ações integradas na prevenção do uso de drogas e...
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Ações Integradas na Prevenção do
Uso de Drogas e Violência
J. M. Bertolote
Faculdade de Medicina de Botucatu
UNESP
Abandono escolar
Inexistência de
projeto de vida
Falta de acesso a
bens econômicos
Falta de acesso a
bens culturais
Trabalho infantil
VULNERABILIDADEA vulnerabilidade não é uma
condição permanente, tem caráter
dinâmico; circunstâncias podem ser
minimizadas ou revertidas
Saúde
precária
Uso
de drogas
Exploração
sexual
Violência
Familiar
Desemprego
Baixa
auto-estima
RELAÇÃO DROGAS
X
VIOLÊNCIA
CRESCENTES ÍNDICES
DE CRIMINALIDADE
JUVENTUDE:
PRINCIPAL ALVO
Identificação
- Família
-Instit.. Relig.
-Polícia
-Conselhos
-Delegacia
- UBS
- Escola
- CAPS
- Grupos de
Auto-ajuda
- Abrigos
- Hospital Dia
-Com. Terap.
-Hosp Gerais
-UBS
PROCESSO
-Cooperativas
- Movimentos
sociais de
base
- Grupos de
jovens
Metas
-Fortalecimento da Rede - Resolução de Casos
Acolhida,encaminhamento
eacompanhamento
Intervenção Reinserção
Social
Rede
Comunitária
-CRAS
- CREAS
- Juizados
Especiais
- Protejo- Projovem
- Bolsa Família- Aç Enfrentamento à Violência sexual- Mulheres da Paz- Bem-me- quer- Mais Educação
- 2º Tempo- PAIF
Dfsdf
Dfs
df
Três componentes simultâneos
Ações Integradas na Prevenção ao Uso de Drogas e Violência
MOBILIZAÇÃO
-Sensibilização de atores;
- Mobilização Institucional;
- Formalização de Acordos; PREVENÇÃO
- Disseminação de boas práticas;
-Implementação simultânea de projetos
e capacitações;
INTERVENÇÃO
-Capacitação para intervenção;
-Criação e otimização de recursos;
- Georeferenciamento;
PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Ações de Repressão ao Tráfico de Drogas
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um conjunto integrado de ações de
prevenção, tratamento e reinserção social de usuários de
drogas, visando a redução da criminalidade associada ao
consumo dessas substâncias junto à população jovem.
COMPONENTE 1: MOBILIZAÇÃO
• Mobilização dos atores políticos
• Mobilização institucional
• Mobilização Social
• Criação e/ou Fortalecimento do Conselho Municipal Sobre Drogas.
• Formalização dos acordos
COMPONENTE 2: PREVENÇÃO
• Disseminação de informações qualificadas sobre drogas
• Implementação simultânea de projetos
CAPACITAÇÕES:
1. Educadores e comunidade escolar
2. PROERD – Programa Educacional
de resistência às drogas
1. Conselheiros Municipais
2. Segurança Pública – Policiais
3. Polícia Rodoviária Federal e Polícias
Estaduais – “Lei Seca”
4. Operadores do Direito
5. Profissionais de Saúde
6. Ambiente de Trabalho
7. Lideranças Religiosas
8. Projeto Reservista Cidadão
BOAS PRÁTICAS:
11. Lua Nova
12. Consultório de Rua
13. Terapia Comunitária
14. Polícia Comunitária
15. Plano Emergencial do MS
16. Operações Especiais do DPF, DPRF e Polícias
Estaduais
OUTRAS AÇÕES:
17. Distribuição de Material Informativo
18. Concursos Nacionais – cartazes, fotografia, jingle,
monografia
19. Serviço telefônico VIVA VOZ
20. Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas
21. Aparelhamento das Polícias com etilômetros
22. FUNAI – populações indígenas
• Mapeamento, capacitação e ampliação da rede pública e comunitária de
serviços;
• Articulação e fortalecimento dos recursos disponíveis;
• Geoprocessamento;
• Sustentabilidade técnica do Programa
COMPONENTE 3: INTERVENÇÃO
GERENCIAMENTO DE CASO
• Auxiliar o usuário na solução de problemas, no suporte da família e na reinserção
do usuário no contexto de trabalho (orientação profissional e parceria com
cooperativas que aceitem esse perfil de trabalhador)
• Incentivar a criação de atividades profissionais dentro da comunidade como fonte
de renda (cursos profissionalizantes)
• Facilitar o acesso do paciente e seus familiares ao tratamento e manter-se alerta
às mudanças nas necessidades, na motivação e nos problemas dos usuários e
de seus familiares durante o curso da intervenção, buscando assim a
identificação precoce de futuras dificuldades ou recaídas.
Crack
CRACK
• O QUE É
Substância estimulante do SNC obtida da cocaína por processo químico
• USO
Fumada
• AÇÃO
Atinge o SNC em 5 a 10 segundos durando de 15 a 20 minutos
• Efeitos
– intensa euforia e sensação de poder;
– excitação, insônia, desorientação;
– Instabilidade emocional;
– persecutoriedade;
– fissura.
EFEITOS NO CÉREBRO
• intensa euforia e sensação de poder
• excitação, insônia, desorientação
• labilidade emocional
• diminuição da sensação de cansaço
• sensação de flutuar
• aumento do estado de alerta
EFEITOS NO CORPO
• aumento repentino de P. arterial
• dilatação da pupila
• pulso rápido, boca seca, sudorese
• hipertermia, vasoconstrição
• evidências de uso pela via de administração
PASSO 1 - FOLHAS EM PASTA
folhas + água e carbonato de cálcio
• adiciona querosene e “pisoteia”
• adiciona ac. sulfúrico + água
• o precipitado é secado
• Origina-se a Pasta Base
FOLHAS
Pasta
de
coca
sulfato de
cocaína
PASSO 3 - PASTA EM FREE BASE
Pasta
de
coca
“free
base”
cocaína base
(rock, crack)
• Pasta de coca + ac. clorídrico
• + permanganato de potássio
• filtra e adiciona água de amoníaco
• precipita seco = cocaína base
sulfato de
cocaína
Usuários de algumas substâncias psicoativas(prevalência na vida)
Domiciliar > 12 a (SENAD/CEBRID, 2005)
Álcool: 68,7%
Maconha: 6,9%
Crack: 0,4%
Estudantes 12-19 a (SENAD/CEBRID, 2004)
Álcool: 65,2%
Maconha: 5,9%
Crack: 0,7%
Universitários (SENAD/GREAA, 2010)
Álcool: 86,2%
Maconha: 26,1%
Crack: 1,2%
COMPARAÇÕES ENTRE O
I E II LEVANTAMENTOS DOMICILIARES
Tabela 1 - Comparações das freqüências de uso na vida, no ano e no mês no Brasil, em 2001 e 2005 (em %)
Drogas
Período de tempo
Uso na vida Uso no ano Uso no mês
2001 2005 2001 2005 2001 2005
Qualquer droga 19,4 22,8 4,6 10,3 2,5 4,5
Maconha 6,9 8,8 1,0 2,6 0,6 1,9
Cocaína 2,3 2,9 0,4 0,7 0,2 0,4
Crack0,4
(217.714)0,7
(381.000)0,1
(54.429)0,1
(54.429) 0,00,1
(54.429)
Álcool 68,7 74,4 49,8 49,8 35,3 38,3
Tabaco 41,1 44,0 20,1 19,2 19,8 18,4
Fonte: I Levantamento Domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil
II Levantamento Domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil
COMPARAÇÕES ENTRE O CONSUMO DE PASTA BASE EM
PAÍSES DA AMÉRICA LATINA
Tabela 2 - Prevalência de uso na vida, ano e mês, no consumo de pasta base, em populações escolares por país (em %)
País Vida Último ano Último mês
Argentina* 2,25 1,42 0,95
Bolívia* 1,94 1,32 0,8
Brasil** 0,7 0,7 0,5
Chile* 5,31 2,82 1,44
Equador* 1,04 0,62 0,11
Peru* 1,8 0,84 0,33
Uruguai* 1,89 1,09 0,47
* Fonte: Informe Subregional sobre uso de drogas em población escolarizada / ONU (2009/2010)
** Fonte: V Levantamento Nacional sobre o consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e médio da rede pública de ensino nas 27 capitais brasileiras (2004)
V LEVANTAMENTO NACIONAL - ESTUDANTES
Tabela 3 - Uso no mês de drogas psicotrópicas por estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual do Brasil, levando-se em conta sexo, idade e as diferentes drogas individualmente (em %).
DrogasSexo %*** Idade (anos) %***
Masculino Feminino 10 - 12 13 - 15 16 - 18 >18
Maconha 4,5 2,1 0,4 2,0 6,1 8,8
Cocaína 1,8 0,8 0,2 0,8 1,8 4,1
Crack 0,8 0,3 0,2 0,5 0,7 1,2
Total tipos de uso**** 15,5 13,9 7,6 14,4 20,2 22,9
Tabaco 10,9 9,4 2,3 8,8 16,6 20,2
Álcool 44,6 44,9 26,3 45,2 58,1 64,5
Fonte: V Levantamento Nacional sobre o consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e médio da rede pública de ensino nas 27 capitais brasileiras
*Diferença estatisticamente significante entre os dois sexos (Teste do X², p < 0,05)
**NI significa dados não informados pelos alunos
****Tipos de uso exclui tabaco e álcool
COMPARAÇÕES ENTRE IDADES DE INÍCIO DE USO
FONTE: CEBRID/SENAD – V Levantamento sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas entre estudantes – 2004