a mensagem arquidiocesana

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Com o objetivo de estar próximo do rebanho, o arcebispo reiniciou no mês de março as Visitas Pastorais começando pelo Litoral Norte, Paróquia de Igarassu (à esquerda); e no Litoral Sul, Nossa Senhora do Ó - Ipojuca (à direita). PÁGINA 6 e 7 O amor do Crucificado é a luz que dissipa as trevas e resplandece a Vida de todos que professam a fé na Ressurreição. PÁGINA 8 “NELE FIXAMOS NOSSO OLHAR DOM FERNANDO RETOMA AS VISITAS PASTORAIS

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Informativo da Arquidiocese de Olinda e Recife

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Page 1: A Mensagem Arquidiocesana

Com o objetivo de estar próximo do rebanho, o arcebispo reiniciou no mês de março as Visitas Pastorais começando pelo Litoral Norte, Paróquia de Igarassu (à esquerda); e no Litoral Sul, Nossa Senhora do Ó - Ipojuca (à direita). PÁGINA 6 e 7

O amor do Crucificado é a luz que dissipa as trevas e resplandece a Vida de todos que professam a fé na Ressurreição. PÁGINA 8

“NELE FIXAMOS NOSSO OLHAR

DOM FERNANDO RETOMA AS VISITAS PASTORAIS

Page 2: A Mensagem Arquidiocesana

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 201202

EDITORIAL

PÁSCOAexperimentada no silêncio e na palavra

EXPEDIENTE

PROGRAMAÇÃO CATÓLICADA RÁDIO OLINDA

ASSINATURA

O ponto culminante do ano litúrgico é o Tríduo Pascal. Nas várias celebrações destes dias, somos convidados a reverenciar os momentos mais marcantes da vida de Jesus Cristo. No entanto, é na grande Vigília Pascal que celebramos a noite das noites, a vigília das vigílias. Nesta noite, de forma silenciosa, a Igreja acolhe seus filhos para fazer memória da história da salvação, desde seu começo até a sua plenitude: a Ressurreição do Senhor.

Nesta solene liturgia, no silêncio da escuta da Palavra, não fazemos apenas uma recordação, mas assumimos um compromisso com esta Palavra, encarnada e ressuscitada: queremos ser testemunhas do Ressuscitado, com um renovado ardor profético. No rito batismal, o batismo dos catecúmenos e a renovação das promessas batismais nos fazem discípulos missionários a serviço da vida. Toda celebração eucarística é memorial do mais grandioso ato de amor entre o céu e a terra. Claro que para todos e em todos os que participam deste momento acontece um verdadeiro renascimento. Nós somos mergulhados em Cristo - Palavra Encarnada e fazemos um silêncio de êxtase para sentirmos este mistério de amor.

O silêncio da Páscoa não deve ser nunca confundido com a frieza do túmulo; pelo contrário, este silêncio deve ser sempre visto na ótica da grande expectativa da Ressurreição, pois foi para isso que a “Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Toda a salvação operada pelo Filho de Deus foi manifestada por este mistério de amor eterno. Portanto, pensar neste intercâmbio de amor é assumir a graça de participarmos, desde agora, da vida futura, como sinal máximo da nossa comunhão com o Pai do Céu. O silêncio que devemos exercitar é aquele da contemplação deste mistério; é o silêncio que irá questionar nossas ações de homens e mulheres de boa vontade, sempre prontos para seguir o Cristo vivo e presente em nosso meio.

Neste seguimento, Ele nos convoca para participarmos do anúncio do Evangelho não apenas pela proclamação, mas acima de tudo pela prática do mandamento novo. Sua Palavra é libertação para nosso ser cansado e fragilizado pelas angústias e decepções deste mundo. Se estivermos unidos a Jesus, estaremos unidos aos irmãos e irmãs e realizaremos, na Igreja e no mundo, a ressurreição do Senhor.

Domingo

5h – Programa Amanhecer (AMA) – Batista Filho7h30 – Correio da Amizade – padre Amaurílio Machado de Souza 9h – Santa Missa - Catedral da Sé (Dom Fernando Saburido)10h – Programa de Domingo - Musica com Ciro Bezerra12h – Concentração - Marcelo Araújo (Programa Esportivo)15h – Jornada Esportiva - Seleção do Povo20h – Comunidade Obra de Maria

Segunda a sexta-feira

5h – De olho na cidade - Ciro Bezerra* Bom dia positivo*As principais notícias do dia* Pai Nosso, Ave Maria, Oração do Santo Anjo* Benção da água com padre Cosmo Francisco6h - O Evangelho do dia – padre Amaurílio de Souza7h - Bom dia, dom Fernando Saburido9h – Encontro dom Deus – Frei Damião Silva10h – Olinda Mulher – Izabelyta Guerra*Oração da Manhã com o Padre Reginaldo Manzotti*Evangelho com Padre Amaurílio11h – Papo Aberto - Luciano Duarte e Aderval Barros12h – Momento Esportivo – Jorge Soares13h – Comentário Esportivo - Aderval Barros13h05 – A verdade é... – Debate esportivo com Aderval Barros, Rubens Souza Filho, e Luciano Duarte14h – Rádio Esperança – Batista Filho 15h – A Hora da Misericórdia – Padre Reginaldo Manzotti16h – Caminhos da Fé – PASCOM17h – Programa Anoitecer/Santa Missa – AMA - Associação Missionária Amanhecer18h – Ave Maria18h05 – Formação Cristã – Professor Aderson Viana (PASCOM/UNICAP)19h – A Voz do Brasil20h – Olinda, no Mundo da Bola – Equipe Esportiva Seleção do Povo21h – Fé e Vida – Rubens Souza Filho22h – Comunidade Obra de Maria

Sábado 5h – É Tempo de Forró – Programa Musical6h – O Evangelho do dia – padre Amaurílio de Souza7h – Rádio Vaticano – Notícias do Papa Bento VI8h – Estação Turismo - Alexandre Galvão9h – Caixinha de Pedidos - Walter Lins11h – Fé em debate – padre Reginaldo Manzotti12h – Especial Musical14h – Jornada Esportiva - Seleção do Povo19h45 – Boletim Informativo da Arquidiocese – Luciano Cavalcanti20h – Comunidade Obra de Maria – Rubens Souza Filho

Bispo Arquidiocesano:Dom Antônio Fernando Saburido

Presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social:Pe. Luciano José Rodrigues Brito

Edição:Kleber Nunes e Renata Gabrielle

Jornalista Responsável:Renata Gabrielle (DRT-PE 4584)

Reportagem:Kleber NunesRenata Gabrielle

Colaboração:Pe. Luciano BritoSandra Virgínia

Diagramação:Renato Araújo

Você pode assinar o jornal “Mensagem Arquidiocesana” preenchendo o cupom com seus dados e anexandoum cheque no valor de R$ 30,00 (trinta reais),referente à assinatura anual, em favor da Arquidiocesede Olinda e Recife.

Remeter seu nome, endereço completo e telefone para a redação do Jornal “A Mensagem Arquidiocesana”:

Arquidiocese de Olinda e Recife (Av. Rui Barbosa, 409 – Graças - CEP: 52011-040 Recife-PE) ou através do site: www.arquidioceseolindarecife.org

Fone: (81) 3271.4270. Fone da Redação do Jornal: (81) 3453.4958

CÚRIA METROPOLITANA

Cúria Metropolitana – Palácio dos Manguinhos

Av. Rui Barbosa, 409 – Graças / RecifeCEP: 52011-040Fones: (81) 3271.4270 / 3453.4958Site: www.arquidioceseolindarecife.orgE-mail: [email protected]

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 2012 03

“Desperta tu que estásadormecido/a, levanta-te de entre os mortos e o Cristo

te iluminará” (Ef 5, 14).

Queridos irmãos e irmãs,

eis que chegamos ao tempo da alegria pascal e, como pastor, penso especial-

mente em cada um/uma de vocês com carinho pas-toral e desejo de confirmar a todos/as neste caminho de fé que é o testemunho de que verdadeiramente Jesus ressuscitou! A celebração anual da Páscoa deve repercutir em nossas vidas como um fogo que nos devora por dentro e nos renova. Ainda nos anos 50, o padre José Comblin escrevia: “Em todo o século XX, o acontecimento teológico mais importante e transformador para a Igreja foi a redescoberta da centralidade da Páscoa de Jesus Cristo” (A Ressurrei-ção - São Paulo, Herder, 1958, p. 07). Quando o padre Comblin assim escreveu, ainda não tinha acontecido o Concílio Vaticano II. Mas, este confirmou essa in-tuição teológica ao começar todos os seus trabalhos pela reforma litúrgica, para valorizar nas celebra-ções o mistério pascal e fazer que toda vida cristã tenha essa fonte e vá para esse cume (Cf. Constitui-ção Sacrosanctum Concilium). Justamente nesse ano de 2012, celebramos os 50 anos do início do Concílio

FELIZ E RENOVADORA PÁSCOA!

Dom Antônio Fernando Saburido, OSBArcebispo de Olinda e Recife

e o papa Bento XVI está mandando a toda Igreja a carta apostólica Porta Fidei propondo um ano da fé que começará em outubro deste ano para celebrar digna e profundamente o cinquentenário do Vatica-no II. Há 50 anos, o Concílio foi para a nossa Igre-ja uma primavera pascal e como dizia o papa João XXIII propunha um adjornamento, um modo mais atual de expressar a fé de modo que pudesse ser me-lhor compreendida e vivida pelas pessoas do nosso tempo. Esse desafio é cada vez mais atual. No mun-do inteiro, o número de cristãos tem diminuído e no Brasil onde antigamente os católicos eram cerca de 90%, atualmente não chegam a 70%. É claro que isso se deve ao fato de que, antes, as pessoas se diziam católicas, embora muitos não praticassem a fé. A cul-tura contemporânea é mais pluralista e as pessoas têm toda liberdade de dizer que não crêem ou que têm outra pertença religiosa. Justamente o Concílio, na sua declaração sobre a liberdade religiosa (Digni-tatis Humanae) proclama que respeitamos esse plu-ralismo. O que não podemos aceitar tranquilamente é que as pessoas deixem nossas comunidades porque não recebem nelas o alimento da fé que nós temos obrigação de transmitir. Aí sim, precisamos retomar a preocupação do papa João XXIII e do Concílio sobre como expressar a fé de forma mais acessível, dialo-gável e amorosa, de forma que as pessoas de hoje que têm dificuldade de aceitá-la possam sim se colo-

car junto conosco na mesma busca. O Concílio Vaticano II quis ser um concilio pasto-

ral e, neste sentido, transformou o modo de falarmos de Deus. Todos os seus 16 documentos e os diversos pronunciamentos dos papas durante o Concílio sem-pre frisaram Deus como pai amoroso e que só pode amar. Sem negar o pecado, nem a culpa, entretanto salientaram a dimensão gratuita da bênção divina, a universalidade da salvação e a proximidade de Deus na nossa vida. No areópago de Atenas, quando justa-mente tentava transmitir a fé que vinha do judaís-mo para os de cultura grega, Paulo pregou um Deus que não está distante de nós, “pois nEle vivemos, nos movemos e existimos” (At 17, 28).

Desejo que todas as pessoas que participaram das celebrações da Quaresma e Páscoa em nossas paró-quias possam ficar com essa convicção de um Deus que está conosco e em nós como força de amor que nos abre a uma vida mais solidária e mais feliz, mes-mo no meio das lutas da vida. No século IV, São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, dizia: “O Cristo ressuscitado vem fazer de nossas vidas, mesmo no meio das lutas e das dores do dia a dia, uma festa contínua”. É assim que desejo a todos/as uma feliz e renovadora Páscoa.

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 201204

Discurso do papa Bento XVI na visita que fez em 23 de setembro de 2011, ao mosteiro em que Lutero estudou e trabalhou, em Erfurt, na Alemanha:

Ilustres Senhoras e Senhores!Ao tomar a palavra, quero antes de mais nada agra-

decer cordialmente esta oportunidade de nos encontrar-mos aqui. A minha particular gratidão vai para Vossa Excelência, amado Irmão Presidente Schneider, que me deu as boas-vindas e, com suas palavras, me acolheu no vosso meio. Com toda a franqueza do seu coração, Vossa Excelência exprimiu abertamente a fé verdadeiramente comum, o desejo de unidade. E nós sentimo-nos felizes ainda porque considero que esta assembleia e os nossos encontros são celebrados também como a festa da fé que temos em comum. Além disso, quero agradecer a todos pelo vosso dom de podermos conversar juntos como cris-tãos aqui, neste lugar histórico.

Para mim, como Bispo de Roma, é um momento de profunda emoção encontrar-vos aqui, no antigo conven-to agostiniano de Erfurt. Como acabamos de ouvir, Lu-tero estudou teologia aqui. Aqui foi ordenado sacerdote. Contra a vontade do pai, abandonou os estudos de juris-prudência para estudar teologia e encaminhar-se para o sacerdócio na Ordem de Santo Agostinho. E a incentivá--lo neste caminho não era um pormenor ou outro; o que não lhe dava paz era a questão sobre Deus, que constituiu a paixão profunda e a mola da sua vida e de todo o seu iti-nerário. «Como posso ter um Deus misericordioso?»: tal era a pergunta que lhe atravessava o coração e estava por detrás de cada pesquisa teológica e de cada luta interior. Para Lutero, a teologia não era mera questão acadêmica, mas a luta interior consigo mesmo, que, no fim de contas, era uma luta a propósito de Deus e com Deus.

Como posso ter um Deus misericordioso?» O fato que esta pergunta tenha sido a força motriz de todo o seu caminho, não cessa de maravilhar o meu coração. Com efeito, hoje quem se preocupa ainda com isto, mesmo en-tre os cristãos? Que significa a questão de Deus na nossa vida, no nosso anúncio? Hoje a maioria das pessoas, mes-mo cristãs, dá por suposto que Deus, em última análise, não se interessa dos nossos pecados e das nossas virtu-des. Ele bem sabe que todos nós não passamos de carne. Se se acredita ainda num além e num juízo de Deus, pra-ticamente quase todos pressupõem que Deus terá de ser generoso e, no fim de contas, na sua misericórdia ignorar as nossas pequenas faltas. A questão já não nos preocu-pa. Mas, verdadeiramente são assim pequenas as nossas faltas? Porventura não está o mundo a ser devastado pela corrupção dos grandes, mas também dos pequenos, que pensam apenas na própria vantagem? Porventura não é ele devastado por causa do poder da droga, que vive, por um lado, da ambição de vida e de dinheiro e, por outro, da avidez de prazer das pessoas que a ela se abandonam? Não está ele porventura ameaçado por uma crescente predisposição à violência que não raro se dissimula sob a aparência de religiosidade? Poderiam a fome e a pobreza devastar assim regiões inteiras do mundo, se estivesse mais vivo em nós o amor de Deus e, derivado dele, o amor ao próximo, às criaturas de Deus que são os homens? E poderiam continuar as perguntas nesta linha. Não, o mal não é uma ridicularia. Mas não seria forte, se verdadeira-mente colocássemos Deus no centro da nossa vida. Esta pergunta que desinquietava Lutero – Qual é a posição de Deus a meu respeito, como apareço a seus olhos? – deve tornar-se de novo, certamente numa forma diversa, também a nossa pergunta, não acadêmica, mas concreta. Penso que este constitui o primeiro apelo que deveremos escutar no encontro com Martinho Lutero.

O DISCURSO DO PAPA NO MOSTEIRO DE LUTERO (1ª Parte)

Missa e caminhada marcam o lançamento da CF 2012

Recife anuncia ciclofaixa e binário durante inauguração da Pastoral da Saúde NE 2

Por Kleber Nunes

A Igreja de São Sebastião, em Santo Ama-ro, área central do Recife ficou lotada. Fiéis de diversas paróquias da arquidio-cese participaram, no dia 22 de março,

da missa de Cinzas presidida pelo arcebispo de Olin-da e Recife, dom Antônio Fernando Saburido. E como não poderia ser diferente, o pastor da Igreja local re-lembrou a necessidade de vivenciar profundamente o período de preparação para a Páscoa atentos prin-cipalmente ao convite feito pela Campanha da Fra-ternidade deste ano, “Fraternidade e Saúde Pública”.

Em sua homilia dom Saburido afirmou que a qua-resma “nos assegura a misericórdia de Deus, diante de gestos sinceros de arrependimento”, observando a esmola, a oração e o jejum como caminhos seguros para a conversão e a manutenção da fé. “Conforme o Evangelho de Mateus que escutamos, tudo deve ser feito com discrição, no propósito de ser visto, ape-nas, pelo Pai que está nos céus. “E o teu Pai que vê o que está escondido, te dará a recompensa”, palavra que escutamos três vezes neste pequeno texto. No mundo atual, cheio de ilusões enganosas, cuja segu-rança está no ter, no ser e no poder, as pessoas sen-

Foi inaugurada no dia 20 de março a sede do “Projeto Comunidade Saudável e Sus-tentável” da Pastoral da Saúde e lançado o primeiro desafio piloto: Mobilização so-

cial em Casa Amarela para ter 100% das principais ruas com ciclovias unidirecionais ou bidirecionais até 2014 (ano da Copa). O evento contou com a par-ticipação de representantes de diversos órgãos da Prefeitura do Recife, da Federação Pernambucana de Ciclismo, Federação Pernambucana de Futebol, Câ-mara Municipal do Recife, Secretaria de Juventude de Pernambuco e diversas organizações do bairro.

Durante a solenidade presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife e bispo referencial da Pastoral da Saúde CNBB Nordeste 2, dom Fernando Saburido, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Re-cife (CTTU) informou que fará mudanças no bairro contemplando o pleito das lideranças da região que integram o projeto. O gerente de educação para o trânsito da CTTU, Francisco Irineu, disse que o bi-nário Estrada do Arraial – Estrada do Encanamento deve sair em breve e que a companhia estuda, a par-tir da demanda do projeto, a inclusão de ciclofaixas nas mesmas. “É preciso entender que a região possui muitos ambientes que estimulam o uso das bicicletas como o Sítio da Trindade e o futuro Parque da Tama-rineira”, destacou.

Para o coordenador da Pastoral da Saúde Nordeste 2 e do Projeto Comunidade Saudável e Sustentável, Vandson Holanda, a notícia mostra a importância da mobilização das pessoas e de se fazer parcerias para

tem necessidade de serem vistas e reconhecidas pelo aparente bem que realizam. Esta atitude contradiz a Palavra de Deus”, afirmou.

Dom Saburido discursou ainda sobre o grande de-safio proposto este ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Campanha da Frater-nidade. À luz do lema “Que a saúde se difunde sobre a Terra” (Eclo 38,8), a CF quer promover o debate sobre o assunto em todos os âmbitos possíveis. Envolver no diálogo: crianças, jovens e adultos das várias cultu-ras, raças e classes sociais, no desejo de colaborar concretamente para as necessárias mudanças, ten-do em vista o bem da própria sociedade. O arcebispo criticou o Sistema Único de Saúde (SUS). “Os inves-timentos são insuficientes assim como o número de profissionais”, disse.

No final da missa, os fiéis caminharam em dire-ção ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). O ato foi o primeiro de inúmeras mobilizações que acontecerão no decorrer de todo o ano. Na Arquidio-cese de Olinda e Recife a Pastoral da Saúde em par-ceria com outras pastorais e a Equipe Permanente de Campanhas pretende aprofundar o assunto e promo-ver uma mudança concreta, principalmente, aqueles que não contam com um serviço básico de saúde.

Na quadra da Escola Superior de Educação Física, da Universidade de Pernambuco (UPE), dom Fernan-do e autoridades civis como o secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Figueira fizeram um momen-to de reflexão sobre o tema da CF e os desafios que precisam ser enfrentados na área da saúde. Em se-guida, na presença do reitor da UPE, Carlos Calado, dom Saburido fez o descerramento de uma placa em homenagem aos 140 anos de nascimento do médico sanitarista Oswaldo Cruz.

o bem da comunidade. “A CTTU sempre se mostrou interessada no debate que estamos fazendo no bairro sobre ciclovias. Queremos contribuir com a prefeitu-ra para termos até 2014 um exemplo de comunidade saudável e sustentável para todo o Nordeste copiar. E o tema ‘ciclovias’ é apenas o começo. A CTTU está de parabéns por esse anúncio”, enfatizou.

Segundo o presidente da Federação de Ciclismo de Pernambuco, Murilo Falcão, o projeto piloto Comuni-dade Saudável e Sustentável é uma parceria entre a Pastoral da Saúde CNBB Nordeste 2 e a organização que preside que tem tudo para o sucesso e ser referência.

Dom Fernando salientou o fato de a cidade ser pla-na e ter condições de se estimular o uso das bicicle-tas. “Recife é uma cidade plana e tem todas as possi-bilidades de se viabilizar essa proposta. A Campanha da Fraternidade sobre saúde pública desse ano nos estimula a ter hábitos de vida saudável”, salientou.

A sede do projeto também funciona como a Se-cretaria Executiva da Pastoral da Saúde Nordeste 2. No próximo dia 12 de abril às 19h haverá uma ampla plenária no bairro para tratar do assunto: ciclovias.

Secretaria Executiva da Pastoral da Saúde Regional Nordeste 2Rua da Harmonia, 367 – Casa Amarela – Recife / PE

Fonte: Assessoria de ComunicaçãoPastoral da Saúde Nordeste 2

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Gilbraz Aragão professor da Unicap e membro da Comissão para o

Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 2012 05

Por Renata Gabrielle

Por Kleber Nunes e Renata Gabrielle

A Arquidiocese de Olinda e Recife deu mais um passo para a concretização do proje-to de dinamizar a ação pastoral. No dia 11 de abril, foram criados os Vicariatos

Recife Norte 2 e Recife Sul 2 e, na ocasião, o arcebis-po metropolitano deu posse aos respectivos vigários episcopais, padre Miguel Batista Morais Neto, SCJ, e padre Paulo Sérgio Vieira Leite.

A Arquidiocese de Olinda e Recife tem ofi-cialmente mais um centro de formação. No dia , 9 de abril, ocorreu Ereção Canô-nica do Seminário Propedêutico Imacu-

lada Conceição na Várzea. A Concelebração Eucarís-tica foi realizada na Capela do Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital e contou com a participação de sacerdotes, diáconos, seminaristas e de diversos fiéis.

Na ocasião, o vigário geral da arquidiocese, monse-nhor José Albérico de Almeida, fez a leitura do Decre-to de Criação do Seminário Propedêutico. O arcebis-po metropolitano, dom Fernando Saburido, nomeou

A Concelebração da Ereção Canônica foi realizada na Igreja Madre de Deus e contou com a participação de dezenas de sacerdotes e também de fiéis das paró-quias que compõem as regiões episcopais. No início da celebração, o vice-chanceler da Cúria, padre Moi-sés Ferreira, leu o Decreto de Criação dos Vicariatos e um documento com a nova configuração territorial dos Vicariatos Recife Norte 1 e Recife Sul 1, dos quais os recém-criados foram desmembrados.

Em sua homilia, dom Fernando destacou a necessi-dade da união e o apoio do clero e dos fiéis para que o trabalho dê frutos. “Possamos todos ser responsáveis pelo sucesso desse empreendimento. Não será fácil. Há grandes desafios a serem vencidos. É preciso que os padres, diáconos e todo o povo de Deus colaborem com os vigários episcopais”, ressaltou.

Em seguida, os padres Miguel e Sérgio renovaram os votos de fidelidade e obediência a Igreja e após a leitura das Provisões Canônicas foram declarados vigários episcopais pelo arcebispo. Sendo acolhidos com uma calorosa salva de palmas.

o reitor padre Josivan Sales e o vice-reitor, padre Paulo Sérgio Monteiro.

O arcebispo destacou o Documento 55 da Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil – “Diretrizes Básicas da Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil” e a função do seminário para a CNBB. O documento se refere em um dos seus capítulos, ao período prope-dêutico: “Tempo de preparação humana, cristã, inte-lectual e espiritual para os candidatos ao Seminário Maior” (PDV 62), que em vista de um discernimento vocacional, seja organizado como uma instituição au-tônoma, distinta e articulada com as outras etapas da

“Eu agradeço essa missão a Deus e peço a Ele fi-delidade. Espero corresponder aos anseios da Arqui-diocese, que pede uma Igreja em estado permanente de missão”, disse o vigário episcopal do Vicariato Recife Norte 2.

“Peço a compreensão e colaboração dos presbí-teros e fiéis leigos, pois, da minha parte, proponho empenhar-me para agir com paciência, humildade e sabedoria para que seja possível a construção de um vicariato em sintonia com o projeto missionário da Igreja”, afirmou o padre Sérgio Pereira.

Após a celebração, os novos vigários episcopais rece-beram os cumprimentos dos fiéis, amigos e familiares.

O Vicariato Recife Norte 2, será formado por 16 pa-róquias pertencentes aos setores Morros e Oeste. Já o Vicariato Recife Sul 2, será composto por 14 paróquias.

formação, levando em consideração indicações como: consulta às comunidades de origem, visita aos fami-liares, entrevistas, encontros vocacionais e retiros.”

O novo seminário, que funciona no prédio da anti-ga cúria, vai acolher jovens vocacionados para a vida sacerdotal e que já concluíram o 2º grau. Atualmen-te, 13 jovens moram no local. Eles se preparam para prestar o vestibular para o curso de filosofia e, poste-riormente, teologia.

Quem quiser mais informações sobre o Seminá-rio Propedêutico e Encontros Vocacionais pode ligar para o telefone: 3271-1090.

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Recife ganha dois novos Vicariatos Episcopais

Arquidiocese inaugura novo seminário

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 201206

A recepção foi calorosa. O carinho da multi-dão também. E assim, o arcebispo de Olin-da e Recife, dom Fernando Saburido, reto-mou as Visitas Pastorais às paróquias da

arquidiocese. A primeira a ser visitada foi a dos Santos Cosme e Damião, na cidade de Igarassu, Região Metro-politana do Recife. O evento teve duração de três dias e contou com uma intensa programação entre visitas e encontros.

Na tarde da sexta-feira, 16 de março, dom Fernando recebeu das mãos do prefeito de Igarassu as chaves da cidade. Na Praça Pedro de Melo Costa, na Vila Sara-mandaia, o pároco de Santos Cosme e Damião, padre Rosivaldo Pontes, autoridades civis e o povo de Deus aguardavam com ansiedade a chegada do seu pastor. Após breves palavras de acolhida e da apresentação da banda marcial, a multidão caminhou lado a lado com o arcebispo em direção à Igreja Matriz onde centenas de pessoas o esperavam. A saudação foi rápida, afinal, a missão estava só começando. Era a vez de celebrar na Capela Sagrada Família, uma das 21 comunidades paroquial e com projeto de se tornar matriz. O templo estava lotado e contou com a presença de várias crian-ças, que mereceram atenção de dom Fernando que as concedeu uma bênção especial no final da celebração.

O sábado prometia grandes emoções e surpresas. O começo foi com a pureza e perspicácia das crianças, que animadas apresentaram canções, dramatizações e poemas para o arcebispo. A oração do dia foi com as religiosas do Convento Sagrado Coração. Era só o iní-cio de uma longa caminhada. Primeiro, visita à feira e ao comércio local. Uma oportunidade para ouvir his-tórias, ganhar e devolver sorrisos. E novamente, uma criança roubou a cena. Um franzino garoto conseguiu chegar até o arcebispo e lhe fazer um ingênuo pedi-do: queria o crucifixo episcopal de presente. Ganhou a bênção e uma catequese. E pôs o riso no rosto dos que presenciaram a cena.

O caminho era longo. Era chegada a hora do encon-tro com os enfermos. Levar consolo a sete famílias, sete vidas que esperavam o alívio para as suas dores com a presença do representante de Cristo na Igreja Local. Rostos e corpos marcados pelo sofrimento encheram--se de paz. À tarde, mais um capítulo cujos protago-

nistas foram os jovens. A juventude marginalizada, encarcerada. Na face da juventude, o próprio Jesus. O Presídio de Igarassu cuja capacidade é de 426 pessoas abriga mais de duas mil. A impressionante imagem de centenas de jovens confinados em um pequeno espa-ço não vai sair tão cedo da mente de quem presenciou repetidas vezes a cena. Ela não pode ser esquecida mesmo. Deve, na verdade, ser um grito profético por justiça, por mudança. Ao final, a mensagem enviada por um detento fez rolar lágrimas nos rostos dos que acreditam que Deus é capaz de transformar vidas. “O que faço com as lágrimas que derramo agora? Me emo-cionei muito hoje. Penso como minha vida teria sido diferente se eu tivesse tocando para Jesus no passado! Acho que as minhas lágrimas me mostram o caminho que devo seguir. Obrigado, Pastoral Carcerária. Deus abençoe todos vocês!”

Dentro do debate sobre a saúde pública proposto pela Campanha da Fraternidade, dom Fernando visi-tou a Unidade Hospitalar da cidade e abençoou novas ambulâncias. O dia seguiu com a celebração e bênção inaugural da Capela Jesus Misericordioso, em uma das comunidades da paróquia.

O último dia foi dedicado ao diálogo. Após a Oração das Laudes no Convento Santo Antônio, o conselho pa-roquial se reuniu com o arcebispo; o coordenador de Pastoral da Arquidiocese, padre Josenildo Tavares; e o pároco apresentando um panorama da realidade e a ação pastoral de cada comunidade que integra a paró-quia. No mesmo horário, o vigário episcopal do Vica-riato Olinda, padre Sandro Corazza, ministrava o Sa-cramento do Batismo à dezena de crianças na Matriz.

A juventude encheu a Igreja de alegria e vitalidade. Foram apresentados os doze jovens que irão represen-tar a paróquia na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, ano que vem. Dom Fernando lançou a ideia de uma rifa doando um brinde para que mais jovens tenham a oportunidade de participar do evento. Para-lelamente, o ocorreu a reunião com os catequistas, que expuseram suas dificuldades e conquistas na formação e evangelização de crianças, jovens e adultos.

Dom Fernando e parte da comitiva seguiu uma ma-ratona de visitas às capelas. Em cada uma delas, um breve momento de oração, bênção e fotografias com

os fiéis presentes para registrar o momento. O encer-ramento da passagem de dom Fernando pela paróquia foi com a Concelebração Eucarística em frente à Igreja Matriz, que contou também com a presença do vigá-rio episcopal do Vicariato Cabo, monsenhor Josivaldo Bezerra; do presidente da Comissão Arquidiocesana para a Juventude, padre Gimesson Silva; do padre João Carlos Ribeiro. Em seguida, o padre cantor João Carlos apresentou o Evangeliza Show.

Integração - As Visitas Pastorais são uma oportuni-dade de o arcebispo conhecer mais de perto a realidade de cada paróquia do território arquidiocesano, que é composto por 19 municípios e o Arquipélago de Fer-nando de Noronha. Estes encontros estão divididos por vicariatos, sete regiões episcopais criadas em 2011 para dinamizar a evangelização e o trabalho pastoral. Para este ano, estão previstos 15 encontros, entre os meses de março e outubro. Sendo visitadas 16 paróquias.

“O lugar mais seguro para a ovelha é ao lado do Pastor”Por Renata Gabrielle

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A ansiedade era grande. Fiéis de todas as ida-des da Igreja de Nossa Senhora do Ó, em Ipo-juca, aguardavam há meses o encontro com o pastor. E ele aconteceu. Na manhã do dia

29 março, dom Fernando Saburido foi recebido pelo pá-roco, padre Djanilson Pereira, e pelo vigário Ivan Maciel, além de uma boa parcela de leigos da comunidade. Faixas e queima de fogos anunciavam, que pelos próximos dois dias a sede da Cúria Metropolitana estava instalada ali. Grandes encontros e belas surpresas aguardavam a comi-tiva arquidiocesana.

Antes do primeiro compromisso da programação, a reunião com as autoridades do município de Ipojuca, um momento com os fiéis. Pacientemente, dom Fernando foi conversando com homens, mulheres, adolescentes e crianças que queriam dá as boas vindas ao pastor. A pre-sença do arcebispo era um sopro de esperança e renova-ção para a comunidade. “Espero que dom Fernando não só conheça nosso trabalho, como também que as pessoas possam conhecê-lo e se comprometam mais com a missão que o Evangelho nos propõe que é de servir a Jesus”, disse a aposentada Helena Pereira, 77 anos.

E a esperança começou a se mostrar em ações concretas. Depois do encontro com as autoridades, surgiu o primeiro fruto da Visita Pastoral, a abertura do diálogo entre a Igreja e o poder público em Ipojuca. A comunidade de Nossa Se-nhora do Ó elaborou uma pauta com reivindicações para os gestores públicos. O documento entregue ao padre Djanil-son Pereira, norteou as discussões. No texto, cobranças por melhorias na educação, segurança, saúde, infraestrutura e a criação de projetos culturais para a juventude.

Diante das demandas o prefeito de Ipojuca, Pedro Se-rafim, assumiu o compromisso de trabalhar em parceria com a Igreja de Nossa Senhora do Ó. “Tenho consciência da importância da Igreja no desenvolvimento do muni-

cípio e vamos trabalhar juntos”, afirmou. Para o padre Djanilson Pereira esta será a oportunidade para começar uma mudança efetiva na vida principalmente, dos mais necessitados. “Queremos que nosso distrito avance, mas para todos, garantindo-lhes os serviços básicos com qua-lidade. Nosso intuito é somar”, disse.

Pastoral do TurismoIpojuca está entre os três municípios mais ricos do Esta-

do. Um dos setores responsáveis por esse resultado, é o tu-rismo. Atenta a realidade local, a Igreja foi conversar com os empresários da rede hoteleira. O objetivo: a implanta-ção da Pastoral do Turismo. Mais uma parceria firmada.

A primeira fase do acordo será, por meio da Pastoral Arquidiocesana do Turismo, trabalhar na confecção de folderes, cartazes e “santinhos” com endereços e horários de missas, que serão disponibilizados nos hotéis e pousa-das da região. Além disso, a possibilidade de celebrações dentro desses estabelecimentos.

“Em um segundo momento vamos fazer a capacitação de agentes para que eles possam atender melhor os turis-tas que se interessam em conhecer as igrejas”, afirmou dom Saburido. Para o representante da Associação de Hotéis e Pousadas de Porto de Galinhas, Daniel Jacarandá essa iniciativa da Igreja é de grande valia. “Com o apoio da paróquia e da arquidiocese vamos incrementar nosso principal serviço, ao mesmo tempo que ajudaremos a va-lorizar a nossa Igreja”, disse.

O arcebispo celebrou o fim do primeiro dia da visita com uma missa na Capela de Nossa Senhora do Dester-ro, em Porto de Galinhas. No dia seguinte, a Oração das Laudes deram início aos trabalhos do segundo dia de Vi-sita Pastoral. Terminada a entrega das atividades a Deus, um momento de partilha e fraternidade, no pátio de uma escola pública dom Fernando e a comitiva tomaram café da manhã junto com os fiéis. A presença do pastor atrai

olhares, risos e acenos. Os mais jovens, timidamente se aproximavam e pediam a bênção, vivenciavam emociona-dos aquele momento de comunhão.

Fortalecidos fisicamente era hora de levar conforto e fortaleza para os mais frágeis. Um dos momentos mais emocionantes aconteceu ali dentro da Igreja de Nossa Se-nhora do Ó. Dezenas de pessoas enfermas aguardavam o arcebispo para o momento da Unção dos Enfermos. O ca-rinho e o cuidado de pai de dom Fernando, emocionaram, e ficou impossível conter as lágrimas.

Enquanto, uns eram fortalecidos pelo sacramento, outros debatiam diretrizes de atuação pastoral na Co-municação e na Catequese. A formação dos leigos, prin-cipalmente, das crianças e adolescentes foi amplamente discutida com os representantes da Comissão Arquidioce-sana de Pastoral Bíblico-Catequética. Resultado, a comis-são vai estudar a implantação de uma escola de formação no Vicariato Cabo. “Não podemos perder esse ímpeto que esses jovens têm, eles são o presente e o futuro da Igreja”, afirmou o diácono Raul Almeida.

A Paróquia não se resume à matriz, era preciso cami-nhar e conhecer as comunidades, com suas realidades e desafios particulares. Em cada capela, uma emoção, mas o mesmo entusiasmo de fiéis que traziam no peito um ardor missionário que orgulhou o arcebispo. “Sinto em vocês um amor muito grande pela Igreja e isso é lindo”, resu-miu. Na despedida, destacou também a obediência, como principal virtude para se chegar a Deus. Como exemplos, os padre Djanilson e Ivan. “Vocês têm padres muito jo-vens, porém abertos a vontade de Deus, destemidos e que amam as ovelhas. Se espelhem neles, que em momento nenhum hesitaram diante da vontade do Pai”, afirmou. “Saiu de Nossa Senhora do Ó, com muitas saudades e já pensando no dia que voltarei aqui e verei uma Igreja ain-da mais viva”, completou.

Esperança para as ovelhas, orgulho para o pastorPor Kleber Nunes

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A Igreja vive o seu período litúrgico mais subli-me. O tempo pascal é a celebração da vitória da vida sobre a morte, conquistada por Jesus com a ressurreição. Mas para chegar ao ápice

da fé cristã, os fiéis participaram das importantes celebra-ções da Semana Santa, um ano depois do retorno das mis-sas na Igreja da Sé. Junto com o arcebispo, dom Fernando Saburido, paroquianos de diversas comunidades da Arqui-diocese de Olinda e Recife, vivenciaram com profundidade o mistério da paixão, morte e ressurreição do filho de Deus.

As celebrações tiveram início com o Domingo de Ramos. No dia, 1º de abril, dom Fernando Saburido, conduziu cen-tenas de fiéis na tradicional Procissão de Ramos. O cortejo saiu da Academia Santa Gertrudes e seguiu em direção à ca-tedral, onde o arcebispo presidiu a celebração eucarística. Na quarta-feira, 4, cerca de mil pessoas tomaram as ruas do centro do Recife. A 12ª edição da Via Sacra da Fraternidade refez os passos dolorosos de Jesus com reflexões sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Fraterni-dade e Saúde Pública”. Sob o sol forte, os fiéis conduziram uma cruz de 104 quilos. Como já dizia São Tiago “a fé sem obras é morta”, seguindo esse princípio, os participantes realizaram um gesto concreto de amor ao próximo. Mate-riais de higiene pessoal e alimentos foram doados para o Abrigo Cristo Redentor, em Cavaleiro, Jaboatão dos Guara-rapes. Atualmente, a instituição atende 123 idosos.

Na Quinta-feira Santa, 5, cerca de 250 padres da arqui-diocese, diáconos e seminaristas participaram da Missa dos Santos Óleos. Nesta celebração o óleo de oliveira foi consagrado para a administração dos sacramentos do ba-tismo, crisma e unção dos enfermos, que serão realizados nas 107 paróquias, no decorrer do ano.

Em sua homilia, dom Saburido lembrou a necessidade da Igreja voltar-se para o seu primeiro amor e citando o Concílio Vaticano II, exortou os padres a estarem atentos aos mais necessitados. “O Evangelho nos indica os pobres, os enfermos e os pecadores como merecedores da especial atenção de Jesus”, afirmou. Ainda na solenidade foi reali-zada a renovação dos votos sacerdotais. Um momento es-pecial em que a Igreja reza por seus pastores, ao mesmo

tempo em que eles reassumem o compromisso religioso. “É o momento de reafirmar os votos e confirmar a unidade da Igreja, e a nossa total obediência ao bispo e ao papa”, explicou o pároco de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro, em Jardim São Paulo, padre Luciano Brito.

Tríduo PascalÀ tarde, os fiéis voltaram a lotar a Igreja da Sé, dessa vez

para participar da Missa da última Ceia, ou como é mais conhecida, Missa do Lava-pés. Doze jovens de algumas paróquias da arquidiocese foram escolhidos para repre-sentarem os apóstolos no lava pés. O arcebispo realizou a cerimônia marcada por muita emoção.

Ao final da missa aconteceu o tradicional translado das hóstias consagradas. Rememorando, a prisão de Jesus, os fiéis acompanharam em silêncio com velas nas mãos, a pe-quena procissão dentro da catedral. O corpo de Jesus foi colocado num sacrário improvisado em uma das capelas auxiliares ao lado do altar central.

Comoção. Esse foi o sentimento que permeou o coração de quem esteve presente na Liturgia da Paixão do Senhor, na Igreja da Sé, em Olinda, na sexta-feira, 6. Os fiéis que lotaram a catedral e ouviram atentos a narração do Evan-gelho da Paixão, que foi cantado. Em seguida, dom Fernan-do fez uma breve reflexão da Paixão de Jesus. O arcebispo lembrou aos presentes que o sofrimento passado por Cris-to, perdura até hoje nos irmãos menos favorecidos. “Pre-cisamos nos voltar para os encarcerados. Eles são pessoas que cometaram algum mal, porém não deixaram de ser filhos de Deus e merecem perdão. Não devemos ser a favor do pecado, mas ajudar o que caiu a vencê-lo”, afirmou.

O arcebispo recordou também dos moradores de rua. Homens, mulheres e crianças que vivem sem dignidade, principalmente no centro do Recife. Dom Saburido disse que são nessas situações que precisamos ver e reconhecer o sofrimento de Cristo.

Durante a Liturgia da Paixão do Senhor, aconteceu uma dos momentos mais importantes da Semana Santa, a Adora-ção a Cristo na Cruz. Pessoas de todas as idades se emocio-naram ao beijar o crucifixo colocado diante do altar da Sé.

No final, houve a tradicional procissão do Senhor Mor-

to. Centenas de fiéis acompanharam os andores de Jesus, Maria Madalena, João Evangelista e Nossa Senhora da So-ledade. O cortejo seguiu pelas ruas do Sitio Histórico de Olinda. No percurso foram realizadas cinco paradas para reflexão, terminando no Convento de São Francisco.

Depois de um profundo período de silêncio chegou o momento mais importante para a Igreja. As trevas deram lugar a eterna luz. A dor foi dissipada pela alegria verda-deira, Jesus ressuscitou. Às 20h, do sábado, 7, dom Fer-nando Saburido, iniciou a Vigília Pascal, com a tradicional Bênção do Fogo. Do lado de fora da catedral os fiéis tam-bém acompanharam atentos o momento em que os cravos foram colocados no círio e depois aceso. Em seguida, todos entraram no templo para recepcionar a grande vela, que simboliza Cristo Ressuscitado.

Durante a Liturgia da Palavra, foram feitas as oito leitu-ras mais o Evangelho. O vigário geral, monsenhor José Al-bérico Bezerra proclamou a narração do episódio em que Maria Madalena recebe a missão de anunciar aos apóstolos a ressurreição de Cristo.

Na homilia dom Fernando destacou o quanto esse fato de ter sido Maria Madalena a primeira a encontrar Jesus, representa a escolha de Deus pelos pequenos na constru-ção do seu reino. “Deus está do lado dos mais necessitados ela não os abandona, caminha com eles”, afirmou.

O arcebispo falou ainda da verdadeira alegria que os fiéis agora poderiam sentir graças a uma preparação que começou na Quarta-feira de Cinzas. “Sabiamente a litur-gia da Igreja atualiza na história o que de fato aconteceu. Devemos valorizar esse privilégio que temos de realizar também a nossa passagem, renascendo com Cristo”, disse. “Que na Páscoa deste ano sejamos mais comprometidos com a transformação das nossas vidas e com os nossos ir-mãos excluídos”, completou.

No domingo, 8, dom Saburido celebrou a Missa da Páscoa. O arcebispo destacou a alegria da festa que dura 50 dias e cul-mina com o Pentecostes. “Até lá é preciso que vivenciemos todos os dias a nossa Páscoa, como cristãos renovados”, disse.

Fiéis celebram o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Por Kleber Nunes

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O vitralista Fernando Floriano, 50, segue com muito cuidado restaurando os vitrais da Igre-ja da Soledade, bairro da Boa Vista, Recife. As obras criadas pela Casa Conrado, de São

Paulo, data de 1920, fazem parte da decoração da Matriz que desde o ano passado está em campanha para restau-rar todos os sete vitrais que representam as sete dores de Maria. Cada dor está retratada num vitral e desta vez, a recuperação é do que representa a quarta dor, o golpe da lança e a descida de Jesus da cruz. Há uma razão especial para isso, segundo o padre Nilson Lourenço da Silva. “Essa igreja foi planejada para destacar a beleza dos vitrais”, ex-plicou. Os altares e as paredes laterais, por exemplo, con-tam com poucos adornos, prevalecendo um ar de sobrie-dade. Desde as cores do piso à textura cinza que recobre a fachada do templo. Os tons remetem à sepultura de Jesus. O vitral foi desmontado na semana passada.

Recuperar o colorido dos vitrais da Igreja da Soledade tem exigido atenção redobrada da equipe de Fernando Floriano. Os vitrais do templo são compostos aproxima-damente, cada um, por 3,8 mil pedaços de vidro. “Mui-tos deles estavam quebrados e a malha de chumbo usada para uni-los estava danificada em diversos pontos”, re-velou o vitralista. Para reconstituir uma das figuras hu-manas do painel, o artista recorreu à tinta (cor da pele) adquirida do antigo ateliê de Henry Moser, autor dos vi-trais do Palácio do Campo das Princesas. No mundo, con-tou o vitralista, apenas quatro pessoas possuem essa tin-ta em sua fórmula original. Coube também a Fernando recuperar as criações de Moser no Campo das Princesas, bem como peças da Basílica de Nossa Senhora do Carmo.

O objetivo é que o artista, que aprendeu o ofício com o falecido padre Geraldo Leite Bastos, restaure todas as sete peças o que requer rigor técnico, esfor-ço e por isso a Paróquia da Soledade tem feito cam-panhas. O pagamento do trabalho do vitralista vem de pequenas atividades, a exemplo de bingos e ri-fas. Desse modo, a paróquia já conseguiu recuperar o piso e a pintura interna do templo e quatro vitrais. O investimento nos vitrais deve chegar a cerca de R$ 50 mil. R$ 7,2 mil é a média de gasto por peça.

A Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Olin-da e Recife realizou no dia 24 de março, o Encontro Arquidiocesano de Comunicação. O evento teve o objetivo de reunir os agentes das Pascoms paro-

quiais para debater os desafios e urgências do setor, além de promover uma maior articulação entre as centenas de comuni-dades. O encontro foi no auditório da Paróquia de Nossa Senhora da Soledade, no bairro da Boa Vista, centro do Recife.

A mensagem do papa Bento XVI para o 46º Dia Mundial das Comunicações, “Silêncio e palavra: caminho de evangelização”, foi apresentado aos participantes, que debateram o tema. Em um segundo momento, a coordenação arquidiocesana da Pas-com apresentou o plano de atividades para o ano de 2012.

O presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Comunicação Social, padre Luciano Brito, reunir os comunicado-res é sempre um momento de fortalecimento da própria Igreja. “Aos poucos a nossa arquidiocese está crescendo no que tange a comunicação. Temos a consciência que precisamos avançar ain-da mais, para melhor atender os fiéis. Para isso contamos com os agentes comprometidos com a comunicação”, declarou o sacerdo-te. O encontro reuniu cerca de 50 agentes da Pascom de todos os sete Vicariatos Episcopais e alguns seminaristas diocesanos.

Com o objetivo de se aproximar ainda mais dos fiéis leigos a Comissão Arquidiocesana Pastoral para o Laicato lançou o Blog www.caplaicato.blogspot.com. O novo canal de comunicação pretende não só

facilitar o diálogo entre a coordenação e os diversos grupos e movimentos da Igreja particular de Olinda e Recife, como tam-bém promover a troca de experiências entre os próprios leigos.

Na página é possível ter acesso a toda organização da comis-são, a linha pastoral e aos destaques da atualidade. O presidente da Comissão para o Laicato, Gustavo Castro, explicou que o blog é uma ferramenta extremamente importante para a articulação dos grupos. “Além de promover a interação, é possível encon-trar tudo sobre a comissão no blog, os grupos que fazem parte e o calendário anual de atividades”, afirmou.

Quem acessar a página virtual não só vai se informar sobre a Comissão Arquidiocesana Pastoral para o Laicato, como também poderá interagir e contribuir com a formação dos outros internau-tas. “Quem entrar no blog pode também deixar sua reflexão a res-peito do Evangelho dominical daquela semana. É um canal de co-municação aberto a todos que queiram ajudar no crescimento da nossa Igreja, por meio da nossa comissão”, concluiu o presidente.

Igreja da Soledade continua campanha de restauração dos vitrais

Pascom realiza encontro para comunicadores

Comissão Arquidiocesana Pastoral para o Laicato lança blog

por Ivanildo Silva

Por Kleber Nunes

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O reconhecimento por uma vida dedica-da não só a Igreja, mas também ao bem estar de toda sociedade, especialmente, dos mais necessitados. Na noite do dia 27

de março, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antô-nio Fernando Saburido, foi recebido de pé no plená-rio da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e condecorado com a Medalha do Mérito Democrá-tico Frei Caneca – Classe Ouro 2012. A iniciativa par-tiu do deputado Zé Maurício (PP) e foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares. A comenda foi criada, em 2008, para celebrar a Data Magna de Per-nambuco e homenagear personalidades ou institui-ções com atuação relevante em defesa dos princípios democráticos e da igualdade de direitos.

O parlamentar afirmou que a ideia de homena-gear dom Fernando com a medalha veio depois de conhecer o trabalho do Movimento Pró-Criança e outras atividades sociais coordenadas pela arquidio-cese. “Comecei a acompanhar o trabalho social da Igreja e vê de perto os resultados concretos da ação social dos grupos que são pastoreados pelo arcebis-po”, disse. “Dom Fernando faz tudo isso com um es-pírito agregador. Graças ao seu perfil de conciliador vem contribuindo decisivamente por uma sociedade melhor, é mais do que justa essa homenagem”, com-pletou o deputado.

O presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchôa (PDT), destacou a abertura de dom Fernando para dialogar com as mais diversas instituições da socie-dade, em prol do bem coletivo. “É notável o cuidado do arcebispo com os excluídos. Além disso, está sem-pre pronto para auxiliar o poder público a melhorar a vida das pessoas como o engajamento no combate à dengue por exemplo. Assim ele não só conquista a simpatia dos católicos, mas o respeito dos fieis de outras religiões”, declarou o parlamentar.

Dom Fernando agradeceu a condecoração e sa-lientou a importância do trabalho em conjunto que ele desempenha com o clero e os leigos na adminis-tração da Arquidiocese de Olinda e Recife. “Não é uma homenagem só para mim, mas para todos que contribuem para a promoção humana na arquidio-cese”, afirmou. “Essa medalha é também, um alerta para que não esqueçamos a missão que o evangelho nos impõe de nos voltarmos cada vez mais para os mais pobres”, acrescentou o religioso.

A solenidade foi acompanhada por sacerdotes, diáconos e seminaristas da arquidiocese, como também, por autoridades civis e militares de Per-nambuco. A animação do evento ficou por conta do quarteto de cordas da Orquestra Criança Cidadã, do Movimento Pró-Criança.

Dom Fernando é condecorado com a Medalha Frei CanecaPor Kleber Nunes

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Com o objetivo de contribuir para a formação cristã a partir de uma reflexão teológica, bí-blica e ética, a Comissão Arquidiocesana para o serviço da Caridade da Justiça e da Paz, im-

plantou a Escola de Fé e Política Padre Henrique. Aten-dendo a uma demanda antiga da Igreja de Olinda e Recife, o curso começou no dia 24 de março, e tem duração de um ano. As aulas estão sendo ministradas no Centro Arqui-diocesano de Pastoral Dom Vital, na Várzea.

A Escola de Fé e Política Padre Henrique oferece uma formação sobre a Doutrina Social da Igreja. Temas como a História dos Movimentos Sociais, Espiritualidade e mís-tica na militância, Direitos Humanos e Meio Ambiente estão sendo debatidos durante o curso, sob a perspectiva cristã. Os módulos são bimestrais, com as aulas ministra-das no Centro Pastoral Dom Vital, na Várzea, nos meses de março, maio, julho, setembro e novembro.

Os objetivos da Escola de Fé e Política Padre Henrique, são formar agentes pastorais e lideranças; alimentar a mística cristã e a espiritualidade; fomentando o profetis-mo na perspectiva da evangelização e da transformação social, além de discutir a participação dos cristãos nas áre-as das Políticas Públicas e do Controle Social, entre outros.

Aulas da primeira turma da Escola de Fé e Política Padre Henrique começaramPor Kleber Nunes

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• O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernan-do Saburido, instalou canonicamente no dia 5 de março de 2012 a Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Torres Galvão, cidade do Paulista. Esta é a 107ª paróquia da arquidiocese.

Administrador Paroquial

• O padre Hélio do Nascimento foi empossa-do no dia 5 de março de 2012 pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, como o primeiro administrador paroquial da recém-ins-talada Paróquia São Francisco de Assis, Vila Tor-res Galvão, Paulista.

• O padre João Cláudio Gomes Fonseca da Silva, PSPM, foi nomeado administrador paroquial da Paró-quia Nossa Senhora do Ó, em Pau Amarelo, Paulista.

Vigário Paroquial

• Os freis capuchinhos Lúcio Rufino Pinheiro de Almeida e José André Soares do Nascimento foram nomeados vigários paroquiais da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no Pina, Recife.

• O padre George Binu, SDB, foi nomeado vigário paroquial da Paróquia São João Bosco, Bongi, Recife.

• O padre Francisco Demontier de Araújo Tá-vora, SDB, foi nomeado reitor da Basílica Menor Sagrado Coração de Jesus, na Boa Vista, Recife.

• O padre José Augusto Rodrigues Esteves foi nomeado procurador da Irmandade Bom Jesus dos Mártires.

• O diácono permanente Antônio Sebastião de Oliveira foi nomeado assistente espiritual da Pas-toral da Sobriedade.

• O Dr. Sebastião de Araújo Barreto Campello foi nomeado diretor presidente do Movimento Pró--Criança com mandato até o dia 19 de março de 2014.

Uso de Ordens

• Padre José Sianko, SDB;• Padre Humberto Vieira de Barros, SDB;• Padre José Eudes da Cunha;• Padre Gilvan Gomes das neves;• Padre Joselito Freira Moreira Araújo Filho;• Padre Ivan de Medeiros Júnior;• Padre Josef Van Nahmen;• Padre Célio Luís Casale, EP

Ereção Canônica

NomeaçõesA nova diretoria do Movimento Pró-Criança tomou pos-

se neste mês. Os nomes das cinco vagas foram anun-ciadas em uma solenidade que contou com a partici-pação do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando

Saburido. A direção assume a missão de coordenar os projetos de-senvolvidos pelas três unidades do movimento por dois anos.

Os cargos de presidente, vice-presidente, diretor financeiro, diretor administrativo e diretor de planejamento foram ocupados respectivamente por: Sebastião de Araújo B. Campello, José Otávio P. de Carvalho, Gildo Gomes Soares, José Aprígio B. de Sá e Silva e Paulo José Barbosa.

Histórico - Fundado em 27 de julho de 1993 pelo então arcebis-po de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, o Movimento Pró-Criança (MPC) é uma entidade sem fins lucrativos, que visa minimizar as dificuldades vivenciadas pelos jovens carentes da Re-gião Metropolitana do Recife através de trabalhos sociais.

O Pró-Criança é hoje uma das principais instituições do país no desenvolvimento sócio-educativo de crianças, adolescentes e jovens em situação de marginalização e exclusão social, segundo pesquisa da KANITZ & Associados realizada em 2002.

Movimento Pró-Criança tem nova diretoriaPor Kleber Nunes com informações do site Pró-Criança

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As Paróquias de Santo Antônio e São José Operário, promoveram no Domingo de Páscoa, 8 de abril, a “XIV Caminhada Com Cristo Ressuscitado”. Com o objetivo de celebrar a maior festa cristã e difundir a

Boa Nova do Senhor, há 14 anos o monsenhor Josivaldo José Be-zerra, pároco da Paróquia de Santo Antônio e vigário episcopal da Região Cabo, realiza o evento que todos os anos arrasta multidões pelas ruas da cidade e culmina com uma grande Concelebração Eucarística. Esse ano, com uma grande novidade, a Paróquia de São José Operário, também se uniu para juntos celebrar o grande dia em que o Senhor venceu a morte e ressurgiu vitorioso.

Foram mais de seis horas de intensa emoção e alegria. A con-centração aconteceu, em frente da Capela de Cristo Rei, na Co-hab. O monsenhor Josivaldo fez a abertura do evento junto com os demais sacerdotes. Também esteve presente e falou aos fiéis, em especial à juventude, o presidente da Comissão Arquidioce-sana de Pastoral para a Juventude, Gimesson Silva.

Crianças, adolescentes, jovens, adultos e grande número de idosos seguiram a caminhada. Fiéis de várias paróquias do Vica-riato Cabo e de cidades vizinhas da Região Metropolitana parti-cipam todos os anos do ato religioso. Durante o percurso, houve duas paradas para uma breve reflexão.

No pátio do Caic, foi celebrada a Concelebração Eucarística. Na homilia, o administrador paroquial de São José Operário, pa-dre Severino Aquino, lembrou ao povo que, comemorar a Páscoa de Jesus, é celebrar a vitória e que assim como os discípulos que foram anunciar a Boa Nova, também nós, hoje, somos convida-dos a anunciar Jesus Cristo.

Após a Santa Missa, a os fiéis assistiram a apresentação da ban-da católica, Príncipe da Fé e ao show tão esperado do cantor Diego Fernandes, que foi pela primeira vez ao Cabo e levantou a mul-tidão que emocionadas gritavam: A Igreja é viva a Igreja jovem!

Fiéis lotam as ruas do Cabo e celebram a Ressurreição de CristoPor Ir. Josevânia Alves, Pascom Vicariato Cabo

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O arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernan-do Saburido, renovou com a Secretaria de Saúde da Cidade do Recife parceria no combate à Dengue. Há quatro anos, a arquidiocese apoia a campanha

idealizada pela prefeitura. O papel da Igreja é divulgar e cons-cientizar os fiéis para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.

Assim como nos anos anteriores, os padres estão informando aos paroquianos durante as celebrações sobre o combate, riscos e o tratamento da doença. O material de divulgação foi entregue aos sacerdotes na reunião do clero do mês de março, no Centro Arqui-diocesano de Pastoral Dom Vital, na Várzea, Zona Oeste do Recife.

A participação da Igreja Católica é muito importante porque 80% dos focos estão nas residências. Além de informar sobre os cui-dados para evitar o acúmulo de água parada nos quintais das casas, dicas importantes quanto ao tratamento como beber muito líquido, evitarem a automedicação e procurar atendimento médico quando forem constatados sintomas serão repassadas pelos padres.

O arcebispo ressaltou a necessidade de parcerias como esta, sobretudo, neste ano em que a saúde pública é tema da Campa-nha da Fraternidade. “O objetivo é orientar os padres para que eles possam informar o povo ao final das Missas. A Igreja tem que estar ao lado dos mais necessitados e o tema é pertinente já que estamos vivenciando a Campanha da Fraternidade”.

Quem quiser tirar dúvidas sobre os cuidados com a den-gue, pode ligar para a Ouvidoria Municipal de Saúde pelo te-lefone – 0800.281.1520, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

Arquidiocese renova parceria no combate à DenguePor Renata GabrielleAs diferenças deram lugar à solidariedade. Ao invés

de embates ideológicos, um diálogo que buscava a unidade das almas. Cerca de 150 pessoas, católicas e episcopais carismáticas, participaram do encon-

tro ecumênico, na no dia 3 de abril, na Paróquia de Nossa Se-nhora dos Remédios, na Madalena. Resultado, um exemplo de comunhão entre irmãos em favor daqueles que mais necessitam.

O administrador paroquial, padre Marivaldo da Conceição e o pastor da Paróquia Deus Conosco, da Madalena, reverendo Marcelo Mateus, falaram um pouco do verdadeiro sentido da Se-mana Santa, culminando com a festa da Páscoa. Ambos destaca-ram como o mundo trata com indiferença o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus por nós.

Os religiosos também refletiram sobre a necessidade da unidade dos cristãos no combate diário ao mal. Da urgência de serem mais participativos em suas igrejas, a fim de que provo-quem uma mudança de mentalidade naqueles que perderam o sentido da vida, conquistada com sacrifício pelo filho de Deus.

Terminado o momento de reflexão, episcopais carismáticos e católicos rezaram juntos o Pai-nosso, e mais uma vez pediram pela comunhão dos homens de bem. Em seguida, mais de 120 cestas com alimentos como feijão, arroz e peixe foram entregues a famílias ca-rentes da região. Para as crianças, foram distribuídos chocolates.

“Precisamos de tão pouco para alegrar um coração. É isso que queremos provocar em todos os cristãos, que olhem para o mais necessitado e dê a eles oportunidades de se sentirem amados por Deus”, afirmou o reverendo Marcelo Mateus.

Para o padre Marivaldo, o encontro foi um ato que deve e será repetido muitas vezes. “Não devemos desistir de buscar a unidade. Não devemos desistir de melhorar a vida dos nossos irmãos sofridos”, disse o sacerdote.

Católicos e episcopais entregam cestas básicas em encontro ecumênicoPor Kleber Nunes

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 2012 11

Ser ecumênico é levar a sério o mistério de Jesus. Ele veio “congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dis-persos”. Ao constatar a dispersão dos próprios apóstolos, bem como do futuro de sua Igreja, rezou “Pai, que todo se-jam um, assim como Tu e Eu somos um”. Mas começaram as divisões e os Cismas. Os maiores foram o do oriente e o da reforma luterana. O Vaticano II no seu documento “Uni-tatis Redintegratio” (a Reintegração da Unidade) aponta para a necessidade do movimento ecumênico como urgên-cia pastoral. Mesmo antes, já começara uma preocupação pela unidade dentro do próprio protestantismo. Foi quando, em 1920, os missionários evangélicos, reunidos na chamada Conferência de Edimburgo, se perguntaram como era pos-sível anunciarem o nome de Cristo se os próprios cristãos estavam divididos. Foi o embrião do futuro CMI (Conselho Mundial de Igrejas). O ecumenismo teria nascido aí, da dor de não poder testemunhar a unidade inicial da oração sa-cerdotal de Jesus. João XXIII convocou o Concílio e criou o Secretariado para a Unidade dos Cristãos. Vieram não só documentos, mas iniciativas importantes. O levantamento das excomunhões recíprocas das Igrejas Ortodoxa e Cató-lica entre Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. A publicação de sua encíclica “Ecclesiam Suam”). O Encontro das Comis-sões Romana e Evangélica Luterana sobre o crucial tema da Justificação por Graça e Fé, com uma sequente Declaração. A grande Encíclica do Beato João Paulo II “Ut Unum Sint” (1995). Assim, o Magistério e a Teologia são bem claros, mas na prática como proceder? Os grandes pilares do movimen-to ecumênico são a Oração e o Diálogo. Criou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – SOUC – pelo CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs: Anglicana, Luterana, Presbiteriana Unida, Metodista, Cristã Reformada, Síria Or-todoxa e Católica Romana). A próxima, 20-27\05, terá como tema: “Todos seremos transformados pela Vitória de Cristo”. Entre o Protestantismo existem duas correntes: a do Conse-lho Mundial de Igrejas – CMI - e a do Conselho Internacional de Igrejas Cristãs. A 1ª é favorável ao diálogo, à cooperação e à unidade de modo amplo; e contra o proselitismo. A 2ª é representada entre nós pela Congregação Fundamentalista do Brasil e tem posições marcadamente fundamentalistas, antiecumênicas e proselitistas; representada entre nós pelo neopentecostalismo. A Assembleia da CNBB, de 1971, assim se pronunciou: “O que nos empenha na pastoral ecumêni-ca é não aliciar os irmãos separados a ingressar em nossa igreja institucional, mas convidá-los a sondar conosco os de-sígnios de Jesus Cristo”. O chamado “convívio ecumênico” em sido adotado pela CNBB ao convidar pastores ligados ao CMI a participarem de suas assembleias. Imagine que, na de 1996, um pastor luterano discorreu sobre Maria Santíssima. Publicou o Diretório Ecumênico para o Brasil. Ela sustenta o diálogo, mas este, infelizmente, é impedido pelo proseli-tismo. Pastoralmente, é preciso saber que no Brasil existem vários protestantismos, entre eles os pentecostalistas que são 75% dos evangélicos. São os representantes da referida Congregação Fundamentalista do Brasil (como Assembleia de Deus, Igreja Universal, Internacional da Graça, etc.). São de difícil diálogo e têm um proselitismo fechado, fundamen-talista e agressivo. Seu objetivo maior é levar o outro a “acei-tar Jesus”, ou seja, converter-se à sua igreja, o que acarretará prosperidade, saúde, emprego. Grupos do chamado “Evan-gelismo Hospitalar” invadem os hospitais em sua escalada de conversões, forçando, literalmente, aos que não o são a tornarem-se “evangélicos”. E, diga-se de passagem, com grande sucesso. É verdade que a muitos, em momentos de sofrimento, falta-lhes uma visita fraterna com uma palavra de esperança e um calor amigo. Daí a necessidade de se in-vestir na Pastoral da Saúde e do Enfermo - ainda uma mino-ria - diante do fenômeno.

Celebramos este ano os 50 anos da aber-tura do Concilio Ecumênico Vaticano II, que nos deixou um riquíssimo legado de textos sobre a vida e a missão da Igreja;

legado este que se constitui referência obrigatória para iluminar a nossa fé eclesial.

O que nós professamos no “Credo” acerca da Igre-ja – a saber: que ela é una, santa, católica e apostó-lica – é algo que toca a sua própria essência, por ser o Cristo mesmo que a quis assim. Trata-se então da verdade sobre a Igreja. Ao longo dos séculos, essa verdade tem sido percebida e compreendida de di-versas formas, dado que a Igreja não é uma abstra-ção, mas é composta de pessoas concretas: nós, cris-tãos, que somos, como todos os homens e mulheres, seres históricos, protagonistas de épocas, culturas, contingências, tendências etc, que não são estáticas, mas estão sempre em permanente mudança.

É, então, nos vários e diferentes contextos da história que a Igreja é sempre desafiada a conservar sua iden-tidade, que não lhe vem apenas de sua autocompreen-são, mas é algo que lhe foi dado pelo próprio Jesus. Se a identidade da Igreja vem de Jesus, ela participa de modo permanente, misterioso e profundo, do próprio mistério da Encarnação. O “habitou entre nós”, de que João fala no seu prólogo acerca do Verbo de Deus, con-tinua de forma sacramental através da Igreja.

Jesus é o “Verbo que se fez carne”; é ele, portanto, a “Palavra definitiva de Deus” para a humanidade, a plena e total revelação. Nada mais Deus tem a di-zer à humanidade; tudo já foi dito em Jesus e por Je-sus: “tudo o que eu recebi do Pai eu vos dei a conhe-cer”, disse Jesus. É aqui que a Igreja vai encontrar o sentido mais profundo de sua existência e missão.

O Concílio Vaticano II ofereceu à Igreja, através de suas constituições e de seus decretos e declarações, uma possibilidade de se autocompreender que tal-vez só se possa encontrar igual nos textos dos Padres da Igreja. A que devemos isso? Certamente ao fato de que os “Padres” jamais entenderam a Igreja apenas “ad intra”, mas a apresentam sempre na sua intrín-seca relação com Jesus e na sua relação com o mundo que ela tem a missão de evangelizar. Foi exatamente esse o caminho trilhado pelo Vaticano II. O Papa João XXIII, ao convocá-lo, teve a intuição (que ele mesmo chamou de “súbita”) de se referir ao Concílio como um novo Pentecostes. Sendo assim, já se podia, des-de então, deduzir que uma nova eclesiologia estava surgindo na Igreja.

Em Pentecostes, o Espírito “pousou sobre cada um deles” e eles (os apóstolos) abriram as portas e saíram para o meio do povo, onde já estava poten-cialmente presente a Igreja, isto é, aqueles que, à pregação dos apóstolos, estariam reunidos no amor de Cristo. Colocando em termos de um “novo Pente-costes”, o Papa João indicou claramente os caminhos da Igreja a partir de então. Já no início do Concílio, o Cardeal Léon Suenens (da Bélgica) formulou uma pergunta fundamental: “Ecclesia Dei, quid dicis de te ipsa?” (Igreja de Deus, o que dizes de ti mesma?).

Foi uma “provocação” aos bispos e teólogos para não perderem o “momento novo” que o Espírito Santo estava criando na Igreja. Em 1964, terceiro ano do Concílio, o Papa Paulo VI lança a sua pri-meira encíclica, Ecclesiam suam, na qual já se pode

sentir o sopro desse novo espírito, pois o Papa, em sua encíclica, não fala da Igreja a partir de deduções dogmáticas e apologéticas, como era a tradição ecle-siológica, mas vai buscar seu ponto de partida na ex-periência, e, especificamente, na experiência de ser Igreja, pois a Igreja só conhece a si mesma se conhe-ce também o seu Senhor.

Na celebração dos 50 anos de abertura do Concílio, somos convidados a “revisitá-lo”, no dizer do prega-dor do nosso retiro, Dom Francisco Biasin. Essa “re-visita” significa uma retomada dos textos concilia-res, ao menos os mais importantes, para podermos nos deixar iluminar por eles. É o que tentaremos fa-zer no decorrer deste ano.

Se voltarmos às fontes, como quis o Concílio, en-contramos a vida. Se retrocedermos ao passado, en-contraremos o vazio e, facilmente, podemos cair na tentação de preenchê-lo com mil coisas, talvez belas e fascinantes, porém mortas e sem nenhuma serven-tia para a missão da Igreja.

O Papa João Paulo II gostava de falar em termos de “abrir as portas ao Redentor”; o Papa Bento XVI nos fala agora de “reencontrar a porta da fé”. A nossa época é, portanto, pós-conciliar. Sim, devemos falar assim, pois passaram-se apenas 50 anos, que, numa ampla visão da história, não constitui apenas um “jubileu”; é, antes, ainda o início de uma nova épo-ca, exatamente para que possamos reabrir a “porta

da fé” para todos aqueles que desejam entrar. O Papa Pau-lo VI, um ano após o encer-ramento do Concílio, falava assim: “O Concílio foi feito para despertar, para reno-var, para modernizar, para intensificar, para dilatar a vida da Igreja...”. Uma Igreja que tenha a coragem de olhar

para si mesma não mais para se autocomprazer ou se defender de “inimigos”, reais ou imaginários, e procure caminhos de diálogo com o mundo, com as outras religiões, com as outras igrejas, e, desta for-ma, ilumine também o diálogo em seu próprio ser. Não nos entenderemos se permanecermos olhando só para nós mesmos, o que parece estar a acontecer muitas vezes em vários níveis da vida eclesial. Con-tinuar assim seria um perigoso erro! Muitas vezes a resposta de Deus está no outro. O Concílio Vaticano II nos convida a, de novo, “ouvir o que o Espírito diz à Igreja”. Isso é perfeitamente possível através de uma consciente postura de diálogo, não apenas com o mundo das religiões, mas com todos os homens de boa vontade.

Una, Sancta, Catholica et Apostolica

Desafios do Ecumenismo

Pe. Expedito Nascimento, S. J. – Comissão para a Doutrina da Fé

Monsenhor Lino Rodrigues Duartevigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife

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“O Concílio Vaticano II ofereceu à Igreja, através de suas constituições e de

seus decretos e declarações, uma possibilidade de se

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Março/Abril de 201212

Às margens da PE-15, no coração do bairro Vila Torres Galvão, na cidade do Paulista, o templo iluminado dava indícios de que aquela noite do dia 05 de março, seria um

momento histórico. De longe, denunciava a alegria de uma comunidade inteira, que há poucos minutos veria a profecia já dita no endereço da igreja – Rua da Matriz – se concretizar. De perto, o brilho nos olhos de cada fiel, transparecia um misto de euforia e esperança. O nasci-mento da Paróquia de São Francisco de Assis fez jus ao padroeiro, simples e grandioso ao mesmo tempo.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu a celebração. Com ele estavam os vigários gerais monsenhores Lino Duarte e José Albérico de Almeida; o vi-gário episcopal de Olinda, padre Sandro Corazza, além do pároco da Nossa Senhora dos Prazeres, Paulista Centro, pa-dre Valdemir José da Silva e o primeiro administrador paro-quial da Vila Torres Galvão, padre Hélio do Nascimento. Di-versos padres e seminaristas também estiveram presentes.

No início da celebração a tão esperada leitura do decre-

Coordenadores de comissões vicariais, pas-torais e movimentos estiveram reunidos no dia 31 de março, no Centro Formativo São Francisco, no Paulista, para participa-

rem da segunda reunião de articulação e planejamen-to promovida pelo Vicariato Olinda. Com o objetivo de sensibilizar as lideranças do Vicariato para a cons-trução de uma Pastoral de Conjunto, o encontro foi marcado pela realização de palestras, debates, traba-lhos em grupo e muita animação.

Segundo o vigário episcopal de Olinda, padre San-dro Corazza, é fundamental perceber que o proces-so de evangelização envolve todos os segmentos da Igreja, em todas as suas dimensões. Nesse sentido, o vigário ressaltou a urgência de organização, planeja-mento e articulação entre os diversos grupos, movi-mentos e pastorais que compõem o Vicariato Olinda.

“É preciso caminhar rumo à integração entre as pastorais. Nossos grupos podem trabalhar juntos, conviver mais, estar mais próximos, valorizar a rique-za e a diversidade da Igreja. Evangelizar é uma ação que envolve a todos.”, destacou o vigário episcopal.

to de ereção canônica. A assembleia silenciou. Nos mais velhos o sentimento de dever cumprido, depois de anos de trabalho pastoral ao lado do padre Valdemir. Nos mais jovens, um olhar de esperança em uma Igreja ainda mais viva e mais dinâmica. Com o documento lido e posterior-mente erguido pelo monsenhor José Albérico, vieram os aplausos e as lágrimas.

A enfermeira e integrante do Apostolado da Mãe e Rai-nha, Monique Maria da Silva, 31, tentou expor em pala-vras a grandiosidade do momento. “É uma emoção muito grande, difícil de explicar. É um passo muito importante na vida da nossa igreja. Tudo será ainda melhor a partir de agora e vamos crescer ainda mais”, declarou.

Vinculada a Paróquia de São Francisco de Assis, estão as comunidades de Santa Paula Frassinetti, bairro do Sítio Fragoso, e Nossa Senhora de Fátima, em Parque Paulis-ta, totalizando cerca de 37 mil habitantes. Dom Saburido destacou a importância de mais uma paróquia para a ar-quidiocese. “É uma divisão que vem para melhorar o aten-dimento da Igreja. Com um rebanho menor o padre pode dar uma assistência melhor ao fieis”, disse. O arcebispo falou do que espera da comunidade de São Francisco de Assis. “Que juntos com padre Hélio vocês possam ser de fato uma Igreja missionária que vai ao encontro dos mais necessitados”, completou.

Despedida - A noite era realmente histórica. A ereção canônica da Igreja de São Francisco de Assis não poderia ter acontecido em um momento tão especial. O ano de 2012 marca o jubileu de ouro da comunidade. Uma traje-tória de recomeços e belas vitórias, como lembrou o páro-co de Nossa Senhora dos Prazeres, Paulista Centro, padre Valdemir José da Silva em seu discurso durante a celebra-ção. “Tivemos muitos momentos difíceis, o maior deles foi a demolição da antiga capela. Apesar do choro, lutamos e

Durante o encontro, os participantes foram sensi-bilizados para a construção de uma agenda com ações em comum, tanto em nível do Vicariato, mas, sobre-tudo, dentro das diversas paróquias que o compõem. Atualmente, cinco comissões buscam promover a a articulação e integração entre os diversos grupos no Vicariato Olinda: 1) Comissão Vida e Família, 2) Co-missão Juventude; 3) Comissão Bíblia e Catequese; 4) Comissão Liturgia; 5) Comissão Ação Missionária.

Entre as questões debatidas durante a reunião, destaque para a formação permanente dos agentes de pastoral, especialmente bíblica e espiritual; a ne-cessidade de envolvimento de toda a comunidade na evangelização, de modo que os grupos percebam que fazem parte de uma realidade maior e não atuem iso-lados; a construção de uma visão eclesial tendo como modelo as comunidades dos Atos dos Apóstolos, ba-seada na escuta da Palavra, no convívio fraterno e na partilha; entre outras questões.

O encontro fez parte de um processo mais amplo, que envolve toda a Arquidiocese de Olinda e Recife na construção de um Plano Pastoral Arquidiocesano.

Noite festiva marca o nascimento da Paróquia de São Francisco de Assis

Vicariato Olinda realiza encontro de planejamento e articulação pastoral

Por Kleber Nunes

estamos celebrando hoje”, recordou.O sacerdote também foi o homenageado. Tido como um

presente para a Igreja particular da cidade do Paulista, pa-dre Valdemir José estava comemorando 14 anos de chega-da ao município. Reconhecido pelo seu amor paternal com suas ovelhas, o religioso contribuiu decisivamente para o crescimento pastoral da região. E os filhos reconhecem isso. O interromperam com aplausos e gritos durante o seu discurso de despedida como pároco da Vila Torres Gal-vão. Porém tinha mais. Um sanfoneiro tocou e cantou ‘Asa Branca’ em homenagem ao padre, a música de Luiz Gon-zaga emocionou o sacerdote que não conteve as lágrimas. Em seguida, ele agradeceu: “Obrigado por tudo, sou grato a cada um. Não tem despedida, mas um abraço de até logo”.

Posse - Nova paróquia, novo pastor. Durante a cele-bração também houve a posse do padre Hélio do Nasci-mento, como o primeiro administrador paroquial de São Francisco de Assis. Caravanas vindas das mais diversas paróquia da arquidiocese foram prestigiar o padre Hélio. Maria Correia, 63, não conseguiu contar a emoção de ver o sacerdote que ela conheceu ainda criança, no Córrego do Jenipapo, no Recife, sendo acolhido como pastor de uma grande comunidade. “A história dele foi marcada pela di-ficuldade e ele nunca desistiu, sempre lutou pela Igreja e pelos pobres. Agora está aqui, onde com certeza vai ser um grande administrador”, disse.

Depois de reafirmar o compromisso sacerdotal e de receber as chaves da Igreja de São Francisco de Assis e do sacrário o padre Hélio em seu discurso lembrou das dificuldades de sua caminhada vocacional e agradeceu a oportunidade de assumir a nova missão. “É uma alegria poder, depois de tantas dificuldades, ser padre e estar junto nesta paróquia. Quero está no meio do povo, traba-lhando”, declarou. Os fiéis acolheram com aplausos.

A meta, segundo o vigário episcopal de Olinda, é que esse plano seja divulgado em novembro deste ano.

A próxima reunião do Vicariato Olinda entre coor-denadores das comissões episcopais, pastorais e mo-vimentos está marcada para o mês de julho.

Fonte: Pascom Vicariato Olinda