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Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

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Page 1: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs

Jean Mossman

Health Equality Europe

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• Por quê é importante o ponto de vista do paciente/cuidador

• De que maneira o testemunho de paciente/cuidador/cidadão pode contribuir para a avaliação da tecnologia da saúde

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Health Equality Europe (HEE)

• Uma aliança informal de pessoas que querem que a voz do paciente esteja no cerne das decisões sobre a saúde, na Europa

• Reúne gente de inúmeros países, com uma gama de experiências, comprometidas em fazer com que a voz do paciente seja ouvida

• HEE foi formada com o patrocínio da Novartis International AG, Suíça

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Prevenção: vacinação infantil

Tecnologia da Saúde

Medicamento: insulina para diabetesAparelho: implantecoclear

Exame diagnóstico:Tomografia computadorizada

Procedimento:laparoscopia

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Avaliação da Tecnologia da Saúde (ATS)

• ATS é um processo multidisciplinar que resume informações sobre temas médicos, sociais, econômicos e éticos relacionados ao uso de uma tecnologia da saúde, de forma sistemática, transparente, direta e sólida

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Papel da ATS

A ATS pode fornecer informações para dar suporte a um leque de decisões como, por exemplo:

• Autoridades da Saúde pensando em acionar programas de prevenção primária ou secundária, como programas de triagem;

• Pagadores de atendimento à saúde decidindo quais tecnologias (ex.: cirurgias, medicamentos) devem ser pagas;

• Organizações de atendimento à saúde decidindo se excluem ou implementam novas tecnologias como modernos tipos de radioterapia;

• Empresas de produtos de atendimento à saúde gerando novos produtos que podem precisar demonstrar um nível de benefício que justifique o custo.

ATS também pode ser usada por pessoas, como:• Pacientes e cuidadores decidindo quais das opções de tratamento

disponíveis melhor atendem suas necessidades;• Membros do público pensando ou fazendo parte de um programa de

triagem.

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Por quê é importante o ponto de vista do paciente/cuidador

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Custos do Tratamento de 5FU infusão vs oral

Infusão

£

Oral

£

Custo do medicamento 563 464

Administração 1500 113

Eventos adversos 22 131

Custos de uma vez 12 7

Total 6255 2132

Page 10: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Infusão• 3 dias de hospital cada

quinzena• Eventos adversos• Desconforto • Escassez de veias• Perda de dignidade• Aborrecimento• Frustração• Menos tempo para a vida

real

Oral• Uma consulta

ambulatorial cada 3 semanas

• Eventos adversos• Tomar comprimidos

Custos do Paciente de 5Fu infusão vs oral

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Vantagem do tratamento oral

Page 12: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Os tratamentos devem ser avaliados do ponto de vista do mundo real

• Pelo menos 50% dos pacientes não tomam o medicamento da maneira que lhes foi prescrito

• Cerca de 30% dos pacientes interromperam o tratamento por, pelo menos, 30 dias consecutivos no primeiro ano de Glivec

=> ‘Embora Glivec seja um medicamento que salva vidas, a não adesão do paciente é alta, e pode levar a conseqüências indesejadas’

Page 13: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Somente os pacientes e seus cuidadores sabem exatamente qual o impacto da doença em seu dia-a-dia, e como determinados tratamentos ou estratégias de controle podem influir

sobre a qualidade de vida

Page 14: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Como o testemunho de paciente/cuidador/cidadão pode contribuir para a avaliação da

tecnologia da saúde

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Histórico• ATS cada vez mais usada em decisões sobre

quais tratamentos devem ser reembolsados• O ponto de vista do paciente/cuidador/cidadão

sendo reconhecido como importante• Geralmente, as contribuições desses grupos

são fracas• Necessidade de instruí-los que ‘Sofrimento não

é tudo’=> Manual para ajudá-los a dar sua contribuição efetiva

ao processo de ATS

Page 16: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Envolvimento de pacientes/cuidadores/cidadãos

Dificuldades do processo:• Os pacientes desconhecem os processos de ATS• Não estão sabendo:

– O que é prova– como consegui-la– como interpretá-la– como apresentá-la

• Resposta emocional, em lugar de factual• ‘Especialistas’ podem intimidar• Necessidade de representar uma gama de experiências e pontos

de vista• Preocupação de que comentários negativos possam influir sobre

seu acesso ao tratamento• Pode ser difícil lidar com processos burocráticos

Page 17: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Envolvimento de pacientes/cuidadores/cidadãos

Dificuldades práticas• Os pacientes podem estar muito doentes para colaborar• Podem não ter tempo para colaborar• Sua experiência talvez seja fraca, pois pode estar

concentrada apenas num aspecto do caso• Podem não ter capacidade para ver o quadro geral do

atendimento à saúde• Sua experiência pode ter sido muito influenciada por

outros fatores, que não sejam o tratamento em foco

Page 18: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Conteúdo do manual• Finalidade do manual• Avaliação e uso da tecnologia da saúde• O processo de avaliação• Contribuição de paciente, cuidadores informais e do

público para avaliação da tecnologia da saúde• Conclusão• Anexos

– Outras fontes – Lista das agências da ATS na Europa– Checklist de temas para testemunho do paciente– Terminologia usada na avaliação da tecnologia da saúde– Estudos de caso– Formulário para retorno de informações

Page 19: Acesso a Tecnologias da Saúde: Preparando as ONGs Jean Mossman Health Equality Europe

Qual a abrangência da opinião do paciente especialista?

• A carga da doença ou condição

• A tecnologia que está sendo avaliada

• Impacto sobre os cuidadores

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Como conseguir o testemunho do paciente

• Grupos de pacientes conseguem coletar de várias fontes, informações sobre a experiência de uma doença, como:– Perguntas sobre sua organização– Pesquisas– Grupos de discussão– Discussões em grupos de auto-ajuda e de

apoio, ou hospitais– Apresentações públicas em reuniões formais,

em sites ou na imprensa

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Checklist para opinião do paciente especialista

• Descrição da organização que dá testemunho– Finalidade/metas e objetivos– Que serviços presta– Quem usa (número, tipos de usuários)– Quem forma o Conselho médico e

científico– Fontes de financiamento

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Checklist para opinião do paciente especialista

• Descrição da doença e seu impacto sobre pacientes e cuidadores

• Como ela afeta o dia-a-dia?– O que ela não deixa o paciente fazer?– Quais os principais problemas relativos à doença, segundo os

pacientes?– Quais desses problemas mais afetam os pacientes?– Como é que a doença afeta a capacidade de trabalho do

paciente?– Como é que ela afeta parentes e amigos do paciente?– Como é que ela afeta o relacionamento do paciente com

parentes e amigos?

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Checklist para opinião do paciente especialista

• Detalhes de riscos/benefícios da tecnologia: quais benefícios específicos ela proporciona, e a que ‘custo’ para pacientes e cuidadores?– Quais vantagens ela proporciona?– Qual o impacto dos benefícios no dia-a-dia dos pacientes?– Como esses benefícios se comparam aos dos tratamentos

existentes?– Quais efeitos indesejados a tecnologia causa?– Qual sua tolerabilidade?– Qual seu impacto sobre o dia-a-dia dos pacientes?– Como é que esses efeitos indesejados se comparam com os de

outros tratamentos?– O que teria acontecido aos pacientes, se eles tivessem acesso

limitado à tecnologia?

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Checklist para opinião do paciente especialista

• Com qual facilidade a tecnologia se encaixa no dia-a-dia dos pacientes?– Eles precisam ir a um hospital para recebê-la?– Eles têm que perder horas de trabalho?– A tecnologia não deixa que cumpram alguma rotina?– Alguém mais é afetado, como algum parente, que precisa

acompanhar o paciente?

• Como é que a doença e a tecnologia que está sendo testada afetam:– A capacidade de trabalho– O auto-controle da doença– A vida doméstica– A vida social e os relacionamentos

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Checklist para opinião do paciente especialista

A experiência de cuidadores, que pode incluir como eles são afetados pela doença do paciente.

Por exemplo:– Perder horas de trabalho para cuidar do paciente– Pagar um cuidador para o paciente– Pagar creche/babá porque não pode cuidar do(s)

filho(s)– Aperto financeiro pela perda de horas de trabalho– Assistir o sofrimento do paciente– Problema de saúde porque despende energia

cuidando do paciente

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Contexto mais amplo para a opinião do paciente especialista

• Este manual também pode ser útil para pacientes e pessoas que moram em países onde os processos de ATS não estão bem desenvolvidos

• O tipo de informação à base de experiência que pacientes e público passam aos processos de ATS podem ser úteis para gerar conscientização sobre o impacto de uma doença e a necessidade de um tratamento efetivo

• As informações que englobam o testemunho do paciente podem ser usadas para melhorar o atendimento em vários contextos:

• Campanhas na imprensa• Lobby• Consultas médicas.

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Conclusão• A pessoa mais afetada por qualquer decisão da

ATS deve estar envolvida nessas decisões• Profissionais da saúde e outras pessoas não

são bons porta-vozes dos pacientes• O ponto de vista de paciente e cuidador

contribuem com uma visão de mundo real sobre qualquer intervenção terapêutica

• Devem ser feitos todos os esforços para encontrar uma maneira de incluir o ponto de vista do paciente no processo de ATS. – Curso de Férias para treinar leigos sobre como eles

podem contribuir com a ATS.

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Agradecimentos

Membros do Conselho Consultivo:• Mary Baker, European Federation of Neurological Associations• Christina Bergdahl, Swedish Blood Cancer Organisation, Suécia• Cindy Cooper, Head, Sheffield Clinical Trials Research Unit, Reino Unido• Pim de Graaf, European Forum for Primary Care, Países Baixos• Jens Grueger, Novartis Pharma AG, Suíça• Sandor Kerpel-Fronius, Semmelweis University, Budapest, Hungria • Fred Jost, F Hoffmann-La Roche Ltd, Suíça• Albert Jovell, Spanish Patients Association, Espanha• Eric Low, Myeloma UK, Reino Unido• Bozena Moskalevicz, Instytut Reumatologii, Polônia• Richard Devereaux-Phillips, Medtronic Ltd, Reino Unido• Laura Sampietro-Colom, Hospital Clinic Foundation, Espanha• Bonnie Molloy, Novartis, Basel Suíça• Jean Mossman, Reino Unido

Patrocinadores:

• Medtronic Ltd., Novartis International AG e F Hoffmann-La Roche Ltd