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FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
A REABILITAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DA BAIXA DO PORTO
Ana Lima, Diogo Coelho, Henrique Marinheiro, Joana Lemos, Luís Côrte-Real, Vasco
Araújo, Vasco Moreira, Yanick Varela
Trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular Projecto FEUP
Trabalho realizado sob a supervisão do monitor Alberto Araújo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Porto, 21 de Outubro 2010
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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RESUMO
A maioria dos edifícios da Baixa Portuense sofre de imensas patologias próprias de
edifícios antigos abandonados.
Todos os edifícios necessitam de permanente manutenção ou correm o risco de
terem fissuras, humidades, infiltrações, entre outros problemas que podem ser
prevenidos. Neste trabalho damos ênfase às patologias que encontramos após o
levantamento fotográfico de alguns edifícios da Baixa do Porto, mas também ao trabalho
dos responsáveis pelo programa Porto Vivo que foi criado com o objectivo de reabilitar alguns
edifícios.
É claro que é necessária uma vigilância permanente para poder evitar o
aparecimento destas patologias, mas também a temperatura e a própria humidade do local
são factores favoráveis para o desenvolvimento destas anomalias que não podemos
controlar.
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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AGRADECIMENTOS
Ao nosso monitor Alberto Araújo pela assistência em todo o processo,
disponibilidade e incentivo.
À Engenheira Ana Sofia Guimarães pela ajuda neste trabalho.
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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ÍNDICE
Resumo.............................................................................................................................2
Agradecimentos..................................................................................................................3
Índice.................................................................................................................................4
1. Introdução.......................................................................................................................5
2. As épocas dos edifícios mais relevantes da Baixa do Porto ...............................................6
2.1 Distribuição da reabilitação por épocas .........................................................................9
2.2 Zona de pesquisa na Baixa do Porto............................................................................13
3. Patologias......................................................................................................................15
3.1 Fissuras.....................................................................................................................15
3.2 Fraco isolamento das caixilharias.................................................................................17
3.3Humidades..................................................................................................................19
3.3.1 Humidade de construção.........................................................................................20
3.3.2 Humidade do solo...................................................................................................21
3.3.3 Humidade de condensação.....................................................................................22
3.3.4 Humidade de precipitação.......................................................................................23
3 4 Fungos.......................................................................................................................24
3 5 Infiltrações.................................................................................................................25
4. Cartografia.....................................................................................................................28
5.Conclusão.......................................................................................................................29
6. Bibliografia.....................................................................................................................30
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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1. INTRODUÇÃO
Este tema (Reabilitação dos edifícios da baixa do Porto) foi-nos proposto na
unidade curricular Projecto FEUP.
Temos como objectivos principais, antes de mais, expandir os nossos
conhecimentos, estabelecer uma relação com os demais estudantes, que afinal de
contas serão nossos colegas durante uma série de anos, e também introduzir-nos no
“mundo” da Engenharia.
Para a realização deste trabalho foram-nos apresentados alguns objectivos e
requisitos a ter em conta durante a elaboração e desenvolvimento do projecto, tais
como: identificar a época dos edifícios da baixa do Porto, o seu estado de conservação, as
épocas de reabilitação de estes edifícios e as várias patologias presentes em cada
edifício.
Durante o desenvolvimento deste trabalho foi efectuado um levantamento
fotográfico no local, tendo especialmente em conta o estado de conservação dos
edifícios em causa, através das quais podemos mostrar e provar a presença de uma
variedade de patologias.
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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2. AS ÉPOCAS DOS EDIFÍCIOS MAIS RELEVANTES DA BAIXA DO
PORTO
A Baixa do Porto é constituída pela zona histórica da cidade (Sé, São Nicolau, Miragaia e
Vitória) delimitada pela muralha Fernandina (vestígios) e pela zona central, constituída pela
avenida dos Aliados, praça Carlos Alberto, praça da República, praça dos Poveiros e jardim de
São Lázaro. A zona Histórica foi intervencionada entre 1976-2001 no âmbito do CRUARB
(comissariado para a recuperação urbana da área de ribeira e barredo), sendo actualmente alargada a
área de intervenção prioritária (no âmbito do Porto Vivo, SRU) para as praças e avenidas
acima referidas.
A maior parte dos edifícios comuns ( habitação e comércio) na baixa são anteriores a
1940. Na baixa do porto existem ainda edifícios históricos que datam desde a origem da
nacionalidade ( séc. XII) até ao séc. XIX, incluindo algumas casas de habitação e alguns
palácios. A grande maioria dos edifícios pertencentes à baixa do Porto são dos séculos XVIII e
XIX. [9]
Como a maior parte desses edifícios são bastante antigos, com o passar do tempo
começam a degradar-se, e as pessoas por falta de recursos monetários para os recuperar, e
consequentemente pelo facto de aumentar o risco de segurança, abandonam o centro da
cidade e deslocam-se para a periferia. Assim o centro fica mais desertificado, contribuindo para
o aumento da degradação dos edifícios ( ficam ao abandono). Surgindo portanto a necessidade
de se criarem varias sociedades (como o CRUARB e o Porto Vivo, SRU) para a reabilitação de
alguns desses edifícios. [9]
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Séculos Edifícios
Século IV (a.c) Casa da Rua de D. Hugo nº5
Século III Muralha Primitiva
Século XII Sé Catedral
Século XIII Torre da Rua de Baixo
Século XIV
Torre da Rua de D. Pedro Pitões;
Casa do beco dos Redemoinhos;
Muralha Fernandina;
Recolhimento da Porta do Sol (ou Recolhimento de N.ª S.ª das Dores e S. José das Meninas Desamparadas);
Igreja de S. Francisco;
Praça do Infante D. Henrique;
Casa da Rua da Reboleira, n.º 55;
Casa da Rua da Reboleira, n.º 59;
Casa do Infante (ou da Alfândega Velha);
Postigo do Carvão;
Ruína Medieval da Casa da Câmara (erradamente conhecida por Casa dos 24);
Século XV
Oratório da Capela de S. Sebastião;
Igreja de Santa Clara;
Chafariz da Colher;
Capela Nossa Senhora da Silva;
Século XVI
Igreja de S. Lourenço ou dos Grilos;
Casa dos Freires de Andrade;
Capela dos Alfaiates ou de Nossa Senhora de Agosto;
Praça da Batalha;
Igreja de S. Bento da Vitória;
Igreja de Nossa Senhora da Vitória;
Igreja da Misericórdia;
Casa dos Cunha Pimentéis;
Casa dos Maias;
Século XVII
Igreja dos Congregados;
Igreja dos Carmelitas;
Casa da Rua de S. Miguel, n.º 4;
Igreja de S. João Novo;
Igreja de S. Nicolau;
Capela de Nossa Senhora do Ó;
Casa da Companhia Velha;
Chafariz da Rua Escura;
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Século XVIII
Paço Episcopal;
Casa - Museu de Guerra Junqueiro;
Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio (Antigo Recolhimento do Ferro);
Edifício do Governo Civil (Antiga Casa Pia);
Igreja da Ordem do Terço;
Palácio da Batalha;
Igreja de Santo Ildefonso;
Igreja dos Clérigos;
Igreja dos Terceiros do Carmo;
Hospital de Santo António;
Edifício da Cooperativa Árvore (Casa dos Albuquerques);
Passeio das Virtudes;
Capela de S. José das Taipas;
Antiga Cadeia da Relação;
Palacete de Belomonte (Casa dos Pacheco Pereira);
Antigo Clube Inglês;
Palácio de S. João Novo;
Palácio das Sereias;
Casa de Despacho da Ordem Terceira de São Francisco;
Igreja dos Terceiros de São Francisco;
Feitoria Inglesa;
Antigo Hospital de D.Lopo;
Fonte da Rua das Taipas;
Chafariz do Anjo (Largo da Sé);
Chafariz das Virtudes;
Fonte da Rua de S. João (Praça da Ribeira);
Casa dos Constantinos;
Casa dos Sousa e Silva;
Casa da Companhia Velha;
Século XIX
Casa do Ascensor dos Guindais;
Monumento a D. Pedro V;
Monumento a D. Pedro IV;
Igreja da Trindade;
Instituto de Ciências Abel Salazar (Antiga Escola Médico-Cirúrgica);
Jardim da Cordoaria;
Alfândega do Porto;
Palácio da Bolsa;
Instituto do Vinho do Porto;
Mercado Ferreira Borges;
Monumento ao Infante D. Henrique;
Alminhas da Ponte;
Pilares da Ponte Pênsil;
Ponte de Luís I;
Antigo Restaurante Comercial;
Casa Vincent;
Casa Reis, Filhos;
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[1],[2],[3],[4],[5],[7] e [8]
Época dos edifícios da zona observada Ruas
XVII, XVIII, XIX e XX na Rua das Flores
XIX / XX na Rua Mouzinho da Silveira
XIX na Rua São João
[9]
2.1 Distribuição da reabilitação por épocas (Problema1)
Reabilitação feita pelo CRUARB/CH (comissariado para a recuperação urbana da área de
ribeira de barredo / centro histórico) [7] e [8]
(1977-1979)
Rua do Barredo / Largo do Terreirinho / Travessa do Barredo
Escadas do Barredo
Rua de Baixo
Viela do Buraco
Rua de S. Franscisco Borja
Rua da Reboleira n°57, n°59
Muro dos Bacalhoeiros
Rua da Alfandega
Rua de S. Nicolau
Rua dos Canastreiros
Escadas de S. Francisco
Rua da Fonte Taurina
Praça da Ribeira
Rua da Lada
Largo do Padre Américo
Século XX
Teatro de S. João;
Estação de S. Bento;
Câmara Municipal do Porto;
Faculdade de Ciências (Antiga Academia Politécnica);
Casa de Arte Nova (Rua Galeria de Paris n.º 28);
Avenida dos Aliados;
Praça da Liberdade;
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(1980-1984)
Praça da Ribeira Fonte Taurina A calçada das virtudes Rua do Barredo Mercado Ferreira Borges Rua Reboleira
(1985-1989)
Beco do Preto / Viela da Ilha de Ferro
Rua da Corticeira nas Fontainhas
Rua do Souto - Bairro da Sé
Monte dos Judeus - Miragaia
Largo Artur Arcos / inicio Rua Arménia - Miragaia
Mercado de Levante S. Sebastião - Sé (parcialmente demolido em 1998)
Rua da Bainharia - Bairro da Sé Rua da Pena Ventosa - Bairro da Sé Rua do Sol - Sé Rua de S. João Azevedo de Albuquerque - Sé Largo S. Franscisco Vímera Peres
(1990-1994)
Largo S. Franscisco
Fonte Taurina
Passeio das Virtudes
Rua Arménia
Largo da Lada
Rua da Vitória
Rua da Reboleira
Rua Escura - Bairro da Sé
Rua dos Plames- Bairro da Sé
Ruinas dos Antigos Passos do concelho
Arranjo urbano da Plataforma da Alfandega
Rua da Restauraçao
Escadas do Barredo
Rua da Bainharia c/ Mouzinho da Silveira, n°146 e 148
Muro dos Bacalhoeiros
Ordem dos Arquitectos, Rua D. Hugo n°5
Rua de S. Franscisco Borja
Rua dos Mercadores / Rua do Clube Fluvial Portuense
Rua de S. Franscisco
Escola do Forno Velho - S. Nicolau
Rua de Miragaia
Ascensor da Lada
Balneários de S. Nicolau
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(1995-2001)
Rua de Miragaia Igreja de S. Lourenço (dos Grilos) Bairro da Bainharia Rua de S. Bento da Vitória Museu da Cidade núcleo do vinho do porto Bairro da Sé Rua da Reboleira, n ° 56 a 61 (1996) Lada - espaço cultural (1996) Rua das Aldas (1996) Centro Social do Barredo Rua de S. Sebastião Rua do Cimo do Muro - ribeira (1997) Rua do Comércio do Porto (1998) Mercado do Levante de S. Sebastião (1998) Viaduto do cais das pedras (1998) - FDZHP Arranjo Urbanístico da marginal Rua de Miragaia (1999) Junta de Freguesia de S. Nicolau Rua de Miragaia (2000) Antigo Passos do Concelho - Sé (2000) Rua dos Mercadores - FDZHP ( Fundação
para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto)
NOTA: Aparecem intervenções na mesma rua em épocas diferentes porque são referentes
a diferentes edifícios.
Reabilitação feita pela CMP (Câmara do Porto)
Época Edifícios
Década de 70 Casa D. Hugo / Rua D. Hugo
Década de 80 Rua Azevedo de Albuquerque
Década de 90 Teatro Rivolli
Reabilitação feita por Privados
1980 Rua das Flores, n°69
1985 Rua das Flores, n°2 a 12
década 90
Rua Augusto Rosa;
Tribunal da Relação e cadeia ; Avenida dos Aliados ; Antigo Café Imperial; Teatro S. João ; Arquivo distrital do Porto - Rua das
Taipas ; Remodelação da Alfandega do Porto ; Hospital S. António ;
Teatro de Marionetas do Porto;
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2000
Casa do Vinho do Porto - Rua da Restauração ;
Pestana Porto Carlton Hotel ;
2001 Coliseu do Porto;
Reabilitação feita no âmbito do Porto 2001 Capital da Cultura
2001
Praça dos Poveiros
Praça Carlos Alberto
Praça Gomes Teixeira
Praça D. João I
Jardim da Cordoaria
Reabilitação feita pela Porto Vivo, SRU (Porto Vivo, SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense) (2004-...)
2004 - (...)
AIP ( Área de Intervenção Prioritária)
Aliados : Pensão Monumental;
Rivoli/Caixa Geral de Depósitos; Viela
dos Congregados; Associação de
Jornalistas e Homens de Letras; Imperial;
D. João I; Cardosas;
Carlos Alberto
Infante : Ferreira Borges; Palácio das
Artes, Largo de S. Domingos; Rua de
Sousa Viterbo; Feitoria Inglesa;
Sé/Vitória : Rua Mouzinho da Silveira -
14023; Corpo da Guarda; Viela do Anjo;
Bainharia; Pelames;
República
Poveiros/ S. Lázaro
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2.2. Zona de Pesquisa na Baixa do Porto
"A Porto Vivo, SRU tem definida como área de intervenção, a Área Crítica de
Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU), com cerca de 1000 hectares. Por razões
operacionais, foi delimitada uma área menor, denominada Área de Intervenção Prioritária
(A.I.P.), onde está concentrado o esforço de reabilitação urbana.
A Área de Intervenção Prioritária compreende uma área cujos limites extremos são, a
sul, o rio Douro, a norte, a Praça do Marquês/Constituição, a oeste, a Rua da
Restauração/Carvalhosa e, a leste, o Bonfim. A A.I.P. engloba o Centro Histórico do Porto
(classificado como Património da Humanidade), a Baixa tradicional e áreas substanciais das
freguesias do Bonfim, Santo Ildefonso, Massarelos e Cedofeita, correspondentes ao
crescimento da cidade nos séculos XVIII e XIX. "[6]
Destas zonas, todas elas definidas em quarteirões pela SRU, o grupo decidiu focalizar
a sua pesquisa, acerca do tipo de edifícios e tipo de patologias, na A.I.P Sé/Vitória e A.I.P
Infante, mais precisamente, na rua das Flores, na rua Mouzinho da Silveira, na Praça do
Infante e na rua S. João Novo.
O percurso efectuado foi o seguinte:
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Motivos de escolha deste percurso:
existência de um numero variado de edifícios com diferentes tipos de patologias;
maior parte deles são da mesma tipologia: habitação e comércio - o que facilita a
elaboração da cartografia em função do tipo de edifícios;
existência de edifícios de diferentes épocas (edifícios da rua das Flores, da rua
Mouzinho da Silveira e da Rua São João) o que torna o trabalho mais vasto.
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3.PATOLOGIAS NOS EDIFÍCIOS
3.1 FISSURAS
Uma das patologias mais comuns são as fissuras, sendo estas um sinal de
degradação dos edifícios, na medida em que a presença destas patologias significa que algo
não esta a correr bem no Edifício, e isso tem vindo a preocupar vários técnicos
relacionados com a Construção Civil.
O que leva ao aparecimento de fissuras nos edifícios?
• Qualidade dos materiais aplicados;
• Mistura incorrecta dos materiais (dosagem inadequada);
• Forma Incorrecta de aplicar os materiais;
• Erro no assentamento da estrutura do edifício;
• Gravidade;
• Variações de temperatura (entre o interior e o exterior do edifício);
• Presença de água (chuva, neve, humidade do solo)
• Recalques de fundação.
Ao sermos confrontados com esse tipo de patologia devemos prosseguir aos
seguintes processos:
• Avaliar o histórico do edificado (data de construção, existência ou não de
projectos, tipo de fundações, características do subsolo, anteriores fissuras);
• Histórico de fissuras (data previsível do surgimento, evolução, colocação de
registos para aferição da evolução das fissuras);
• Qualidade dos materiais aplicados;
• Mapeamento das fissuras;
• Manifestação das Fissuras;
• Identificar cada tipo de Fissuras;
• Modo de solução.
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Problemas que as fissuras provocam nos edifícios:
As fissuras permitem a passagem de água, que além de provocar manchas e bolhas
na pintura, possibilita também o surgimento de bolores e outros fungos, originadores de
doenças alérgicos respiratórios. Nos casos mais graves origina um processo de corrosão
das armaduras, que se não forem tratadas adequadamente chegam a comprometer a
estabilidade estrutural das edificações.
Prevenção:
As fissuras dos edifícios podem ser prevenidas se os edifícios forem planeados,
projectados e construídos de uma forma eficiente e correcta, ou seja, se houver um
controlo sistemático que possa garantir a qualidade dos materiais e dos serviços (o que implica
a existência de uma perfeita harmonia entre os diversos projectos executivos), um correcto
manuseamento dos materiais e a devida manutenção dos edifícios.
Fig.1- Edifício com fissuras
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3.2 FRACO ISOLAMENTO DE CAIXILHARIAS
Devido a sua antiguidade, os edifícios da Baixa Portuense sofrem de patologias que
tornam a sua habitabilidade limitada e a maior parte das vezes impossível. Assim, depois de
realizados vários estudos e estabelecidos objectivos, teve início o programa de reabilitação da
Baixa do Porto, o programa Porto Vivo, sendo um dos mais importantes objectivos da
reabilitação desses edifícios.
Para tal ser possível, terão de ser corrigidas as patologias que estes edifícios sofrem,
entre as quais se encontra o mau isolamento de caixilharias.
O deficiente isolamento de caixilharias é provocado e agravado por diversos factores,
nomeadamente:
Condições meteorológicas;
Variações de temperatura;
Acção de microorganismos fúngicos;
O próprio tempo que leva ao deteriorar dos materiais (madeira na maior parte dos
casos);
Pouca ou nenhuma manutenção (principalmente devido ao abandono);
Fraca tecnologia de construção da época em que foram edificados os edifícios
(existência de apenas um vidro simples).
E os seus respectivos efeitos como:
Ferrugem;
Fugas de ar;
Infiltrações;
Apodrecimento dos materiais;
Humidade.
Fig. 1 – Madeira das janelas apodrecida (1). Fig. 2 – Janelas com Ferrugem.
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Contudo, todos estes problemas podem ser solucionados recorrendo aos novos materiais e
soluções, mais tolerantes e resistentes:
Substituição das caixilharias em madeira por caixilharias em alumínio, por exemplo;
Utilização de vidro duplo;
Utilização de caixilharia dupla, mais eficiente e eficaz no isolamento térmico mas
principalmente no isolamento sonoro do que o vidro duplo. Uma solução mais
vantajosa naquela zona, por ser altamente movimentada);
Utilização de persianas;
Utilização de vedantes além da caixilharia (por exemplo selicone e borracha).
[10, 11]
.
Fig. 3 – Madeira das janelas apodrecida (2) Fig. 4 – Ausência de persianas
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3.3 HUMIDADES
As infiltrações em pisos ocorrem pela acção da água do subsolo, que percola
os vazios do betão do contra piso, surgindo então no revestimento, seja ele cerâmico,
carpete, tacos ou laminado. A solução por vezes é complicada, e passa pela aplicação de
produto asfáltico ou vedante, seguida de colocação de lona plástica sob o piso final.
A humidade é sem dúvida uma das patologias mais preocupantes e comuns
nos
edifícios, podendo até afectar a qualidade de vida e consequentemente a própria saúde
dos seus habitantes. Ocorre devido à presença de quantidades excessivas de água nas
paredes do edifício e manifesta-se sobre diferentes formas.
Existem, assim, vários tipos de humidade:
Humidade de construção
Humidade do solo
Humidade de precipitação
Humidade de condensação
Humidade devido a fenómenos de higroscopicida
Humidade devido a causas fortuita
Só se aprofundará mais a explicação daquelas que poderão estar na origem dos
problemas que se encontram nos edifícios da Baixa do Porto.
Fig.6- edifício com humidade
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3.3.1 HUMIDADE DE CONSTRUÇÃO
O que é ?
Os materiais que constituem um edifício necessitam de água quer para a sua
confecção, quer para a sua colocação (a exemplo disso temos o betão e o tijolo
respectivamente). No entanto a quantidade com que é introduzida é muitas vezes
menosprezada, denotando-se excessos. Também em fase de construção, como o edifício
está sujeito à acção das chuvas, denotam-se infiltrações aumentando consequentemente
o teor de água acumulada em excesso (que pode atingir bastantes litros). Uma parte dessa
evapora-se rapidamente, enquanto outra permanece acumulada. É esta água que vai
provocar posteriormente anomalias generalizadas ou localizadas, devido ao facto de estar
em excesso nos materiais (podendo ocorrer manchas de humidade ou condensação) ou
até mesmo devido à sua gradual evaporação (podendo provocar expansões, destaques
no material ou a ocorrência de condensações).
Assim, a secagem dos materiais que contêm excesso de água torna-se um processo
em que o factor tempo é bastante relevante. Como os edifícios da baixa do Porto já foram
construídos há muito tempo, este tipo de humidade não é verificada nos mesmos.
Soluções ?
A realidade, como se falou anteriormente, é que o factor tempo é essencial para
que se dê a evaporação da água, sendo limitado em termos de tempo. Mesmo assim
existem várias medidas que poderão acelerar este processo.
Uma das que está mais ao alcance dos habitantes é a de reforçar a ventilação do
edifício em questão. O simples facto de abrir as janelas e fazer circular ar com um
índice de humidade mais baixo promove a secagem dos materiais. Em paralelo a esta
medida pode-se também aumentar a temperatura do ar o que, consequentemente,
diminuirá a humidade relativa deste. Para este aquecimento, no entanto, não se deve usar
aquecedores a gás butano, visto que a combustão deste gás liberta grandes
quantidades de vapor de água.
Uma outra medida que acelera o processo de secagem dos materiais é o uso de
desumidificadores do ar, que tal como o nome indica, absorvem uma grande
percentagem de humidade do ar.
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3.3.2 HUMIDADE DO SOLO
O que é ? Qual a sua origem ?
Como os edifícios estão em contacto com o solo é necessário que existam nessas
áreas umas barreiras estanques, evitando a ascensão de água (presente nesse dito
solo) pelas paredes. Assim, se essas barreiras não existirem ou estiverem posicionadas de
forma deficitária, a água presente no solo infiltrar-se-á no edifício e ascenderá pelas suas
paredes podendo atingir áreas que não se encontram em contacto directo com o solo.
O grau de ascensão da água depende de vários factores, entre os quais:
A capilaridade (mecanismo de transferência de humidade) do material
que constitui as paredes do edifício (sendo tanto maior quanto mais elevada a
capilaridade do material).
A espessura das paredes (sendo também directamente proporcional) Água
com diferente origem terá uma consequência diferente no edifício, isto é, irá
diferenciar a sintomatologia e também o tipo de reparação necessária. Podemos
então separar em dois tipos a água, a água superficial e a água freática.
Água superficial é a água que normalmente advém de uma acumulação da
chuva ou da ruptura de canalizações. As manifestações da infiltração desta são,
normalmente, localizadas a uma área pequena e afectam um número de edifícios
limitado.
Com a humidade relativa à água freática a manifestação já será
uniforme em todas as paredes e irá afectar mais edifícios.
Como prevenir?
Para evitar este tipo de humidade é essencial que sejam tomadas certas medidas
de prevenção logo na projecção do edifício.
Tentar não escolher um terreno propício a alagar é o primeiro passo, utilizar
materiais densos e pouco permeáveis nos materiais em contacto directo com o solo,
revestindo-os (é uma das mais importantes pois este tipo de humidade advém
exactamente daí) e procurar drenar as águas, sendo esta a técnica mais eficaz mas
pouco viável, são apenas alguns exemplos de medidas preventivas que diminuirão,
decerto, as hipóteses de ocorrência deste tipo de humidade.
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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Como corrigir ?
Se a humidade verificada advier de água superficial então é necessário proceder a uma
reparação da parede danificada. Já se a humidade advier de água freática, o tratamento
será um pouco mais complexo, fazendo uso de umas técnicas que irão favorecer a
secagem, e de outras que irão impedir o acesso de humidade às paredes.
Para realizar/favorecer a secagem tem-se as seguintes técnicas: Electro-osmose,
inserem-se dois eléctrodos, um na parede húmida outro no solo, originando assim uma
diferença de potencial e consequentemente uma descida da água pela parede. Executar um
furo fazendo com que o ar seco entre absorva a humidade e adquira mais densidade,
escoando-se assim para o exterior ao longo da parte inferior do furo. Para impedir o acesso
de humidade às paredes é necessário impermeabilizar a área em contacto com o solo,
tanto seja com matérias impermeáveis, como injectando produtos no material propenso a
ser lesado.
3.3.3 HUMIDADE DE CONDENSAÇÃO
O que é ?
Principalmente no Inverno, e muito devido à baixa temperatura, é frequente
haver uma produção intensa de vapor de água dentro das habitações (casas de banho,
cozinhas). Isto faz com que o ar fique com excesso deste vapor e este tenda a ir
condensar-se nas superfícies dos componentes do edifício. Bolores, manchas de
humidade, localizadas ou até mesmo generalizadas são então muito frequentes neste caso,
por isso, para que tal não aconteça é essencial que se promova uma boa ventilação
dos espaços de modo a conduzir o vapor de água excessivo para o exterior. Também o facto
de o interior dos materiais estar com uma temperatura mais baixa que a temperatura
ambiente promove este tipo de condensação. Isto acontece tanto interiormente como
exteriormente.
Como prevenir?
O aparecimento deste tipo de humidade pode ser facilmente prevenido, tomando as seguintes
medidas:
Aumentar a temperatura ambiente, de modo a aumentar também a quantidade
máxima de vapor de água que o ar pode conter e promovendo a secagem do
material já húmido;
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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Melhorar o isolamento térmico, de modo a que se mantenha a temperatura mais
elevada;
Melhorar a ventilação da casa;
Adquirir desumidificadores, absorvendo estes um grande teor de humidade;
Aplicar revestimentos porosos nas paredes de modo a absorverem a humidade
quando o ar se encontra saturado, perdendo-a quando o ambiente se torna seco.
Ventilação
Com a ventilação dá-se não só a remoção do vapor de água do ambiente
como também se promove a secagem das superfícies húmidas. Uma ventilação deficitária faz
com que o vapor de água (no interior da casa) permaneça acumulado dando assim
origem ao aparecimento de bolor.
Existem várias formas de se conseguir uma ventilação eficiente, desde montar
janelas providas de aberturas de ventilação, adquirir sistemas de ventilação mecânicos,
até executar orifícios nas fachadas de modo a que circule o ar de uma forma eficiente e
não incómoda.
3.3.4 HUMIDADE DE PRECIPITAÇÃO
O que é? Qual a sua origem?
Chuva e vento são uma das principais causas para ocorrência de humidade em
muitos edifícios. Mas a penetração da água da chuva nas paredes dos edifícios é algo
natural, que por si só não acarreta problemas se esses edifícios tiverem elementos
concebidos para resistirem a este tipo de acções. No entanto a ocorrência de anomalias é
frequente (fissuras, entre outros) logo a água consegue infiltrar-se provocando graves danos
nos materiais. Neste tipo de humidade são característicos os bolores, as manchas de
humidade, as eflorescências , criptoflorescências e até mesmo água no seu estado natural.
No entanto, estes problemas desaparecem quando o mau tempo termina.
Soluções?
As soluções para este caso remetem-nos para a substituição dos elementos
lesados, normalmente. No entanto, também é possível a correcção das anomalias, através de:
Aplicar revestimentos de parede novos tanto interior como exteriormente,
removendo os já existentes;
Aplicar um hidrófugo de superfície nos paramentos exteriores.
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Existem também soluções que convergem muito com as já apresentadas em outro tipo
de humidades. Este tipo de humidade pode levar não só à degradação visual do edifício
como também a outros níveis. Pode por em risco toda a instalação eléctrica do edifício
em questão, assim, é essencial tentar solucionar rapidamente qualquer anomalia deste
género.
3.4 FUNGOS
Os microrganismos fazem parte do grupo pertencente às causas de degradação de
edifícios. Dentro dos microrganismos estão as algas, os fungos, os líquenes e as
bactérias, que se formam sob condições propícias de humidade e luz, principalmente
humidade porque a colonização dos microrganismos está associada à disponibilidade de
água.
Ora, na cidade do Porto estes dois factores existem em abundância e, portanto, os
problemas de humidade podem originar a fixação de microrganismos. Estes podem ser
prejudiciais porque se alimentam de sais (contidos na água) e até de matérias que retiram do
material em que se fixam. A questão de serem prejudiciais tem que ver com o facto de
alguns organismos segregarem ácidos e outros químicos capazes de dissolver alguns
componentes da pedra e a tornam mais fraca, por assim dizer.
Para além disto, existe também a acção do desenvolvimento das raízes das
plantas superiores e também a acção biológica causada pelas fezes de pombos. Estas, para
além de serem uma grande fonte de sais para a fixação dos organismos acima
referidos, provocam grandes anomalias estéticas e atacam quimicamente as estruturas.
A actividade biológica na superfície das estruturas é a causa de manchas coloridas,
incrustações e de órgãos vegetativos. Isto sujeita as estruturas a erosão forte e
lixiviação que as deixam deterioradas e enfraquecidas.
O desenvolvimento e morte das sucessivas gerações de microrganismos,
juntamente com os compostos de amónio e fósforo transportados pelo vento ou pela
acumulação de fezes de animais, dão todas as condições favoráveis ao desenvolvimento
das chamadas plantas superiores (fungos, bactérias heterotróficas, etc).
À medida que a superfície vai ficando desgastada fisicamente, juntamente com
favoráveis factores ambientais, vai-se realizando a deposição e germinação de plantas cujos
corpos reprodutivos são transportados pelo vento.
Assim, os microrganismos, a actividade biológica resultante das fezes de animais e as
plantas superiores provocam danos a vários níveis:
1.Físicos – abrasão, tensões mecânicas
2.Químicos – dissolução, reacções oxidação/redução
3.Estéticos – manchas coloridas e incrustações
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Fig.7 – Edifício cuja parede tem fungos
3.5 INFILTRAÇÕES
Causas:
A ocorrência de problemas provocados pela humidade nos edifícios é
muito frequente. Em geral, por falta de cuidados básicos durante a construção, as
edificações tendem a apresentar problemas crónicos de humidade por toda sua vida útil.
Esses defeitos são de reparação cara e muitas vezes de difícil solução.
Para que tais danos não venham a acontecer, o proprietário e o construtor devem
tomar cuidados fundamentais que trarão benefícios definitivos e reduzirão os custos de
manutenção do edifício.
Essencialmente, a água poderá ocasionar a infiltração através de três caminhos
distintos: por meio de trincas e fissuras, pelos poros do material (de betão, por exemplo) e
ainda por falhas que esse material possua (fendas junto às armaduras, etc ... )
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A infiltração inicia-se quando a água existente nos espaços vazios do solo
movimenta-se para dentro da construção provocando as indesejáveis manchas de
humidade e infiltrações maiores, com o aparecimento ou “afloramento” da água na
superfície.
Mesmo no momento da execução da obra, se o solo estiver aparentemente
seco, águas de chuvas intensas, quando infiltradas no solo, ou até mesmo vazamentos de
tubulações hidráulicas, podem provocar o mesmo efeito e respectivamente o mesmo
problema.
Estas infiltrações são acentuadas devido aos defeitos originados no próprio
processo construtivo dos edifícios (erros de projecto ou de execução) ou adquiridos ao
longo do tempo (desgastes naturais, utilização, manutenção ineficiente, agressões).
Efeitos:
As infiltrações são bastantes indesejáveis uma vez que são capazes de grandes
estragos nos edifícios. Os resultados mais comuns são: manchas localizadas em forma
de elipse, manchas lineares (indicam fissura na impermeabilização) e estalactites de
carbonato brancas (indicam exactamente o ponto de passagem da água).
Fig.8 – Manchas localizadas de humidade Fig.9 – Manchas lineares
Soluções:
As infiltrações em paredes ocorrem pela penetração da água pela face não
impermeabilizada da viga, pela face exposta de paredes externas, ou ainda por vazamentos
na cobertura, calhas ou rufos. Há que ser isolada dita viga com produto asfáltico,
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mediante a demolição consecutiva do pano inferior das paredes, em trechos com vãos
máximos de 1,00 m para que não surjam problemas estruturais.
Nas infiltrações em lajes, em casos simplificados utilizar contra piso com isolante
tipo Sela-água, Vedacit ou Sika. Mas isolamento garantido é somente com aplicação de
manta asfáltica elastomérica de 4 mm, estruturada com Poliéster, e soldada a maçarico,
após aplicação de primer.
Nos dias de hoje existem produtos muito eficazes para impermeabilização, entretanto
muitas vezes somente a impermeabilização não é a solução adequada, pois cria uma
barreira que impede a passagem da água, fazendo com que esta procure caminhos
diferentes, inclusive falhas na própria impermeabilização.
A presença da água constante em muros, pisos e alvenaria ocasiona as
conhecidas manchas de humidade.
Para resolver definitivamente esses problemas é necessário drenar! Drenar é o acto de
remover a água em excesso contida no solo, devendo recolher, conduzir e posteriormente
lançar em local adequado através de um sistema drenante, de modo a evitar que a água
entre em contacto directo com a estrutura. A drenagem deve trabalhar em conjunto com
o sistema de impermeabilização para que se obtenha um resultado satisfatório. Sistemas
drenantes convencionais em geral são compostos por um meio drenante (brita ou areia)
e uma camada filtrante (filtro geotêxtil ou manta têxtil), que são complicados e difíceis
de serem executados, principalmente atrás de muros, não sendo feitos por tal
dificuldade.
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4.CARTOGRAFIA DAS ZONAS ANALISADAS
Nesta cartografia (Fig. 1) foram sombreadas com tons e cores diferentes os edifícios que
a nossa investigação abrangeu, de acordo com a finalidade do edifício em questão (i.e.
habitação; comércio; prestação de serviços; monumento) e tendo em conta o seu estado
de conservação, tal como pode ser visto na legenda inferior, permitindo-nos facilmente
identificar através do esquema se um edifício está ocupado ou desocupado por falta de
segurança gerada pela sua fraca conservação. Na legenda lateral estão mencionadas as
patologias presentes nos respectivos edifícios, devidamente assinalados e numerados.
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5. CONCLUSÃO
Depois da realização deste trabalho apercebemo-nos que a reabilitação de edifícios é na
realidade um processo de elevada complexidade e relevância. Muitas são as patologias,
umas mais preocupantes, envolvendo métodos solucionais mais dispendiosos e
avançados tecnologicamente, outras mais leves, as quais podem até ser solucionadas e
revertidas recorrendo a métodos rudimentares e de fácil acesso. Ficamos a conhecer,
também, um pouco mais sobre a historia da baixa portuense, a época a que pertencem os
edifícios da baixa do Porto e até em que estilo os edifícios se inserem. O trabalho em resumo
foi muito enriquecedor não só a nível de conhecimentos como também a nível de relações
interpessoais!
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6. Bibliografia
Capitulos 2 e 2.1
[1] http://portoguia.no.sapo.pt/porto.htm - 2/10/2010
[2] http://www.portoturismo.pt/index.php?m=2&s=2 - 2/10/2010
[3]http://www.igogo.pt/casa-da-rua-de-dom-hugo/ - 3/10/2010
[4] http://www.portoxxi.com/cultura/ver_edificio.php?id=22 - 3/10/2010
[5] http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_dos_Ferrazes_Bravos - 5/10/2010
[6] http://www.portovivosru.pt/ - 5/10/2010
[7] CRUARB - Projecto Municipal para a renovação urbana do centro histórico do Porto.
2000/1ªEdição. Porto Património Mundial III CRUARB 25 anos de reabilitação urbana -
Intervenções de 1974 a 2000. Câmara Municipal do Porto Edição
[8] CRUARB - Projecto Municipal para a renovação urbana do centro histórico do Porto.
1998/1ªEdição. Porto Património Mundial II Processo de Candidatura do Centro histórico do
Porto à Unesco. Câmara Municipal do Porto Edição
[9] Gomes Fernandes, José.1983. Centro Histórico do Porto - Dar Futuro ao nosso Passado.
Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto
Capitulos 3
10] http://www.vedacit.com.br/infoteca/noticias/1081-fissuras-em-paredes-causas-e-
correcao
[11] http://ldc.pt/noticias/noticia.php?t=o-problema-das-fissuras-nos-edificios
[12]http://engenhariacivilestudantes.blogspot.com/2008/12/as-causas-de-
fissuras.html
[13]ftp://ftp.unilins.edu.br/engestr_t2/Modulo_Alvenaria_Estrutural/Aula_220809/Alv
enaria%20Estrutural%20-%20parte%208.pdf
[14]http://www.ikaza.com.pt/presentationlayer/Estudo_01.aspx?id=14&canal_ordem
=0403
[15] http://www.civil.uminho.pt/cec/revista/Num23/n_23_pag_05-18.pdf
[16] http://www.ecivilnet.com/artigos/impermeabilizacao_injetavel.htm
[17]http://monteiroeng.blogspot.com/2009/08/serie -construcao-civil-patologia-
das.html
[18]http://noticias.vrum.com.br/imoveis/template_interna_noticias,id_noticias=34933
&id_sessoes=18/template_interna_noticias.shtml
[19]http://dc131.4shared.com/download/FCt1Reaj/Identificacao_e_tratamento_de_.p
df?forceOpen=true
A REABILITAÇÃO DA BAIXA DO PORTO FEUP Outubro de 2010
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[20] http://www.ecivilnet.com/artigos/impermeabilizacao_injetavel.htm
[21]http://monteiroeng.blogspot.com/2009/08/serie -construcao-civil-patologia-
das.html
[22]http://noticias.vrum.com.br/imoveis/template_interna_noticias,id_noticias=34933
&id_sessoes=18/template_interna_noticias.shtml
Capitulo 4
http://sigweb.cm-
porto.pt/mipweb/%28S%28j5dqbv452zvelt45ele0wn55%29%29/MapViewer/SectionsViewer.asp
x?id=4