afasia um problema de comunicação
TRANSCRIPT
![Page 1: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/1.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 39
- Colaço, DoraTerapeuta da Fala
Autores
Afasia: Um Problema de Comunicação
Colaço, D.
RESUMOA afasia afecta o indivíduo com dificuldades ao nível da
linguagem mas também a inter-relação que este estabelece com os
seus parceiros de comunicação. Durante o processo de reabilitação,
todos os profissionais que interagem com o paciente afásico são,
portanto, responsáveis por lhe proporcionar uma comunicação eficaz.
A dúvida consiste na variedade de defeitos de linguagem que
estes pacientes apresentam. Na maioria dos casos é comum realçar-
se os problemas de “compreensão” ou de “expressão”. No entanto,
existem diversos tipos de afasia, dependendo da localização da lesão
cerebral, que serão descritos neste artigo segundo a classificação
actualmente aceite.
Este trabalho tem como objectivo a partilha de conhecimento
sobre o doente afásico do ponto de vista da Terapia da Fala,
permitindo uma melhor articulação e troca de informação entre
elementos de equipa, facilitando assim uma abordagem
multidisciplinar.
Palavras Chave: Afasia; Tipos de Afasia; Defeitos de Linguagem
![Page 2: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/2.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
IntroduçãoA comunicação é uma actividade social,
rica e complexa, que envolve competências
linguísticas, cognitivas e pragmáticas.
Relativamente às competências linguísticas
temos, então, a “linguagem”, que corresponde
a um sistema de sinais simbólicos utilizados
por uma pessoa para comunicar com outras.
Uma linguagem eficaz implica diversos
processos: o desenvolvimento dos
pensamentos a serem comunicados; a
selecção, formulação e ordenação das
palavras; a aplicação das regras gramaticais; e
o início dos movimentos musculares para
produzir discurso verbal (Hoeman, 1996). Na
afasia, muitos destes processos estão
afectados. Por esta razão, o estudo da afasia
pode oferecer dados para uma melhor
compreensão do funcionamento cerebral da
produção de linguagem.
A capacidade de linguagem é um
processo que envolve múltiplas estruturas do
hemisfério cerebral esquerdo (HE). No entanto,
algumas capacidades linguísticas podem ser
afectadas por lesões do hemisfério cerebral
direito (HD) – prosódia, compreensão de
humor e provérbios, etc. –, o que pressupõe
que o seu controlo é efectuado por áreas aí
localizadas. Uma lesão cerebral localizada em
estruturas que se julgam estarem envolvidas
no processamento da linguagem pode, então,
provocar afasia (Castro-Caldas, 2000).
Afasia
Afasia pode ser definida como uma
alteração adquirida da linguagem, de causa
neurológica, caracterizada pelo
comprometimento linguístico da produção e
compreensão de material verbal, da leitura e
da escrita (Chapey, 2008). Esta perturbação
exclui todas as perturbações associadas a
défices motores e/ou sensoriais, deficiência
mental, perturbações psiquiátricas ou
demência (Leal, 2003).
Tipos de Afasia
Até há alguns anos pensava-se que as
afasias resultavam exclusivamente de lesões
corticais. Estudos mais recentes revelam que
lesões subcorticais podem originar alterações
de linguagem, denominadas afasias
subcorticais, ou atípicas (Castro-Caldas,
2000). Considera-se, assim, a existência de
dois grandes grupos de afasia: afasias típicas
e afasias atípicas.
As afasias típicas resultam de uma
lesão cortical e a etiologia é vascular. Podem
ser classificadas em oito tipos diferentes:
Afasia de Broca; Afasia de Wernicke; Afasia de
condução; Afasia global; Afasia transcortical
motora; Afasia transcortical sensorial; Afasia
transcortical mista; e Afasia anómica.
Esta classificação é feita de acordo
com quatro parâmetros de avaliação: a
capacidade de nomeação, a fluência do
discurso, a capacidade de compreensão
auditiva de material verbal e a capacidade de
repetição. No quadro 1 estão enumerados os
diferentes tipos de afasia e os sinais clínicos
fundamentais.
Estes quadros repetem-se com alguma
regularidade na população de doentes que
sofreram acidentes vasculares cerebrais
(AVC), reflectindo a perda da função cerebral
nas áreas irrigadas pelas diferentes artérias.
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 40
![Page 3: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/3.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
NOMEAÇÃO FLUÊNCIA COMPREENSÃO REPETIÇÃO TIPO DE AFASIA
P
Fluente
NN Anómica
P Condução
PN Transcortical Sensorial
P Wernicke
Não fluente
NN Transcortical Motora
P Broca
PN Transcortical Mista
P Global Legenda: P – Perturbado N – Normal
Quadro 1. Classificação dos quadros de afasia (Castro-Caldas, 2000).
Desta forma, importa fazer uma breve
caracterização sobre cada um dos quadros de
afasia.
Afasia de BrocaA afasia de Broca corresponde ao
quadro clínico de afasia cuja descrição é mais
antiga. Nestes casos, os indivíduos
apresentam uma afasia não fluente,
caracterizada essencialmente por uma
redução do débito verbal, levando ao uso
exclusivo de palavras isoladas, na maioria das
vezes substantivos, e em alguns casos, a
produção de uma única palavra ou sílaba,
utilizada em diferentes contextos e com
diferentes entoações (Habib, 2000), a que se
chama estereótipo verbal1.
Frequentemente, esta redução incide
essencialmente na flexão dos verbos, no uso
de palavras gramaticais (pronomes,
preposições, etc.), por isso há autores que
falam em agramatismo (Habib, 2000). No
1 A designação deste processo foi iniciada por Paul
Broca que descreveu, em 1861, um caso de um
homem, doente Leborgne, cujo estereótipo verbal era
a produção “tan”. Daí surgiu a expressão, ainda
utilizada, “Ele está ‘tan-tan’.”.
entanto, será mais correcto falar-se em
“incapacidade de introduzir no discurso
algumas das suas regras” (Castro-Caldas,
2000), visto que a grande maioria destes
indivíduos compreende as relações sintácticas
produzidas pelos outros.
A dificuldade em atribuir o nome
correcto a cada objecto encontra-se alterada
e pode ir desde uma incapacidade completa a
uma redução ligeira na capacidade de
evocação. Estes doentes apresentam
dificuldade em encontrar a posição
articulatória correcta durante a produção
verbal, provocando erros e distorções (Leal,
2003).
Exemplo 1 (paciente com afasia de
Broca):
TF (apontando para a imagem de uma
cadeira): Isto é uma…
Doente: Panela.
TF: É uma cadeira.
Doente: Uma cadela.
De forma geral, a compreensão de
material verbal simples e discurso coloquial
encontra-se bem preservada.
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 41
![Page 4: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/4.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
Afasia de WernickeDe forma inversa, a afasia de Wernicke
caracteriza-se por graves perturbações da
compreensão, ao passo que a fluência do
discurso é normal. Esta produção verbal é
marcada por certas alterações, designadas
por parafasias. Quando a alteração é tão
grande que torna a palavra ininteligível e, na
maioria dos casos são palavras que não têm
nenhuma semelhança com a palavra-alvo
falamos em neologismos. Noutras ocasiões, o
doente fixa-se numa determinada palavra
produzida pelo próprio e, posteriormente, tem
dificuldade em abandonar o padrão
articulatório que o faz produzir essa palavra,
ou seja, produz constantemente a palavra que
ficou como que “activada” no cérebro. Este tipo
de perturbação verbal oral denomina-se
perseveração verbal.
Tanto as parafasias como o fenómeno
de perseveração podem ocorrer em qualquer
tipo de afasia. Porém, nos indivíduos com
afasia de Wernicke, o conjunto destas
perturbações torna o discurso,
frequentemente, ininteligível. Quando o
discurso é totalmente constituído por palavras
incompreensíveis, falamos em jargonafasia.
O doente produz uma grande
quantidade de discurso a débito normal mas
com a sua estrutura morfológica muito
alterada. O que se revela interessante é o
facto de, na maioria dos casos, o indivíduo ser
incapaz de reconhecer os seus erros, com a
agravante de considerar que os não está a
fazer (anosognosia).
Em muitos casos, o discurso apresenta
uma estrutura sintáctica correcta mas
desprovido de conteúdo semântico relativo ao
contexto, veja-se o seguinte exemplo do
discurso de uma paciente com afasia de
Wernicke passado em contexto hospitalar.
Exemplo 2:
Doente: Pode dar-me o casaco que
está ali? (apontando para a mala da
terapeuta)
TF: Não é um casaco, é uma mala.
Doente: Pois é, é a mala da do 1.º dir.
Doente: Que raios, tudo fechado.
TF: Quer que puxe a cortina?
Doente: Para mim tanto faz, com
bocejo ou sem bocejo, tanto me dá.
Relativamente à compreensão,
Hoeman (1996) refere que a compreensão de
ordens axiais, como “levante-se” ou “volte-se”
está muitas vezes mantida e as “ordens
relativas às extremidades, como ‘aponte para
a porta’ não são compreendidas”. No entanto,
é necessário verificar o contexto e as pistas
gestuais que são fornecidas ao doente, assim
como a diferença da complexidade sintáctica
entre estes dois tipos de ordens.
Afasia globalA afasia global evolve uma grande
dificuldade de compreensão e produção de
linguagem, correspondendo à forma mais
grave de afasia.
Estes doentes praticamente não
produzem discurso e apresentam um grave
défice de compreensão auditiva, apesar de
poderem cumprir ordens devidamente
contextualizadas e muito frequentes.
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 42
![Page 5: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/5.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
Afasia de conduçãoTal como os indivíduos com afasia de
Broca, estes doentes têm um bom nível de
compreensão de material verbal. A produção
do discurso é fluente, na qual estão presentes
algumas formas sintácticas elementares. Ao
contrário dos afásicos de Wernicke, os
doentes com afasia de condução não
cometem muitos erros na escolha das
palavras. Porém, cometem frequentemente
erros de selecção e transposição de fonemas
e sílabas (Goodglass, 1979), como se pode
observar nos exemplos seguintes.
Exemplo 3: Perante a imagem de uma
gilete:
Doente: Ah isso… (sussurro).
TF: Diga mais alto.
Doente: Eu estou a ver se vejo. Estava a
ver se vinha, estava a ver se vinha pra…
Doente: Li-zete. Não! Li…
TF: É parecido.
Doente: Pois, Lizete. Não!
Doente: Fazer a barba. Barbear.
Barbear. É…
Doente: Lá, lé… Ai não vai…
Doente: Gilete.
Doente: Gi-le-te. Gi-le-te. Não vinha…
Exemplo 4: Perante uma imagem de
uma frigideira:
Doente: Um… Pri, soprassizeira.
Frizeira, frezeira. Não! Não é!
TF: É parecido.
Doente: É parecido, mas não é.
Doente: Frenizeira. Não, não é. Não vai.
TF: Quer que eu diga? Ou ainda
consegue.
Doente: Não, não consigo. Não vai, não
vai de repente, não vai.
TF: Frigideira.
Doente: Ah, pois, freligeira, freligeira.
Não, não é bem assim.
TF: É parecido. Frigideira.
Doente: Frigideira. Frigireira. Não, não
vai bem.
Este tipo de dificuldades na selecção da
palavra correcta pode ser aproximadamente
comparado com o chamado fenómeno de
“palavra-debaixo-da-língua” que todos nós já
experimentamos (Fromkin & Rodman, 1993).
Agora, pode-se imaginar a gravidade da
situação se raramente se conseguisse
encontrar a palavra pretendida.
Afasias transcorticaisA característica fundamental das
afasias transcorticais corresponde à boa
capacidade de repetição de linguagem.
Podem, em paralelo com as afasias de Broca,
apresentar um discurso não fluente, e por
isso, denominarem-se motoras; se
apresentarem defeitos de compreensão
auditiva – semelhança com as afasias de
Wernicke – designam-se sensoriais. Se
tiverem ambos os defeitos são chamadas de
afasias transcorticais mistas (Castro-Caldas,
2000).
A afasia transcortical motora
caracteriza-se por discurso espontâneo pouco
fluente, embora a compreensão, as
capacidades de articulação e a repetição
estejam mantidas. Aparentemente, a
linguagem do indivíduo é estritamente normal,
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 43
![Page 6: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/6.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
mas não a pode utilizar de forma espontânea
(Habib, 2000).
Na afasia transcortical sensorial ocorre
uma perturbação maciça da compreensão da
linguagem oral e escrita, ficando, porém,
conservada a repetição (sem valor
comunicativo espontâneo).
Afasia anómicaA afasia anómica é uma perturbação
que se confina ao nível lexical da linguagem.
Embora a articulação e a organização
sintáctica estejam intactas, estes doentes têm
uma dificuldade notável em produzir os
elementos lexicais – nomes e verbos
principais. O conteúdo do seu discurso é,
portanto, fluente embora vazio, com muitos
termos indefinidos – “isso”, “aquilo” “coiso”, etc.
– e circunlóquios que substituem os nomes
(Habib, 2000), por exemplo, poderão dizer
“aquilo que serve para cortar” quando se
querem referir a uma faca.
Este tipo de afasia é o menos grave,
uma vez que os indivíduos apenas apresentam
maior dificuldade em encontrar os nomes
(perturbação presente em todos os tipos de
afasia), estando poupadas as restantes
capacidades.
Afasias atípicasAs afasias atípicas dividem-se em
afasias cruzadas, que afectam pessoas
dextras com lesão no HD, e em afasias
subcorticais, que resultam de lesões nas
estruturas subcorticais do HE (Habib, 2000).
As lesões subcorticais originam afasias com
características que não são passíveis de
agrupar, embora apresentem algumas
semelhanças com alguns dos tipos de afasias
típicas.
A utilidade da classificação das afasias
é preferencialmente de arquivo e de
organização e partilha de informação entre
profissionais, porque, na realidade, o que
parece ser fundamental é o desenvolvimento
de estratégias de intervenção adequadas a
cada paciente e, através de investigação
científica perceber de que forma o estudo
desta patologia pode contribuir para o
aumento do conhecimento do processamento
da linguagem.
Bibliografia
- Castro-Caldas, A. (2000). A herança de
FranzJoseph Gall. Lisboa: McGraw-Hill
- Chapey, R. (2008). Language intervention
strategies in aphasia and related neurogenic
communication disorders, 5ª edição. Lippincott
Williams & Wilkins
- Fromkin, V. & Rodman, R. (1993). Introdução
à linguagem. Coimbra: Livraria Almedina.
- Goodglass, H. (1979). Neurolinguística:
aspectos da clínica e da investigação. Análise
Psicológica, 4 (II), 465-480
- Habib, M. (2000). Bases neurológicas dos
comportamentos. Lisboa: Climepsi.
- Hoeman, S. (1996). Enfermagem de
reabilitação: processo e aplicação. Lisboa:
Lusociência.
- Leal, G. (2003). A influência da frequência de
uso das palavras na capacidade de nomeação
dos afásicos. Monografia final do curso de
licenciatura em Terapia da Fala. Alcoitão:
Escola Superior de Saúde do Alcoitão.
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 44
![Page 7: Afasia Um Problema de Comunicação](https://reader035.vdocuments.site/reader035/viewer/2022081811/55cf9b64550346d033a5e5bf/html5/thumbnails/7.jpg)
Afasia: Um Problema de Comunicação
– Jakubovicz, R. & Cupello, R. (2005).
Introdução à afasia: diagnóstico e terapia. Rio
de Janeiro: Revinter.
GlossárioCapacidade de evocação – Produzir o nome
de algo que não se encontra no campo visual
do indivíduo. Pode corresponder à produção de
uma palavra durante o discurso espontâneo
ou através de exercícios de evocação como,
por exemplo, produzir nomes de frutos
(evocação semântica) ou produzir nomes
começados pela letra “p” (evocação
fonológica).
Capacidade de nomeação – Produzir o nome
de um objecto/imagem através da
confrontação visual.
Débito verbal – Número de palavras
produzidas por unidade de tempo.
Estereótipo verbal – Substituição do discurso
por uma palavra ou por um neologismo. O
estereótipo substitui todo o discurso, com
diferentes entoações e acompanhado de
comunicação não-verbal (gestos, expressão
facial), o que permite, muitas vezes, ao doente,
fazer-se entender.
Fluência do discurso – A fluência do discurso
depende de sete componentes: o débito, o
esforço produtivo, a articulação, o
comprimento frásico, a prosódia, as
características do léxico e as parafasias
(Castro-Caldas, 2000).
Jargonafasia – Todo o discurso é substituído
pela produção de neologismos (Castro-Caldas,
2000).
Neologismo – Palavra muito alterada que não
se assemelha a nenhuma palavra da língua do
falante.
Parafasia – Substituição da palavra-alvo por
outra palavra (Jakubovicz & Cupello, 2005).
Exemplos: Produzir “caneta” em vez de
“lápis” (parafasia semântica) ou produzir
“cavinete” em vez de “canivete” (parafasia
fonológica).
Perseveração verbal – Quando o paciente se
fixa numa determinada palavra produzida pelo
próprio e, posteriormente, tem dificuldade em
abandonar o padrão articulatório que o faz
produzir essa palavra, ou seja, produz
constantemente a palavra que ficou como que
“activada” no cérebro.
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº 4, Ano 2008, Página 45