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A TRIBUNA www.sintraconsp.org.br [email protected] DA CONSTRUÇÃO CIVIL Edição 263 Agosto 2015 Sintracon-SP (11) 3388-4800 A FAVOR DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA

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Page 1: A Tribuna Agosto / 2015

A [email protected]

DA CONSTRUÇÃO CIVILEdição 263 Agosto 2015 Sintracon-SP (11) 3388-4800

A FAVOR DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL

TECNOLOGIA

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PÁGINA 02 ED. 263 AGOSTO 2015 A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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OARTIGO

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL EDIÇÃO 262 – JULHO 2015

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo / Fundação em 16 de junho de 1936 / Adaptado ao Decreto e Lei 1.402 – por carta de maio de 1941.

Sede: Rua Conde de Sarzedas, 286 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01512-000 Fone 3388-4800 – Fax: 3207-4921

Sub-Sede Taboão: Rua Elisabetha Lips, 118 – Jardim Bom Tempo – Taboão da Serra – SP – CEP 06763-190 – Fone: 4771-1145 / 4771-1148

Internet: www.sintraconsp.org.brE-mail: [email protected] territorial: Municípios de São Paulo, Itapecerica da Serra, Taboão da Serra, Embú das Artes, Embú Guaçu, Franco da Rocha, Mairiporã, Caieiras, Juquitiba, Francisco Morato e São Lourenço da Serra.

Impressão: Gráfica Gazeta BragantinaTiragem: 100 mil exemplares

Represetantes:Categoria Profissionais de Trabalhadores do Ramo da Construção Civil, ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento, Cerâmica para Construção, Pinturas, Decorações, Estuques, Ornatos, Artefatos de Cimento Armado, Instalações Elétricas, Ofíciais Eletricistas, Gás, Hidráulicas, Sanitárias, Montagens Industriais e Engenharia Consultiva.

Diretoria Executiva:Presidente: Antonio de Sousa RamalhoSecretário Geral: Antonio de Freitas Pereira1° Secretário: Antonio de Sousa Ramalho Junior2ª Secretária: Josileide Neri de OliveiraTesoureiro Geral: Wilson Florentino de Paula1° Tesoureiro: Darci Pinto Gonçalves2° Tesoureiro: Moisés Antonio de Oliveira

Diretoria de Base: Atevaldo Vieira Leitão, José Pedro dos Santos, Ezequiel Barbosa Sales, Francisco de Assis P. Lima, Manoel Teixeira de Carvalho, Cícero Saldanha de Oliveira, José Ailson dos Santos Souza.

Conselho Fiscal: Oswaldo de Oliveira Souza, Cláudio Aureliano Moreira, Francisco de Andrade Coelho. Suplentes: José Luiz do Nascimento, Mário Brito do Nascimento, José Geraldo Martins

Delegados da Federação: Antonio de Sousa Ramalho, Darci Pinto Gonçalves. / Suplentes: João Rodrgues de Araújo, Miguel Machado Pereira

Conselho de Redação: Antonio de Sousa Ramalho, Darci Pinto Gonçalves

Redação: Arnaldo Jubelini Jr. – Mtb: 12.597, Daiani Duarte.

Fotografia: Ronaldo Gama

Diagramação: Edivaldo G. [email protected]

A TRIBUNADA CONSTRUÇÃO CIVIL

Como se sabe, o Brasil, após passar por uma dita-dura impiedosa, finalmente tem, nos últimos 25 anos ou mais, seu regime democrático. Parece que estou dizendo o óbvio, mas não. Diria que o País, enquanto Estado, navega nas águas da democracia, mas alguns setores de sua econo-mia, não.Um exemplo é o da Construção Civil, onde os gran-des caciques continuam com salários dignos de família imperial.Leio, no portal iG, que os gigantes da Construção preveem gastar mais com seus diretores em 2015, pior ano para o emprego formal no setor em mais de uma década. Em alguns casos, os valo-res reservados para pagar os supersalários, que em 2014 já foram de até R$ 110 mil por mês por pessoa, cresceram mais do que a inflação. Revela ainda o iG: “Companhias que abriram capital projetam aumento de até 97%”.Tenho o orgulho de ser presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo. Na última Convenção Coletiva da categoria, com data-base em 1º de maio, fechamos acor-do com percentual de aumento próximo ao da inflação do período. Isso, diga-se, após 12 anos consecutivos de aumento real para o bolso do trabalhador.Por que assim decidimos? Ora, porque o setor está enfrentando um dos períodos mais críticos de sua história, com processo de demissão em massa. Assim sendo, o Sindicato não poderia agir de outra forma, a não ser a de tentar minimizar o quadro de perda de postos de trabalho, que deverá chegar a mais de 60 mil demitidos até o final do ano só em São Paulo.Sempre através do diálogo, o Sindicato da categoria tenta melhor equilibrar a balança entre o capital e o trabalho. Mas certas situações me levam a pensar de forma contrária. Enquanto não houver uma greve geral de trabalhadores, o reino da hipocrisia não se abalará.Saiba você, companheiro que agora está enchendo laje debaixo de sol, que o seu trabalho está sendo afrontado. Compare o bolso do patrão com o seu!Há algo de podre no reino da construção civil. E vamos agir firmemente contra este absurdo!

Ramalho da ConstruçãoPresidente do Sintracon-SP

HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Durante os primeiros meses de 2015, funcionários e colaboradores do Sintracon-SP participaram de diversas atividades em grupo na sede do sindicato.O principal objetivo é o de conscientizá-los de que uma organização necessita de relacionamentos interpessoais sadios. Outras metas: Integração das pessoas nas equipes; Melhoria do clima organizacional; Empenho para enfrentar novos desafios; Despertar em cada pessoa o melhor de si para o todo; Comprometimento das equipes; Trabalhar o emocional e o psicológico para a superação de obstáculos; Conquista de resultados. Os cursos foram divididos em etapas. Os cursos foram ministrados por três diferentes profissionais. Maria Guadalupe Valverde falou sobre Comunicação e Trabalho em Equipe. Adriana Schainberg Babo a respeito de Relacionamento Interpesso-al e Ana Carolina Lemos, abordou Gestão de Pessoas.“Em tempos de crise e de instabilidade no mercado de trabalho o profissional que estiver mais preparado é sempre o que menos corre risco de demissão. Estar bem orientado é o segredo do sucesso”, avalia o presidente do Sindica-to, Ramalho da Construção. E conclui:

Sintracon-SP

qualifica equipe de funcionários

“O ano de 2015 está sendo muito difícil para o setor da Construção Civil. Mas acreditamos que funcioná-rios estimulados e bem preparados contribuem para um excelente atendimento aos associados do nosso Sindicato, e isso é o mais importante para nós”.

O companheiro José Paixão Santos, de 50 anos, nasceu na capital baiana, Salvador. Veio em 2004 com sua esposa e seus dois filhos para morar em São Paulo a convite da sua sogra.O objetivo: buscar melhor qualidade de vida e oportunidades.“Não tive medo de me arriscar, largando toda uma vida para trás. Vim para trabalhar na Construção civil. Já tinha alguma experiência. Na Bahia eu já trabalhava como pedreiro”, lembra.José é casado com Daniela dos Santos e tem um casal de filhos: uma menina de 12 anos e um garoto de 14 anos.“Conheci o nosso Sindicato por meio das visitas realizadas pelos assessores da base da entidade aos canteiros de obras. Gostei da filosofia de ação e fiquei sócio. Foi em 2004. Gosto bastante dos serviços oferecidos. Eu e meus familiares utilizamos muito o Ambulatório Médico”, salienta o bom baiano.Sobre o presidente do Sindicato, o Ramalho da Construção, José afirmou tratar-se de um líder que luta pelos direitos dos trabalhadores e representa a categoria muito bem.Ele destacou, ainda, os eventos realizados pela entidade.“Sempre que posso participo dos eventos junto com minha esposa e filhos. Todos gostam muito”, conclui.

Admiração e respeito pelo

Sintracon-SP

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ONOTÍCIAS DO SINDICATO

Os trabalhadores que exercem funções na construção civil estão sujeitos a vári-as doenças que são diretamente ligadas ao seu trabalho.

Muitas delas podem deixar o indivíduo incapacitado temporariamente, mas, em casos mais graves, impedir para sempre o profissional de exercer suas funções e leva-lo até a morte.

Para não sofrer com essas enfermida-des, vale a pena prestar atenção em quais são as origens destas doenças que podem ser físicas (ruído, calor, radi-

ação, umidade, entre outros), quanto químicas (produtos tóxicos presentes em tintas, solventes e cimento, por exemplo) e biológicas (bactérias e vírus).

Segundo o clínico geral do Sintracon-SP, Dr. Sumio Egawa, as principais complicações que atin-gem o trabalhador são de origem ortopédica. Ainda segundo o especialista eles também são muito afetados por problemas dermatológicos e respiratórios.

“A área que mais leva o profissional ao nosso ambulatório é a ortopédica. São casos de lombalgia e traumas provocados por quedas. Na área dermatológica são bastante comuns questões relaci-onadas com produtos que ocasionam processo alérgico na pele. Temos, ainda, problemas respi-ratórios, como a rinite. Isso é devido ao material que eles usam ou a alguma doença prévia, capaz de ser desencadeada pelo manuseio de determinados produtos utilizados”, afirma.

Para ele, o uso correto de equipamentos de proteção é indispensável à garantia da saúde do tra-balhador. Isso vale tanto para as vestimentas (botas, luvas, óculos, máscaras etc.), quanto para os instrumentos que protegem o trabalhador de agentes agressivos (protetor auricular, filtro solar etc.).

As doenças ocupacionais que

mais afetam o trabalhador

Diagnosticar a doença cedo é uma medida necessária para evitar que o problema de saúde se agrave. Isso pode ser feito por exame físico ocupacional e exames comple-mentares, solicitados pelo médico.

Além disso, o próprio trabalhador através de algumas simples ações pode evitar passar por vários percalços em sua saúde.

“Sim, existe maneira de se evitar certos pro-blemas se ele for corretamente orientado pela segurança do trabalho a usar correta-mente os equipamentos de segurança, fazer movimentos de maneira correta para não oca-sionar lesões que são comuns na parte orto-pédica. Todavia, na parte respiratória a pre-

venção é um pouco mais difícil, pois os traba-lhadores raramente usam a máscara com a desculpa que atrapalha. O mesmo ocorre na parte dermatológica onde a luva também não é usada fazendo com que o trabalhador fique sujeito a mais complicações”, saliente o espe-cialista.

O Dr. Sumio Egawa pondera:

“O mais importante é se prevenir, pois em um local de trabalho de tanto risco, como é o da construção civil, deixar de usar os equipamen-tos ou de seguir as orientações de segurança podem levar os companheiros a consequênci-as muito graves. É importante se conscientizar para não se arrepender depois”, conclui.

Melhor prevenir

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NOTÍCIAS DO SINDICATO

No último dia 10 de julho, os assesso-res de base do Sintracon-SP recebe-ram uma ligação referente a uma obra da construtora Even no bairro da Lapa localizada na Avenida Raimun-do Pereira de Magalhães número 555. Segundo prévias informações, um enorme portão havia caído sobre trabalhadores que iriam fazer uma entrega na obra.Era horário de almoço do almoxarifa-do. O guarda responsável pediu para que os entregadores aguardassem, entretanto, eles insistiram para que fosse liberado o acesso para o cantei-ro. A entrada foi liberada, porém ao fechá-lo, o portão passou da trava e veio a cair para o lado de dentro do local de serviço.Por ser de chapa de ferro, o portão causou danos graves aos entregado-res. Rapidamente o resgate foi chamado para socorrê-los juntamente com engenheiros de segurança da própria Even. Foram levados ao Hospital das Clínicas.Os assessores de base do Sindicato estiveram no local e levantaram uma questão sobre os motivos da queda do portão.Estava chovendo no dia. Havia pressa por parte dos profissionais da entrega em terminar de maneira rápida o serviço, pois eles moravam em São Bernardo e o trânsito estaria muito cheio quando voltassem. Foi por isso que insistiram tanto para entregar a mercadoria naquela hora enquanto o almoxarife estava almoçando. A pressa, como se sabe, é inimiga da perfeição.Depois deste acidente, algumas assembleias foram realizadas na obra pelos companheiros do Sintracon-SP. Os trabalhadores decidiram fazer manifestação, ocorrida no último 15 de julho, cobrando melhorias na segurança, com sucesso.Barras foram soldadas ao portão, apoiadas sobre uma canaleta que as fixa. Ainda será verificado nesta obra se foi aberto o CAT e se mais algum ato preventivo está sendo tomado.

Queda de portão causa acidente em obra na Zona Oeste

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OTECNOLOGIA A FAVOR

DO TRABALHADOR

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Há tempos a tecnologia é usada no mundo todo como uma ferramenta avançada para colher e fornecer dados.

Os trabalhadores da Construção Civil de São Paulo, não poderiam ficar fora desses novos tempos.

Pensando assim, a Diretoria do Sintracon-SP, deter-minou ao nosso diretor Executivo Ramalho Junior, res-ponsável pelo gerenciamento da Assessoria de Base, que desenvolvesse, junto com o Departamento Técni-co (TI – Tecnologia da Informação), um programa onde fossem armazenadas todas as informações das obras em execução.

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NOTÍCIAS DO SINDICATO

Denominado “Sistema Base”, ele possibilita que cada obra seja cadastrada junto ao nosso Centro de Processamento de Dados que norteiam as ações de nossas bases de representação. Nele, nós teremos as seguintes informações em tempo real: . Dados da empesa majoritária, como CNPJ, ende-reço, contato; Dados do empreendimento; Dados dos empreiteiros e dos subcontratados, bem como do efetivo de cada canteiro de obras; Informações vinculadas com a segurança e a área de vivência dos canteiros;. Relatórios, pautas, e imagens das obras anexa-das.

As equipes de base, tanto internas quanto exter-nas, estão sendo treinadas com o que há de mais avançado no mercado. Todas as equipes estão equipadas com tablets interliga-dos pela Internet junto ao nosso servidor. Nesse servidor, as reclamações realizadas via telefone ou pessoalmente, são enviadas em tempo real para as equipes de cada região, possibilitando agilidade na solu-ção dos problemas demandados pelos maus empresári-os.Assim, o trabalhador conseguirá ser atendido pronta-mente.Veja mais detalhes nessa entrevista com o diretor Ramalho Junior: Quando começou o estudo do programa? R. A criação do sistema foi cogitada há dois anos.

Naquela época, o Departamento de Base era adminis-trado pelo nosso saudoso Elton Luis Clemente, o Tuli, que já havia conversado com o nosso Departamento Técnico e dado algumas sugestões na elaboração do sistema, conforme o dia a dia dos assessores de base. Qual o principal objetivo do programa? R. O programa foi desenvolvido, prioritariamente, para que nenhuma informação sobre nossas obras fosse per-dida.Com ele, conseguiremos ter números exatos de cantei-ros de obras e onde eles estão localizados.Outra informação importante é saber o número real de trabalhadores em cada obra, visualizando, assim, um mapa real de cada região de nossa cidade. Pelo programa, saberemos quando a empresa “A” está

devendo pagamento de salários de seus trabalhado-res, e, também, ter ciência se essa empresa “A” está com o mesmo problema em outras obras. Com tal registro, teremos como resolver problemas de manei-ra muito mais rápida.O sistema ainda alimentará todas as informações den-tro de seu dossiê (greves, paralisações, descumpri-mento de convenção coletiva ou legislativa, falta de segurança nos canteiros e acidentes, entre outras informações). Qual a principal vantagem do nosso trabalhador associado? R. Agilidade no atendimento das denúncias e informa-ções sobre greves e paralisações em tempo real. Empreiteiras desonestas terão maior dificuldade de atuação, pois todos os detalhes sobre o canteiro em que o trabalhador executa as suas funções será arma-zenado. O cerco contra os “GATOS” será mais rígido.

O sistema

As reclamações

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Uma das obras da construtora Brookfield no bairro da Lapa, com cerca de 85 funcionários, apresentou problemas em uma de suas empreiteiras, a Lino.Em vários momentos houve atrasos no pagamento dos benefícios dos trabalhadores. O vale alimentação, por exemplo, só era pago quando os assessores de base do Sintracon-SP fazi-am a cobrança.Os representantes da empreiteira, em sua defesa, disseram que os tarefeiros abriram mão deste benefício. Entretanto o vale deve estar na conta do trabalhador independente se ele quer ou não, pois é um dos pontos da Convenção Coletiva de Trabalho, devendo ser cumpri-do.Após muitas reclamações - e o prazo do contrato entre Lino e Brookfield ter vencido -, a dire-tora da construtora e o diretor de base Ramalho Júnior fizeram um acordo onde toda e qual-quer empreiteira que atrasar o pagamento e qualquer outro benefício dos funcionários será retirada do canteiro. Com essa medida tomada os trabalhadores da Lino dentro das obras da Brookfield foram dispensados. Os pagamentos atrasados foram realizados pela própria construtora entre os dias 15 e 16 através de cheques. Porém a Brookfield só irá se responsabilizar pelos funcioná-rios que estiveram trabalhando durante um determinado tempo dentro das obras da constru-tora. Assim sendo, a empreiteira ficou responsável por enviar uma relação com o nome dos funcionários demitidos para que os acordos fossem fechados.Os assessores de base do nosso Sindicato entrarão em contato com os funcionários demiti-dos para os auxiliarem no processo de rescisão junto à Lino.

Empreiteira não paga o vale e

causa frustração em obra da Brookfield

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NOTÍCIAS DO SINDICATO

São Paulo tem mais de dez mil can-teiros de obras.Trabalhar nesses canteiros é convi-ver com o perigo.O ambiente de trabalho é cheio de armadilhas que podem levar a aci-dentes às vezes fatais.Toda atenção é pouca. E o correto uso de equipamentos de proteção individuais (EPIs) é indispensável.Jamais confie na sorte. A vida é o maior patrimônio do trabalhador.Se você, companheiro, sentir inse-gurança para executar sua função, não a faça, mesmo que obrigado a isso por seu chefe.Qualquer situação insegura deve ser comunicada imediatamente ao Sin-dicato, que tomará providências.A filosofia do nosso Sindicato é a de acidente zero nos canteiros. Para isso faz inspeções de rotina nas

obras com suas equipes de base. A maioria dos acidentes de trabalho advém do cansaço do trabalhador, que normalmente é incentivado a fazer horas extras intermináveis para ganhar um dinheiro a mais.As malditas tarefas vêm sendo com-batidas pelo nosso Sindicato. É ouro de tolo. A pessoa trabalha além da conta e seu ganho não é devidamen-te computado no holerite.Tarefas ganhas por fora do holerite representam perdas para efeito de 13º salário, férias, fundo de garantia e aposentadoria.As tarefas o afastam da vida familiar e de momentos de lazer, causando frustração, desatenção e acidentes terríveis.Jamais desafie os seus limites físi-cos e mentais. Saiba a hora de parar. Não aceite coações por parte do

patrão, que só pensa em lucrar mais e mais.A construção civil é o setor que mais tem acidentes de trabalho no Brasil. A escalada das drogas que assolam a sociedade também é responsável direta por mortes e mutilações.Afaste-se das drogas. Jamais dê o primeiro passo em direção a elas. Fuja do vício. Não entre nessa areia movediça que acaba com a família, a autoestima e a vida.Qualquer irregularidade numa obra pode levar a ocorrências sérias, desde o ambiente de trabalho inade-quado até à falta de pagamento e o não fornecimento de benefícios con-quistados.Trabalhadores que se sentem preju-dicados devem procurar o Sindicato que, através do diálogo ou greve, resolverá as questões.

Sem segurança,

não se arrisque no trabalho! Não faça de seu trabalho uma aventura. Segurança em primeiro lugar. O obje�vo é viver para trabalhar e não trabalhar para morrer!

Respeite, sempre, as orientações dos técnicos de segurança!

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No último dia 5 de agosto foi realizado, pelo nosso Sindicato, o Sintracon-SP, o VI ENEC (Encontro Estadual de Cipeiros), que aconteceu nas depen-dências do Expo Center Norte (Pavi-lhão Verde), na Capital paulista. O evento contou com a presença de diversos técnicos e lideranças empre-sariais e sindicais, como Armando Hen-rique – presidente do Fenstest; Mar-cos Ribeiro – presidente do Sintesp; Dr. Alexandre Gosmo ; Dra. Adriana nRamalho (advogada); Regina Rama-lho – presidente da Anginer; Marcelo Gosme – secretário eral do Sindicato Gda Construção Civil de Ribeirão Preto e Carlos Miranda, da mesma entidade. A palestra, escolhida pelos organiza-dores, foi ministrada por José Antonio da Silva, tendo, como pauta, o tema “Prevenção: Compromisso com a vida”. O palestrante comentou sobre os níve-is de acidentes de trabalho, alertando que 48% deles acontecem pelo fato das pessoas e instituições não segui-rem os procedimentos básicos de segurança. “Outros 20% ocorrem por não se

enxergar riscos devido à rotina do ritmo de trabalho. É importante que o trabalhador siga as normas e jamais execute suas atividades caso haja dúvidas e incertezas. Convém ressal-tar que a empresa deve treinar o traba-lhador. Orientar e prevenir sempre é a

arma para se evitar acidentes, por vezes fatais, nos canteiros de obras”, argumentou José Antonio.Marcos Caetano, diretor do Projeta Ocupacional de Ilhéus, Bahia, parabe-nizou o nosso Sindicato pela efetiva-ção do VI ENEC.“O Ramalho da Construção é uma pes-soa comprometida com a classe traba-lhadora e principalmente com a segu-rança e a vida dos trabalhadores”, afi-ançou.Já o presidente do Sintracon-SP, Ramalho da Construção, falou da importância da prevenção dos aciden-tes no local de trabalho. Ele citou diversos exemplos colhidos ao longo de sua atividade como servente de obras e enfatizou:“O avanço na segurança é uma luta que tem pautado minha vida sindi-cal e política”.Ramalho destacou que o setor da Construção Civil é, ainda, um dos que mais mata no Brasil.“O ambiente, num canteiro de obras, é hostil, cercado de perigos constantes, exigindo atenção redo-brada e preventiva”, concluiu.

Com sucesso, Sindicato realiza seu NOTÍCIAS DO SINDICATO

VI ENEC

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OUm dos setores mais importantes da economia brasileira, o da Construção Civil, está sendo forçado a se render perante à crise de falta de governança da presidente Dilma.Até dezembro de 2015, conforme entidades idôneas e confiáveis, o segmento deve demitir 750 mil trabalhadores.Hoje, a Construção emprega 3,65 milhões de profissionais. Nos próximos seis meses, portanto, tal número cairá para 2,9 milhões.Da mesma forma que o número dos recursos humanos caem, o aumento (oneração) de imposto na folha de pagamento crescerá algo em torno de 125%.Esse quadro, lamentável, não pode continuar assim. Ou o governo Dilma revê seus conceitos, ou a vaca, que não para de tossir, vai parar no brejo.Em agosto próximo, vamos organizar vários protestos pelo Brasil, dentro do objetivo de debater propostas para a melhoria do setor.Aliás, já estamos assim procedendo ao discutir ideias e ações junto às Centrais Trabalhistas e ao empresariado.Acreditamos que se houver um pouco de boa vontade do governo federal será possível estancar esse verdadeiro desmonte de um setor que responde por cerca de 16% do PIB brasileiro.No congresso, por iniciativa nossa, temos o projeto de lei de número 285/2008. Por esse projeto de emenda constitucional, o governo federal seria obrigado a investir 2% de seu orçamento para a construção de moradias populares, de forma digna. Já os governos estaduais e prefeituras teriam de aplicar 1%, nos mesmos moldes.Sendo constitucional, a PEC 285 ficaria imune a interesses partidários e à gula por se manter no poder a qualquer custo que, infelizmente, estamos presenciando nos últimos 12 anos.Tal projeto sequer foi analisado. Talvez por não agradar a certos administradores executivos que temem perder poder de barganha política.Vale ressaltar que em São Paulo, estado melhor avaliado pela AGU no ranking de transparência, essa proposta vigora há anos, com resultados dos mais positivos.Não podemos deixar um setor que constrói ser tão penalizado. Não podemos afastar o trabalhador de continuar dourando seu sonho de aquisição da casa própria.

Ramalho da ConstruçãoPresidente do Sintracon-SP

Na luta para evitar o desmonte

do setor da Construção Civil

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NOTÍCIAS DO SINDICATO

Irregularidades em obra no município

de Mairiporã Na manhã do dia 24 de junho de 2015, o diretor do nosso Sindicato, Moisés Antonio de Oliveira, foi, juntamente com a equipe de base do Sintracon-SP, até uma obra no município de Mairiporã.Ao chegar ao local, Moisés se deparou com 18 traba-lhadores sem registro, inúmeras irregularidades, e descumprimento total da Convenção Coletiva de Trabalho. “Trabalhadores que têm mais de um ano prestando serviço não tinham qualquer tipo de segurança. Corriam o risco de sofrer um acidente a qualquer momento, por falta de equipamentos corretos”, afiançou o diretor. E continuou:“Os trabalhadores recebem por diária, o valor de R$120,00 para os oficiais e R$70,00 para os que são

ajudantes. Já está sendo realizado um relatório completo da situação com o nome e o contato de todos os trabalhadores, o qual será encaminhado para a DRT (Delegacia Regional do Trabalho)”, afirmou Moisés.O proprietário da obra chegou para tentar esclarecer as ocorrências. Teve uma pequena reunião, de urgência, com os seus profissionais. Moisés e os companheiros da base do Sindicato se dirigiram até uma delegacia da Polícia Civil em Mairiporã. Lá registra-ram um boletim de ocorrência no qual constava todas as condições encontradas na obra. Denunciaram, também, a forma pouco digna com que foram tratados no local da obra.

Não é preciso dizer que a falta de governança de Dilma Roussef vem penitenciando – e muito – o trabalhador, com quebra de direitos adquiridos, aumento de impostos e tendo, como denominador comum, a inflação, que corrói o bolso do brasileiro.Isso, feito por uma presidente de um partido que se diz dos trabalhadores, é no mínimo, um estelionato de grande proporção.Como se o labirinto de dificuldades do povo já não estivesse tão intrincado, o governo propôs ao Conselho Deliberativo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que metade do Abono Salarial fosse pago apenas em 2016.O Conselho, por sua vez, aceitou, como quem julga que o nobre exercício de saciar fome se adia.A nefasta e insensível mudança vem sob orientação do Ministério da Fazenda, como parte do ajuste fiscal.Segundo o Codefat, a primeira parte dos benefícios será paga mensalmente, de julho a dezembro deste ano. O restante será concedido de janeiro a março de 2016. Dessa forma, o governo irá economizar R$ 10 bilhões em 2015 às custas, lógico, da classe trabalhadora, que constrói o Brasil e paga seus impostos em dia.

Saciar fome não se adia

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NOTÍCIAS DO SINDICATO

Para você, que é sócio do Sintracon-SP e deseja se divertir, passar momentos de des-contração junto a seus familiares, o nosso sindicato tem a Colônia de Férias na cidade de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo.Além de paz, sossego e tranquilidade, quem decide passar uma temporada na Colônia possui, a seu dispor, além de mag-níficas praias, pontos turísticos famosos, como a Cama de Anchieta, Morro de Per-nambuco, Convento Nossa Senhora da Conceição e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes.A Colônia é mantida pelo Sintracon-SP e fica a uma quadra de distância da praia.Nela são disponibilizados dois tipos de apar-tamentos: um com capacidade para quatro pessoas e outro maior, com instalações adequadas para receber até seis pessoas.Os interessados devem fazer um agendamento prévio através do telefone (11) 3388-4800 (ramal 4292). Após isso é necessário comparecer ao sindicato (Rua Conde de Sarzedas, 286, Centro) com o RG original e cópia do documento de identidade dos hóspedes.Para aproveitar o preço especial para associados do Sintracon-SP, é preciso estar com as mensali-dades do sindicato em dia.

Colônia de férias em Itanhaém

APARTAMENTO PARA QUATRO PESSOAS

3 DIAS - R$ 240,00 7 DIAS - R$ 525,00

APARTAMENTO PARA SEIS PESSOAS

3 DIAS - R$ 300,00 7 DIAS - R$ 630,00

APTO. PARA QUATRO PESSOAS - NÃO SÓCIOS

3 DIAS - R$ 300,00 7 DIAS - R$ 630,00

APARTAMENTO PARA SEIS PESSOAS

3 DIAS - R$ 480,00 7 DIAS - R$ 930,00

Clube de campo do Cipó Pensando no associado, o Sintracon-SP tem o Clube de Campo do Cipó, em Embu Guaçu, São Paulo.O clube possui quadras poliesportivas, churrasqueiras, campo de futebol e muito mais. No local há dez chalés, cada um com capacidade para receber até seis pessoas e duas cozinhas comunitárias equipadas para atender às necessidades de cada família.

O associado deve providenciar:

Alimentação, Roupa de Cama e Transporte

OBS: Cada pulseira de identificação para acompanhante custa R$ 1,00 a mais. Crianças até quatro anos não pagam.

Diárias R$ 15,00 por pessoa

Crianças de 03 a 08 anos R$ 7,50 por pessoa

Acima de 08 anos R$ 15,00 por pessoa

Abaixo de 03 anos Não paga

Diária adicional: Sócio - R$ 80,00 Não Sócio – R$ 100,00.

Informações

Valores Chalé para 06 pessoasDiárias para sócios

Diárias para não sócios R$ 30,00 por pessoa

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NOTÍCIAS DO SINDICATO

Em reunião ocorrida em São Paulo, estive discutindo ações e mobilizações das Centrais Trabalhistas com o senador Paulo Paim e os deputados Paulo Pereira da Silva, Arnaldo Faria de Sá e diversas lideranças de trabalhadores.O objetivo de tais ações é o de sensibilizar o Congresso pela derrubada do veto da presidenta Dilma à Medida Provisória 664, que garante aposentadoria integral.Outro assunto debatido no encontro foi a emenda aglutinativa dos deputados Paulinho e Faria de Sá ao Projeto de Lei de Conversão número 9, de 2015.Esse tópico dispõe sobre a política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral da Previdência Social para o período de 2016 a 2019.Posso afirmar aos leitores que o governo entrou em desespero, pois, para o trabalhador, nunca tem dinheiro.Em paralelo, a grande mídia, como sempre desinformada, passou a criticar a medida, divulgando informações mentirosas, possivelmente oriundas do Palácio. Chegou ao ponto de chamar os parlamentares envolvidos de irresponsáveis sob a alegação de que tal aumento impactaria os cofres do governo em R$ 9 bilhões por ano.Mas a verdade é bem diferente. Em consulta ao COFF (Consultoria de Orçamento de Fiscalização de Finanças), o impacto, caso a medida seja aprovada, será a seguinte:

Quando é em prol dos trabalhadores, o governo

do PT não quer fazer nada!

É só fazer as contas. Em todo o período, até 2019, o valor do propalado impacto seria de R$ 8,293 milhões.A informação da mídia, de que os cofres do governo seriam desfalcados em R$ 9 bilhões, é, portanto, um maldoso exercício de “achismo”.Enquanto isso, alguns estudos apontam que o custo da corrupção no Brasil chega a R$ 82 bilhões por ano.

Ramalho da ConstruçãoPresidente do Sintracon-SP

ANO IMPACTO DO PLV 9/2015 (1) AUMENTO REAL (%)

2016

2017

2018

2019

R$ 225 milhões

R$ 225 milhões

R$1.796 milhões

R$ 6.047 milhões

0,1

0

0,7

1,81

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NOTÍ

CIAS

D O

SIN

DICA

TONOTÍCIAS DO SINDICATO

Sub-sede de Taboão

para mais perto de vocêleva atendimento do sindicato

A Sub-sede do Sintracon-SP em Taboão da Serra foi criada

para facilitar o atendimento ao trabalhador da construção

civil, especialmente os associado que vivem em Embu das

Artes, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Franco da Rocha,

Mairiporã, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Francisco

Morato e Caieiras, além da própria Taboão da Serra.

Na sub-sede, os trabalhadores da região podem fazer homologações, levar denúncias e dúvidas para os assessores de base, e até mesmo passar pelo dentista.

O Ambulatório Odontológico funciona de Segunda a Sexta,

das 8h às 12h e das 14h às 18h, e faz obturações, extrações

e limpeza. Para prótese, tratamento de canal e ortodontia é

preciso marcar horário.

O Ambulatório Odontológico funciona de Segunda a Sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

TELEFONE: (11) 4771-1145 / 4771-1146ENDEREÇO: Rua Elisabetha Lips, 118, no Jardim Bom Tempo (Área central de Taboão da Serra).

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DIREITOS DO TRABALHADOR

Antes de virar sindicalista e deputado estadual trabalhei em mais de 700 canteiros de obras.Portanto, sei, literalmente, quando uma casa está em risco de cair, só de olhar.Pois bem. A “casa” Brasil está com seus alicerces comprometidos pela má administração da presidente petista Dilma Rousseff.No último dia 6 de julho, ela, devida-mente escondida para evitar panela-ços, anunciou uma Medida Provisória permitindo que as empresas redu-zam em até 30% a jornada de traba-lho com redução proporcional do salá-rio pago pelo empregador.Ora, quem causou a crise que combi-na inflação, desemprego e falta de investimento no setor industrial foi o governo petista. E o desmonte foi tão bem feito que Dilma não encontra caminhos para fazer o País retornar aos trilhos da normalidade mínima.Mais uma vez a presidente penitencia o trabalhador.Qualquer um sabe que, se houver redução de salários para quem está empregado, a economia vai se retrair ainda mais e a recessão só fará aumentar.Dilma propõe uma medida paliativa. Se fosse médica, seria daquelas que apenas procura remediar, em vez de buscar política efetiva de prevenção de doenças.E mais: em minha opinião, ela quer com essa MP tirar o foco da corrup-ção e da incompetência que a estão engolindo.Pela MP, a diferença do salário será parcialmente compensada pelo governo, que vai pagar ao trabalha-dor 50% da perda (15% dos 30%),

com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).Essa compensação está limitada a R$ 900,84, correspondente a 65% do valor do maior benefício do seguro-desemprego, hoje em R$ 1.385,91.Ora, todo mundo sabe que o FAT está deficitário. Então, como o governo vai tirar dinheiro de onde não há dinheiro?Outra coisa. Na Construção Civil, a maioria dos empresários está pas-sando por uma fase de vacas magér-rimas. O máximo de lucro que conse-guem tirar é de 8%. Como poderão ajudar a bancar parte da diferença? E mais: quando, na história desse País, patrão colocou a mão no bolso de forma voluntária?Aí entra em cena outro aspecto que vivo alertando que é o do problema da terceirização. O trabalhador da Construção chegou

a ganhar, no tempo das vacas gor-das, R$ 5 mil. Mas, na carteira profis-sional, é registrado com salário de R$ 1,5 mil, quando muito.Questiono: Essa Medida Provisória incidirá em cima de qual valor? No mais baixo, é claro...É de se perguntar por que o governo não paga 100% da diferença? Sim, pois em seus discursos, Dilma sem-pre ressalta que o Brasil tem dinhei-ro.Como 91% dos brasileiros, julgo a administração federal ruim ou péssi-ma. Com percentual tão negativo, a presidenta e o governo não merecem credibilidade.Aposto, portanto, que a MP é mais um golpe contra os trabalhadores.

Ramalho da ConstruçãoPresidente do Sintracon-SP

Empresários quebrados. FAT deficitário.

MP de Dilma não para em pé!

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RDIREITOS DO TRABALHADOR

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CID

AD

AN

IACIDADANIA

Cerca de 20 mil crianças entre 6 meses e 1 ano de idade serão beneficia-das pelo programa estadual Viva Leite, o que na prática significa amplia-ção no número de atendimentos, ou seja, o dobro de crianças beneficia-das. Também em parceria com o programa Primeiríssima Infância, da Secretaria da Saúde, todas as famílias em situação de vulnerabilidade

social (com renda de até ¼ de salário mínimo per capita e cujos filhos estejam com idade de 0 a 3 anos) terão o acompanhamento para o desenvolvi-mento integral das crianças, por meio de profissiona-is capacitados na área social, de educação, saúde e assistência social.A partir dos 6 anos de idade, as crianças são atendi-das na escola pela Secretaria da Educação. A ampliação do atendimento ocorrerá nos próximos 6 meses, com o cadastramento das famílias nos CRAS, das prefeituras. O cadastramento começa já em julho.O secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, ressalta que para participar dos

programas é fundamental que a família mantenha atualizado seu cadas-tro junto aos CRAS – Centros de Referência da Assistência Social, onde ela poderá ser atendida por outros programas, como os de transferência de renda. O Estado de São Paulo conta atualmente 1.049 unidades do CRAS em 645 municípios.

A partir de agosto, as Secretarias da Saúde e do Desenvolvimento Social, com o apoio do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento – e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, ampliarão a formação e capacitação de profissionais do sistema de proteção social nas áreas da educação, saúde e da assistência social.

SP amplia distribuição de leite

para crianças de 6 meses a

1 ano de idade

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Pensando na otimização do nosso atendimento médico e odontológico, em julho iniciamos a confirmação das consultas agendadas.Dois dias antes da data da consulta, ligamos para os nossos associados, caso ele não venha, disponibilizamos a vaga para outra pessoa, agilizando assim o atendimento de quem mais necessita.Por isso, é muito importante manter seu cadastro sempre atualizado. A atualização poderá se realizar na Secretaria do Sintracon-SP, de Segunda a Sexta das 7h às 18h ou pelo telefone: 3388-4800 ramais:4143, 4263, 4267 e 4134.

Confirmação de Consultas

A diretoria do Sintra-con-SP, preocupada em prestar um atendi-mento de qualidade aos seus associados, deu início a uma pesquisa de satisfação de atendi-mento.A pesquisa esta sendo realizada na sede do Sintracon-SP e o sócio que quiser colaborar dando a sua opinião sobre nossos serviços, poderá procurar nossa Ouvidoria de segunda a sexta-feira das 6 h às 16 h no térreo.

PesquisaAtenção AssociadosAtenção Associados

Capacitação ampliada

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CIDADANIA

O inverno é uma época propí-cia para a ocorrência de doenças resp i ra tór ias. A estação é marcada pelas baixas temperaturas e tempo seco, o que faz com que as pessoas busquem ambientes fechados para se protegerem do frio. Esse cenário, somado à poluição que costuma ter os índices elevados no período, é favorável à proliferação de enfermidades como gripes, resfriados e problemas alérgi-cos.Para ajudar a enfrentar a temporada sem incômodos, o médico Horácio Cardoso Sa l les , pneumolog is ta e gerente da área de Medicina Ambulatorial do Seconci-SP, esclarece dúvidas e dá dicas de prevenção.

Gripe e resfriado

Ambos são causados por vírus altamente contagiosos, mas o resfriado é mais leve, costuma durar de 5 a 7 dias e dificilmente evolui para um quadro mais grave. A gripe causa febre, normalmente

acima de 38ºC, deixando a pessoa prostrada, com dor de cabeça, dores pelo corpo, mal-estar e sem apetite. É causada pelo vírus Influenza e pode evoluir para pneumonia. “Em qualquer um dos casos, a hidratação é muito impor-tante. No caso da gripe, a vacina é a

melhor forma de preven-ção”, recomenda Salles.

Alergias

Nesse grupo, es tão a amidalite, asma, bronquite, fa r ing i te , men ing i te e sinusite, além das alergias de pele, chamadas de dermat i te tóp ica , que ocorrem com muito mais frequência devido ao tempo seco.Os ácaros (presentes no pó ou poeira) e os pelos e penas de animais são os principais causadores de alergias. Ao entrarem no sistema respiratório ou em contato com os olhos ou ou t ra mucosa , podem desencadear a hipersensi-bilidade. “Evite tapetes e cortinas em casa e utilize

panos úmidos para a limpeza dos ambientes, uma vez que vassoura e espanador levantam pó. Outra dica é lavar as roupas guardadas há muito tempo antes de colocá-las em uso”, alerta o pneumologis-ta.

Dicas para evitar as Dicas para evitar as

doenças de invernodoenças de inverno

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Será concedido um reajuste em 1° de maio de 2015, sobre o salário corrigido conforme convenção coletiva anterior, em sua cláusula primeira, como resultado da livre negociação para a recomposição salarial do período de 01/05/2014 a 30/04/2015, dando-se por cumprida a Lei n° 8880/04 e Legislação complementar, nos seguintes termos:

a) 8% (oito por cento) para os trabalhadores operacionais de obra que recebem salário mensal de até R$ 7.000,00 (sete mil reais);

b) 6% (seis por cento) para os trabalhadores das funções administrativas alocadas nos escritórios, da sede e de obras, que recebem salário mensal de até R$ 7.000,00 (sete mil reais);

c) os trabalhadores operacionais de obra que recebem acima de R$ 7.000,01 (sete mil reais e um centavo) terão acrescido ao salário a importância fixa de R$ 560,00 (quinhentos e sessenta reais), podendo a empresa complementar o reajuste livremente de acordo com a sua politica salarial;

d) os trabalhadores das funções administrativas alocadas nos escritórios da sede e de obras, que recebem acima de R$ 7.000,01 (sete mil e um centavos), podendo a empresa complementar o reajuste livremente de acordo com a sua politica salarial.

Cláusula Décima - Empreiteiros/Subempreiteiros

A empresa CONTRATADA deverá fornecer aos seus funcionários, nos termos da Cláusula Terceira da Convenção Coletiva, refeição no mesmo padrão e qualidade das refeições fornecidas pela empresa CONTRATANTE no canteiro de obras. Em não o fazendo, a empresa CONTRATANTE fica autorizada a fornecer a alimentação condizente e a descontar a importância respectiva diretamente da empresa CONTRATADA.

Cláusula Primeira - Correção SalarialOUTROS BENEFÍCIOS

TIQUETE

VALE SUPERMERCADO

SEGURO DE VIDAMORTE OU INVALIDEZ

MORTE NATURAL

MORTE DO CÔNJUGEE FILHO (SOLTEIRO)

AUXÍLIO FUNERAL

Conforme Convenção Coletiva

R$ 19,00

R$ 240,00

R$ 50.000,00

R$ 18.750,00

R$ 3.750,00

R$ 2.250,00