a logística como ferramenta de vantagem competitiva nas...
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Vol. 6, No. 2, JAN/2018
A Logística Como Ferramenta De Vantagem Competitiva Nas Organizações
Ângela Aparecida Miranda Damiani1
Thaís Moura Delgado2
Resumo: Neste artigo, desenvolvemos uma avaliação sobre métodos para as organizações obterem vantagens competitivas por meio da logística, uma vez que existe hoje uma concorrência acirrada e altamente competitiva entre as empresas. A logística tem papel fundamental para que os objetivos das empresas sejam alcançados, buscando inovação e boas ferramentas de gestão. Utilizando o método de pesquisa bibliográfica, foi possível verificar como uma organização pode alcançar vantagens competitivas com estratégicas logísticas, agregando valores para as organizações.
Palavras-chave: Vantagem competitiva, Qualidade na logística, Tecnologia, Estratégica Logística, Cliente.
Abstract: In this article, we have developed an evaluation on methods for organizations to obtain competitive advantages through logistics, since today there is a fierce and highly competitive competition between companies. Logistics plays a fundamental role in achieving corporate goals, seeking innovation and good management tools. Using the bibliographic search method it was possible to verify how an organization can achieve competitive advantages with logistic strategies, adding values to the organizations.
Keywords: Competitive advantage, Quality in logistics, technology, logistics strategy, Customer.
1Trabalho realizado como requisito parcial para a conclusão do Curso de Administração da Faculdade
Promove. 2Graduandas do 8º período de Administração da Faculdade Promove, [email protected],
[email protected]. Orientador Marcelo Ayres, Mestre em Administração Estratégica pela FEAD/MG. Professor na Faculdade Promove. E-mail: [email protected].
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1 INTRODUÇÃO
Vive-se em um tempo de rápidas mudanças e de quebra de paradigmas. Dentro
dessa linha de pensamento as empresas vem repensando e reinventando sua forma
de fazer negócio, afim de se manterem no mercado. Um fator importante dentro do
setor empresarial é a logística, preocupar-se com a mesma tornou-se fundamental
nas organizações. A mesma é imprescindível dentro de uma organização para se
obter o máximo nível de rentabilidade nos serviços a serem geridosaos clientes.
De acordo com Christopher (2007), logística é o processo de gerenciamento
estratégico da compra, do transporte e da armazenagem de matérias-primas, partes
e produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da
organização e de seus canais de marketing, de tal modo que as lucratividades atuais
e futuras sejam maximizadas mediante a entrega de encomendas com o menor
custo associado.
Alvarenga (2000) conceitua logística, como soma de atividades que visam maximizar
o resultado de uso de matérias, desde sua origem até sua oferta no ponto de
vendas.
Com isso pode-se dizer que a logística é responsável por tornar disponível produtos
e serviços no local e tempo certo com o menor custo possível, através de uma boa
gestão logística de todo o processo da cadeia de gerenciamento de suprimentos, o
que pode implicar no aumento da eficiência e redução de custos gerando assim
lucratividade e competitividade da empresa frente ao mercado.
1.1 Contextualização do tema
Com a concorrência cada vez mais acirrada as empresas vêm buscando vantagens
competitivas para permanecerem atuantes no mercado. Para se obter vantagem é
essencial que a organização apresente um diferencial em seus produtos e serviços
em relação aos seus concorrentes, e assim tornar-se mais competitiva.
O desempenho de uma empresa está diretamente ligado à logística, pois a mesma
contribui não apenas para os custos, mas também para resultado, proporcionando
assim ganhos de competividade e resultados. Ballou define que:
(1993, p.24) A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o
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ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento,
com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
Para Ballou (1993), a logística empresarial estuda como a administração pode
prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e
consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as
atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Portanto, a logística empresarial pode fazer o papel de gestão estratégica, aquisição
e movimentação de materiais e de fluxos de informação, ou seja, para armazenar e
transportar produtos e serviços que as pessoas necessitam, é preciso ter uma
atividade que supra as necessidades do mercado e dos consumidores, é a logística
que cuida dessas relações, tantorelações internas e externas. A logística, pode dar
ainda vantagem competitiva, reduzindo custos e gerando valor para o consumidor
final através da oferta de serviços diferenciados, trazendo assim para a empresa
melhor nível de rentabilidade.
1.2 Problematização e questão norteadora
As empresas estão inseridas em um mercado competitivo, e com grandes
transformações impulsionadas pelo avanço tecnológico. Com isso, torna-se
necessário a determinação de estratégias que envolvam o posicionamento do
negócio de modo a maximizar o valor das características que o distinguem de seus
concorrentes, e que garanta nível de serviço satisfatório aos seus clientes.
Atualmente, vem se discutindo sobre como obter vantagem competitiva mediante a
excelência logística, com isso agregar valor aos clientes e ser responsável pelo fluxo
dos insumos ou produtos ao longo da cadeia de suprimentos para buscar um
diferencial mercadológico.
De que forma a logística pode ser utilizada como ferramenta de vantagem
competitiva?
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Relatar como a logística pode ser utilizada como ferramenta de vantagem
competitiva nas organizações, gerando assertividade, mantendo a qualidade de seu
serviço e/ou produto e consequentemente expandindo o crescimento da
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organização, agregando valores de alta performance á estratégica das
organizações, para que a mesma se mantenha no mercado e seja altamente
competitiva no atendimento a seus clientes.
1.3.2 Objetivos específicos
Compreender como a organização pode manter sua competitividade
através de uma boa gestão;
Demonstrar como é importante o papel do gestor da logística para o
alcance dos objetivos da organização;
Identificar como uma organização pode alcançar qualquer nível de serviço
se a mesma estiver disposta a alocar os recursos necessários, mantendo
sua competitividade no mercado.
1.4 Justificativa
Para tornar uma organização cada vez mais competitiva, é necessário que se tenha
uma gestãologística de qualidade, para criar valor para o cliente, satisfazendo o
mesmo e pelo menor custo possível.
É de suma importância entender como funciona toda a cadeia logística e como ela
pode agregarinúmeros benefícios para uma organização agilizando serviços e
reduzindo custos desnecessários.
Ganha-se um enorme conhecimento científico ao se estudar e abordar assuntos que
são relevantes a um administrador, facilitando o aprendizado do aluno em sala de
aula e a poder entender a teoria. Com a logística e sua competitividade não é
diferente, uma vez que a importância dela é global e é utilizada em empresas do
mundo inteiro, podendo formar um graduando com uma base eficiente para o
mercado de trabalho.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O processo de globalização, a aceleração da transformação tecnológica, e o
aumento das expectativas dos consumidores, fez com que as empresas
repensassem suas estratégias competitivas para lidar com a natureza radicalmente
inconstante do ambiente de negócios.
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A logística, juntamente com uma boa gestão, tem por finalidade atender essas
exigências do mercado. Podendo assim, tornar-se o caminho para a diferenciação
de uma empresa aos olhos de seus clientes, para a redução dos custos e para
agregação de valor, o que irá ser refletido num aumento da lucratividade e atingir o
sucesso no seu segmento de atuação, e dessa forma, obter a vantagem competitiva.
De acordo com Ballou:
[...] (1993, p.17) a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Na economia livre é responsabilidade dos empresários prover os serviços logísticos
necessários, para melhor tratar as atividades de suprimentos e distribuição de
maneira a maximizar tudo o que for possível para aumentar a lucratividade. Sempre
pensando desde o tempo gasto para realizar uma operação, até o menor custo
possível sem esquecer da excelência na qualidade da produção. Segundo Ballou:
(1993, p.38) logística empresarial tem como objetivo prover o cliente com níveis de serviço desejado. A meta de nível logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível.
O nível de serviço é o resultado de ações logísticas adotadas pelas organizações,
que buscam se diferenciar de seus concorrentes por meio de serviços de qualidade
superior, tais como: preços, investimento em mão de obra qualificada, tecnologia da
informação, transportes mais rápidos, dentre outros. Nesse sentido torna-se decisiva
uma gestão logística capaz de equilibrar qualidade, custos, que busque por
estratégias afim de diferenciar seu negócio, e que tenha melhores condições perante
seus concorrentes garantindo satisfação e fidelização de seus clientes. Para Ballou:
(1993, p.73), nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento de pedidos. O nível de serviço logístico é fator-chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade.
As empresas estão buscando por estratégias que, diferencie seu negócio e
estabeleça vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
Porter (1986), diz:
Descreve estratégia como ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável em uma indústria, para enfrentar com sucesso as cinco
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forças competitivas e, assim, obter um retorno sobre o investimento maior para a empresa (Porter,1986, p.49).
Segundo Porter (1986), desenvolvimento de uma estratégia competitiva é, em
essencial, relativamente complexo e importantíssimo para as organizações, pois, é
através de sua utilização de forma inteligente que se alcança os objetivos e as
metas organizacionais.
A competitividade está diretamente ligada a eficiência empresarial.
Competitividade é a base do sucesso ou fracasso de um negócio onde há livre concorrência. Aqueles com boa competitividade prosperam e se destacam dos seus concorrentes, independente do seu potencial de lucro e crescimento... Competitividade é a correta adequação das atividades do negócio no seu microambiente. (Degen,1989, p.106-107)
Bertaglia (2003, p.63) defende que:
A vantagem competitiva baseia-se nos princípios das competências que capacitam a organização a distinguir-se no mercado de alguma forma. Algumas formas de obtê-la seria oferecer produtos e serviços confiáveis, diferenciados e com valor agregado, capacidade de produzir e atender a um custo extremamente baixo e com qualidade superior à da concorrência.
Dentro deste contexto podemos considerar que, toda empresa que queira se manter
competitiva no mercado, deve criar sua estratégia de vantagem competitiva para
assim poder competir, atuar, e sobreviver no mercado.
Só se obtém vantagem competitiva, se houver um bom relacionamento entre todos
os elementos que compõem a cadeia produtiva de um produto ou serviço, afim de
atender as exigências dos clientes em relação ao nível de serviço desde a recepção
do pedido até a entrega do mesmo.
A rivalidade entre os concorrentes assume a forma corriqueira de disputa por
posição no mercado, o que leva as organizações a trabalhar com uso de algumas
táticas como: concorrência de preços, investimento em publicidade, aumento do
nível de serviços, garantia as exigências dos clientes, dentre outros. Isso ocorre
porque as organizações sentem-se pressionadas frente aos demais concorrentes,
ou então porque percebem uma oportunidade de mercado.
Por fim, a área da logística vem ganhando destaque nas organizações, pois a
mesma é vista cada vez mais como uma área estratégica, tornando-se um fator de
alta relevância na competitividade, pois pode possibilitar a oferta de um serviço
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adequado aos clientes, diferenciar a organização de seus concorrentes, e também
reduzir os custos através de um bom processo logístico.
METODOLOGIA
2.1 Abordagens
A presente pesquisa utilizará como como base lógica de investigação o método
dedutivo, uma vez que serão utilizadas teorias já existentes (referências
bibliográficas) para a avalição das teses citadas na pesquisa.
2.2 Métodos de pesquisa
a) Qualitativa: A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade
numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social,
de uma organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa
opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas
as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe
uma metodologia própria. (GOLDENBERG, 1997).
b) Bibliográfica: A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o
que já se estudou sobre o assunto. Existem porém, pesquisas científicas que se
baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas
publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios
sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002).
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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A logística empresarial é uma área muito abrangente no meio organizacional e é um
setor de grande importância para uma empresa. Por sua amplitude, ela tem se
apresentado como um elemento de criação de vantagem competitiva no mercado.
Com a tecnologia em alta e o desenvolvimento de novas ferramentas, a logística
vem acompanhando a inovação e desenvolvendo processos cada vez mais
eficientes no mercado.
Na época Feudal, a logística era entendida como uma atividade voltada à
armazenagem e movimentação de alimentos, e posteriormente, a logística evoluiu
na sua conceituação com as aplicações militares.
Abaixo, segue uma imagem apresentando a evolução da logística:
Figura 1 – A evolução da logística, site(pt.slideshare.net)
Atualmente, temos um conceito expandido e aplicado à gestão empresarial.
Conforme Ballou (1998) a logística empresarial estuda qual a melhor forma que a
administração pode dar rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e
consumidores, através do planejamento, organização e controle efetivo que visam
facilitar o fluxo de produtos nas atividades de movimentação e armazenagem.
Pires (1998) acredita que a logística engloba todo o processo de planejamento,
implementação e controle da eficiência, com custos efetivos de fluxos e estoque de
matéria-prima, estoque circulante, mercadorias acabadas e informações necessárias
com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.
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Portanto, a logística é um meio facilitador que a empresa possui para colocar seu
produto ou serviço à disposição dos clientes de uma forma mais ágil e com o menor
custo possível. Para Ballou, a logística trata das atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
matéria-prima até ao ponto de consumo final, e também dos fluxos de informação,
com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um
custo razoável.
Sendo assim, a logística empresarial pode ser utilizada para criar vantagem
competitiva entre as organizações, uma vez que uma boa gestão de logística fará
que a empresa consiga alcançar seus objetivos satisfazendo seu cliente e reduzindo
custos, o que é essencial para as organizações. A logística é um o processo
estratégico que acrescenta valor, permite a diferenciação, cria vantagem
competitiva, aumenta à produtividade e rentabiliza a organização, facilitando o
planejamento, implementação e controle dos fluxos de materiais/produtos, serviços e
informações relacionadas.
A Figura 2 apresenta um resumo esquemático da definição de logística:
Figura 2 – Definição esquemática de logística, site (logisticadescomplicada)
A logística é composta inicialmente por atividades primárias (transportes,
manutenção de estoques e processamentos de pedidos), áreas que possuem o
objetivo de reduzirem os custos e maximizar os lucros. As outras atividades,
(armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e
sistemas de informação) são consideradas atividades de apoio, porque elas dão
suporte ás atividades primárias para agilizar e manter o processo de qualidade do
serviço, satisfazendo o cliente.
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Atividades de transporte
A atividade de transporte na logística trata-se de uma das atividades de maior
importância, porque é responsável por grande parte dos custos logísticos, além de
ser medido o nível de serviço prestado que o mercado deseja. Vale ressaltar
também, que existem diversos meios de transportes, chamados de modais. Eles
são: rodoviário, ferroviário, aeroviário, dutoviário e aquaviário. Com o aumento das
mudanças e inovação, há uma grande tendência á multimodalidade, ou seja, a
integração dos diversos modais de transporte para facilitar o fluxo de transporte das
cargas.
Manutenção de estoques
Essa atividade da logística concentra muitos sistemas e estudos, porque é ela que
tem a função de manter um estoque de acordo com a disponibilidade do produto e
sua demanda.
Processamento de pedidos
É uma atividade que não está relacionada a um custo alto, porém está diretamente
ligada ao nível de serviço oferecido ao cliente. Essa atividade consiste em reduzir o
tempo total entre o cliente realizar um pedido e o mesmo ser entregue.
Armazenagem
A armazenagem é a área da logística responsável por estocar os produtos e/ou
matérias primas, sejam nas fábricas ou nos Centros de Distribuição, esse processo
pode ser feito pelo fabricante ou por um processo de distribuição determinado.
Manuseio de materiais
O manuseio de materiais se refere à movimentação dos produtos no local em que
eles estão armazenados. Essa movimentação começa desde o recebimento do
produto até a saída dele.
Embalagem
A embalagem tem a finalidade de acondicionar, proteger, conservar, transportar e
armazenar produtos ao longo de todo processo logístico, contribuindo também com
a informação que o consumidor precisa saber para adquirir o produto.
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Suprimentos
São os produtos ou materiais, que são administrados, movimentados, armazenados
e transportados pela logística, ou seja, são os elementos principais de toda a cadeia
logística.
Planejamento
O planejamento é fundamental para que todos os processos na cadeia logística
funcionem. Ele é responsável por criar novos métodos e estratégias que tragam
benefícios para a empresa, com a missão de fazer com que todas as atividades se
comuniquem com o objetivo final de reduzir custos e aumentar a eficiência das
operações logísticas.
Sistemas de informação
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades
logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para
controlar e gerenciar as operações logísticas. Entretanto, podemos considerar que a
logística empresarial é de suma importância nas organizações, visto que ela é
responsável por todos os aspectos materiais e de fluxo de informações.
A logística tem um papel estratégico nas organizações visando o melhor
desempenho e custo das suas atividades para satisfazer seu cliente.
Christopher (1997) afirma que a gestão da logística sob a ótica da geração de
vantagem competitiva, [...]
O gerenciamento logístico pode proporcionar uma fonte de vantagem competitiva – em outras palavras, uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes, em termos de preferência do cliente, pode ser alcançada através da logística.
Portanto, o objetivo final da logística empresarial é de planejar em menor custo e
tempo hábil, todas as rotinas e processos que envolvem o setor de suprimentos e
afins, de uma forma mais flexível e conseguir satisfazer o seu cliente com produtos e
serviço de qualidade.
GESTÃO DE CADEIA DE SUPRIMENTOS COMO VANTAGEM COMPETITIVA
(Supply Chain)
De acordo com Bertaglia (2009, p.5), Supply Chain significa:
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“A cadeia de abastecimento corresponde ao conjunto de processos requeridos para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a
concepção dos clientes e consumidores em disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) que os clientes e consumidores os desejarem”.
Quando adquirimos um produto, não imaginamos oprocesso pelo qual o mesmo
passou. Novaes (2015, p.60) diz que a cadeia de suprimento corresponde:
“Ao longo caminho que se estende desde as fontes de matéria-prima,
passando pelas indústrias fornecedoras dos componentes, pela manufatura do produto, pelos distribuidores e chegando finalmente ao consumidor
através do varejista”.
Figura 3 – Cadeia de suprimento típica. (Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 4.ed. Pág.259)
Com a análise da cadeia de suprimento típica demonstrada na Figura 3, Novaes
(2015) diz que a união dos participantes da cadeia de suprimento, buscam ganhos
globais, onde se resulta num processo ganha-ganha, ou seja, todos ganham e não
somente uns em detrimento dos demais. Porém, para o alcance dessa integração
plena requer-se a eliminação de inúmeras barreiras, como por exemplo, a
necessidade de um sistema de informações bem montados interligando todos os
parceiros da cadeia.
Novaes (2015) acrescenta que o SCM, focaliza dois pontos importantes, primeiro: o
consumidor tem destaque excepcional, pois todo o processo deve partir dele,
buscando equacionar a cadeia de suprimento de forma a atendê-lo na forma por ele
desejada. Segundo: é a integração exigida entre todos os elementos da cadeia de
suprimento, partindo dos fornecedores iniciais até o consumidor final, com o intuito
de atender as necessidades de seus clientes e proporcionar vantagem competitiva a
empresa.
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Elementos da cadeia de suprimentos
Como já exposto anteriormente a cadeia de suprimentos se estende desde o
fornecedor da matéria prima até o consumidor final, passando pela manufatura,
centros de distribuição, atacadistas e varejistas. Sabe-se que não é mais possível as
empresas atuarem de forma competitiva, adquirindo simplesmente produtos dos
fornecedores e vendendo aos consumidores, pois as vantagens competitivas não
depende somente dos varejistas, mas sim da maneira correta de atuar ao longo da
cadeia de suprimentos, buscando reduzir custos, melhorar a qualidade dos produtos
e o nível de serviço para o cliente final.
A importância da gestão de custos
Devido à forte competição entre as empresas, as mesmas passaram a buscar por
redução de custos de forma sistêmica, em todos os níveis ao longo da cadeia de
suprimentos, para atuar competitivamente no mercado globalizado.
Segundo Novaes (2015), as empresas que ainda não conseguiram implantar um
controle de qualidade adequado, ou que vem apresentando níveis de custos acima
da prática de seu setor, dificilmente conseguirão atuar de forma integrada e com
sucesso na cadeia de suprimentos otimizada.
De acordo com Novaes (2015), o conceito da cadeia de valor foi desenvolvido por
Michael Porter, professor da Harvard Business School, sendo hoje, um dos pilares
do moderno gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Como referenciado por Thompson (2003), a cadeia de valor identifica as atividades,
funções e processos que precisam ser executados no projeto, produção,
comercialização, entrega e apoio de um produto ou serviço. A cadeia de valor inicia
com o fornecimento de matéria-prima e continua ao longo do processo, até chegar
ao usuário final do produto ou serviço.
Para Novaes (2015), o valor de um determinado produto é composto pela margem e
pelas atividades de valor. As atividades de valor são formadas pelos processos
físico-operacionais tecnologicamente distintos que uma empresa lança mão para
criar um produto com certo valor de mercado.
Portanto pode-se dizer que cada atividade de valor utiliza insumos diversos, tais
como: mão de obra, materiais, tecnologia e informação, que geram ativos
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financeiros, como estoques e contas a receber. Epassivos, como contas a pagar.
Uma cadeia de valor completa é extensa, e com isso as empresas têm por objetivo
otimizar a cadeia de suprimentos no seu todo, reduzindo custos, alcançar um maior
volume de vendas, aumentar a participação no mercado, conseguir maior giro e
consequentemente maiores lucros.
Participação da logística na cadeia de valor
Para Ballou (2006), a logística/cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades
funcionais (transporte, controle de estoques, etc.) que repetem inúmeras vezes ao
longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos
acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor. E a logística é o processo de
planejar, implementar e controlar de maneira eficiente, o fluxo e a armazenagem de
produtos, bem como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto
de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do
consumidor. Onde a mesma procura incorporar e agregar valor de lugar, de tempo,
de qualidade de informação à cadeia produtiva e ao consumidor.
Segundo Novaes (2015), a moderna logística procura incorporar:
Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de toda a
cadeia de suprimentos;
Interação efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa;
Interação efetiva e estreita com fornecedores e clientes;
Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos processos e a
redução de custos em toda a cadeia de suprimento;
Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido e
adequado.
Portanto, é importante observar que grande parte das medidas possíveis para
melhorar a cadeia de valor depende da logística. Não se trata somente de
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operações logísticas clássicas, mas também de estratégia, ou seja, a logística atua
fortemente na concepção, planejamento e execução dos projetos estratégicos de
uma empresa.
VANTAGEM COMPETITIVA ATRAVÉS DOS SISTEMAS LOGÍSTICOS
Em um ambiente de negócios, os gestores das empresas precisam lançar mão de
ferramentas que sejam confiáveis para as que as empresas sobrevivam no mercado,
atendendo as exigências dos clientes ao menor custo possível, e ter uma visão
interfuncional de todos os processos, administrando de forma eficiente o fluxo de
matérias e informações de cada atividade de seu sistema logístico, até o consumidor
final.
A existência de uma estratégia logística faz-se necessária para qualquer
organização, pois o mercado muda principalmente sob a necessidade dos clientes,
os quais estão cada vez mais exigentes em ter o produto certo, no lugar e hora
certa. Com isso, as empresas visando a adequação das necessidades dos clientes,
buscam por ferramentas que ofereçam novos recursos, que permitem que a logística
seja trabalhada de forma otimizada, afim de ter um atendimento efetivo para o
mercado consumidor.
A partir disso, pode-se afirmar que atecnologia de informação, anda lado a lado com
a logística, abrindo possibilidades de estratégias, através de ferramentas e recursos
tecnológicos, para que as empresas desenvolvam suas operações em níveis
arrojados de eficiência.
Segundo Fleury, Wanke e Figueredo (2009) a tecnologia de informação, contribui
para que a logística se torne mais eficiente e eficaz em todo seu processo da cadeia
de distribuição, permitindo assim um bom desenvolvimento das ferramentas de
gerenciamento, as quais tem papel primordial para os gestores, permitindo que os
mesmos busquem por aperfeiçoamento, conhecimento e agilidade para todo o
processo logístico, de forma a aumentar os lucros e a competitividade, e de se ter
um ambiente favorável a inovações, exigências dos clientes, e com impactos
positivos sobre planejamento, execução e o controle logístico
Ferramentas de TI aplicadas a logística
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Warehouse Management System (WMS)
Ferramenta utilizada a nível operacional, onde a mesma é usada no
gerenciamento de armazenamento, movimentação de mercadoria,
recebimento e separação de produtos ou insumos, entre outras atividades
logísticas. A mesma permite localizar de maneira eficiente, onde está o
produto, o fluxo desse produto, inventário, dentre vários outros processos.
Código de Barras
Esta ferramenta é de grande importância para o mercado. Pois a mesma
possibilita fazer a identificação única de cada produto. Diante da variedade de
produtos ofertados pela indústria, faz-se necessário identificar os produtos
individualmente, afim de se saber por exemplo, quem o consome e quando é
consumido, bem como rastreá-lo ao longo da cadeia e utilizar operações de
automação. Com o a leitura do código de barras é possível obter todas essas
informações.
Enterprise Resource Planning (ERP)
São sistemas de grande complexidade, responsável por cuidar de todas as
operações diárias de uma empresa, o mesmo tem como principal conceito a
implementação de uma base de dados única, afim de se integrar todo o
trabalho administrativo e operacional feito numa empresa. E se tem como
objetivo organizar o trabalho numa empresa aplicando regras de negócios e
parâmetros definidos para atender os processos e tarefas diárias,
possibilitando assim uma tomada de decisão gerencial mais precisa e eficaz,
e por consequência trazer benefícios para a empresa tais como redução de
estoque, melhoria das operações, dentre outros.
Planejamento de Necessidades de Materiais (MRP)
É um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em
programação da necessidade de seus componentes. Objetiva definir as
quantidades e momentos em que cada item deve ser produzido ou comprado,
a fim de atender o planejamento da produção, as necessidades exatas de
cada item, melhor atendimento aos consumidores, de forma a minimizar os
estoques em processo e aumentar a eficiência da fábrica, obtendo assim,
menores custos e consequentemente alcançando melhores margens de lucro.
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Supply Chain Management (SCM)
São ferramentas para o gerenciamento integrado da cadeia de suprimentos.
Tem por função possibilitar ao usuário o controle de diversas funções
logísticas, além disso, possui uma abrangência de integra-se a outros
membros da cadeia de suprimentos, tais como, indústrias, atacadistas e
varejistas, além de prestadores de serviços logísticos. Essa integração irá
possibilitar o aumento na produtividade e consequentemente contribui
significativamente para a redução de custos, desperdícios e etc.
Sistema de Posicionamento Global (GPS)
Sistema global de navegação via satélite, é uma ferramenta que permite
identificar precisão a posição de um veículo, uma pessoa ou outro objeto. O
GPS oferece vários benefícios para a empresa e para o motorista do veículo,
pois garante maior fiscalização no serviço de transporte, possibilitando assim
o acompanhamento em tempo real das atividades realizadas, e garantindo
maior eficiência no transporte de cargas, e evitar que ocorram problemas
como o desvio de rota.
Sistemas de Roteirização
São ferramentas que ajudam no planejamento da operação de transporte e
distribuição de cargas. Dentre suas funcionalidades pode-se citar: definição
exata das rotas, programação de veículos considerando o volume das
entregas e as rotas percorridas pelos mesmos. Com o roteirizador é possível
planejar a sequência de locais aonde as entregas devem ser feitas,
considerando o consumo de combustível, localização geográfica,
planejamento e carregamento da carga, e etc.
Sistemas de Gestão de Frotas
Através deste sistema é possível controlar perícias técnicas, manutenções,
controlar escalas de condutores, consumo de combustível etc. O mesmo dá
mais qualidade e agilidade ao fluxo de informações que giram em torno da
operação dos veículos, e permite que os gestores tenham maior poder de
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decisão. Permitindo assim mais facilidades em fazer escalas, retirar relatórios
e otimizar a utilização da frota.
Sistemas de Gestão de Transportes (TMS)
Este sistema ajuda a fazer planejamento e otimização de rotas, de carga,
auditoria de frete, pagamento, gestão de transportadoras, dentre outros.
Serve também como centro de logística em uma rede colaborativa de
carregadores, transportadores e clientes. E tem como objetivos:
Reduzir custos através do planejamento de rotas e cargas;
Melhoria da prestação de contas, visando a cadeia de transportes;
Flexibilidade, se houver mudanças em planos de entrega;
Dentre outros.
Todos estes sistemas, e outros não relatados aqui, fazem parte do portfólio de
sistemas logísticos que podem ser adotados visando vantagem competitiva.
LOGÍSTICA INTEGRADA COMO VANTAGEM COMPETITIVA
Com o aumento da competição no mercado de grandes empresas, é de suma
importância que as empresas tenham uma ampla visãoda logística, com o intuito de
se fazer escolhas corretas em sua cadeia produtiva, afim de estarem aptas a
atender as necessidades e expectativas de seus clientes, e evitar falhas logísticas
em seu processo produtivo.
A logística integrada é um conjunto de medidas e ações que interliga toda a cadeia
de suprimentos ao processo produtivo e ao desempenho dos colaboradores. E a
partir de uma ação de logística integrada, os gestores têm informações precisas de
todo o processo da cadeia logística, e a mesma ajuda as organizações a superarem
obstáculos no desempenho de suas atividades internas, e a atravessar com mais
facilidade os gargalos logísticos de infraestrutura do setor no país, site
(itatibensetranportes).
Para Pires (2000), a logística integrada baseia-se em três visões principais:
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Visão estratégica, que destaca a integração dos processos de abastecimento, de
produção e de distribuição.
Visão é a gerencial, que remete ao comprometimento entre as gerências de
logística, de marketing e de vendas.
Visão operacional, onde se estuda o relacionamento do setor de logística com o
restante da cadeia de suprimentos e as relações entre as áreas operacionais.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE ESTOQUE E A LOGÍSTICA
É de suma importância obter maior compreensão sobre gestão de estoques e
logística empresarial, uma vez que esses temas possuem papel determinante no
que se refere à competitividade e sobrevivência das empresas
Bowersox e Closs (2001 p.254 - 255), dizem que o gerenciamento de estoque é o
processo integrado que obedecem às políticas da empresa e da cadeia de valor com
relação aos estoques. Os estoques são fatores geradores de custos, e também
exercem a função essencial no favorecimento das receitas, afetando diretamente e
positivamente a competitividade e o resultado financeiro da empresa.
Portanto, saber determinar corretamente os quantitativos de estoques, bem como,
armazenar, objetivando os menores custos possíveis, baixas perdas, podem
determinar a competitividade de uma empresa.
Gerenciar estoques consiste em equilibrar com o consumo, de certa forma que as
necessidades efetivas dos consumidores sejam satisfeitas com mínimo de custo e
menor risco de falta, que seja assegurada a continuidade de fornecimento para seus
consumidores, e o valor obtido pela continuidade de fornecimento deve ser inferior à
sua falta. (VIANA, 2002p. 118)
O objetivo da gestão de estoques é maximizar o uso da informação, vendas que não
foram realizadas e quantidade a ser mantida no estoque. A gestão também deve
minimizar o capital total investido em estoques, em função do custo financeiro do
capital investido. Sem estoque, é impossível que a organização atenda seus
clientes.
Conforme Muffatto e Panizzolo (1995), um cliente satisfeito além de ser motivo de
lucratividade para a empresa, ele se torna um cliente fiel. Pode-se observar que o
estoque é um fator que impacta no êxito das empresas, um dos motivos é o alto
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volume de dinheiro investido. A influência de uma boa gestão de estoque tem
ligação direta com o sucesso de uma organização.
De acordo com Ching (2001), para compreender o papel dos estoques, é necessário
que examine o contexto de todo negócio, tornando parte das atividades do
planejamento empresarial.
Viana (2002, p. 361), relata que qualquer que seja o método, é fundamental a
observação das rotinas em prática a fim de evitar problemas de controle, com
consequências no inventário, o que pode causar prejuízos para a empresa.
As principais vantagens de um sistema de controle de estoque, de acordo com
Messias (1998, p.178) são: maior disponibilidade de capital para outras aplicações;
redução de custos de armazenagem; redução de custos de paradas de máquinas
por falta de matéria prima; redução dos custos dos estoques que envolvem
diminuição do número de itens em estoques; redução dos riscos de perdas por
deteriorações; e a redução dos custos de posse de estoque.
Portanto, a gestão estratégica de estoques é de grande importância para as
organizações, porque uma gestão de qualidade controla os desperdícios e desvios,
apura os valores para fins de análise e balanços. A movimentação e armazenagem
de produtos correspondem por grande parte dos custos de uma empresa, e eleva a
gestão a um diferencial importante para se manter competitiva no mercado.
LOGÍSTICA DE SERVIÇO AO CLIENTE COMO VANTAGEM COMPETITIVA
Segundo Arbache, Santos, Montenegro e Salles (2004) o cliente, é um dos pontos
chave, para se ter o uso adequado dos serviços logísticos, pois o mesmo é quem vai
aprovar ou reprovar os serviços e produtos prestados pelas empresas. Um produto
ou serviço, não possuem um real valor até que os mesmos sejam colocados nas
mãos do consumidor em tempo e local certo. Por isso que todo o processo de
planejamento e execução das atividades logísticas tem o cliente como origem e
destino.
Arbache, Santos, Montenegro e Salles (2004, p.28) dizem que:
A logística é vital para empresas que pretendem valorizar cada vez mais sua marca, reter omáximo de clientes, expandir Market Share e negócios no longo prazo. E que ao atingir tais benefícios deve-se fornecer de forma consistente um nível de serviço apropriado para cada segmento de clientes, afim de identificar, diferenciar e interagir as necessidades dos mesmos.
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Visto isso, contata-se que a satisfação de cada cliente é primordial para o sucesso
das empresas, de modo que o mesmo perceba a empresa como rápida, fiel e que
presta ótimo serviço de pós venda. Por outro lado, dessa forma a empresa consegue
se destacar, aumentado seus lucros e conquistando novos mercados.
Arbache, Santos, Montenegro e Salles (2004) citam que Christopher (1999)
questiona toda a estratégia logística, e diz que a mesma deve colocar o cliente como
ponto central, e incorporar os mesmos a todas as áreas da empresa. Relatando
claramente que é fundamental a ligação da empresa com o marketing. Pois a partir
daí, as empresas conseguem definir o mercado em que estão inseridas, quais são
seus melhores segmentos,o que estes segmentos realmente necessitam,
identificando assim os principais atributos do serviço ou produto, e quais os aspectos
que levam os clientes a escolher seus serviços ou de seus concorrentes.
Para entender melhor observamos a citação de Bertaglia (2003) afirma:
Uma boa administração traz para as organizações uma vantagem competitiva em termos de serviços, redução de custos e respostas rápidas às necessidades de mercado, pois essas organizações também precisam ser competitivas em preço, qualidade e diferenciação.
Todo o sistema organizacional da empresa (empregados e fornecedores), tem que
entender e estar comprometidos em satisfazer e superar as expectativas de seus
clientes.
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO COMO VANTAGEM COMPETITIVA
Com o aumento do crescimento das empresas de diferentes setores e as novas
fronteiras geográficas, consequentemente surgem o aumento da distância entre os
produtores e seus clientes. Pensando nisso, foram criados os grandes CD’s (Centros
de distribuição) para facilitar o fluxo e atender melhor as demandas. Com isso, os
centros de distribuição se tornaram um grande fator de vantagem competitiva para
as empresas.
Segundo Hill (2003), os centros de distribuição têm o objetivo de colocar os produtos
em movimento e não somente armazená-los. São depósitos grandes e
automatizados, projetados para receber produtos de várias fábricas e fornecedores,
receber pedidos, para atendê-los com eficiência e expedir os produtos para os
consumidores o mais rápido possível. Ainda segundo ele, os principais fatores que
levam ao uso de Centros de Distribuição são basicamente:
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Redução do Lead Time;
Desempenho nas entregas;
Localização geográfica;
Melhoria no nível de serviço;
Redução dos custos logísticos;
Aumento do marketshare;
Novo patamar de competitividade.
Basicamente, os centros de distribuição agregam valores para a organização,
fazendo com que ela seja mais competitiva, trazendo benefícios e redução de
custos. A disponibilidade imediata do produto, localização em ponto estratégico,
prazos de entregas menores, distância de entrega reduzida, maior flexibilidade para
atender o cliente de forma mais personalizada, faz a empresa se tornar eficiente e
assim obter uma grande clientela.
Conforme Moura (2002), os CDs consistem em oferecer melhores níveis de serviços
ao clientes, através de redução do lead time e pela disponibilidade dos produtos
mais próximos aos pontos de vendas, oferecendo melhores condições para agilizar
o atendimento dos pedidos.
Os centros de distribuições possuem funções básicas, são elas: recebimento de
materiais/conferência, movimentação até o local de armazenagem ou despacho,
armazenagem da mercadoria, separação dos pedidos, embalagem e
expedição/transporte.
Figura 4 – Funções básicas do CD, site (slideplayer.com.br)
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Recebimento de materiais
É a atividade base para a realização de todas as outras, é responsável por dar início
nas operações nos centros de distribuição.
Movimentação dos materiais
A movimentação dos materiais acontece desde o recebimento do material até a
entrega no consumidor final.
Armazenagem de mercadoria
A etapa de armazenagem tem uma duração que varia de acordo com a necessidade
ou urgência de cada entrega de pedidos no CD.
Separação dos pedidos
A separação de pedidos é a coleta correta de produtos, em suas quantidades
corretas da área de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor,
diz (LIMA, 2002 p.2).
Embalagem e expedição/transporte
A embalagem é uma atividade importante devido a função de embalar o
produto/material, fazendo sua proteção, contenção e comunicação, e
consequentemente facilitando a armazenagem e o transporte.
Ballou (1993) afirma que os centros de distribuição executam um papel- chave para
aumentar a eficiência da movimentação de mercadorias, permitindo a eficácia dos
custos de estoques com menores custos no transporte e mantendo ou melhorando o
nível de serviço oferecido.
São inúmeros benefícios que um centro de distribuição oferece para uma empresa,
dentre eles, está a captação de melhores preços com os fornecedores, por conta de
descontos obtidos por causa do volume de mercadorias; menores custos de frete;
abertura de maior espaço nas lojas já que o estoque ocupará áreas menores;
centralização das operações, o que facilita a comunicação e todo o processo.
MULTIMODALIDADE COMO VANTAGEM COMPETITIVA
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Os modais de transporte fazem parte do processo logístico e são de grande
importância para que a mercadoria chegue em seu destino estabelecido. De acordo
com Ballou(2001) muitas empresas buscam na logística de transporte obter um
diferencial competitivo, podendo se diferenciar dos seus concorrentes.
Na visão de Keedi(2001), para o desenvolvimento adequado da logística é
fundamental o conhecimento dos modais de transporte, saber analisar todas as
rotas possíveis, observando as cargas adequadas a cada um deles e o percurso
mais adequado. Deve-se considerar itens como capacidade de transporte: menor
custo, segurança, versatilidade e rapidez. Existem 5 tipos principais de modais de
transporte: Rodoviário, Ferroviário, Aéreo, Aquaviário e Dutoviário.
Transporte Rodoviário
É um dos transportes mais importantes em meios de condução de cargas do Brasil.
É feito por caminhões, carretas por meio de vias, estradas, rodovias e ruas,
asfaltadas ou não. É um dos modais que consegue transportar diferentes tipos de
mercadorias, como por exemplo desde grãos e cargas perecíveis até cargas
inflamáveis e perigosas.
Transporte Ferroviário
Esse tipo de transporte é feito por meio de vias férreas. É um modal que consegue
transportar um volume expressivo de cargas por longas distâncias, ficando isento de
taxas. Ele é adequado para a condução de mercadorias agrícolas, minérios de ferro,
produtos siderúrgicos, fertilizantes, derivados de petróleo, entre outros.
Transporte Aéreo
É o transporte que oferece agilidade, praticidade e segurança para as empresas. Ele
é feito por meio dos aviões, é a melhor opção quando necessita de transporte
rápido, como por exemplo produtos eletrônicos, porém ele possui limitações no
volume, tamanho e peso de carga.
Transporte Aquaviário
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Refere-se à locomoção de cargas por meio de mares, lagos e rios. Uma das suas
vantagens é que a navegação tem baixo consumo de combustível por tonelada útil
transportada se comparado com todos os outros modais.
Transporte Dutoviário
É realizado por meio de tubulações para transportar óleos, gases e produtos
químicos, minérios e granéis, através da gravidade ou da pressão. Os dutos podem
ser: subterrâneos, aparentes, aéreos e submarinos. No Brasil, esse tipo de modal
não é muito utilizado, as áreas que mais o utilizam aqui são a mineração e produtos
petroquímicos.
Diante disso, pode-se considerar que os modais de transportes são peças chaves
para uma organização, porque é um setor que está responsável desde a aquisição
dos insumos até a entrega do produto para o consumidor final, gerando
assertividade e competitividade entre as empresas.
LOGÍSTICA REVERSA
Vale e Souza (2014), afirmam que o desenvolvimento sustentável, em sua
expressão mais difundida, é um novo tipo de desenvolvimento capaz de manter o
processo humano, não apenas em alguns lugares e por alguns anos, mas em todo o
planeta e até um futuro longínquo, e que essa definição altera radicalmente a
tomada de decisões pelos agentes de desenvolvimento (governantes, empresários,
trabalhadores etc.).
Definição:
A logística reversa tem se tornado cada vez mais importante na sociedade e no
mercado competitivo, e a mesma pode ser entendida como:
De acordo com Leite (2003, p. 16) a logística reversa trata-se de:
Área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, de imagem corporativa, entre outros.
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Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, lei n: 12.305/2010), a
logística reversa é entendida como:
“Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. ”
De acordo com Vale e Souza (2014), a logística empresarial se tem valido de
técnicas e filosofias empresarias, que visam o aumento da velocidade de respostas
e de serviços aos clientes por meio da velocidade do fluxo logístico e da redução
dos custos em suas operações, tais como qualidade total, tecnologia da informação,
dentre outros. A logística reversa é uma ferramenta estratégica que visa auxiliar as
empresas na preservação do meio ambiente, contribuirá para o desenvolvimento
econômico e social, além de agregar valor à imagem corporativa.
Logística reversa e o ciclo de vida dos produtos
Para Vale e Souza (2014), o ciclo de vida de um produto é importante para evitar a
adoção de soluções que sejam eficientes em uma determinada fase, mas que
possam ser prejudiciais em outra, e a logística reversa, em especial contempla
importantes etapas do ciclo de vida, como reparo e reuso reciclagem de matérias e
componentes, recuperação e destinação final.
Logística reversa e a Cadeia de Suprimentos
Nem os bens físicos em si, nem tampouco seus valores são totalmente consumidos
após alcançarem o cliente. A fim de capturar esse valor, é necessário um
alargamento da perspectiva de cadeia de suprimentos, de modo a incluir novos
processos que fazem parte da logística reversa e vários ciclos de tratamento inter-
relacionado, ligado por interfaces especificas do mercado (ROGERS; TIBBEN-
LEMBKE. 1999).
Logística Reversa Como desafio Estratégico
Para Valle e Souza (2014) as estratégias de sucesso empresarial se defrontam com
um novo desafio: a logística reversa como forma de agregação de valor ao negócio
e a sociedade. São grandes as exigências que recaem sobre o comportamento dos
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executivos, porque não se trata somente de olhar a LR como simples extensão do
escopo do processo logístico. Mas sim olhar e focalizar a LR, como oportunidade de
desenvolvimento de competências, renovação das estratégias e dos valores
corporativos.
Roberson e Copacino (1994) constroem a argumentação em que a logística contribui
para o equilíbrio dinâmico da estratégia corporativa, porque é capaz de conectar
funções-chave da organização e, com isso, de promover a aproximação entre a
visão global da ação organizacional e as especificidades dos processos que
compõem a empresa.
GESTÃO DA QUALIDADE E MELHORIA CONTÍNUA COMO VANTAGEM
COMPETITIVA
A qualidade está diretamente relacionada à busca de atingir todas as necessidades
de seus clientes continuamente. Para isso é muito importante a prevenção de
aspectos relativos à não qualidade, como por exemplo, defeitos na realização de
serviços e produtos de bens, demoras, falhas e falta de segurança.
Hoje em dia, o mercado deseja empresas que agreguem valor através da melhoria
da qualidade dos serviços, possibilidades de otimização dos custos totais dos
serviços logísticos, melhoria no relacionamento entre os elos da cadeia logística,
capacidade de inovação tecnológica e processos mais ágeis e simples. Segundo
Ballou (1993, p.73):
“Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens ou serviços é gerenciada. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. O nível de serviço logístico é o fator chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. ”
A Satisfação do cliente pode ser afetada sem que empresa perceba, como por
exemplo, na prestação de serviços quando o cliente não fica satisfeito, pois não é
atendido de acordo com a sua necessidade. Com isso, é possível dizer que qualquer
erro na prestação de serviço e facilmente encoberto, enquanto no processo
produtivo pode-se identificar facilmente um erro cometido.
Segundo doutor Deming, que é um dos papas da qualidade total existe 14 pontos
fundamentais a serem observados no programa de qualidades e serviços, de acordo
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com o site Tec Hoje _ (Autores Alan Teixeira de Carvalho e Cleber Ribeiro Maia) _
acesso em 10 de maio de 2018.:
1. Crie uma visão consistente para a melhoria de um produto ou serviço objetivando
tornar-se competitivo e manter-se em atividade.
2. Adote a nova filosofia e assume a sua liderança na empresa.
3. Termine com a dependência da inspeção como via para a qualidade.
4. Minimize os custos com a seleção de um fornecedor preferencial.
5. Melhore de uma forma constante e contínua cada processo.
6. Promova a aprendizagem no terreno (training onthejob).
7. Encare a liderança como algo que todos podem aprender.
8. Não lidere com base no medo. Evite usar um estilo autoritário de gestão.
9. Destrua as barreiras entre os departamentos funcionais.
10. Elimine as campanhas ou slogans com base na imposição de metas.
11. Abandone a gestão por objetivos com base em indicadores quantitativos.
12. Não classifique o desempenho dos trabalhadores ordenando-os por ranking.
13. Crie um ambicioso programa de formação para todos os empregadores.
14. Imponha a mudança como sendo uma tarefa de todos os trabalhadores.
De acordo com Ganhão e Pereira (1992), certificar a conformidade de um produto ou
serviço é a ação de comprovar que esse produto ou serviço está em conformidade
com determinadas normas ou especificações, transmitindo confiança ao cliente.
Visto isso, na atualidade é esperado que o serviço de logística seja um fator
diferencial nas grandes companhias, aumentando e diminuindo a competitividade de
uma organização. Sabendo disso a logística é utilizada para atender mais
rapidamente e melhor o cliente que é cada vez mais exigente, buscando sempre
qualidade e preço.
Quando a empresa não tem investimento na ferramenta de logística para melhoria
contínua, acaba ficando vulnerável dentro do seu mercado atuante, pois se torna um
alvo estático, conforme citação:
[…] parte do processo da cadeia de abastecimento que planeia, implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo direto e inverso, bem com o armazenamento de produtos, serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem até ao ponto de consumo, com o objetivo de satisfazer os requisitos dos clientes. (Apud Carvalho, 2010: 25).
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Com a implementação dessas ferramentas é possível melhorias no departamento de
logística que contribuam para o aumento do controle sobre os gastos do
departamento de logística e para a melhoria da comunicação entre a todos os
ambientes da empresa, promovendo a performance da mesma.
4APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO
Apresentamos a seguir nossa discussão, baseada em na pesquisa bibliográfica
realizada, afim de entender a logística como ferramenta de vantagem competitiva
nas organizações.
Logística empresarial
Ballou (1998) diz que, a logística empresarial estuda qual a melhor forma que a
administração pode dar rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e
consumidores, através do planejamento, organização e controle efetivo que visam
facilitar o fluxo de produtos nas atividades de movimentação e armazenagem.
Pires (1998) acredita que a logística engloba todo o processo de planejamento,
implementação e controle da eficiência, com custos efetivos de fluxos e estoque de
matéria-prima, estoque circulante, mercadorias acabadas e informações necessárias
com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.
Ambos os autores afirmam que a logística trata de todas a atividades ao longo da
cadeia de distribuição, afim de se obter o melhor desempenho e custo das suas
atividades para satisfazer seu cliente, através de uma gestão eficaz.
Pode-se observar então que a logística oferece os seguintes benefícios:
Menores custos de distribuição;
Melhor serviço aos clientes;
Agilidade nas atividades de armazenagem e movimentação;
Dentre outros.
Gestão de cadeia de suprimentos como vantagem competitiva (Supply Chain)
De acordo com Bertaglia (2009, p.5), Supply Chain significa:
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“A cadeia de abastecimento corresponde ao conjunto de processos requeridos para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a concepção dos clientes e consumidores em disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) que os clientes e consumidores os desejarem”.
Novaes (2015) acrescenta que o SCM, focaliza dois pontos importantes, primeiro: o
consumidor tem destaque excepcional. Segundo: é a integração exigida entre todos
os elementos da cadeia de suprimento, com o intuito de proporcionar vantagem
competitiva a empresa, ressalta ainda que, as empresas que ainda não conseguiram
implantar um controle de qualidade adequado, ou que represente níveis de custos
acima da prática, dificilmente conseguirão atuar de forma integrada e com sucesso
na cadeia de suprimentos.
De acordo com Thompson (2003), a cadeia de valor identifica as atividades, funções
e processos que precisam ser executados no projeto, produção, comercialização,
entrega e apoio de um produto ou serviço. A cadeia de valor inicia com o
fornecimento de matéria-prima e continua ao longo do processo, até chegar ao
usuário final do produto ou serviço
Conforme pode-se verificar, todos os 3 (três)autores partem do princípio em que a
cadeia de suprimentos coloca os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável e
também fazer a integração de todos os elementos da cadeia produtiva de uma forma
estratégica, afim de se obter maior eficiência, redução de custo, redução de tempo
de processo e flexibilidade da cadeia logística, e maior competitividade.
Vantagem competitiva através dos sistemas logísticos (TI)
Segundo Fleury, Wanke e Figueredo (2009). A tecnologia da informação contribui,
para que a logística se torne mais eficiente e efetiva em todo seu processo de
cadeia de distribuição, de forma abrangente, com uma comunicação ampla em todas
as áreas que fazem parte deste processo.
Tecnologia da informação ou TI consiste em um conjunto de ferramentas e recursos
tecnológicos que permitem administrar ou armazenar variadas quantidades de
informações (site portal educação)
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Cada um destes pacotes de software, como também são conhecidos, são
responsáveis por uma gama de informações capazes de dar suporte a decisões
muito úteis no planejamento de atividades específicas (BALLOU, 2006).
Diante do exposto, pode-se verificar que todas as informações, partem do ponto de
vista que a tecnologia da informação tem por finalidade facilitar a gestão e processos
logísticos de uma organização, unindo todos os elos de uma cadeia de suprimentos,
controlando as operações e oferecendo melhores níveis de serviço para os clientes.
Logística integrada como vantagem competitiva
A logística integrada é um conjunto de medidas e ações que interliga toda a cadeia
de suprimentos ao processo produtivo e ao desempenho dos colaboradores.
Para Pires (2000), a logística integrada baseia-se em três visões principais:
Visão estratégica, que destaca a integração dos processos de abastecimento, de
produção e de distribuição.
Visão gerencial, que remete ao comprometimento entre as gerências de logística,
de marketing e de vendas.
Visão operacional, onde se estuda o relacionamento do setor de logística com o
restante da cadeia de suprimentos e as relações entre as áreas operacionais.
A partir de uma ação de logística integrada, os gestores têm informações precisas
de todo o processo da cadeia logística, e a mesma ajuda as organizações a
superarem obstáculos no desempenho de suas atividades internas e a atravessar
com mais facilidade os gargalos logísticos de infraestrutura do setor no país(site
itatibensetransportes).
Diante do que foi exposto, observa-se que ambas as partes expressam, que a
ferramenta logística integrada, estimula e união e interatividade de todos os
processos de uma empresa, o que permite ao gestor de logística acompanhar e
gerenciar todos os processos que estão dentro de uma cadeia de suprimentos, o
que pode trazer melhores índices de produtividade, redução de custos, e
principalmente aumento da vantagem competitiva.
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[Digite texto] Vol. 6, No. 2, JAN/2018
Gestão estratégica de estoques e a logística
Bowersox e Closs (2001 p.254 - 255), dizem que o gerenciamento de estoque é o
processo integrado que obedecem às políticas da empresa e da cadeia de valor com
relação aos estoques.
Gerenciar estoques consiste em equilibrar com o consumo, de certa forma que as
necessidades efetivas dos consumidores sejam satisfeitas com mínimo de custo e
menor risco de falta, que seja assegurada a continuidade de fornecimento para seus
consumidores, e o valor obtido pela continuidade de fornecimento deve ser inferior à
sua falta. (VIANA, 2002p. 118)
Ching (2001), complementa que, para compreender o papel dos estoques, é
necessário que examine o contexto de todo negócio, tornando parte das atividades
do planejamento empresarial.
Todos os autores partiram do princípio que uma gestão estratégica de estoques é de
grande importância para as organizações, pois uma gestão de qualidade controla os
desperdícios e desvios entradas, saídas, apura os valores para fins de análise e
balanços, e oferecer um bom serviço aos consumidores.
Logística Reversa
De acordo com Leite (2003, p. 16) a logística reversa trata-se de:
Área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações
logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e pós-consumo ao
ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos,
agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, de imagem
corporativa, entre outros.
Para Valle e Souza (2014) as estratégias de sucesso empresarial se defrontam com
um novo desafio: a logística reversa como forma de agregação de valor ao negócio
e a sociedade.
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Conforme exposto, a logística reversa é vista por ambos autores como uma
ferramenta que implanta práticas que visam o recolhimento e a reciclagem de
resíduos de produção. E que as empresas criam uma relação com o meio ambiente,
gerando valor tanto interno como externo e também, obtendo assim vantagem
competitiva.
Logística de serviço ao cliente como vantagem competitiva
Christopher (1999) questiona toda a estratégia logística, e diz que a mesma deve
colocar o cliente como ponto central, e incorporar os mesmos a todas as áreas da
empresa.
Segundo Arbache, Santos, Montenegro e Salles (2004) o cliente, é quem vai aprovar
ou reprovar os serviços e produtos prestados pelas empresas. E um produto ou
serviço, não possuem um real valor até que os mesmos sejam colocados nas mãos
do consumidor em tempo e local certo.
Bertaglia (2003) complementa que:
Uma boa administração traz para as organizações uma vantagem competitiva em termos de serviços, redução de custos e respostas rápidas às necessidades de mercado, pois essas organizações também precisam ser competitivas em preço, qualidade e diferenciação.
A partir do que foi exposto, chega-se ao consenso de que, o serviço de logística tem
que abraçar todas as atividades da cadeia do processo produtivo avaliando ofertas
de outras empresas, preço, qualidade dentre outros serviços. Através da análise da
própria cadeia produtiva, comparada a daconcorrência, é possível determinar
estratégias diferenciadas para atingir seusobjetivos mercadológicos fidelizando seus
clientes.
Centros de distribuições como vantagem competitiva
Segundo Hill (2003), os centros de distribuição, são depósitos grandes e
automatizados, projetados para receber produtos de várias fábricas e fornecedores.
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Conforme Moura (2002), os CDs consistem em oferecer melhores níveis de serviços
ao clientes, através de redução do lead time e pela disponibilidade dos produtos
mais próximos aos pontos de vendas, oferecendo melhores condições para agilizar
o atendimento dos pedidos.
Ballou (1993) diz que os centros de distribuição permitem a compensação eficaz dos
custos de estocagem com menores custos de transporte, ao mesmo tempo que
mantém ou melhoram o nível de serviço.
Com base no que foi exposto, pode-se afirmar que os autores seguem uma mesma
linha de entendimento a respeito do CDs. Ambos autores, (Hill, Moura e Ballou)
falam que os CDs são responsáveis por atender de forma eficiente os mercados,
com menores custos, com bom nível de serviço, melhoria na qualidade de
atendimento, o que irá provocar agilidade no fornecimento e ganhos nos processos
logísticos, resultando em maior satisfação do clientes e diferencial competitivo.
Multimodalidade como vantagem competitiva (modais de transporte)
Na visão de (Keedi 2001), para o desenvolvimento adequado da logística é
fundamental o conhecimento dos modais de transporte, saber analisar todas as
rotas possíveis, observando as cargas adequadas a cada um deles e o percurso
mais adequado. Deve-se considerar itens como capacidade de transporte: menor
custo, segurança, versatilidade e rapidez.
(Ballou 2001), diz que muitas empresas buscam na logística de transporte obter um
diferencial competitivo, podendo se diferenciar dos seus concorrentes.
Pode-se afirmar que os autores vêm os modais de transporte como peças chaves
para uma organização, pois os mesmos são fundamentais para que os processos
logísticos sejam concluídos. Portanto, o trabalho da logística com a multimodalidade
é importantíssimo.
Qualidade e a melhoria contínua na logística
Segundo Ballou (1993, p.73):
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“Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens ou serviços é gerenciada. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. O nível de serviço logístico é o fator chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. ”
De acordo com Dr. Deming, citado na pág.31, o mesmo descreve 14 pontos a serem
observados para a melhoria da qualidade de serviços e produtos dentro de uma
empresa. O que permite que as empresas possam ter melhoria no seu ambiente
organizacional, objetivandotornar-se competitiva e sobreviver no mercado, site
(techoje.com.br)
Diante do que foi dito, pode-se afirmar que todos os autores vêm estas práticas
como vantagem competitiva para as empresas, que ambas trazem resultados
significativos, e ganhos tanto na qualidade dos processos, mas como também na
produtividade, e são essenciaispara que as empresas consigam aumentar seus
desempenhos, fortalecendo-se assim no mercado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme pôde-se verificar nesta pesquisa bibliográfica, podemos através da
logística desenvolver estratégias e vantagens competitivas para atendimento aos
clientes, objetivando a competitividade e utilizando a logística como ferramenta de
gestão.
Iniciando-se com a ideia da logística empresarial, vimos que esta engloba atividades
de estoque, transportes, processamento de pedidos, armazenagem, manuseio de
materiais, embalagens, suprimentos, sistemas de TI que suportam estes processos,
para se obter vantagem competitiva. Vimos que a adoção pelas empresas de cadeia
de suprimentos pode determinar o diferencial de vantagem competitiva que se
busca.
Verificou-se ainda que se consegue uma boa vantagem competitiva, com uma boa
utilização de softwares, ou seja, precisamos utilizar os avanços da TI como
ferramenta de vantagem competitiva na gestão. A utilização da TI é fundamental
para se conseguir uma logística integrada (abrangente no uso da cadeia logística).
A utilização da gestão dos estoques deve ser bem utilizada pelo gestor de logística,
pois estoque é ativo, portanto não deve ser maior do que o necessário, ou deixar
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haver falta além do que sua gestão pode resultar na satisfação plena dos clientes,
sem que se comprometa o resultado da empresa em função de custos.
A vantagem competitiva da logística a serviço do cliente deve determinar redução de
prazos, custos, confiabilidade, etc., o que normalmente resulta em clientes
satisfeitos e fiéis.
A utilização dos CDs como ferramenta de vantagem competitiva da logística visa
atender melhor aos clientes em prazos, serviços, e redução de custos em função de
especialização e eficiência/ volumes trabalhados.
Faz-se necessário a análise da utilização da multimodalidade como ferramenta de
vantagem logística, objetivando-se redução de custos, prazos e qualidade nos
transportes, principalmente no Brasil, porque a matriz de transporte principal é
rodoviário, o qual é deficiente de infraestrutura e caro, em relação aos demais. A
análise da multimodalidade para transporte pode gerar um diferencial significativo
nestes processos, agregando aos mesmos a vantagem competitiva.
Deve-se portanto, em todos estes processos logísticos, tratá-los com melhoria
contínua visando a otimização dos mesmos e se fazer ainda uma gestão por
indicadores que possam garantir esta busca por melhoria contínua da qualidade
logística.
Conclui-se que uma boa gestão dos sistemas logísticos tem fundamental
importância na redução de falhas em todo processo e também auxiliam na
padronização de novos processos. E com uma boa gestão, é possível perceber a
curto prazo o desenvolvimento das operações em todo âmbito empresarial, levando
a um novo patamar todos os indicadores da organização, com diferencial
competitivo, e otimizando suas operações, alcançando assim os melhores
resultados possíveis junto a clientes, fornecedores e demais públicos estratégicos.
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