a voz de rio das pedras - n º 37

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ANO II - N0 37 - RIO DE JANEIRO, 28 DE JANEIRO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PÁGINA 3

As lojas do bairro abrem as suas portas para asliquidações, algumas com até 50% de desconto,para acabar com as sobras de fim de ano. Não percatempo, vá logo garantir o seu artigo. Até mesmo umeletrodoméstico que esteja faltando em casa.

E M A IS

VEJA ONDE ESTÃO ALGUMAS DAS NOVAS CAÇAMBAS EM RIO DAS PEDRAS

PÁGINAS 4, 5 E A VOZ DO LEITOR (PÁGINA 2)

I N F O R M A Ç Ã O E C I D A D A N I A

NEM COM OS ‘LARANJÕES’, GENTE?

NÃO PERCA, TEM ARTIGO PARA TODOS OS GOSTOS FOTOS DE LAERTE GOMES

FOTO DA LEITORA NAIARA CRUZ-REPRODUÇÃO DO FACEBBOK FOTO DE FABIO COSTA

FOTOS DE MARQUINHOS POWERNET

Comlurb instala as caçambas de lixo de manhã e à noite a faltade educação da nossa comunidade continua emporcalhandonossas ruas, causando a revolta de moradores nas redes sociaise em mensagens enviadas para nosso jornal. Cleusa, daPatrulhinha da Limpeza e nossa principal militante da causa,critica a população, faz ressalvas sobre a ação da empresaresponsável pelo lixo na cidade e diz que sua luta semanal,quando sai pelas ruas com suas crianças conscientizandomoradores e comerciantes, vai ser ampliada com a retomadado seu maior sonho: o projeto A Cara do Brasil. Além de Cleusa,Carla e Mariane, duas jovens da área de Turismo, tambémquerem se juntar nessa luta e já têm seu projeto.

CASA NORDESTINA –Rua Nova 151-A: nesseendereço vocêencontra tudo de queprecisa para prepararum bom prato e selembrar da suaterrinha natal.

PÁGINA 6

FOTO FABIO COSTA

CAMINHO DASPEDRAS - Projeto quepretende unir osestilos culturais dacomunidade inicia seutrabalho comdocumentário sobrenossos artistas.

PÁGINA 7

FOTO DE TIAGO TIT MEDEIROS/DIVULGAÇÃO

FUTEBOL – Os bravosnortistas enordestinos quefazem de Rio dasPedras um bairro-modelo ganharamuma competiçãosomente para eles.

PÁGINA 8

FOTO ARQUIVO A VOZ DE RIO DAS PEDRAS

Criticar a Comlurb é fácil,mas fazer a nossa parteestá dificil: enquantoCleusa luta com suascrianças, moradoreseducados, como NaiaraCruz, moradora doPinheiro e autora da fotodos 'laranjões' sujos, serevoltam com osporcalhões nas redessociais, a Comlurb,mesmo com suaslimitações, tenta dar um jeito

RUA NOVA

ENGENHEIRO AV. LUIZ CARLOS CONÇEIÇÃO

RUA VELHA

NO CAIC NO AREALNA ENGENHEIRO

EXPEDIENTE

RIO, 28 DE JANEIRO DE 2015

2A portabilidade numérica das linhas telefônicas cria uma maior concorrência entre as operadoras de telefonia, o que favorece o consumidor”

Fiquei feliz quando avistei, na Curva do Pinheiro, as lixeirasnovas da Comlurb, mas fiquei perplexa quando me deparei com as lixeiras vazias e o lixo no chão"

A VOZ DO LEITORLixo continua a sera preocupação dosnossos moradores

AResolução da Anatel nº460/2007 introduziu no Brasil aportabilidade numérica das li-nhas telefônicas. A finalidade foidotar o consumidor de maiorpoder de barganha, criando

maior concorrência entre as operadorasde telefonia, o que favorece o consumidor.As operadoras de telefonia se posiciona-ram contrariamente a tal inovação porque,até então, o consumidor ficava vinculadoà operadora com a qual havia contratado,tendo de se sujeitar aos aumentos e con-dições contratuais. Isso ocorria por razõesóbvias: o medo do consumidor de ter detrocar o número da linha telefônica, casodecidisse contratar com outra operadora.Tal troca, logicamente, ocasionava incô-modos, já que o consumidor se via obri-gado a informar a todos os parentes eamigos o novo número.

Com a edição da Resolução, passou aser possível migrar de operadora, man-

tendo-se o número. Se aparentementeessa situação é simples ao consumidor, naprática sabe-se que vários obstáculos sãoapresentados por algumas empresas detelefonia que acabam informando errada-mente ao consumidor para impedir a mi-gração. A fim de efetuar a portabilidade, oconsumidor deve procurar diretamente aempresa de telefonia para a qual pretendemigrar. No momento do pedido de migra-ção, a linha deverá estar vinculada ao con-sumidor junto a operadora de origem.

Portanto, se a linha possuir bloqueio porinadimplência, ou a contratação tiver sidosuspensa ou cancelada, a migração nãopoderá ocorrer. Vem sendo comum, no Ju-diciário, ações de consumidores que recla-mam de informações erradas repassadaspelas empresas, o que acabaram por invia-bilizar a portabilidade numérica.

Há relatos de empresas que informamao consumidor que, antes de pedir a mi-gração, devem suspender o contrato oucancelá-lo na empresa de origem. Caso

isso seja feito, não poderá ocorrer a migra-ção. Nunca é demais lembrar: quando alinha é cancelada por falta de pagamentoou por pedido de suspensão ou cancela-mento, o número fica à disposição daoperadora, que poderá repassá-lo paraterceiros, mesmo se a linha já estiver como consumidor por longos anos. Assim, alinha deve estar ativa e sem bloqueiospara que se possa fazer a migração do nú-mero. A portabilidade somente pode serfeita dentro da mesma categoria, ou seja,

de linhas móveis para móveis ou de linhasfixas para telefones fixos. Caso o plano pri-mitivo tenha fidelização, o que ocorrequando a operadora fornece descontosou aparelhos ao consumidor, é precisoaguardar o fim do prazo estipulado. Casocontrário, será devida a multa prevista nocontrato, sempre de forma proporcionalao tempo já utilizado. Uma vez tendo sidorealizado o pedido de migração do nú-mero na nova empresa, esta tem o prazode três dias úteis para realizá-la.

Qualquer demora ou recusa de porta-bilidade permite que o consumidor re-clame junto à Anatel, em site próprio, ouapresente reclamação no Procon. Casonão haja solução para o problema, deve-se procurar o Judiciário para que o consu-midor possa obter o direito àportabilidade.

*Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 9ª VaraCível do Méier

� Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105, loja 2. e -mails para [email protected]

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PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem: 20 mil exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 41088 439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

EDITOR EXECUTIVO

Laerte Gomes [email protected]

CONSULTORES

Cláudia Franco CorrêaIrineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e Menezes

TRATAMENTO DE IMAGENS

Eduardo [email protected]

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER

Claudia [email protected]

REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

Fábio Costafabiocostafotografias@gmail.comwww.avozderiodaspedras.com.br

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FOTOGRAFIA

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CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA *

A VOZ DO DIREITO

CUIDADOS AO EFETUAR APORTABILIDADE NUMÉRICA

para a chuva cair e levar de volta para acasa deles. Ô povinho porco!” CeliaMaria Celia: “Tinha que aplicar umamulta em cima desse povo. Que horror!Se fizessem quem joga fora catar,rapidinho aprenderiam.” Maceli Brito:“Que pena! Ao ir aqui à Engenheiro e àRua Nova fiquei superfeliz, mas com essaacabei de ficar triste, lamentável.” CarlaAlves de Oliveira: "Por esse motivo éque leva o nome de favelado e não aceita,mas age como.” Marlene Soares:“Concordo! Ohhh povo sem cultura!Afff.!” Joselia Monteiro: “Depoisreclamam dos alagamentos quandochove. Eu não entendo esse povo!” LeidySouza: “Lamentável! Isso é porque devecustar muito levantar a tampa dalixeira.”Alcideia Andrade: “Ô povoporco!.” Quiteria Bezerra: “Tem quemultar!”

Protestos fecham a Rua NovaSobre as manifestações contra a falta

de energia na comunidade, recebemosalgumas mensagens postadas no nossoFacebook. Ei-las: Laurimar DeborahArantesalerta: “Isso aí é pouco. A galeratem de chamar geral, mas sem quebra-quebra e sem vandalismo, é claro, senãoestarão todos perdendo a razão. Não éporque moramos em uma comunidadeque somos vândalos e mal-educados.Mostremos nossa educação, o ponto seránosso!” Jefferson Araújo pondera:“Como vai melhorar se o próprio pessoalque está fazendo o protesto sai cortandoos fios? A solução não é quebrar.” AnaKarolina Andrade reflete: “É uma viade mão dupla. Há quem deseje energiaelétrica de qualidade, enquanto muitosconfortam-se na clandestinidade. Exigirserviços da concessionária quando sefurta é um patamar complicado." AndréBatú, morador da Rua Velha: “Se até naBarra da Tijuca está faltando energia,imagine aqui em RP, onde a maioria daspessoas ainda faz ‘gato’ na rede elétrica.Sábado ficou quase a tarde toda semenergia nos quiosques e apartamentos daorla da Barra. A maioria desses que estãofazendo protesto não paga energia, equando paga é só as lâmpadas que têmem casa. Protesto fechando a rua em quese mora só prejudica os moradores queprecisam ir trabalhar, criança ir à escola,ambulância socorrer alguém e etc. Querchamar a atenção da Light? Vá lá para afrente da Light bater panela ou para afrente da casa do presidente da Light.Protesto tem que ser inteligente. Fechar aRua Nova ou a Engenheiro só prejudica anós, moradores. Pago energia há muitotempo. Quando meu pai colocou relógioaqui, ele não pediu à Light. Solicitou a umfuncionário da Light, ele cobrou umdinheiro pelo aparelho e a instalação epronto. Pagamos energia certinho atéhoje.

No dia 23/12/2014 faltou energia o

A nossa manchete na edição “Anonovo, lixo velho!” repercutiu nacomunidade, como mostram asmensagens abaixo. Diante de fatos novos,estamos dando continuidade ao assuntonesta edição, em reportagem publicadanas páginas 4 e 5, à qual podem seracrescentadas essas manifestações:

Thiago Amorimcobrou: “Naeleição, Brazãoe Eduardo Cunharesolveram o problema rapidinho, nãofoi? Cadê eles? O Cunha, em seu trabalho,o primeiro ato dele foi entrar com umasolicitação de aumento de salário, e foiconcedido, isso é uma bagunça!”

Sobre a chegada das novas caçambasno nosso bairro, recebemos váriasmensagens. Priscilla da Silvaelogiou:“Parabéns, continuem assim.”

Fernanda Gomespostou eEdilene Severinoconcordou: “É, aprefeitura está fazendo a parte dela. Faltaaos moradores fazerem o mesmo paraque tudo fique certo. Porque vamoscombinar que tem muita gente que nãofaz nenhuma questão de colaborar paramelhorar nossa comunidade.”

Quiteria Bezerracomentou: “Éboa, mas duvido que muitos vão levantara tampa. Com preguiça, vão jogar nochão. Se com os latões abertos jogavam,imagine fechados!”

Regina Flor Souza sugeriu: “Que taltirar uma foto ou filmar a cara de cadaporco que colocar o lixo fora da caçambae postar aqui na página de A Voz de Riodas Pedras? Hahahahaha... Quem sabeassim eles tomam vergonha?”

Alcideia Andradeconstatou:“Muito lixo nas ruas. Isso ajuda nasenchentes.”

Comentários sobre as lixeirasNaiara Cruzpostou para a Central

Rio Das Pedrasuma foto com ocomentário: “Passando agora pela Curvado Pinheiro fiquei superfeliz quandoavistei as lixeiras novas que a Comlurbinstalou, mas fiquei perplexa quando,chegando mais próximo, me deparei comas lixeiras vazias e o lixo no chão.Lamentável! Aqui há pessoas que nãotêm educação.” Compartilhamos a foto eo comentário de Naiara Cruzno nossoFacebook e foram feitos os seguintescomentários:

Central Rio Das Pedras:"Lamentável uma situação dessa. O povoparece gostar da imundície.” DeniseMello: “Triste a falta de higiene do povo!”Suely Maria Silva: "O povo não gosta decasa limpa não, minha gente! Elesquerem é sujeira, tudo jogado no chão

dia todo na Rua Velha. Liguei para a Lighte só tinha apenas três reclamações. Ou aspessoas têm preguiça de ligar ou muita,mas muita gente mesmo não está usandoo relógio medidor corretamente e nãoliga porque sabe que não pode reclamar.Eu acho que só se pode reclamar dealgum serviço se ele é pago corretamentepor quem desfruta dele.”

Visita de universitáriosAna Clara Camardella,

Nathannie Gomese Rebeca Nolascosolicitaram: “Somos estudantes deComunicação Social da Uerj e estamosfazendo um trabalho para a disciplina decomunicação comunitária, para o qualprecisamos entrar em contato comalgum veículo comunitário.Agradecemos desde já.”

Nota da redação: Nossa equipe rece-beu as três universitárias (na foto, emnossa redação), no dia 14 deste mês, eprestou as informações solicitadas. Astrês estão no 40 período do Curso de Re-lações Públicas. Rebeca, de 21 anos,mora na Freguesia; Nathannie, de 20, éde Padre Miguel: e Ana Clara, de 21, re-side na Tijuca. Aliás, tem sido frequenteo interesse de grupos de universitários,de várias faculdades, em visitar a nossasede, conhecer Rio das Pedras e os segre-dos da produção de um jornal comuni-tário.

Página de fotos antigasÁlax Rodrigues avisa: “Criei uma

página voltada para reunirmos fotosantigas dessa comunidade tão amadaque é Rio das Pedras. Se você tem algumafoto antiga, mande-a, para podermosdivulgá-la.”

Nota da redação: A página é supe-rinteressante, vale a pena conferir. Isso énossa história, nossa cultura. Valeu,Álax, pela iniciativa!

Alteração da linha 748Leo Tigrãoenviou a seguinte

mensagem: “Todos os passageiros quedependiam da linha 748 (Cascadura-Barra da Tijuca) foram por demaisprejudicados com a alteração. Parachegar à estação de Cascadura, e depoisentrar no trem para Bangu e adjacências,usando o Bilhete Único, pegávamos oônibus e o trem e pagávamos somenteuma passagem. Agora temos de compraroutra passagem com o nosso dinheiro. Os

responsáveis por essa alteração sãomuito incompetentes. Fazer umaalteração dessa sem planejamento, semfazer uma pesquisa, sem se importarcom o quanto isso afetaria a vida daspessoas. De repente, sem aviso prévio,tiram a linha e nos deixam na mão.Estamos muito indignados com isso. Aimplantação do BRT não melhorou emnada a nossa vida. Agora somosobrigados a usar esse meio de transporteque só anda lotado e não faz o percursotodo até Cascadura. É desumano fazerisso com a população. Já não era bomantes, agora então estamos todosperdidos. Os passageiros, através dojornal A Voz de Rio das Pedras, suplicame pedem que a prefeitura reveja essetrajeto ou crie uma linha alternativa.Desde já agradecemos.”

O 478 faz faltaAdriana Almeida escreveu: “Por

duas vezes seguidas fiquei esperandona Rua Nova cerca de uma hora e meiao ônibus 878 (Floresta), que substituiuo 478, para ir à Barra da Tijuca. Daprimeira vez, me informaram quedepois da mudança ele demoravamuito mesmo. Desisti, fui até aEngenheiro para pegá-lo. Da segundavez, após longa espera, perguntei noponto de ônibus e me informaram queo 878 só vai pela Estrada de Jacarepaguána ida. Qual das duas informações éverdadeira? É longo, e agora perigoso, ocaminho da Estrada de Jacarepaguá atéa Engenheiro, principalmente sob solforte para quem tem crianças e paraidosos. O 478 (Floresta) está fazendomuita falta.”

Linha para Santa CruzFabiano Macedo pede que as li-

nhas de ônibus 860 e 861, que foram ti-radas de Rio das Pedras, voltem paraSanta Cruz: “Essas linhas estão fazendomuita falta lá, principalmente agora,que estão sendo entregues os prédios doprograma Minha casa Minha Vida naAvenida João XXIII. As antigas linhaspodem voltar nos micros da Algarve enos ônibus de duas roletas da Pégasocom os seguintes itinerários: 860A -Conj. Alvorada, Chatuba, Sta. Cruz, Ro-doviária (Via Rua Senador Camará), Av.Decaminada (Supermercado Extra), Av.Brasil, Eucalipal, Av. João XXIII, Conj.Alvorada, Chatuba. Final da linha: Por-taria 1 da Siderúrgica CSA. 861A - Retado Rio Grande-Cesarão (via Rua FelipeCardoso), Av. João XXIII, Conj. Reta doGuandu-Guandu Velho, Conj. Liber-dade, Conj. Miécimo da Silva, EstradaReta do Rio Grande, Rua Brilhante eAqua Marinha. Final da linha: Conj.Reta do Rio Grande. Essas linhas serãomuito úteis para quem mora noGuandu Velho e na Reta do Guandu.Além delas, poderiam voltar urgente-

mente as linhas 380 (São Fernando, Av.João XXIII, Pça Tiradentes, Via Paciência,Santa Margarida, Palmares, Av. Brasil),ExpressoSv390 (Sepetiba-Pça Tiradentes- Via Av. Brasil) e 390 (Nova Sepetiba-Candelária – Via Inhoaíba, Estrada doCampinho, Rua Aricuri e CampoGrande). Gostaria de saber, também,que ônibus devo pegar em Santa Cruzpara ir a Rio das Pedras. Seria bom se ti-vesse um direto. Agradeço a este jornalpela publicação dessas sugestões e es-pero que a Secretaria municipal deTransportes atenda o mais breve possí-vel os cidadãos moradores da ZonaOeste.”

Empreendedores agradecemA propósito da reportagem

publicada da edição nº 35 sobre quatrojovens empreendedores da nossacomunidade – Adriano Ribeiro, JuarezBorges, Francivelton de Brito Almeida eAdelaine Mota –, em nome delesAdriano Ribeiro Medeiros enviou-nos a seguinte mensagem: “Gostaria,junto à sua equipe, de agradecer aoportunidade de divulgação do nossonegócio Belcorp no jornal A Voz do Riodas Pedras. Ficamos honrados peladivulgação e temos certeza de que éuma grande oportunidade.Aproveitamos ainda para deixar àdisposição nosso horário defuncionamento: de segunda a sábadode 10 às 20 horas. Estaremos sempre àdisposição para futuras reportagens,tendo em vista inclusive o crescimentodo negócio na região com pessoasnovas vindo fazer o mesmo.Agradecemos desde já. Contemconosco.”

Procuro este gatoDeise Echeverria suplica: “Gente,

meu gato Arthur (foto) fugiu dia 31 daveterinária em que estava hospedado.Se alguém, que mora aqui no Anil, emJacarepaguá, vir um gato bochechudo,grande e de patas com dedos extras, porfavor, deixe recado no Face do jornal oupode me telefonar: 98865-4068.”

Alguém conhece a Paulina?Ademir Marinho da Silva

pergunta: “Alguém aí conhece aPaulina? Ela trabalhou comigo na Barrada Tijuca.”


3

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

ABSTRATO - RUA VELHA

AUXY - RUA NOVA

ADDRESS - AV. LUIZ CARLOS CONCEIÇÃO

LOJA DO 10 - AV. LEONEL BRIZOLA

MERO’S MODAS - RUA NOVA

CRISTAL GRAFFITI - RUA NOVA

BLESSED - ENGENHEIRO

[email protected]

Numa loja, situada à Rua Nova, se o cliente pagar emdinheiro tem 5% de desconto; se a opção for pelopagamento com cartão de crédito o desconto cai para 3%.

Algumas lojas oferecem desconto para a aquisição dedeterminadas peças, como vestidos, bermudas, saias,enquanto outras são vendidas pelo preço de vitrine.

Em Rio das Pedras, a festa continua.Isso mesmo. As comemorações deNatal e fim de ano acabaram, mas afesta de preços, promoções e liquida-ções está a pleno vapor. No nossosempre aquecido comércio os preços

convidativos enchem as lojas de clientes embusca de artigos que faltam ou vão comple-tar os sortidos guarda-roupas dos mais exi-gentes, sofisticados e até mesmo excêntricosgostos. Mas não espere muito. Embora aspromoções não tenham data para acabar, aprocura tem sido grande. Por isso, se vocêdeixar para depois poderá ficar sem a peçadesejada.

Você já imaginou entrar numa loja e ouvirque o desconto é de 20%? E de 40%? Muito

XEPA DE ALTÍSSIMA QUALIDADEAPROVEITE A QUEIMA

DE ESTOQUE DO SORTIDOCOMÉRCIO DE

RIO DAS PEDRAS COMPROMOÇÕES DE

ATÉ 50% DE DESCONTO

bom, não é mesmo? Mas tem desconto deaté 50%. Você quer pagar apenas R$ 20 porum vestido? Melhor ainda: pagar R$ 10 poruma blusa, ou um tapete de banheiro, ou decozinha, um topless, um kit de maquiagem,pagar o mesmo valor por qualquer roupa in-fantil. Tudo isso está acontecendo no comér-

cio do nosso bairro. Basta você caminhar porruas, avenidas, becos e vielas para se entu-siasmar com as ofertas. E se entusiasmartambém com o atendimento, pois vendedo-res e vendedoras estão sempre dispostos aajudar, opinar, colaborar para que seja feitaa melhor escolha.

De um modo geral, os comerciantes estãoradiantes com o volume de vendas no mêsde dezembro. Todas as metas fixadas foramatingidas. Algumas lojas até ultrapassaramessas metas. O proprietário que imaginouvender, por exemplo, R$ 200 mil, vendeubem mais. É sempre assim em Rio das Pe-dras: os comerciantes investem e a popula-ção corresponde, quase pondo fim aosestoques. O que sobra, entra nas promoções,como as deste ano, o que torna a comprabem mais em conta.

Quanto ao carnaval, apenas uma loja jáestá sortida para os festejos: é a Mero Modas.Fantasias infantis como a de Mulher Maravi-

lha, de odalisca, do Zorro e de Batman já estãoà disposição dos pequenos foliões. Mas nãose preocupe, porque a partir da primeira se-mana de fevereiro muitas outras lojas estarãoabastecidas e ninguém ficará sem a sua fan-tasia (seja criança ou adulto) ou mesmo osapetrechos próprios para a tradicional folia.

— Eu só vou começar a vender os artigosa uma semana do carnaval. Em Rio das Pe-dras é assim, o pessoal deixa tudo para a úl-tima hora — disse um comerciante dono dequatro lojas e que não quis identificar-se.

Muitas lojas de eletrodomésticos tambémestão dando descontos atraentes, enquantooutras optaram por fazer liquidações. Fogões,geladeiras, liquidificadores, aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, batedeiras e mui-tos outros artigos estão sendo exibidos apreços bem convidativos.

Não perca tempo: seja um dos beneficia-dos pelas promoções do comércio do nossobairro.

Com 20% de desconto, ou comprando a prazo, há uma boa variedade de peças masculinas e femininas na Abstrato

VALENTINA - RUA DO AMPARO

Por R$ 19,99, você leva para casa algumas das peças em promoção nas três lojas da Valentina, de moda feminina

Todos os artigosexpostos estãoem liquidaçãona Auxy. Atémesmoacessórios,como cintos ebijuterias, quedão um toqueespecial naselegantes evaidosasmulheres donosso bairro

Sempreatenciosa, aturma da CristalGraffiti está àdisposição paraajudar você aescolhermochila,bermuda ouqualquer outrapeça que façaparte dapromoção de50% de desconto

Na AddressFashion! asxarás Ivoneaguardam vocêpara vender porR$ 20 qualquervestido de suapreferência.Mas temtambém short,camiseta ebermuda pelomesmo preço.Vá conferir

Percebeu avariedade defantasias paraseu filhoescolher? Pois é!Na Mero’sModas vocêencontra detudo. E pagandoem dinheiroganha 5% dedesconto. Nãoperca tempo, vá logo lá!

São muitos osartigos à vendanas váriasfiliais da Lojado 10. Por queLoja do 10?Porque vocêescolhe o quebem entender(camisa, short,bolsa, roupainfantil,tapete) e pagaR$ 10 por peça

A promoção daBlessed é de 50%de desconto, masdepende domodeloescolhido. Seestiver nomontante emoferta, vocêpagará metadedo valor. Mas vale a pena,o estoque égrande

4RIO, 28 JANEIRO DE 2015RIO, 28 JANEIRO DE 2015

5FELIPE CRISTÓVÃO“Esse eu visto a camisa. Taekwondo, a cara do Brasil. Formando cidadãos e profissionais, patrocinando moradores da comunidade que se tornaram atletastrazendo medalhas e conquistas"Ex-aluno, que se formou faixa preta no projeto e hoje é professor em Rio das Pedras

CÉLIA NASCIMENTO“Saudade daquele tempo. Precisa voltar"Mãe da ex-aluna Juliane

LUCIANA BAYMA CONCEIÇÃO“Pode contar comigo para o que precisar, nossosjovem estão ser perdendo"Parceira do projeto

A VOZ DA COMLURB

[email protected]

HAVANA XIMENES“Com certeza precisaria voltar. É um projeto ótimo, principalmente para as crianças. Euparticipei, vi o projeto nascer, era muito bom e tenho certeza de que se você voltar com oprojeto será novamente um sucesso"Ex-aluna



https://www.facebook.com/ASCORPEESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS



Todos os sábados, Cleusa da Cruz Florenço, a Cleusada Patrulhinha da Limpeza, sai com as crianças doseu projeto pelas ruas do nosso bairro com apitoem punho alertando e conscientizando moradores,comerciantes e transeuntes sobre a importância defazer o uso e o descarte corretos do lixo. No entanto,

ela sabe que sua luta, por mais digna que seja (e é dignís-sima de nota e louvor), não vai conseguir os resultados de-sejados se não houver o engajamento de todas as partesenvolvidas.— Para você ter ideia, o Areal, que é a maior área de Rio

das Pedras, só tem uma base de descarte de lixo, quando de-veria ter no mínimo três. É por isso que fica daquele jeito —critica, com embasamento de quem está na luta pela melho-ria das condições da nossa comunidade há décadas.Cleusa reconhece que o trabalho da Comlurb não é fácil:— Tirando a época do Natal, em que eles sempre falham

no recolhimento, no resto do ano a Comlurb passa duasvezes por dia, de segunda a segunda, e isso tem de ser dito.

O problema, segundo Cleusa, é que as bases não são su-ficientes em nenhuma área de Rio das Pedras por um simplesmotivo, que ela faz questão de enfatizar.— O povo está indo botar o lixo nos lugares determina-

dos, mas o problema é que a manutenção dessas basesnão é feita como deveria. Nesse ponto a Comlurb tem fa-lhado. Para se ter uma ideia clara do que digo, a base delixo do Areal está podre! — denuncia, inconformada. — Olugar destinado para o gari ficar é um ninho de ratos.Então, ele acaba indo para o outro lado da rua porque ocheiro do chorume é insuportável.Ingredientes para a indignação de Cleusa, dos moradores

e de todos os que vivem o terror cotidiano do lixo na comu-nidade é que não faltam. Ainda segundo Cleusa, na Areinhatiraram a compactadora e isso aumentou absurdamente ovolume acumulado nas ruas.— Segundo a Comlurb, foi a construtora que está fazendo

obras que mandou que tirassem a compactadora de lá — re-vela, ainda mais revoltada com o descaso com a saúde da po-pulação de RP.Quem pensa que Cleusa é só revolta e indignação está re-

dondamente enganado. A nossa Preta Loura, como é cari-nhosamente chamada, que faz do seu sorriso cativante a

maior arma da batalha para transformar nossa comunidadenum lugar digno dos moradores que tem, faz um trabalho deformiguinha maravilhoso junto aos comerciantes do Areal.— Nossa primeira etapa está sendo feita no Areal e os re-

sultados têm sido maravilhosos — afirma, com orgulho.Segundo Cleusa, os comerciantes estão limpando as

lojas e bares com um cuidado com as calçadas que o re-sultado já está sendo visível para quem caminha diaria-mente pelo Areal.— Precisamos é que cada comércio tenha a sua lixeira na

porta. A ideia é ter uma lixeira padronizada na porta de cadaestabelecimento — revela seu simples desejo, que, para al-guém que luta praticamente sozinha, se mantém ainda dis-tante de alcançar.Cleusa disse que já está juntando embalagens de plástico

do mesmo formato para pintar e distribuir para os comer-ciantes do Areal. Com seus patrulheiros maravilhosos, quesão a certeza de que Rio das Pedras vai superar o quadro in-suportável de lixo espalhado por todos os cantos, nossa pa-trulheira só clama para que os órgãos do governo tenhamolhos, ouvidos e, principalmente, olfato para a situação ca-lamitosa da nossa comunidade, que um dia foi tida como amais limpa da cidade.

Sonhar, ousar e viajar.Esse é o lema da agên-cia de turismo Ousar-Tur. Situada à RuaNova 85, sala 205, diri-gida por Carla Batista e

Mariane Menezes há cerca dedois anos, a convivência deambas com a drástica situa-ção do lixo espalhado deforma aleatória em nossa co-munidade suscitou uma ideiasuperoriginal na dupla, quetem formação superior em tu-rismo.— Se a pessoa nos procura

para conhecer lugares que ela admira, por que não fazer um traba-lho para que na volta elas encontrem um Rio das Pedras melhor doque quando partiram para outro destino? — indaga Carla, que fazpós-graduação em turismo na UFF e sonha erradicar o lixo espa-lhado pelas ruas de Rio das Pedras.A partir dessa ideia, a dupla lançou no Facebook a página Por

um Rio das Pedras + Limpo!(https://www.facebook.com/groups/578012292328875/?fref=ts),que mostra como, a partir de atitudes simples, é possível transfor-mar a sua vida e a de diversas outras pessoas.— Não existe turismo sem consciência ambiental, não é? —

enfatiza Carla, que, sem deixar a peteca cair, afirma que nãoexiste atividade alguma sem consciência ambiental.O projeto Por um Rio das Pedras + Limpo! ainda está em estágio

embrionário, mas tem a pretensão de arregimentar agentes públi-cos e privados, assim como o apoio dos nossos moradores, queatualmente só têm acesso ao trabalho da dupla da OusarTur indoà agência ou pelas mídias sociais.Mariane vive num dos prédios do Condomínio Moradas do Ita-

nhangá e Carla é de Marechal Hermes, mas é mais uma das pessoasque mal chegam a Rio das Pedras e se apaixonam, fruto do acolhi-mento dos moradores. Tanto que ao ser questionada sobre o quemais gosta em Rio das Pedras não hesitou em apontar a raiz dopovo que se expressa na culinária, na música e nos hábitos e cos-tumes de uma forma que só no Nordeste é possível encontrar maisoriginal.— Nem é preciso dizer que o que menos gosto é do lixo e da

poeira, por causa da falta da pavimentação nas ruas — condena.Ela tem a aprovação de Mariane, que dá o tom de como o tra-

balho delas é levado a sério.— Estamos evitando panfletar para não dar margem para que

joguem papel no chão — diz Mariane, recebendo imediatamenteo sinal de concordância da amiga.Carla faz questão de elencar as qualidades do empreendimento

da dupla em nosso bairro.— Nosso diferencial, além do atendimento de alto nível e do tra-

balho de consciência ambiental, reside no fato de sermos a únicaagência de RP que tem pacotes nacionais e internacionais, além deser uma empresa legalizada, formalizada dentro de todas as nor-mas da lei — afirma Carla.Ela recebeu o ajuda de Mariane que fez questão de dizer: sua

agência é a única que faz publicidade externa, com um banner naaltura do Pinheiro. Embora tenham essa postura agressiva em re-lação ao marketing, a dupla ainda não conseguiu o apoio de em-presários interessados em patrocinar o projeto.— É preciso fazer com que todos os envolvidos compreendam

que podem gerar renda com o lixo — explica a esperançosa Carla.A empresária, mesmo não sendo conhecida das outras ativistas

da comunidade, não se sente intimidada com o fato de não morarna comunidade.— Quanto mais gente se envolver, melhor para a comunidade,

que precisa de união para erradicar o lixo — ensina, otimista.

A CARA DO BRASIL, O GRANDE SONHO DE PRETA LOURA

Omaior sonho de Cleusa é ver seu projeto A Cara do Brasil funcio-nando novamente. Iniciado em 1997, com apenas 30 crianças, che-gou a 800, incluindo uma turma da terceira idade.

— Trata-se do primeiro projeto de Rio das Pedras e tinha a confiançatotal dos pais e professores — lembra, emocionada, Preta Loura.

Mergulhada na saudade das lembranças de uma época de ouro emRP, Cleusa vai fundo no seu baú particular de memórias e conta comosurgiu o nome do projeto que é o grande trabalho de sua vida.

— Foi na calçada do Caic, depois de um ensaio, que o nome foiescolhido pelas crianças. Nós nos sentamos, fizemos a votação e meusmeninos escolheram A Cara do Brasil — diz, ainda mais saudosa de umtempo que quer trazer de volta.

Para realizar seu grande sonho, Cleusa afirma ter a aprovação totalda comunidade, mas precisa do apoio de empresários para financiarem aempreitada, além de um lugar para ser a base física do projeto. No quedepender de Cleusa, já está escolhido.

— O Caic seria perfeito! Aquela parte de trás do Caic poderia sercedida, e com o novo diretor, Márcio Monteiro, que todo mundo só elogia,acho que seria bem possível de acontecer — afirma, esperançosa.

Além do apoio do professor Márcio, que ainda está na esfera dosonho, assim como um empresário para patrocinar, Cleusa játransformou em realidade a mobilização de ex-participantes do projetoque estão organizando um abaixo-assinado para ser entregue àprefeitura.

— Não tem nada em Rio das Pedra — reclama Cleusa, que tem ummotivo ainda maior para reeditar seu projeto. — É preciso fazer algumacoisa urgentemente para que as crianças não entrem nas drogas etambém para resgatar os que já estão.

Ele fica arrasada com as cenas que presencia na sua barraca, àAvenida Engenheiro Leonel Brizola, no Areal:

— Vejo muitos jovens passando drogados e isso não pode maisacontecer.

Apesar do lamento, Cleusa está eufórica com a futura FábricaEscolas do Amanhã, que será construída no Campos Morada doItanhangá e receberá o nome de Governador Leonel Brizola.

— Vai ter gente estudando de 7 às 14 horas. Não é brincando não —enfatiza, lembrando que serão atendidas 105 mil crianças, do EDI aoterceiro ano, segundo a prefeitura.

No fim da entrevista, Cleusa pediu0 para deixar um recado:— Se algum empresário ler esta reportagem, procure a gente porque

precisamos salvar nossas crianças das drogas e A Cara do Brasil podefazer isso. Professor Márcio Monteiro (diretor do Caic), me receba paraeu apresentar o projeto e pedir para o senhor nos ceder aquela áreainativa do colégio. A prefeitura também precisa me receber.

FOTO DE RICARDO DE SOUZA

FOTO DE FABIO COSTA/ARQUIVO

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

COMLURB INSTALA 'LARANJÕES' EM RIO DAS PEDRASVisando a melhorar a limpeza e a disposição de resíduos, dentro

do Programa Comunidade Limpa, a Comlurb está instalando"laranjões" em Rio das Pedras, em Jacarepaguá. Trata-se de contêinermetálico automatizado com capacidade para armazenar 900 quilos,cuja tampa é acionada por pedal, com sistema de esvaziamento feitopor caminhão lateral e esquema ágil que garante a lavagem periódica.

A Avenida Engenheiro Souza Filho já conta com 14 "laranjões"distribuídos em toda a sua extensão. Hoje, 23/1, é a vez de a Rua Novareceber os novos recipientes.

Como vem acontecendo em outras comunidades, em Rio das Pedrasserão programadas ações de orientação e conscientização para ensinaraos moradores a utilizar o "laranjão", dispondo corretamente seu lixo econtribuindo para manter a comunidade mais limpa.

NA SEGUNDA REPORTAGEM ESPECIALSOBRE O LIXO EM NOSSA COMUNIDADE,CONVERSAMOS COM CLEUSA, DA PA-TRULHINHA DA LIMPEZA, A PRINCIPALREPRESENTANTE DA LUTA CONTRAESSA PRAGA QUE ESTÁ INCUTIDA NAALMA DOS MORADORES, A PONTO DEIGNORAREM OS "LARANJÕES" INSTALA-DOS PELA COMLURB E CONTINUAREMJOGANDO O LIXO NO CHÃO. ALÉM DECLEUSA, ANTIGA MILITANTE DA CAUSADO LIXO, DUAS JOVENS (CARLA BATISTAE MARIANE MENEZES) PROFISSIONAISDA ÁREA DE TURISMO FALAM DE SUASIDEIAS PARA RP. OUTRA PRAGA QUE CO-MEÇA A INFESTAR O BAIRRO E QUECAUSA MUITA PREOCUPAÇÃO EM QUEMAMA O LUGAR DE VERDADE É O AU-MENTO DO CONSUMO DE DROGAS.ASSIM COMO O LIXO, A QUESTÃO DASDROGAS TAMBÉM É RESPONSABILI-DADE DE TODOS. E DE TODOS QUEAMAM RIO DAS PEDRAS.

RAIO X COM INDIGNAÇÃO E PROPOSTAS CONCRETAS

Com as meninas Inara (à esquerda) e Ana Iris, Cleusa, da Patrulhinha da Limpeza, luta para ampliar o projeto, colocando-o como parte do A Cara do Brasil

VIAGEM CONSCIENTE

As agentes de turismo Carla Batista e Mariane Menezes: na luta contra o lixo

AGENTES DETURISMO TÊMPROJETO PARATORNAR

RIO DAS PEDRASMAIS LIMPO

FOTO DA CENTRAL DE RIO DAS PEDRAS

Cleusa ontem e hoje. No alto e à direita,momentos do projeto que é urgente: evitar quenossas crianças ingressemnas drogas, uma dasmaiores preocupações dela e de todos que amam a nossa comunidade; à esquerda e acima, na inauguração da FábricaEscolas do Amanhã, com a maquete e com os operários


6Vendemos de tudo do Norte e do Nordeste.A loja funciona todos os dias, das 7h30min às 21 horas.Aos domingos fechamos às 15h”




A carne-de-sol vende bastante, mas acampeã na preferência dos fregueses é a gomade tapioca, que custa R$ 8,00 o quilo.

1 e 2 - Pezão mostra uma peça de carne-de-sol e um saco de camarão seco; 3 - Já Cazuza exibe um inhame gigantesco;4 e 5 - Sacos de grãos expostos no salão da loja onde Cazuza atende a sua distinta clientela

Você está a fim de mandar a pa-troa preparar um baião-de-dois, um prato arretado decarne-de-sol com aipim tem-perado com manteiga de gar-rafa, um sururu ou um

acarajé? Quer levar para o café damanhã a goma prontinha para colocarna frigideira e servir uma autêntica ta-pioca? Tome nota: os seus problemasacabaram. Na Rua Nova 151-A, ao ladoda capela da Paróquia de São João Ba-tista, em frente ao temploda Igreja Universal doReino de Deus e a poucosmetros da Tenda EspíritaAntônio de Pádua, está aCasa Nordestina. Seudono, o paraibano Cae-tano, está viajando, de fé-rias, matando a saudadeda terra natal. Quem fez ashonras da casa, rece-bendo a nossa reporta-gem, foi o conterrâneodele Arlindo, mas conhe-cido como Cazuza, de 54anos, há 12 residente em Rio das Pe-dras. O apelido ele ganhou muitojovem, da irmã, porque, além demagro e baixo, guardava alguma se-melhança com o famoso cantor ecompositor carioca, morto aos 32anos, em 7 de julho de 1990.

— O estabelecimento existe aquihá mais de 20 anos. Vendemos de tudodo Norte e do Nordeste. Temos carne-de-sol, rapadura, cachaça, goma de ta-pioca, atiradeira, manteiga de garrafa,colorau, pimenta, cominho, biscoito,manga-rosa, mel de abelha, o escam-bau — disse Cazuza, enquanto pesavapara uma cliente um inhame gigante(conhecido como cará do Norte), umpedaço de queijo coalho e separavaum frasco de azeite de dendê.

Ao seu lado, Sandoval, o Pezão (so-brinho do Caetano), de 43 anos e há 23

morador da comunidade, vendia a umfreguês um vidro de azeite de coco ba-baçu e guaraná Jesus do Maranhão.Por que o apelido de Pezão?

— Não sei. Alguém botou e pegou.Calço 42, normal. E não sou nem umpouco parecido com o governador —disse esse outro paraibano que, comoo tio e o amigo Cazuza, é vascaíno fa-nático.

Cazuza revelou que a paixão deCaetano pelo clube de São Januáriocontaminou todos os mais íntimos,mas torcedores de outros clubes sãobem chegados, como consta num car-

taz de boas-vindas pendu-rado na parede frontal doestabelecimento. En-quanto carregava um sacode farinha, Cazuza expli-cou que a loja abre todos osdias, das 7h30min às 21horas.

— Aos domingos, fe-chamos às 15 horas, por-que ninguém é de ferro —disse, enquanto servia umapinga para um freguês nobalcão, que degustava a be-bida como se fosse o néctar

dos Deuses, apesar do calor infernalque fazia naquela tarde.

— Parece que aqui o maçarico émais forte — brincou um dos fregue-ses, enquanto molhava o bico comuma dose dupla da conhecida 51.

Pezão percorria o salão mostrandoas iguarias da casa, posando ora comum saco de camarão seco que acabarade chegar da Bahia, ora com um pe-daço de carne-de-sol fresquinha, dedar água na boca.

Cazuza explicou que a goma de ta-pioca, que custa R$ 8,00 o quilo, é aiguaria que mais vende na birosca,

— A carne-de-sol sai bastante, masa campeã é a tapioca — afirmou, en-quanto arrastava um saco de farinha erecompunha o estoque dos váriostipos de feijão nos compartimentos ali-nhados na entrada da Casa Nordestina.

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NA LOJA DO PARAIBANO CAETANO,

O AUTÊNTICO SABOR DO NORDESTE

FOTOS DE FABIO COSTA

A CASA NORDESTINA NA RUA NOVA

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Divagações, poesia e filosofias debotequim à parte, o fato é que ocaminho das pedras em questão éum projeto criado há apenastrês meses. Ele foi idealizadopor Sandra Lima, forma-

tado por Egeu Laus e com TiagoTit Medeiros como autor dodocumentário e tem comoobjetivo valorizar a cul-tura da nossa comuni-dade.

— Com o docu-mentário Cami-nho das Pedras,primeira partedo projeto,queremos va-lorizar a ricacultura deRio das Pe-dras e,mais doque isso,c o l o c a rtodos ar-tistas emcon t a t o ,criar umaverdadeirarede entreos artistas —diz empol-gada a acele-rada produtorae ativista culturalque já desenvol-veu projetos em di-versas comunidades,mas tem por Rio das Pe-dras, local que frequentahá cerca de 20 anos, um ca-rinho especial. — Aqui só co-nheci gente maravilhosa, sóconstruí boas relações, como aCleusa, da Patrulhinha da Limpeza, LéuOliveira, do Cine&Rock, Vinimax, DJ e pro-dutor cultural, Soly Lopes, que tem traba-lhos sociais importantíssimos, entre tantosoutros que só me enchem de orgulho.

Sandra, que assim como Marta Ma-riano, a quem fez questão de citar, carregano peito um sentimento raro nos dias dehoje, afirma que Rio das Pedras tem umpara dar e vender: gratidão. Ela inscreveuo projeto na 1a Feira Favela Criativa, Pro-grama da Secretaria de estado de Culturado Rio de Janeiro para fortalecer, fomentare dar visibilidade à produção cultural dasfavelas e já passou pela primeira fase. A se-gunda será neste dia 29 e A Voz de Rio dasPedras estará presente não apenas na co-bertura, mas principalmente na torcidapara que o DOC seja escolhido e patroci-nado por alguém que queira abrir as portaspara o maravilhoso caminho que a trincaestá abrindo para os atores sociais de Riodas Pedras.

— A segunda fase ainda não é defini-tiva — explica Sandra. — No dia 29 estare-mos presentes para vender nossa ideia


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Aqui só conheci gente maravilhosa, só construí boasrelações, como as de Cleusa, Léu Oliveira, Vinimax, SolyLopes e tantos outras que só me enchem de orgulho"

Nós não representamos Rio das Pedras, mas sim, além de mostrar quem faz a cultura acontecer, queremos criar conexões entre das ações entre elas"

Tiago

Tit Medeiros (diretor do

DOC), Egeu Laus (assistente de

direção), Sandra Lima (produção

executiva) e a dupla sertaneja

David/Deyr: todos fazem parte dos

artistas do documentário

Caminho das Pedras

CAMINHO CONECTADO PELA CULTURAQUANDO ALGUÉM DIZ A OUTRA PESSOA "VOU LHE ENSINAR O CAMINHO DAS PEDRAS", QUER DIZER QUE SABE UMA FORMA DEATINGIR UM OBJETIVO SEM DIFICULDADES. MAS ESSE CAMINHOTAMBÉM PODE NÃO SER TÃO FÁCIL, PELA PRÓPRIA DIFICULDADE EMATRAVESSAR UM TERRENO COMPOSTO PELA ASSIMETRIA DAS PEDRAS.O POETA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE IMORTALIZOU A QUESTÃO DEFORMA CONTRÁRIA À EXPRESSÃO NO POEMA "NO MEIO DO CAMINHO":

para possíveis patrocinadores e levaremosconosco, para representar parte da culturade Rio das Pedras, a dupla sertanejaDavid/Deyr, que começou a tocar nosbares da comunidade e hoje faz shows peloBrasil inteiro com casas superlotadas.

Segundo o site do Favela Criativa, osprojetos selecionados no edital farão partedos pitchings com patrocinadores (mo-mento de convencer), e cada empreende-dor terá até oito minutos para apresentarseu projeto. No fim, cada um dos 40 sele-cionados receberá R$ 50 mil da Light, pelaLei Estadual de Incentivo à Cultura do Riode Janeiro, para alavancar sua iniciativa,além de obter o selo Favela Criativa, chan-cela institucional a partir do qual o em-preendimento passa a contar com apoio

técnico e operacional para o seu desenvol-vimento.

Casada com Tiago Tit Medeiros, fotó-grafo e diretor do documentário, Sandratem outro parceiro de peso no projeto. ÉEgeu Laus, pesquisador, designer de pri-meira linha da cultura nacional e com umcurrículo que se o repórter fosse citar a re-

portagem ganharia várias páginas. Egeu,que atualmente coordena o projeto Viajan-tes do Território, uma cartografia da RegiãoPortuária, em que Sandra atua como assis-tente, ressalta uma característica comuma todos que trabalham com ele: a solidarie-dade.

— Todos se ajudam, uma mão lava aoutra — diz com uma simplicidade im-pressionante para um sujeito com a histó-ria dele, que é anticelebridade, um artistanato que tem como missão difundir cul-tura de qualidade nas periferias da cidade.

Já o gente boa Tiago Tit Medeiros,criado na Freguesia e que frequentava Riodas Pedras para andar de skate quandojovem, faz questão de enfatizar o objetivocentral do projeto do trio.

— Nós não representamos Rio das Pe-dras, mas sim, além de mostrar quem faz acultura acontecer, queremos criar cone-xões entre das ações entre elas — afirma,mostrando a preocupação (e honestidade)em não querer aparecer mais do que anossa comunidade.

No meio do caminho tinha uma pedraTinha uma pedra no meio do caminhoTinha uma pedraNo meio do caminho tinha uma pedra.Nunca me esquecerei desse acontecimentoNa vida de minhas retinas tão fatigadas.Nunca me esquecerei que no meio do caminhoTinha uma pedraTinha uma pedra no meio do caminho

FOTO DE TIA

GO TIT MEDE

IROS/DIVUL

GAÇÃO


NO CARNAVAL, PARALISAÇÃOTodos os jogos da Copa do Nordeste serão disputados no Campo do Pasto, de grama sintética. Somente no domingo de carnaval (dia 15 de fevereiro)não haverá rodada da competição.

VERBA BEM APLICADAPara se inscrever na Copa do Nordeste cada time pagou R$ 1.500. A quantia arrecadada servirá paracompra de bolas e troféus e pagamentos, como para mesário, árbitros e gandulas.




OS DONOS DA [email protected]

Novidade no futebol de Riodas Pedras. Aliás, mais doque uma novidade, pois setrata, na verdade, de umahomenagem: será dispu-tada pela primeira vez a

Copa do Nordeste, iniciativa de Ro-berto e Marquinhos, responsáveis,respectivamente, pelos campeona-tos do Campo do Pasto e do TerceiroCampo. A homenagem está explícitana formação dos times, que pude-ram inscrever somente jogadoresnascidos em estados do Norte e doNordeste do país.

A competição começa no pró-ximo dia 10 de fevereiro, com a de-cisão disputada no último domingodo mês de março. Estão inscritos 22times, distribuídos em quatro gru-pos (A, B, C e D), sendo dois de seise dois de cinco times. Pelo regula-mento, os quatro primeiros de cadagrupo se classificam para as oitavasde final. Depois, oito lutam porquatro vagas para a fase semifinal eos dois vencedores disputam o tí-tulo.

Roberto e Marquinhos estão en-tusiasmados com a repercussãoque a criação da Copa do Nordestecausou na comunidade. De início,ouviram comentários desanimado-res, irônicos até. Mas seguiram em

frente, certos de que a respostaseria das mais positivas.

— O que mais ouvi foi que jamaisconseguiríamos reunir nortistas enordestinos suficientes para a forma-ção de times para a disputa de umacopa. Mas a resposta aí está. São 22times, num total de 242 jogadores.Sem contar os reservas — disse Ro-berto, sem disfarçar a alegria.

Marquinhos também não cabeem si de contentamento. E se senterecompensado, pois ajudou o amigoa levar adiante tão significativa ho-menagem.

— O povo do Nordeste e do Norteé um bravo. Nós temos exemplosdiários em Rio das Pedras de que issoé verdade. Então, nada mais justo doque recompensar esses bravos comuma copa somente para eles — disseMarquinhos.

BAHIA ÁGUIAJUVENTUDE PALMEIRINHA NOVA ESPERANÇA

NORTISTAS E NORDESTINOSGANHAM UMACOMPETIÇÃO SÓ PARA ELES:

A COPA DO NORDESTEGRUPO A

GrêmioInterJuventudeNova EsperançaPeñarolSão Luiz

GRUPO B

BahiaCriciúmaGuimarãesPalmeirinhaPortuguesa Real Madrid

GRUPO C

CorinthiansNordestePrimosSiriSport

GRUPO D

ÁguiaBoca JuniorsBola de FogoChavalChelsea

PRIMEIRA RODADA (01/02)(Grupo A x Grupo B)

Juventude x GuimarãesSão Luiz x Bahia

Grêmio x PalmeirinhaInter x Real Madrid

Peñarol x PortuguesaNova Esperança x Criciúma

SEGUNDA RODADA (08/02)(Grupo C x Grupo D)

Corinthians x Chaval Sport x Bola de Fogo

Primos x ÁguiaSiri x Boca JuniorsNordeste x Chelsea

GRUPOS E DUAS PRIMEIRAS RODADAS

Cabeça, do Cabeça, artilheiro de Rio das Pedras, esperança de gols do Juventude na Copa

FOTOS: ARQUIVO DA VOZ DE RIO DAS PEDRAS

a voz de rio das pedras - n º 37

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