adventist world portuguese may 2011

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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Maio 2011 14 A Casa de Deus e a Casa de Perdição 27 Símbolos do Espírito Santo no Tempo do Fim 8 Liberdade de Escolha Ignorância Da ao Conhecimento Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

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Page 1: Adventist World Portuguese May 2011

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Maio 2011

14 A Casa de Deus e a Casa de Perdição

27 Símbolos do Espírito Santo no Tempo do Fim

8 Liberdade de Escolha

IgnorânciaDaao

Conhecimento

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

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Maio 2011

I G R E J A E M A Ç Ã O

Editorial ............................ 3

Notícias do Mundo 3 Notícias & Imagens

Visão Mundial 8 Liberdade de Escolha

S A Ú D E N O M U N D O

Hipertensão ...................11Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Livre para Escolher ...........................26Por Ángel Manuel Rodríguez

E S T U D O B Í B L I C O

Símbolos do Espírito Santo no Tempo do Fim ...............27Por Mark A. Finley

I N T E R C Â M B I O M U N D I A L

29 Cartas30 Lugar de Oração31 Intercâmbio de Ideias

O Lugar das Pessoas ............................32

A R T I G O D E C A P A

Da Ignorância ao ConhecimentoPor Adugnaw Worku ........................ 16A providência de Deus o levou a lugares que nem podia imaginar.

D E V O C I O N A L

Duras Arestas Por Gerald A. Klingbeil .................... 12Ele sabe como polir Seus tesouros.

V I D A A D V E N T I S T A

A Casa de Deus e a Casa de Perdição Por Kim Papaioannou ................................................................. 14Lições por contraste.

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

“Como Eu Amo a Tua Lei” Por A. Rahel Shafer ..................................................................... 20Alguns, se irritam com a lei de Deus. Outros, a conhecem melhor.

D E S C O B R I N D O O

E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Adaptação dos Escritos de Ellen White Por William Fagal ....................................................................... 22Os tempos, as circunstâncias e a linguagem mudam – mas não os princípios.

S E R V I Ç O A D V E N T I S T A

Edificando Igrejas e Crianças Por Laurie Falvo .......................................................................... 24Levando o evangelho onde o território é vasto e grandes os desafios.

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 7, nº 5, Maio de 2011.

Tradução: Sonete Magalhães Costa

www.portuguese.adventistworld.org

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Um incêndio devastador destruiu parte da sede da União Britânica (UB), em Watford, Inglaterra. Contudo, apenas dois anos e quatro meses depois, o presi-dente da Associação Geral, Pr. Ted Wilson, cortou a fita de inauguração do prédio reconstruído. Vindo de vários lugares, inclusive das distantes Escócia e Irlanda, centenas de convidados aplaudiram o fato.

O Pr. Wilson falou sobre a experiência dos doze espias que estiveram na Terra Prometida, e comparou o negativismo dos dez espias em relação à natureza positiva de Josué e Calebe. Teria sido fácil desanimar com o incêndio que destruiu

N O T Í C I A S D O M U N D O

parte do prédio, mas usando o princípio do “copo meio cheio”, ao invés de “meio vazio”, ele exortou a congregação, que incluía os funcionários do escritório, a olhar o lado positivo quando usarem os recursos do novo prédio para levar a mensagem adventista às ilhas britânicas, com mais eficiência.

Todos, arquitetos, construtores e planejadores, tinham sua parte da história para contar, mas Alan Burtenshaw, vereador de Watford, resumiu dizendo que a nova construção reuniu o melhor do antigo prédio acrescentado de um estilo moderno que, segundo Victor

Quem nos Mantém Unidos

Hoje, os narcisos do meu quintal estão maravilhosamente amarelos

e sou tentado a falar com entusiasmo sobre a alegria de ver os botões desabrochando e a afluência da seiva. Mas, a meio mundo de distância, aqueles que compartilham de minha fé adventista estão ajuntando lenha para o inverno que se aproxima, fazendo suas colheitas e procurando roupas mais quentes.

Falo e escrevo em inglês, um idioma híbrido devido à influência do francês, alemão, latim e uma dúzia de outras línguas. Entretanto, milhões dos que leem essas palavras compreenderão seu significado em pelo menos catorze idiomas que não leio e não entendo. No plano divino, a fé dessas pessoas não depende das excentricidades da minha língua materna.

Todos os sábados, dirijo meu carro para ir à igreja e reclamo do aumento do preço da gasolina. Mas para milhões de meus irmãos e irmãs em Cristo, a distância entre seu lar e o local de culto é medido passo a passo, pelas savanas, através de florestas ou pelas ruas aglomeradas das cidades. O combustível de que necessitam é a refeição que partilham após o culto.

Venho de povos com raízes na Inglaterra, Itália e Estados Unidos. Mas para milhares de adventistas do sétimo dia, é difícil

pensar nesses países sem também se lembrar das confusões e conflitos que têm perturbado a paz e a alegria em sua terra natal.

Quando avaliamos as coisas que nos dividem – lingua-gem, cultura, histórias da nação, até o ciclo das estações – é de se admirar, do ponto de vista humano, que esta igreja remanescente realmente exista. Muitas outras religiões não se esforçam para alcançar o objetivo para o qual somos chama-dos no adventismo. Ao contrário, celebram tudo o que é local, ímpar, particular ou étnico. Mas o princípio organizacional deste movimento nunca foi e nunca será acomodado ao nos-so estilo de vida. Uma religião mundial tem sua base e centro de satisfação no Senhor que não é conhecido apenas em um idioma, uma cultura ou por uma identidade nacional.

“Ele é antes de todas as coisas”, escreveu o apóstolo Paulo séculos atrás, “Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia” (Cl 1:17, 18)*

Quando orar, peça as bênçãos de Deus sobre seus irmãos ao redor do globo que não se parecem com você, não falam como você, não comem o que você come ou cantam o que você canta. Interceda para que alcancem plenitude no Senhor que é o grande Alguém a quem temos em comum.

– Bill Knott

*Texto Bíblico extraído da versão João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada.

E D I T O R I A L

CORTANDO A FITA: Pastor Ted N. C. Wilson (terceiro da esquerda) prepara-se para cortar a fita de inauguração da reconstrução do prédio da União Britânica, Inglaterra.

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Wilson Inaugura Reconstrução da Sede Adventista Britânica

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Pilmoor, tesoureiro da União Britânica (UB), demonstra “a coerência da fé adventista e dirige o olhar ao céu, possibilitando a visão do ‘Eden’ que é a área do Parque Stanborough.”

“O dia estava perfeito”, comentou Audrey Balderstone, membro ativo da comunidade de Watford. Ela não se referia ao clima, que durante o período ficou úmido e nublado, mas à exortação do Pr. Wilson, à linda música do Grupo Vocal Adventista, à história do trabalho da igreja nas ilhas britânicas e à rededicação do prédio da UB.

Don McFarlane, presidente da UB, falou sobre a alegria do processo de reconstrução que resultou num escritório próprio para atender às necessidades da igreja do século XXI. “O desafio para nós que trabalhamos no escritório é fazer dele não apenas um local de trabalho agradá-vel”, disse ele, “mas um local onde Deus está impactando a vida dos líderes da igre-ja, e onde permitimos que o Espírito Santo tome os planos e ideias e os transforme em experiências vivas para a glória de Deus.”– reportagem de Victor Hulbert, Diretor de Comunicação da União Britânica

Canal Adventista Atrai Grande Audiência no Oriente Médio

O canal de televisão adventista do sétimo dia com sede em Beirute, Líbano, está atraindo extraordinária atenção. Pouco depois de inaugurado, o Depar-tamento de Relações Públicas do Centro de Mídia Al Waad constatou um aumen-to no número de e-mails e de acessos à página da internet (www.al-waad.tv) do Al Waad (Canal da Promessa).

Assim que os telespectadores come-çaram a assistir à programação do Al Waad, ficaram gratos pelo novo canal cristão. Ficaram tão felizes que muitos deles começaram a promover o canal em páginas particulares da Internet.

“Para minha surpresa, encontrei na Internet muitas pessoas que haviam assistido ao Al Waad na TV e o estão pro-movendo em suas páginas. Eles colocam

fotografias dos programas, fazem links para a nossa página, postam a frequência de onde achar o Al Waad e escrevem comentários sobre o conteúdo desse canal”, disse Tawfik Megally, diretor de áudio no Centro de Mídia Al Waad.

As páginas da Internet que estão incentivando a população a assistir ao Al Waad não são adventistas; algumas delas são da igreja Ortodoxa Copta, mas a maioria é de muçulmanos.

“Fiquei impressionado com o impacto que o lançamento do Al Waad provocou aqui no Oriente Médio. O Al Waad está sendo divulgado “boca a boca”, pelas várias páginas da Internet, pelos membros da igreja, por e-mail e muito mais”, disse Megally.

O Oriente Médio e o norte da África estão vivendo um período de mudanças sem precedentes. Ondas de liberdade es-tão atingindo toda essa região. Os jovens estão se levantando contra as ditaduras e atrocidades reinantes por décadas.

Será que Deus está dando à igreja adventista a chance de servir e de levar a mensagem do tempo do fim para as pessoas do mundo árabe? É providen-cial que tanto o Hope Channel (TV Adventista Mundial) como a Rádio Mundial tenham montado, simultane-amente, seus estúdios quando todo o Oriente Médio e o norte da África estão lutando por liberdade? Será que esse

movimento incluirá liberdade religiosa?–reportagem de Amir Ghali, tedNEWS

O Web Site Adventus 21 Leva Livros Adventistas ao Grande Público

Encontrar livros adventistas do sétimo dia, tanto acadêmicos como outros, espe-cialmente em espanhol, ficou mais fácil para os clientes internacionais, graças ao novo site, www.Adventus21.com, dedica-do à venda e distribuição desses livros.

“O Editorial Adventus é uma parceria interuniversitária criada para promover,

EQUIPE DO AL-WAAD: Os funcionários do novo Al Waad (Canal da Promessa) estação de televisão em Beirute, Líbano, são apresentados na cerimônia de inauguração.

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Página na Internet, Adventus 21

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distribuir e publicar livros acadê-micos, revistas, pesquisas e vídeos educacionais que se encaixam na categoria bíblico-cristã, para beneficiar educadores, bibliotecas, estudantes, profissionais e outros leitores”, segundo comunicado no site. “Nosso objetivo é estimular a mente e cultivar o espírito de uma clientela internacional, com material de leitura e vídeos em vários idiomas. O catálogo eletrônico, organizado em categorias, facilita a compra de produtos de qualidade a preços acessíveis.”

O empreendimento foi idealizado por Humberto M. Rasi, ex-diretor de educação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, hoje aposen-tado. Ele diz que outro objetivo do projeto é “criar um consórcio entre as univer-sidades adventistas na América Latina para obter recursos para a publicação de livros textos e monografias necessários em nossas instituições educacionais.–equipe da Adventist World

Neal Wilson–“Mentor,” “Homem de Visão,” e “Papai”– é Lembrado em Cerimônia na Sede Mundial da Igreja Por Mark A. Kellner, editor de notícia

Neal Clayton Wilson, por onze anos presidente da Associação Geral (AG) dos Adventistas do Sétimo Dia, foi lembrado no dia 19 de janeiro de 2011, na cerimônia em sua memória, como alguém cuja “grande obsessão” era a “abençoada esperança do retorno de Jesus para buscar Seus filhos.”

Wilson, presidente da AG de 1979 a 1990 e fundamental na expansão da Rádio Mundial, da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assisten-ciais (Adra), e pela igreja na antiga União Soviética, faleceu no dia 14 de dezembro de 2010, aos 90 anos de idade, após enfermidade prolongada. Deixa esposa, Elinor, duas irmãs, um irmão, o filho, a filha, quatro netos e quatro bisnetos.

Líderes adventistas, num total de catorze, e membros da família Wilson,

prestaram homenagem a Neal Wilson diante de um auditório de mais de quinhentas pessoas na sede mundial. O Hope Church Channel, um dos canais do Hope Channel (TV Adventista Mundial), transmitiu a cerimônia que também pode ser acompanhada pela Internet.

“Este não é um momento onde damos à morte a oportunidade de reinar sobre nós”, declarou Charles E. Bradford, sucessor de Wilson na presidência da Divisão Norte Americana. “Tudo que Neal Wilson conquistou foi por meio do seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo.”

Durante as duas horas e meia do evento, todos os que usaram da palavra confirmavam a dedicação de Wilson na missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que norteou as várias décadas em que serviu a igreja. Filho de missioná-rios, foi também missionário e líder de associação, união, divisão e da igreja mundial; sua dedicação na proclamação das Três Mensagens Angélicas – textos de Apocalipse 14 que predizem o retor-no de Jesus– foi fundamental.

Ele “foi uma torre de justiça em um deserto de desespero e trouxe es-perança ao nosso coração”, disse C. D. Brooks, chamado por Wilson para ser evangelista de uma união. Brooks disse que Wilson era amado pela comuni-dade afro-americana por sua posição contra o racismo e pela reconciliação dentro do movimento adventista.

“Nossos pais foram pais maravilhosos e foi uma bênção crescer em um lar

cristão”, disse o Pr. Ted N. C. Wilson, filho de Neal Wilson e atual presidente da Associação Geral. Lembrando a profunda fé que ambos compartilhavam nos ensinos bíblicos sobre a ressurreição dos justos na segunda vinda de Jesus, Ted Wilson disse com segurança: “Verei meu pai outra vez.”

Rádio Mundial Adventista Realiza Concílio na Região Asiática do Pacífico.

Quinze países da região Asiática do Pacífico foram representados no concílio quinquenal da Rádio Mundial Adventista (AWR), nos dias 22 e 23 de fevereiro, na ilha de Batam, Indonésia.

Essa região compreende três divisões da Igreja Adventista do Sétimo Dia: a Divisão Asiática do Pacífico Sul (SSD), com sede nas Filipinas; a Divisão Asiática do Pacífico Norte (NSD), sul da Coréia e a Divisão Sul-Asiática (SUD), Índia.

Os participantes do evento eram diretores de comunicação, diretores de estúdios da AWR e produtores de programas. Entre os oradores do evento estavam os líderes da AWR, Dowell Chow, presidente mundial; Greg Scott, vice-presidente; Kent Sharpe, vice-presidente financeiro; Claude Richli, diretor de marketing e editor associado das revistas Adventist Review e Adventist World; e dois membros da comissão administrativa da AWR, Dyane Pergerson e Don Martin.

Jonathan Wagiran, diretor da AWR da região Asiática do Pacífico e Anniston Mathews, diretor de programa da AWR,

Acima: TRIBUTO DA FAMÍLIA: Shirley Wilson Anderson, esquerda, professora da Walla Walla University, e Pastor Ted N.C. Wilson, direita, presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, falam na cerimônia em memória de seu pai, Neal

Wilson, ex-presidente da Associação Geral, falecido no dia 14 de dezembro de 2010. Esquerda: Capa da Adventist Review

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coordenaram o evento e fizeram palestras. O evento foi repleto de atividades

espirituais e relatórios dos diferentes cam-pos. Nos dois dias do concílio, no centro do palco, foi dedicado um período de tempo à oração. Essa foi uma atividade de adoração, gratidão, confissão e súplica.

A AWR usa como principal veículo as ondas curtas de rádio, mas também utiliza outras mídias como a Internet, Podcasts, iTunes e redes sociais como o Facebook e Twitter.

Greg Scottr enfatizou a importância de respeitar as leis dos direitos autorais. Sobre esse assunto, Don Martin refor-çou que os “produtores de rádio devem ter muito cuidado utilizando apenas os materiais registrados, com a devida autorização e os créditos.”

Kent Sharpe deu as informações sobre a disponibilidade de recursos para realização de novos projetos para o avanço do ministério da AWR.

Wagiran apresentou um longo relató-rio sobre o progresso da AWR na região Pacífico-Asiática e ressaltou seus planos para o futuro. Durante o evento foi anun-ciado que a Indonésia é o segundo país, depois dos Estados Unidos, na utilização das redes sociais como o Facebook, que podem ser utilizadas para distribuir os programas da AWR que são facilmente acessados por telefones celulares.–reportagem de Samuel Simorangkir, Divisão Asiática do Pacífico Sul

Impulsionados pelo objetivo de aperfeiçoar a educação em todas as igrejas adventistas do sétimo dia na América Cen-tral, presidentes e vice-presidentes das instituições de ensino

superior, como também os presidentes das respectivas mesas administrativas, reuniram-se em comissão especial para avaliar as funções de gerência, administrativas e processos de avaliação das treze universidades daquele território.

Mais de setenta líderes de educação se reuniram para renovar seu comprometimento com a educação cristã, no campus da Universidade Adventista da América Central, em Alajuela, Costa Rica, nos dias 2 e 3 de março de 2011.

“Essas reuniões foram o primeiro passo para estabelecer boas práticas de gestão identificadas pelos administradores de nossas instituições”, disse Gamaliel Florez, diretor de educação da igreja na América Central.

N O T Í C I A S D O M U N D O

Por Libna Stevens, assistente de comunicação, na Divisão Interamericana, escrevendo de Alajuela, Costa Rica

Administradores Priorizam Melhoramentos nas Instituições Educacionais na

Os administradores das universidades puderam ver claramente o papel e o dever de cada conselho administrativo ou entidade e as funções como gerentes de tais instituições, explicou Florez, que foi acompanhado por uma equipe de palestrantes da sede da Divisão Interamericana (IAD), e da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

“Os conselhos administrativos devem saber que sua função é administrar e não acompanhar de perto”, acrescentou Florez. “Os administradores também foram lembrados de que seu papel é exercer suas funções administrativas sem tocar nas áreas de ação exclusiva do conselho administrativo.”

Cada uma das instituições adventistas na IAD é dirigida pelo conselho ou corpo diretivo da respectiva união. A única exceção é a Universidade de Montemorelos, na região norte do México, que é administrada pela divisão.

Os líderes das universidades também estabeleceram parâ-metros para avaliar as instituições, identificando as práticas administrativas mais eficientes em cada instituição.

A respeito do encontro, disse Florez: “Tudo isso é parte do processo para melhorar a educação adventista para os cerca de

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SEMINÁRIO DA AWR: Delegados de quinze países compareceram ao seminário da Rádio Mundial Adventista, na Indonésia.

A Igreja em Ação

Comissão especial revisa funções e procedimentos em treze universidades.

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17 mil estudantes matriculados nas 13 universidades adven-tistas e uma faculdade da América Central”.

Aperfeiçoar a administração das instituições não foi o único objetivo da comissão especial, mas também a oportu-nidade de os líderes se comprometerem a ajudar os jovens a crescer espiritualmente, para que possam cumprir o plano que Deus tem para eles.

“Não somos chamados para questionar a filosofia da educação cristã adventista”, disse Florez, “mas para garantir que a instituição à qual fomos chamados para administrar continue cumprindo sua missão. Nossas instituições devem ser protegidas contra qualquer influência negativa que possa minar a crença dos alunos ou desviá-los da salvação.”

Trata-se de oferecer uma educação que molde profis-sionais qualificados na sua área de conhecimento, explicou Florez. “Nossas universidades e escolas estão educando para este mundo ou para a eternidade? Estamos ajudando nossos alunos a desenvolver maior comunhão com Deus? Essas são perguntas que farão parte da avaliação de nossas instituições”, acrescentou ele.

Os líderes votaram numa declaração de compromisso de “promover reforma e reavivamento espiritual em todas as nossas universidades, colocando em primeiro lugar as Escrituras Sagradas, a norma perfeita da verdade, como fonte de todo conhecimento, e a oração como instrumento de fortalecimento espiritual”, entre outras declarações.

Objetivando o fortalecimento espiritual, os líderes das universidades promoveram atividades de reavivamento espi-ritual em suas instituições durante o mês de abril.

A comissão especial concluiu o evento com uma cerimônia homenageando líderes universitários pelo tempo de serviço na educação cristã adventista.

Entre os oradores dessa comissão especial, estavam Lowell Cooper, vice-presidente da igreja adventista mundial. E da Divisão Interamericana: Israel Leito, presidente; Elie Henry, secretário executivo; Filiberto Verduzco, tesoureiro; Myrna Costa, vice-presidente, Gamaliel Florez, diretor de educação; Efrain Velasquez, diretor acadêmico do seminário teológico e Ekel Collins, vice-diretor para questões estudantis na Universidade Montemorelos.

Por Libna Stevens, assistente de comunicação, na Divisão Interamericana, escrevendo de Alajuela, Costa Rica

Administradores Priorizam Melhoramentos nas Instituições Educacionais na

ENCONTRO DE ADMINISTRADORES: Administradores das universidades adventistas de toda América Central reuniram-se em comissão especial com o objetivo de aperfeiçoar as práticas administrativas das instituições de ensino superior. A reunião foi realizada na Universidade Adventista da América Central em Alajuela, Costa Rica, nos dias 2 e 3 de março de 2011.

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América Central. Comissão especial revisa funções e procedimentos em treze universidades.

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V I S Ã O M U N D I A L

Entre todas as crenças adventistas do sétimo dia, uma das principais e estritamente baseada nas Escri-

turas, é a crença da liberdade de escolha. Este é, de fato, o tema central do grande conflito entre o bem e o mal. Muito antes do início dos tempos, ela já existia. O sistema de governo de Deus sempre foi baseado em Seu caráter; afinal, “Deus é amor”(1 Jo 4:8). Toda obediência que resulta da força e do medo é contrária aos princípios de Deus. Satanás ataca o fundamento do sistema de governo de Deus ao declarar que ninguém O adora por amor, mas por medo. Por isso, Deus pôs a árvore do conhecimento do bem e o mal no Jardim do Éden, dando ao ser humano liberdade de escolha de obedecer-Lhe ou não.

Após nossos primeiros pais terem escolhido o senhorio de Satanás, de fato, perderam seu poder de escolha. Não havia mais retorno ao perfeito estado de obediência a Deus por amor. A iniciativa teve que vir de fora, pois Deus tinha a solução. Antes da criação da terra, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo haviam formulado um plano de salvação, no qual Jesus

tomaria o nosso lugar. Cristo veio a esta terra, viveu uma vida de obediên-cia amorosa ao Seu Pai, refutando as declarações de Satanás de que a lei de amor de Deus não podia ser obedecida. Ele, então, morreu por nós e pagou o preço por nossos pecados para que outra vez tivéssemos o poder de escolha.

A obra de Cristo por nossa salvação não terminou com Sua morte na cruz. Ele agora intercede por nós no Lugar Santíssimo do santuário celestial. O juízo investigativo iniciado em 1844 (Dn 8:14) gira principalmente em torno das escolhas, à medida que se fazem públicos os registros dessas escolhas, de cada indivíduo, a favor ou contra Deus.

Dentro do Coração Por essa razão, os Adventistas do

Sétimo Dia promovem tenazmente a proteção dos direitos religiosos de todos. Queremos proteger o direito de cada pessoa de fazer sua decisão por Deus. É claro que não queremos proteger as coisas erradas que são com-pletamente contra a lei de Deus, mas queremos que todos possam escolher acreditar em um poderoso Deus de amor que proveu a salvação para cada um de nós. Mesmo desejando que todos conheçam o amor do Deus das Escri-turas, não forçamos ninguém. Forçar alguém, ainda que a fazer coisas boas, vai contra a vontade de Deus e confirma

a mentira de Satanás sobre Seu caráter. Deus deve ser obedecido por amor. Essa é a essência da liberdade religiosa.

Em quase todos os lugares, a liber-dade de culto é defendida. A maioria diz que acredita em liberdade religiosa. Quando visito países onde a liberdade de consciência é permitida, agradeço as autoridades políticas pela liberdade religiosa oferecida aos seus cidadãos, e afirmo que esses princípios são o fundamento de uma sociedade e nação robusta. A aplicação desse princípio, porém, geralmente é diferente.

Em alguns lugares onde a ênfase religiosa não era permitida no passado, o cenário político mudou, mas foi substituído por uma religião domi-nante, potencialmente hostil às outras religiões. Os adventistas do sétimo dia devem se proteger contra essa prática, e nunca se sentirem culpados por essa aplicação seletiva da liberdade religiosa, mesmo ao crescermos numericamente e em influência.

Ao olharmos para nossa história, vemos que sempre quando religião e política estão muito próximas, há potencial de abuso. Muitas vezes, quando as organizações religiosas predominantes têm acesso ao poder social e político, há potencialmente a tendência de diminuir a liberdade individual daqueles que não pertencem à maioria. Por isso é importante que os adventistas do sétimo dia, em todo

Ted N. C. Wilson é presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

Escolha Por Ted N. C. Wilson

Jesus morreu para defender nosso direito

de escolha.

A Igreja em Ação

de

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G A B R I E L L A F A B B R I

Maio 2011 | Adventist World 9

a fazer boas esco-lhas. Ao fazermos amizade, seremos solicitados a expli-car nossa crença singular e estilo de vida. Isso nos dará oportunidade de ajudar as pessoas a conhecerem quem somos e por que somos defensores da liberdade religiosa.

Teremos a opor-tunidade de falar de nossa fé e de oferecer literatura cristã, inclusive o maravi-lhoso livro O Grande Conflito, cuja autora, Ellen White, declarou que, de toda sua obra, gostaria que

esse livro fosse o mais amplamente di-vulgado. Esse livro, em particular, mos-tra quão dramaticamente importante é a liberdade religiosa e a necessidade de fazermos escolhas corretas e seguirmos a Deus. Por que não lê-lo mais uma vez este ano, como preparo para a maravi-lhosa distribuição mundial que ocorrerá em 2012 e 2013?

Mesmo nos lugares onde a liberdade religiosa é praticada, há sempre o perigo de perder o que não é valorizado. Por esse motivo, a vigilância constante é o preço pago pela liberdade religiosa. Esta não é peculiar aos adventistas do sétimo dia, ela é algo que estamos excepcional-mente qualificados para defender no mundo todo.

Mostrando Quem SomosCerto amigo meu tinha um adesivo

que dizia: “Pregue Sempre o Evangelho. Se Necessário, Use as Palavras.” Ser um adventista do sétimo dia vai muito além de apenas um grupo de crenças ou a escolha de um estilo de vida. Tem a ver, em última instância, com nosso

mundo, tomem constantemente a iniciativa de informar o governo local e nacional, líderes cívicos, outras organizações religiosas e líderes comerciais a respeito de nossas crenças e necessidade de liberdade religiosa.

Isso deve ir além do que apenas uma lista de crenças, e deve incluir nossa abordagem à vida como defensores da liberdade de consciência. Quando a visão das pessoas sobre quem são os adventistas do sétimo dia for melhor, governos, outras organizações religiosas e líderes de outras áreas de atividade serão capazes de concluir que os adven-tistas do sétimo dia não são um grupo estranho e dissonante, mas são pessoas que têm no coração o bem da huma-nidade e que estamos comprometidos na construção da sociedade e da nação. Desse modo, nosso apelo por liberdade religiosa será muito melhor compreen-dido e aceito.

Sabendo Quem Somos O Departamento de Relações Públi-

cas e Liberdade Religiosa da Associação

Geral produz material de excelente qualidade e trabalha diligentemente, em todo o mundo, conscientizando sobre liberdade religiosa e influenciando o pensamento dos líderes. Isso, entretan-to, não é suficiente. É necessário que cada adventista do sétimo dia compre-enda, envolva-se e promova a liberdade religiosa e a liberdade de consciência. Todos necessitamos comunicar nossa compreensão de que a vida é um dom abrangente, criado por Deus e que envolve os aspectos físico, mental, social e espiritual.

De todas as pessoas deste mundo, os adventistas do sétimo dia devem ser os mais amigáveis e proativos em demonstrar quem somos, o que somos, o que defendemos e como podemos ajudar a construir sociedades saudáveis. Onde quer que estivermos, devemos buscar oportunidades de nos associar às pessoas, porém, não comprometendo nossas crenças. Em-bora não creiamos em ecumenismo, devemos procurar oportunidades de trabalhar com as pessoas, ajudando-as

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V I S Ã O M U N D I A L

relacionamento com Deus e como tra-tamos os outros. Enfim, são as nossas escolhas que nos colocam completa-mente nas mãos de Deus de modo que permitimos que Ele trabalhe em nós por meio do Espírito Santo. Devemos entender, claramente, que somos salvos pela graça e completamente devedores e dependentes de um Deus poderoso e amoroso, que não apenas nos criou, mas nos redimiu. Quando isso acontece, nossa vida não abordará a fé de maneira mecânica e legalista. Ao contrário, como consequência de nossa gratidão e com-pleta submissão a Deus, assumirá uma dinâmica cheia do Espírito.

Há um ditado que diz: “Há mais religião em um pedaço de pão, do que imaginamos.” Quando repartimos um pão como um vizinho, ou ajudamos alguém em suas necessidades básicas, alguém na prisão, alguém que está enfrentando problemas em seu casa-mento – seja o que for, quando estamos ajudando as pessoas, é ai que estamos dizendo poderosamente ao mundo que somos adventistas do sétimo dia.

Defendendo a LiberdadeMesmo defendendo a liberdade

religiosa, sabemos pelas profecias que, no futuro, por vários fatores, haverá restrição da liberdade de consciência em todo o mundo. Mesmo assim, ainda devemos ser otimistas quanto ao futuro, porque sabemos o final da história. A Bíblia nos garante o destino profético do povo de Deus. Quando leio livros como O Grande Conflito, sei que a igreja de Deus chegará até o fim e que Deus tem Sua mão sobre ela.

Enquanto guardamos e protegemos o precioso dom da liberdade religiosa, usemos essa liberdade para mostrar às pessoas o Originador da escolha, o maravilhoso Deus de amor.

A Igreja em Ação

Igreja de Um Dia

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Na pequena comunidade nos arredo-res de Choluteca, Honduras, uma

Igreja de Um Dia feita de postes, vigas e telhado de aço, foi levantada sobre um simples piso de concreto. A congrega-ção é muito pobre para acrescentar as paredes, o que não foi empecilho para que usassem a igreja como centro para o ministério infantil na época do Natal do ano passado. A equipe do Projeto Natal da Família Maranatha 2010 estava lá para ajudar a construir uma nova escola para 900 alunos. Apesar do movimento da construção ao lado, um grupo de especialistas em Escola Cristã de Férias (ECF) passou a maior parte dos dias realizando uma série de atividades na ECF de Natal para as crianças da comunidade local.

Setenta e cinco crianças compareceram à Igreja de Um Dia na primeira tarde. Elas devem ter espalhado as “boas novas”, pois a frequência rapidamente cresceu para mais de duzentas crianças nos próximos dias.

As famílias locais se uniram aos voluntários do Canadá, Austrália, Nova Zelândia e dos Estados Unidos para apresentar histórias da Bíblia “ao vivo”, ensinar conceitos práticos de saúde e ajudar as crianças a construírem uma corrente de oração e enrolar nas vigas de aço da igreja.

Na última reunião, a igreja estava lotada de crianças que cantaram tão alto que todo o bairro veio para ouvir. As crianças fizeram anjos de papel com coroas brilhantes e cantaram sobre o céu com tal vivacidade que provocou lágrimas em todos os presentes.

A equipe havia preparado presentes para 200 crianças apenas, porém, mais de 230 compareceram à última reunião. Os voluntários adolescentes perguntaram o que podiam fazer, e um dos voluntários adultos disse: “Lembra como Jesus abençoou os pães e os peixes? Vamos pedir que Ele abençoe aquelas sacolas com os presentes!”

Quando todos os duzentos presentes foram distribuídos, de repente, apareceram mais dois sacos cheios com sacolas, algumas marcadas “meninos” e outras “meninas”. Todas as mais de 230 crianças receberam uma sacola com presente naquele dia, e ainda sobraram várias.

E a corrente de oração? A corrente completa rodeou quase duas vezes a igreja, e em cada elo continha uma oração especial:

“Deus, ajude que minha mãe fique boa.”“Muito obrigado por trazer novos amigos para o meu bairro.” “Jesus, por favor, venha me buscar logo – pode ser hoje!”A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista

do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services and Industries (ASI)[Federação de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. A iniciativa da Igreja de Um Dia foi inicialmente criada e desenvolvida por Garwin McNeilus, empresário de Minessota e membro da ASI. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por meio de Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” da Maranatha.

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Seu vizinho está bem informado; medicamento não é o único tratamento para a hipertensão.

É muito importante adotar mudanças no estilo de vida que inclui uma dieta saudável, manter o peso ideal do corpo, exercícios regulares e não fumar ou beber álcool.

A pressão sanguínea elevada é um problema comum. Aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo sofrem desse mal, e é previsto que esse número chegue próximo de 1.6 bilhão até o ano de 2025. Isso mostra uma progressão assustadora dessa perigosa doença. No mundo, a hipertensão é responsável por 7.6 milhões de mortes por doenças cardíacas e vasculares, todos os anos.

A pressão sanguínea é produzida por várias fases do processo de ativi-dade do coração, bombeando sangue para os vasos sanguíneos, e também pelas maravilhosamente criadas, veias e artérias. São usados dois números para registrar a pressão sanguínea: um número maior, ou sistólico e um número menor, ou diastólico. A pressão sistólica é produzida pela função de bombeamento do coração (contração ventricular), que empurra o sangue para dentro de todos os vasos do corpo. Esse é um reflexo do trabalho que o coração realiza para manter a vida. A pressão diastólica reflete a queda da pressão quando o coração relaxa durante a diástole (fase de descanso) e outra vez se enche de sangue entre os batimentos cardíacos. Essa pressão de-pende da estrutura muscular, especial-mente das menores artérias (arteríolas ou vasos resistentes), que auxiliam na manutenção do fluxo sanguíneo.

É importante rever e conhecer os números que definem a pressão arterial normal e quando é necessária uma intervenção para baixar níveis elevados da pressão sanguínea. Os números são classificados em quatro categorias:1. Normal—abaixo de 120/802. Pré hipertensão—sistólica 120-139, ou diastólica 80-893. Hipertensão – estágio 1—sistólica 140-159, ou diastólica 90-994. Hipertensão – estágio 2—sistólica 160 ou acima, ou diastólica 100 ou acima

É importante conhecer seus núme-ros, pois há recomendações específicas de tratamento para cada estágio da doença, começando com mudanças no estilo de vida na pré-hipertensão, aos medicamentos quando necessários.

A hipertensão é conhecida como “assassina silenciosa” porque geralmente não provoca sintomas. Mais um motivo para conhecer seus números.

Dieta e Hipertensão Sua pergunta sobre dieta é perti-

nente e importante. Como mencionado anteriormente, a hipertensão tem se tornado cada vez mais comum. Nas populações dos países mais indus-trializados, a pressão alta aumenta drasticamente com a idade. Alguns grupos, no entanto, incluindo os rigorosamente vegetarianos, cuja dieta consiste principalmente de produtos vegetais e baixo consumo de sal (sódio), não há elevação na incidência da hipertensão com o aumento da idade.

A associação entre a melhora da hipertensão com a dieta tem sido extensivamente estudada. Os padrões dietéticos comprovadamente eficientes

na redução dos níveis da pressão sanguínea são os baseados nas frutas, vegetais, laticínios com baixo teor gorduroso, grãos integrais, castanhas e óleos vegetais não saturados. Os melhores resultados são obtidos quando o consumo de sal é bem limitado (1.2 g por dia). Nos estudos clássicos, a dieta de redução da pressão arterial (DRPA) inclui aves e peixes, embora esses possam ser eliminados sem risco. São desaconselhados os doces e bebidas que contém açúcar.

Os pacientes que seguem DRPA para baixar a pressão sanguínea e outras dietas similares têm melhor controle da pressão arterial e quando os medicamentos são necessários – como frequentemente são – demonstram ser mais eficazes e as doses podem até ser reduzidas.

O que deve ser lembrado é que a medicação, apenas, não é o tratamento adequado para a hipertensão. A adoção de um estilo de vida saudável e mudan-ças na dieta são medidas muito impor-tantes para tratar o problema.

Referência: New England Journal of Medicine, 3 de junho de 2010, pp. 2102-2112.

Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo do ICPA e diretor associado do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

Fui diagnosticado com pressão alta e estou tomando o medicamento receitado pelo médico. Minha pressão sanguínea está melhor e parece controlada. Um dos meus vizinhos almoçou comigo recentemente e se mostrou preocupado com minha dieta. Não posso comer tudo o que quero se tomo medicamento e minha pressão está controlada?

HipertensãoS A Ú D E N O M U N D O

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Elas eram desinteressantes, rústicas e feias – nada que compensasse escrever para contar para os de casa.

Um funcionário da empresa que estávamos visitando colocou-as dentro de um grande barril. Em seguida, adicionou areia, serragem, água e o fechou hermeticamente. Ele apertou um botão e o barril começou a dançar.

agora com as arestas polidas, redondas e brilhantes, foram cuidadosamente ordenadas por tamanho e qualidade. Rosas, azuis escuras, brancas, vermelhas, verdes, de repente, parecia que ilumina-vam o ambiente.1

Gemas Polidas e a Igreja Ao observar a transformação de

uma pedra feia em uma gema polida,

2:18, 19) – é como uma família. Apenas imagine um esquiador de cross-country que não gosta do treinador ou de alguns dos colegas de equipe. É melhor que abandone o clube e procure outro mais ao seu gosto. Numa família (assim como na igreja), não temos essa opção. Somos parte de algo maior, que não foi construído ao redor do que gostamos ou não gostamos.

DurasArestas

As Surpreendentes Ferramentas de Deus

Por Gerald A. Klingbeil

D E V O C I O N A L

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lembrei-me da igreja. Não um prédio, não uma organização, mas a comuni-dade de crentes com os mais diferentes estilos de vida, etnias e culturas. Todos possuem arestas, mas estão todos juntos, reunidos na igreja.

Cresci na Floresta Negra, na Alemanha, que era abençoada com grandes nevadas. Quando adolescente, por amar o cross-country ski (esqui em trilhas horizontais), associei-me a um clube. Todos no clube apreciavam essa modalidade de esqui e treinavam arduamente para vencer as competi-ções. A igreja, no entanto, não é como um clube. Ao contrário – e essa metá-fora é usada nas Escrituras (Ef 1:5, 17;

Ele balançou, revirou, girou e rodou. O barulho, embora ensurdecedor, era intrigante. Dúzias de barris balançavam e sacudiam naquele salão e enquanto observávamos de um local com visão privilegiada, percebemos que nenhum deles deixava vazar seu precioso conte-údo. É fato que quando as pedras entra-ram nos barris eram desinteressantes, rústicas e feias, mas quando vimos um dos barris ser aberto após semanas de constante movimento, a transformação era espantosa. Cobertas com poeira e lama, surgiram as mais surpreendentes pedras semipreciosas.

Olho de tigre, quartzo rosa, ame-tista, ágata, jaspe e dezenas de outras,

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nos conflitos da igreja, onde posições de liderança (em todos os níveis) podem inflar egos e distorcer perspectivas: “A história deste desvio dos retos princípios permanece como solene advertência a homens em posições de confiança na causa de Deus, para que não venham a fracassar na integridade, mas se apeguem firmemente ao princípio.”3

Quando Pedro mudou sua prática de comer com os crentes gentios por causa da pressão dos irmãos de Jerusalém, Paulo não conseguiu calar-se e “enfrentou” Pedro, face a face (veja verso 11)4 . O termo grego usado aqui é forte: Tiago 4:7 emprega o mesmo termo exortando os cristãos a “resistir o diabo”. Qual foi a reação de Pedro? Gálatas não relata toda a história. Paulo usa essa oportunidade para, mais uma vez, exaltar o evangelho, as boas novas da salvação pela graça. Imagino que Pedro compreendeu e se arrependeu. Ele estava pronto para aceitar a crítica. Ele era parte do grande “barril” chamado igreja, cheio de “pedras semipreciosas” com duras e profundas arestas.

O Polimento de Deus Ao ponderar sobre o trabalho de

Deus polindo as grandes arestas da minha vida (e de Sua igreja) coletei uma série de lições das Escrituras que podem ser úteis.

1. Humildade é o principal ingre-diente no “barril” da igreja. O próprio Jesus nos convida a aprender dEle que é manso e “humilde de coração” (Mt 11:29). Pedro também nos aconselha a sermos submissos e “todos humil-des uns para com os outros” (1 Pe 5:5). A humildade é como um bálsamo que cura as feridas causadas pelas arestas, e é uma excelente maneira de comunicar até mesmo as críticas diretas.

2. Reconhecer o erro e arrepender-se não é fácil, mas precisa ser parte de nossa vida na igreja. Quando a crítica é feita com humildade e segundo os princípios bíblicos, é hora de dizer: “Eu estava errado; por favor, perdoe-me.” A tensão entre irmãos e irmãs, às vezes,

pode nos ferir, mas, finalmente, deveria nos aproximar.

3. Segundo as orientações de Jesus em Mateus 18:15-20, para solucionar os conflitos e pecados na igreja é necessá-rio uma abordagem em várias etapas. Abordar um irmão pessoalmente pro-duz melhor resultado do que abordá-lo em público. Há, no entanto, outro princípio que merece atenção: o pecado público requer repreensão pública e firmeza. Paulo confrontou Pedro “dian-te de todos” (Gl 2:14), por se tratar de um assunto teologicamente importante, pertinente a toda igreja.

4. Utilizando a ilustração do barril, é importante lembrar que por trás das profundas arestas, cantos pontiagudos, maneirismos irritantes e muitas outras pequenas ou grandes perturbações, está algo precioso: um irmão ou irmã, criado à imagem de Deus e redimido pelo sangue de Jesus, alguém que excede, de longe, a beleza e o valor de uma pedra semipreciosa. O destemido Paulo, que raramente media as palavras quando via a necessidade de uma ação decisiva, lembra um importante princí-pio em Filipenses 2:3: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.”

Excelente conselho para esse “barril” refinador e sempre em movimentado – a igreja.

1 The Mineral World (O Mundo Mineral), de propriedade de Topstones, em Simonstown, perto da Cidade do Cabo, África do Sul, é visita obrigatória. Acesse www.scratchpatch.co.za/index.html e leia sobre o incrível processo de lapidação de gemas. 2 O termo grego em Atos 15:2 que a versão NVI traduz por “contenda” pode também ser traduzido por “controvérsia, debate, discussão.”3 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 199.4 Textos extraídos da Bíblia na Nova Versão Internacional

Gerald A. Klingbeil é editor associado da revista Adventist World e mora em Silver Spring,

Maryland, E.U.A., com sua família: a esposa Chantal e três filhas.

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Polindo as Arestas Às vezes, você fica irritado com os

irmãos e irmãs que se assentam ao seu lado na igreja? É surpreendido por seu suspiro quando vê certo nome no bole-tim (“não, ele outra vez!”)? Os conceitos teológicos de alguém na igreja faz com que você respire profuuuuundamente? Estou certo de que muitos de nós já re-agimos assim, mesmo sendo gratos por fazer parte da igreja de Deus do tempo do fim e estarmos comprometidos com a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Conflitos, pequenas e grandes sen-sibilidades, no entanto, parecem fazer parte das famílias (e igrejas) no mundo todo. Não somos dedicados a Deus por natureza, mas egoístas – e humanos.

O Novo Testamento contém várias histórias que refletem os conflitos da igreja primitiva. Em alguns casos, essas tensões eram o resultado do conflito de personalidades ou o sentimento de ter sido decepcionado por alguém (veja Atos 15:37-40; 13:13 sobre João Marcos). Em outras ocasiões, o conflito era por diferenças teológicas. Atos 15 sugere que houve muita discussão e debate (calorosos e contraditórios)2 , no primeiro concílio de Jerusalém. Há, porém, uma história que realça um pouco esse processo de polimento que faz parte da igreja.

Lembra-se de Pedro em Antioquia e seu confronto com Paulo? As Escrituras mostram apenas um pequeno vislumbre desse triste episódio em Gálatas 2:11-14. A sua inclusão nos registros sagrados nos lembra de que ninguém é infalível – nem Pedro, nem Paulo, nem você ou eu. O comentário de Ellen White sobre essa história salienta um ponto em comum

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Há não muito tempo, fui a Hong Kong, a trabalho, onde fiquei por três semanas. Sou professor de teologia e fui convidado para dar um curso sobre os quatro Evangelhos para um grupo de pastores

chineses. Naquela visita, duas experiências chamaram minha atenção para a profunda realidade da batalha entre o bem e o mal acontecendo bem perto de nós.

A Casa de DeusNo meu ultimo sábado em Hon Kong, fui convidado para

pregar na Igreja Adventista Filipina. Como Hong Kong é uma cidade rica, imaginei que encontraria uma igreja bonita, com prédio funcional. A realidade, porém, foi bem diferente. Entramos numa rua com apartamentos bem simples, e a sala de reuniões era pouco maior que a minha sala de estar. Cerca de setenta pessoas, a maioria mulheres, sentavam-se bem próximas umas das outras. A Escola Sabatina começou.

Quando tomei o meu lugar, recebi as boas vindas com sorrisos e apertos de mão. O estudo da lição foi habilmente conduzido por um líder leigo. A congregação havia estudado bem e a discussão era animada e pessoal. Percebi que várias pessoas tinham lágrimas nos olhos. A vida não é fácil para eles. Muitos deixaram a família em suas aldeias e vieram em busca de trabalho – muitas vezes pesado – para enviar algum dinheiro para casa. Enquanto olhava ao redor para essas pessoas queridas, emocionei-me quase às lágrimas também.

Após o culto, almoçamos juntos. A refeição foi simples, mas saborosa. Agora eu estava livre para voltar ao meu quarto e descansar, no entanto, várias pessoas pediram que eu ficasse para o programa da tarde. Embora o descanso fosse convida-tivo, decidi ficar.

Eram 13h57 e logo o programa começaria. De repente, conclui que, como orador convidado, poderia ser solicitado a pregar outra vez. Comecei, então, na última hora, a reformular na mente, um dos meus recentes sermões. Às 14h00, o programa começou com uma oração e um hino; então, o líder anunciou minha participação. Preguei sobre o amor de Deus, no Evange-lho de Mateus, e mais uma vez vi lágrimas nos olhos das pessoas. Em seguida, tivemos um estudo bíblico sobre a vida de Cristo.

Provavelmente o programa acaba agora, pensei, porém, mais uma vez, o líder anunciou que o púlpito era meu. Eu estava completamente despreparado. Fiz uma oração silenciosa e disse que teríamos um período de perguntas e respostas. Seguiu-se a isso um sermão sobre profecia. Então cantamos, oramos e encerramos a reunião.

A essa altura, já era noite e um dos irmãos me levou para onde eu estava hospedado, mais de uma hora de distância.

deusCasa

CasaPerdição

de

Por Kim PapaioannouA

V I D A A D V E N T I S T A

Que contraste!

e a

de

14 Adventist World | Maio 2011

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Quando chegamos, perguntei: “Você vai para casa agora?” “Não”, respondeu ele. “Vou voltar para a igreja.”

De repente, concluí que, para esse povo, a igreja não é um hábito semanal. A igreja é o céu para eles. A vida não é nada fácil e geralmente vivem em circunstâncias muito difíceis. A igreja é o seu lar, o lugar onde são aceitos e amados, onde podem sentir-se parte da grande e maravilhosa família de Deus. Eles chegam cansados, às vezes machucados, mas saem renovados espiritualmente e com novo ânimo para enfrentar mais uma semana.

Pensei, então, no meu dia. Tinha pregado três sermões. Estava cansado, mas, também, me sentia espiritualmente renovado e revigorado. Eu sentira a presença de Deus no amor, bondade e profunda experiência espiritual daqueles irmãos e irmãs em Cristo com quem me encontrara pela primeira vez. Naquele dia, eu realmente havia estado na casa de Deus.

A Casa da Perdição Na manhã seguinte, um pastor local me levou para visitar

Macau, conhecida pela maravilhosa arquitetura colonial portuguesa e pelos muitos cassinos. Assim que chegamos, ambulantes nos abarrotaram com panfletos e cupons para os cassinos. Também percebemos uma fila de ônibus oferecendo passeios gratuitos pela cidade. Não podíamos recusar um passeio gratuito; assim, entramos num ônibus e poucos minutos depois fomos deixados em frente a um cassino. Decidimos entrar só para ver como era e para procurar um lugar para comer.

O pastor e eu havíamos recebido dois cupons no valor total de trinta dólares. Assim que entramos no local, uma mulher nos abordou e disse que fôramos escolhidos aleatoriamente para receber um presente, e nos deu dois envelopes. Dentro havia o equivalente a 150 dólares em cupons. Somando todos os nossos cupons, tínhamos 180 dólares. Obviamente, queriam que ficássemos para jogar, no entanto, usamos os cupons para comprar uma refeição vegetariana no restaurante japonês do cassino. Aproveitamos a oportunidade, também, para visitar o “chef” e falar a ele sobre o evangelho.

Voltando à recepção do hotel, tudo parecia brilhar em opulência: o chão, a decoração, as paredes, a imensa abundância de espaço. Um grupo de cantores andava pelos corredores cantando música latino-asiática para os hóspedes. Percebemos um grande bezerro dourado rodeado de presentes e luzes brilhantes. Imediatamente lembrei-me do bezerro de ouro de Êxodo 32. Aquele bezerro não estava exposto em memória do Êxodo; o fato é que o Ano Novo chinês

estava se aproximando e aquele seria o Ano do Boi. No entanto, o paralelo com Êxodo 32 era muito forte para ser ignorado.

Tínhamos a impressão de que as pessoas se divertiam jogando naquele cassino. Bebidas alcoólicas e refrigerantes eram oferecidos gratuitamente. Mas, em meio ao riso e entu-siasmo, o pastor e eu percebemos que várias pessoas estavam sofrendo profundas e dolorosas perdas financeiras. Algumas, aparentemente, acabavam de desperdiçar todas as suas economias. O desânimo nunca está longe de um cassino, nem o potencial de violência, pensei comigo mesma ao perceber os detectores de metal nas portas.

Que Diferença!Foi só então que percebi a ironia. Todos os aparatos –

cupons, refeições e bebidas gratuitas, música bonita, a decadência – eram ganchos para agarrar potenciais vítimas. Aquele lindo cenário não era para entreter, mas para separar as pessoas do seu dinheiro. Apenas um dia antes, no sábado, no ambiente humilde daquela pequena sala de um prédio de apartamentos modesto, eu sentira a presença de Deus. As pessoas chegavam ali feridas, mas saiam curadas. Em con-traste, na pompa e suntuosidade do cassino, muitas pessoas chegavam felizes e saiam feridas e desapontadas.

Que flagrante contraste entre o modo como Deus e Satanás trabalham! Deus, sempre amoroso e verdadeiro, agirá em qualquer ambiente, tanto humilde como rico, para curar, abençoar e oferecer a paz que excede todo entendimento. Satanás, ao contrário, é o maior perdedor. Sem nada subs-tancial para oferecer, gratifica os sentidos, para em seguida destruir a paz e a plenitude. Ele leva suas vítimas inocentes à ruína. Suas casas nada mais são que lugares de perda e dor. E elas existem em abundância.

Graças a Deus pela realidade oposta: por locais de adoração como a Igreja Adventista Filipina em Hong Kong e pelos milhares de lugares semelhantes ao redor do mundo para aqueles queridos membros que amam ao Senhor e para as pessoas ao redor deles. Enquanto houver pessoas e lugares de culto, tal como aquele, haverá esperança para o mundo.

Que toda igreja adventista seja uma casa de Deus onde pessoas feridas sejam curadas.

Kim Papaioannou é professor de Novo Testamento no Adventist International Institute of Advanced Studies (AIIAS), nas Filipinas.

deusCasa

Casa

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Adugnaw Worku, bibliotecário chefe do Pacific Union College em Angwin, Califórnia, Estados Unidos, fez o discurso a seguir (aqui editado) para os formandos da Southwestern Adventist University em Keene, Texas (E.U.A), no dia 17 de dezembro de 2009. – Os editores.

Que diferença faz a educação, especialmente a educa-ção cristã!

A maioria dos que se formam na faculdade iniciam sua educação acadêmica entre os 6 e 7 anos de idade. Completam o ensino fundamental aos 13 ou 14 e o ensino

A Educação Adventista fez a diferença.

PorAdugnaw

Worku

A R T I G O D E C A PA

DaIgnorância

aoConhecimento

médio por volta dos 18 anos. Ao chegarem aos 22 ou 23 anos, terminam a faculdade. A minha experiência durante esses primeiros anos de formação, entretanto, foi muito diferente.

Infância na Etiópia Tornei-me um pastor de ovelhas aos sete anos de idade.

Perambulava pelos vastos prados e colinas da zona rural no noroeste da Etiópia, com cabritos, ovelhas, vacas e alguns burros. Essa era a minha obrigação diária até completar doze anos. Então, passei a função de pastor para meu irmão mais novo e mudei para a fazenda da família. Lá, aprendi a arar

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a terra usando um par de bois, a plantar, capinar e colher. Descobri a dignidade do trabalho muito cedo na vida e assumia maiores responsabilidades a cada novo ano.

Minha família e eu sobrevivíamos da lavoura. Plantáva-mos tudo de que necessitávamos para viver. O trabalho era extenuante e, literalmente, vivíamos do suor do nosso rosto. Essa não era uma questão de escolha, mas de sobrevivência. Minha profissão de agricultor durou até os 15 anos.

Mudança de VidaPor esse tempo, sofri um terrível acidente que cegou e

desfigurou meu olho esquerdo. Os melhores “profissionais” da saúde de minha aldeia tentaram me ajudar com os remé-dios tradicionais, mas nada funcionou. Assim, minha família decidiu me enviar para um hospital moderno. Caminhei com um grupo de comerciantes, por dois dias, até o hospital mais próximo. Aconteceu que aquele hospital era da missão Adventista do Sétimo Dia, construído no meio do “nada”. Minha família e eu não éramos adventistas, mas muitos dos parentes de minha mãe eram. Portanto, eu conhecia um pouquinho daquela religião.

Quando cheguei à sede da missão, encontrei três coisas: uma igreja, uma escola e um hospital. A filosofia e prática de construir uma igreja, uma escola e um centro de saúde tem sido há muito tempo uma característica dos Adventistas do Sétimo Dia em todo o mundo. Foi assim que a Igreja Adventista começou seu trabalho nas décadas de 1860 e 1870, construindo a igreja, o sanatório e o colégio em Battle Creek, Michigan (E.U.A.). Essa prática de proporcionar um desenvolvimento harmonioso do aspecto físico, mental e espiritual de cada ser humano, está profundamente enraizada na filosofia adventista. Não foi incomum, portanto, eu

encontrar essas três instituições na sede da missão no noro-este da Etiópia, aproximadamente uns cinquenta anos atrás.

Enquanto eu estava sendo tratado ali, observava atenta-mente os alunos da escola. Observava o que faziam, como se vestiam e como se comportavam. Percebi, imediatamente, que tinham algo especial que eu não tinha. Instintivamente senti que a educação é imprescindível. Vi que as crianças de 7 e 8 anos de idade, liam e escreviam, e eu, com 15 anos não era capaz sequer de escrever meu nome. Eu era um lavrador analfabeto e sabia disso.

O desejo de frequentar a escola tornou-se incontrolável e decidi encontrar um meio de fazê-lo. Havia, porém, dois grandes problemas: Eu não tinha o consentimento de meus pais e nenhum dinheiro. Só tinha a roupa do corpo. Na minha cultura rural, a permissão dos pais era muito impor-tante. No interior da Etiópia, os pais exercem considerável poder e influência sobre seus filhos. Eles escolhem sua profissão, seu cônjuge, sua religião e o local onde vão morar. Mesmo que a ideia de ir contra os desejos de meus pais pesasse em meus ombros, o intenso desejo de frequentar a escola era ainda maior.

Respostas de Deus à Oração de um Jovem A falta de dinheiro e da permissão dos meus pais parecia

ser um problema insolúvel, e naquele tempo eu não sabia orar formalmente. Lembro-me, porém, de repetir várias vezes uma pequena oração: “Deus, por favor, me ajude.” “Querido Deus, por favor, me ajude.” O Senhor ouviu aquela simples

Adugnaw Worku é o bibliotecário chefe do Pacific Union College em Angwin, Califórnia, Estados Unidos.

A Educação Adventista fez a diferença.

S O U T H W E S T E R N A D V E N T I S T U N I V E R S I T Y / C O R T E S I A D O P A C I F I C U N I O N C O L L E G E Maio 2011 | Adventist World 17

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oração e respondeu-a miraculosamente. Aos 15 anos, tornei-me um orgulhoso aluno da primeira série, no meio do ano escolar. Eu estava tão agradecido e extremamente feliz que, até hoje, considero aquele o dia do meu segundo nascimento.

Já estava com 20 anos quando conheci o Deus amoroso e perdoador e me uni à Igreja Adventista do Sétimo Dia através do batismo. Aprendi nas aulas de Bíblia, na Escola Sabatina e na igreja que esse Deus pessoal tem expectativas e padrões muito elevados, mas nunca dispensa de Sua presença um pecador arrependido. Ele perdoa e diz: “Vá e não peques mais”; e nunca diz: “Vá embora.” Nunca! Essa descoberta deu rumo, significado, propósito, paz e estabilidade a minha vida.

Ajuda dos Missionários Com 22 anos, eu me formei na oitava série – primeiro

com minha classe, e no estado, após fazer o exame nacional. Não foi tão mal para um jovem agricultor! Nesse mesmo ano, conheci na sede da missão, uma maravilhosa família de missionários americanos, do sul da Califórnia, que me recebeu em seu lar como um de seus filhos. Dr. Harvey Heidinger era médico no hospital. Sua cunhada, Carolyn Stuyvesant, era enfermeira. Elizabeth Heidinger, esposa do Dr. Heidinger, era nossa “mama” em casa.

Essa família de missionários deixou o conforto e conveniências do sul da Califórnia e viajou para aquela distante missão, no noroeste da Etiópia, onde havia poucas amenidades modernas. Sou muito grato por terem ido, pois mudaram a minha vida. Eles financiaram meus estudos, e dos meus irmãos, até a faculdade. E que diferença a educação em geral, e particularmente a educação cristã, fez em nossa vida! Como a maioria das pessoas, avalio meu sucesso na vida pela altura das minhas escaladas. Nunca me esqueci, porém, da profundidade de onde saí. Essa dicotomia torna ainda mais

profunda e maior a minha gratidão a Deus e ao Seu povo. Graças à generosidade daqueles missionários, eu frequentei

um internato adventista por quatro anos, e me formei como presidente de minha classe aos 25 anos. Após o ensino médio, matriculei-me no Avondale College, na Austrália, onde me formei aos 30 anos. Segui, então, para a Andrews University, em Berrien Springs, Michigan (E.U.A.), para cursar um mestrado. Assim, sou um produto da educação adventista do começo ao fim. Isso não me deixa apenas grato, mas também orgulhoso. Pode parecer que sempre estive atrasado, no entanto, consegui realizar tudo. Casei-me aos 36 anos e tornei-me pai aos 40. O que mais posso dizer?

Os Benefícios da Educação AdventistaA Igreja Adventista do Sétimo Dia emprega uma quantidade

enorme de recursos financeiros, humanos e materiais para educar seus jovens. Ela oferece aos jovens a oportunidade de encontrar um Deus pessoal em um ambiente seguro e encorajador, onde podem questionar e pesquisar as questões fundamentais da vida. O propósito da educação cristã é ajudar aos jovens a descobrir um Deus pessoal, amoroso, perdoador e a desenvolver uma fé inabalável nEle. Ela também ajuda nossos jovens a desenvolverem os talentos dados por Deus, de uma forma distintamente cristã adventista e assim servir a Deus e à humanidade.

Ellen White, no livro Educação, afirma claramente a missão das escolas adventistas. Ela escreve: “A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada

A R T I G O D E C A PA

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por um mais dilatado serviço no mundo vindouro.”1 Algumas páginas à frente ela acrescenta: “É a obra da verdadeira educação … preparar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem.”2 Resumidos nessas declarações estão os principais conceitos e reflexões sobre educação: amor a Deus, ao próximo e o serviço para ambos. É por essa razão que as escolas adventistas existem e o motivo de a igreja empregar na educação grande parte de seus recursos.

Integridade sem Concessões Mais uma vez, no livro Educação, Ellen White descreve

outro objetivo vital das escolas adventistas: “A maior necessi-dade do mundo é a de homens [homens e mulheres] - … que se não comprem nem se vendam; [homens e mulheres] que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; … [homens e mulheres] cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; [homens e mulheres] que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus. Mas um cará-ter tal não é obra do acaso … Um caráter nobre é o resultado da disciplina própria … [e] da renúncia do eu para o serviço de amor a Deus e ao homem.”3

Sua integridade, como pessoa, não faz concessões? Se isso for verdade, não se esqueça de acrescentar em seu currículo. Empregadores em potencial e comissões de admissão nas escolas de pós-graduação vão levá-lo a sério e, provavelmente, decidirão a seu favor. O mundo necessita desesperadamente de homens e mulheres com integridade pessoal que não faça concessões. A atual crise econômica nos Estados Unidos, que deixou milhões de pessoas sem trabalho e sem moradia, foi provocada por homens e mulheres bem educados, com diplomas de instituições educacionais de prestígio, mas com pouca integridade.

Estudos das fraudes nos comércios de varejo nos Estados Unidos revelam perdas de bilhões de dólares, todos os anos, por furto.4 E sessenta por cento desses furtos são cometidos por empregados. 5 Mais de trinta por cento das novas em-presas fracassam devido à desonestidade dos funcionários.6 Tragicamente, esses não são incidentes isolados.

Todos os Filhos de Deus As escolas adventistas ensinam que todos somos filhos

de Deus. Se aceitamos a Deus como nosso Pai, não podemos escolher quem são nossos irmãos e irmãs. Vocês são meus irmãos e irmãs , e eu sou seu irmão, não importa quem somos ou de onde viemos. Nem sempre vivemos esse ideal de lealdade, mas esse é o nosso alvo. É por isso que os missionários cruzam o oceano e ajudam as pessoas do outro lado do mundo. Eu sou um exemplo vivo desse amor fraternal.

Muitos cientistas, assim como a Bíblia, afirmam que há somente uma raça humana. Nós, os adventistas, damos um passo adiante e afirmamos que somos todos filhos de Deus, portanto, irmãos e irmãs. Como igreja, somos responsáveis por nossos irmãos e irmãs. Deus sempre vai nos perguntar: “Onde está seu irmão? Onde está sua irmã?” Tudo o que fizermos “a um desses pequeninos” filhos de Deus, Ele considera como se fizéssemos para Ele.

Traduzi 102 hinos infantis do inglês para o etíope, e são três os meus favoritos: “Sim, Cristo Me Ama”, “Cristo Ama as Criancinhas”, e “Esta Pequenina Luz Vou Deixar Brilhar”. Essas canções pessoais e inclusivas não são apenas para crianças; sua mensagem é para todas as épocas e para pessoas de todas as idades e raças. É isso que ensinamos em nossas escolas.

O Aprendizado Nunca Acaba O aprendizado não termina com a formatura da faculdade,

nem do mestrado ou doutorado. É um processo permanente. Como cristãos adventistas, cremos que esta vida é um ensaio para a vida futura e o aprendizado é comum às duas. Ao longo desta vida – e na eternidade – aprendemos sobre Deus, Seu complexo e vasto universo e sobre nós mesmos.

Os eternos aprendizes creem que ganhar novos conhe-cimentos e adquirir novas habilidades é intrinsicamente compensador, além de ter valor prático. Estudos indicam que os trabalhadores com idades entre 18 e 38 anos, mudam de emprego, em média, dez vezes.7

Portanto, nunca pare de aprender. Os eternos aprendizes estarão sempre em vantagem neste mundo em mudança.

1 Ellen G. White, Educação, p. 13.2 Ibid., p. 17.3 Ibid., p. 57.4 http://ezinearticles.com/?Employee-Theft-Higher-in-the-United-States&id=5406092.5 www.lpinnovations.com/page/16-incident_resolution/?utm_campaign=Employee-Theft- Incidents-PPC&utm_source=adwords&gclid=CLrfrprwkacCFYnd4AodZCxMbg.6 www.quickbackgroundchecks.com/blog/tag/employee-background-checks.7 http://careerplanning.about.com/b/2006/07/28/how-often-do-people-change-careers.htm.

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Muitos cristãos hoje pensam na lei apenas como regra de julgamento e de punição

resultante da desobediência. Infeliz-mente, esquecemo-nos de amar a lei!

O salmo mais longo da Bíblia, o Salmo 119, não é sobre o amor de Deus nem sobre Sua santidade, mas é dedicado ao deleite na lei de Deus. Essa alegria reflete o resultado de meditar na introdução dos Dez Man-damentos: “Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão” (Ex 20:2). Embora frequentemente ignorado, esse verso introdutório define o tom do mais conhecido conjunto das leis de Deus. O propósito da lei não é a obediência estrita a um tirano, ou o apaziguamen-to dos caprichos de uma divindade. Ao contrário, o próprio Deus revela o principal motivo de guardar a Sua lei: gratidão pessoal por Sua redenção.

O livro de Deuteronômio expande e comenta os Dez Mandamentos em forma de sermão. A palavra Deutero-nômio significa “segunda lei”, mas em hebraico, o livro efetivamente é referido como “instruções” (ou Torah). A cada sete anos, o povo de Israel lia todo o livro em conjunto (Dt 31:10-13). Mais importante ainda, Deuteronômio 17:14-20 instrui cada rei, como o representante e exemplo para o povo, a escrever para ele mesmo uma cópia completa da lei no início do seu reinado. Essa passagem apresenta quatro das principais razões da importância da lei de Deus.

1. Obediência é uma resposta de gratidão pelo livramento –

“Se quando entrarem na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá, [...] tenham o cuidado de nomear o rei que o Senhor, o seu Deus, escolher. Quando subir ao trono do seu reino, mandará fazer num rolo, para o seu uso pessoal, uma cópia da lei” (Dt 17:14, 15 e 18). A prescrição de Deus continua sendo o fundamento para a obediência; a terra e o rei só existem por meio da ação de Deus. A lei representa a aliança entre Deus e Seu povo. É fato que todo o livro de Deuteronômio é estruturado como muitos dos tratados políticos daquele tempo, começando com o relato de todos os favores que o Soberano (Deus) concedeu aos vassalos (Israel) libertando-os (do Egito), e, em seguida, estipula a aliança como resposta de gratidão. Semelhantemente, no Novo Testamento, Jesus relembra Seus discípulos de que a obediência à lei de Deus está intimamente ligada com o amor a Ele; e declara: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (Jo 14:15).

2. Deus nos capacita a obedecer pela meditação na Sua Palavra –

“Trará sempre essa cópia consigo e terá que lê-la todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, o seu Deus, e a cumprir fielmente todas as palavras desta lei” (Dt 17:19). A meditação nas instruções de Deus vem antes da obediência. É pelo tempo gasto com a Palavra de Deus, que Ele preparava o rei para guardar a lei. Desde o princípio, o povo de Deus sempre foi o que guardava os Seus manda-mentos e mantinha no coração um relacionamento com Ele. O próprio Deus promete circuncidar o coração do povo para capacitá-lo a seguir Seus estatutos (Dt 30:6). Assim, os Dez Mandamentos podem ser lidos como dez promessas (por exemplo, “[Eu prometo:] não terás outros deuses diante de Mim”). Jesus reitera esse princípio no Novo Testamento quando Se denomina a vinha e Seus seguidores os ramos, que produzirão frutos apenas se permanecerem nEle, e Ele os molda à Sua imagem (Jo 15:1-8).

A. Rahel Schafer é aluna de doutorado em estudos teológicos e bíblicos no Wheaton College. Ela e

seu esposo Kirk, amam escalar montanhas e dirigir grupos de jovens na igreja.

N Ú M E R O 1 9

AmoPor A. Rahel Schafer

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

EuComo

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valorizavam as divindades baseadas na percepção que tinham da habilidade que um deus possuía de proteger e abençoar seu povo e a terra. Assim, por amor do Seu nome, quando Seu povo profanou perante o mundo, Deus promete dar a esse povo novo coração e fazer com que ande em Seus caminhos (Ez 36:22). Do mesmo modo, em nossa perspectiva, a lei de Deus deve abranger o significado cósmico de nossa obediência. Quando obedecemos à lei de Deus, que é o reflexo de Seu caráter, somos testemunhas para o universo de que nosso Deus é fiel, justo e verdadeiro (Mt 5:16; Rm 7:12; Hb 8:8-10; 1 Jo 5:2, 3).

Os cristãos não devem se concentrar nas dificuldades para obedecer à lei de Deus, mas procurar ansiosamente todas as formas possíveis de demonstrar nossa gratidão ao nosso Salvador. Não podemos guardar a lei por nós mesmos, mas fomos redimidos pelo sangue do Cordeiro, e estamos sendo transformados à imagem de Cristo pelo Espírito Santo. A lei nos protege da escravidão do pecado e até nos oferece muitas oportunidades de testemunhar e honrar o nome de Deus. Ao invés de considerar a lei como um requerimento pesado para a salvação, podemos alegremente contar aos outros como Deus nos livrou do pecado e que é nosso privilégio servi-Lo.

“Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro.” (Sl 119:97).

*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão In-ternacional.

Os grandes princípios da lei de Deus são incorporados nos Dez Mandamentos e exemplificados na vida de Cristo. Expressam o amor, a vontade, os propósitos de Deus acerca da conduta e das relações humanas, e são obrigatórios a todas as pessoas, em todas as épocas. Esses preceitos constituem a base do concerto de Deus com Seu povo e a norma no julgamento de Deus. Por meio da atuação do Espírito Santo, eles apontam para o pecado e despertam o senso da necessidade de um Salvador. A salvação é inteiramente de graça, e não pelas obras, mas seu fruto é a obediência aos mandamentos. Essa obediência desenvolve o caráter cristão e resulta numa sensação de bem-estar. É uma evidência de nosso amor ao Senhor e de nossa solicitude por nossos semelhantes. A obediência da fé demonstra o poder de Cristo para transformar vidas e fortalece, portanto, o testemunho cristão (Ex 20:1-17; Sl 40:7, 8; Mt 22:36-40; Dt 28:1-14; Mt 5:17-20; Hb 8:8-10; Jo 15:7-10; Ef 2:8-10; 1 Jo 5:3; Rm 8:3, 4; Sl 19:7-14.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, Nº 19.

!seus descendentes” (Dt 17:20). A função da lei também é revelar quão terrível é o pecado. Sem a lei, o povo não saberia quando tinham se desviado do reto e estreito caminho de conformidade com a imagem de Deus. Diferente de outras divindades, porém, a lei de Deus não é confusa ou arbitrária (Dt 30:11-16). Escrita em prol dos outros, a lei protege a vida e a dignidade, relacionamentos e pro-priedade. Assim, a lei não é uma barreira que impede que desfrutemos do mundo e seus prazeres, mas uma cerca que nos protege do mundo e de seus perigos.

Na verdade, a lei de Deus é eterna e

6:15-22). A sujeição a que Paulo se refere, é a sujeição ao pecado que nos impede de guardar a lei, mas que é quebrada ao aceitarmos a perfeita obediência de Cristo em nosso favor (Rm 8:3, 4). João reitera no Apocalipse que aqueles que seguem a Deus no tempo do fim guardarão Seus mandamentos (Ap 14:12).

4. A reputação de Deus está em jogo – “Assim prolongará o seu reinado

sobre Israel, bem como o dos seus descendentes” (Deut. 17:20). Em última instância, guardar a lei é inocentar o nome e caráter de Deus manchados pelos pecados do Seu povo. As nações vizinhas

Amo a Tua

3. A lei oferece proteção – “Isso fará com que ele não se considere

superior aos seus irmãos israelitas e que não se desvie da lei, nem para a direita, nem para a esquerda. Assim prolongará o seu reinado sobre Israel, bem como o dos

imutável. Os Dez Mandamentos já eram conhecidos antes do Sinai (ver Gn 2:2, 3; 4:8-12; 26:7; 39:7-9). Embora Paulo se alegre por estar livre da sujeição à lei por meio de Cristo, ele compara sua liberdade em Cristo com a escravidão a Deus (Rm

Leideusde

A

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Em 1895, James Edson White consultou sua mãe, Ellen G. White, sobre uma necessidade específica. No extremo sul dos Estados Unidos, muitos dos escravos libertos

e seus descendentes estavam vivendo em extrema pobreza e ignorância. Sob grande perigo, Edson viajou para sul para levar aos negros americanos, não apenas instrução espiritual e esperança, mas para começar a educá-los. Ele produziu um livro para ensinar-lhes a ler, e estava procurando um material religioso para praticarem duas novas habilidades. Os livros de sua mãe continham mensagens espirituais maravilhosas, mas difíceis de serem lidas por novos leitores. Ele, então, pediu permissão para adaptar seus escritos para tal uso. Ela escreveu: “Edson, fique à vontade para escolher entre meus

de Ellen G. White publicou A Call to Stand Apart (2002), uma nova compilação parafraseada para jovens, e Jerry Thomas escreveu Messiah (2002), paráfrase de O Desejado de Todas as Nações e Blessings (2008) paráfrase de Thoughts From the Mount of Blessing. Isso provocou vasta apreciação dos leitores, mas não é a única abordagem para o assunto.

Adaptações Recentes Na tentativa de introduzir as inspiradas ideias de Ellen G.

White a novos leitores, durante a última década o Patrimônio White produziu uma série de adaptações de seus livros a pedido de vários departamentos da igreja. À medida que se aproximava o centenário do livro Educação, o Departamento de Educação

William Fagal é diretor associado do Patrimônio Literário de Ellen G. White na Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Silver Spring, Maryland, E.U.A.

escritos o material necessário para os folhetos com linguagem simples para esse propósito aí no sul…. Você mesmo pode ser capaz de simplificar para o modo que lhe seja mais útil” (The Publishing Ministry, p. 209). Como resultado, no ano seguinte, Edson publicou Christ Our Saviour (Cristo Nosso Salvador) sob o nome de Ellen White, no qual simplificou algumas das matérias que ela escreveu sobre a vida de Cristo a fim de atingir um público, inclusive crianças, que não conseguiriam ler O Desejado de Todas as Nações.

Hoje, também percebemos uma necessidade especial. Embora muitas pessoas leiam confortavelmente os escritos de Ellen G. White com suas expressões originais, outros tropeçam em algumas palavras e sofrem com as longas frases e complexas expressões literárias do século dezenove. A porcentagem de adventistas, particularmente os jovens, na América do Norte, que leem regularmente os escritos de Ellen White tem decrescido por décadas, parcialmente, creem alguns, devido à dificuldade que algumas pessoas encontram nesses escritos.

Paráfrases Modernas Uma solução para esse problema tem sido parafrasear os

escritos de Ellen White para transmitir seus conceitos sem necessariamente usar seu vocabulário. O Patrimônio Literário

da Divisão Norte Americana solicitou ao Patrimônio White que publicasse uma nova edição do livro, com linguagem atuali-zada. O resultado foi True Education (A Educação Verdadeira), publicado em 2000. Foi impresso na capa que é uma adaptação do livro Educação, de Ellen G. White. Do mesmo modo, a pedido do Departamento de Saúde da Associação Geral, em 2005 o Patrimônio White lançou uma adaptação chamada The Ministry of Health and Healing (O Ministério da Saúde e Cura) para o centenário do livro A Ciência do Bom Viver.

Esses dois títulos revelam sua conexão com os livros origi-nais, mas todos os títulos adaptados são diferentes do original para que a distinção seja clara. Eles seguem um precedente criado cerca de 30 atrás com a publicação de Steps to Jesus (Passos para Jesus), uma adaptação do Caminho a Cristo (em inglês) para jovens e pessoas com limitação no idioma.

Adaptações Não São Paráfrases Esses livros não são paráfrases. Em grande parte, eles seguem

a obra original, frase por frase e muito do vocabulário original de Ellen G. White, embora, às vezes, diferindo na ordem das palavras.

Nova Série do Conflito para Adolescentes O Patrimônio White também está desenvolvendo uma

adaptação dos cinco volumes da série O Conflito dos Séculos – obra de Ellen White sobre o tema do grande conflito. Esses livros são, indiscutivelmente, sua maior contribuição teológica e literária para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Há aproxi-madamente cinco anos, os líderes do Departamento de Escola Sabatina da Associação Geral solicitaram ao Patrimônio White a atualização do vocabulário da série O Conflito. Eles estavam criando um novo conteúdo para as lições da Escola

Ellen WhitedeAdaptaçãodosEscritos

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

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Ellen White e a New King James, essas adaptações oferecem um tipo de “passo à frente” em direção à obra original, tornando a transição para os originais um pouco mais fácil.

Um benefício adicional é que esses livros estão sendo atrativos não só para adolescentes. Os leitores adultos também estão reagindo positivamente. Além disso, há o interesse dos países onde se fala português e onde uma versão facilitada é muito bem vinda. Os líderes da igreja de vários lugares gostariam de traduzir essas adaptações porque sendo menores os volumes, podem ser oferecidos ao público a preços acessíveis e com uma linguagem mais simples e mais direta.

Adaptações Suprem NecessidadesAs adaptações nunca substituirão os volumes originais

completos. A riqueza e poder dos escritos de Ellen White

Sabatina Adolescente, e queriam incluir algumas citações dos livros de Ellen White. “É possível termos algo mais fácil de ler?” perguntaram. “Os jovens dizem que é muito difícil compreender o vocabulário original e a estrutura das frases usadas por Ellen White.”

Os responsáveis pelo Patrimônio White decidiram prepa-rar edições desses volumes adaptados para adolescentes. O ponto inicial para a nova proposta foi a condensação da série “Conflito”, produzida no início dos anos 1980, que reduziu cada capítulo em cerca de 40 por cento. Os volumes adaptados, porém, são menores do que os livros originais de Ellen White, tornando-os mais atrativos para jovens leitores.

Benefícios das Adaptações Os responsáveis pelo Patrimônio White esperam que essas

adaptações introduzam um maior número de adolescentes aos conceitos esclarecedores encontrados nos escritos de Ellen White, e que será um incentivo para se que esforcem para ler Ellen White, no original. Por usar muito do vocabulário de

Ellen White É realmente necessário?

Por William Fagal

Capte Visãoa Na Sua Linguagem

ANTIGO E NOVO: Uma das primeiras adaptações de O Desejado de Todas as Nações, e a nova adaptação especialmente para adoslescentes.

são mais bem expressos em seus escritos originais, e a igreja não tem a intenção de substituí-los com outras edições. As adaptações, porém, estão suprindo uma necessidade que irá complementar e chamar a atenção para a obra original. Elas são um lembrete de que nesses escritos há um tesouro que não podemos perder. Elas ajudarão uma nova geração a conhecer e apreciar essa obra que já abençoou milhões de pessoas.

Nota: As adaptações mencionadas no artigo estão disponíveis, até o momento, somente em inglês. A Casa Publicadora Brasileira iniciou neste ano o projeto de atualização da linguagem dos livros de Ellen G. White. Para os próximos meses está prevista a publicação de: O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações.

COLEÇÃO PARA ADOLESCENTES: O Patrimônio Literário de Ellen G. White está produzindo uma adaptação especial da série O Conflito dos Séculos para adolescentes.

O Patrimônio Literário de Ellen G. White lançou recentemente uma nova página na internet (egwwritings.org), fácil de ser usada, contendo a obra de Ellen White no inglês original, adaptações em inglês moderno, alemão, francês, espanhol, português, russo, chinês e romeno. O material está disponível em vários formatos inclusive em livros digitais, livros em áudio, arquivos em PDF e muito mais. A página também oferece aplicação para ser

baixado gratuitamente no iPhone e iPad. Também estão disponíveis, opções para mídia social como Facebook e Twitter para partilha.

Para obter cópias impressas em idiomas ainda não oferecidos pela nova página, acesse http://publishing.gc.adventist.org/publ_houses.html e consulte a lista completa das 62 casas publicadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia no mundo.

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Olesia

A Divisão Euro-Asiática é geograficamente o maior território da Igreja Adventista

do Sétimo Dia no mundo. Sua extensão abrange cerca da metade do globo, indo do este europeu ao Oceano Pacífico, e desde acima do Círculo Ártico ao centro da Ásia. Se você tivesse que viajar toda a extensão dessa divisão, teria que acertar o relógio em onze fusos horários diferentes!

A Euro-Ásia é formada por doze nações, incluindo os países predomi-nantemente cristãos: Armênia, Belarus, Geórgia, Moldávia, Rússia e Ucrânia; e os predominantemente muçulmanos: Azerbaijão, Cazaquistão, Quirquistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão.

Esses países são muito diferentes, com sua própria mescla de grupos étnicos, religiões e idiomas. No entanto, compar-tilham um passado em comum: todos pertenceram à antiga União Soviética.

A ascensão do comunismo em 1917 provocou a perda da liberdade religiosa. Em 1929, muitas igrejas Adventistas do Sétimo Dia já haviam sido confiscadas ou fechadas. As pu-blicações adventistas e as reuniões nos lares eram estritamente proibidas.

Centenas de adventistas do sétimo dia foram detidos, presos ou enviados para campos de trabalhos forçados por compartilhar sua fé. Alguns até perderam a vida. Em 1938, já não exis-tiam cultos congregacionais na Rússia. Mesmo assim, os membros da igreja permaneceram fieis a Deus.

Quando o Comunismo caiu em 1991, os cidadãos soviéticos desfru-taram de muitos tipos de liberdade. Milhares tinham fome de Deus e a Igreja Adventista do Sétimo Dia cresceu rapidamente. Essa onda de interesse religioso, porém, logo diminuiu, à me-dida que as pessoas começaram a adotar o estilo de vida secular do Ocidente.

Hoje, a igreja continua a crescer, porém, mais vagarosamente. Dos 280 milhões de pessoas que vivem no territó-rio da Divisão Euro-Asiática, menos de 140 mil são adventistas do sétimo dia.

Pelo fato de a religião ter sido termi-nantemente proibida durante o período Soviético, muitos cristãos, hoje, seguem sua fé apenas nominalmente. Poucos lêem a Bíblia. O ateísmo e agnosticismo são muito fortes. O caos político, a inflação e o desemprego deixaram milhões desiludidos e indiferentes à religião. Muitos, porém, ainda buscam algo espiritual que não os decepcione.

Os adventistas na Divisão Euro-Asiática estão alcançando essas pessoas com esse algo especial. Por meio do evangelismo e do testemunho um a um, estão sensibilizando corações para Jesus.

SibériaCoberta com florestas virgens e

campos ondulantes, a Sibéria é um vasto território vazio da Rússia, no lado este das Montanhas Ural. A vida ali é difícil e os invernos muito rigorosos. As igrejas adventistas, porém, estão levan-do o calor do amor de Deus às pessoas.

Krasnoyarsk é uma cidade com cerca de um milhão de habitantes com apenas uma congregação adventista.

Olesia estava procurando uma ma-neira de falar de Jesus aos seus amigos e vizinhos e sentiu-se impressionada a começar um pequeno grupo de estudo

CriançasIgrejas

e

Onde o território é vasto e o desafio assustador

Por Laurie Falvo

S E R V I Ç O

e d i f i c a n d o

Margeurita

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Page 25: Adventist World Portuguese May 2011

Alexander

da Bíblia. Ela convidou Margeurita, que já frequenta o grupo há um ano e meio.

“Esta é a minha família”, diz Margeurita. “São as pessoas mais próxi-mas para mim... [Por causa deles] eu sei que Jesus me ama e que está sempre comigo.”

Hoje Margeurita é adventista do sétimo dia e está compartilhando sua fé com outros.

As reuniões evangelísticas e peque-nos grupos, como o que Olesia ajudou a começar, estão ganhando corações para Jesus. Mas, à medida que o número de membros cresce, não há igrejas perma-nentes para acolher os novos membros.

Guillermo Biaggi, presidente da Divisão Euro-Asiática, salienta a falta de prédios de igreja: “Nosso grande desafio é ter mais capelas aqui neste grande território da divisão, para que os mem-bros da igreja e seus convidados possam adorar o Deus verdadeiro e preparar-se para o céu.”

Nossos irmãos em Krasnoyarsk compraram um terreno e estão plane-jando construir uma igreja.

Outra área da Sibéria, onde os pequenos grupos e o evangelismo está ajudando no crescimento da igreja, é Tomsk, uma cidade universitária com uma população de 500 mil habitantes. A igreja adventista, porém, é representada ali por apenas uma igreja lar, escondida numa rua de fundo. Cerca de 180 adven-tistas vivem em Tomsk. Como os bancos da pequena igreja lar acomodam apenas 90 pessoas, frequentemente muitos se apertam para entrar. Simplesmente não há lugar para novos membros!

Hoje, Alexander é o ancião da igreja lar em Tomsk. Mas há poucos anos ele planejou causar problemas para a congregação de Tomsk. Convicto de que aquela era uma seita, foi à igreja determinado a “resgatar” um parente. As coisas, porém, não aconteceram como ele planejara.

“Vim para este lugar como inimigo; vim para fazer uma guerra contra a igreja”, diz Alexander. “Mas decidi que tenho que seguir este estilo de vida, porque Deus me mostrou o Seu amor e o Seu sorriso por meio desses irmãos e irmãs. Fiquei impressionado com os amigos que fiz aqui.”

Os adventistas em Tomsk compra-ram um terreno e estão trabalhando para construir uma nova igreja, com espaço suficiente para acomodar duas congregações. “Realmente precisamos de um prédio, novo e bonito para os cultos, que se torne um testemunho nesta esta cidade para que outros se unam a nós”, disse Alexander.

AzerbaijãoA República do Azerbaijão situa-se

junto ao Mar Cáspio, ao sul da Rússia. Cerca de oito milhões de pessoas vivem nesse país, porém, pouco mais de cinco por cento são cristãos e aproximada-mente setecentos são adventistas. Os adventistas reúnem-se em pequenos grupos e nas poucas igrejas espalhadas pelo país.

Testemunhar da fé no Azerbaijão é muito difícil. A liberdade religiosa é restrita e os que pertencem a minorias religiosas ou mudam de fé são, geral-mente, perseguidos.

Cerca de trezentos adventistas em determinada cidade compraram um prédio e esperam transformá-lo em um centro para ajudar as pessoas da sua comunidade. Atualmente, eles dirigem a casa de lanches Boas Novas e realizam seminários para os membros. Os planos para o futuro incluem uma escola de inglês e uma pequena clínica onde possam apresentar a mensagem de saúde. Esperam que em futuro próximo

possam formar uma segunda congrega-ção adventista em sua cidade.

Algo para as Crianças Os países da Armênia, Azerbaijão

e Geórgia compõem uma região que a Igreja Adventista denomina de União Transcaucasiana. Mais de 16 milhões de pessoas vivem nesses três países, mas apenas dois mil são adventistas. Em várias cidades não existe sequer um adventista.

Não existe material de Escola Sabatina no idioma local para as crianças desses países. “É muito importante ter material para as crianças, porque está sendo formada uma nova geração”, diz Sergo Namoradze, pastor da igreja adventista em Tbilisi, Geórgia. “Eu pertenço à geração da União Soviética, onde não havia nada religioso para se ler. Se houvesse, talvez eu teria me convertido antes. Essa nova geração precisa de material sobre a Bíblia e Jesus, na maior quantidade possível.”

A igreja na Euro-Ásia enfrenta muitos desafios para cumprir a missão. Mas o evangelismo um-a-um está ganhando os corações para Jesus. Milhares estão vindo a Ele e estão desejosos de compartilhar a sua fé. Eles, no entanto, necessitam de igrejas para os cultos e material da Escola Sabatina em seu idioma, adaptado aos vários níveis. Podemos ajudar a fornecer esses recursos para que mais e mais pessoas possam conhecer o amor de Jesus.

Suas orações e ofertas generosas no Décimo Terceiro Sábado podem fazer a diferença para eternidade na Divisão Euro-Asiática. Por favor, doe generosa-mente. Para mais informação sobre os desafios de levar pessoas a Cristo, acesse www.AdventistMission.org.

Laurie Falvo é gerente dos projetos de comunicação da sede da Missão Adventista.

Criançase d i f i c a n d o

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P E R G U N TA : Fomos totalmente corrompidos pelo pecado? E nosso livre arbítrio? Temos, ainda, a habilidade de escolher entre o bem e o mal?

Não posso responder a suas três perguntas neste pequeno espaço. De fato, o tema sobre o efeito do pecado sobre nós, e sobre a natureza do livre arbítrio

tem sido estudado e discutido há séculos, sem uma conclusão unanime. Vou compartilhar alguns conceitos para estimular seu pensamento. Quero ini-ciar com um paradoxo: A Bíblia afirma que temos livre arbítrio, mas ensina que so-mos escravizados pelo pecado. Considere o paradoxo e pense sobre ele.

1. Escravizados pelo Pecado: A queda de Adão e Eva alterou radicalmente a natureza humana. O coração, centro racional e volitivo do ser humano, foi corrompido: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” (Jr 17:9).* O dano foi irre-parável; os seres humanos não são apenas incapazes de se compreenderem, também enganam-se uns aos outros. Nenhuma dimensão da natureza humana ficou livre do toque do pecado; assim, ninguém é justo (Rm 3:10) ou naturalmente busca a Deus (Sl 53:2 e 3; Ef 2:1-3). O pecado é uma realidade humana. Isaías escreveu: “Somos como o impuro – todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para lon-ge”(64:6); até os melhores seres humanos estão contaminados com nosso estado pecaminoso. Há uma inimizade natural contra Deus no coração humano que nos incapacita de pro-curar e de fazer o bem, ou de nos submetermos à Sua vontade (Rm 8:7). Somos controlados pelos desejos pecaminosos e egoístas de nossa natureza caída (versos 6-8). A situação é desesperadora porque não há nada que possamos fazer para mudar essa realidade (Jr 13:23). Os seres humanos vivem sob o domínio do pecado, governados por um déspota e incapazes de fazer o que, talvez, gostariam de fazer (Rom 6:16; cf. 7:18-23). E o livre arbítrio?

2. A Situação do Livre Arbítrio: Permita-me dar uma definição de livre arbítrio: é o poder de escolha, independente

de condições e forças internas ou externas as quais não podemos controlar. Se, é verdade que somos escravizados pelo pecado, então, é difícil falar sobre liberdade de escolha. Mas, se este é realmente o caso, é impossível falar de nossa responsabilidade sobre nossos atos. No entanto, a doutrina bíblica de julgamento e castigo admite que temos livre arbítrio.

Podemos argumentar que o pecado não obliterou a imagem de Deus em nós e, portanto, temos livre arbítrio (Rm 3:23). Se ele faz parte da imagem de Deus e de nossa humanidade, então ainda o temos. Isso, porém, deve ser apro-

priadamente compreendido. O livre arbítrio que temos, está deteriorado e corrompi-do. A pergunta agora é: quão deteriorado está ele?

Deixa-me sugerir algo: O pecado mudou a ênfase da função do livre arbítrio, das decisões altruístas que beneficiavam os outros, para a autopreservação. A situação é tal que não há nada que possamos fazer a respeito. O livre arbítrio ainda está sob o poder do pecado!

3. Deus Conosco: Se o livre arbítrio é a ferramenta para atualizar meu egoísmo e minha corrupção, então não é livre coisa nenhuma, e a ques-tão de sermos responsáveis

por nossos atos não foi resolvida. Como saímos desse dilema? “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Rm 7:25).

Após a queda, o Filho de Deus não nos abandonou (Ap 13:8). Desde aquele momento Deus está trabalhando no coração humano, convidando cada indivíduo para a verda-deira liberdade do poder do pecado. Por meio do trabalho do Espírito, Deus tem criado nos corações humanos o desejo e a disposição de escolher o bem. Essa graça divina invade o planeta, toma a iniciativa, alcança cada indivíduo (Jo 1:9), e desperta o livre arbítrio, capacitando os seres humanos a escolher a Cristo ou a continuarem sendo escravos do pecado, que é sua tendência natural. Esse silencioso trabalho do Espírito faz-nos responsáveis por nossas decisões.

Verdadeira liberdade há somente em Cristo.

*Os textos bíblicos utilizados foram extraídos na Nova Versão Internacional.

Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.

paraLivre

Escolher Por Ángel Manuel Rodríguez

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

26 Adventist World | Maio 2011

Page 27: Adventist World Portuguese May 2011

Para muitos cristãos o Espírito Santo é um mistério. A questão sobre quem é Ele e como age em nossa vida, os deixa confusos. A Bíblia, porém, é extremamente clara sobre a identidade do Espírito Santo. Ele é divino, a eterna terceira pessoa da Trindade. Ele é parte do trio celestial tanto quanto o Pai e o Filho (veja Mt 28:19, 20; Ef 2:18; 2 Co 13:14). Nesta lição, descobriremos três símbolos do Espírito Santo, usados em toda a Bíblia.

1. Que símbolo do Espírito Santo Jesus compartilhou com Seus discípulos? “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Ele estava Se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nEle cressem” (Jo 7:37-39).

O ministério do Espírito Santo é simbolizado como rios de .

2. Por que Jesus escolheu a água como símbolo do Espírito Santo? Que lições espirituais encontramos nesse símbolo? “Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes”(Is 44:3).“Aspergirei água pura sobre vocês e ficarão puros; eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos” (Ez 36:25).

A água satisfaz nossa e nos limpa de nossas .

Nada satisfaz a sede como a água. Só a água sacia aquela sede profunda, a sede intensa. Quando o Espírito Santo entra em nossa vida, revelando o amor de Jesus e a verdade, preenche nossos mais profundos anseios e acalma nossa ansiedade. O Espírito Santo sacia nossa sede daquilo que é eterno. A água também limpa. Quando o Espírito Santo enche nossa vida, Ele dá início ao processo de limpeza da nossa rebeldia. Os hábitos que contaminam nossa vida são purificados pelo Seu poder. A água estimula o crescimento. Quando a chuva do Espírito de Deus cai sobre nós, enche-nos com a vida espiritual que cresce diariamente na graça de Jesus (veja Sl 1:3).

3. Que símbolo da poderosa ação do Espírito Santo usou Jesus em Sua visita noturna a Nicodemos?“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito ” (Jo 3:8).

O ministério do Espírito Santo é como o .

no tempo do fimEspírıto Santo Por Mark

A. Finley

E S T U D O B Í B L I C O

Símbolos do

Maio 2011 | Adventist World 27

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O vento é poderoso. Nessa passagem ele representa o poder transformador de Deus por meio do Espírito Santo, que vai além de nossa compreensão finita. Sua ação divina é miraculosa. Na visão de Ezequiel do “vale de ossos secos” (Ez 37), quando o Espírito Santo soprou nova vida nos ossos mortos, eles voltaram à vida. Por meio do Espírito Santo, nossa vida espiritual é reavivada em Cristo.

4. O óleo também é usado na Bíblia como símbolo do Espírito Santo. Que aspecto da obra do Espírito Santo ele representa?“Unja Arão e seus filhos e consagre-os para que Me sirvam como sacerdotes. Diga aos israelitas: Este será o Meu óleo sagrado para as unções, geração após geração” (Ex 30:30, 31).“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como Ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com Ele” (At 10:38).

O óleo foi usado para Arão e seus filhos para o serviço do santuário terrestre.

Deus, o Pai, ungiu Jesus com o Espírito Santo, capacitando-O a

e todos os oprimidos pelo diabo.

O óleo representa o poder santificador do Espírito Santo em nossa vida. Ele nos separa como servos consagrados a Cristo. Assim como o óleo era usado para consagrar os sacerdotes e o santuário terrestre para o serviço de Deus, o Espírito Santo nos santifica como testemunhas para o nosso Senhor.

5. Qual foi a grande necessidade das virgens insensatas na parábola de Jesus sobre as dez virgens? Qual sua importância para a igreja de Deus no tempo do fim?“As [virgens] insensatas disseram às [virgens] prudentes:‘Dêem-nos um pouco do seu óleo, pois as nossas candeias estão se apagando’. Elas responderam: ‘Não, pois pode ser que não haja o suficiente para nós e para vocês. Vão comprar óleo para vocês’” (Mt 25:8, 9).

As virgens insensatas estavam despreparadas para o atraso do Noivo e ficaram sem .

6. Como Jesus identificou o problema espiritual das virgens insensatas?“Mas Ele respondeu: ‘A verdade é que não as conheço!’ Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora!”(Mt 25:12, 13).

As virgens insensatas não sabiam a do retorno do seu Senhor,

e estavam quando Ele chegou.

O óleo do Espírito Santo separa, consagra, santifica e cura. As virgens insensatas se conformaram com uma vida religiosa superficial. Elas não mantinham íntima comunhão com Jesus. Foi por isso que Ele disse: “Não as conheço”. Esses símbolos do Espírito Santo falam ao nosso coração hoje. O símbolo da água

convida-nos a fazer uma limpeza interior de tudo que possa obstruir os canais da mente e nos impeça de conhecer a Jesus mais intimamente. O símbolo do vento nos

convida a abrir a nossa mente ao fôlego de Deus e a recebermos nova vida. O simbolismo do óleo apela para vivermos uma vida consagrada e íntima

comunhão com Deus.

*Os textos bíblicos utilizados foram extraídos na Nova Versão Internacional.

28 Adventist World | Maio 2011

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C A R T A S

Deus” tocou meu coração. O pregador, Golden Lapani, está fazendo um bom trabalho para Deus no Maláui. Ele me lembra o apóstolo Paulo com sua paixão, dedicação e determinação para pregar a boa nova da salvação pelo poder de Jesus Cristo. Não há dúvida de que o Deus a quem servimos é um Deus de milagres.

Peço que em todo o mundo oremos pelo irmão Lapani e outros que estão arriscando sua vida para servir a Deus. Que nosso coração queime com o desejo de salvar as pessoas, de curar as feridas do coração e de levar os perdi-dos a Jesus.

Litton Prosad MowalieDhaka, Bangladesh

Poder IlimitadoAprecio todos os artigos da Adventist World, mas há alguns artigos em espe-cial que servem como pontes para pre-encher nosso vazio. “O Piano ‘Invisível’”, por Wilhermina Dunbar (dezembro de 2010), fortaleceu a minha fé no poder

do Todo Poderoso. Quando oramos, de Sua fonte abundante de riqueza, Deus supre as nossas necessidades. Quando paramos de limitar o poder de Deus, podemos ser agradecidos por Ele estar sempre presente e ouvindo nosso clamor em momentos de necessidade.

Mais poder para a Adventist World.Larry R. Valorozo Taguig City, Metro Manila, Filipinas

Impacto AtlantaAmo a Adventist World. O artigo “Impac-to Atlanta”, por Kimberly Luste Maran (setembro de 2010), de fato me impres-sionou. Agradeço a Deus pelo ministério que une os adventistas do mundo.

Jean Marie SadioCosendai, Camarões

Nesses últimos dias quando as pessoas correm de um lado para o outro, em busca de consolo e esperança, quando estão perdendo a fé em Deus, esta revista relata histórias reais de como Deus ainda está no controle. Ela é uma bênção. – Litton Prosad Mowalie

Dhaka, Bangladesh

Intercâmbio Mundial

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Motivador Sou adventista há quase cinco anos e a leitura de revistas como a Adventist World tem fortalecido minha fé em Deus e em Sua Palavra. Minha mãe, meu

irmão e eu somos os únicos adventistas na família, numa cidade onde a Igreja Adventista do Sétimo Dia ainda está em crescimento. É muito animador ler sobre outras pessoas que encontraram a mesma crença que tenho e como valorizam essa fé, acima de tudo.

“O Pequeno Diamante”, por Chantal Klingbeil (dezembro de 2010), foi para mim, que sou jovem, uma grande inspiração para continuar aspirando a maiores alturas para glória de Deus e o avanço do Seu reino. Gosto muito de ler sobre a vida dos pioneiros, pois me dão esperança quando sou provado e me desafia a dedicar o meu melhor para Deus.

Agradeço a equipe e aos escritores por fazerem a diferença em minha vida. Vocês são a voz de Deus e uma carta de amor para muitas pessoas. Que Deus continue a abençoá-los.

Rochelle StanderNelspruit, África do Sul

Convite à OraçãoSou muito grato pela publicação da Adventist World. Nesses últimos dias quando as pessoas correm de um lado para o outro, em busca de consolo e esperança, quando estão perdendo a fé em Deus, esta revista relata histórias reais de como Deus ainda está no controle. Ela é uma bênção.

A edição de dezembro de 2010 me animou e inspirou. O artigo de Charlotte Ishkanian intitulado “Um Homem e seu

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C A R T A S

Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.

Apreciada ao Redor do Mundo Sou adventista, tenho 19 anos de idade e sou um ávido leitor da Adventist World. Alegro-me de poder saber sobre meus irmãos e irmãs de todo o mundo e fico maravilhado com o trabalho missionário. Que o Senhor esteja com todos os Seus filhos e nos guie.

Elom TagbedeLome, Togo

Leio regularmente a Adventist World. É muito interessante saber o que acontece em nossa igreja em outras partes do mundo.

Rebeca Ruiz LaguardiaSaragoça, Espanha

Saudações à liderança da Adventist World, que encontrei na Internet e leio em espa-nhol. Os artigos e testemunhos de tantas pessoas ao redor do mundo são um in-centivo para avançarmos no caminho que o nosso Senhor Jesus Cristo nos deu, por fazermos parte do povo remanescente.

Desde a minha infância sou membro

da igreja na cidade de Guadalajara, México. Perguntei ao Senhor o que mais pode ser feito pela igreja, e concordo que temos uma tarefa nessa obra de reaviva-mento e reforma. Sinto que o preparo da igreja para o que está para vir, é uma necessidade urgente. Saúdo a iniciativa de reavivamento e reforma da igreja.

Enrique Martin del CampoTepic Nayarit, México

A Adventist World é uma das minhas re-vistas favoritas. Nela adquiro conhecimen-to e fortalecimento espiritual. Seus artigos têm mudado a vida de muitos, levando-os a crer no Senhor Jesus. Como é editada mensalmente, nunca deixa de renovar nossa mente espiritual. Sempre que leio essa revista, sou inspirado a trabalhar mais pela igreja e pelo evangelismo.

Naw Moo KapawTaungngu, Mianmar

Muito obrigado pela Adventist World. Ela me ajuda sempre que estou desani-mado. Imagine quantas pessoas estão

sendo beneficiadas por seus esforços. Sou leitor assíduo e continuarei lendo e esperando pelo próximo exemplar até Jesus voltar.

Essa revista me conforta e anima, pois estou num presídio de segurança máxima.

Boxten T. KudziweMalawi

Saudações dos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Uganda. Muito obrigada pelo bom trabalho que estão realizando. Que Deus abençoe aqueles que contribuem com essa revis-ta. Oro para que um dia possa visitá-los em Maryland!

Eva NamugereUganda

Por favor, ore pelo reavivamento entre os jovens adventistas do sétimo dia de nossa província. O número de nossos jovens tem decrescido. Que Deus abençoe e fortifique nossa igreja. Ore pelo evange-lismo na China e que os propósitos de Deus se realizem na China e fora dela.

Jin, China

Por favor, ore para que seja resolvido o problema com o terreno de nossa igreja. Estamos em vias de perder nossa igreja. Não temos recursos financeiros para pagar as despesas legais.

Ann, Filipinas

Fomos convidados a disponibilizar as lições do Estudo Bíblico da Herança Judaica para prisioneiros. Esperávamos

uns poucos pedidos por mês, entretan-to, somente nos meses de dezembro e janeiro recebemos cerca de setenta pedidos de estudos bíblicos. Agradecemos suas orações por essa nova dimensão do nosso ministério, a Herança Judaica.

Jeff, Estados Unidos

Pouco mais de duas semanas atrás fui diagnosticada com glaucoma. Estou solicitando suas orações. Por favor, ore para que o Senhor realize um milagre na minha visão. Obrigada por interceder por mim e por outros.

Naomi, Ilhas Virgens

Sou do Zimbábue e moro na África do Sul. Desde o ano passado estou esperan-do por uma permissão de trabalho. Por

favor, ore para que Deus providencie uma maneira para que eu consiga esse documento.

Sharon, África do Sul

Solicito a gentileza de orarem pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em Mianmar.

Gin, Mianmar

L U G A R D E O R A Ç Ã O

Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.

Intercâmbio Mundial

30 Adventist World | Maio 2011

Page 31: Adventist World Portuguese May 2011

I N T E R C Â M B I O D E I D E I A S

Além daHumana

Compreensão

L A W R E N C E D O M I N G O

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor AdministrativoBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist WorldLee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk

Editor-ChefeBill Knott

Editores em Silver Spring, Maryland, EUAGerald A. Klingbeil (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran, Gina Wahlen

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan

Editor On-lineCarlos Medley

Coordenadora TécnicaMerle Poirier

ColaboradorMark A. Finley

ConselheiroE. Edward Zinke

Assistente Executiva de RedaçãoRachel J. Child

Assistentes AdministrativosMarvene Thorpe-BaptisteAlfredo Garcia-Marenko

Atendimento ao LeitorMerle Poirier

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Fatima Ameen

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

E-mail: [email protected]: www.adventistworld.org

Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

Vol. 7, No. 5

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

Maio 2011 | Adventist World 31

Era 19 de abril de 2010. Eu acabara de chegar de um encontro

adventista anual sobre rea-vivamento na área de Falam.* Cheguei ao campus do Upper Myanmar Adventist Seminary (Seminário Adventista de Myanmar), onde sou o diretor. Naquela noite, como de costume, jantamos às 19 horas. De repente, a chuva começou a cair com ventos muito fortes. Corremos para todos os lados, fechando as janelas e portas. A tempestade era tão forte que não conseguimos acabar de comer.

Enquanto estávamos ocupados secando o chão, Thang Sawm Tung, preceptor dos rapazes, voltou de uma visita aos membros. Tung disse que teríamos muito trabalho no dia seguinte. “O que aconteceu?” perguntei. Tung explicou que o prédio principal do campus, usado como prédio de aulas e biblioteca, havia perdido o telhado.

Fomos conferir e, realmente, não havia mais telhado e tudo estava exposto. Rapidamente colocamos todos os livros em um local e os cobrimos com uma lona à prova d’água. Depois disso, reuni alguns voluntários e oramos a Deus dizendo: “Senhor, estamos muito tristes com essa devastação, mas, ao mesmo tempo, estamos agradecidos porque sabemos que o Senhor vai transformar essa maldição em bênção.”

De fato, palavras não podem expressar quão tristes estávamos. A tempestade destruiu não apenas o prédio, mas também nossos planos de comprar um Jeep, barato, fabrica-do localmente – decisão tomada pela diretoria da escola no dia 12 de abril de 2010.

Comuniquei à Missão e à União do Upper Mianmar sobre a devastação. Suak Khaw Ngin, diretor de educação da missão, nos orientou a entrar em contato com a divisão para providenciar a assistência do seguro. Recebi, imediatamente, um formulário do seguro para ser preenchido, e o devolvemos em seguida. O processo de recebimento do seguro, no entanto, demorou meses.

A reconstrução começou no dia 26 de abril de 2010. Tínhamos que concluí-lo antes do próximo dia 25 de maio, porque as matrículas começavam no dia 26.

Agora, já não havia mais orçamento para o Jeep, e a reconstrução ainda estava em andamento. Deus nos abençoou com doações vindas dos ex-alunos e dos membros da igreja. A reconstrução continuou e foi completada com um recurso adicional do ano escolar de 2010-2011.

Finalmente, o dinheiro do seguro chegou no dia 4 de outubro de 2010 e cobriu o orçamento para o Jeep e outras coisas.

A escola havia planejado comprar um Jeep, mas Deus modificou as coisas e tornou possível a compra de um pequeno caminhão que pode ser usado de muitas maneiras no Seu ministério. De fato, Deus transformou a devastação em bênção, muito além da minha compreensão humana.

–Kap Lian Thang, Myanmar

* Falam é uma pequena cidade do estado de Chin, na região norte de Myanmar.

Este mês, um leitor conta sobre a vitória de Deus em um desastre.

Page 32: Adventist World Portuguese May 2011

RESPOSTA: Na Inglaterra, na Igreja Adventista do Sétimo dia de Stanborough Park, Neilson Roberts, ancião da igreja, olha a panela com água quente que será usada para preparar bebidas quentes e sopa instantânea para ajudar a alimentar a população de rua de Londres. Os voluntários da igreja levam para as ruas: água quente, bebidas geladas, alimento suficiente para 40 pessoas, roupas, material de higiene pessoal, cobertores e sacos de dormir.

Q U E L U G A R É E S T E ?

O Lugar das

PESS ASF R A S E D O M Ê S

“Quando o Senhor está no controle, todos se alegram, mas, quando Satanás está no comando, todos choram. Por isso, vamos dar a Deus a chance de dirigir nossa vida.”–Zvikomborero Zihanzu, durante uma Escola Sabatina, no começo de 2011, no Acampamento de Jovens na Federação Chitungwiza, em Chipinge, Zimbábue.

V I D A A D V E N T I S T AFui capelão dos Hospitais

Adventistas da Flórida por muito tempo. Num dos hospitais em que trabalhei fui diretor dos ca-pelães voluntários e dos auxiliares voluntários. Alguns dos hospitais chegam a ter 500 voluntários trabalhando com os pacientes e auxiliando os funcionários.

O hospital não funcionaria sem o trabalho desses fieis volun-tários. Por isso, num dia do ano de 1989, fui inspirado a escrever as seguintes palavras de gratidão:

“Viva os voluntários! Grande parte do progresso da história da

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E N V I A D O P O R J U N E C O O M B S

bolinhas.” Que resposta linda dessa criança que pensa criativa-mente sobre o céu!–Wilhelmina Dunbar, Heidelberg, Gauteng, África do Sul

humanidade acontece graças ao esforço e dedicação deles.”

Creio que isso ainda é verdade. –Chet Damron, Carolina do Norte, Estados Unidos

Minha netinha, de sete anos de idade e eu estávamos juntas, assistindo na TV a um progra-ma sobre a vida silvestre. Ambas ficamos chateadas ao ver um leão perseguindo um antílope impala pequeno. Lembrei a ela que no céu não haverá matança e que os leões comeriam capim.

“Sim, Vovó”, respondeu ela, “e os cachorrinhos vão comer