a primeira assembléia geral foi convocada em 23 de...

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80 Figura 6 Certidão emitida pelo Primeiro Oficial de Registro de Imóveis de São José do Rio Preto A Primeira Assembléia Geral foi convocada em 23 de setembro de 1934, dia em que a Comissão Preliminar Pro Construção da Igreja, nomeada no dia 8 de fevereiro, foi substituída pelo Conselho Administrativo, eleito pela Assembléia e “composto, então, dos seguintes conselheiros: Moisés Miguel Haddad, Calil Buchalla, Elias Choeiri, Nagib Gabriel, Mançour Daud, Abrão Jorge, José Demétrio, Miguel Buchdid, Miguel Sabbah, José Caram Sabbagh, Elias Mussi e Antonio Dieb Nassar (Livro de Atas n.o 01, Ata n.o 12, de 24 de setembro de 1934). Este, tomando posse, continuou os trabalhos iniciados.

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Figura 6 – Certidão emitida pelo Primeiro Oficial de Registro de Imóveis de São José do Rio Preto

A Primeira Assembléia Geral foi convocada em 23 de setembro de

1934, dia em que a Comissão Preliminar Pro Construção da Igreja, nomeada

no dia 8 de fevereiro, foi substituída pelo Conselho Administrativo, eleito pela

Assembléia e “composto, então, dos seguintes conselheiros: Moisés Miguel

Haddad, Calil Buchalla, Elias Choeiri, Nagib Gabriel, Mançour Daud, Abrão

Jorge, José Demétrio, Miguel Buchdid, Miguel Sabbah, José Caram Sabbagh,

Elias Mussi e Antonio Dieb Nassar (Livro de Atas n.o 01, Ata n.o 12, de 24 de

setembro de 1934). Este, tomando posse, continuou os trabalhos iniciados.

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Planejou, a princípio, executar o seguinte: A Planta da futura Igreja; a relação

dos correligionários, na Cidade e na Região; a construção da Sede Paroquial, e

a vinda de um Sacerdote. Auxiliava o Conselho em sua tarefa administrativa, a

Sociedade das Damas Ortodoxas, criada havia um ano, e então composta das

seguintes senhoras: Nadjla Haddad, Ainda Assaz, Nina Chacra, Nabiha Tubel,

Amélia Mussi, Afifê Scaff, Nazima Garzuzi, Alice Suriani, Michelin Rizcalla, Mari

Madi, Nabiha Madi, Wadiha Homsi, Mahiba Mahfuz, Najiba Sawaya, Olga

Latuf, Florinda Choeiri, Nabiha Násser, e Zakiê Saikali, (Livro 1.o entre as Atas

46 e 47, com data de 15 de novembro de 1936)” (GOMES, 1975, p. 215).

Fotos 4 e 5 – Casamento e Festa de casamento de Alice Bechara, filha do padre

Habib Bechara.

O engenheiro e empreiteiro, Dr. G. Bozzani, estava contratado e com a

planta da obra nas mãos e, antes do primeiro aniversário da Primeira

Assembléia Geral da Igreja, no dia 4 de agosto de 1935, Rio Preto recebe seu

primeiro vigário ortodoxo, o padre Georgeos Assaz. As autoridades da cidade,

da Sociedade das Damas Ortodoxas, o Conselho Administrativo, o referido

padre e a população assistiu o lançamento da “PEDRA FUNDAMENTAL DA

IGREJA ORTODOXA ANTIOQUINA DE SÃO JORGE, DE RIO PRETO, no dia

15 de novembro de 1936” (GOMES, 1975, p. 216). A inauguração da Igreja

aconteceu quase onze anos depois.

“No dia determinado, com a presença de dois dos Príncipes da Igreja, enviados especiais do Trono Antioquino, Dom Nifom Seba, DD. Arcebispo Metropolitano de Zahlê (Líbano), e Dom Ignatios Heraik, DD. Arcebispo Metropolitano de Hama (Síria), para presidir a Cerimônia da Sagração, com a presença do senhor Governador do Estado, seu secretariado e uma grande comitiva, de Autoridades da Cidade e da Região, de uma multidão compacta dos correligionários

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e do povo, os DD. Prelados e Enviados Apostólicos procederam à Bênção, à Santificação e à Sagração da igreja recém construída, consagrando-a à adoração de Deus, dedicando-a à proteção do Padroeiro São Jorge, e destinando-a às práticas do culto religioso Ortodoxo. Realizou-se esta Solenidade no dia 5 de julho de 1947” (GOMES, 1975, p. 216).

Fotos 6 e 7 – Período da construção da Igreja Ortodoxa em Rio Preto

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Foto 8 – Sentado à esquerda, Dom Nifom Seba, DD. Arcebispo Metropolitano de Zahlê (Líbano) e

sentado à direita, Dom Ignatios Heraik, DD. Arcebispo Metropolitano de Hama (Síria) em visita a São José

do Rio Preto

O recém eleito Arcebispo Metropolitano Ortodoxo do Brasil, Dom

Ignatios Ferzly, visita a cidade de Rio Preto em 5 de junho de 1959 e faz muitos

elogios à igreja construída na cidade. O Conselho Administrativo, motivado

pelos elogios, resolve construir um salão nobre no terreno ao lado da Igreja.

Sobre o salão seria construído um apartamento para abrigar o padre. “Em nova

visita, no dia 24 de setembro de 1960, Dom Ignatios eleva a Paróquia Ortodoxa

de São Jorge a Sub-Diocese, e a igreja á categoria de Catedral” (GOMES,

1975, p. 217). A inauguração do Prédio Arquiepiscopal aconteceu em 5 de

março de 1961, mais uma vez com a presença do Arcebispo Metropolitano.

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Foto 9 – Inauguração do Prédio Episcopal – 5 de março de 1961

Foto 10 – Inauguração do Prédio Episcopal – 5 de março de 1961

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De acordo com Lodi, é possível asseverar que o autor do artigo

interpretado como ventos fortes [que] agitaram a calmaria do mar, tempestades

violentas [que] abalaram a bonança, e correntezas contrárias, que deu origem

à discussão pública e a todas essas obras de afirmação da colônia sírio-

libanesa, foi Monsenhor Joaquim Manoel Gonçalves. Suas afirmações incisivas

causaram outros conhecidos desconfortos presenciados pela comunidade

religiosa local. Ao lermos o Livro do Tomo da Paróquia da Igreja Católica

Apostólica Romana em São José do Rio Preto, vemos em seus últimos

escritos, por ocasião de sua despedida da cidade, em 1939, palavras de

reconciliação e pesar pelos problemas ocorridos nos anos anteriores.

“A minha despedida Foi na véspera de dar posse ao novo Cura da Catedral, Monsenhor Adaucto Rocha, que eu escrevi as palavras que aqui transcrevo e que mandei publicar nos dois diários locais sob o título que encima estas linhas, dirigindo-me aos dois diréctores como ai vai – “Caro diréctor de „A Notícia‟ ou caro diréctor de „A Folha‟. Peço-lhe guarida no seu jornal para duas palavras de despedida ao deixar o cargo de Cura da Catedral de Rio Preto. Quase doze anos se completam da minha direção nesta paróquia, transformada em Curato com a vinda do nosso querido Bispo Dom Lafayette Libanio, o primeiro depois da eréção do bispado. No trabalho que fiz e nos esforços que empreguei para cumprir o meu dever, tive em meu favor, depois da cooperação da graça de Nosso Senhor, com que sempre contei, apesar da minha indignidade, o auxílio dos conselhos sensatos e avisos prudentes do meu Superior Hierárquico, e de meus colegas, quer no paroquiato, quer no exercício das missões. Mas é certo que também muito me ajudou na consecução dos resultados, que por vezes se pautavam, a boa vontade e o santo empenho, com que todos os paroquianos procuravam tornar mais suave o meu jugo, devendo destacar aqui a este respeito, o interesse particular tomavam todas as associações piedosas, e o núcleo ainda pequeno, suas bem àtivos da Ação Católica. Num exame sério de consciencia, sinto remorsos de ter faltado algumas vezes aos meus deveres de correspondencia às gentilezas de que muitos me cercaram; e de não ter sabido constantemente, com pleno domínio de mim mesmo, conservar-me sereno nos avisos, caridoso nas repreensões, reflétido nos conselhos, e comedido nas demonstrações de afeto, sem bajulação entretanto e sem maldade. Nas dedicações que tenho sentido e nos favores recebidos.

(…) Peço perdão a quantos se julgarem ofendidos por mim. E também perdão generosamente a todos os que têm pretendido e procurado molestar-me, seja qual for a classe a quem pertencem, não excétuando mesmo os que, numa odiosidade inconcebível, pretenderam expulsar-me não sei para onde, como indesajável, e de certo.... perigoso. A todos vai esta perdão muito do fundo da alma.

(…) Após esta ligeira exposição de coisas e a indicação do programa singelo de trabalho, vou finalizar este arrasoado, agradecendo a todos a muita dedicação que me votaram, em o carinho que em geral comigo repartiram. A imprensa local, e particularmente aos dois

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diários que estão na brecha, representando com o seu mister neste progranista recanto de São Paulo – „A Notícia‟ e „A Folha‟, os protestos do meu reconhecimento. Por enquanto na Casa Paroquial e, mais tarde, residência não distante, sempre ficarei às ordens de todos, honrando-me em recebê-los contentes de cumpri-las. Rio Preto, 15 de abril de 1939

Monsenhor Joaquim Manoel Gonçalves (LIVRO DO TOMO)

Tal sentimento de conciliação se harmoniza com as cinco últimas das

“maiores diligências e tentativas empreendidas, após o grande cisma que

aconteceu entre as duas Igrejas: a Católica Apostólica Ortodoxa e a Católica

Apostólica Romana no ano de 1054”, publicadas no livreto Calendário Ortodoxo

de 1966 já aqui citadas:

24. A Mensagem de PAZ do Papa João XXIII ao

Patriarca Ecumênico Atenágoras I (1958).

25. A Mensagem de PAZ do Papa Paulo VI ao

Patriarca Ecumênico Atenágoras I (1964).

26. A Sugestão do Patriarca Ecumênico

Atenágoras I quando do encontro com o Papa Paulo

VI (6-12-1963).

27. O Encontro do Papa Paulo VI com o Patriarca

Ecumênico Antenágoras I (6 de fev. 1964) com o

Patriarca de Jerusalém Benedito I em Jerusalém.

28. Sustação das excomunhões mútuas que se

iniciaram no ano de 1054, entre as duas Igrejas:

Ortodoxa e Romana (7-12-65).

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2. IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ORTODOXA ANTIOQUINA

Oficialmente, a união de todos os ortodoxos do mundo, independente

de raça, língua, nacionalidade ou cor, forma a Igreja Ortodoxa. Esta Igreja é

Uma, Santa, Católica e Apostólica.

É Una: Porque o seu fundador e chefe Jesus Cristo “que a adquiriu pelo seu próprio sangue” (At 20.28) é um só; a sua fé em Jesus Cristo, a pedra principal (1Co 10.4) é uma só e indivisível; o seu govêrno Sinodal é um só e imutável através dos séculos. E como disse o Apóstolo: “Porque há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos” (Ef 4.5-6). É Santa: porque o seu alvo, isto é a salvação, a redenção, etc. é santa; a sua doutrina é Divina emana do S. Evangelho e S. Tradição; os seus fiéis são exemplos em caráter de santidade; além de serem exemplos em fé, amor, confraternização e virtude. É Católica: porque a sua missão é ilimitada, por fora dos tempos, espaços, marcos e raças; a sua fé é incondicional, segundo o mandato do Senhor: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a tôda criatura”(Mc 16.15); a sua bandeira da paz, sacrifício e abnegaçã0 é universal e está plantada no mundo inteiro junto às correntes da vida, “para que, ao nome de Jesus se dobre todo o joelho no céu, na terra e no inferno” (Fl 2.10). É Apostólica: porque apegou conscienciosamente aos ensinamentos e instruções que recebera do Senhor e seus Apóstolos, conservando-os como bom depósito da fé e amor em Jesus Cristo, resguardando-os de século em século sem que lhes infiltra heresia nos dogmas, anarquia nos princípios e disciplinas, paralisia nas virtudes, monarquia no govêrno, evitando as novidades profanas de palavra e egoísmo, guardando autênticamente a sucessão apostólica irrepreencível (sic) em todos os graus e manifestando com os Apóstolos que “ninguém pode pôr outro fundamento, senão o que foi pôsto, que é Jesus Cristo” (1Co 3.11), “que era ontem e é hoje: o mesmo será por todos os séculos” (Hb 13.8), “a cabeça do corpo da Igreja” (Cl 1.18), a sua Pedra Angular (1Pe 2.6), e “A Rocha Eterna” (Is 26.4).

Quando os Arcebispos Primazes das Igrejas autônomas se reúnem a

todos os Patriarcas chefes das Igrejas autocéfalas, por convocação de Sua

Santidade, o Patriarca de Constantinopla, a autoridade suprema da Igreja

Ortodoxa está reunida. O local onde o Santo Sínodo Ecumênico se reúne é

definido pelo citado Patriarca o qual é o único a receber a nomenclatura de Sua

Santidade. Os demais Patriarcas são Sua Beatitude e os Arcebispos

Metropolitanos são Eminência. Este últimos são a autoridade espiritual das

arquidioceses conquanto estão subordinados aos Patriarcas.

Os Graus da ordem na Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, segundo o santo Evangelho e a santa Tradição, são três: Bispo, Padre, Diácono. Todos os títulos que foram ramificados do grau de Bispo são denominações. Portanto, não há, religiosamente ou dogmàticamente, diferença entre bispo, arcebispo, metropolita, patriarca e papa. Pois

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são todos iguais na única e invariável sucessão apostólica e no único e indivisível grau episcopal. Apenas terá primazia de bondade, de sabedoria, de idade e, oficialmente, de ordem hierárquica. (...) Hoje todos os títulos episcopais estão, relativamente, com uma responsabilidade eclesiástica, e administrativa. Os padres também e os diáconos são iguais. Os títulos que recebem, como arquimandrita, ecônomo, arquidiácono etc. não lhes dão primazia espiritual ou

administrativa, mas apenas honorífica. (Calendário Ortodoxo de 1966).

A Igreja Antioquina teria sido fundada por líderes sucessores dos

apóstolos Pedro e Paulo. O primeiro Concílio Ecumênico reconheceu no bispo

de Antioquia a primazia sobre todos os Bispos do Oriente, tendo o segundo

Concílio confirmado a decisão do primeiro. Enquanto o IV Concílio Ecumênico

concedeu ao Bispo de Antioquia o Título de Patriarca, colocando-o na terceira

categoria, após os Patriarcas de Constantinopla e Alexandria. A Igreja Siríaca

Jacobita, os Maronitas e os Gregos Católicos surgiram como dissidência de

Antioquia.

Os Patriarcados de Jerusalém, Alexandria e Antioquia foram

penalizados severamente, ao longo da história, com muitas heresias. Estes

Patriarcados, “junto a Roma e Constantinopla [formavam] a Santa Pentarquia

dos Patriarcados Apostólicos. Isso acabou por elevar o prestígio de

Constantinopla, no que toca a defesa da Ortodoxia Cristã. Todavia, a história

demonstrou que, nos períodos pós-cisão, o Patriarca constantinopolitano foi

por sua vez perdendo o seu poder com as independências proclamadas e

aceitas de outras Igrejas também reconhecidas como ortodoxas, ficando um

número bastante reduzido de Igrejas dependentes diretamente de sua

jurisdição canônica. [Mas, ainda que independentes, as Igrejas] reconhecem o

Patriarca de Constantinopla como „Primus Inter Pares‟ (Primeiro Entre os

Iguais), título honorífico” (LOIACONO, 2006, p. 45-6). O Patriarcado de

Antioquia está entre os que se tornaram independentes e seu líder atual é o

Patriarca Ignátios IV, nascido em 17 de abril de 1920, na Síria. Com relação à

sede do Patriarcado o padre Gregório Teodoro afirma: “A nossa igreja veio dali,

tanto que até hoje a sede histórica da nossa Igreja é a Antioquia. O Patriarcado

não está mais lá, passou para Damasco, capital da Síria. Primeiro porque a

cidade foi quase destruída por um terremoto. Depois, por questões políticas ela

pertence atualmente à Turquia. A sede está em Damasco por isso, mas a sede

histórica continua sendo a cidade de Antioquia”.

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Foto 11 – Sua Beatitude Ignátios IV, Patriarca de Antioquia e de Todo o Oriente

A missa ortodoxa reproduz os momentos finais da vida de Jesus na

terra até sua ressurreição, o que não ocorre no rito latino, que tem seu ápice na

Ceia do Senhor. Na Igreja Ortodoxa toda a liturgia é celebrada em canto, ora

pelo(s) padre(s), ora pelo povo, dirigido por um coral, que fica ao fundo da

igreja, numa galeria superior. Na Igreja Católica Apostólica Ortodoxa

Antioquina, o som de um órgão acompanha as vozes. Segundo Loiacono, o

objetivo é levar o fiel à percepção da presença de Cristo e a um estado pleno

de contemplação. “Repleta de manifestações simbólicas, a missa ortodoxa

divide-se em quatro partes:

1. O instante inicial é marcado pela preparação da missa e inclui a procissão do Evangelho, é o símbolo oculto da vida do Cristo; 2. O segundo momento vai da procissão do Evangelho até o ofertório, é a ritualização da vida pública do Cristo; 3. A terceira parte envolve desde a procissão do ofertório até o instante pós-comunhão. É a representação do padecimento de Jesus (paixão e morte);

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4. A parte final compreende a comunhão até o encerramento do culto. É a expressão simbólica da vida gloriosa de Cristo. (LOIACONO, 2006, p. 29)

Willian Suleiman, nascido na Síria em uma tradicional família ortodoxa,

descreve assim a missa ortodoxa a nós:

“Primeiramente, na Igreja Ortodoxa tem as preparações da missa. Elas

levam mais ou menos uma hora. Mas hoje em dia não estão fazendo mais

essas preparações. Estão rezando direito a missa. As preparações ficaram em

segundo plano. Nessas preparações têm muitas orações, lê-se muita coisa,

prepara o fiel pra missa. Os fiéis participam dessas preparações. Lá na Síria

eles ainda fazem, mas aqui não. Como aqui o povo frequenta pouco, então

eles já entram direto na missa. A missa começa dessa maneira.

Primeiro faz os pedidos. Depois dos pedidos tem uma procissão dentro

da igreja. Depois tem a segunda procissão, depois do Evangelho. A primeira

procissão é uma preparação para o Evangelho. Ainda tem a Espístola e depois

dela vem o Evangelho. Logo depois do Evangelho tem o credo e então uma

oração um pouco comprida. É a oração do Querubim. Reza o Querubim e tem

outra procissão. O abuna28 leva o cálice e muitas pessoas ficam de joelhos,

porque é como se fosse a passagem da Santíssima Trindade. Por isso as

pessoas põem a mão no manto dele. Às vezes as pessoas doentes, pela fé,

podem ser curadas. Depois vem a consagração, que é a transformação do pão

e do vinho em corpo e sangue de Jesus Cristo. É só o padre que pode fazer

isso, só ele recebe esse poder. Ele é que faz a transformação. Ai vem mais

uma oração, o padre dá a comunhão, tem o Pai Nosso e depois a bênção final.

O padre vem na porta do meio29 e faz a bênção. Após a missa, eles dão o pão.

A comunhão é uma coisa, aquele pão é outra. A gente não tem a hóstia,

porque Jesus disse pra beber e comer o vinho e o pão”.

28

Significa nosso pai, é a forma de se referir ao padre. 29

Existe uma parede que separa o altar dos fiéis. Esta parede tem três portas. A porta do meio é chamada de Porta Real. Ninguém pode passar por ela, a não ser o padre, que só a atravessa durante a missa. Fora dos momentos de serviço religioso, nem mesmo ele a atravessa. Todos os celebrantes – inclusive o padre – da missa devem sempre entrar pela porta da direita e sair pela da esquerda. Apenas homens podem ser celebrantes. Isso para prevenir que uma mulher menstruada achegue-se ao altar.

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Foto 12 – à esquerda, Dom Damaskinos Mansour servindo a comunhão à Elmaz Bussab. Ao fundo, o Padre Nicolas Ferzoli.

Foto 13 – à direita, parte do teto e da iconostase30

da Catedral Ortodoxa de

Rio Preto.

É importante notar que o entrevistado não diz Bíblia, mas Evangelho –

por vezes, Santo Evangelho. O livro Doutrina Cristã Ortodoxa – Baseada nos

ensinamentos da teologia ortodoxa (publicado pela Santa Igreja Grego-

Ortodoxa do Brasil em 1957) consiste da forma de catecismo, com perguntas e

respostas. Vejamos algumas dessas perguntas e respostas:

“27. Em quantas partes principais dividem-se as

Sagradas Escrituras?

As Sagradas Escrituras são divididas em duas

partes principais: Antigo ou Velho Testamento e

Novo Testamento.

28. Que significam as palavras: Antigo e Novo

Testamento?

Significam: a antiga união de Deus com os homens

e a nova união de Deus com os homens.

30

Parede divisória que separa o santuário da nave do templo. Essa parede possui ao menos

três aberturas para o trânsito dos celebrantes e ministros.

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30. Em que consiste a antiga união de Deus com os

homens (O Velho Testamento)?

Consiste em promessa solene, dada aos homens

pelo Deus Todo-poderoso, de que mandaria o Divino

Salvador para salvar os homens dos seus pecados.

Consistia também em preparar a humanidade para

receber o Filho de Deus.

33. De quantos livros estão constituídas as

Sagradas Escrituras do Antigo Testamento?

Os Santos Cirilo de Jerusalém, Atanásio o Magno e

João Damasceno contam 22 dêstes livros sagrados,

seguindo o exemplo dos antigos hebreus, que

mantiveram êste cálculo nas suas tradições. (S.

Atan. Espístola 39; S. João Damasceno: Teologia –

Livro 4, cap. 17).

39. Que há de importante no livro do Gênesis?

Neste livro encontramos a descrição da criação do

universo e do homem, da história primordial da

humanidade e do estabelecimento dos sentimentos

religiosos entre os primeiros homens.

40. Sôbre que tratam os outros quatro livros de

Moisés?

Êstes livros contam-nos a história da religiosidade

nos tempo de Moisés, como também sôbre as Leis

por êle recebidas de Deus.

41. Que devemos saber sôbre o livro dos Salmos?

O livro dos Salmos não sòmente ensina e eleva a

alma às práticas piedosas, mas contém ainda um

número considerável de profecias sôbre a sagrada

pessoa do Salvador. Êste livro admirável é um guia

magnífico para as preces e a glorificação de Deus,

sendo constantemente utilizado em todos os rituais

da Santa Igreja Cristã Ortodoxa.

53. Que são profecias?

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São as predições exatas das coisas futuras, que não

podem ser conhecidas de alguém, além do Deus

Todo-poderoso.

54. Por que consideramos as profecias o início da

verdadeira revelação divina?

Explicaremos esta pergunta por meio do seguinte

exemplo:

O profeta Isaías predisse com antecedência de

vários séculos, o nascimento de Nosso Senhor

Jesus Cristo da Virgem Maria, fato êste sob hpótese

alguma sequer imaginado naquela longínqua época

histórica. Não resta dúvida alguma de que as

palavras desta proecia foram ditadas ao profeta

Isaías pelo próprio Deus.

Sôbre êste assunto diz-nos o santo apóstolo Mateus:

„Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que

foi dito da parte do Senhor, pelo profeta que diz: eis

que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e

chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido

é: Deus conosco‟ (S. Mat. 1, 22, 23)”.

As perguntas por nós selecionadas anunciam algumas peculiaridades

do cristianismo ortodoxo. Vemos, inicialmente, que a Igreja Ortodoxa tem a

Bíblia como livro sagrado – Velho e Novo Testamento. O Velho Testamento

anuncia uma forma antiga de relacionamento de Deus com os homens e o

Novo, uma nova forma. Mesmo sendo Católica, como a Igreja Romana, o

cânon do Antigo Testamento Ortodoxo é aquele que seria adotado pelas

igrejas reformadas no século XVI31, ou seja, sem os livros conhecidos como

apócrifos, adotando apenas os livros hebreus.

Também chamamos atenção para as seguintes frases: com relação ao

livro de Gênesis: estabelecimento dos sentimentos religiosos entre os primeiros

31

Para os ortodoxos o Antigo Testamento tem 22 livros enquanto para os protestantes, 39. Isso se dá porque os ortodoxos compilam em um único livro, o que os protestantes consideram diversos. Um bom exemplo são os doze livros dos profetas menores, compilados no livro Dos dozes profetas.

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homens; com relação aos demais livros do Pentateuco: da religiosidade nos

tempo de Moisés; com relação ao livro dos Salmos: Êste livro admirável é um

guia magnífico para as preces e a glorificação de Deus, sendo constantemente

utilizado em todos os rituais da Santa Igreja Cristã Ortodoxa. Nossa intenção

ao fazer tais destaques é demonstrar que, mesmo considerado sagrado, na

prática, o Antigo Testamento não é bem aceito.

Padre Nicolas afirma ser ele um livro de histórias, onde o Deus Jeová

mostra-se um Deus vingativo, diferente do Pai de Jesus Cristo, que é amoroso.

Para ele, somente as palavras dos profetas que anunciam o Cristo e o livro dos

Salmos devem ser considerados. William Suleiman faz a seguinte

consideração: “Se você me perguntar sobre o Velho Testamento eu respondo

que eu não acho nada, eu não gosto. Se eu fosse autoridade religiosa tirava

70% do Antigo Testamento. Tirava e jogava fora. Porque é história, só isso.

Jesus falou: „eu sou maior que o Abraão. Eu sou o senhor do sábado‟. No

Velho Testamento, na mesma página tem uma coisa que contradiz a outra. Eu

deixaria os Salmos e mais alguma coisa”. De fato, não presenciamos nenhuma

leitura véterotestamentária em qualquer uma das missas das quais

participamos – com exceção dos Salmos.

Dois outros hábitos também merecem ser mencionados. O primeiro é a

separação entre homens e mulheres dentro da igreja. Facilmente percebe-se a

presença de visitantes não familiarizados com os costumes ortodoxos

observando o lugar onde sentam. As mulheres, tradicionalmente, sentam-se à

esquerda, enquanto os homens, à direita. Outra sutil característica é a maneira

de fazer o sinal da cruz. Aludindo à Santíssima Trindade, os cristãos ortodoxos

o fazem unindo os dedos polegar, indicador e médio.

Três liturgias são utilizadas pela Igreja Ortodoxa: a de São Basílio

Magno, a dos Pré-Santificados e a de São João Crisóstomo. A primeira e a

última seriam idênticas, não fossem as orações sacerdotais rezadas em voz

baixa, na de São Basílio Magno. Na maior parte do ano utiliza-se a liturgia feita

pelo antigo Patriarca de Constantinopla – São João Crisóstomo. Durante as

missas, diferentes vestimentas são usadas pelos celebrantes. Elas são

vistosas e cheias de detalhes, sua utilização varia de acordo com o status do

celebrante e têm um campo simbólico abrangente.

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Segundo apuramos, a tradição de cantar a liturgia teria sido criada por

São João Damasceno. Ele nasceu em uma família árabe cristã, na capital da

Síria, Damasco, em 675. Seu nome de batismo era João Mansur. Nessa

época, o domínio muçulmano já se fazia presente, mas no início da ocupação,

ainda se permitia alguma liberdade de culto e organização dos cristãos, dessa

forma o convívio entre as duas religiões até era possível.

A família de João Mansur ocupava altos postos no governo da cidade,

que era administrada por um califa muçulmano. Ele se tornou companheiro do

príncipe Yazid e foi nomeado conselheiro do califa. Seu fervor e convicções de

fé o fizeram abandonar o cargo e ingressar na comunidade religiosa de São

Sabas. Dedicou-se à solidão, penitência, estudo da Bíblia e pregação – em

especial na Igreja do Santo Sepulcro. Em seus momentos de solidão, à beira

de um rio, São João Damasceno teria identificado nos sons vindos dos rios os

tons musicais, que lhe inspiraram a musicar toda a liturgia.

As irmãs gêmeas Ana Carolina e Ana Beatriz Assis trabalham na Igreja

Ortodoxa de Rio Preto tocando e cantando durante a missa e nos esclarecem

sobre o assunto: “Nós temos um calendário anual passado pelo padre e o ritual

é sempre o mesmo, mas dentro do calendário tem um hino por domingo. São

os oito tons. Num domingo é o primeiro, no seguinte o segundo, até o oitavo.

Depois volta pro primeiro de novo. Esses tons são hinos. Cada domingo tem o

seu hino – ou tom. Mas quando tem um dia especial, de um padroeiro, por

exemplo, a gente não canta o tom, cantamos o hino especial. No dia da

exaltação da Santa Cruz, por exemplo, não cantamos o tom, cantamos o hino

da Santa Cruz. Em casos assim, o tom é substituído pelo hino especial. Todo

domingo é a liturgia de São João Crisóstomo. A gente canta a liturgia e encaixa

os hinos nela. O padre termina, por exemplo, uma leitura, ai está escrito: „tocar

o hino do dia‟, então é ali que a gente vai encaixar o hino diferente. Depois

volta pra liturgia e vai seguindo. Quando é uma missa especial, ela é em tom

menor, fica mais triste. E nos outros domingos é em tom maior, que é alegre. A

sequência da missa é sempre a mesma, o que muda é uma leitura. Mas é

sempre a mesma sequência, não muda nada”.

São João Damasceno é ainda considerado o último dos santos padres

orientais da Igreja. Ele lutou contra os iconoclastas e até mesmo escreveu um

livro defendendo o culto às imagens chamado Orações sobre as imagens

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sagradas. Parte essencial da religiosidade ortodoxa são os ícones, ou imagens.

Diferentemente da Igreja Romana, não se vê estatuas nos templos, mas figuras

pintadas. Elas estão nas paredes e na iconostase e sua existência é o

resultado de uma série de detalhes. Os pintores, de preferência monges, além

de outras imposições, fazem jejum alimentar e abstêm-se do sexo e bebidas

alcoólicas. O material usado é de origem animal, mineral e vegetal e, ao final, a

obra não é assinada. Isso porque ela é uma obra divinamente inspirada – ao

fim deste trabalho, em anexo, pode-se ver alguns desses ícones. Os fiéis,

desde a infância, são ensinados pela família e por seus líderes a terem uma

relação pessoal intensa com os ícones. Loiacono inclui em seu trabalho a

afirmação de Maria Donadeo quanto a essa relação:

“Quantos fiéis ortodoxos, ainda hoje, se recolhem a orar junto com um ícone, com a confiança de um encontro benéfico, de uma realidade pessoal embora invisível! E quantos, através dos séculos, tem experimentado a eficácia de tais encontros pela própria transformação pessoa!” (DONADEO, 1996, apud, LOIACONO, 2006, p. 36).

O culto a Theotokos – mãe de Deus – é outro importante fator. Esta

forma de se referir à Maria foi confirmada em 431, no Concílio de Éfeso,

vencendo assim o nestorianismo, contrário a esta expressão. Acredita-se que a

Virgem Maria encontra-se em constante intercessão junto a seu Filho por seus

filhos terrenos. Ela sempre é saudada pelos fiéis com a inclinação de suas

cabeças quando entram no templo” (MARTINS, 2008, p. 6). É possível que a

tradição das mulheres de Rio Preto se sentarem nos bancos do lado esquerdo

da Igreja tenha nascido porque o ícone da Virgem Maria está pintado deste

lado. No Calendário de 2002, confeccionado pela Catedral Metropolitana

Ortodoxa, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo e de todo o Brasil, Dom

Damaskinos Mansour afirma que “o ícone, palavra que nos vem do grego e

significa „imagem‟, é como um livro completo da Revelação Divina, pois de

forma simples, no todo e em cada detalhe, o ícone nos ensina, nos lembra as

verdades da Fé Cristã”.

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Foto 14 – à direita, Dom Damaskinos Mansour em celebração na Igreja de Rio Preto. Foto 15 – à esquerda, Dom Damaskinos Mansour, Monsenhor Dimitrius Attarian e o Padre Nicolas

Ferzoli

A sede do Arcebispado Metropolitano (Arquidiocese de São Paulo e

todo o Brasil) fica à Rua Vergueiro. É a Catedral Metropolitana Ortodoxa já

citada aqui. Atualmente, o Metropolita da Catedral Metropolitana é Dom

Damaskinos Mansour e o clero é formado pelos Arquimandritas Ignátios Lutfi,

Nicolas Chahda e Dimitrios Attarian e pelos padres José Valério Lopes dos

Santos e Gregório Teodoro. Na cidade de São Paulo ainda estão a Igreja

Anunciação de Nossa Senhora (desde 1902), a Capela São Jorge – Lar Sírio

Pró-Infância (desde 1937) e a Capela Santo Antoun – Asilo Mão Branca. No

Estado de São Paulo o Patriarcado Antioquino se faz presente com: a Catedral

em São José do Rio Preto (1936 – lançamento da pedra fundamental),

Paróquia Ortodoxa Sagrada Família de Cotia, Paróquia Ortodoxa Nossa

Senhora de Campinas, Igreja Ortodoxa São Jorge de Santos (desde 1957),

Igreja Ortodoxa da Anunciação de Nossa Senhora de Ituverava (desde 1925),

Igreja Ortodoxa São Jorge de Biriri (desde 1933) e a Igreja Ortodoxa Nossa

Senhora de Lins.

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Foto 16 – Catedral Metropolitana Ortodoxa

Mas o Patriarcado não está apenas no Estado de São Paulo. No

Paraná, desde 1954 existe a Igreja Ortodoxa São Jorge de Curitiba. Em Goiás,

a Igreja Ortodoxa São Jorge de Anápolis, a Igreja Ortodoxa São Nicolau de

Goiânia (desde 1956) e a Igreja Ortodoxa São João Batista de Ipameri. Em

Minas Gerais estão a Igreja Ortodoxa São Jorge de Belo Horizonte (1938) e a

Igreja Ortodoxa Santo Elias Profeta de Guaxupé (1927). E finalmente, o

Patriarcado Antioquino está presente na capital do país com a Igreja Ortodoxa

São Jorge de Brasília.