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1942-1944 A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL RICHARD OVERY Tradução Renato Marques de Oliveira Panda Books

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1942-1944A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

RICHARD OVERYTradução

Renato Marques de Oliveira

Panda

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS

03 - INTRODUçãO04 - OpERAçõES 1942-194406 - A MARé vIRA NO NORTE DA ÁfRICA08 - A bATAlhA pOR STAlINGRADO10 - A SEGUNDA bATAlhA DE El-AlAMEIN12 - OpERAçãO TOChA14 - GUADAlCANAl16 - OpERAçãO URANO18 - DERROTA EM STAlINGRADO20 - A CONfERêNCIA DE CASAblANCA22 - OpERAçãO lONGClOTh: ChINDITS NA bIRMâNIA24 - O fIM DO EIxO NA ÁfRICA: TUNíSIA26 - O RAIDE DOS DAMbUSTERS28 - RACIONAMENTO: A GUERRA pOR COMIDA30 - A bATAlhA DE KURSK32 - OpERAçãO hUSKy: INvASãO DA SICílIA34 - O bOMbARDEIO DE hAMbURGO36 - A RESISTêNCIA fRANCESA38 - DE CARCóvIA A KIEv: O ExéRCITO vERMElhO ROMpE

AS lINhAS INIMIGAS40 - ITÁlIA: INvASãO E RENDIçãO42 - OpERAçãO CARTwhEEl: A GUERRA pOR NOvA GUINé44 - DE IlhA EM IlhA NO pACífICO: IlhAS GIlbERT E MARShAll46 - OS TRêS GRANDES: A CONfERêNCIA DE TEERã48 - GUERRA pARTISAN50 - A bATAlhA DO CAbO NORTE52 - A bATAlhA pOR ANzIO54 - A bATAlhA pOR MONTE CASSINO56 - A GUERRA SECRETA: ESpIõES, CóDIGOS E ARTIMANhAS58 - A bATAlhA pElA íNDIA: IMphAl E KOhIMA60 - GUERRA DO JApãO NA ChINA: OpERAçãO IChI-GO62 - íNDICE62 - TRADUçõES64 - CRéDITOS

Fico feliz por reconhecer que este livro é resultado de um verdadeiro trabalho em equipe. A editora Gemma Maclagan teve papel fundamental em sua organização, e graças a ela me mantive no prazo. Russell Knowles e Steve Behan são responsáveis pelo poderoso conteúdo visual e leiaute do livro. Philip Parker e Terry Charman certificaram-se de que os fatos históricos sejam tão isentos de erros quanto possível, e agradeço por sua meticulosa supervisão do texto e das legendas, o que fez deste livro uma obra melhor.

Desenhos e mapas © Carlton Books Limited, 2009Texto © Richard Overy, 2009Fotografia e memorabilia do Imperial War Museum © Imperial War Museum

CIP – BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃOSINDICATO NACIONAL DOS eDITOReS De LIvROS, RJOvery, RichardA Segunda Guerra Mundial: 1942-1944/ Richard Overy; tradução Renato Marques de Oliveira. – 1. ed. – São Paulo: Panda Books, 2015. 64 pp. Tradução de: The Second World War experience: Turning of the tide

ISBN 978-85-7888-371-3

1. Guerra Mundial, 1939-1945. 2. europa – História, 1945-. Título. 14-12567 CDD: 940.5421

CDU: 94(100)’1939/1945’

Panda

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INTRODUçãO

A Segunda Guerra Mundial foi a maior e mais mortífera luta armada na história da humanidade. Teve escala genuinamente global, e quase nenhuma parte do mundo ficou incólume. Ao final do conflito a

geografia política do mundo havia sido transformada e armou-se o cenário para o surgimento do sistema dos Estados modernos. Pode-se exagerar a ruptura representada pela vitória em 1945, mas foi fundamental a mudança entre o mundo pré-guerra – de crise econômica, imperialismo e nacionalismo militante europeu – e o mundo pós-guerra – de boom econômico, descolonização e o confronto ideológico da Guerra Fria.

Vale lembrar que no início ninguém era capaz de antever que rumo a guerra tomaria ou o grau de destruição e violência que deixaria em seu rastro. Diferentes áreas de conflito amalgamaram-se, como muitos incêndios convergindo em um único inferno: o conflito europeu por conta das tentativas alemãs de infringir as restrições impostas após a derrota na Primeira Guerra Mundial; os embates gerados pela ambiciosa e expansionista Itália fascista, cujo líder Mussolini sonhava em recriar o Império Romano; e a guerra pela Ásia empreendida pelo Japão Imperial, decidido a afirmar o direito de povos não brancos de compartilhar um império, e, na Europa Central e no Leste Europeu, por uma aliança de Estados anticomunistas agrupados em torno da Alemanha de Hitler, que em 1941 lançou uma cruzada contra o sistema soviético.

À medida que ganhava amplitude, a guerra foi arrastando todas as grandes potências. É costume afirmar-se que a entrada dos EUA em dezembro de 1941 assegurou a vitória dos Aliados graças ao seu poderio econômico, mas o resultado não foi predeterminado. A Alemanha e seus aliados dispunham de recursos abundantes e apoderaram-se de ainda mais. As tropas alemãs e japonesas lutavam com extrema habilidade. Para vencer os Aliados precisaram melhorar seu poder de combate, coordenar suas atividades e manter sua população comprometida com a causa, mesmo em tempos atribulados. A ideia de que as potências do Eixo, em especial a Alemanha, perderam a guerra em função da própria incompetência distorce o fato de que os Aliados tiveram de aprender a lutar com maior eficácia e explorar plenamente seus próprios recursos científicos, técnicos e de inteligência. Os sacrifícios que os Aliados fizeram – não apenas para assegurar sua própria sobrevivência, mas como modo de impor um mundo em detrimento de outro – dão a medida da importância que atribuíram à guerra. Havia a poderosa sensação de que se tratava realmente de um conflito que moldaria a maneira como a história seria feita.

A Segunda Guerra Mundial é a história desse conflito, desde suas raízes no acordo pós-guerra de 1919 até a vitória dos Aliados e o restabelecimento de uma ordem mundial mais estável. O fato de a obra ter quatro volumes atesta a gigantesca escala e complexidade das guerras travadas na Europa, Ásia, Oriente Médio e nos oceanos. Os dois primeiros volumes cobrem o período das agressões iniciais do Eixo e toda a expansão de suas conquistas territoriais. O terceiro cobre o período em que o resultado da guerra ainda era incerto em todos os teatros do conflito enquanto os Aliados pelejavam desesperadamente para refrear a maré do avanço inimigo. Aos poucos, mas de forma cabal, a maré começou a virar a favor dos Aliados. Ficou claro que as Forças do Eixo, que outrora pareciam imbatíveis, poderiam ser derrotadas em batalhas em campo aberto. A vitória na guerra no deserto pavimentou o caminho para a reconquista do Mediterrâneo; a vitória nas Ilhas Salomão abriu uma pequena brecha na fronteira defensiva do Império Japonês, por meio da qual os Aliados despejaram esmagadoras forças navais, aéreas e terrestres; a vitória em Stalingrado mostrou para o mundo que o Exército Vermelho havia alcançado a maturidade e que o período de vitórias fáceis dos alemães acabara. Este volume termina com os Estados do Eixo acuados em todos os fronts e a rendição da Itália; algumas das batalhas mais encarniçadas e custosas do ápice da guerra contra a Alemanha e o Japão são o tema do último volume.

RICHARD OVERY

Panda

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Batalha do Cabo Norte: afundamento do , 26 a 27 de dezembro de 1943

Os Três Grandes: a Conferência de Teerã, 28 de novembro a 1o de dezembroA Conferência de Casablanca:

Rendição Incondicional, 14 a 24 de janeiro de 1943

O C E A N O

A T L Â N T I C OO C E A N O

P A C Í F I C O

O C E A N O

Í N D I C O

E S TA D O S U N I D O S D A A M É R I C A

U N I Ã O D A S R E P Ú B L I C A S S O C I A L I S T A S S O V I É T I C A S

C H I N A

B R A S I L

ÁFRICA OCIDENTAL FRANCESA

J a p ã o

Í N D I A

A U S T R Á L I A

FRANÇA

ÁFRICADO SUL

ALEMANHA

Grã--Bretanha

ITÁLIA

C A N A D Á

TeerãCasablanca

OPERAÇÕES 1942—1944

LEGENDAS GERAIS — PARA OS MAPAS DAS PÁGINAS INTERNAS

MAPA DO ORIENTE

MAPA DA EUROPA

ACIMA E À DIREITA

O período 1942-1944 foi o ponto de virada na guerra. Em 1942 os avanços japoneses no sudeste da Ásia, Birmânia e ilhas do Pacífico criaram

uma vasta e nova área de jugo imperial nipônico. Na Alemanha, após uma desaceleração dos ataques nazistas no inverno de 1941-1942,

uma renovada campanha no sul da Rússia levou as forças teutônicas ao Volga e às montanhas do Cáucaso. No Norte da África, em 1942 o

Eixo avançou território egípcio adentro. Desse ponto em diante os Aliados começaram a organizar uma defesa eficiente e iniciaram um lento

programa de ofensivas nas ilhas do Pacífico, no deserto norte-africano e no coração do território soviético, empurrando para trás as Forças do

Eixo. Em 1943 a Itália foi invadida e rendeu-se em setembro, e no final do ano o Exército Vermelho chegou à Ucrânia. Em meados de 1944 o

cenário estava pronto para a derradeira e desesperada luta pela Europa e o Extremo Oriente.

Grupo de Exércitos

Exército

Tropa

Divisão

Brigada

Regimento

Batalhão

Companhia

Infantaria

Blindado

Áereo

Mecanizado

Alemã

Italiana

Japonesa

Norte-americana

Britânica

Soviética

Francesa

Romena

Finlandesa

Vichy (indicadas)

Húngara

Outras (indicadas) IMpéRIO JApONêS, 1943

ESTADOS AlIADOS JApONESES

lIMITE DA ExpANSãO JApONESA, 1942

4

Unidades militares Tipos militares

Veja à direita

Veja abaixo, à direita

Nacionalidades

M a r d o

N o r t e

O C E A N O

A T L Â N T I C O

M a r

M e d i t e r r â n e o

M a r

B á l t i c o

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M a r d e A z o v

M a r N e g r o

Loire

Ebro Douro

Tagus

Sena

Reno

Elba Oder

Dniepre

Dni

eper

Don Volga

Dniester

Danúbio

PóRóda

no

Víst

ula

Dvina

Canal de Suez

Nilo

Córsega

Sardenha

Mal ta

A maré vira no Norte da África: Alam Halfa, 13 a 30 de agosto de 1942

Operação Tocha, 8 de novembro de 1942

a fevereiro de 1943

A batalha por Stalingrado, 19 de agosto a 19 de novembro de 1942

O fim do Eixo na África: Tunísia

Operação Husky: invasão da Sicília, 9 de jullho a 17 deagosto de 1943

(britânica)

Guerra Partisan

Itália: invasão e rendição, 3 a 8 de setembro de 1943

A batalha por Monte Cassino, 17 de janeiro a9 de maio de 1943

Anzio, 22 de janeiroa 24 maio 1944

Dambusters 7 de maio de 1943

A Resistência Francesa

Derrota em Stalingrado, 19 de novembro a2 de fevereiro de 1943

A Batalha de Kursk, 5 a 13 de julho de 1943

De Carcóvia a Kiev: o Exército Vermelho rompe as linhas inimigas

O bombardeio de Hamburgo, Operação Gomorra, 24 a 25 de julho de 1943

A guerra secreta: espiões, códigos e artimanhas

Racionamento: a guerra por comida

A Contraofensiva soviética, Operação Urano, 19 de novembro

a 24 de dezembro de 1942

A Segunda Batalha de El-Alamein, 23 de outubro a 4 de novembro de 1942

(britânico)

R E I N O

F R A N Ç A

E S P A N H APO

RT

UG

AL

MARROCOS ESPANHOL

A R G É L I A

Á F R I C A

T U N Í S I A

L Í B I A E G I T O

PALE

STIN

A

M A R R O C O S

LUXEMBURGO

BÉLGICA

PAÍSES BAIXOS

S U É C I A

D I N A M A R C AI R L A N D A

I M P É R I O A L E M Ã O

GOVERNO GERAL

ESLOVÁQUIA

L I T U Â N I A

COMISSARIADO DO

REICH PARA A OSTLAND

COMISSARIADO DO

REICH PARA UCRÂNIA

C R I M E I A

L E T Ô N I A

PRÚSSIA ORIENTAL

H U N G R I A

C R O Á C I A

R O M Ê N I A

U C R Â N I A

U N I Ã O

S O V I É T I C A

BOÊMIA

ÁUSTRIASUÍÇA

IT

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A

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ORD

ÂN

IA

Copenhague

Danzig

Stettin

Königsberg

Debrecen

Timisoara

Kiev

Vilna

Odessa

NikolaievChisinau

Dnepropetrovsk

Rostov-on-DonTaganrog

Kerch

Novirossiisk

Perekop

Kherson

Sebástopol

Kursk

Briansk

Carcóvia

Orel

Tula

Saratov

Vladimir

Riazan

Tambov

Stalingrado

Smolensk

Gomel

Mogilev

Moscou

Dünaburg

Hamburgo

Bremen

Hanover

Leipzig

Praga

Berlim

Viena

Londres

Paris

Birmingham

Bruxelas

AmsterdãRoterdã

Dublin

CorkLiverpool

Manchester

Nantes

Brest

Cherbourg

Plymouth

Estrasburgo

Lille

Wroclaw

Cracóvia

Budapeste

Alexandria

El-Alamein

DeraBenghazi

El Agheila

Trípoli

Mareth

Minsk

Lemberg

BrestVarsóvia

Lodz

Riga

Munique

Stuttgart

Metz

Caen

Portsmouth

Frankfurt

Roma

Turin

NápolesSalerno

Anzio

Gibraltar

OranArgel

Túnis

Palermo Messina

Taranto

Cagliari

Bilbao

Bordeaux

Toulouse

Marselha

Gênova

Trieste

Lyons

MadriBarcelona

Ilhas Baleares

U N I D O

ESTADO DO EIxO, 1943

ESTADOS AlIADOS DO EIxO, 1943

OCupADOS pElO EIxO, 1943

lIMITE DA ExpANSãO DO EIxO, 1942

Panda

Boo

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Canal de Suez

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Córsega

Sardenha

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A maré vira no Norte da África: Alam Halfa, 13 a 30 de agosto de 1942

Operação Tocha, 8 de novembro de 1942

a fevereiro de 1943

A batalha por Stalingrado, 19 de agosto a 19 de novembro de 1942

O fim do Eixo na África: Tunísia

Operação Husky: invasão da Sicília, 9 de jullho a 17 deagosto de 1943

(britânica)

Guerra Partisan

Itália: invasão e rendição, 3 a 8 de setembro de 1943

A batalha por Monte Cassino, 17 de janeiro a9 de maio de 1943

Anzio, 22 de janeiroa 24 maio 1944

Dambusters 7 de maio de 1943

A Resistência Francesa

Derrota em Stalingrado, 19 de novembro a2 de fevereiro de 1943

A Batalha de Kursk, 5 a 13 de julho de 1943

De Carcóvia a Kiev: o Exército Vermelho rompe as linhas inimigas

O bombardeio de Hamburgo, Operação Gomorra, 24 a 25 de julho de 1943

A guerra secreta: espiões, códigos e artimanhas

Racionamento: a guerra por comida

A Contraofensiva soviética, Operação Urano, 19 de novembro

a 24 de dezembro de 1942

A Segunda Batalha de El-Alamein, 23 de outubro a 4 de novembro de 1942

(britânico)

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PAÍSES BAIXOS

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GOVERNO GERAL

ESLOVÁQUIA

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COMISSARIADO DO

REICH PARA A OSTLAND

COMISSARIADO DO

REICH PARA UCRÂNIA

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PRÚSSIA ORIENTAL

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Stalingrado

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Gomel

Mogilev

Moscou

Dünaburg

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Bremen

Hanover

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Praga

Berlim

Viena

Londres

Paris

Birmingham

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Nantes

Brest

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Plymouth

Estrasburgo

Lille

Wroclaw

Cracóvia

Budapeste

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El Agheila

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Frankfurt

Roma

Turin

NápolesSalerno

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Palermo Messina

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Ilhas Baleares

U N I D O

Tóquio

Hong Kong

Kunming

Saigon

Rangoon

Cingapura

Jacarta

XangaiNanquim

Manila

Hollandia

Rabaul

Port Moresby

Formosa

Ceilão

O C E A N O

P A C Í F I C O

O C E A N O Í N D I C O

GuamSaipan

Truk

Ilhas Marianas

Ilha Wake

Havaí

MidwayIwo Jima

Ilhas Gilbert

Ilhas Marshall

Ilhas Salomão

Nova GuinéCelebesBornéu

Timor

C H I N A J A P Ã O

Í N D I A

M O N G Ó L I A MANCHÚRIA

COREIA

ESTADOS MALAIOS

Í N D I A S O R I E N T A I S H O L A N D E S A S

FILIPINASINDO-CHINA FRANCESA

SIÃO

BIRMÂNIA

AUSTRÁLIA

Operação Longcloth:Chindits na Birmânia,

8 de fevereiro a 30 de abril de 1943

Guadalcanal,12 de novembro de 1942a 8 de fevereiro de 1943

Operação Cartwheel: a guerra por Nova Guiné, 30 de junho a março de 1944

De ilha em ilha no Pacífico: Ilhas Gilbert e Marshall

Guerra do Japão na China: Operação Ichi-Go, 18 de abrila novembro de 1944

Batalha pela Índia:Imphal, 8 de maio a3 de julho; Kohima,

4 de abril a 22 dejunho de 1944

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A MARÉ VIRA NO NORTE DA ÁFRICAQ

uando a bem-sucedida ofensiva do Eixo adentrou o Egito na Linha de El-Alamein em junho de 1942, o comandante Rommel estava determinado a avançar

e tomar o Cairo e o Canal de Suez. Seu êxito granjeou-lhe a patente de marechal de campo. Em 1o de julho as forças do Eixo atacaram a linha defensiva Aliada, mas as tropas da Comunidade Britânica estavam bem entrincheiradas e rechaçaram os ataques. O general Auchinleck decidiu contra--atacar, tirando proveito da considerável superioridade em tanques e aeronaves. Iniciadas em 10 de julho, as ofensivas mostraram-se um custoso fracasso. Rommel foi instruído a não seguir adiante, mas o número de blindados dos Aliados, até então quatro vezes maior, foi drasticamente reduzido. No embate, que ficou conhecido como Primeira Batalha de El-Alamein, os Aliados tiveram mais de 13 mil baixas.

Frustrado com o repetido fracasso, Churchill destituiu Auchinleck e nomeou o general Harold Alexander comandante em chefe do Oriente Médio. O comando do 8o Exército ficou com o tenente-general William Gott, que faleceu em 7 de agosto, quando o avião que o transportava foi derrubado. Seu substituto, o tenente-general Bernard Montgomery, forjaria com Alexander uma extraordinária aliança que levaria os exércitos Aliados adentro do Norte da África, até a Sicília e a Itália continental. Montgomery relutava em iniciar uma nova ofensiva enquanto não contasse com substanciais reforços; em vez disso a linha defensiva foi fortalecida como prevenção contra um novo ataque alemão, cujos detalhes foram revelados pelo sistema ULTRA de decodificação.

O plano de Rommel era organizar um ataque diversivo contra as forças australianas e sul-africanas na costa ao redor de El-Alamein, ao mesmo tempo em que conduzia o grosso dos blindados alemães e italianos em um amplo giro ao sul

ACIMA O fascismo italiano continuava fingindo que a Itália era um poderoso Estado militar, apesar das derrotas na África. Aqui vemos um desfile militar diante de dignitários alemães na Piazza Venezia, em Roma, para demonstrar o poderio da nova Itália.

ACIMA Soldado alemão usa um periscópio “orelhas de burro” para observar as linhas Aliadas nos ataques de sondagem de Rommel no início de julho de 1942.

30 DE AGOSTO A 7 DE SETEMBRO DE 1942

12 DE AGOSTO DE 1942Churchill chega a Moscou para reunião de cúpula com Stalin e anuncia que não haverá um segundo front em 1942.

17 DE AGOSTO DE 1942A 8a Força Aérea dos EUA realiza seu primeiro bombardeio na Europa atacando a cidade francesa de Rouen.

MARECHAL DE CAMPO HAROLD ALEXANDER (1891–1969)Um dos mais vitoriosos comandantes britânicos em tempos de guerra. Após uma notável atuação nos combates da Primeira Guerra Mundial, tornou-se em 1937 o mais jovem general de exército. Comandou a 1a Divisão na França em 1940 e depois a Força Expedicionária Britânica (BEF) durante a evacuação de Dunquerque. Em março de 1942 organizou a retirada britânica da Birmânia (Mianmar) e em agosto foi nomeado comandante em chefe do Oriente Médio. No início de 1943 tornou-se o vice-comandante de Einsenhower na campanha na Tunísia, onde reorganizou o desarranjado front Aliado e forçou o Eixo a se render em maio. Comandou a invasão da Sicília e Itália e em novembro de 1944 foi designado comandante supremo do Mediterrâneo e promovido a marechal de campo. Foi governador-geral do Canadá de 1946 a 1952.

6

para flanquear as tropas de Montgomery, uma manobra ambiciosa mas previsível. Montgomery preparou suas tropas para enfrentar o Eixo no Maciço de Alam Halfa, cerca de 25 quilômetros atrás das linhas Aliadas. Com pouco combustível e um número limitado de tanques, Rommel iniciou o ataque na noite de 30 para 31 de agosto com quatro unidades blindadas, as divisões 15a e 21a Panzer, mais as divisões italianas Ariete e Littorio. Avançaram rapidamente através

19 DE AGOSTO DE 1942Batalha de Dieppe: o ataque dos Aliados à costa norte da França, ocupada pelos alemães, é um desastre, com inúmeras baixas.

21 DE AGOSTO DE 1942Tropas alemãs chegam ao cume do monte Elbrus, nas montanhas do Cáucaso.

22 DE AGOSTO DE 1942O Brasil declara guerra à Alemanha e à Itália.

5 DE SETEMBRO DE 1942Os Aliados Ocidentais confirmam planos para a Operação Tocha, a invasão do noroeste da África.

OBJETO Braçadeira concedida às tropas alemãs que participaram das campanhas no Norte da África.

XXXXXX

XXXAFRIKAKORPS

XXX8

MONTGOMERY

XXXX

ROMMEL

XXXXX

XXXXXI

XXXX

XXARIETE

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XX21

XX7

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X22

X23

XXLITTORIOXX

TRIESTE

XXBOLONHA

XX9 AUS

XX1 SA

XX44

XX15

XX50

XX5 IND

XX2 NZ

XXBRÉSCIA

XXTRENTO

XX164

XX90 Lt

X

Avanço do Afrika Korps e da 20a tropa Italiana, meia-noite, 31 de agosto

Ataques diversivos,

31 de agosto

Os britânicos travam uma batalha de retenção

A aproximação doEixo é abreviada pelo avanço britânico

Os Aliados abrem fogo contra o avanço do Eixo, 16:00 horas

Os Aliados retardam a retirada do Eixo, 1o a 5 de setembro

Mar Mediterrâneo

Mac

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Alam Half

a

Maciço

de M

iteiriy

a

Maciço de Ruweisat

AlamNayil

Colina do Rim

El Daba Sidi Abd el Rahman

El-Alamein

El Imayid

El Hammam

Ghazal

Alam Halfa31 de agosto a 5 de setembro de 1942

Campos minados

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Page 7: A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 1942-1944€¦ · 08 - A bATAlhA pOR STAlINGRADO 10 - A SEGUNDA bATAlhA DE El-AlAMEIN 12 - OpERAçãO TOChA 14 - GUADAlCANAl ... (100)’1939/1945 ... acordo

ACIMA As Forças Britânicas dependiam dos generosos suprimentos fornecidos pelos EUA para as campanhas no Oriente Médio. Aqui o 5o Regimento Real de Tanques exibe para a câmera um de seus blindados Grant em 17 de fevereiro de 1942.

ACIMA Churchill voou até o Cairo em agosto de 1942 para ver pessoalmente o que deveria ser feito para assegurar a defesa do Norte da África. Aqui ele está sentado com o premiê sul-africano Jan Smuts; atrás, o general Alan Brooke (à direita) e o marechal do ar Arthur Tedder (à esquerda).

ABAIXO O envio de suprimentos foi uma grande vantagem dos Aliados sobre os nazistas no Norte da África, porque as rotas de abastecimento do Eixo eram facilmente obstruídas pelos submarinos e ataques aéreos Aliados. Aqui um comboio descarrega peças e equipamentos da RAF em Port Said, Egito, em agosto de 1942.

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da série de “caixas” defensivas ao sul da linha Aliada e guinaram em Alam Halfa para completar o cerco.

A estratégia de Montgomery funcionou exatamente conforme o planejado. Obstruídas em extensos campos minados, as Forças do Eixo foram atacadas de flanco pela 7a Divisão Blindada Britânica e fustigadas por um eficaz fogo de artilharia antitanque no espinhaço. Após dois dias de batalhas infrutíferas, Rommel ordenou a retirada, deixando para trás 50 tanques e 400 veículos. Foi o mais longe que o Eixo conseguiu chegar no Norte da África, e o último vislumbre que Rommel teve de abocanhar uma vitória rápida. Ao longo dos dois meses seguintes ele estabeleceu uma compacta linha defensiva contra o esperado contra-ataque, com vastos campos minados e divisões blindadas atrás deles.

A vitória em Alam Halfa não atraiu a mesma atenção dada ao triunfo em El-Alamein, em novembro, mas foi um importante ponto de inflexão e uma oportunidade para Montgomery mostrar seu valor, pois Churchill o pressionava a agir. A vitória foi obtida graças a uma substancial superioridade em armamentos e suprimentos. Em outubro de 1942 a Força Aérea do Oriente Médio era constituída por 96 esquadrões de mais de mil aeronaves, com um genuníno sabor internacional. Além de unidades tripuladas por britânicos, havia esquadrões norte-americanos, sul- -africanos, australianos, gregos, canadenses, franceses, rodesianos e iugoslavos. O poderio aéreo mostrou-se um bônus para os Aliados enquanto o componente aéreo italiano minguava, prejudicado pela constante escassez de combustível. Essa vantagem seria decisiva nas ofensivas seguintes – e mais célebres – de Montgomery.

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