a teoria do conhecimento

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA ALUNOS: Amanda Monteiro Anderson Nunes Bruno Marques Marco Almeida Paulo Gama Wudielson Segtowick

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Metodologia científica

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Page 1: A teoria do conhecimento

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁCENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA

ALUNOS: Amanda MonteiroAnderson NunesBruno MarquesMarco Almeida

Paulo GamaWudielson Segtowick

Page 2: A teoria do conhecimento

I. A POSSIBILIDADE DO

CONHECIMENTO

Page 3: A teoria do conhecimento

PRIMEIRAMENTE: O QUE É O CONHECIMENTO?

Conhecimento filosófico: construção de ideias e conceitos, Buscando as verdades do mundo por meio da indagação, debate, do filosofar.

Page 4: A teoria do conhecimento

O PROBLEMA DO CONHECIMENTO

Se existe um conhecimento verdadeiro, como podemos reconhecer sua verdade?

Page 5: A teoria do conhecimento

POSSIBILIDADES DO CONHECIMENTO

DogmatismoSubjetivismo e RelativismoCeticismoPragmatismoCriticismo

Page 6: A teoria do conhecimento

O DOGMATISMO

Psicológica e historicamente foi o primeiro “ponto de vista”;

O conhecimento depende da interação entre sujeito x objeto;

Não aborda o problema do conhecimento; A consciência cognoscente aprende aquilo que

está diante dela; Excesso de confiança na eficiência razão humana.

Page 7: A teoria do conhecimento

Sofistas: Os primeiros a levantarem o “problema do conhecimento”.

Tipos de Dogmatismo:Dogmatismo Teórico: Conhecimentos teóricos;Dogmatismo Ético: Valores morais;Dogmatismo Religioso: Valores religiosos;

Page 8: A teoria do conhecimento

O SUBJETIVISMO E O RELATIVISMO

Limitação da Validade da verdade; Ausência de verdade Universalmente Válida; Subjetivismo: A restrição da validade do

conhecimento reside no Sujeito (individuo); O conhecimento pode ser para um individuo e

outro para outro individuo; Relativismo: A restrição da validade do

conhecimento depende de fatores externos.

Page 9: A teoria do conhecimento

O CETICISMO

Contestação do contato entre sujeito e objeto; O conhecimento não pode ser alcançado; Não enxerga o objeto; Atenção voltada completamente para o subjetivismo

do conhecimento humano; A contradição do Ceticismo; O ceticismo metafisico: Positivismo (Augusto Comte).

Page 10: A teoria do conhecimento

CETICISMO METAFISICO: O POSITIVISMO

Pensador: Augusto Comte; Nega a possibilidade do conhecimento “supra –

sensorial”; Ater-se aos fatos da experiência: Positivamente

dados; Refutar todo e qualquer especulação metafisica; Não existe conhecimento filosófico-metafisico,

somente o saber e o conhecimento cientifico (baseado em experiências ).

Page 11: A teoria do conhecimento

O PRAGMATISMO

Do grego prâgma, ação. Similar ao ceticismo, ele também abandona o conceito de verdade como concordância entre pensamento e ser;

Adota outro conceito de verdade no lugar do que foi abandonado;

Verdadeiro, segundo essa concepção, significa o mesmo que útil, valioso, promotor da vida.

Page 12: A teoria do conhecimento

COMO O PRAGMATISMO VÊ O HOMEM

Um ser prático, dotado de vontade, ativo, e não um ser pensante, teórico;

O intelecto está a serviço do querer e do agir, orientando-se na realidade;

O juízo ‘a vontade humana é livre’ é verdadeiro.

Page 13: A teoria do conhecimento

REPRESENTANTES DO PRAGMATISMO

William James Friedrich Schiller

Friedrich Nietzsche

Page 14: A teoria do conhecimento

O ERRO FUNDAMENTAL DO PRAGMATISMO

Consiste em não visualizar a esfera lógica;

Ele desconhece o valor próprio, a autonomia do pensamento humano;

A verdade pode ter efeitos danosos;

Page 15: A teoria do conhecimento

CRITICISMO

Ponto de vista intermediário entre dogmatismo e ceticismo;

O conhecimento é possível e de que a verdade existe;

Põe à prova toda afirmação da razão humana e nada aceita inconscientemente.

Page 16: A teoria do conhecimento

FUNDADOR DO CRITICISMOKant passou tanto pelo

dogmatismo quanto pelo ceticismo, e diz que ambos os pontos são unilaterais.

O primeiro tem “uma confiança cega na capacidade da razão humana”;

O segundo é “a desconfiança adquirida, sem crítica prévia, contra a razão pura”.

Immanuel Kant

Page 17: A teoria do conhecimento

OUTRO REPRESENTANTE DO CRITICISMO

Hegel diz em sua Enciclopédia o seguinte: “A investigação do conhecimento não pode ocorrer senão conhecendo; investigar esse assim chamado instrumento não significa outra coisa senão conhecê-lo. Mas querer conhecer antes de conhecer é tão incongruente quanto a sábia resolução daquele escolástico – aprender a nadar antes de aventurar-se na água.” Georg Wilhelm Friedrich

Hegel

Page 18: A teoria do conhecimento

II. A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O juízo “o sol aquece a pedra” foi construído com base em determinadas experiências. O sol bate sobre a pedra e, tocando-a, verifica-se que ela vai ficando cada vez mais quente. Nesse juízo, portanto, temos base nos dados da visão e do tato, ou, em poucas palavras, na experiência.

A experiência mostra que um processo segue-se ao outro. Adicionando o pensamento de que um processo ocorre por meio do outro, é causado pelo outro.

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RACIONALISMO

O ponto de vista que enxerga no pensamento, na razão, a principal fonte do conhecimento humano;

Necessário e tiver validade universal;

O pensamento é a verdadeira fonte e fundamento do conhecimento humano.

Page 20: A teoria do conhecimento

UM MODELO DE CONHECIMENTO

O conhecimento matemático;

Dedutivo e conceitual;

O racionalismo em sua forma mais imediata;

Page 21: A teoria do conhecimento

RACIONALISMO TRANSCENDENTE

Encontramos a forma mais antiga de racionalismo em Platão. Ele está convencido de que todo saber genuíno distingue-se pelas notas características da necessidade lógica e da validade universal. O mundo da experiência está em constante mudança e modificação. Consequentemente, é incapaz de nos transmitir qualquer saber genuíno; a contemplação das ideias.

Platão

Page 22: A teoria do conhecimento

RACIONALISMO TEOLÓGICO

Dois representantes; Plotino e Agostinho;

Plotino coloca o mundo das ideias no Espírito Pensante, o Nous cósmico;

Agostinho substitui o Nous cósmico pelo Deus do cristianismo.

Page 23: A teoria do conhecimento

RACIONALISMO TEOGNOSTICISMO

Na Idade Moderna, o racionalismo experimenta uma intensificação: Malebranche, filósofo francês do século XVII e no século XIX, o filósofo italiano Gioberti. Segundo ele, conhecemos as coisas com uma visão imediata do Absoluto em sua atividade criadora.

Desde então, essa designação tem sido aplicada em Malebranche e a doutrinas afins, de modo que hoje se entende por ontologismo.

Page 24: A teoria do conhecimento

RACIONALISMO IMANENTE

René Descartes Leibniz

Page 25: A teoria do conhecimento

Doutrina das ideias conatas ou inatas (ideae innatae);

Segundo ela, há em nós um certo número de conceitos inatos, conceitos que são, na verdade, os mais importantes, fundamentadores do conhecimento;

Se em Descartes esses conceitos estariam mais ou menos prontos em nós, para Leibniz eles existem apenas em germes, potencialmente.

Page 26: A teoria do conhecimento

RACIONALISMO LÓGICO

Século XIX; Abstrato; Personificação dos pressupostos e princípios do

conhecimento; O conteúdo completo do conhecimento é deduzido

daqueles princípios superiores de maneira rigorosamente lógica.

Page 27: A teoria do conhecimento

O EMPIRISMO Para o Empirismo a razão não possui nenhum patrimônio apriorístico, a experiência é o seu fundamento. Vemos o empirismos :

1. Na Grécia antiga. Os estóicos: a alma como uma pagina em branco.

2. Em John Locke: Retoma a ideia da Grécia Antiga e acrescenta que as experiências deixam as primeiras impressões nesta página

John Locke(1632-1704)

Page 28: A teoria do conhecimento

3. David Hume: Seguindo os pensamentos de Locke ele divide as “ideias” (perceptions) de Locke em impressões (impressions) e ideias (ideas). Na primeira, temos as impressões de sensação e as impressões de reflexões. Na segunda, temos as representações menos nítidas da memória e da fantasia que nos surgem baseado nas impressões. Deste modo Hume formula o axioma: ”Todas ideias provem de impressões, não sendo senão copias das impressões”

David Hume (1715-1780)

Page 29: A teoria do conhecimento

4. Condillac (1715-1780), contemporâneo de Hume, existia apenas uma forma de conhecimento: o Sensualismo, no qual a fonte do conhecimento é a sensação. Originalmente, a alma tem apenas uma faculdade: experimentar sensações.

Condillac (1715-1780)

Page 30: A teoria do conhecimento

5. Já no século XIX, encontramos o empirismo no filosofo inglês John Stuart Mill (1806-1873). Ele mais longe do que Hume e Locke, na medida em que atribui também o conhecimento matemático à experiência, como única fonte de conhecimento

John Stuart Mill (1806-1873).

Page 31: A teoria do conhecimento

O INTELECTUALISMO

O intelectualismo é o agente mediador entre o racionalismo e o empirismo. Para ele, tanto o pensamento quanto a experiência participam da formação do conhecimento. Segundo o intelectualismo , a consciência retira seus conceitos da experiência.

Page 32: A teoria do conhecimento

Seu axioma fundamental é a proposição: ”nihil est in intellectu quod prius non fuerit in sensu” que significa: “não há nada no intelecto que não estivesse primeiro nos sentidos”

Aristóteles foi um dos primeiros a desenvolver o intelectualismo: Aluno de Platão e pesquisador da natureza.

Aristóteles( Filósofo Grego)

Page 33: A teoria do conhecimento

Essa teoria foi reorganizada na Idade Média por Tomás de Aquino(1221-1247). Para ele, inicialmente recebemos das coisas concretas as imagens sensíveis, species sensibles. O intellectus agens extrai delas as imagens essenciais universais, as species intelligibiles.

Tomás de Aquino(1221-1247).

Page 34: A teoria do conhecimento

O APRIORISMO

Foi a segunda tentativa de mediação entre o racionalismo e o empirismo.

Mais voltada aos elementos a priori, isto é, aos pensamentos e, consequentemente, ao racionalismo.

Enquanto o racionalismo considera os fatores a priori como conteúdos e conceitos completos, o apriorismo não vê os fatores a priori como conteúdos e conceitos completos, mas sim como formas de conhecimento que recebe seus conteúdos a partir das experiências.

Page 35: A teoria do conhecimento

O principio que governa o apriorismo é: ”conceitos sem intuições são vazios; intuições sem conceitos são cegas”. O intelectualismo deriva o fator racional do empírico, enquanto para o apriorismo o fator empírico é que deriva do fator racional.

Page 36: A teoria do conhecimento

O fundador do apriorismo é Kant. Toda a sua filosofia e tentativa de mediação entre o racionalismo e o empirismo se deu a partir do racionalismo de Leibniz e Wolff e o empirismo de Locke e Hume.

Ele o fez afirmando que o material do conhecimento provém da experiência, enquanto a forma provém do pensamento.

Immanuel Kant(1724-1804)

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POSICIONAMENTO CRÍTICO

Podemos entender como um posicionamento de princípios frente às duas orientações (racionalismo e empirismo), apenas a título de complemento.

Devem-se separar rigorosamente o problema psicológico do problema lógico.

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O PROBLEMA PSICOLÓGICO

Analisados sob a ótica da origem psicologia, tanto o empirismo quanto o racionalismo são falsos.

O empirismo é refutado pelo fato da psicologia moderna ter mostrado que além dos conteúdos intuitivos da consciência, existem aqueles que são intelectuais.

O racionalismo também não se sustenta no confronto com a psicologia, uma vez que ela desconhece conceitos inatos ou nascidos de fontes transcendentes, mostrando que a formação de conceitos é condicionada pela experiência.

Page 39: A teoria do conhecimento

Destarte, devemos mesclar tanto um quanto o outro para uma atuação conjunta de fatores racionais e empíricos no conhecimento humano.

O racionalismo está voltado para as ciências ideais, enquanto que o empirismo está voltado para as ciências naturais (reais) e que ambas tem razão, desde que elas restringissem suas doutrinas epistemológicas aos campos específicos que cada uma tem em mente.

Page 40: A teoria do conhecimento

O PROBLEMA LÓGICO

Do ponto de vista lógico, temos mais dificuldades em tomar opinião sobre as duas posições intermediárias.

Tanto sob o ponto de vista do intelectualismo quanto sob o ponto de vista do apriorismo, temos juízos com verdades universais, mas com necessidades estritas.