a riqueza da internacionalidade

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Revista do Colégio do Sagrado Coração de Maria de Lisboa Revista trimestral Número 24 Ano 2009 | 2010 A riqueza da Internacionalidade • V Torneio Internacional RSCM • Festa das Famílias • Festa de Finalistas

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Revista do Colégiodo Sagrado Coraçãode Maria de LisboaRevista trimestralNúmero 24Ano 2009 | 2010

A riqueza da Internacionalidade• V Torneio Internacional RSCM• Festa das Famílias • Festa de Finalistas

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... Esses Múltiplos Olhares

No final de mais um ano lectivo, é altura para olhar para trás e projectar o futuro. Após esse exercício, e depois de termos sido agentes activos de muita Vida, de termos investido em muitas situações, muito do nosso tempo, engenho e arte, damos conta de como consequentes são os nossos actos. Não há encontro sem transformação posterior, por vezes até, nessa mesma altura do encontro. O encontro que este número da Olhares vos trás, é abrangente, tende a ser global e criar pontes

com realidades diferentes, mas com muito em comum. Falo-vos do VI Torneio Internacional das Escolas do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria.

Teve início há seis anos aqui em Lisboa e a Lisboa voltou passado este tempo. Desde então, este Torneio já se realizou em Londres, Roma e Porto. O número de escolas participantes tem vindo a aumentar, e no torneio deste ano, foi a estreia para as escolas brasileiras. Cuernavaca, Nova York, Paris, Barranquilla, são já ‘veteranos’ do Torneio. A experiência de internacionalidade é, como sabemos, muito enriquecedora. Inicia-se com a organização do evento, os primeiros contactos com as escolas, com a organização própria de cada escola, os alunos que vem jogar e os professores acompanhantes, ou seja, as delegações, para além de um sem número de pormenores. Para os nossos alunos, o importante é estabelecer o contacto, trocar impressões, ideias, falar sobre os mesmos assuntos, mas em linguas diferentes, trocar souvenirs, muitas fotografias, trocar contactos, aprender coisas novas (que são sempre melhores e mais giras que as nossas) e... manter esse mesmo contacto e o intercâmbio! No Torneio deste ano, o entrusamento entre todos os alunos foi muito positivo. O convivio e o bom ambiente entre todas as delegações foi uma constante. Os jogos constituiram o centro das atenções, mas sem competitividade agressiva. As canções do Brasil animaram cada momento, assim, como a alegria, boa disposição e familiaridade imediatas de todas as delegações. A eucaristia, participada por todos, conseguiu manter a atenção geral, para o tema da internacionalidade e dos diversos dons que lhe são inerentes. Também a disco night conseguiu congregar alunos, professores, direcções e alguns pais/encarregados de educação, numa noite cheia de divertimento, simplicidade, convívio e unidade. O Torneio terminou, restam as redes sociais para continuar o contacto, o convívio e a amizade...

Para o ano que vem, espera-nos Paris! Nós por cá, já estamos prontos (quase)!

De outros vôos também vos fala este número da Olhares. Refiro-me à Festa de Finalistas e da partida de setenta e oito jovens para a Universidade. Com os exames nacionais pelo meio e a necessidade de conseguir excelentes resultados, a meta é mesmo ultrapassar os proprios limites. Encarar esta possibilidade é já um grande desafio, desafio esse que os nossos jovens já aceitaram. É o resultado de muito trabalho, muito esforço e muito empenho. Tudo o que é preciso para se juntar sorte

e conseguir um exelente desempenho. É com este espirito de trabalho e confiança que os nossos alunos partem para esta etapa. Com a saída do Colégio, ficam as saudades, que já se sentem, as lágrimas do tempo da chucha voltaram a aparecer, as recordações das primeiras amizades, as homenagens aos professores mais carismáticos, as confidências com algumas Irmãs... enfim, o início de um percurso de Vida para recordar, e do qual, nós, Colégio, muito nos orgulhamos. A todos as maiores felicidades, a certeza de percursos diversos, mas ricos em Vida, com um grande potencial de gerar Mais Vida! Que sejam Felizes!

A todos, um bom descanso nas merecidas férias de Verão! Até Setembro!Com amizade, Margarida Marrucho Mota Amador

Internacionalidade é:“É a união entre as nacionalidades diferentes, que fazem um laço de amizade e aliança nas várias partes do mundo.Francisco Varela, 4ºB

É conhecer novos mundos, novas culturas, novas formas de vida. É fazer novos amigos e ter sempre alguém com quem contar para nos ajudar. É uma espécie de união.Benedita Sá e Cunha, 4ºB

A vinda de pessoas desconhecidas que nos ensinam coisas sobre o país ou terra delas, ou seja, que nos abrem mais uma porta do conhecimento, quebram barreiras e fronteiras e tornam-se nossas amigas, trocando connosco experiências, enriquecendo-nos cultural e interiormente e explicando-nos o verdadeiro valor da amizade. A internacionalidade é um elo de união.Francisco Cruz, 6ºB

Sabermos que apesar das diferenças culturais ou raciais, pertencemos todos à mesma família e podemos dar-nos bem uns com os outros.Mariana Fonseca, 6ºB

É conviver, conhecer pessoas novas, outros hábitos de vida, outras línguas, é conhecer um país oposto, é a marca de uma pegada num novo conhecimento.Margarida, 6ºB

É a aproximação de povos que habitam diferentes lugares no planeta.Ivo Santos, 7ºE

É a diversidade cultural presente em todas as nações formadas pela espécie humana.Francisco Cunha 8ºC

É algo global e que não se limita ao nosso próprio país. Pressupõe a interacção de pessoas de diferentes nacionalidades.Rodrigo Almeida, 8ºC

É um misto de culturas e costumes que se interligam através do diálogo. É um fenómeno único no qual se esquecem as divergências e se procura algo comum.Filipe Andrade, 10ºC1

É a capacidade de ver mais além, de envolver outros na nossa vida, mesmo que estes estejam longe de nós. É incluir, aceitar e reconhecer que somos todos pessoas, seres humanos, e, mais do que cidadãos de um país, cidadãos do mundo.Madalena Ferreira, 10ºC2

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Um Instituto para ir para além de si mesmo e acolher a novidade de cada culturaSomos um Instituto internacional – Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria. Desde a fundação, as primeiras comunidades foram surgindo com Irmãs de diferentes nacionalidades. Ser um Instituto internacional significa também viver em comunidades internacionais e inter-culturais. Pela oração, unimo-nos a todas as nossas Irmãs que estão a fazer esta experiência.

Ao alargar a nossa visão do mundo, os nossos horizontes, tocam-nos as situações de injustiça e sofrimento, onde a vida e a esperança precisam de desabrochar. Centramos a nossa acção nos mais pobres, – numa entrega sem reservas que se transforma em enriquecimento mútuo. Quando identificadas as prioridades que exigem uma resposta através da presença de Irmãs noutras Províncias, muitas RSCM vivem anos ou meses noutras Províncias ou Regiões.

Nas nossas Constituições, a internacionalidade convida-nos a estar dispostas a partir: “podemos ser enviadas a qualquer parte do mundo onde o Instituto reconheça a existência de uma necessidade”. (Const. § 35), passando fronteiras de província, co-munitárias e pessoais por causa da missão internacional: conhecer a Deus e torná-lo conhecido, amar a Deus e fazê-lo amado, proclamar que Jesus Cristo veio para que todos tenham vida. (Const. § 7a) Como mulheres consagradas do nosso tempo e em circunstâncias muito diferentes, assumimos a respon-sabilidade de continuar a missão de Jesus Cristo, onde quer que nos encontremos.

Deus concede-nos a graça de irmos para além de nós mesmas, descobrindo dons para vivermos a unidade na di-versidade. Acolher a novidade de cada cultura na partilha das nossas vidas é muito enriquecedor pois, mais forte que a novidade de um rosto, está a certeza da comunhão: um mes-mo espírito, carisma e missão. Maria é o nosso modelo, ao procurarmos estar abertas ao Espírito, centrando as nossas vidas em Jesus Cristo – que dinamiza e transforma a nossa vida e História, ensinando-nos a escutar, a ser compassivas com quem está ao nosso lado.

Tal como S. Paulo, reconhecemos que “há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diversos modos de acção, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.” (1 Cor 12, 4-6) Somos chama-das a reconhecer e a alegrarmo-nos com os dons que Deus concedeu a cada uma de nós e a todos aqueles com quem nos encontramos, a fazê-los frutificar, colocando-os ao serviço dos outros. A nossa identidade não se define pelo que fazemos mas por sermos “um Corpo para a Missão”. É na participação com outros - agindo em rede - que assumimos o nosso papel profético na Igreja.

“A nossa paixão por Jesus Cristo, pela humanidade e pela totalidade da criação, impulsiona-nos a tornar-nos, como Gailhac e as nossas Irmãs fundadoras, tecedoras de esperança e de vida para todos.” (Doc. Cap. Geral. 2007) Porque afinal“a Esperança não é um sonho, mas a maneira de fazer com que os sonhos se tornem realidade” (Card. Suenens).

Ir. Cristina Onofre, RSCM

Um Coração Universal

É maravilhosa esta natureza do ser hu-mano que encerra para além de uma dimensão biológica também uma dimensão social e espiritual. Efectiva-mente não somos ilhas, alguém já o

disse, e porque não somos ilhas vivemos de, na e para a relação com outros. Talvez um momento da vida em que esta dimensão é mais evidente ou pelo menos “efe-verescente”, seja a adolescência, período por excelência dos grupos de relação e identificação onde quem não pertence a nenhum grupo vive, quase, uma espécie de não existência. Os grupos são os mais variados, tendo a sua génese em campos tão diversos como o desporto, a música, a roupa, os ideais, a escola que se frequenta ou o café onde se passam algumas horas.

Não raras vezes quem não “encaixa” num determi-nado modelo ou forma é excluído e deixado de lado... não se pertence a lado nenhum...

Ora, convenhamos que esta sensação de não per-tencer a nada nem a ninguém quando se tem quinze anos não é, propriamente, o cúmulo da felicidade. Im-porta talvez reflectir sobre o porquê desta exclusão que se baseia, permitam-me, em coisa nenhuma de jeito!

Qual a razão pela qual se exclui? Porque não se é igual, porque não se responde em uníssono a uma mesma chamada, porque se pensa de forma diferente, se tem gostos diferentes...

Considero que esta é altura de retomar a primeira linha deste texto!

É Maravilhosa esta natureza de ser cristão católico que encerra para além de uma dimensão de identidade e comunidade também uma dimensão de universali-dade.

Quando a nossa revista, a propósito da realização do V Torneio Internacional das Escolas da rede RSCM, se debruça sobre a dimensão da internacionalidade, importa ir para além de países, idiomas ou fronteiras para olhar a universalidade que é bem mais do que pertencer a uma cultura, ter uma bandeira ou falar uma língua.

Ser Cristão católico é viver esta dimensão de ser cidadão do mundo! Os católicos não têm uma terra ou uma língua (pese embora uma crescente retoma do La-tim que verdadeiramente não entendo). Ser Católico é ser universal! Não podia ser de outra forma, Jesus Cristo veio para todos e para que todos tenham vida e vida em abundância.

Haverá, certamente, quem considere que talvez não devesse ser bem assim e que o melhor seria dirigir-mo-nos a um grupo pequeno, mais isto ou mais aqui-lo... Não é uma discussão recente. Já no tempo das pri-meiras comunidades cristãs se vivia esta tensão entre quem considerava o cristianismo “privilégio” e quem o considerava para todos. Vingou, felizmente, a verda-de de que Jesus e a sua mensagem salvadora é para gentios e gregos, homens e mulheres, novos e velhos, da Ásia e da Europa. Foi por essa universalidade e para que todos os homens à face da terra pudessem conhe-cer e amar a Jesus Cristo que os primeiros apóstolos se lançaram em viagens apostólicas. Depois deles muitos outros, com altos e baixos, deram continuidade a essa vida que vem de Deus e se transmite aos irmãos.

Somos Escola Católica e que orgulho é dizer que somos escola “universal”porque aberta a todos sem acepção de religião. Recebemos alunos de outros pai-ses como recebemos alunos de outras culturas ou cre-dos e nesta universalidade não nos perdemos, antes permitimos que mais homens e mulheres do futuro cresçam no respeito, no conhecimento da cultura ju-daico-cristã e nos valores da fé, do amor e da caridade.

Toda esta acção não é fruto do acaso mas antes de uma intencionalidade educativa, expressa no nos-so ideário e projecto educativo. Uma acção consciente por parte de educadores e famílias que tem a sua ori-gem nos fundadores do Instituto das RSCM e que se expressa na vida quotidiana de quem cresce nos nos-sos corredores e salas e mais tarde diz com orgulho: eu sou do sagrado! É gente que aprendeu que o seu CORAÇÃO é SAGRADO.

As fronteiras dos países têm-se esbatido, faltarão cair muitas fronteiras de coração. Continuemos a ousar permitir à nossa comunidade educativa experimentar esta catolicidade que é larguesa de coração. Um cora-ção que pulsa em Jesus Cristo!

Luís Pedro de Sousa, Coord.

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convidado para ir à Líbia analisar o sistema de ensino supe-

rior do país. Hoje em dia investigo métodos inovadores de

diagnóstico de demências (como a doença de Alzheimer) e

estou a estabelecer um fundo de investimento em instru-

mentos de música raros (Stradivarius, etc) em conjunto com

o xerife do condado de Cambridgeshire. Como podem ver

não posso dizer que até agora tenha percorrido um cami-

nho linear, mas assim o escolhi. Garanto-vos no entanto que

só pude saltar de campo em campo, relacionando-me com

multidões de pessoas de todo o género, do mais simples

ao mais eminente, porque o Colégio me formou a pensar

para lá de compartimentos e a tratar todos como irmãos.

Mais que o saber conversar sobre quase qualquer assunto,

o Colégio deixou em mim uma profunda marca espiritual no

meu Catolicismo, que tem sido absolutamente fundamental

no meu percurso. Converso e janto com o Capelão da uni-

versidade, de quem fiquei amigo, todas as semanas. Só com

um centro espiritual consegui não me diluir por entre tanta

experiência. Fui abençoado com o Colégio. Peço-vos que

nunca se esqueçam que também todos vocês o são.

Boa viagem.

João Pereira

Não tenho a menor dúvida de que gran-

de parte do que sou hoje como pes-

soa e como profissional se fez nesses

anos em que cresci no Sagrado – os

anos «difíceis» da adolescência, que

nesse colégio que ainda hoje reconhecemos como «nosso»

passaram depressa… e bem. Com risos, com lágrimas, com

sonhos, com desgostos, com dúvidas, com fé, e com muita,

muita amizade – tanta que ainda hoje algumas das minhas

maiores amigas são do tempo do Sagrado (pois, nessa altu-

ra só havia rapazes até ao 4º ano…), e já lá vão trinta anos.

Trinta anos em que cumpri o sonho que começou a nascer

nas salas (hoje desaparecidas) a que chamávamos «cavalari-

ças», o sonho de ser jornalista, de correr mundo, de contar

histórias, de ser capaz de dizer/escrever o que está mal, de

poder, de algum modo, «ajudar» o mundo através do que

via e escrevia. O sonho, claro, não se cumpriu exactamente

como imaginava. A verdade é que a vida é muito mais dura,

muito mais inesperada e também muito mais gratificante

do que supomos dentro dos muros protegidos do colégio e

da família. A verdade, também, é que esses anos em que aí

nos solidificamos são fundamentais para aguentar os emba-

tes que nos esperam e para continuar a acreditar, apesar de

todas as crises, que a melhor coisa da vida é vivê-la.

Sou jornalista na notícias magazine, a revista que sai

aos domingos com o Diário de Notícias e o Jornal de Notí-

cias. Depois de ter passado por outros meios de comunica-

ção, de ter tido a sorte de viver experiências extraordinárias,

estou hoje a escrever num meio que me permite reflectir

sobre o que se passa à minha volta e partilhar essas experi-

ências com meio milhão de portugueses. E que me permite

– não menos importante – conseguir essa proeza difícil para

as mulheres do século XXI, que é equilibrar uma vida profis-

sional intensa e absorvente com a vida familiar. E sentir sau-

dades do tempo em que no Sagrado imaginávamos como

iríamos ser agora…

Sofia Barrocas

Fui matriculada no Colégio com três anos

e só abandonei a instituição quando ter-

minei o 12ºAno, com 18 anos. Passei 15

anos de vida no Colégio; ao longo deste

período estabeleci amizades duradouras,

e encontrei o reforço de valores essenciais que também me

foram transmitidos em casa, e que hoje sustentam uma me-

todologia de trabalho e uma relação com os outros baseada

na honestidade, rigor, trabalho árduo e vontade de ultrapas-

sar limitações.

Completado o 12ºAno no Colégio, fiz uma licenciatura

em Teatro, pela Universidade de Évora. Há menos de um

mês, terminei um mestrado intensivo de 11 meses no De-

partamento de Performance Studies, na New York University

(USA). Dividida entre o estudo, concepção e organização de

projectos artísticos, pretendo continuar a minha formação

académica (doutoramento) e o trabalho no Festival Escrita

na Paisagem, um projecto artístico baseado no Alentejo, no

qual colaboro desde 2006. É claro para mim que as apren-

dizagens que fiz no Colégio foram e continuam a ser essen-

ciais no meu percurso.

Rita Valente

Quando vou a Lisboa, poucas vezes te-

nho tempo para conseguir visitar to-

das as pessoas de quem tenho sauda-

des. No entanto, faço sempre questão

de tentar visitar a Irmã Helena Silva,

minha professora de matemática no 9º ano, e ocasional-

mente consigo também passar pelo Colégio. São visitas de

nostalgia, amizade e gratidão. Quando terminei o 12º ano

em 1999 e ingressei no Instituto Superior Técnico para tirar o

curso de Engenharia Electrotécnica, não imaginava a marca

que o Colégio me deixaria, e a importância dessa marca no

meu progresso pessoal e profissional. Escrevo estas palavras

da Universidade de Cambridge, olho para o fim da tarde de

chuva sobre a cidade e lembro-me das manhãs de Inverno

quando chegava de mochila carregada para mais um dia de

aulas. Só aqui cheguei porque passei pelo nosso Colégio.

A exigência com que me deparei na Universidade não

me apanhou surpreendido pois sabia estudar, aprender e

explorar. A atenção aos detalhes, absolutamente necessária

para conseguir perceber a sério o que se está a fazer, tinha

sido em mim inculcada no meus anos no Colégio. Aquilo

que eu em tempos tinha classificado como irrelevâncias –

como por exemplo centrar o traço de fracção no sinal de

igual de uma equação (obrigado Irmã!), expressar claramen-

te os passos que me levaram a um raciocínio, ou escrever

bem Português – de repente surgiram como vantagens de

imensa importância. Sei de vários colegas meus, em diver-

sos cursos, que sentiram o mesmo. Nos meus dois últimos

anos do curso tive oportunidade de utilizar essa riqueza pe-

dagógica quando dei aulas de Probabilidades e Estatística,

também no Técnico. As aulas que dei foram um reflexo das

aulas que recebi no Colégio.

Quando me formei fui trabalhar numa consultora, anali-

sando factores de risco financeiro. Algum tempo mais tarde,

fui aceite para fazer um doutoramento na Universidade de

Cambridge na área de Neurociência (uma mistura de Neuro-

logia e Matemática). No meu tempo de estudante naquela

que é a melhor universidade da Europa, estabeleci duas em-

presas de tecnologia, uma ONG para analisar a qualidade do

ensino superior em países em vias de desenvolvimento, fui

senior officer da mais antiga sociedade de debates do Rei-

no Unido, e fui membro de sociedades secretas, filosóficas,

económicas e religiosas. Conheci e conversei com chefes de

estado, cardeais, donos de impérios, autores e actores, e fui

Marca Sagrado

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Notíciasdo 1º Ciclo

Notícias de dias especiais 10º Encontro Nacional Inter-Escolas do 1º Ciclo

Os nossos alunos do 3º ano estiveram presentes no 10º Encontro Nacional Inter-escolas do 1º Ciclo que se realizou no dia 21 de Maio de 2010 no Santuário de Fátima. Foi uma grande festa com Jesus e Maria.

Fomos de camioneta para Fátima a cantar, a brincar e a con-versar. Quando chegámos comemos o nosso lanche e dirigi-mo-nos à Igreja da Santíssima Trindade.

Depois da celebração, fomos almoçar. A seguir fomos comprar gelados, lembranças e até passámos pela Capeli-nha das Aparições! Logo de seguida, fomos ao Centro Paulo VI ver a peça de teatro que prepararam para todos os alunos – A Feiticeira de Oz.

Teresa Corte-Real, 3ºB

Na viagem de regresso cantámos e fomos ao microfone à frente do autocarro.

Chegámos ao colégio e vimos lá fora os pais à espera que nós saíssemos. Estavam lá muitos pais, e parecia que nós éramos os reis e as rainhas, e os pais pareciam as pesso-as do reino que nos esperavam.

No final deste dia, a minha conclusão foi: nada como passar um dia todo em Fátima, ao pé dos meus amigos, pro-fessores e irmãs do colégio.

Leonor Faísca, 3º B

O Sistema Solar

Este dia foi cansativo, mas divertido na escola. Falámos do Sistema Solar e eu fiquei curioso porque gostava de desco-brir outros Universos e de ver como são, se têm seres vivos...Cheguei a casa e depois de jantar, de fazer os trabalhos de casa e de tomar banho, fui para a cama imaginar como se-riam estes mistérios do espaço. Tentei imaginar uma coisa qualquer mas não consegui. Tanto me esforcei que acabei por adormecer.

Sonhei que estava num foguetão, ou melhor, a entrar num foguetão. Entrei por uma porta contra a minha vonta-de, o meu corpo estava a mexer-se sozinho. Sentei-me e con-segui movimentar os membros. Era eu que estava no banco da frente, ao lado estava o meu melhor amigo da escola e atrás de nós não estava ninguém. Carreguei num botão e … 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2,1... descolagem. Sentimo-nos a vibrar e a descolar. Quando chegámos lá a cima, fizemos uma visita a Marte, vestimos os fatos com o oxigénio e saímos da nave.

Aquilo era muito divertido, demos mortais e fizemos gi-nástica durante três horas e jogámos às escondidas. Depois queríamos ficar mais tempo, mas tínhamos de ir embora. Pelo caminho vimos o Sol e dissemos “olá” às estrelas.

João Fonseca, 4.º C

Participação no concurso interescolar promovido pela Renault

Foi com muita alegria e entusiasmo que participámos no concurso interescolar destinado às escolas do 1.º Ciclo, pro-movido pela Renault.

Como o caminho para a escola é o trajecto que as crian-ças realizam com mais frequência, este ano lectivo, trabalhámos o tema “A caminho da escola em segurança”.

Reflectimos sobre os perigos que pode-mos enfrentar no percurso casa-escola e re-conhecemos o comportamento a adoptar.

Apesar de não termos sido os vence-dores, a Renault deu os parabéns à turma pelo empenho demonstrado e pela forma como nos envolvemos na elaboração do trabalho.

Sentimos que o nosso contributo foi muito importante para o sucesso do “Segu-rança para todos”.

No final, recebemos um diploma de participação por mais um desafio. Para o próximo ano vamos voltar a tentar e quem sabe ganhar! O prémio é uma viagem de

três dias a Paris, então: “Paris cá vamos nós!”Alunos e professora Vera Campeão 3.º C

Notíciasdo pré-escolar

Um dia de festa em família

Há tradições que ainda o são. A festa das famílias é uma delas: um dia de Verão, grande animação, inspiração e alguma transpiração. Foi grande a preparação, para enfrentar a multidão: era a primeira aparição dos anos de iniciação. No momento da verdade, tal a serenidade, explosão de vaidade das ‘maternidades’, ‘paternidades’ e outras ‘entidades’. Panteras de dança, canções de roda, trilhos de esperança que não passam de moda. Caldo verde e pipocas, arroz doce e ‘sandocas’, uma pizza a despachar que está na hora de brincar. ‘Bis, Bis’, aplaudimos no final. A festa das famílias é sempre um festival!

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Notíciasdo 2º Ciclo

Saudámos o Papa

Nesta vinda do papa a Portugal, fui com a minha mãe, irmãs e amigos à missa no Terreiro do Paço. Foi um grande esfor-ço, mas valeu a pena. Quando eu o vi, senti uma grande emoção. O testemunho que aqui vos deixo é pessoal mas sei que muitos alunos o viveram quer tenham ido com a fa-mília, com as paróquias ou com o grupo do Colégio. Embora longe, poder estar no mesmo sítio do que ele, po-der participar numa missa celebrada por Sua Santidade – papa Bento XVI, é uma sensação única. Aquela tarde parece que demorou muito menos tempo do que na realidade.

No final todos corremos para as ruas para o poder sau-dar e ver melhor. Nesse momento, também corria e subi para umas grades de ferro de uma janela, para o ver no Pa-pamóvel.

Foi aí, que eu consegui vê-lo melhor. Já estava conten-te, mas queria vê-lo outra vez…

À noite, fomos à Nunciatura, mas o papa Bento XVI já tinha falado aos jovens.

No dia 12, a minha mãe foi-nos buscar mas cedo ao co-légio e fomos dizer-lhe adeus, à Nunciatura. Estivemos tam-bém em cima de uma janela, a gritar por ele.

Quando nos apareceu na janela da Nunciatura, foi mais uma alegria grande, deu-nos a bênção e disse-nos adeus. Aí, eu ainda estava mais perto do que no dia anterior e tive a sensação que olhou nos meus olhos.Fiquei muito feliz!

Pude também vê-lo e ouvi-lo na televisão. A mensa-gem que me transmitiu foi de Paz e Esperança. Reforçou ideias fundamentais para o nosso dia-a-dia. Mas, talvez a mensagem mais importante foi a de que temos de contra-riar o pecado. O pecado que é o maior risco para a nossa humanidade. Temos de praticar os valores da família, a fé a Nossa Senhora, a oração…E devemos entregar os nossos sacrifícios para salvação dos pecadores.

Adorei estes dias!Madalena Costa, 6º Ano

Na escola também se aprende a imaginar, a sonhar, a criar e a expressar sentimentos e sonhos, ilusões e realidades. Ora vejam só como se aprende a sonhar ser tantas outras coisas

Se eu fosse um lápis

Se eu fosse um lápis gostaria de ser um lápis de carvão, por-que os meninos  usavam-me muito para desenhar casas ,o sol a brilhar, carros , florestas, animais e outras coisas boni-tas.

Se eu fosse um lápis também gostaria de escrever his-tórias bonitas para os meninos as lerem e ficarem muito fe-lizes.

Se eu fosse um lápis, gostaria que os meus melhores amigos fossem os lápis  de cor, porque pintavam os dese-nhos que eu desenhava. A borracha apagava se os meninos fizessem mal e o afia afiava o bico dos lápis que se gastavam.

Se eu fosse um lápis, eu e os meus amigos éramos má-gicos, porque quando os meninos nos usavam , nós não fi-cávamos gastos, ou seja ,voltávamos outra vez ao tamanho normal.

Se eu fosse um lápis, quando os meninos me guardas-sem dentro do estojo,durante a noite, eu e os meus amigos íamos ao cinema ver um filme de 3 D.

Maria Teresa Alarcão, 2ºC

Ser criança é...

Ser criança éviver com os pais,ter dias felizes com a familia,receber carinho,ter um sorriso todos os dias,receber amor,estar sempre a brincar,ouvir o pai e a mãe contar uma história antes de dormir,sentir o abraço dos pais quando estamos tristes!

Ser criança é ...ser feliz!2ºA (Trabalho Colectivo)

Ser finalistaSomos finalistas,vamos festejarcom a nossa professora,vai ser de arrasar.

Nós somos umaturma de admirar,neste colégiovamos ficar.

Notíciasdo 1º Ciclo

Este colégioé espectacular,é aqui que nosvamos formar.

Éramos criançasagora adolescentes,passámos para o 2º cicloestamos muito contentes.

Ana Clara Malta, Madalena Aleixo, Inês Lopes, Mariana Cruz e Nuno Carvalho, 4ºA

Encontro de Formação – 4º ano

No dia 14 de Maio a turma do 4º B foi a um encontro de for-mação à casa do “Bom Pastor” com a sua professora Elsa, a Ir. Idalina e a professora Irene Esteves. As turmas do 4º A e 4ºC foram também, embora em dias diferentes.

Nesta formação falámos sobre a parábola do Filho Pró-digo e de como na nossa vida somos muitas vezes como o filho mais novo, egoístas, precipitados e nem sempre pen-samos nos outros.

Assistimos a uma apresentação por computador sobre a aldeia da música e a forma como uma “orquestra” deve funcionar, percebendo assim o nosso papel. Assistimos ain-da a uma peça de teatro sobre a parábola.

Aprendemos ainda que é importante partilhar com os outros aquilo que somos; que devemos tratar com respeito e igualdade o nosso próximo e também devemos viver to-dos os dias com alegria contribuindo para uma “orquestra” unida e em sintonia, acreditando que Deus nos ama e nos ajuda a crescer no perdão e na amizade.

Foi um dia muito bem passado e divertido.Carolina Barbeira, 4º B

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Notíciasdo Secundário

Tarde livre versus Visita de estudo

Foi na passada sexta-feira, dia 14 de Maio, que a turma do 10C2 realizou um percurso pela Lisboa Medieval. Preparado por três alunos, de modo a inserir-se nos conteúdos da disci-plina de História, a volta a Lisboa foi sendo adiada ao longo do segundo período devido à chuva que insistentemente foi caindo. Finalmente, com as promessas de bom tempo, resol-vemos agendar o passeio para uma tarde livre! O resultado está à vista!

Começámos por subir as escadarias da Mouraria até ao Castelo de S. Jorge! Uma vez aí, a Luísa foi apresentando a História da fundação da cidade, do Castelo e do seu papel fulcral na Lisboa Medieval. A vista cativou os participantes e serviu de pretexto para identificar monumentos e zonas de crescimento da cidade em épocas posteriores. O percurso dentro do Castelo foi divertido e desafiante para os que têm vertigens.

Começámos a descida sempre com a companhia do rio, usufruindo da paisagem, do sol e do ambiente descontraído das colinas de Lisboa, cheia de turistas numa tarde de sol! Já na Sé, ficou a cargo do António a apresentação. Seguidamen-te descemos à Baixa e seguimos para as ruínas do Convento do Carmo cuja história e descrição foi feita pelo Manuel.

Foi uma experiência agradável onde foi possível apren-der e conviver de forma diferente!

Luísa Boto, Manuel Protásio, António Lima 10º C2

Todos os caminhos vão dar... a Conímbriga e à Pedreira do Galinha

No dia 19 de Março de 2010, todas as turmas do sétimo ano realizaram uma visita de estudo às Ruínas de Conímbriga e à Pedreira do Galinha, no âmbito das disciplinas de História e Ciências Naturais. Foi um dia longo, cheio de novas des-cobertas! Partimos bem cedo na esperança de que a chuva não estragasse o dia.... com o nosso pic nic na bagageira.Entre canções, jogos de cartas e sonecas lá se fez o percur-so...

Durante a Era Mesozóica, os Dinossauros ocuparam os nossos espaços e desenvolveram rituais de socialização, de alimentação e de procriação que ficaram registados nas rochas da Serra D’ Aire e Candeeiros. Tivemos oportunida-de de ver de perto os vestígios que nos evidenciam essa presença.

Aprender a interpretar as pegadas e os trilhos por eles deixados foi conseguido com a ajuda de uma guia do nú-cleo que conduziu o nosso olhar e raciocínio de forma a via-jarmos no tempo e sentirmos a presença destes gigantes do passado.

Fomos para o autocarro que nos levou à Pedreira do Galinha. Ao chegar vimos um filme que nos falava sobre as famosas pegadas de dinossauros que ali se encontram. De-pois, sem demora, fomos ver os 20 trilhos maiores e mais antigos de Saurópodes acompanhados da nossa profes-sora de Ciências Naturais e de um guia. Vimos um jardim jurássico que continha plantas daquele período da história, fósseis vivos. Aprendemos muitas coisas sobre dinossauros

A visita às ruínas romanas de Conímbriga procurou criar nos alunos uma imagem mais concreta da presença Romana na Península Ibérica através da observação dos vestígios das construções e dos objectos do quotidiano.

Despertou especial atenção a Casa dos Repuxos de-vido à beleza e policromia dos seus mosaicos e, claro, aos jogos de água que ainda hoje espantam os visitantes. Tam-bém as termas e o requinte dos costumes deste povo nos fizeram suspirar por este tempo distante.

Quando chegámos a Conímbriga fomos com a nossa professora de História ver as famosas ruínas romanas. Ti-vemos a possibilidade de ver uma muralha romana, que abrangia apenas metade da cidade, mosaicos magníficos, que pavimentavam o chão de alguns locais. Vimos ainda as termas romanas, locais públicos onde as pessoas se podiam banhar.

Finalmente regressámos ao colégio. Vínhamos todos muito felizes, pois todos gostámos e aprendemos muitas coisas com esta visita.

Kavita Arvindbhai 7º A; Ivo Santos 7º E

Notíciasdo 3º Ciclo

Um dia de medos e sonhos, afinal do que é feita a vida aqui ou ali.

Aquela segunda-feira não foi igual às outras. Foi até bastan-te diferente. Foi o dia do nosso Encontro de Formação em Camarate.

No Centro das Loureiras estivemos a falar dos nossos medos. A Drª Filipa Sampaio, directora do Centro, também nos falou dos medos das crianças e das famílias do Centro. As famílias destes meninos têm medo de chegar a uma altu-ra do mês sem dinheiro para pagar as necessidades básicas.

De seguida, cada grupo foi para a sala que lhe foi atribu-ída, onde estivemos durante algum tempo a brincar com os pequeninos. Quando chegou a hora do almoço, cada turma sentou-se à volta de uma mesa e nós íamos ajudando um ou outro naquilo que podíamos. Após todos terem terminado, brincámos no recreio até chegar a hora das crianças faze-rem a sesta. Na altura de nos despedirmos, todos nos deram muitos abraços e beijinhos.

A seguir ao almoço falámos dos nossos sonhos e da ma-neira de os conseguirmos alcançar, ultrapassando todos os obstáculos que se nos deparam durante esse caminho.

Eu achei o nosso encontro muito interessante e di-vertido.

Luísa Ferreira, 7º E

Quando os pais se transformam em professores

Na quinta-feira, dia 20 de Maio, tivemos uma aula de Formação Cívica diferente. A mãe da nossa colega Ana Margarida, Teresa Sabino, foi dar-nos umas noções bási-cas de higiene e saúde. Mostrou-nos uma apresentação multimédia com vários slides que nos alertaram para vá-rios hábitos de higiene que devemos ter e sobre algumas doenças e vícios prejudiciais à nossa saúde, como o taba-gismo, toxicodependência e o alcoolismo.

Discutimos um pouco sobre como as doenças po-dem influenciar a vida e vir a destruir uma família ou mesmo algumas amizades.

Foi muito interessante!Maria Portugal, 7º E

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Era uma vez uma menina chamada Maria.

Maria tinha muitos animais: nove gatos, doze cães, cinco iguanas, uma aranha, vinte e oito peixes, duas tartarugas, seis lagartos, nove caracóis e trinta hamsters...tinha cento e dois

animais.Maria era muito criativa e ecológica: construía cidades

para todos os animais com jornal velho que só servia para ir para o lixo lá em casa.

Todos os dias, ela pensava em construir a sua própria ci-dade de jornal num planeta cor-de-laranja e cor-de-rosa sem poluição, onde houvesse oxigénio e muitas plantas.

Certo dia, apareceu uma fada que lhe disse:– Olá Maria!– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Mas que sus-

to! Quem és tu?– perguntou Maria. -Sou a fada dos desejos – respondeu a fada – Não conse-

gui deixar de te ouvir todos os dias!-Quantos desejos te posso pedir? – perguntou Maria.-Só três, portanto, aproveita-os bem! – respondeu a fada.Maria pediu o primeiro desejo e a fada desapareceu

numa nuvem de pó. Pensou então que estava a sonhar e foi dormir para aquele sonho esquisito acabar.

No dia seguinte, Maria acordou deitada numa cama de jornal, num quarto de jornal, numa casa de jornal e numa ci-dade de jornal. Foi a correr para a janela, debruçou-se e olhou em redor.

Estava lá tudo o que ela queria: o planeta cor-de-laranja e cor-de-rosa, uma cidade de jornal, não havia poluição e o que não faltava ali eram plantas. O céu era azul muito claro e dali avistava-se o planeta Terra.

Maria estava a adorar, mas porque não dar uma volti-nha? Maria pôs o seu casaco e foi explorar o seu planeta novo.

Tudo era perfeito: o céu era perfeito, a água era perfeita, as plantas eram perfeitas…enfim, era mesmo tudo perfeito e Maria nunca iria deixar aquele planeta nem que lhe pagassem.

Certo dia, Maria estava a passear quando, de repente, co-meçou a sentir umas pinguinhas sobre a sua cabeça: estava a chover.

Foi a correr para a sua casa de jornal para se abrigar mas como a casa era de jornal, começou a desfazer-se e Maria co-meçou a chamar a fada:

– Faaaaaaaaaaaaaaaaaada!!! Ó faaaaaaaaaaaaaaaaada!!!A fada apareceu numa nuvem de pó.– O que foi Maria? O que se passa? – perguntou a fada.– Quero pedir um desejo. – respondeu Maria.– Então qual vai ser? – perguntou a fada.– Eu desejo que pare de chover AGORA!!! – respondeu Maria.– Está bem Maria! – disse a fada.A fada agitou a varinha e parou de chover.– Mais alguma coisa? – perguntou a fada.– Sim! – respondeu Maria – Quero eliminar os meus de-

sejos antigos, e quero o planeta Terra mais ecológico AGORA!!!A fada agitou a varinha e o primeiro desejo deixou de exis-

tir e Maria voltou para o seu planeta. A fada agitou de novo a varinha e o segundo desejo deixou de existir, portanto, come-çou a chover. E, por fim, a fada voltou a agitar a varinha fazendo o planeta Terra mais ecológico, ou seja, com menos poluição e com mais plantas. E depois destes três desejos a fada disse:

-Bem, como já realizei os três desejos,está na hora de eu me despedir.

Maria agradeceu à fada e, poucos segundos depois, só estava a agradecer ao seu roupeiro.

A partir desse dia, Maria viveu a sua vida melhor e mais feliz.

Marta Ribeiro, 5ºC

Os nossos escritos A Cidade de Jornal

Culturalmente

Mapa-tesouro, tesouro-magia, magia-letras, MAGIA DAS LETRASNós, os mágicos das letras do 1.º Ciclo participámos numa grande Caça ao Tesouro. O Pirata das Letras decidiu esconder um valioso tesouro no nosso Colégio e nós partimos em busca dele, resolven-do enigmas e realizando tarefas.Como o Pirata das Letras é muito inteligente, decidiu cansar-nos e fez-nos andar de um lado para o outro. Em cada posto descobri-mos um novo livro, um novo enigma e uma nova tarefa.

Começámos na nossa magnífica e colorida Biblioteca e de-pois de decifrarmos um código muito complicado, descobrimos que tínhamos de descer as rampas até ao refeitório. Quando lá chegámos, estava em cima da mesa o livro “A lagartinha muito co-milona”, de Eric Cale. Depois de o lermos e vermos as ilustrações coloridas, escrevemos um postal com massinhas de letras. Ficaram mesmo giros!

Decifrámos mais um enigma e aí fomos nós até ao ginásio conhecer “A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça”, de Werner Holzwarth. Este foi um dos nossos livros favori-tos, desmanchámo-nos a rir e fizemos um acróstico para a palavra TOUPEIRA.

Mais um posto, mais um enigma que nos levou até ao jardim, onde lemos “A árvore generosa”, de Shel Silverstein e fizémos um postal para uma pessoa de quem gostássemos muito. De seguida, o quebra-cabeças levou-nos à sala da tia Bia, onde aprendemos que, às vezes, os livros não precisam de palavras, porque as ima-gens também falam. “A onda”, de Suzy Lee foi o tema de partida para poemas muito bonitos sobre o mar, que escrevemos com lá-pis de cera em folhas de lixa.

O enigma seguinte fez-nos correr até às escadas que vão dar à Biblioteca. Nesta altura já começavam a surgir borboletas na nossa barriga, porque desconfiávamos que o tesouro estava muito perto. Descobrimos mais um livro, “E que posso eu fazer?”, de José Cam-panari, sobre um senhor que aprendeu que ajudar os outros o fazia feliz.

A última pista mandou-nos novamente para a Biblioteca, onde lemos e sentimos o livro “O livro negro das cores”, de Rosa-na Faría. Este livro, em Braille, é muito bonito e mostrou-nos que, mesmo não conseguindo ver as cores, podemos senti-las de mil e uma formas.

No final, foi só inspeccionar o local e rapidamente descobri-mos os esconderijos dos nossos valiosos tesouros.

E sabem uma coisa? O nosso maior tesouro são mesmo os livros!

Um Teatro Verde

No princípio do 3º Período, as turmas de Ciências do 10º ano (A e B) apresentaram às turmas dos 5 anos um pequeno te-atro sobre Ecologia e as boas práticas que devem ser feitas para salvar o nosso planeta.O 10º B apresentou primeiro um teatro que procurava ensi-nar aos mais pequenos a importância da reciclagem e das energias renováveis e os perigos dos combustíveis fósseis e dos gases tóxicos.

De seguida, o 10º A apresentou o seu teatro, que ensi-nava medidas concretas e aplicáveis ao dia-a-dia, que todos podem fazer para salvar a Terra, como por exemplo reciclar, poupar água e luz e andar mais de transportes públicos. O teatro do 10º A incluiu ainda duas coreografias, uma de hip-hop, que representava o “Mal” e as pessoas que “sujam” a Terra, e outra contemporânea, que representava o “Bem” e as pessoas que “limpam” a Terra. No final, a turma A apre-sentou também uma música que procurava incitar os mais pequenos a tomar uma posição, de modo a defender o nos-so planeta.

No global, este foi um projecto que permitiu aos alunos do 10º ano, de uma forma criativa, exporem os conhecimen-tos que adquiriram nas disciplinas de Física e Química A e Biologia e Geologia e, ao mesmo tempo, interagirem com outros alunos, ensinando-lhes algo que é necessário que todas as pessoas saibam: “Precisamos de salvar a Terra hoje, para podermos usufruir dela amanhã.”

Patrícia Pitta Ferreira, 10º A

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Ensino superior e mundo do trabalho no CSCMConfirmar expectativas, antecipar dificuldades, ponderar alternativas, descobrir novos cursos e profissões. Estas são algumas das principais vantagens de um projecto que constitui uma enorme mais valia para os alunos do 11º e 12º anos: o Fórum de Oportunidades CSCM.

Ao longo de várias sessões, e durante três dias, esta activi-dade proporciona aos alunos o contacto com cerca de 30 Faculdades/Universidades/Escolas Superiores, mais de 40 profissionais e estudantes das diferentes áreas científicas. Nas apresentações e conferências estão, por regra, pais e/ou an-tigos alunos que assim podem responder aos nossos alunos com a experiência de quem conhece o CSCM. Uma activida-de inovadora do CSCM que veio para ficar.

Mesmo para quem já sabe o que quer do futuro, é sempre bom pôr outras hipóteses em cima da mesa para o caso de haver surpresas.... Assim sendo, o Fórum foi, para mim, o le-que que abriu estas novas hipóteses. Diogo Fonseca, 12º C

O Fórum foi uma experiência do futuro que vamos viver na universidade, ou seja, uma partilha de experiências reais. Justifica decisões futuras e retira dúvidas pertinentes do pre-sente. Por fim, pode-se dizer que o Fórum de Oportunidades é uma das chaves para abrir um futuro promissor. Chiame Dirandra Gentilal, 12º C

Na qualidade de aluna do 11º ano, e certamente falando por todos os alunos, este Fórum permitiu-me obter informações importantes como médias de entrada na faculdade, discipli-nas obrigatórias e várias faculdades onde existem determi-nados cursos. Para além disto, foi possível explorar melhor determinadas profissões em que eu estava já interessada e ainda conhecer outras igualmente importantes. Pessoalmente, penso que estas actividades são de extrema importância, uma vez que nos possibilitam um melhor co-

nhecimento do mercado de trabalho e um contacto directo com vários profissionais que nos podem dar diversas suges-tões e conselhos que nos ajudarão tanto num futuro mais próximo, como por exemplo a escolha do curso na faculdade, como num futuro mais longínquo.Concluindo, é de minha opinião que este tipo de fóruns deve continuar a realizar-se todos os anos porque, tal como me ajudou a mim, poderá ajudar outros alunos!Joana Figueiredo 11º A

Foi devido a este fórum que confirmei e decidi o meu cami-nho, a minha escolha, talvez a mais importante, para aquilo que pretendo fazer no futuro. Espero que este Fórum conti-nue a ajudar muitos alunos, tal como me ajudou a mim. Mar-ta Geraldes, 11.º B1

A experiência dos outros, desenvolve-nos a nós. Parabéns ao Colégio pela oportunidade de descobrimos a nossa vocação e interesses. Nuno Salvador Ferro, 11.º B2

Numa altura como esta, em que as oportunidades escas-seiam e o desemprego aumenta, é importante rejuvenescer-mos a nossa mente com novas ideias e conhecimentos, com vista a uma vida de pleno sucesso e harmonia. Afonso Melo, 11.º B2

As conferências do Fórum de Oportunidades proporciona-ram-me a oportunidade de conhecer a perspectiva dos alu-nos de cada curso, não só por ter aprofundado o meu conhe-cimento, como também por ter aberto o meu horizonte para novas opções. Ana Isabel Tam, 11.º B1

Uma experiência enriquecedora que nos fez ver a todos qual é o curso adequado para cada um. André Diniz, 11.º B2

O Fórum foi muito interessante e é bom que o Colégio nos ajude na escolha do nosso futuro. Mariana Sanches, 11.º B2

O Fórum de Oportunidades representou por certo todo um certame de opções que se afiguram num futuro próximo como realidade de vivência de muitos. Manuel Dias, 11.º B1

O Fórum de Oportunidades é o nosso futuro condensado numa hora de apresentação. Bernardo Almeida, 11.º B2

BrevementeOs Golpes no Sagrado: uma pegada de es-perança. No dia 19 de Maio, no átrio do Colégio do Sagrado Coração de Maria, teve lugar o concerto Feed Them With Music como resultado de um ano de trabalho de um grupo de alunos do 12.º B. A finalidade de tal evento era angariar lucros para ajudar o Clube 10/14 do Centro Jean Gailhac, tendo-se conseguido re-colher mil e trinta e quatro euros.Todo o processo de concretização do projecto não foi de forma alguma fácil. Ultra-passaram-se muitas discussões, muitos obstáculos e contratempos. É no entanto de realçar o espírito de grupo que se gerou na turma e que contagiou todos os que tiveram presentes no dia do concerto, nomeadamente, Os Golpes. PS: Para quem não sabe, Os Golpes são uma banda de música portuguesa que apoiou esta iniciativa de forma incondicional e a quem ficamos absolutamente gra-tos. Como eles afirmaram “não vamos esquecer a tarde bem passada no Sagrado” e acreditamos que todos aqueles que generosamente deram um pouco do seu tem-po para ajudar esta causa também não. Nós, os Feed Them With Music, nunca esqueceremos todo o apoio que sentimos e esperamos que nos próximos anos mais pegadas de esperança e música possam tornar o nosso Colégio e a nossa sociedade mais preocupada em fazer o bem pelos e para os outros. Beatriz Guimarães, 12.º B

Ex-aluna faz formação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis. No passado dia 17 de Maio, as turmas do 10º A e B assistiram a uma apresentação sobre os riscos associados às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Nesta, foram-nos dadas a conhecer as diferentes DSTs, respectivas formas de contágio, sintomas e doenças oportunistas associadas. A nosso ver, palestras como esta são extremamente importantes para nos alertar para os riscos que corremos. Fomos também sensibilizados para a importância que a nossa protecção tem não só para nós, mas também para os outros.De forma geral, todos reconhecemos a importância e o bom trabalho realizado pela aluna de farmácia Marta Barbosa (antiga aluna do CSCM), que de uma forma descontraída e jovial nos comunicou todo o conhecimento que necessitamos adquirir sobre o tema. Deste modo, pensamos que iniciativas como esta se deviam repetir, de forma a que também nós possamos alertar e educar gerações futuras. Filipa Côrte-Real;Gonçalo Correia;João Ribeiro; Mariana Morais 10ºB

Workshop no Centro de Recursos. Na Quinta-Feira, 20 de Maio, houve no Centro de Recursos um workshop, no intervalo de almoço para todos os alunos interessados. Das tarefas propostas, a mais aliciante foi mesmo o Dominó das 4 Cores!

Centro de Recursos Online! Nesta semana foi criado, na área do Centro de Recursos no moodle do Colégio, um espaço com inúmeras actividades sobre o teorema das 4 cores, para que Encarregados de Educação e/ou alunos tivessem acesso a links para jogos de computador, mapas para colorir, sugestões de livros, desafios, dominós das 4 cores, entre outros e pudessem usufruir de bons momentos familiares!

Semana das 4 cores. Logótipo Humano - A Semana das 4 co-res associou-se ao projecto Eco-Escolas com a elaboração de um logótipo humano envolvendo toda a Comunidade Educativa. O dominó das 4 cores servia de pano de fundo a uma gota para simbolizar este bem tão precioso e que temos de preservar, a água. O Logótipo envolveu 18 turmas, desde o Jardim de Infância ao 12º ano do Ensino Secundário, Funcionários e Encarregados de Educação. Agradecemos a to-dos a alegria, empenho e envolvimento! Sofia Belo M. Nogueira, prof.

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forma extraordinária. O espírito de fé e de zelo continua vivo através de uma grande diversidade e de uma profunda uni-dade, com o objectivo de continuar a Missão para que todos tenham vida.

Olhares: Há pouco tempo, os nossos alunos tiveram a oportunidade de viver também uma experiência de in-ternacionalidade, durante a realização do Torneio Inter-nacional CSCM. Como viu e sentiu esse evento e que van-tagens podem tirar os nossos alunos desses contactos?

Irmã Olinda: Na verdade, foi um evento difícil para to-dos aqueles que estiveram ligados à organização do mes-mo, mas foi também um momento de muita alegria. Ao lon-go dos dias foram-se dissipando receios, via-se alegria nos rostos dos alunos. Todos, sem excepção, se empenharam para que tudo chegasse a bom termo. Todos os funcionários estiveram à altura de tão grande evento. Os alunos depressa se adaptaram aos espaços e foram magníficos na hora de se entregarem às responsabilidades.

Estes momentos são ricos e únicos, não só para os que vieram de fora, mas também para os que cá estão. Criam-se amizades, falam-se outras línguas, trocam-se olhares e sor-risos. Aprendem-se coisas novas, abrindo-se os olhos para além de nós.

Olhares: Para terminar, e reflectindo sobre o tema do ano lectivo que está quase a terminar, qual a mais im-portante pegada de esperança que podemos deixar às gerações futuras?

Irmã Olinda: O futuro constrói-se no presente, alicerça-se nas vivências que fazemos, boas ou menos boas. Estas marcam-nos e desafiam-nos, daí a importância das escolhas. Para sermos construtores do amanhã, importa escolher uma boa “marca” do hoje que nos é oferecido.

Vós, gerações do futuro, interrogais-vos sobre a vida? Não a desperdiceis e ocupai-a com valores que perdurem. Nunca desistam de serem felizes.

Entrevista conduzida por Catarina Carrilho, coord.

Projecto Eco-escolas com várias actividades O Projecto Eco-escolas continua a decorrer como o planeado, com várias actividades dirigidas a toda a comunidade educativa. Começámos o período revisitando a exposição do ecossistema «Floresta – ambientes poluído e não poluído», que esteve no átrio principal. Foi um trabalho de muita criatividade e entrega, realizado pelos alunos do 5.º ano, directores de turma e professores de Área Projecto.

Foi assinalado o Dia da Terra com uma actividade que criou um puzzle humano, de um quadro com uma árvore, cujos frutos são o nosso planeta, que contou com a participação dos alunos do pré-escolar e 1.º ciclo e respectivas educa-doras e professores. Foi fantástico o ambiente criado com a coreografia preparada pela professora Catarina André e as músicas ensaiadas pela professora Patrícia do Carmo! O Clu-be On esteve sempre em cima do acontecimento…

A aluna Beatriz Mascarenhas, do 12.º ano, esteve pre-sente na final das «XV Olimpíadas do Ambiente», que se rea-lizou no Faial, Açores, nos dias 6 a 9 de Maio, acompanhada pela professora Elisabete Santos. Participou envolvendo-se em todas as actividades propostas pela organização, reali-zou uma prova oral e uma outra escrita, uma caminhada na área protegida à volta do vulcão dos Capelinhos, participou em debates e conferências, plantou uma árvore, conviveu e partilhou experiências com os 71 participantes nesta final (dos quais, cerca de 30 da categoria Sénior, em que a Beatriz estava incluída). Esta estadia foi prolongada por mais 4 dias, pois o vulcão islandês, cujo nome não conseguimos pro-nunciar, emitiu uma nuvem de cinzas que ocupou o espaço aéreo açoriano… Entre alegria e ansiedade, novas activida-des se realizaram como a observação de Cetáceos em pleno Oceano Atlântico, apresentação de um livro de borboletas, concertos de música e uma palestra sobre a reciclagem nes-te arquipélago. Na impossibilidade de regressar numa fase tão importante, como o fim do 3.º período, o estudo teve que ser compensado em idas à Escola Secundária Manuel de Arriaga ou mesmo à Biblioteca Municipal da Horta, que grande disponibilidade demonstraram em acolher estes jo-vens. Aí muitos estudaram, frequentaram aulas e realizaram trabalhos. Uma verdadeira aventura para não mais esque-cer…

Com a finalidade de mobilizar toda a comunidade edu-cativa na Semana das Cores, realizou-se uma actividade preparada pelas professoras Sofia Belo e Cláudia Henriques, com a colaboração do projecto Eco-escolas, criou-se uma paisagem humana aplicando o Teorema das Quatro Cores. Todos os alunos traziam uma camisola de cor verde, ama-rela, vermelha, azul ou branca criando um quadro com a imagem central de uma gota de um oceano, como forma de

A nossa gente

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O segredo da felicidade está em não desistir do difícil Olinda Amorim nasceu em Aguiar, Barcelos. É a quarta de seis irmãos, quatro rapazes e duas raparigas. Frequentou a escola primária da sua freguesia, no entanto não foi aí que completou o ensino, visto que, através de familiares (um tio padre e uma tia irmã SCM), começou a frequentar os colégios SCM da Guarda e do Porto. A esta cidade chegou com apenas 12 anos, ainda franzina. Dispôs de todas as condições para crescer e via as irmãs como verdadeiras mães. Recorda principalmente a Irmã Angelina, ao lado de quem esteve até ir para o noviciado. No colégio do Porto, além do trabalho, havia acções de formação e estudo para aprofundar o que se queria do futuro. Quando chegou o momento de decidir sentiu o apoio da comunidade e da família.Mais tarde tirou o curso básico de Teologia e o Curso Complementar de Contabilidade e Administração. Ao longo da vida como religiosa do SCM, percorreu o país. Para além do colégio de Lisboa, esteve em Braga, Fátima, Viseu, Guarda, Porto e Aljezur. Esteve também em Roma.

Olhares: A imagem que temos da irmã é a de alguém in-finitamente alegre. De onde vem essa constante e conta-giante alegria?

Irmã Olinda: É verdade que sou alegre, sempre fui as-sim. Sinto-me verdadeiramente feliz por ser uma Irmã SCM. Esta felicidade passa pelas coisas mais simples. Uma entrega de cada dia ao ministério que a Irmã Provincial me pedir. É importante dar-mos o primeiro passo e depois não desistir-mos de nós. Estarmos com os outros e perceber-mos que, com eles, construiremos. Quantas irmãs e leigos não me aju-dam a ser feliz! O segredo da felicidade está em não desistir do difícil e perceber que Deus está no nosso caminho e que nos ajuda a construir e a reconstruir.

Olhares: Há um livro cujo título é Creio num Deus que Sabe Dançar. Revê-se neste Deus?

Irmã Olinda: Sim. Revejo-me. Não conheço o livro, mas acho que o título é maravilhoso. Sinto que Deus me lança, me renova, me reanima! Dá-me o gosto de ser útil e de estar disponível, de chegar a todo lado. Ir a correr para resolver

isto ou aquilo. Também me dá energia para ajudar e dizer aos meninos que não devem fazer isto ou aquilo. Ajudá-los a serem melhores na dança da vida e mais felizes porque aprenderam alguma coisa e alguém os ajudou.

Olhares: Essa alegria que a Irmã transmite está presente no arranjos florais que nos deixa na sala de professores. Como aprendeu essa arte e porque lhe dá tanto gosto?

Irmã Olinda: Eu gosto da natureza e como sou filha do campo ninguém desliga a ficha das nossas raízes! Talvez a beleza do campo me tenha marcado. Gostava de fazer en-feites com as flores e ficava cheia de pena por murcharem facilmente.

Como muitas pessoas sabem que gosto de flores, ofe-recem-mas do campo ou do jardim e elas são sempre ben-vindas.

Olhares: Num local como o nosso colégio, que importân-cia se deve dar ao contacto com os outros e de que forma o devemos privilegiar?

Irmã Olinda: O nosso colégio é o “Sagrado” e tudo quanto aqui acontece me diz respeito. Por isso, procuro sempre que possível um contacto de proximidade com to-dos: irmãs, funcionários, alunos e pais. Faço o possível por não passar indiferente. Gosto de dizer qualquer coisa, ainda que “de raspão”. Um olhar, uma palavra, um sorriso são im-portantes. Eu sou a primeira a sentir-me feliz, ajuda a criar laços, mesmo que não sejam profundos. Sempre que faço isto sinto-me mais Irmã do SCM.

Olhares: Pode-nos falar um pouco sobre as funções que desempenha no nosso colégio?

Irmã Olinda: Passo algumas horas do dia na recepção do Pavilhão I do colégio. Faço-o com muito gosto. É um lu-gar de referência para todos e por isso é uma função exi-gente. É necessário fornecer informação, respostas, dar se-guimento aos assuntos, encontrar soluções rápidas e nem sempre é possível fazê-lo. Ali estamos sempre em acção. A recepção é uma porta aberta a todos (de dentro e de fora do colégio). Um serviço que desafia apesar de nem sempre ser fácil gerir todas as situações.

Olhares: Sabemos que a Irmã esteve no estrangeiro, mais propriamente em Itália, durante um período da sua vida. Como descreve essa experiência?

Irmã Olinda: Estive em Roma quatro anos na nossa casa Geral, onde estão as irmãs eleitas para a orientação de todo o Instituto. Ali a Comunidade é formada por irmãs de diversos países. Pude fazer uma verdadeira experiência in-ternacional IRSCM e percebi melhor que em qualquer parte do mundo a nossa missão, deixada por Jean Gailhac e Mère S. Jean, é um legado que não tem fronteiras e nos une de

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OlharesNúMERO 24 | ANO 8 | PROPRIEDADE: COLÉGIO DO SAGRADO CORAÇÃO DE MARIA DE LISBOA | AV. MANUEL DA MAIA, Nº 2, 1000 – 201 LISBOA | TEL. 21 8477575 | FAX. 21 8476435 | DIRECÇÃO: MARGARIDA MARRUCHO MOTA AMADOR | COORDENAÇÃO: CATARINA CARRILHO E LUíS PEDRO DE SOUSA | REDACÇÃO: ANA RITA GONÇALVES, CATARINA MAIA, MARTA BAPTISTA | APOIO GRÁFICO: FERNANDO COELHO | IMPRESSÃO: CLIO, ARTES GRÁFICAS | TIRAGEM: 1330 EXEMPLARES | DISTRIBUIÇÃO: GRATUITA À COMU-NIDADE EDUCATIVA

Gambuzinos’10O Espírito de quem acredita que a imaginação faz bem ao coração.Dizem que Gambuzinos são bichos inexistentes que vivem no campo, em estado mais ou menos selvagem. Para organizar uma caçada aos gambuzinos, necessitamos de dois ou mais sonhadores que não se deixem abater pelo peso da idade e continuem a ter gosto pelo imaginário, uma saca de serapilheira, lanternas e espírito de aventura. Depois é só partir noite ou dia fora à procura daquela essência de que é feita a alegria. A segunda edição do GAMBUZINOS realizou-se para os lados de Sintra. Foram vinte e um os sonhadores, entre alunos do Clube 10/14 - Galinheiras, professores e alunos do Sagrado. Desta vez tinham-nos dito que os Gambuzinos se tinham virado para os lados da praia e decidimos montar o quartel general na casa das irmãs na Praia do Magoito. Bem os procurámos por terra ou por mar mas nada.. Regressámos com uma valente boa disposição pelas inúmeras figuras que fizemos. Fomos muito felizes naqueles dias, quebrámos barreiras, aproximámos alunos do Clube e do Colégio e mais uma vez constatámos que todos ficamos maravilhados com a espuma das ondas, o brilho da lua ou a comichão da areia entre os dedos. Somos todos iguais! Que bom! Agora a sério! Gambuzinos é um campo de final de ano para os alunos do Clube 10/14 nas Galinheiras. Um Clube de estudo e actividades da responsabilidade do Centro Jean Gailhac no Centro Social e Paroquial das Galinheiras. Este ano, para além dos alunos do Clube, participaram também alunos do Colégio num verdadeiro cruzamento de realidades e experiências, que só foi possível graças ao apoio do Colégio, da Associação de Pais e da Empresa Diversão e Movimento. Um grande bem haja!

assinalar também o Dia dos Oceanos. Imagem humana de muita cor e grande riqueza…

Chegou finalmente o Depositrão! Este contentor ver-melho, que está na entrada do BAR, recolhe os pequenos electrodomésticos com o objectivo de os reciclar. Também o peso de materiais recolhidos será contabilizado para uma classificação das escolas que mais materiais consigam reco-lher.

Estamos a participar na campanha «Pilhas de Livros», que tem como objectivos a recolha de pilhas para recicla-gem e a conversão do peso das pilhas em livros para a bi-blioteca do Colégio.

Este período realizaremos o último conselho Eco-es-colas, onde aprovaremos o Eco-Código do nosso Colégio, com o qual realizaremos o Eco-póster que será apresenta-do a concurso nacional. Faremos nova Auditoria Ambiental como forma de identificar as acções de melhoria realizadas ao longo deste ano lectivo e preparar a próxima candidatura à Bandeira Eco-escolas.

Agradecemos a todos quantos se envolveram e parti-ciparam nas iniciativas propostas: À Direcção Pedagógica pela disponibilidade, à administração pela receptividade, aos professores pela colaboração, aos pais pela presença constante, aos Eco-delegados pela vontade, aos funcioná-rios não docentes pela prontidão, a todos um bem haja…

Que venha o próximo Projecto Eco-escolas!Elisabete Santos, Prof.

“Os Gambuzinos”, sem dúvida, é o colmatar dum apoio que se presta a cada aluno do Clube 10/14. Pessoalmente, sinto que

os alunos dificilmente esquecerão esta actividade. Apesar de se conhecerem entre eles e de nos conhecerem a nós, que os ensinamos e lhe transmitimos tudo o que os possa ajudar na sua formação como elos na sociedade, é em situações destas que os laços se estreitam e onde é possível sentir que a nossa presença na vida destas crianças condicionou e continuará a condicionar determinadas atitutes e sentimentos. Eu próprio, sinto que a vivência com eles me torna muito mais sensível à percepção do comportamento humano. Por isso todos ganha-mos com a realização da actividade dos “Gambuzinos”; profes-sores, alunos, voluntários.

João J Martins Os “Gambuzinos’10”, tal como no ano anterior, foi uma activi-dade que proporcionou situações enriquecedoras para alunos e professores. Foram quase três dias de diversão, que confirma-ram e aprofundaram sentimentos de aproximação, originando momentos que ninguém vai esquecer. Na praia houve várias actividades propostas: a construção de castelos de areia, o surf, ou ainda o voleibol; todas elas desenvolvidas com entusiasmo e alegria. As actividades permitiram aos alunos conviverem com os professores, sempre com respeito, mas acima de tudo com satisfação. Pois, o Clube não proporciona apenas o auxilio no estudo, mas também momentos de saudável lazer que ale-gram a vida destas crianças.

Ana C da Conveição

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Uma origem, vários destinosFesta de Finalistas 2010Foi este o slogan que os alunos de 12º ano deram à sua festa de finalistas. Na hora da partida, sentem-se parte de uma mesma identidade (origem) que agora se alarga e difunde pelos inúmeros destinos a que a vida universitária os há-de conduzir. Que saibam ser sinal desta vida em abundância que no Sagrado aprenderam a ouvir e viver.

Esta nossa origem comum, este local onde fizemos aqueles que, provavelmente, serão os nossos amigos para o resto da vida, ensinou-nos não só a ser bons profissionais mas também a sermos boas pessoas, indivíduos que sabem pensar por si e tentam fazer o melhor para todos.Chegou a altura de mudar. O que ganhámos no Sagrado é aquilo que se pode ganhar de mais importante: sentido de solidariedade, amigos, sabedoria e carácter.O caminho tem sido semelhante para todos nós até agora, os destinos eram concerteza muito diferentes e variados mas com sucesso e conquistas porque temos o potencial necessário e todos trabálhamos para chegar até aqui.Parabéns a todos os finalistas de 2010. Que todos usem esta vivência no nosso Colégio para chegarem ao seu destino de eleição.Familiares, amigos, professores, auxiliares e irmãs, não percam o nosso voo.Raquel Mariano, aluna finalista.

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Festa das famíliasUm dia especial em que toda a comunidade escolar se reúne em torno do palco de onde chegam sons, imagens, sabores e cheiros do nosso colégio. Vivem-se momentos de ansiedade que explodem numa festa de luz, cor e música partilhadas por todos os que entram pelos nossos portões. É tão bom ter uma família com quem possamos partilhar estes gloriosos momentos!

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Competição, Unidade e Alegria foram a marca deste V Torneio Internacional da Rede de Escolas do Sagrado Coração de Maria, que o nosso Colégio teve a honra e prazer de organizar entre 5 e 9 de Maio de 2010. Durante meses, alunos, professores, auxiliares, pais e irmãs, cada qual segundo o que era necessário, empenharam-se a fundo para que esta Festa da Internacionalidade que somos fosse um sucesso... e foi! Disso nos dão conta os abraços, as gargalhadas, as novas amizades, as trocas de emails e telefones, as conversas, os sorrisos e a partilha que pudemos presenciar. É uma riqueza imensa sabermos que não somos um Colégio isolado ou fechado nos seus portões. Como nós, com o memso carisma e o mesmo ideário existem muitos outros por esse mundo que aprendem a ser mais para que todos tenham vida. Quem sabe se não nos haveremos de encontrar nesta aldeia global que é o mundo e perceber que temos a mesma marca. Durante os dias do torneio, o Colégio ganhou outra vida que contagiou todos (do pré-escolar ao secundário). Recebemos comitivas dos Colégios do México, França, Itália, Estados Unidos da América, Brasil, e dos Colégios de Fátima, Porto. Nós já por cá estávamos em Festa e continuámos. Neste suplemento da Olhares, queremos dar-vos conta dessa alegria, unidade e competição que vivemos em momentos que marcaram o nosso Olhar e o nosso Coração Sagrado. Um abraço apertado a todos e até para o próximo ano em Paris. O Staff do V Torneio Internacional RSCM

Competition, Companionship and Happiness were the words for the 5th SHM International Tournament, that our school had the honor and the pleasure to organize between the 5th and the 9th of May 2010. For months, students, teachers, school staff, parents and sisters, each one of them performing his/her own role, were determined so that this feast of Internationality became a success.. and it was a sucess! The hugs, the laughs, the new friendships, the exchange of e-mails and phone numbers, the talks, the smiles and the will to share were the keys to success.It is such a richness to know that we are not an isolated or closed school. Like us, with the same charisma and the same ideas, there are many others around the world that learn more so that others can have more life. Who knows if we won’t meet in this global village, understanding that we all have the same purpose. During the tournament days, our school gained extra life that spread to everyone else. We hosted delegations from México, France, Italy, USA, Brazil, Fátima and Oporto. We were already celebrating and we continued our celebration with them all. In our magazine, Olhares, we want to show all the happiness, companionship and competition that we lived through moments that deeply marked our minds and hearts. A big hug to everybody and see you next year in Paris. 5th SHM internacional tournament staff

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AlegriaJoyO meu papel no torneio foi de árbitro de futsal. Adorei ser árbitro, pois pude conviver com os vários jogadores (e jo-gadoras!), tendo sido por isso muito interessante. De qual-quer forma, penso que durante o torneio se viveu no nosso colégio um conjunto de sentimentos de alegria, felicidade e competitividade saudável. Apesar de toda a diversidade de nacionalidades e países, todos sabiam falar inglês, para meu grande alívio. Penso que as principais marcas que este torneio deixou foram memórias, foram poderosas memórias de convívio, de sorrisos e de saudade que perdurarão para sempre na mente das pessoas que viveram esta experiência.João Barroso, 8ºC

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Momentos | MomentsOur experience in Lisbon was one we will never forget!! We made lots of new friends; we enjoyed the games and had lots of fun. All the ceremonies and the things you organized were special because we were all together, all friends! So we would like to thank everyone for giving us their time. Thank you, again, for this great experience, which will always re-main in our hearts,

A big hug from Rome! Instituto Marymount Nomentana

The experience I lived in Portugal was unforgettable; the fes-tival was amazing. I made so many friends. I was received so nicely. What I liked the most was how well we were treated by all the participants. I will never forget this event.

Erna Daniela López Córdova

I liked this trip so much, I would do it again. Everybody tre-ated us so well and what I liked the most were the cheers. Everyone received cheers from different spectators. It didn’t really make a difference from what school you sere from.

Ricardo Ramón Aguirre

To be honest, this was the best trip of my life. Everyone trea-ted us so well.  The organization was great, and all of the kids from the different schools interacted with each other which was so much fun.

Andrés Suárez

I liked this tournament and the trip very much. I learned to get along well with my team members and with others from other Marymounts. Everyone loved the Mexicans and what I liked the most was the relationships we developed with everyone, but most among my team mates.

Manuel Cortés

For me it was an unforgettable experience. I really enjoyed  having the opportunity to meet people from others coun-tries, and this is not a common experience. People were gre-at, and I was impressed by the support shown to Mexico. 

Renata Colmenero

I enjoyed the trip a lot because I felt nearer to my schoolma-tes. The Portuguese were great and also the Brazilians. I liked the opportunity to make new friends.

Basilio Tager

It was charming; it was the best trip I have ever had.  I was fascinated with the tournament because we got all along great together.  What I liked the most were the cheers for Mexico, and how nice everyone was. I would love to go back.

María Biro

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CompetiçãoCompetitionO Torneio Internacional CSCM 2010 foi para mim uma expe-riência diferente, original e muito enriquecedora em vários aspectos. Apesar de eu não ter participado como árbitra, secretária ou noutra tarefa, assisti a muitos jogos e observei sobretudo o espírito de equipa e a união. Fiz novas amiza-des de outros países e até melhorei o meu inglês, o que foi muito útil e divertido! Eu acho que todas as equipas dos ou-tros países e de Portugal conseguiram sentir as muito boas vindas do nosso colégio. Adorei este evento e espero voltar a ter o previlégio de assistir a estes jogos de conhecer novas pessoas.

Inês Costa, 8ºC

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Nesses dias de torneio todo o colégio mudou. O espíri-to era diferente, ouviam-se falar várias línguas e várias pronúncias. Os campos estavam cheios de professores e alunos a assistir aos jogos e a torcer pelas equipas. Ouviam-se os alunos cantar as músicas dos diferentes países pelo colégio. Ficou tudo mais vivo, mais alegre e divertido. É certo que a confusão era maior mas valeu a pena pois conhecemos novas pessoas de lugares dife-rentes, praticámos o nosso inglês e praticámos alguns desportos com eles.

Adorámos a experiência e gostávamos bastante de ter oportunidade de a voltar a repetir.

Ana Teresa Gonçalves e Inês Moreno 9ºE

O Colégio Sagrado Coração de Maria agradece toda a colaboração do Horto do Campo Grande na decoração dos espaços onde decorreu o V Torneio Internacional das Escolas RSCM

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UnidadeCompanionshipPor esses dias, viveu-se um ambiente de grande partilha de conhecimentos e experiências e bastante alegria. Apesar de adversários em campo, existiu sempre fair play nos jogos e o convívio e diferença entre todos nós demonstrou a identi-dade do grande Instituto a que todos os participantes, vin-dos de várias partes do mundo, pertencem.

Os alunos dos outros colégios, com quem nós convive-mos, eram todos muito simpáticos e abertos à diferença e à partilha, o que levou a que aqueles cinco dias passassem muito rápido. Cinco dias em que tivemos a oportunidade de conhecer outros jovens da nossa idade vindos de ou-tras partes do país e do mundo. Para comunicarmos com os nossos colegas dos outros colégios falámos português, com os alunos do Porto, Fátima e Brasil, e Inglês com todos os outros.

Ao longo dos dias do torneio aprendemos a perder e a ganhar, mas sempre a jogar com alegria e a experimentar cada momento em grupo, com um grupo fantástico de pes-soas do colégio e vindas de fora. Para o futuro, ficam-nos as memórias felizes daquilo que partilhámos com os nossos colegas.

É com orgulho e alegria que podemos dizer que partici-pámos no Torneio Internacional que decorreu com grande sucesso no nosso Colégio e que fazemos parte da grande rede internacional do Sagrado Coração de Maria.

Mariana Santiago e David Anastácio 10ºB

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