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A SOCIEDADE VISTA DO ABISMO:A SOCIEDADE VISTA DO ABISMO:
novos estudos sobre exclusão, novos estudos sobre exclusão, pobreza e classes sociaispobreza e classes sociais
José de Souza Martins
Professora: Camila Diniz
O autor situa a sua perspectiva de análise nas ásperas irregularidades do tecido social e indica nelas a dimensão cognitiva e função metodológica para decifrar e explicar sociologicamente os enigmas de uma sociedade de extremos.
Considera que o conceito exclusão (inconceituável, impróprio, vago e indefinido) veio substituir a ideia sociológica de “processo de exclusão”, atribuindo-se mecanicamente todos os problemas sociais e distorcendo a questão que pretende explicar.
Afirma que o uso da concepção de exclusão social é um meio indireto de reconhecer algo de difícil reconhecimento;
Explica que , talvez pudéssemos negar a existência da exclusão: o que existem são vítimas de processos sociais, políticos e econômicos excludentes.
Caracteriza o conceito de quando concebida como um estado fixo fatal e incorrigível e não como expressão de contradição do desenvolvimento da sociedade capitalista, a exclusão cai sobre o destino dos pobres como uma condenação irremediável;
Essa mesma “exclusão” fala de “situações objetivas de privação, mas não nos fala tudo nem nos fala o essencial”
A concepção de Abismo descrita pelo autor tem função metodológica, pelas revelações que podem ser sociologicamente obtidas quando o pesquisador se situa na perspectiva das populações cuja vida se desenrola nos extremos das situações sociais adversas.
Reflete que a partir dela não se luta por transformações sociais, mas sim “em favor de relações sociais existentes, mas inacessíveis a uma parte da sociedade” .
Afirma que discutindo a “exclusão” “deixamos de discutir as formas pobres, insuficientes e, às vezes, até indecentes de inclusão;
(Qual o sentido de falar em duas ordens de realidade, dos “incluídos” e dos “excluídos”, se ambas são produzidas por um mesmo processo econômico que, de um lado, produz riqueza e, de outro, miséria?” )
Afirma que a sociedade capitalista “tem como lógica própria tudo desenraizar e a todos excluir porque tudo deve ser lançado no mercado”. Ela desenraiza e exclui para depois incluir segundo as suas próprias regras. É justamente aqui que reside o problema: nessa inclusão precária, marginal e instável;
O período de passagem do momento da “exclusão” para o momento da “inclusão” implica certa degradação e, segundo Martins, a sociedade moderna vem criando uma grande massa de população sobrante que tem poucas chances de ser novamente incluída nos padrões atuais de desenvolvimento, ou seja, o período de passagem entre “exclusão” e “inclusão”, que deveria ser transitório, vem se transformando num modo de vida permanente e criando uma sociedade paralela que é includente do ponto de vista econômico e excludente do ponto de vista social, moral e até político;
Martins sugere a existência de uma sociedade dupla, abrigo de duas humanidades: uma humanidade constituída de integrados, ou seja, de uma população de pobres e ricos inseridos nas atividades econômicas e com lugar garantido no sistema de relações sociais e políticas;
E uma sub-humanidade, incorporada por meio do “trabalho precário no trambique, no pequeno comércio, no setor de serviços mal pagos ou, até mesmo, excusos” e que se baseia “em insuficiências e privações que se desdobram para fora do econômico”.
Afirma que muitas pessoas estão integradas economicamente, mesmo que de forma precária, mas que criam um mundo à parte, pois estão separadas por categorias sociais rígidas que não oferecem alternativa de saída e que fazem crescer a consciência de que para elas não há justiça;
Para Martins, a inclusão até acontece no plano econômico, pois a pessoa ganha algo para sobreviver, mas não ocorre no plano social e não ocorre sem causar deformações morais.
Exemplo: crianças que se prostituem em Fortaleza ilustra essa situação: por um lado, elas estão inseridas “no mercado possível de uma sociedade excludente”, mas o serviço que prestam compromete sua dignidade e viola seus direitos. ”É exatamente o caso delas que revela o lado oculto ou que nós queremos ocultar dessa inclusão: elas se integram economicamente, mas se desintegram moral e socialmente e na questão dos direitos;
A concepção de Abismo descrita pelo autor tem função metodológica, pelas revelações que podem ser sociologicamente obtidas quando o pesquisador se situa na perspectiva das populações cuja vida se desenrola nos extremos das situações sociais adversas.
1 – Reflexão Crítica Sobre o Tema da “Exclusão Social”
Tema exclusão que fazem parte de um conjunto sistêmico de categorizações imprecisas hoje em dia utilizadas para definir aspectos mais problemáticos da sociedade Contemporanêa;
Exclusão: Categoria Social : Qualidade sociologicamente identificável nas pessoas e nas relações sociais; ( Atributo Trabalhador assalariado)
Martins afirma que como atributo poderia corresponder a certa consciência social (consciência de classe) nas próprias vítimas da exclusão: Mas não é o que acontece: A categoria excluído não é verificável na prática, na vivência dos chamados excluídos;
Afirma que não há o reconhecimento da própria vitima do processo;
O excluído não se reconhece em seu problema/ questão vivenciada;
Problema da sociologia:Faz compreender os encontros e desencontros que há entre situação social e consciência social ( Viver na situação e não ter compreensão suficiente);
Segundo o autor estas questões (situação social e consciência social) dependem da circunstância social e histórica, o que favorece ou não que o sujeito tenha esta compreensão;
Fragilidade como um componente que contribui com estas situações;
( Desemprego)
Identifica que há uma necessidade de ocultar o problema social atrás da concepção de exclusão, sem reconhecer a diversidade e a real necessidade;
“Agentes da pastorais, militantes de causas humanitárias..... Nesta busca imprecisa de uma palavra que diga o que os pobres são ao invés de precisa que diga o que os pobres querem?” ( Pag27)
“Exclusão como um conceito sistêmico, mais que uma definição precisa de
problemas, ela expressa uma incerteza e uma grande insegurança teórica na
compreensão dos problemas sociais da sociedade contemporânea;”
Basicamente, exclusão é uma concepção que nega a História, que nega a práxis e que nega à vítima a possibilidade de construir historicamente seu próprio destino, a partir de sua própria vivência e não a partir da vivência privilegiada de outrem.
A idéia de exclusão pressupõe uma sociedade acabada, cujo acabamento não é por inteiro acessível a todos. Os que sofrem essa privação seriam os “excluídos
Afirma que a sociedade capitalista tende a um padrão de relações sociais de tipo contratual e igualitário; ( sociedade do contrato)
Oposto a uma sociedade pré capitalista estamental de tipo comunitário; sociedade do trato não do contrato, desigualdade natural das pessoas)
Características da Sociedade do Contrato: Igualdade Jurídica;
Regulação da vida pelo mercado invisível e impessoal;
Capital pode se desenvolver precisando menos do trabalhador;
Transformação da família em trabalhador coletivo;
Martins, afirma que o sistema econômico não se sente obrigado a pagar pelos problemas sociais que cria, a contrapartida do trabalho livre é hoje a contrapartida do lucro livre e socialmente irresponsável; A responsabilização da família pelo custo social que o capitalismo impõe;
Categoria exclusão se nutre pela contradição mal compreendida e mal resolvida, e pelo aparato ideológico ( através das fragilidades e adversidades que dominam o momento histórico;
Operário é classe social ( se vê) X Excluído não é ( não se vê)
Diferenças: categoria sociológica, relativa ao efetivo e objetivo sujeito social e histórico, sujeito de contradições, que personifica possibilidades históricas – trabalhador assalariado
Excluído: Rótulo Abstrato Afirma que discurso sobre a exclusão é o
discurso dos integrados ao sistema, tanto na economia quanto aos valores que lhe correspondem; capitalista e socialmente crítico;
Aponta duas orientações interpretativas para o conceito de exclusão: Transformadora ( vitima da exploração capitalista, apropria desigualdade da riqueza produzida)
Busca uma saída para a exclusão de forma transformar as questões;
Reflexão: quem não está incluído não pode ser protagonista das virtualidades de transformação da sociedade, de realização daquilo que é historicamente possível;
Orientação Conservadora:continuação do existente . Relaciona-se ao debate sobre a marginalidade social e a diluição da identidade do trabalhador;
A mudança social sobrepõe o excluído ao trabalhador : resultado o trabalhador perde a sua visibilidade como tal;
Seus protagonistas estão nos lugares de miserabilidade que foram produzidos pela urbanização vinda do desenvolvimento econômico;
Afirma que essa diversificação da realidade social e a difusão de formas degradadas da vida trazem para o primeiro plano de análise social e da consciência política personagens bem diversas do que é a classe operária e de sua promessa histórica de que ela é portadora;
Consequências: a reprodução se faz sem a presença destes. Extremo histórico da coisificação da pessoa e de sua alienação; As situações se apresentam, sem que eles façam alterações;
Importante:
As categorias excluídos e exclusão são categorias da orientação conservadora!!!!!
Não tocam as contradições, apenas lamentam;
O Excluído é captado pela sociedade que o rejeita na forma de consumidor (residual);
Mudança Social relacionada ao ascenção social dos grupos pobres por meio do trabalho agora está no consumo;
Resultado: Mudança na forma da pobreza ( Valores estão na aparência);
( História possível- aquilo que consigo x História irremediável)
Sociedade Contemporânea: Defini-se o consumo ostensivo é o meio da afirmação social e da definição da identidade;
O que marca o homem na sociedade moderna é a IDENTIDADE;
Quem se incomoda com a exclusão social é a classe média militante;
““Cada um é o que parece ser e Cada um é o que parece ser e não o que é de fato” não o que é de fato” ( Martins,2001) ( Martins,2001)
Critica sobre as forma de protesto popular, identificando que são um clamor pela integração para a sociedade de consumo e da alienação;
Sociedade alternativa:??? Não Existe, não supera o atual somente o reafirma;
Os protestos sociais políticos são realizados em nome dos excluídos com a finalidade de providências e políticas de integração a sociedade que os excluí.
Pede-se habitação, terra , reestruturação da família, emprego, tudo que reproduz e conforma a sociedade atual;
Excluído é produto e expressão : não é contradição de sua condição de marginalizado;
Se resolve na reprodução e não na transformação da sociedade que o vitima;
Martins ressalta que devemos nos livrar de estereótipos que nos enganam e que ao invés de expressar uma prática – a exclusão – acabam por induzi-la e, mais ainda, que é necessário modernizarmos a sociedade, revolucionando suas relações arcaicas, ajustando-as de acordo com as necessidades do homem, e não de acordo com as conveniências do capital;
Alternativa é a busca pela transformação e não pela
reprodução;
PreoPreo
A inserção no mundo do TER E DO PARECER faz com que esteja ampliando as condições para este acesso, tais como a deliquência; Fazendo com que não se sintam excluídos;
O uso de recursos ilícitos para integrar-se;
Problema: Deterioração dos valores éticos que deveriam permear as relações sociais;
Segundo o autor a questão da exclusão social se insere no âmbito das discussões de ordem autoritária e intolerante;
Critica do autor: a busca pela inclusão não está nos excluídos, mas sim na classe média que a procura;
Diferenciação social que vem sendo desenvolvida na sociedade o autor caracteriza como duas humanidades, conforme já visto;
uma humanidade constituída de integrados, ou seja, de uma população de pobres e ricos inseridos nas atividades econômicas e com lugar garantido no sistema de relações sociais e políticas;
uma sub-humanidade, incorporada por meio do “trabalho precário no trambique, no pequeno comércio, no setor de serviços mal pagos ou, até mesmo, excusos” e que se baseia “em insuficiências e privações que se desdobram para fora do econômico”. Isso quer dizer que muitas pessoas estão integradas economicamente, mesmo que de forma precária, mas que criam um mundo à parte, pois estão separadas por categorias sociais rígidas que não oferecem alternativa de saída e que fazem crescer a consciência de que para elas não há justiça
“A ordem capitalista é desumano com todos”( Martins,2001)
“A categoria exclusão expressa, ao
mesmo tempo, uma verdade e um equívoco. Revela o superfulo e oculta o essencial”
A exclusão não diz respeito aos excluídos, mas sim a impressão superficial sobre o outro trazido pelos ditos incluídos;
Exclusão social se relaciona com a sobrevivência;
Para sua interpretação o autor afirma que é necessário uma compreensão; e não impor uma compreensão já construída a partir de uma impressão;
Chama atenção para a questão da vitimização;
Segundo o autor a luta contra a exclusão, pela centralidade desse conceito na teoria e na prática, é uma luta conformista:Os integrados são a referência.
Critica do autor quanto a concepção de exclusão: adesão dos excluídos à sociedade de consumo e sua cooptação pela fragilidade;
Exclusão: è uma concepção que nega a história, nega a práxis e que nega à vítima a possibilidade de construir historicamente seu próprio destino a partir de sua própria vivência privilegiada de outrem;
A ideia de exclusão pressupõe uma sociedade acabada, cujo fim não é acessível a todos;
O autor identifica a sociedade como um processo contínuo de estruturação e desestruturação;
Rupturas= EXCLUSÃO
Núcleo acumulação de capital e a contrapartida é a privação social e cultural
Os processos sociais são excludentes, mais não há exclusões irremediáveis;
Preocupação legitima com a Exclusão Social: Indica ao direito a sociedade, o da sociedade definir como os excluídos devem ser incluídos;
( Inclusão = participação como direito e como dever)
O discurso da exclusão se mostra sera favor das transformações sociais, mais na
verdade é a favor das relações sociais existentes, mais inacessíveis a uma parte da sociedade.
2- Situações Diferenciais de classe Social – Operários e Camponeses
Trata sobre uma proposta pedagógica de promoção humana junto a populações pobres nas regiões sertanejas do país;
Experiência de um projeto que tratava sobre a discussão das questões sociais trazidas por diversos atores;
Questões entre latifundiários – Igreja- camponeses – universidade
Produção de Conhecimentos, considerando a diversidade de ação;
Objetivo: difundir os valores da civilização e da sociedade moderna no momento da ditadura militar, que o considera; O autor ao longo do texto considera o contexto político, social e econômico do Estado Brasileiro ao longo do período da ditadura militar;
Situação da violação de direitos; ampliando a concepção do direito costumeiro ( população rural);
Implicações entre os participantes ( influência da doutrina católica, tradições de classes sociais)= não reconhece a condição do processo histórico no sujeito;
Debate entre os atores sociais
participantes ( comissões e agentes das pastorais) – Limitação de reconhecer as questões no âmbito local além de sua relação com a questão ideológica;
Impasse entre a Igreja Luterana e a Igreja Católica em conseguir romper com o missionarismo de pronto- socorro, ocasional difuso, praticadas nas fazendas e abrigos dos donos de terras;
Problema reconhecido:Ausência do olhar dos participantes que vão além da visão urbana da realidade social;Entendimento somente que a classe operaria busca mudanças sociais;
Comparação de classes sociais Operários e Camponeses
Diversidade Social (Inserções , Econômica, mentalidades e
possibilidades, atuação social e histórica das classes sociais)
Rotulo:Trabalhador
Conceito vago
Categoria Social é definida através particularidades;
Autor afirma a importância de reafirmar e reconhecer as categorias sociais, na sua diversidade; sem generalizar;
Ausência do aparecimento das categorias, está relacionada as fragilidades ( fraqueza social e histórica);
Diferenciação Social é o que determina a estrutura social de classes;
Quadro comparativo sobre as diferenças sociais e estruturais sob o aspecto da
categoria social;(pag 85)
3- O Problema das Migrações e da Exclusão Social no Limitar do 3ª
Milênio
Desenraizamento da migração e suas consequências sociais;
A exclusão em si mesma como fenômeno isolado é uma ficção.
Não se pode existir sociedade capitalista baseada na exclusão;
TODA A DINÂMICA SOCIEDAETÁRIA SE BASEIA EM PROCESSOS DE EXCLUSÃO PARA INCLUIR;
Os problemas que aparecem não são relativos à migração de um lugar para o outro, mas são relativos aos empecilhos à migração de uma posição social a outra no interior da sociedade;
Deslocamento social que existe no deslocamento espacial = fatores sociais culturais, políticos embutidos nesta migração;
Faz parte da sociedade capitalista destruir tudo que não faz parte das relações capitalistas;
O capitalismo excluir para incluir no viés econômico;
Tudo tende a ser reduzido a mercadoria para se integrarem a sociedade capitalista;(pag120)
Ou vende sua força de trabalho ou compra a força de trabalho;
São incorporadas a trabalhar mais não em consumir; Não há sobrevivência no capitalismo sem consumir;
O capital produz para vender e por isso não se pode falar em exclusão;
Problema: o tempo de incluir o excluído esta demorando mais!
( desempregados e os trabalhadores expulsos pela robotização- Exemplo maquinas de tickets de cinema)Pág 122;
Para o autor o problema não está na exclusão e sim na inclusão; Quais as formas de inclusão! Preço moral e social da inclusão marginalizada;
Afirma que o trabalho passou a ter um lugar secundário no conjunto do processo de reprodução do capital, sem envolver a moral e o social do capitalista;
O trabalhador aceita ser incluído para sair do falso sentimento de exclusão, reduzindo as relações em precárias e instáveis visando garantir a SOBREVIVÊNCIA.
4- A VIDA EM PARENTESÊS – Migrações internas no mundo contemporâneo
Migrante não apenas quem migra,mas o conjunto da unidade social de referência do migrante que se desloca ( pag. 145)
A exclusão, de que migrações são um momento fundamental, deixa de ser temporária e se torna um modo de inserção degradada;
Migrações e sua transformação em problemas sociais;
Migrante não apenas quem migra mais o conjunto da unidade social de referência do migrante que se desloca;
A nova cara das migrações:A diferença com as transformações
positivas que as migrações possam promover, e de certo modo promoveram no passado e ainda residualmente promoveram no passado e que ainda residualmente promoverem, está no fato de que são migrações que desagregam sem transformar;
Afirma que as migrações internas campo- cidade, não são somente as questões sobre as migrações;
Os que foram e os que ficaramMigrações somente no campo estatístico, mais
sim como unidades sociais;O moderno entra como aparência, como cultivo
de trajes, do calçado...O crescimento da delinquência nas grandes
cidades não está diretamente ligada aos migrantes primários de primeira geração.
Vitimas da sociabilidade;Migrante e Vitima;(pag144)
5- A Escravidão na Sociedade Contemporânea – A reprodução
ampliada e anômala do capital e a degradação das relações de trabalho.
Discussão sobre o trabalho escravo como um componente residual do passado;
Afirma que a escravidão como um componente secundário do processo de reprodução ampliada do capital estão se encontrando com sobrevivências culturais do passado, que levam a uma refuncionalização da servidão.
Servidão por dívida e as formas não contratuais de exploração do trabalho continuam tendo função nos setores intermediários e pobres da economia.
A terceirização do trabalho coloca esses setores a serviço do grande capital e das grandes empresas;
Sistema de Exploração- Dinâmica do Capitalismo
Afirma que: A escravidão contemporânea é de certo modo, constitutiva desse desenvolvimento, forma de ampliar e extremar a eficácia dos mecanismos de acumulação; (Pag. 153)
Lógica de acumulação capitalista = formas não contratuais de emprego e força de trabalho;
Sociedade capitalista = sociedade do contrato= Mudanças tira o capital “vivo”
Lógica da Sociedade = Desenvolvimento Social = Desenvolvimento Econômico;
Uso predatório da força de trabalho permite as economias subdesenvolvidas participar da economia globalizada =Consequências: graves, crescentes e insolúveis problemas sociais.
Reconhecimento de quem manda é o capital;
6- A questão agrária no Brasil e as condições e possibilidades da
reforma agrária Questão agrária como fato histórico, que
se constitui num momento determinado da história social e política do país e persiste, renovado e modificado;
Histórico do Brasil ( pag.170) Decorre daí a nova pobreza brasileira
que, sendo rural e agrícola,se manifesta como pobreza urbana e como marginalidade social ou exclusão social;
Ideia de que a pobreza não comprometia a dignidade das pessoas nem corroía suas esperanças;
Década 1950: Novo modelo de sociedade, o de que cada um é, é o que tem;
Ilhas de Exclusão (pag 173);Período ditatorial, evitar reforma
social;Reforma Social e políticas tornaram-se
estéreis porque se afastaram progressivamente daquilo que é nossa caracteristica histórica: mudar para manter, progresso na ordem;
Ausência de tomada de decisões historicamente tratadas;
Sociedade Bloqueada= evitar pacto com a sociedade;
Mudanças contemporâneas: Ampliação de suas funções, funções políticas diretas;Função da reforma agrária- Participativa ;
Concepção questão agrária é um debito= falsa;( Pag 182)
7- Crítica da Sociologia Rural- o Futuro da sociologia rural e a sua
contribuição para a qualidade de vida rural
Apresentação ao Congresso Mundial de Sociologia Rural;
Ausência da critica acerca das questões que se inserem a população rural;
Migração= consequência= ausência da qualidade de vida;
Sociologia Rural desencanto de si mesma quando descobriu lentamente os códigos e as questões que se incidiam nesta população;
Sociologia Rural como modo singular de inserção nos processos sociais e históricos;
Interesse de estudo pelo seu lado negativo;Autor afirma que a modernização é um valor
dos sociólogos rurais e não da população rural;O autor afirma que o deslocamento de
grandes massas rurais para a cidade revelou-se uma dimensão desdenhada do mundo rural: um modo de ser, uma visão de mundo, e uma perspectiva critica poderosa em relação ao desenvolvimento capitalista, à modernização anômala e à desumanização das pessoas apanhadas de modo anômico, incompleto e marginal pelas grandes transformações econômicas e políticas;
O Afirma que o mundo rural está como um restante do resíduo da modernização forçada e acelerada que introduz um ritmo de transformação social na vida das populações do campo um ritmo de transformação social e econômica gerador de problemas sociais que o próprio sistema não tem como evitar;
Busca de compreensão da sociologia rural das irracionalidades e contradições que há fora do mundo rural;
Compromisso da sociologia rural como o compromisso da mudança;
Busca da recuperação critica na análise;A contribuição da sociologia rural
para a qualidade de vida rural está justamente no reconhecimento das reservas de possibilidades históricas que as populações rurais, sobretudo as populações camponesas, ainda têm para reinventar o mundo e reinventar-se no mundo
Boa Sorte !!!!