoga-wa”, avaliou.

Toshinori Matsushiro asse-gurou que vai se empenhar noconvite feito pela administra-ção municipal para que a fa-mília imperial japonesa visiteMaringá para a inauguraçãodo complexo, prevista para odia 22 de junho do ano quevem.

Construção deve ocupar área de 100 mil metros quadrados

DIVULGAÇÃO

*Kuniei Kaneko

O prefeito de Registro, Cló-vis Vieira Mendes, o artistaplástico Yutaka Toyota e o pre-sidente da Associação Cultu-ral Nipo-Brasileira de Regis-tro (Bunkyo), Kunihiko Taka-hashi, firmaram no último dia25, o Contrato de Execução deObras das Esculturas Ambien-tais. Mundialmente conhecido,Toyota construirá sete monu-mentos ambientais em Regis-tro em comemoração ao Cen-tenário da Imigração Japone-sa no Brasil, que aconteceráem 2008. O projeto é patroci-nado pelo Banco Sudameris.

As obras serão colocadasna rodoviária, Praça dos Ex-pedicionários, em frente aChopparium, na Praça SilviaBertelli Maeji, na praça entreo Bunkyo e o CCI, na rotató-ria em frente a Caixa Econô-mica Federal e a última emfase de definição do local.

A idéia de construir escul-turas aproveitando peças deuma máquina de beneficia-mento de arroz – consideradaa maior da América Latina –partiu do secretário de Desen-volvimento Econômico e Em-prego de Registro, Manoel Chi-kaoka, que apresentou a suges-tão a Toyota.

A cerimônia de assinaturado contrato contou com as pre-senças da vice-prefeita InêsKawamoto; do presidente da

CIDADES/REGISTRO

Prefeitura e comunidade nikkei celebramoficialmente contrato de execução de esculturas

comissão executiva do Cen-tenário em Registro, HideoNassuno; do presidente daFenivar (Federação das Enti-dades Nikkeis do Vale do Ri-beira), Toshiaki Yamamura; do

diretor do Bunkyo, SatoruSassaki; do presidente doRgeistro Base Ball Clube(RBBC), Mário Sakugawa; edo presidente da Câmara Mu-nicipal de Registro, Nilton

Hirota, entre outros.Em seu discurso, o prefeito

destacou sua satisfação emparticipar da cerimônia. “Gos-taria de agradecer a todas aspessoas que contribuíram paraa realização deste projeto mui-to importante para o nosso mu-nicípio e a região do Vale doRibeira”, frisou.

Para Toyota, trata-se deuma obra para as gerações fu-turas. “Acredito que esta obraficará marcada para os sanseie yonseis e será um marco per-manente para a cidade. Pre-tendo me dedicar como nuncapara concluir este projeto etorná-lo a melhor obra da mi-nha vida. A partir deste mo-mento, a cidade de Registroficará conhecida como a cida-de cultural”, afirmou.

*Kuniei Kaneko é diretor de Divul-gação do Bunkyo de Registro

Toyota assina contrato observado por Clóvis e Chikaoka (em pé)

DIVULGAÇÃO

VALE DO RIBEIRA/SUDOESTE

Fenivar e Uces definem projetospara o Centenário da Imigração

Comitiva entregou dossiê, com 13 projetos, ao cônsul Nishibayashi

DIVULGAÇÃO

AFenivar (Federaçãodas Entidades Nikkeisdo Vale do Ribeira) e

a Uces (União Cultural e Es-portiva Sudoeste), entidadesque reúnem 34 Bunkyos devários municípios paulistas, en-traram, oficialmente, em con-tagem regressiva para as co-memorações do Centenário daImigração Japonesa no Brasilcom a definição dos projetos eeventos alusivos à data.

O dossiê foi entregue noúltimo dia 22 ao cônsul geraldo Japão em São Paulo,Masuo Nishibayashi, por umacomitiva integrada por ToshiakiYamamura e Helio Mori, pre-sidentes da Fenivar e Uces,respectivamente, além dos pre-feitos Clóvis Vieira Mendes(Registro) e Antonio CelsoMossin (São Miguel Arcanjo),e os deputados federais WalterIhoshi e Arnaldo Madeira, en-tre outros. Uma cópia do mes-mo documento foi apresenta-do à Associação para Come-moração do Centenário daImigração Japonesa no Brasil.

No total, são 13 projetos:construção de um obelisco comaltura de 10m em concreto ar-mado com gravação de todosos nomes das cidades parti-cipantes; recepção da famíliaimperial; recepção da BandaMusical da Marinha Japonesa;homenagem aos pioneiros; cul-to ecumênico; denominação deviadutos em Vargem GrandePaulista; Miss Centenário Re-gional (Uces e Fenivar); reali-zação do censo demográfico;edição de um documentário(Rota do Chá, Os Japoneses

no Vale do Ribeira) e MostraInternacional de Cinema SócioEconômico do Vale do Ribei-ra; jogos esportivos (tênis demesa, sumô, beisebol, judô eatletismo); jantar festivo com800 convidados; recepção da14ª Convenção Pan-America-na Nikkei (Copani) e 48ª Con-venção de Nikkeis JaponesesResidente no Exterior (KaigaiNikkeijin Taikai); e realizaçãode venda de rifa para arreca-dação.

Segundo Toshiaki Yama-mura, o marco principal será aconstrução do obelisco que fi-cará no cruzamento da Rodo-via Himpei Hiraide (SP-139)com a Av. Clara Gianoti deSouza na entrada da cidade deRegistro.

Em entrevista ao JornalNikkei, Yamamura disse quea obra deve custar cerca deR$ 120 mil, incluindo o projetopaisagístico. Para cobrir todos

os gastos, a Fenivar e a Ucescomeçam a vender, a partir dodia 10 de fevereiro, uma rifacontendo 100 mil números aopreço de R$ 10,00 o bilhete.

“Pode parecer exagerado,mas não é. Como são mais de30 entidades participantes,cada uma ficará com poucomais de três mil números”,explica Yamamura, acrescen-tando que a Uces/Fenivar fi-carão com apenas 30% dovalor arrecadado – outros 70%serão destinados às cidadesenvolvidas para as comemora-ções locais.

Yamamura explica que oConcurso da Miss CentenárioRegional seguirá o mesmo mo-delo. Cada cidade elegerá suarepresentante para a etapa fi-nal. As respectivas entidadestambém terão que vender umarifa para ajudar a cobrir os re-cursos. Nesse caso, o valorserá dividido entre as entidades

(70%), a Uces/Fenivar (20%)e as candidatas (10%).

Integração – “O pontapé ini-cial já foi dado com a defini-ção dos projetos. Optamos porprojetos que pudéssemos rea-lizar, mas não podíamos ficarde braços cruzados diante deuma data tão significativa”, co-memora Yamamura, lembran-do que, por consenso, Regis-tro concentrará as principaisatividades e obras. “Não foi in-tencional. Acatamos um pedi-do da própria Sudoeste já queRegistro ostenta o título deMarco da Colonização Japo-nesa. Além disso, de Registrosaíram imigrantes japonesespara outras localidades”, des-taca Yamamura, afirmandoque o principal benefício doCentenário não se resume àsconstruções. “As obras sãoabstratas. O mais importantedisso tudo é a integração queas comemorações do Cente-nário está proporcionando.Hoje, o Vale do Ribeira e a re-gião Sudoeste estão muito maispróximas. Essa união surgiunaturalmente e certamenteserá fundamental para o futu-ro”, observa Yamamura, lem-brando que o Bunkyo de Re-gistro, em parceria com a Pre-feitura local, tem seus própri-os projetos, como as constru-ções de um segundo torii narua Nakatsugawa (onde fica oBunkyo) e de um portal, alémdos monumentos assinadospelo artista plástico YutakaToyota (veja matéria nestapágina).

(Aldo Shiguti)

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 de fevereiro de 2007

GRAFFITI

Maior painel temático da América Latinahomenageia o Centenário da Imigração Japonesa

Matsuri dance, bon odori,yosakoi soran, sara-odori (dan-ça dos pratos), entre outrasmodalidades de dança típicasda cultura japonesa, fazemparte do currículo de apresen-tações do grupo Mimbu de Ri-beirão Pires.

Formado por jovens da As-sociação Nipo-Brasileira deRibeirão Pires, o grupo é diri-gido pelo casal Hiroshi e ToshieKawazoe, representante doMimbu e professora de dan-ça, respectivamente.

Em parceria com o grupode dança do DepartamentoJuvenil da Associação Cultu-ral e Assistencial da Liberda-de (Acal), a coreografia dasensei Toshie rendeu a amboso terceiro lugar na categoriajuvenil na 2ª edição do Festi-val de Yosakoi Soran. No mes-

YOSAKOI SORAN

Grupo Mimbu garante sucesso em festival através de laços de amizade

mo ano, o grupo faturou a me-dalha de prata na categoriaadulta.

Segundo Hiroshi, a princi-pal meta do Mimbu é fazeramizade com outros partici-pantes e promover intercâm-bio de informações. “Isso é

importante e vale destacar queessa amizade não é restritaapenas entre nikkeis. Temoscontatos com grupos de não-descendentes que apreciam adança japonesa”, explica o re-presentante, que acrescentaque foi a amizade entre os gru-

pos que resultou na união parao Yosakoi Soran. “Sempre en-contrávamos o grupo da Acalem eventos como Toyo Ma-tsuri e Tanabata. Nosso obje-tivo não é criar concorrentese sim amigos”.

Além da parceria com aAcal, o grupo já se apresentoucom integrantes da AcademiaJanina, famosa em RibeirãoPires. “Muitos são brasileiros.Isso que eu acho importante:poder divulgar essa nossa cul-tura e torná-la interessante aosolhos de quem não é descen-dente”, explica Hiroshi.

Convites - O interesse deHiroshi pela dança se manifes-tou quando assistiu a uma apre-sentação de sara-odori. “Erauma festa do Nagazaki Kenjin-kai. Lembro-me de ter visto a

dança e achei muito interes-sante. A partir daí, eu e minhaesposa desenvolvemos umaprogramação de aulas e ensai-os para vários tipos de dançastípicas japonesas”, conta.

Em relação ao YosakoiSoran, Hiroshi e sua esposareceberam uma fita de vídeoque mostrava uma dança vi-brante e com movimentos pre-cisos. Com a realização do fes-tival no Brasil, o grupo se inte-ressou, resolveu participar efaturou um lugar no pódio.

Atualmente, o Mimbu rece-be diversos convites para par-ticipar de eventos da comuni-dade nipo-brasileira. “Tenta-mos ir em todos, mas fica difí-cil porque a maioria dos inte-grantes é jovem e eles estu-dam ou trabalham”, justificaHiroshi.

Para este ano, quando serárealizada a 5ª edição do even-to, a sensei Toshie não confir-ma a participação do grupo, jáque os ensaios exigem muitotempo dos integrantes. Ela sededica a estudar outras propos-tas, como ensinar a dança doYosakoi para o grupo da Acale do Seinen de Recife.

Hiroshi ressalta que osconvites partiram dos própri-os grupos, que os chamarampara ajudar nos ensaios. “Nogrupo de Recife tem váriosrapazes, por isso o grande in-teresse em Yosakoi Soran, queexige força e movimentos rá-pidos. Nosso grupo tem faci-lidade de participar junto comoutros e temos que incentivaresses laços de amizades eparcerias”, afirma.

(Aline Inokuchi)

Grupo conquistou medalha de prata na categoria adulto na 2ª edição

REPRODUÇÃO

Transtorno no trânsito daPaulista, principalmentepara quem pensava em

pegar o acesso a Rebouças oua Dr. Arnaldo, no final da ave-nida. Cones interditavam aspistas e funcionários da Com-panhia de Engenharia de Trá-fego (CET) controlavam osmotoristas. Em meio a situa-ção caótica, petiscos e refri-gerantes eram servidos dentrodo complexo viário, onde so-mente pedestres entravam li-vremente.

A cena inusitada, numa tar-de de domingo, era acompa-nhada pelo público que apre-ciava uma verdadeira galeriade arte ao ar livre num doscartões postais mais tradicio-nais da metrópole. Mais umavez, o reduto do graffiti paulis-tano recebe o colorido das tin-tas. No entanto, desta vez, ostraços deixados são em home-nagem aos cem anos da imi-gração japonesa no Brasil etambém como parte dos fes-tejos dos 453 anos da cidadede São Paulo.

Inspirado na Era Edo, naqual eram feitas pinturas parao povo, o projeto Olhar Nas-cente surgiu com “a idéia deprestigiar a cultura japonesa demaneira moderna”, conta aprodutora cultural e diretora daYano’s Quality, Celina Yano.Com o objetivo claramentedefinido na mente, a escolhapela arte urbana se deu pela“força que o graffiti tem e peloacesso a todas as pessoas, in-dependente de ser crianças,idosos, rico ou pobre, por es-tar na rua” completa.

Celina firmou parceria coma Prefeitura da Cidade de SãoPaulo, a Associação PaulistaViva e artistas de expressãopara promover a execução edar “cara nova” ao túnel emfunção das comemorações. Aprodutora também celebra os40 anos da história de sua fa-mília, fundadora do Grupo

Yano, empresa especializadano planejamento e execuçãode eventos.

Nas paredes, a marca decerca de 140 grafiteiros empinturas sobre a história, a cul-

tura, o povo e a chegada dosnipônicos ao País cobre toda aextensão da passagem. Frutode um trabalho iniciado namadrugada da última sexta-feira de janeiro (26) e finaliza-

do somente no domingo (28),quando foi realizado um even-to para simbolizar a entrega,com direito a presença de au-toridades nikkeis e do prefeitode São Paulo, Gilberto Kassab.

MARCELA TAVARES

Projeto Olhar Nascente revitalizou o túnel da Paulista com desenhos inspirados na cultura japonesa

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Zeila, os grafiteiros Jerry e Bongo e Celina Titi Freak, que embarca para o Japão em fevereiro

Apesar da ação concreti-zada, Celina Yano não encer-rou as homenagens e come-morações que pretende fazerao Centenário e aos 40 anosde sua empresa. Segundo osplanejamentos, o ProjetoOlhar Nascente ainda terácontinuidade com os grandesmurais que privilegiará a Av.Paulista, o Elevado Costa e

Outros projetos...Silva e a Av. 23 de maio.

Além do trabalho decorati-vo, Celina tem planos para pre-parar um festival gastronômi-co, cujo título deve ser “Japãoem Japão”, para apresentar areleitura dos pratos típicos epromover a cultura local. Ou-tros aspectos tradicionais ga-nham espaço de divulgaçãocom o evento que englobará

palestras e exposições sobrebushidô, chadô, kadô, shodô,e origami.

Há também o livro “Nos-sos Esportistas Japoneses”,uma exposição para abordaras contribuições da comuni-dade nipo-brasileira e o do-cumentário da imigração ja-ponesa sob o olhar ocidental.

(CH)

Conhecido como TitiFreak, o artista HamiltonYokota, 32, que participou doprojeto Olhar Nascente, seprepara para embarcar rumoao Japão. No próximo mês,ele pega suas malas e viajanovamente para Osaka, noJapão, a convite da própriagaleria que irá expor seugraffiti.

Essa não é a primeira vezque o nikkei entra no aviãopara divulgar seus trabalhosfora do Brasil. Freak afirmaque já “mostrou o que sabefazer” em lugares comoMadrid, Berlin e Nova York.As experiências ele definecomo “bem legais e únicas”.E mais uma vez, o artista voapara o lugar que inspira seustrabalhos: na terra em que “as

Artista Nikkei irá expor seustrabalhos no exterior

pessoas usam o que vem acabeça, qualquer coisa comqualquer cor”.

É essa ousadia na modaque o atrai. E não é por aca-so, visto que não é somentecom a técnica dos desenhosfeito com spray que o artistatrabalha. Como sempre gos-tou de moda, ele chegou a tersua própria marca, em 1996,a FreakArt. Foi daí que sur-giu o apelido Titi Freak. Elechegou a ser convidado paratrabalhar em marcas famo-sas, como Nike, Adidas, Ecko,Ellus, Triton, NewSkate, AllStar, entre outras. Atualmen-te, trabalha em sua casa, commoda, graffiti e ilustração,arte pela qual Freak iniciousua carreira.

(CH)

Para animar os visitantes, opalco recebia atrações da cul-tura oriental e da arte de rua.

A elaboração – Para montara estrutura, a organização con-vidou artistas de galerias,ONG’s e coletivos para inte-grar o projeto. O espaço foi di-vido de acordo com o númerode representantes de cada lu-gar e a desenvoltura dos traba-lhos foi particular de cada um.“A disposição dos desenhosdentro do espaço e a interpre-tação ficou a critério de cadaartista, cada grupo” explica odesigner e também curador doevento, Binho Ribeiro.

Para facilitar a criação, foirealizada uma apurada opera-ção histórica em sua primeiraetapa. Um trabalho de pesqui-sa e consultoria de CarlosGlaujor, da Universidade deSão Paulo (USP), sobre a his-tória do Japão, e também dedireção artística para selecio-nar as passagens mais

ilustrativas de cada período.A continuidade do proces-

so ocorreu por meio de reuni-ões e escolha dos temas. São15 títulos que vão desde a cri-ação do mundo segundo a mi-tologia japonesa, passandopelo budismo e pelos samurais,até a própria chegada ao Bra-sil. Tecnologia, mangás e tatu-agens também foram explora-das pelas cores e formas dospray. “Uma produção de arteque tem o sentimento deunião”, classifica

Na voz dos artistas – Emmeio às assinaturas nas mani-festações artísticas podem serencontrados nomes importan-tes do cenário. Dentre eles, umdos precursores do graffiti, oartista plástico e urbano WalterTada Nomura, 33, o Tinhocomo é conhecido. Seu grupoescolheu como tema a imigra-ção japonesa no Brasil. “Porafinidade de tema”, justifica.

(Cibele Hasegawa)

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São Paulo, 03 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 7

VOLTA ÀS AULAS

Resistência das crianças à escola pode serinfluenciada por comportamento dos pais

Entender o universo das crian-ças é a melhor forma de lidar comos problemas surgidos na épo-ca de volta às aulas. Abaixo, se-guem algumas dicas de especia-listas para os pais proporciona-rem a base necessária para o de-senvolvimento dos filhos duran-te a vida escolar.

• Adaptação à nova rotina: ado-tar o horário escolar uma semanaantes das aulas começarem paraque os filhos possam se acostu-mar a nova rotina. Ressaltar osaspectos positivos da vivênciana escola, como a possibilidadede fazer novas amizades e o con-tato com professores;

• Mostrar segurança: a criançavê o mundo com os olhos dospais. Se a mãe demonstra medodo trânsito ou o pai acha ruimter que acordar cedo, os filhos

provavelmente sentirão o mes-mo;

• Participação na vida da cri-ança: apesar da maioria dospais conciliar a profissão comos afazeres domésticos, hojeem dia é preciso guardar umpouco de suas energias paraconversar com os filhos e umbom tema é falar sobre o diadeles na escola;

• Cumprir as promessas: se amãe promete buscar a criança às17 horas na escola, é necessáriocumprir o horário. É precisoantever as dificuldades ou im-previstos que podem surgir du-rante o dia para não gerar ansie-dade nos filhos. A quebra de umapromessa faz a criança se sentirabandonada e, dependendo daidade, ela não entende que a mãeestá atrasada.

Confira algumas dicas para lidarcom as crianças na volta às aulas

A Fundação Japão organi-za, no mês de março, o cursode Japonismo, composto dedois módulos: “Japonismo”,aulas teóricas sobre esta revo-lução estética, com o profes-sor Luiz Carlos da SilvaDantas, e “Investigações so-bre o Japonismo”, aulas práti-cas com a dançarina e coreó-grafa Denise Curtouké. Cadamódulo será composto de oitoaulas, sendo as inscrições in-dependentes para o curso teó-rico e o prático.

Professor de teoria e histó-ria literária do curso de pós-graduação da UniversidadeEstadual de Campinas e repre-sentante do Departamento deTeoria Literária do Instituto deEstudos da Linguagem no Pro-grama de História da Arte eda Cultura, Luiz Carlos Dantasabordará o histórico sobre oJaponismo, o Japonismo e acor, o “ukiyo-e” e a pinturaeuropéia de vanguarda, ClaudeMonet. Edgar Degas, Van

CULTURA

Japonismo é tema de curso na Fundação Japãocurso.

As inscrições devem serfeitas pelo e-mail:[email protected]. As inscri-ções das aulas teóricas e prá-ticas devem ser feitas separa-damente. Para as aulas teóri-cas as 100 vagas serão preen-chidas de acordo com a ordemde chegada e para a aula prá-tica (30 vagas) haverá seleçãode candidatos (os currículosdevem ser enviados até 15 defevereiro para análise).

CURSO JAPONISMOLOCAL: ESPAÇO CULTURAL – FUNDAÇÃO

JAPÃO EM SÃO PAULO (AV. PAULISTA,37, 1º ANDAR – SÃO PAULO)QUANDO: SEGUNDAS E QUARTAS-FEIRAS

DO MÊS DE MARÇO (DIAS 5, 7, 12, 14, 19,21, 26 E 28)AS AULAS TEÓRICAS SERÃO MINISTRADAS

DAS 14 ÀS 16H E AS PRÁTICAS DAS 16 ÀS

18H.INSCRIÇÃO: INSCRIÇÕES PELO EMAIL

[email protected]

MAIS INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/3141-0110

Gogh, o pós-impressionismo eas artes do final do século 19,e o Japonismo literário: PierreLoti, Lafcadio Hearn e PauloClaudel.

Nas aulas práticas, DeniseCurtouké, que teve contatoscom mestres de butô comoAkira Kasai, Yukio Waguri eTadashi Endo, pretende inves-tigar, em oito aulas, alguns prin-cípios da construção pictórica

no Japonismo e como estespodem ser lidos pelo corpo eresultar em tempo e espaço.A construção pictórica servirácomo metáfora poética para acriação em dança, sugerindoassim uma poética do corpopara o bailarino. Na últimaaula do curso os alunos irãoapresentar uma breve perfor-mance de sua autoria com in-formações colhidas durante o

Inscrições para os cursos estão abertas; vagas são limitadas

DIVULGAÇÃO

ãaaaae, nãoquero ir pra es-cola hoje!”.

Todo mundo já ouviu, disse ou,pelo menos, teve a vontade defalar essa frase um dia. Osmotivos para essa resistênciatão comum em crianças sãodos mais variados: desde umasimples preguiça até distúrbi-os neurológicos mais sérios.Identificar os problemas en-frentados pelas crianças é umatarefa nada fácil e que requer,muitas vezes, ajuda de profis-sionais.

O mês de fevereiro chegoue é hora das crianças voltaremàs aulas. Para especialistas,porém, é preciso estar atentoao calendário e entender quea adaptação à nova rotina devecomeçar um pouco antes. Ospais são os principais respon-sáveis pela educação dos filhosdentro de casa e suas atitudes,as palavras e a forma de en-carar o convívio escolar po-dem influenciar decisivamen-te no interesse da criança pe-los estudos (veja box).

Segundo o psicólogo nikkeiMárcio Miyamoto, atualmen-te as relações pessoais das cri-anças estão mais restritas. “Écomum as crianças terem pou-cos primos e irmãos porque asfamílias estão reduzidas. Issosignifica que o contato maiordas crianças é com os adultos.Antigamente, elas estavammais preparadas para o con-tato com outras porque costu-mavam brincar nas ruas comamigos do bairro e até paren-tes da mesma faixa etária”.

Detectar a rejeição de cri-anças até os 10 anos é maisfácil porque geralmente elaschoram e os pais podem obtermais informações, já que o po-der de controle é maior atéessa idade. Com os pré-ado-lescentes, porém, a estória éoutra: apesar de dificilmenterecorrerem ao choro ou con-fessarem suas dificuldades,eles apresentam sintomas des-sas dificuldades.

“Por trás de uma dor debarriga pode estar o medo davida escolar. Eles preferem

adotar posturas alternativas emvez de enfrentar o problema,como estar em classe semprestar atenção às explicaçõesou até mesmo cabular aula”,afirma a psicóloga e ex-profes-sora do ensino fundamentalFabiana Miyamoto.

Além disso, dificuldades derelacionamento, perturbação,ansiedade, falta de disposiçãopara brincar, perda de apetite,dificuldades de concentraçãoe aprendizagem são alguns dossinais de que a adaptação doaluno à escola não é das me-lhores.

Apesar de tudo, o exemplomais claro de que a integraçãoà vida escolar é possível é amaior aceitação das crianças

aos cursos de férias. Apesardas condições serem favorá-veis – mais atenção dos pro-fessores, menos preocupaçãoe cobrança para todos os en-volvidos -, os pais precisamencarar com a mesma natura-lidade o início das aulas, alémde não sobrecarregar as cri-anças com excesso de ativida-des. O professor, por sua vez,também deve enxergar os li-mites do aluno para não fazercobranças excessivas. “Ascrianças precisam de respon-sabilidades, mas também detempo livre para fazer o quegostam”, complementaFabiana.

Ajuda profissional e a esco-

la hoje – O primeiro empeci-lho para buscar ajuda é o re-conhecimento dos próprios li-mites. Muitos pais preferemnão procurar auxílio profissio-nal para não acentuar o senti-mento de culpa. Porém, casosmais graves como fobias edoenças como o déficit deatenção ou a hiperatividadenão podem ser solucionadospor melhor que sejam o lar eos ambientes freqüentadospela criança. “É preciso cora-gem e força para admitir anecessidade de assistência. Asgerações passadas não sãofamiliarizadas com o contextoatual”, explica Fabiana.

Sim, as escolas tambémmudaram – e muito. Com aconcorrência acirrada, muitasinstituições oferecem atrativosdos mais variados, mas quepodem prejudicar o desenvol-vimento do aluno. Algumaschegam a hospedar criançasna véspera do fim de semanapara atender exclusivamenteàs necessidades de algunspais.

Além disso, as escolas são,cada vez mais, responsáveispela educação dos alunos. Atarefa é inglória porque as es-colas estão lotadas, o que tor-na impossível a atenção indi-vidual aos alunos. A escolha do

GUILHERME FREITAS

“M

Resistência também pode ser causada por distúrbio neurológico

local mais adequado para rea-lizar os estudos também é fun-damental para o desenvolvi-mento.

Mas, apesar de todas as di-ficuldades, Fabiana afirma queainda é possível proporcionaras condições necessárias parao bom aproveitamento e de-sempenho das crianças na es-

cola. “Conheço mães que nãotrabalham, mas passam o diainteiro em frente ao computa-dor ou na TV, ao passo que ou-tras trabalham e utilizam o pou-co tempo de forma adequadacom os filhos. O importante éa qualidade, e não a quantida-de”, conclui.

(Gílson Yoshioka)

Estão abertas as inscriçõespara o “Curso básico de postu-ra profissional, língua e culturajaponesa para dekasseguis”,promovido pela AssociaçãoBrasileira de Dekasseguis(ABD). O curso é destinado àspessoas que desejam ir traba-lhar no Japão pela primeira vez,já que ensina questões básicaspara que os dekasseguis pos-sam se adaptar melhor não ape-nas no trabalho, mas tambémna sociedade japonesa.

“Neste curso, vamos ensi-nar a escrita e a conversaçãobásica na língua japonesa paraque o trabalhador possa se vi-rar no Japão”, comenta a pre-sidente da ABD, Maria Hele-na Uyeda, ao explicar que oparticipante também iráaprender sobre o comporta-mento adequado dentro deuma fábrica para que, comestes conhecimentos, possaamenizar as dificuldades na

chegada ao Japão.Ministrado voluntariamen-

te pela professora Irene Eguti,que morou 6 anos e meio noJapão, o curso tem duração dedois meses e as aulas ocorremduas vezes por semana, às ter-ças e quintas-feiras, das 9h às10h30. O valor total do cursoé de R$ 50,00 (o valor cobra-do serve para pagar despesasde material e de local).

CURSO BÁSICO DE POSTURAPROFISSIONAL, LÍNGUA ECULTURA JAPONESA PARADEKASSEGUISQUANDO: INÍCIO DAS AULAS EM

FEVEREIRO (AULAS AS TERÇAS EQUINTAS-FEIRAS, DAS 9 ÀS 10H30)DURAÇÃO: 02 MESES

VALOR: R$ 50,00ONDE: HARA PALACE HOTEL (AV. IGUAÇU,931 – REBOUÇAS – CURITIBA – PR)MAIS INFORMAÇÕES E/OU INSCRIÇÕES:TEL: 41/3233-8449 OU

[email protected]

EM CURITIBA

ABD promove curso voltadoa futuros dekasseguis

Quatro anos de trabalho emescolas públicas com criançasresultaram na tese de mestradoda psicóloga nikkei Kyoko Na-kagawa. Os estudos sobre asociedade japonesa propiciamuma análise do comportamentonão só de alunos, mas tambémde japoneses e nikkeis. Em en-trevista ao Jornal Nikkei,Kyoko afirma que as dificul-dades das crianças na vida es-colar no Japão dificilmente sãosuperadas, ao passo que, noBrasil, há maior possibilidadede ascensão social.

Apesar do quadro desfavo-rável no país asiático, Kyoko

afirma que a situação não étraumatizante para os crianças.Numa sociedade homogêneacomo a japonesa, a posição so-cial é claramente definida paraas crianças desde a infância.“No Brasil, as chances de fazeruma boa faculdade e conquis-tar outro patamar são maiores”,afirma.

Com raras exceções, as cri-anças nikkeis não se adaptam aosistema educacional nipônico,principalmente devido à neces-sidade de ler, escrever e falarfluentemente o idioma. Alémdisso, não contam com privilé-gios dos japoneses, como aulas

DEKASSEGUIS

“A ‘cultura da vergonha’ e a ‘cultura de grupo’ são uma grande influência para os nikkeis”de reforço e cursinho para ovestibular, por causa do altocusto. Dessa forma, interrom-pem os estudos e entram nomercado de trabalho na épocado colegial.

Quando a família retorna aoPaís, as filhos de dekasseguisoferecem resistência à escoladevido às dificuldades de(re)adaptação à sociedade bra-sileira. “Elas não estão acostu-madas com o vocabulário usa-do nas escolas. Palavras comoadição e subtração, por exemplo,não são usados no dia-a-dia. Elasnão entendem e se sentem in-competentes”, explica Kyoko.

“A ‘cultura da vergonha’ e a‘cultura de grupo’ do Japão sãouma grande influência para osnikkeis e o maior entrave para abusca de ajuda. Para pertencerao grupo, é preciso ser reco-nhecido e aceito. Por isso,quem destoa, tanto para melhorquanto para pior, sofre repre-sálias. Os japoneses aprendemque devem ser auto-suficientese competentes. Quando buscamajuda já apresentam um quadrocrônico, diferentemente dosocidentais”, acrescenta a psicó-loga.

Uma dos indícios dessa uni-formidade é o costume de usar

o sobrenome para ser identifi-cado. A família acaba se tor-nando mais importante que oindivíduo. Apesar da invasãoamericana, e a conseqüentemudança das leis e do siste-ma, na prática, muitas coisascontinuam as mesmas.

Talheres, sapatos e roupasocidentais estão mais relacio-nados aos aspectos visíveis dacultura. Jovens de cabelos co-loridos adotam um visual re-belde, mas depois de forma-dos na universidade retomama antiga aparência porque pre-cisam arrumar um bom em-prego. (G.Y.)

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 de fevereiro de 2007

TURISMO

Porto Seguro é destino para quemprocura beleza natural e agitação

Conheça as praias de Porto Seguro

Taperapuã – A mais freqüentada praia da cidade. Possuigrandes barracas e hotéis de qualidadeMundaí – Localizada na orla norte, é mais freqüentada porfamíliasCruzeiro – Situada no centro, tem águas escuras e 1 km deextensãoCuruípe – Localizada a 3 km da cidade, é uma praia depoucas ondasItacimirim – Praia de areia fina, com 1 km de extensãoPonta Grande – Possui ondas fortes e areia brancaMutá –É a última praia do litoral norte de Porto Seguro e fazdivisa com Coroa Vermelha

Cerca de cinco minutos detravessia de balsa, sobre o rioBuranhém, separam Porto Se-guro do litoral sul, onde estáArraial d’Ajuda. Um dos pon-tos turísticos do País, o localtambém atraiu o casal Fumiakie Sueli Yamada, que deixaramSão Paulo no final de 2004 embusca de qualidade de vida.

A princípio, a idéia era abriruma pousada, mas problemasna negociação fizeram comque o casal repensasse no

empreendimento. Desde en-tão, eles estão à frente do res-taurante asiático Godzilla.“Em duas semanas nós mon-tamos a casa, criamos o car-dápio e contratamos mão-de-obra”, conta Sueli, que se ins-pirou na paixão do marido pelopersonagem para escolher onome do estabelecimento.

O objetivo da casa é ofere-cer um menu tradicional, quetraga aos clientes a culináriaautêntica da região. Para tan-

to, os proprietários têm de im-portar produtos e contam commais de 10 tipos diferentes domolho shoyo. “Mas eu tam-bém tive de adaptar alguns pra-tos ao paladar brasileiro paranão perder mercado”, justifi-ca a nikkei. Um dos mais pe-didos é a sopa tailandesa, comleite de coco, verduras e pi-menta.

Fumiaki e Sueli se conhe-ceram no Japão, na época emque ela foi trabalhar num ho-

tel, e lá se casaram há seteanos. Cansada do estresse dametrópole, ela sugeriu que elesbuscassem um local mais tran-qüilo para viver. A sugestão deArraial d’Ajuda partiu de Su-eli, que já tinha se encantadopelas praias da Bahia. Apesarda bela vista, a nikkei diz quecontinua na correria. “Não te-nho tempo para nada e temosde trabalhar muito porque con-seguir mão-de-obra aqui écomplicado”, desabafa.

Sob os cuidados de um issei, Godzilla leva a culinária asiática a Arraial d’Ajuda

Há mais de 500 anos, desembarcou na cidadePedro Álvares Cabral.

Os tempos passaram e alémdos portugueses, Porto Segu-ro se tornou destino de diver-sos estrangeiros e brasileirosvindos de todo o País em bus-ca das riquezas da Bahia. Tom-bada pelo Instituto do Patrimô-nio Histórico e Artístico Naci-onal (IPHAN), desde 1973,como Patrimônio HistóricoNacional e reconhecido pelaUnesco, no ano 2000, comoPatrimônio Natural da Huma-nidade, a cidade abriga parteda história do desenvolvimen-to do Brasil.

Entre edificações e peçasvaliosas do século XVI, estãoo Marco do Descobrimento,trazido de Portugal por Gon-çalo Coelho, em 1503; a Igre-ja de Nossa Senhora da Pena,padroeira da cidade, com suatorre toda em louça de Macau;e a Casa de Câmara e Cadeia.

Os atrativos históricos dacidade marcaram o massotera-peuta e ex-BBB Jean Massu-mi. “Todo ano vou a Bahia e,em 2003, visitei Porto Seguro,Trancoso e Arraial d’Ajuda.Uma sugestão para os turistasé não deixar de visitar o Marcodo Descobrimento”.

O nikkei define a cidadecomo um local “para quem nãoprocura sossego”. “Existempraias mais bonitas que as delá, mas a infra-estrutura é mui-to boa e há muitas opções paraquem procura por agitação”,afirma Massumi, que destacaa Passarela do Álcool, um dosprincipais cartões-postais dacidade.

Antigos armazéns e casasde pescadores compõem o ba-dalado ponto turístico, onde po-dem ser encontrados bares, res-taurantes, butiques e lojas. Ànoite, barraquinhas tomam con-ta da calçada para oferecer aosturistas peças de artesanato lo-cal, produzidas em coco e ma-deira, e também bebidas alcoó-licas, como o famoso Capeta,mistura de vodka, guaraná empó e leite condensado.

Dia x Noite – Para quem bus-ca o contato com a natureza,há passeios de escuna, mergu-lhos, trilhas ecológicas e visi-tas a reservas indígenas. NoParque Municipal Marinho do

Recife de Fora podem ser en-contrados 16 das 18 espéciesde corais existentes no mun-do, como o octoral, coral-cé-rebro e coral-de-fogo.

Destino de muitos gruposde formandos, a estudante demedicina Adriana Myiashirotambém comemorou o fim doensino médio com os amigosem Porto Seguro. De dia, oprograma era explorar as be-lezas naturais. Já à noite... “Erabalada todo o dia. Teve umamuito legal que era cheia deaquários. Tinha até tubarão”,relembra a nikkei, que passouuma semana na Bahia e diz quese surpreendeu com o local. “Éuma viagem que eu indicariapara grupos”.

As cabanas de praia e ca-sas temáticas oferecem, a cadadia, uma festa diferente aosvisitantes, que podem curtirfogueiras à beira mar e diver-sos shows que vão desde a tra-dicional música baiana axé até

uma tranqüila seleção de MPB.Não ficam de fora a lambadae o forró.

A culinária também agradaa todos os gostos. A gastrono-mia baiana pode ser aprecia-da pelos vatapás, moquecas,acarajé, feijoada, caruru esarapatel. Mas não é precisoandar muito para encontrar detudo, como pizzarias, lancho-netes e até restaurantes japo-neses.

A agência de turismoAlfainter escolheu a cidadebaiana como destino para opróximo roteiro. O pacote in-clui passagem aérea, translado,hospedagem com meia pen-são, city tour e guia com flu-ência no idioma japonês. Ogrupo parte no próximo dia 10de fevereiro e retorna no dia17. mais informações podemser obtidas pelo telefone (11)2187-8989.

JOTAFREITAS

A Passarela do Álcool é um dos locais que o ex-BBB Jean Massumi indica aos visitantes

Há opções de passeios de escuna e mergulho Adriana (centro): destino para viagem de formatura

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A Associação Paulista deMedicina (APM) realiza, nes-ta terça-feira (6), a partir das19h, a cerimônia de apresenta-ção do painel intitulado “Alguns

médicos brasileiros de origemjaponesa”. Neste painel, queficará exposto no Museu daHistória da Medicina da APM(no 5º andar), constam fotos de

MEDICINA

Associação Paulista homenageia médicos nikkeis20 médicos nikkeis que deramimportante contribuição à me-dicina no Brasil.

No mesmo espaço já exis-te um painel de médicos deorigem italiana e outro de ori-gem sírio-libanesa.

Idealizador da proposta, oprofessor Jorge Michalany, queé curador do Museu, disse queesta é uma forma de homena-gear a comunidade nikkei etambém o Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil, queserá festejado no ano que vem.

O ex-ministro da Saúde,Seigo Tsuzuki, Hiroshi Kitadaie Milton Hida, que foram pro-fessores titulares de suas res-pectivas especialidades, são

alguns dos homenageados.Também existem os retratos

do vice-diretor da Faculdade deMedicina da Universidade deSão Paulo, Yassuhiko Okai, e domédico Siguemitzuo Arie, quecriou o serviço de hemodinâmicado Hospital Santa Cruz.

Durante a cerimônia o pro-fessor Michalany proferirá apalestra “Minhas recordaçõesdos japoneses e do Japão”.

APRESENTAÇÃO DO PAINEL “ALGUNS MÉ-DICOS BRASILEIROS DE ORIGEM JAPONESA”ONDE: MUSEU DA HISTÓRIA DA

MEDICINA DA APM (AV. BRIG. LUIS

ANTONIO, 278, BELA VISTA – SP)QUANDO: DIA 6 (TERÇA-FEIRA), ÀS 19H

TELEFONE: 11/3188-4200

Por outro lado, o custo detal procedimento diminui con-sideravelmente, pois, evita-seo pagamento de custas pro-cessuais e honorários advo-catícios para um procedimen-to judicial. Os honorários ad-vocatícios e as custas nãoserão mais de um processojudicial, mas de assistência elavratura de uma escriturapública.

Altera a novel lei o prazode abertura do inventário earrolamento, passando agorapara sessenta dias a contarda abertura da sucessão, ul-timando-se nos doze mesessubseqüentes, podendo o juizprorrogar de ofício ou a re-querimento de parte.

Esse novo prazo de 60dias, substituindo o anterior de30 dias veio harmonizar-secom o prazo estabelecido pelalei estadual paulista referen-te ao ITCMD (Lei 10.705/2000, art. 21, I), que atenua aaplicação de penalidades aosinventários e arrolamentosrequeridos no prazo de 60(sessenta) dias.

Ainda, referente à parti-lha, o art. 2º da citada lei dánova redação ao art. 1031 doCódigo de Processo Civil,adequando-o aos termos doNovo Código Civil. Assim dis-põe:

Art. 2º.O art. 1031 da Leinº 5.869, de 1973-Código deProcesso Civil, passa a vigo-rar com a seguinte redação:

“Art. 1031. A partilha ami-gável, celebrada entre partescapazes, nos termos do art.2.015 de Lei 10.406, de 10 dejaneiro de 2002-Código Civil,será homologada de planopelo juiz, mediante a provaquitação dos tributos relativosaos bens do espólio e às suasrendas, com observância dosarts.1.032 a 1035 desta Lei.”

A segunda grande modi-ficação, referente à separa-ção consensual e divórcioconsensual encontra-se na leicitada em seu art. 3º.

Art. 3º. A Lei nº 5869, de1973 – Código de ProcessoCivil passa a vigorar acresci-da do seguinte art. 1124-A:

“Art. 1124-A. A separa-ção consensual e o divorcioconsensual, não havendo fi-lhos menores ou incapazes docasal e observados os requi-sitos legais quanto aos prazos,poderão ser realizados porescritura publica, da qualconstarão as disposições re-lativas à descrição e à parti-lha dos bens comuns e a pen-são alimentícia e, ainda, aoacordo quanto à retomadapelo cônjuge de seu nome desolteiro ou a manutenção donome adotado quando se deuo casamento.

§ 1º. A escritura não de-pende de homologação judi-cial e constitui titulo hábil parao registro civil e o registro deimóveis.

§ 2º. O tabelião somentelavrará a escritura se os con-tratantes estiverem assistidospor advogado comum ou ad-vogados de cada um deles,cuja qualificação e assinatu-ra constarão do ato notarial.

§ 3º. A escritura e demaisatos notariais serão gratuitosàqueles que se declararempobres sob as penas da lei.”

Quando não houver filhosmenores ou incapazes e osprazos forem observados,(para a separação consensu-al, é necessário que os sepa-randos estejam casados pormais de um ano e para o di-

vórcio consensual, é neces-sário que os divorciandos es-tejam separados de fato pormais de dois anos), faz-se aseparação consensual ou di-vórcio consensual por escri-tura pública.

A exemplo do que ocorriana petição inicial, quando dorequerimento da separaçãoconsensual ou divórcio con-sensual, na escritura pública,pela nova sistemática, deve-rá conter disposições relati-vas à:

– descrição e a partilhados bens comuns;

– pensão alimentícia;– retomada pelo cônjuge

do seu nome de solteiro ou amanutenção do nome de ca-sado.

A referida escritura públi-ca é título hábil para o regis-tro civil e o registro de imó-veis.

Aqui, também, como ocor-re nos casos de inventários epartilhas por escritura públi-ca, a presença do advogadocomum ou de cada uma daspartes é obrigatória.

Também prevê a lei isen-ção de custas para a escritu-ra e demais atos notariaispara os que se declararempobres sob as penas da lei.

Era um contra-senso, quecasais, sem filhos menores ouincapazes, atendendo requisi-tos da lei, concordes, neces-sitassem ingressar com umprocesso judicial para sepa-rar-se ou divorciar-se.

Muitas vezes, as dificulda-des financeiras em buscar oJudiciário os impediam de so-lucionar seus conflitos obri-gando-os a viverem em de-sarmonia, desnecessariamen-te. Isto sem dizer da agoniada demora em receber a tu-tela jurisdicional e a toda bu-rocracia à qual se sujeitariam.

Dessa forma, a nova leifacilita a solução de inúme-ros casais que agora podemse separar ou divorciar atra-vés de escritura pública, porum baixo custo e rapidamen-te.

Os honorários advocatíci-os e as custas não são maisde processo judicial, mas,apenas de assistência elavratura da escritura públi-ca de separação consensualou de divórcio consensual.

Há uma certa dificuldadena homologação pelo Supre-mo de separações ou divór-cios administrativos, ocorri-dos no estrangeiro, pois, anossa legislação anterior sóprevia separação ou divórciopor sentença judicial. Nesteparticular, a nova lei influen-ciará sobremaneira tal homo-logação.

Enfim, só merece aplau-sos essas modificaçõestrazidas pela Lei 11.441, de04 de janeiro de 2007, quevem atender dois reclamos decidadania: o baixo custo e arapidez de obter a tutela ju-risdicional, sem ingressarcom processos judiciais,dispendiosos e morosos.

Por outro lado, vem desa-fogar o Judiciário ao disponi-bilizar aos cidadãos tal meca-nismo extrajudicial rápido, se-guro e eficiente para a com-posição de situações nãoconflituosas.

Mas, não sei se tal facili-dade vem aumentar conside-ravelmente, as separações eos divórcios enfraquecendoos casamentos e, conseqüen-temente, a família. O tempodirá.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

DIVÓRCIOS, SEPARAÇÕES EPARTILHAS PODERÃO SER FEITOS

POR VIA ADMINISTRATIVA (Lei 11.441,de 04 de janeiro de 2007) – Parte II

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São Paulo, 03 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 9

GASTRONOMIA

Ingredientes:1 kg de farinha de trigo20g de sal50g de fermento fresco30g de açúcar50g de manteiga40g de gema de ovo60g de manjericão, tomilho, alholaminado frito, cebola desidratada eorégano530g/600g de água gelada

Modo de preparo:Misture os ingredientes (primeiro os in-gredientes secos, depois a gordura e porfim o líquido) com as mãos ou na bate-deira e deixe a massa fermentar por umahora ou até dobrar de volume. Corte amassa em pedaços de 70g e faça umabola com cada um. Deixe fermentar no-vamente até que a massa dobre de ta-manho. Leve ao forno (170°C) de 25 a30 minutos.

Pão de alho e ervas finasIngredientes:1 kg de farinha de trigo350g de farinha de trigo integral60g de fermento biológico fresco20g de sal40g de açúcar50g de margarina ou manteiga20g de melhorador750g/780g de água50g de gérmen de trigo50g de semente de girasol

Modo de preparo:Misture os ingredientes (primeiro os ingredi-entes secos, depois a gordura e por fim o lí-quido) com as mãos ou na batedeira e deixea massa descansar até dobrar de tamanho.Sove e corte a massa em pedaços de 70g ouduas tiras de 250g cada. Dê o acabamentocom aveia, gérmen ou semente de girassol.Deixe a massa descansar novamente até do-brar de tamanho e leve ao forno a 180ºC, porcerca de 17 a 20 minutos.

Pão Integral

CURIOSIDADES

• No Egito, o pão também ser-via para pagar salários: umdia de trabalho valia trêspães e dois vasos grandes decerveja;

• Na Europa, passou a ser cos-tume as mães darem para asfilhas que se casavam umpouco de sua massa de pão.Acreditava-se que dessa for-ma as filhas fariam um pãotão gostoso quanto o delas;

• Ao longo da história, a posi-ção social de uma pessoapodia ser discernida pela cordo pão que ela consumia.Pão escuro representavabaixa posição social, en-quanto pão branco, alta po-sição social, já que o proces-so de refino da farinha bran-ca era mais caro;

• Para os judeus, o fermentosimboliza a corrupção. Porisso, eles só ofereciam aDeus pães ázimos, sem fer-mento;

• Acredita-se que o croissanttenha sido produzido pela pri-meira vez em Viena, Áus-tria, em 1683. Os ruídos doexército turco, que cavavamtúneis para atacar de surpre-sa Viena, foram ouvidos pe-los padeiros que trabalha-vam de madrugada. Os pa-deiros foram homenageadose criaram o pão, cuja formafoi inspirada na Lua em quar-to crescente, representadano estandarte turco;

• O brioche é um dos pães maisantigos que se tem registro esua origem provém do distri-to do Brie, ao norte da Fran-ça. A receita original foi ela-borado com farinha, sal, águae com o queijo Brie adicio-nado à massa, para dar umtempero especial. Com opassar dos tempos, a água foisubstituída pelo leite, os ovose a manteiga foram então adi-cionados e o queijo foi exclu-ído da receita.

Shimura, que chegou a comer 14 pães por dia e engordou 30kg

Além do carboidrato, pães também são fonte de zinco, ácido fólico e ferro

MARCUS IIZUKA

Recheado, integral, itali-ano, francês, de forma.Quem é que resiste a

um pão fresquinho no café damanhã, no lanche da tarde ouaté como entrada das refei-ções? Há opções para todosos gostos e novas receitas nãoparam de surgir para incremen-tar o mercado e tornar maisatrativo o sabor da antiga mis-tura de farinha, fermento, águae sal.

Para o chef boulanger Ro-gério Shimura não há combi-nação melhor que pães, umazeite de qualidade, um bomvinho e queijos. Ele, que dizque não pode ver um pão fran-cês na sua frente, já chegou aconsumir 14 unidades por dia.“Na época era tudo novidadee eu queria provar. Engordei30 quilos”, conta.

A paixão pela panificaçãonão diminuiu, muito menos avontade de degustar novas re-ceitas. Shimura continua a tes-tar invenções e ainda tem deconferir a evolução dos alunospara os quais leciona na FMU.A diferença é que hoje, com20 quilos a menos, o nikkei usaa técnica da compensação.“Depois, eu como só salada!”,revela o chef, que garante queo problema não está noscarboidratos da massa. “Omédico me disse que o queengorda não é o pão, mas orecheio. O problema está noque se coloca dentro dele”.

Apesar de ser consideradopor muitos como um grandevilão do corpo em forma, o pãonão é fonte apenas carboidra-tos, que são essenciais ao or-ganismo por fornecerem ener-gia, mas também de nutrien-tes como de zinco, ácido fólicoe ferro. A resistência ao con-sumo do produto parte do prin-cípio de que alimentos com altoíndice glicêmico - relacionado

Fonte de energia, pães servem de basepara as mais diversas combinações

ao nível de açúcar no sangue -devem ser evitados.

O que precisa ser analisa-do na dieta é que os índicesglicêmicos de um mesmo ali-mento podem ter variaçõesdecorrentes das formas decozimento e processamento.Outra questão importante é acombinação. Como já haviasido explicado a Shimura, seum alimento de índice glicêmi-co alto for consumido com umde baixo, o índice geral serámoderado. Ou seja, não adian-ta colocar a culpa só no pãozi-nho. O nikkei, por exemplo, éum dos que abusam. “Eu ado-

ro pegar um pão francês e co-locar no meio um croquete”,assume o chef.

Para os que se recusam aabrir mão da massa, uma boadica é procurar por receitasque levem cereais, sementese farinha integral, os chama-dos pães funcionais. Apesar dacor escurinha e de grãos gros-sos aparentes, Shimura ressal-ta que é praticamente impos-sível produzir o produto 100%integral. “Tem de ter balance-amento com farinha normal”.

País do pão de queijo - De-pois de desistir da carreira em

processamento de dados, onikkei resolveu voltar a terranatal e abrir uma padaria emAtibaia, São Paulo. Cinco anosdepois de iniciar o empreendi-mento, em 1999, Shimura mar-cou presença na Europan, fei-ra internacional de pães queaconteceu na França. Encan-tado, retornou ao Brasil comvárias idéias em mente, comoo fondue de queijo no pão itali-ano, que lhe deu o prêmio demelhor receita no concursoque participou em 2000, e queteve uma tonelada do produtovendida em 40 dias no invernode 2003, com encomendas atéde Salvador.

Do comércio no interior doEstado, que se limitava a ven-da de pão francês, rosca decoco e biscoito cangalha, ochef boulanger passou a apre-sentar suas novas criações aténa televisão. As participaçõesem programas já somam maisde 350 gravações. Além dastelinhas, ele também participado projeto social “CozinheiroCidadão”.

Shimura, que conhece pãesdo mundo inteiro, diz que as re-ceitas tipicamente brasileirassão a do pão de mandioca edo pão de queijo, que foi men-cionado em livro internacionalcomo referência do País. Ape-sar do reconhecimento, o bra-sileiro consome 33kg de pãopor ano, menos que a quanti-dade recomendada pela Orga-nização Mundial da Saúde(OMS), que é de 60kg. Deacordo com os dados divulga-dos para o ano de 2005, exis-tem cerca de 52 mil padariasespalhadas pelo País, sendoque 42,81% destas estão loca-lizadas na região sudeste doBrasil.

Produção caseira – Para osque querem se arriscar e pro-duzir pães caseiros, Shimuradiz que uma regra é básica: épreciso pesar todos os ingre-dientes. “Com o pão não temessa de mais ou menos ou umpunhado. Até os líquidos pre-cisam de medida certa”, ori-enta. Outra dica é cumprir otempo de descanso para que amassa não fique pesada e nãoutilizar água muito quente, jáque numa temperatura acimade 55°C o fermento não age.

“Não é fácil fazer pão emcasa, mas se todas as regrasforem seguidas, a massa saiperfeita. O difícil é as pessoasterem paciência de esperarcerca de 8 horas para a fer-mentação”, acrescenta Shimu-ra, que já põe fim às esperan-ças de quem quer fazer pãofrancês em casa. “É precisode um forno que solte vapor”.

(Luciana Kulba)

Conceito de padaria orientalfaz sucesso entre brasileiros

As padarias seguem o es-tilo oriental e os clientes, coma bandeja e pinça nas mãos,percorrem as prateleiras re-pletas de variedades em bus-ca do que mais lhe agrada.Não é preciso se preocuparcom fila e nem com a demorapela indecisão em meio a tan-tas opções doces e salgadas.

Além do serviço diferen-ciado, os clientes podem es-tranhar alguns dos nomes im-pressos nas plaquetas deidentificação dos produtos.Aos que não estão familiari-zados com a gastronomia ori-ental, pães como kare pan(rechedao de frango, legumese molho curry) e teriaky panpodem atrair olhares curiosos.

Aberta há quatro anos notradicional bairro oriental, aBakery Itiriki investiu na idéiade self-service quando o con-ceito ainda era novidade en-tre os estabelecimentos de pa-nificação e con-feitaria. O menutambém recebeuatenção especial etraz opções quedificilmente pode-rão ser encontra-das em padariasconvencionais.

“A idéia eratrazer para a Li-berdade uma pa-daria pela qual apopulação pudes-se conhecer umpouco da culturaoriental. Por issocontratamos téc-nicos que vieramdo Japão e Chi-na”, explica umadas proprietáriasda casa, MemiGuo.

O pão chinês(R$ 3,90), reche-ado de frango, le-gumes entre outros sabores,é o que desperta maior curio-sidade nos clientes. “Eles pen-sam que o pão está cru por-que é bem branquinho. Aí agente tem de explicar que opão tem essa cor porque é co-zido no vapor, o que é muitosaudável”, conta Memi.

Entre as outras opções depães com toque oriental quepodem ser encontradas na

Bakery Itiriki estão o anpan(R$ 3,00), com feijão doce, osanduíche com yakissoba e opão de forma de soja (R$6,50).

Próximo à Catedral da Sé,a Aloha chama a atenção dosque transitam pela movimen-tada Rua Direita. De fora doestabelecimento, pela facha-da de vidro, podem ser vistosos pães de diversas cores eformatos que enchem as pra-teleiras da padaria e cafete-ria instalada abaixo do restau-rante com bufê de comida ori-ental.

A coloração esverdeadadestaca o pão de chá verdecom gotas de chocolate (R$2,60) das demais opções doestabelecimento. Ele dividecom o pão de palmito, pão dequeijo branco e pão com fran-go e orégano (todos vendidosa R$ 2,60) a preferência dosclientes da casa.

ALOHARUA DIREITA, 240, CENTRO

3277-4939SEGUNDA A SEXTA, DAS 7H30 ÀS

18H30; SÁBADO, DAS 9H ÀS 14H

BAKERY ITIRIKIRUA DOS ESTUDANTES, 24, LIBERDADE

3101-8708SEGUNDA A DOMINGO, DAS 8H ÀS 19H;FERIADOS, DAS 8H ÀS 18H

Aberta há 4 anos na Liberdade, Itiriki atrai clientes pela variedade

MARCUS IIZUKA

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SELF-SERVICE

Pão com chá verde é destaque na Aloha

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10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 de fevereiro de 2007

A Nissan Motor Co. anun-ciou nesta semana que intro-duzirá um novo serviço ao seusistema de navegaçãoCarwings, para promover umamaior conscientização e esti-mular hábitos para a economiade combustível entre os moto-ristas japoneses. O novo ser-viço ecologicamente responsá-vel difunde o conceito “eco-driving” e faz parte do planoda Nissan que visa à reduçãode emissões de dióxido de car-bono (CO

²), chamado de

Nissan Green Program 2010(NGP 2010). Carwings é umsistema de navegaçãotelemática que atualmente édisponibilizada apenas no Ja-pão.

O novo serviço auxiliará osmotoristas provendo informa-ções sobre a média de consu-mo de combustível emonitorando as melhorias emsua performance. O sistemapode calcular a média de con-sumo de cada veículo por meiode informações enviadas dire-tamente à central, onde as in-formações são armazenadasnuma página personalizada nainternet.

A ferramenta foi desenvol-vida para estimular o motoris-ta a dirigir conscientemente deforma a economizar combus-tível. Um ranking mensal de

AUTOMÓVEL

Nissan lança serviço de navegação parapromover o consumo consciente de combustível

Sistema permitirá acompanhamento de consumo e autonomia

consumo possibilita a compa-ração com outros membros doserviço que possuem o mes-mo modelo de carro.

Dentro do programaNissan Green Program2010, a empresa oferecerátecnologia e produtos que aju-darão na real redução na emis-são de CO

². A empresa já atua

ativamente nesse sentido emparcerias como o projeto coma prefeitura de Kanagawa, noJapão, que incentiva a utiliza-ção da estrutura de comunica-ção dos veículos para a redu-ção de acidentes de trânsito econgestionamentos, evitandoassim gasto desnecessário decombustível.

Carwings - Disponível apenas

no Japão, o sistema utiliza umainterface amigável com tecno-logia Internet que é visualizadanuma tela de cristal líquido nopainel do veículo. Os motoris-tas podem acessar informa-ções por meio de controle ver-bal. Entre as diversas funçõesé possível obter direções paraum local específico, informa-ções sobre o trânsito, enviar ereceber e-mails e fazer liga-ções telefônicas sem ter quetirar as mãos do volante, entreoutras.

O sistema foi desenhadopara coletar e disponibilizar in-formações que são relevantese benéficas aos usuários. ANissan define o conceito des-ta ferramenta como uma apli-cação WEB 2.0 para veículos.

DIVULGAÇÃO

AMatsushita Electric In-dustrial Co. Ltd., maisconhecida por sua

marca Panasonic; e o grupo deprodutos químicos diversificadosToray Industries, Inc. (Toray),anunciaram na semana passa-da seus planos de construção deuma fábrica de telas de plasma(PDP), no Japão. Esta será aquinta fábrica de PDP, fruto des-ta joint-venture, denominadaMatsushita PDP Company Ltd.(MPDP). Com isso, a Panaso-nic aumentará sua capacidadede produção de telas de plasma,tornando-se a maior fabricantede telas de plasma do mundo.

Com o objetivo de concen-trar as instalações de fabrica-ção, a MPDP pretende mon-tar a nova fábrica, emAmagasaki (Japão), perto daquarta já em operação. O iní-cio da construção está marca-do para novembro deste ano eo começo da primeira fase deprodução, para maio de 2009.

Demandando um investi-mento de aproximadamente 280bilhões de ienes, a quinta fábri-ca terá uma capacidade de pro-dução mensal de um milhão deunidades (cálculo baseado empainéis de 42 polegadas) – amaior capacidade de produ-ção de PDPs do mundo. O in-vestimento na nova fábricaserá cinco vezes maior (ou atésuperior) ao da primeira fábri-ca de PDPs da MPDP. Comesta enorme capacidade deprodução e competitividade decustos, a Panasonic liderará omercado mundial de telas pla-nas de plasma de grande por-te.

Contando com as mais mo-

Panasonic e Toray construirão amaior fábrica de TV de Plasma

JAPÃO

dernas instalações, as avan-çadas tecnologias de proces-samento e sistemas de produ-ção da MPDP, a nova fábricapoderá produzir dez painéis de42 polegadas ou oito de 50 po-legadas, usando uma única lâ-mina de vidro, o maior índicede painéis do mundo, no setorde fabricação de PDPs. AMPDP vai implantar um am-plo sistema de gestão de pro-dução, abrangendo todas assuas fábricas, visando a mai-or agilização e flexibilizaçãodo suprimento de produtos.Com esta nova fábrica, aMPDP fortalecerá ainda maisseu sistema de suprimento, afim de atender à demandasempre crescente do merca-do mundial.

Segundo as projeções daPanasonic, o rápido aumentoda demanda por TVs de telaplana se deve ao processomundial de digitalização dastransmissões televisivas. Em2010, 65% da demanda mun-dial total, estimada em 200 mi-lhões de aparelhos, será porTVs de tela plana. A Panaso-nic também prevê que, em2010, a demanda por TVs detela grande crescerá rapida-mente, com a expansão deconteúdo com alta qualidadede imagens e com a criaçãode TVs de tela plana mais fi-nas, resultando em mais de30% da demanda mundial to-tal por TVs de 37 polegadasou mais. Prevê-se ainda umaumento da demanda na Chi-

na, bem como no Brasil, Rússiae Índia (BRIC), onde será de-senvolvida a infra-estruturadas transmissões televisivas di-gitais, sem contar os mercadosmaiores dos EUA e Europa.

A demanda por painéisPDPs com maior vida útil, efi-ciência energética e alta qua-lidade de imagens tambémestá crescendo rapidamentepara uso em empresas comvárias finalidades: comercial,educacional e médica, além douso doméstico.

Como a Panasonic prevêque o mercado mundial dePDPs aumente para 30 mi-lhões de unidades, em 2010,por causa da superioridade dasTVs de plasma, em relação àsdemais de tela plana, em ter-mos de produção e eficiênciade custos, assim como de qua-lidade da imagem, a empresadecidiu expandir sua capacida-de de produção de painéisPDP. Ao definirem a produçãode PDPs como um de seusnegócios principais, a Panaso-nic e a Toray assumiram ocompromisso de gerirem jun-tas a MPDP, fazendo uma con-tribuição significativa ao pro-gresso da indústria dos novosequipamentos audiovisuais, emescala mundial.

Quinta fábrica da joint-venture terá capacidade de produzir um milhão de unidades por mês

DIVULGAÇÃO

Os “anos dourados”, maisprecisamente entre os anosde 1985 a 1989. No auge deminha adolescência, o maisimportante era participar deseinenkais (grupo de jovens),reunir os amigos, jogar vôlei,futebol de salão, tênis demesa, participar das ativida-des da comunidade como umtodo; nem que fosse “desafi-nadamente” nos concursosde karaokê, nas baladas nosábado à noite, enfim, coisasque certamente muitos queestão lendo esta matéria tam-bém fizeram.

De repente, surge o mo-vimento dekassegui, os ami-gos indo embora atrás de me-lhores oportunidades financei-ras, os clubes e bailes fican-do vazios... E, é em 1990 queacabei embarcando nessanova jornada.

Um local desconhecido,uma cultura totalmente dife-rente da nossa, apesar demantermos a tradição e acultura japonesa em nossasveias, poucos imaginam queos costumes japoneses não seassemelham ao nosso. E mui-tos levam um grande choqueao sentir a falta de um abra-ço amigo e as brincadeirasentre os colegas de trabalho.

Planejava ficar no arqui-pélago por, no máximo, doisanos. Grande engano. Per-maneci por muito mais tem-po e o mais importante dissotudo fora ter conseguido meinserir no estilo da sociedadejaponesa, pois já que estamoslá, nós temos que aprenderseus costumes e não o inver-so, aprender nunca é demais.Temos que nos adaptar mes-mo diante das adversidades.

Retornando ao Brasil jácasado, com um outro estilode vida, tive que me readaptaraos nossos costumes, no co-meço, estranhara até os abra-ços mais calorosos de amigosque não via há muito tempo.Mas não me deixei abater,pois já imaginara que passa-ria por isso novamente.

Muitos da minha “época”ainda estão lá do outro ladodo mundo. Trocamos mensa-gens via computador; a tec-nologia auxilia-nos muito nosdias de hoje.

Temos percebido, aqui emnossa consultoria, vários ca-sos de famílias que voltam e,sem saber que é necessário

se readaptar aos costumes,em menos de 6 (seis) meses,acabam ou querem retornarao Japão. Através de amigose da mídia, eles acabam nosconhecendo e, assim, nos pro-curam não mais para auxiliarna sua permanência no Bra-sil, mas sim para viabilizar al-guma contratação no Japão.

Porém, o que me deixaentristecido é que a maioriade quem já retornou ao Bra-sil, não têm voltado a partici-par da comunidade. Os clu-bes continuam funcionando,mas falta gente para partici-par, ou as crianças para brin-car nos undokais de sua ci-dade e/ou bairro, ou seja, sejá é difícil à readaptação decrianças e adultos, quantomais as pessoas se sentiremacuadas e enclausuradas emseu pequeno mundo, mais di-fícil será sua permanênciaaqui no seu país. Quem sabevoltando a freqüentar a co-munidade você não encontraum velho e bom amigo de suaadolescência?

Vamos nos integrar, va-mos nos interagir! Caminhan-do juntos com certeza chega-remos mais longe do que seestivéssemos sozinhos, poisna hora que um esmorece ooutro sempre terá uma pala-vra amiga que nos dará for-ças para continuar caminhan-do.

Se você gostoudesta matériavenha participarde nossa pales-tra no próximodia 27 de Feve-reiro, será umaboa oportunida-de para obter novos conheci-mentos e concretizar chances denovos negócios. Vale ressaltarque não haverá custo algum. Asvagas são limitadas. Contamoscom sua presença.

Ikemori & Kora Consultoria eAssessoriaPalestra: Integrando a Socieda-de, Fazendo novas Amizades eOportunidades de Negócios.Data: 27/02/2007Horário: 10h00Rua. da Glória, 279, 8º and., cj. 84Tel. (11) 3275-1464 / 3275-0432RSPV. Confirmar presençaaté 26/02/2007, com Karina,por telefone ou via e-mail:[email protected]

ARTIGO

A importância de fazerparte da comunidade

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São Paulo, 03 de fevereiro de 2007 JORNAL NIKKEI 11

SOFTBOL

Voluntário, técnico japonês irátreinar atletas brasileiras para o Pan

Preservar a cultura japone-sa através do esporte, em es-pecial, o kendô. Esse é um dosobjetivos da ConfederaçãoBrasileira de Kendô com a re-alização da 25ª edição do Cam-peonato Brasileiro Mirim eInfanto-Juvenil, que aconteceamanhã (4), no Ipê Clube, emSão Paulo.

A competição deve reunirmais de 100 atletas de 15 aca-demias de São Paulo, Rio deJaneiro e Paraná: Bandeiran-tes, Bunkyo, Fukuhaku, Jundi-aí, Kokushikan, Londrina, Mie,Nikkyoji, Pereira Barreto,Piratininga, Rio de Janeiro,Rudge Ramos, Seibukan, Sagae Suzano. A academia Fuku-haku competirá com o maiornúmero de atletas (26), segui-da por Suzano (18), Mie (15)

e Pereira Barreto (14). As dis-putas individuais acontecemno período da manhã e à tardeserão realizadas as disputaspor equipes.

Seminários – A programaçãotem início hoje (3), a partir das8h30, também no Ipê, com arealização de seminários minis-trados por especialistas. O pri-meiro deles é sobre kendô kata,com o professor PauloYoshinobu Hayashi (7º dan/kyoshi) e prossegue com o se-minário para árbitros, com oprofessor Tadao Ebihara. Àtarde, está programado o exa-me de graduação (1º kyu eadiante).

O Ipê Clube fica na Rua Ipê,103, Ibirapuera – São Paulo. In-formações: www.cbkendo.esp.br

KENDÔ

Campeonato reúne novageração em São Paulo

Competição deve reunir mais de 100 atletas de 15 academias

DIVULGAÇÃO

SOFTBOL/BEISEBOL

Amadores se reúnem paraaproveitar o esporte ‘sem pressão’

Ser atleta amador no Bra-sil não é fácil. Se for jogadorde beisebol ou softbol, pode serainda mais duro. São poucasopções de clubes na regiãoonde mora e o preço dos equi-pamentos e treinos durante ofinal de semana é elevado.Além disso, há a pressão paravencer um campeonato. Pare-ce duro, mas algumas pessoassofrem muito mais que os atle-tas, como os pais, que levamseus filhos todos os finais desemana para o treino, com-pram o material, torcem, gri-tam, etc... Os técnicos tambémsofrem, pois têm que trabalharo ano todo e qualquer deslizepode acabar com o ano daequipe. Mas o que essas pes-soas fazem para relaxar?

Quarta feira, 15 de novem-bro de 2006, Guararema, inte-rior de São Paulo. O campo doUniverso Beisebol Clube, umdos mais antigos do País, foi opalco de um “torneio”. Atletasde Santo André, Gigantes,Anhanguera, Gecebs, Univer-so, Osasco e Dragons partici-param deste torneio premia-ção, somente uma reuniãopara encontrar os amigos e jo-gar softbol.

Pais e técnicos de diversos

times juntos para aproveitar osraros momentos para praticaro esporte que amam e, entreuma tacada e outra, um poucode cerveja para animar e ame-nizar o forte calor da região.Para alguns, a técnica já não éa mesma de anos atrás. Paraoutros que nunca jogaram, adiversão era o mais importan-te.

Após a manhã de jogos, al-moço para discutir o andamen-to dos times, falar das históri-as de beisebol que vivenciarame tirar um sarro do time derro-tado, foi realizado o almoço,um jogo para finalizar o dia,onde somente os melhores jo-gadores participaram. Os “ex-cluídos” montaram seus timese paralelamente fizeram a suadisputa.

Um torneio onde não hávencedores ou vencidos, so-mente o prazer de estar emcampo sem as pressões quequalquer esporte impõe. Agra-decimento especial para o se-nhor Rubens Matsura, presi-dente do Universo Beisebol eSoftbol Clube, pelo convitepara participar e acompanhareste torneio.

(Naoki Tsuboni, especialpara o Jornal Nikkei)

O Universo Beisebol clube foi palco do encontro de amigos

DIVULGAÇÃO

Em visita ao Brasil parauma série de encontros políti-cos e palestras na área da saú-de, mais especificamente emprótese dentária, o presidenteda Associação dos Técnicosde Prótese Dental do Japão,Shigueaki Nakanishi, provouque as relações nos âmbitospolítico e econômico entre Bra-sil e Japão podem ser rentá-veis a curto prazo. Pré-candi-dato ao senado japonês, elecomentou sobre os avançosdos brasileiros na áreaodontológica e confirmou que,caso consiga a eleição, aumen-tará ainda mais o intercâmbioentre profissionais de ambos ospaíses.

A convite da Apdesp (As-sociação dos ProtéticosDentários do Estado de SãoPaulo), Nakanishi realizou pa-lestras em associações, visitoua Universidade de São Paulo(USP) e discutiu o panoramahoje da comunidade nipo-bra-sileira. No total, a estada du-rou cinco dias e o resultado,segundo ele, “foi muitosatisfatório”. “Com certeza foiuma viagem que valeu muito apena. Pude sentir de perto acomunidade nikkei do Brasil ever como dá para se formaruma grande parceria com osjaponeses”, afirmou.

Ao lado de Nakanishi, otécnico e professor ToshioNakagomi também estevepresente nos eventos. Ao con-trário do colega que visitou oBrasil pela primeira vez,

ODONTOLOGIA

Pré-candidato ao senado japonês, Shigueaki Nakanishiquer mais aproximação entre Brasil e Japão

des nipo-brasileiras, a duplateve a oportunidade de con-versar com lideranças nikkeispara saber como andam ospreparativos para o Centená-rio da Imigração, a ser come-morado no ano que vem. E,pelas respostas, volta ao ar-quipélago com a sensação deque a cooperação dos japone-ses “terá de sair”. “Nas diver-sas conversas que tivemoscom representantes de entida-des nikkeis, todos mostraram-se interessados pelo Centená-rio da Imigração. Por partedos japoneses, apoio é o quenão faltará para que essa co-memoração seja uma belahomenagem aos primeirosimigrantes”, confirmou.

Para facilitar o estreita-mento com os brasileiros,Nakanishi e Nakagomi conta-ram com o apoio do deputadofederal Walter Ihoshi, queacompanhou os dois na maio-ria dos eventos. Posterior-mente, o nikkei trabalharápara que o relacionamentoBrasil-Japão se fortaleça. Umoutro motivo que também ofez acompanhar a dupla é queIhoshi é estritamente ligado aApdesp.

“Incentivar a ciência é fun-damental para o crescimentoe desenvolvimento do País.Farei de tudo para que ambasas nações se beneficiem comesse intercâmbio. Mais do queisso: para que essa troca sejacontínua”, finalizou o recém-empossado deputado.

Nakagomi está no País pelaquarta vez. Com uma visãopositiva em todas as ocasiõesque visitou cidades brasileiras,ele também deu sinais de queas relações entre ambos ospaíses “esquentarão” nos pró-ximos anos. “Como já estiveno Brasil algumas vezes, jápossuo uma visão sobre o pa-norama da comunidade. E,cada vez mais, sinto que o in-tercâmbio será maior, tanto naárea de prótese dentária comono geral. Caso Nakanishi con-siga se eleger, será uma pon-te entre Japão e Brasil”, con-firmou.

Outro que também acom-panhou a visita dos japonesesfoi um dos fundadores da pró-pria Apdesp e técnico emprótese dentária, Siro Kiatake.Mesmo com a agenda aperta-da por conta de uma partici-

pação na Vision21, evento pro-movido nos Estados Unidospela Associação Nacional dosLaboratórios de PróteseDentária, o especialista confir-mou que vindas de profissio-nais do Japão e de outros paí-ses ajudam a desenvolver ain-da mais as técnicas e produ-tos fabricados no Brasil.

“É com intercâmbios comoesse que o Brasil irá se desen-volver ainda mais no campo daciência. Trazendo especialistase mesmo políticos de outrospaíses, é mais fácil conseguir-mos a evolução. Fora as pa-lestras e troca de idéias, quesempre ajudam a tirar dúvidase saber como andam os avan-ços, neste caso da prótese den-tal, em outros países”, disse.

Comunidade - Nas visitasrealizadas também a entida-

Siro Kiatake e o candidato ao Senado Shigueaki Nakanishi

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Osoftbol brasileiro ga-nhou um aliado impor-tante em sua busca por

uma medalha nos Jogos Pan-Americanos. Trata-se do téc-nico japonês Kenjiro Mizuka-mi, de 63 anos, que desembar-cou no último dia 28 e perma-nece no País até o final de ju-lho. Mizukami veio ao Brasil aconvite da Confederação Bra-sileira de Beisebol e Softbol(CBBS) sem ônus nenhumpara a entidade. Ex-arremes-sador – jogou no beisebol atéo segundo ano da faculdade,quando passou para o softbol–, Mizukami atualmente trei-na equipes de base em Fukuie topou o desafio como volun-tário.

E se a primeira impressãoé a que fica, pretende prolon-gar sua estadia “caso seja avontade da CBBS”. “Queroter tempo suficiente para trei-nar equipes de base e assimatingir o nível dos EstadosUnidos, que estão um degrauacima”, revela o técnico, quejogou até os 43 anos de idade.

Sobre as chances brasilei-ras no Pan, Mizukami é realis-ta. “Conquistar medalha é im-portante, mas é preciso seguiro exemplo do vôlei brasileiro,que importou técnicos japone-ses e hoje é a potência que é,superando até mesmo os pró-prios japoneses”, explica ele,que aponta as seleções dos

Estados Unidos, Canadá eVenezuela como as principaisfavoritas a conquistas de me-dalhas no Rio de Janeiro.

Diplomático, disse que ape-sar do pouco contato com asjogadoras percebeu que as bra-sileiras são “diferentes”. “Elas[as jogadoras] têm um brilho nosolhos que revelam garra e von-tade de vencer”, avalia Mizu-kami, acrescentando que pre-tende colocar em prática suatese de doutorado – é formadoem Educação Física.

“Minha intenção é trabalhar

Olívio Sawasato, da CBBS, e o técnico japonês Kenjiro Mizukami

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todos os fundamentos, incluin-do o psicológico, mas se tiveroportunidade quero corrigir oposicionamento do quadril dasrebatedoras, diz. Para o dire-tor de Softbol da CBBS, OlívioSawasato, a vinda de Mizuka-mi é importante para supriruma deficiência do softbol bra-sileiro, que, segundo ele, “evo-luiu rapidamente”.

“Atingimos um nível emque é difícil avançar. Conse-guimos jogar com as algumasseleções em condições deigualdade, mas acabamos per-

dendo por detalhes. E trazen-do um técnico experiente, comconhecimento teórico, preten-demos corrigir esses detalhes”,conta Sawasato, que esperaficar entre os quatros primei-ros nos Jogos Pan-America-nos. “É importante obter umaboa colocação para tentar po-pularizar e atrair um númeromaior de praticantes”, obser-va o dirigente.

Clínica – Nos dias 10 e 11 defevereiro, a CBBS realizaráum treinamento de pré-tempo-rada aberto a todas as atletas apartir de 12 anos. O treinamen-to será realizado no Centro deTreinamento em Ibiúna (SP),onde simultaneamente será mi-nistrado uma clínica para téc-nicos, auxiliares, monitores, es-tagiários e professores de Edu-cação Física, com a participa-ção de Mizukami. “A idéia épadronizar os treinamentos”,comenta Sawasato.

As inscrições para o Trei-namento de pré-temporada eclínica de softbol feminino de-vem ser feitas pelo e-mail:[email protected] [email protected]

O Centro de Treinamentode Ibiúna fica na RodoviaBunjiro Nakao, km 58,5

Custo: R$ 100,00 (alimen-tação e certificado de partici-pação) - pagamento no local

(Aldo Shiguti)

Page 12: AGENDA As novas caras nikkeis na Câmara · AGENDA As novas caras nikkeis na Câmara JORNAL NIKKEI A ASSOCIAÇÃO PRÓ-EXCEPCIONAIS KODO-MO-NO-SONO realizará amanhã (4), a partir

12 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 de fevereiro de 2007

Auma semana do prin-cipal concurso dekaraokê de São Paulo,

o Paulistão, dirigentes da UPK(União Paulista de Karaokê)e dos realizadores, neste anoa cargo da regional ABCD eBaixada Santista, têm pratica-mente tudo pronto para o co-meço do taikai, marcado paraos dias 10 e 11 de fevereiro emSão Bernardo do Campo, nasdependências do auditório doCenforpe (Centro de Forma-ção dos Profissionais da Edu-cação). Neste ano, cerca de800 cantores subirão ao palcopara levar ao público cançõesjaponesas e ver quem será ogrande campeão do GrandPrix – ou, como se diz no meio,o melhor cantor de karaokê deSão Paulo.

Nos preparativos para oPaulistão, a comissão organi-zadora, a cargo da regionalABCD e Baixada Santista,prepara somente os últimosdetalhes para a realização doevento. De acordo com o pre-sidente da comissão, SuetoshiTakashima, o clima de cordia-lidade e cooperação ditam aregra dos organizadores. Atéo momento, nenhum tipo deproblema foi constatado. “Es-tamos com tudo pronto para arealização do Paulistão. Peloandar dos trabalhos, tenho cer-teza que será mais uma edi-ção de sucesso. Apreparação contacom o apoio de to-das as liderançasdo karaokê, bemcomo da Prefeitu-ra de São Bernar-do do Campo, quetem dado total su-porte”, explica ele,acrescentando ain-da que só falta aconfecção do livro de progra-mação e “um ou outro acertocom patrocinadores.”

O apoio por parte da Pre-feitura tem vindo através dosecretário de Administração ePlanejamento, Hiroyuki Mina-mi. Sempre receptivo à comu-nidade nipo-brasileira, ele équem tem servido de ponte en-tre lideranças do karaokê e aparte política. “Inclusive as de-pendências da própriaCenforpe foram conseguidasatravés do secretário. Foraque toda a infra-estrutura tam-bém está disponível. Enfim, deantemão já dá para perceberque será uma edição especi-al”, aponta Takashima.

KARAOKÊ

Comissão organizadora acertaúltimos detalhes para o Paulistão

Tanto cuidado com a edi-ção 2007 do evento tem ummotivo: a comemoração doCentenário da Imigração noano que vem. Já antecipandoo concurso mais que especi-al, Luiz Yuki dá algumas pis-tas sobre o que pode ser fei-to para homenagear os can-tores nikkeis e os apreciado-res do karaokê.

Em um primeiro momen-to, sabe-se que as datas – quegeraram comentários positi-vos e negativos entre lideran-ças do karaokê – estão defi-nidas para o meio do ano quevem, na semana do dia 21 dejunho, na qual ocorrem aindaos restantes das comemora-ções. Já o formato tambémdeverá ganhar novos contor-nos, contudo, ainda não háuma definição.

“O Paulistão 2008 acon-tecerá nas dependências do

Paulistão 2007 será ‘laboratório’para Centenário da Imigração

Anhembi, justamente no mêsde junho. A idéia é dar a to-dos uma grande comemora-ção da música japonesa, comdireito a participações espe-ciais”, explica Yuki.

Nem mesmo a proximida-de com o Brasileirão, queacontece tradicionalmente nomês de julho, pode afetar osucesso do Paulistão, na vi-são do dirigente. Para ele,ambos os concursos podem,sim, andar lado a lado. “Nanossa concepção não há ne-nhum tipo de problema, atéporquê vamos ocupar um es-paço vago nas comemora-ções, na qual a UPK se ofe-receu para realizar o Paulis-tão. Um outro motivo é quenão pagaremos nada pelo es-paço no Anhembi. Estamosapenas participando das co-memorações do Centenário”,afirma.

“Expectativa dosorganizadores é

atrair cerca de 800cantores ao palco.Outra promessa é

melhorar oprocessamento de

notas, com intuito dedinamizar osresultados”

Realizado pela primeira vezna cidade do ABC paulista, oPaulistão 2007 seguirá basica-mente as mesmas normas dasedições realizadas nos anosanteriores. Segundo os própri-os dirigentes, não há a neces-sidade de grandes mudanças,até mesmo por causa do for-mato dinâmico e que tem dadocerto.

Assim como Takashima,quem também está ansioso commais uma edição do Paulistão

é o presidente daUPK, Luiz Yuki.Após retornar aocargo no ano pas-sado, o nikkei terápela frente a pri-meira edição doevento em sua“nova” gestão, afi-nal, já havia ocupa-do o cargo em man-datos anteriores.

Segundo ele, a motivação detodos os envolvidos tem carac-terizado não só a comissão re-alizadora, mas também todos osenvolvidos na UPK.

“Seu eu falar que está tudobem, pode até parecer umacoisa forçada, pois sou o pre-sidente da UPK. Mas é justa-mente isso que está ocorren-do. Como começamos os pre-parativos e estudos desde oano passado, estamos até tran-qüilos em relação aos detalhesfinais que faltam. De antemão,posso assegurar que esta serámais uma grande mostra dokaraokê paulista, tanto em ter-mos de organização quanto depúblico”, afirma Yuki, acres-

centando que todas as catego-rias estarão presentes, desdeas crianças até os veteranos.“É uma celebração da músicajaponesa, portanto, cantores detodas as idades participarão.Além disso, a comissão de ju-rados também só contará comprofessores experientes para aanálise correta das apresenta-ções. Quanto aos cantores,não só eu como todos estãosentindo que a qualidade serámuito maior. Cada vez mais

vemos jovens dedicando-seaos treinos com afinco.”

13º PAULISTÃO DE KARAOKÊQUANDO: 10 E 11 DE FEVEREIRO

ONDE: ANFITEATRO CENFORPE – RUA

DOM JAIME DE BARROS CÂMARA, 201,SÃO BERNARDO DO CAMPO. KM 20,5DA VIA ANCHIETA

HORÁRIO: A PARTIR DAS 8 HORAS EM

AMBOS OS DIAS

MAIS INFORMAÇÕES PELO TEL 11/3191-0403ENTRADA GRATUITA

Disputa será realizada em São Bernardo do Campo, nos dias 10 e 11 de fevereiro

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MANGÁ

Livro ensina técnicas para principiantescriarem seus próprios desenhos

Técnicas de Mangá Volu-me 1 - Curso para Principi-antes é a primeira publicaçãode uma coleção de livros des-tinada a jovens e adultos quequeiram aprender a desenhare desenvolver as técnicas ne-cessárias para se tornar umverdadeiro mangaká (dese-nhista de mangá). A coleção éo mais completo curso sobre oassunto já lançado no Brasil.O primeiro da série foi lança-do durante o Anime Dreams,

realizado recentemente emSão Paulo.

Com o Curso para Princi-piantes, o leitor não vai ape-nas aprender a desenhar per-sonagens e cenários comotambém conhecer todos ospassos para criar seu própriomangá.

O livro também apresentadicas preciosas de profissionaisda área para saber desde qualmaterial utilizar até como pla-nejar a história para confecci-

onar quadrinhos noestilo japonês.

TÉCNICAS DEMANGÁ VOLUME 1 -CURSO PARAPRINCIPIANTES

EDITORA: JBC

AUTOR: MAY YAMAKI

FORMATO: 18,5 X 26CM

PÁGINAS: 80

PREÇO: R$ 29,00

XI SHINSHUN NATSUMERO TAIKAI – ZENKARAPISO SUPERIOR

Categoria Participantes MusicaShinjin-2 Pedro Samezima RutenA-6 Maria Miagawa Shusse KaidoB-5 Gengo Ito Otiba ShigureA-5 G/1 Yoshimi Makibara Otiba ShigureA-5 G/2 Takeno Yoshino Hahazukiyo No UtaDoyo-B Kaori Yuasa Omotya No Tya Tya TyaDoyo-A Emily Matsumoto Ureshii HinamatsuriTibiko-B Manabu Araki Ueomuite ArukooTibiko-A Yuuki Nishihara Osaka SuzumeEsp-5 G/1 Angela Komino YawaraEsp-5 G/2 Nobuko Kikuti Namida No WataridoriEsp-5 G/3 Hakuya Minomo Tokyono Hiyo ItsumademoB-4 Eidi Iwai Kitaguni No HaruA-4 G/1 Rosa Sato Uramati SakabaA-4 G/2 Hiroya Inoshita Onna Sendo UtaEsp-4 G/1 Alice Murakami Nagasaki No TyotyosanEsp-4 G/2 Yoshiko Kosai Kohan No YadoEsp-4 G/3 Yukitoshi Shigueta OshoB-3 Sonia Nishida YawaraA-3 Hissako Mineta Miren GokoroEsp-3 G/1 Hatsumi Sawada Shioya MisakiEsp-3 G/2 Jorge Miyamura Akato Kuro No BluesEsp-6 Setsuko Nishimoto Hatobadayo Ototsan

PISO INFERIOR

Extra-6 Yukio Hashiura Akagui No KomoriutaExtra-5 G/1 Keiko Takahashi Yushima No Shira UmeExtra-5 G/2 Noboru Tamada Meoto ShinjuExtra-5 G/3 Taeko Higa Azami No UtaS.Ext-5 G/1 Hiromitsu Sato Akagui No KomoriutaS.Ext-5 G/2 Milton Kaizuka Tabisugata Sannin OtokoExtra-4 G/1 Itiro Koyabata Esashi KoishiyaExtra-4 G/2 Hiroshi Sato Kooguen ReshaExtra-4 G/3 Shin Uehara Nagasakiwa Kyoumo AmedattaS.Extra-4 Sanemassa Takaki Onna Sendo UtaExtra-3 G/1 Satiko Makinose Akashia No Ame Ga YamutokiExtra-3 G/2 Fernando Shirae MitiS.Extra-3 Masae Uehara Hibari No Sado JyowaA-2 Tereza Iwai Yarazu No AmeEsp-2 Tokiko Araki Ankotsubakiwa Koino HanaExtra-2 Elza Maruyama Tsugaru Kaikyo FuyugueshikiB-1 Sayuri Ide Izayoi MonogatariA-1 Akemi Yamamoto Anata No SobaniEsp-1 Kunihiro Tanahara Sakura No TirugotokuExtra-1 Takeshi Nishimura Otone ZukiyoS.Extra-1 Kazue Fugii Uta Kono Fushi Guina Mono

O Governo Japonês, atra-vés do Consulado Geral doJapão em São Paulo, está acei-tando recomendação ou suges-tões de candidatos à Outorgade Honrarias a Estrangeiros,para o outono do 19° Ano daEra Heisei 2007. Os requisi-tos principais para a indicaçãosão: ter a nacionalidade brasi-leira (excluem-se as pessoasque possuírem a dupla nacio-nalidade com a japonesa e asnaturalizadas brasileiras); ter a

idade superior a 50 anos emnovembro de 2007 e ter traba-lhos prestados em prol do re-lacionamento com o Japão.

Quaisquer recomendaçãoou esclarecimentos adicionais,deverão ser destinadas à Seçãode Assuntos Gerais do Consu-lado Geral do Japão (tel. 11-3254-0100 ou e-mail: [email protected]). A data limitepara sugerir os candidatos paraa outorga no outono é 1º demarço de 2007 (quinta-feira).

ESTRANGEIROS

Governo japonês aceitasugestões para honrarias

CÂMARA JÚNIOR

Nova diretoria será empossadana próxima segunda-feira

A JCI Câmara Junior Bra-sil-Japão, membro da federa-ção mundial de jovens líderes eempreendedores, realiza no pró-ximo dia 5 de fevereiro, às 20h,no Nikkey Palace Hotel, emSão Paulo, a cerimônia de pos-se do novo presidente LeandroHattori e do Comitê Executivo2007.O comitê para a gestão doano de 2007 é composto por:Presidente: Leandro HattoriVice-Presidente ExecutivoIndividual: Marcio MassayukiYochenVice-Presidente ExecutivoIndividual Adjunto: Alexan-dre KawaseVice-Presidente ExecutivoComunitário: Marcos KendiSutoVice-Presidente ExecutivoComunitário Adjunto: EricaSatie HiedaVice-Presidente ExecutivoInternacional: Andre OtsukiVice-Presidente ExecutivoInternacional Adjunto: Ro-berto SekiyaVice-Presidente ExecutivoMercados e Negócios: Fa-bio Yuki

Vice-Presidente ExecutivoMercados e Negócios Ad-junto: Diogo Nomura NetoVice-Presidente ExecutivoTesoureiro: Patricia KasumiInoueVice-Presidente ExecutivoTesoureiro Adjunto: CláudiaNiiyamaVice-Presidente ExecutivoSênior: Emi ImaiSecretário Geral: MariaClaudia YoshidaSecretário Geral Adjunto:Cristiano Issamu KayamaAssessor Jurídico: FabioHitoshi TakedaConselheiros Fiscais:William Carlos Ishiy , HiromiSato, Rodrigo Hayakawa Diretor Cultural - SteveHosoeDiretor Recurso Humanos- Juliana SatoDiretor Comunicação -Maurício NiiyamaDiretor Projeto Pé de Meia- Marcelo YamaguishiDiretor Projeto Integração- Marcia SantosDiretor Administrativo -Ewerton Hirayama

Cerimônia será realizada no Nikkey Palace Hotel, às 20 horas

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