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A Liahona OUTUBRO DE 2010 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias EDIÇÃO ESPECIAL Templos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

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Edição Especial - Outuibro de 2010 - TEMPLOS

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Page 1: A Liahona

A LiahonaOutubrO de 2010

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos

dos Últimos Dias

EDIÇÃO ESPECIALTemplos de A Igreja de

Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Page 2: A Liahona

Bem-Vindo! Provavelmente, você já percebeu que há algo diferente nesta edição da revista A Liahona.

ais de um ano atrás, foi tomada a decisão de revisar o material denominado Templos de A Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias, que trata da adoração feita pelos membros da Igreja nos templos e traz belas ilustrações desses edifícios por todo o mundo. O livreto estava esgotado em alguns idiomas, e os membros nos perguntavam como poderiam obter um exemplar. Em vez de reimprimir o livreto anterior, que não continha a mensagem do Presidente Thomas S. Monson, e ignorar o número crescente de templos edificados desde a última edição, a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos aprovaram a criação de uma edição atualizada.

O Que Há de Diferente?Esta nova edição contém parte do que era exibido na edição anterior, mas

também contém novidades que vão ajudar mais leitores — inclusive jovens e crianças — a compreender melhor por que o templo é tão importante no plano de felicidade criado por nosso Pai Celestial.

No passado, só era possível obter a revista sobre os templos por intermédio dos Serviços de Distribuição da Igreja. Agora, para levar essa revista ao maior número possível de lares, ela será enviada a todos os assinantes das revistas A Liahona e Ensign. Num futuro bem próximo, será possível obter exemplares adicionais — em vários idiomas — por meio dos Serviços de Distribuição.

Como Posso Usar Esta Edição?Os mestres familiares e as professoras visitantes observarão que nessa

edição não há a mensagem da Primeira Presidência nem a da Sociedade de Socorro. Mas você poderá atender à necessidade das pessoas que visita, selecionando e compartilhando, em espírito de oração, uma das mensagens contidas nestas páginas. O artigo do Presidente Thomas S. Monson será uma escolha excelente para muitas famílias.

Observe também que na parte interna desta sobrecapa há uma música que pode ser usada na Primária.

A adoração no templo é a parte mais central do evangelho de Jesus Cristo. É com imenso prazer que oferecemos esta edição, na esperança de que leve consolo, orientação e inspiração às famílias e às pessoas que tentam com-preender, praticar e compartilhar com outras pessoas essa doutrina importante e fundamental, essa prática divinamente ordenada de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Escreva-nos1. Há algum versículo em particular, uma revelação ou história do Livro de Mórmon que o tenha influenciado? Que experiência ou compreensão você obteve como resultado dessa escritura em particular? Compartilhe sua expe-riência ou testemunho de uma escritura do Livro de Mórmon, enviando por e-mail para [email protected]. Para a seção Perguntas e Respostas, convidamos os jovens a responder à seguinte pergunta: “Ouvi dizer que o Livro de Mórmon foi escrito para os nos-sos dias. O que isso significa?” As respostas, acompanhadas da autorização dos pais ou responsáveis para a publicação tanto de sua resposta como de sua fotografia, podem ser enviadas por e-mail para [email protected].

M

OUTUBRO de 2010 VOl. 63 Nº 10A lIAHONA 09290 059Revista Oficial em Português de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos DiasA Primeira Presidência: Thomas S. Monson, Henry B. Eyring e Dieter F. UchtdorfQuórum dos doze Apóstolos: Boyd K. Packer, L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook, D. Todd Christofferson e Neil L. Anderseneditor: Paul B. PieperConsultores: Stanley G. Ellis, Christoffel Golden Jr., Yoshihiko Kikuchidiretor Administrativo: David L. Frischknechtdiretor editorial: Vincent A. Vaughndiretor Gráfico: Allan R. LoyborgGerente editorial: R. Val JohnsonGerentes editoriais Assistentes: Jenifer L. Greenwood, Adam C. Olsoneditor Associado: Ryan Carreditora Adjunta: Susan Barrettequipe editorial: David A. Edwards, Matthew D. Flitton, LaRene Porter Gaunt, Larry Hiller, Carrie Kasten, Jennifer Maddy, Melissa Merrill, Michael R. Morris, Sally J. Odekirk, Joshua J. Perkey, Chad E. Phares, Jan Pinborough, Richard M. Romney, Don L. Searle, Janet Thomas, Paul VanDenBerghe, Julie WardellSecretária Sênior: Laurel Teuscherdiretor Administrativo de Arte: J. Scott Knudsendiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann Petersequipe de diagramação e Produção: Cali R. Arroyo, Collette Nebeker Aune, Howard G. Brown, Julie Burdett, Thomas S. Child, Reginald J. Christensen, Kim Fenstermaker, Kathleen Howard, Eric P. Johnsen, Denise Kirby, Scott M. Mooy, Ginny J. NilsonPré-Impressão: Jeff L. Martindiretor de Impressão: Craig K. Sedgwickdiretor de distribuição: Evan LarsenTradução: Edson LopesPara assinaturas e preços fora dos Estados Unidos e do Canadá, consulte o centro de distribuição local em seu país ou o líder da ala ou do ramo.envie manuscritos e perguntas para Liahona, Room 2420, 50 e. North Temple St., Salt lake City, UT 84150-0024, USA; ou mande e-mail para: [email protected] Liahona, termo do Livro de Mórmon que significa “bússola” ou “guia”, é publicada em albanês, alemão, armênio, bislama, búlgaro, cambojano, cebuano, chinês, cingalês, coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano, fijiano, finlandês, francês, grego, hindi, húngaro, holandês, indonésio, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe, marshalês, mongol, norueguês, polonês, português, quiribati, romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano, tâmil, tcheco, télugo, tonganês, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidade varia de um idioma para outro.)© 2010 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados. Impresso nos Estados Unidos da América. O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar, não para uso comercial. O material visual não poderá ser copiado se houver qualquer restrição indicada nos créditos constantes da obra. As perguntas sobre direitos autorais devem ser encaminhadas para Intellectual Property Office, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail: [email protected] Readers in the United States and Canada: October 2010 Vol. 63 No. 10. LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese (ISSN 1044-3347) is published monthly by The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150. USA subscription price is $10.00 per year; Canada, $12.00 plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at Salt Lake City, Utah. Sixty days’ notice required for change of address. Include address label from a recent issue; old and new addresses must be included. Send USA and Canadian subscriptions to Salt Lake Distribution Center at address below. Subscription help line: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, American Express) may be taken by phone. (Canada Poste Information: Publication Agreement #40017431)POSTMASTER: Send address changes to Salt Lake Distribution Center, Church Magazines, PO Box 26368, Salt Lake City, UT 84126-0368.

Page 3: A Liahona

T e m plos d e A I g r e j A d e j e s u s C r I s t o d o s s A n t o s d o s Ú lt I m o s d I A s

Page 4: A Liahona

Jesus Cristo disse: “Eu sou

a luz do mundo; quem me

segue não andará em trevas,

mas terá a luz da vida”.

João 8:12

Na casa do Senhor, sentimos

a influência do Espírito Santo

e nos aproximamos de Deus,

nosso Pai Eterno, e de Seu

Filho Amado, Jesus Cristo.

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Page 6: A Liahona

Nenhuma fotografia dos templos, tanto imagens externas quanto internas, pode ser reproduzida ou copiada.Publicado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Salt Lake City, Utah© 2010 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados Impresso no Brasil Aprovação do inglês: 8/09. 093393 059

Fotografias e Ilustrações:Exceto quando indicado em contrário, as fotografias e ilus-trações são de propriedade de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou são utilizadas com permissão do artista ou fotógrafo. Páginas 4–5: © Robert A. BairdPágina 5: © Altus Photo DesignPágina 6: © Val BrinkerhoffPágina 7: © Scott CannonPáginas 8–9: © Fredy Apaza RamirezPágina 10: © Val Brinkerhoff.

Página 27: © 2000 John Telford. Página 48: © Pacific Press Publishing Association, Inc. (Igreja Adventista do Sétimo Dia)Página 54: Moisés Chama Aarão para o Ministério, de Harry Anderson. © IRI.Página 55: Salomão Ora na Dedicação do Templo, © Robert T. Barrett; reprodução proibidaÚltima contracapa: © Martin Van HemertÚltima capa: © Robert A. Baird

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3

SumárioPara os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o templo é a casa do Senhor — o lugar mais sagrado de toda a Terra. Nesta revista há informações úteis sobre o propósito e a importância dos templos e sobre o significado eterno das ordenanças neles realizadas.

Este material também pode ser encontrado no site temples.LDS.org.

4 Casas do SenhorEnsaio Fotográfico

12 As Bênçãos do TemploPresidente Thomas S. Monson

20 Por que Há Templos?Presidente Gordon B. Hinckley

28 O Templo SagradoPresidente Boyd K. Packer

36 Um Povo Motivado pelo TemploPresidente Howard W. Hunter

40 Preparar-se para as Bênçãos do TemploÉlder Russell M. Nelson

52 A História dos TemplosÉlder James E. Talmage

60 Coisas Relativas a Esta CasaEnsaio Fotográfico

68 Serviço no Templo, Bênçãos do Templo

Nosso Casamento no Templo Valia Qualquer SacrifícioGeovanny Medina

Como o Templo Nos AjudaFrances W. Hodgson

72 Para as Crianças: Seu Caminho para o Templo

76 Para os Jovens: O Templo Como Parte de Sua Vida

79 Perguntas Frequentes

◀ Templo de Copenhague Dinamarca. Dedicado em 23 de maio de 2004.

▲ Templo de Adelaide Austrália. Dedicado em 15 de junho de 2000.

Primeira capa: Templo de Salt Lake. Dedicado em 6 de abril de 1893.

Última capa: Templo de Portland Oregon. Dedicado em 19 de agosto de 1989.

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O templo é literalmente a casa do

Senhor. É o lugar onde Deus instrui

Seus filhos e os prepara para regressar

a Sua presença. É o lugar onde somos

unidos como família e recebemos

ensinamentos sobre os caminhos

do Senhor.

Casas do Senhor

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◀ Templo de Washington D.C. Dedicado em 19 de novembro de 1974.

▲ Fonte do Templo de Nashville Tennessee.

O templo foi

um lugar de

aprendizagem para

o Salvador quando

esteve na Terra; o

templo fazia parte da

vida Dele. As bênçãos

do templo estão mais

uma vez disponíveis em

nossa época” (James E.

Faust, “A Restauração

de Todas as Coisas”,

A Liahona, maio de

2006, p. 61).

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◀ Vitral do Templo de Palmyra Nova York (extrema esquerda).

◀ Templo de Hong Kong China. Dedicado em 26 de maio de 1996.

▲ Arcos do Templo de Bountiful Utah.

“Ao identificarmos

nossos antepassados e

realizarmos por eles as

ordenanças de salvação

que não podem fazer

por si mesmos, estamos

testificando da infinita

abrangência da Expiação

de Jesus Cristo” (D. Todd

Christofferson, “A

Redenção dos Mortos e

o Testemunho de Jesus”,

A Liahona, janeiro de

2001, p. 10).

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◀ Templo de Cochabamba Bolívia. Dedicado em 30 de abril de 2000.

▲ Detalhe da alvenaria do Templo de Cardston Alberta.

“O processo de tomar

sobre nós o nome de

Jesus Cristo, que teve

início nas águas do

batismo, continua e é

ampliado na casa do

Senhor. (…) Nas ordenan-

ças do templo sagrado

tomamos, mais completa

e plenamente, o nome

de Jesus Cristo sobre

nós” (David A. Bednar,

“Ter Honrosamente um

Nome e uma Posição”,

A Liahona, maio de

2009, p. 97).

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▲ Cerca viva do Templo de Sacramento Califórnia.

▶ Templo de Acra Gana. Dedicado em 11 de janeiro de 2004.

“Em sua glória fulgu-

rante, o templo parece

acenar para todos os

que lhe contemplam o

esplendor: ‘Vinde! Vinde

à casa do Senhor. Aqui há

repouso para os cansa-

dos e paz para a alma.

(…) O [templo] prepara

todos aqueles que nele

entram para retornar ao

lar celestial —, à família

e a Deus” (Thomas S.

Monson, “Days Never to

Be Forgotten”, Ensign,

novembro de 1990,

pp. 67, 70).

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O templo dá pro-

pósito a nossa

vida. Traz-nos paz à

alma — não a paz que

o homem oferece, mas

a prometida pelo Filho

de Deus, quando disse:

“Deixo-vos a paz, a

minha paz vos dou”.

Presidente Thomas S. MonsonDécimo Sexto Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

No templo podemos sentir-nos perto do Senhor.

Creio não haver lugar no mundo onde eu me sinta mais perto do Senhor do que em um de Seus santos templos. Parafraseando um poema:

Onde fica o céu?Não está muito distante.Nos templos de Deus,Rodeia-nos a cada instante.

O Senhor disse:“Não ajunteis tesouros na terra,

onde a traça e a ferrugem tudo con-somem, e onde os ladrões minam e roubam;

Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem conso-mem, e onde os ladrões não minam nem roubam;

Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. 1

Para os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o templo é o lugar mais sagrado da Terra. É a casa do Senhor e, como indica a inscrição no exterior do templo, é um local de “Santidade ao Senhor”.

O templo nos eleva e nos exalta.

Nele é-nos ensinado o precioso plano de Deus. É no templo que são feitos convênios eternos. O templo nos eleva e nos exalta, serve de guia para todos e nos aponta o caminho rumo à glória celeste. É a casa de Deus. Tudo o que ocorre no interior do templo é edifi-cante e enobrecedor.

As Bênçãos do Templo

◀ Templo de Lima Peru. Dedicado em 10 de janeiro de 1986.

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O templo é para a família, um dos maiores tesouros que temos na mortali-dade. O Senhor é bem explícito ao falar da responsabilidade que nós, como pais, temos de amar nossa esposa de todo o coração e de prover o sustento para ela e para os filhos. Ele disse que a maior obra que nós, pais, podemos realizar é no lar, e que nosso lar pode ser como o céu, principalmente quando nosso casamento é selado na casa de Deus.

O Élder Matthew Cowley, já fale-cido, que era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, relatou certa vez o passeio que um avô fez, num sábado à tarde, de mãos dadas com a netinha no aniversário dela — não foram ao zoológico ou ao cinema, mas, sim, para os jardins do templo. Com a permissão do zelador, os dois foram até os portais do templo. Ele sugeriu que ela tocasse com a mão a parede sólida e depois a porta imponente. Depois, disse-lhe com carinho: “Lembre-se de que hoje você tocou no templo. Um dia, entrará nele”. Seus presentes para a netinha não foram doces nem sorvete, mas uma experiência pessoal muito mais signifi-cativa e eterna: aprender a valorizar a

casa do Senhor. Ela tocara o templo, e o templo a tocara.

O templo traz-nos paz à alma.

Se tocarmos e amarmos o templo, nossa vida refletirá a fé que temos. Se frequentarmos o templo sagrado e recordarmos os convênios que lá fizer-mos, conseguiremos suportar todas as provações e vencer todas as tentações. O templo dá propósito a nossa vida. Traz-nos paz à alma — não a paz que o homem oferece, mas a prometida pelo Filho de Deus, quando disse: “Dei-xo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. 2

Há grande fé entre os membros da Igreja. O Senhor nos dá oportunidades para ver se cumpriremos Seus manda-mentos, se seguiremos o caminho que Jesus de Nazaré trilhou, se amaremos o Senhor de todo o coração, poder, mente e força e se amaremos nosso próximo como a nós mesmos. 3

Creio no que diz o provérbio: “Confia no Senhor de todo o teu cora-ção, e não te estribes no teu próprio

Se tocarmos e amarmos o templo, nossa vida refletirá a fé que temos. Se frequentarmos o templo

sagrado e recordarmos os convênios que lá fizermos, conseguiremos suportar todas as provações e

vencer todas as tentações.

◀ Templo de St. George Utah. Dedicado em 6 de abril de 1877. Rededicado em 11 de novembro de 1975.

O Senhor ensinou que

a maior obra que nós,

pais, podemos realizar

é no lar, e que nosso lar

pode ser como o céu,

principalmente quando

o casamento é selado na

casa de Deus.

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entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas”. 4

Sempre foi assim e sempre será. Se cumprirmos nosso dever e confiarmos plenamente no Senhor, encheremos Seus templos, não apenas para reali-zar nossas próprias ordenanças, mas também para desfrutar o privilégio de fazê-lo por outros. Nós nos ajoelhare-mos diante de altares sagrados para servir de procuradores em selamentos que unem o homem a sua mulher e a seus filhos por toda a eternidade. A partir dos doze anos de idade, os rapa-zes dignos e as moças dignas podem

ser procuradores para pessoas que fale-ceram sem as bênçãos do batismo. Esse é o desejo do Pai Celestial em relação a todos nós.

Aconteceu um milagre

Há muitos anos, um patriarca humilde e fiel, o irmão Percy K. Fetzer, foi cha-mado para dar bênçãos patriarcais aos membros da Igreja que viviam atrás da Cortina de Ferro.

O irmão Fetzer foi até a Polônia naquela época tenebrosa. As fronteiras estavam fechadas, e nenhum cidadão tinha permissão de sair do país. O

A partir de doze anos

de idade, os rapazes

dignos e as moças

dignas podem ser pro-

curadores para pessoas

que faleceram sem as

bênçãos do batismo.

▲ Templo de Manila Filipinas. Dedicado em 25 de setembro de 1984.

▶ Templo de Bountiful Utah. Dedicado em 8 de janeiro de 1995.

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irmão Fetzer reuniu-se com os santos alemães que tinham ficado retidos ali quando as fronteiras foram redefinidas, após a Segunda Guerra Mundial, e o território em que moravam passou a fazer parte da Polônia.

O líder da Igreja para todos aque-les santos alemães era o irmão Eric P. Konietz, que morava lá com a esposa e os filhos. O irmão Fetzer conferiu bênçãos patriarcais ao casal Konietz e aos filhos mais velhos.

Quando o irmão Fetzer regressou aos Estados Unidos, telefonou-me e pediu para vir conversar comigo. Quando chegou a minha sala, come-çou a chorar. Disse: “Irmão Monson, quando impus as mãos sobre a cabeça dos membros da família Konietz, fiz promessas que não podem cumprir-se. Prometi ao irmão e à irmã Konietz que lhes seria possível retornar a sua pátria, a Alemanha, que não seriam mantidos cativos por decisões arbi-trárias de países dominadores e que seriam selados como família na casa do Senhor. Prometi ao filho deles que serviria numa missão e prometi à filha que se casaria no santo tem-plo de Deus. Tanto eu quanto você sabemos que, devido ao fechamento das fronteiras, eles não poderão ver o cumprimento dessas bênçãos. O que foi que fiz?”

Respondi: “Irmão Fetzer, conheço-o bem o suficiente para saber que fez

Se cumprirmos nosso

dever e confiarmos

plenamente no Senhor,

encheremos Seus tem-

plos, não apenas para

realizar nossas próprias

ordenanças, mas tam-

bém para desfrutar o

privilégio de fazê-lo por

outros.

exatamente o que o Pai Celestial queria que fizesse”. Nós dois nos ajoelhamos ao lado de minha mesa e abrimos o coração ao Pai Celestial, dizendo-Lhe que uma promessa havia sido feita a uma família fiel referente ao templo de Deus e a outras bênçãos que lhes eram negadas naquele momento. Somente Ele poderia realizar o milagre de que necessitávamos.

E o milagre aconteceu. Foi assi-nado um acordo entre os governos da Polônia e da República Federal da Alemanha permitindo que os alemães retidos naquela região se mudassem para a Alemanha Ocidental. O irmão Konietz, a esposa e os filhos muda-ram-se para a Alemanha Ocidental, e o irmão Konietz tornou-se o bispo da ala em que residiam.

Toda a família Konietz foi ao templo sagrado na Suíça. E quem foi o presi-dente do templo que os recebeu, em seu terno branco, de braços abertos? Foi justamente Percy Fetzer — o patriarca que lhes fizera a promessa. Como pre-sidente do Templo da Suíça, deu-lhes as boas-vindas à casa do Senhor, para que se cumprisse aquela promessa, e os selou, o marido à mulher e os filhos aos pais.

A jovem filha do casal casou-se na casa do Senhor tempos depois. O filho recebeu o chamado e cumpriu uma missão de tempo integral.

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◀ Templo de Berna Suíça. Dedicado em 11 de setembro de 1955. Rededicado em 23 de outubro de 1992.

▲ Sala de selamento do Templo de Salt Lake.

“Vamos nos ver no templo!”

Para alguns de nós, a ida ao templo resume-se à travessia de alguns quar-teirões. Para outros, é preciso cruzar oceanos e viajar muitos quilômetros para que as pessoas possam entrar no santo templo de Deus.

Há alguns anos, antes de um templo na África do Sul ficar pronto, assisti a uma conferência de distrito na Cidade de Salisbury, na então Rodésia. Conheci lá o presidente do distrito, Reginald J. Nield. Ao entrar na capela, fui recebido por ele, a esposa e as lindas filhas do casal. Explicaram-me que estavam economi-zando e se preparando para o dia em que poderiam ir ao templo do Senhor. Mas como o templo ficava longe!

Ao término da reunião, as quatro adoráveis filhas fizeram-me perguntas sobre o templo: “Como é o templo? Até hoje, só o vimos em fotografias”. “Como vamos sentir-nos ao entrar no templo?” “Que lembranças serão mais marcantes?” Por cerca de uma hora tive a oportunidade de conversar com as quatro garotas a respeito da casa do Senhor. Ao me dirigir ao aeroporto, elas acenaram para mim, e a mais nova disse: “Vamos nos ver no templo!”

Um ano depois, tive a oportu-nidade de receber a família Nield no Templo de Salt Lake. Em uma tranquila sala de selamento, tive o privilégio de unir para esta vida e para a eternidade o irmão Nield e sua mulher. Em seguida, as portas se abri-ram, e suas lindas filhas, todas vesti-das de branco imaculado, adentraram o recinto. Abraçaram a mãe e depois o pai. Tinham lágrimas nos olhos e gratidão no coração. Estávamos perto do céu. Cada um deles poderia dizer com toda a razão: “Agora somos uma família eterna”.

Essa é a bênção maravilhosa à espera dos que vão ao templo. Que cada um de nós leve uma vida digna, tendo as mãos limpas e o coração puro, de modo que o templo toque nossa vida e nossa família.

Onde fica o céu? Testifico que nos santos templos ele não está longe, pois é nesses locais sagrados que céu e Terra se encontram e que o Pai Celestial con-cede a Seus filhos as Suas bênçãos mais grandiosas.

Notas

1. Mateus 6:19–21 2. João 14:27 3. Ver Mateus 22:37–39. 4. Provérbios 3:5–6.

Em uma tranquila sala de

selamento, tive o privi-

légio de unir para esta

vida e para a eternidade

o irmão Nield, a esposa

e suas lindas filhas. Eles

tinham lágrimas nos

olhos e gratidão no

coração. Estávamos perto

do céu.

No templo é-nos ensinado o precioso plano de Deus. É no templo que são feitos convênios eternos.

Tudo o que ocorre no interior do templo é edificante e enobrecedor.

Page 24: A Liahona
Page 25: A Liahona

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O s templos

de A Igreja de

Jesus Cristo dos Santos

dos Últimos Dias são

edifícios sagrados nos

quais são concedidas

respostas a perguntas

eternas.

Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008)Décimo Quinto Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Templos são locais em que nossos questionamentos sobre a vida recebem as respostas da eternidade.

Será que já houve homem ou mulher que, num momento de serena intros-pecção, não tenha refletido sobre os solenes mistérios de nossa existência?

Não teria indagado: “De onde vim? Por que estou aqui? Para onde vou? Qual é meu relacionamento com meu Criador? A morte me privará do convívio com as pessoas queridas desta vida? E minha família? Haverá outra existência após esta? E, se houver, vamo-nos reconhecer lá?”

A sabedoria do mundo não tem respostas para essas perguntas. Elas somente se acham na palavra revelada de Deus. Os templos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos

Dias são edifícios sagrados nos quais são concedidas respostas a perguntas eternas. Cada um deles é dedicado como casa do Senhor, um local de san-tidade e paz, isolado do mundo. Neles são ensinadas verdades e realizadas ordenanças que proporcionam conhe-cimento de coisas eternas e motivam os participantes a viverem com o entendi-mento de nossa herança divina como filhos de Deus e a consciência de nosso potencial como seres eternos.

Os templos são incomparáveis em propósito e função, diferentes de todos os outros edifícios religiosos.

Esses prédios, distintos dos milhares de locais regulares de adoração da Igreja no mundo inteiro, têm propósito e função bem diferentes dos de todos

Por que Há Templos?

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22

os outros edifícios religiosos. Não é a dimensão desses edifícios nem sua beleza arquitetônica que os tornam assim. É o trabalho realizado no inte-rior deles.

A destinação de certos edifícios para ordenanças especiais, distintos de locais de adoração regulares, não é um fato recente. Essa era a prática na antiga Israel, onde as pessoas se reuniam regularmente para adorar nas sinagogas. Seu local mais sagrado era, inicialmente, o tabernáculo no

deserto, com seu Santo dos Santos, e depois uma sucessão de templos, onde eram realizadas ordenanças especiais, das quais só podiam participar quem preenchesse os requisitos estipulados.

O mesmo acontece hoje em dia. Antes da dedicação de um templo, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias convida o público para visitar o prédio e conhecer as diver-sas instalações. Mas, quando ele é dedicado, torna-se a casa do Senhor, revestida de um caráter tão sagrado que somente membros da Igreja dignos

Os ensinamentos

ministrados nos tem-

plos modernos salien-

tam vigorosamente

nosso dever para com

nosso Criador e nosso

próximo.

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23

podem nele entrar. Não é uma questão de segredo, mas de santidade.

O trabalho do templo diz respeito a cada um de nós como membros da família eterna de Deus.

As ordenanças realizadas nesses edifí-cios retratam os propósitos eternos de Deus em relação ao homem, que é filho e criação de Deus. O trabalho do tem-plo diz respeito essencialmente à famí-lia, a cada um de nós como membros da família eterna de Deus e também como membros de uma família eterna. Relaciona-se à santidade e à natureza eterna do convênio matrimonial e dos relacionamentos familiares.

Esse trabalho testifica que todos os homens e mulheres nascidos no mundo são filhos de Deus, investidos de parte de Sua natureza divina. A repetição desses ensinamentos básicos e fundamentais tem um efeito salutar sobre aqueles que os recebem, pois como a doutrina é enunciada numa linguagem bela e marcante, o partici-pante passa a compreender que, uma vez que todos os homens e mulheres são filhos do Pai Celestial, todos somos membros de uma família divina e, portanto, somos todos irmãos.

Quando um escriba Lhe perguntou: “Qual é o primeiro de todos os man-damentos?” o Salvador respondeu: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e

de todas as tuas forças; este é o pri-meiro mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12:28, 30–31).

Os ensinamentos ministrados nos templos modernos realçam de modo vigoroso esse conceito fundamental de nosso dever para com nosso Criador e nosso próximo. As ordenanças sagradas ampliam essa filosofia enobrecedora da família de Deus. Ensinam que o espírito que habita em cada de um nós é eterno, em contraposição ao corpo, que é mor-tal. Elas não só proporcionam entendi-mento dessas verdades grandiosas, mas também motivam o participante a amar a Deus e o incentivam a demonstrar mais caridade aos demais filhos do Pai.

A aceitação da premissa de que todos são filhos de Deus nos ajuda a ver que há um propósito divino na vida mortal. Também nesse sentido, a verdade revelada é ensinada na casa do Senhor. A vida terrena faz parte de uma jornada eterna. Vivíamos como filhos espirituais, antes de virmos para cá. As escrituras prestam testemu-nho disso. O Senhor disse a Jeremias: “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por pro-feta” (Jeremias 1:5).

Numa linguagem bela

e marcante, o parti-

cipante aprende que,

como todos — homens

e mulheres — são filhos

do Pai Celestial, então

somos todos membros

de uma família divina.

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Os valiosos relacionamentos da vida familiar podem continuar no mundo vindouro.

Chegamos a esta vida como filhos de pais mortais e membros de uma famí-lia. Os pais são parceiros de Deus no empenho de levar a efeito Seus propó-sitos eternos no tocante a Seus filhos. A família, portanto, é uma instituição divina, a mais importante tanto na mortalidade quanto na eternidade.

Grande parte do trabalho realizado nos templos está relacionado à família. Um conceito básico para a compreen-são de seu significado é o reconheci-mento de que, assim como existimos como filhos de Deus antes de nascer-mos neste mundo, também continua-remos a viver após a morte. No mundo vindouro poderão ser igualmente

preservados os ternos e gratificantes relacionamentos da mortalidade, como os da família, que de todos são os mais belos e significativos.

Quando um homem e uma mulher se casam na casa do Senhor, unem-se não apenas para o período de sua vida mortal, mas por toda a eternidade. São unidos não só pela autoridade das leis do país — válidas até que a morte os separe — mas também pelo sacerdócio eterno de Deus, que liga no céu o que é ligado na Terra. Os noivos casados dessa forma recebem, por revelação divina, a promessa de que seu relacio-namento mútuo e com os filhos não terminará com a morte, mas continuará na eternidade, contanto que eles perma-neçam dignos dessa bênção.

Terá porventura existido um homem que verdadeiramente amasse uma mulher — ou uma mulher que verdadeiramente amasse um homem — sem jamais ter orado para que seu relacionamento continuasse depois desta vida? Acaso existem pais que sepultaram um filho sem ansiarem pela garantia de que aquele ente querido voltaria a pertencer-lhes num mundo vindouro? Será que alguém que crê na vida eterna seria capaz de acreditar que o Deus dos céus negaria a Seus filhos o atributo mais precioso da vida, o amor, cuja expressão mais significa-tiva encontra-se nos relacionamentos familiares? Não, a razão exige que os

A razão exige que os

relacionamentos fami-

liares continuem após

a morte. O coração

humano anseia por

isso, e o Deus dos céus

revelou uma maneira

de garantir que isso

aconteça. As ordenan-

ças sagradas da casa do

Senhor provêm o meio

para tal.

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Será que alguém que crê na vida eterna seria capaz de acreditar que o Deus dos céus negaria a

Seus filhos o atributo mais precioso da vida, o amor, cuja expressão mais significativa encontra-se

nos relacionamentos familiares?

▲ Fonte batismal, Templo de Papeete Taiti.

Por meio de representan-

tes vivos que agem em

favor dos mortos, as mes-

mas ordenanças estão

ao alcance dos que já

deixaram a mortalidade.

relacionamentos familiares continuem após a morte. O coração humano anseia por isso, e o Deus dos céus reve-lou uma maneira de garantir que isso aconteça. As ordenanças sagradas da casa do Senhor provêm o meio para tal.

As bênçãos do templo estão ao alcance de todos.

No entanto, tudo isso pareceria injusto se a bênção dessas ordenanças esti-vesse reservada apenas aos que são membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na atualidade. A verdade é que a oportunidade de ir ao templo e de partilhar de suas bênçãos está ao alcance de todos os que aceitarem o evangelho e forem batiza-dos na Igreja. Por esse motivo, a Igreja realiza um extenso programa missio-nário em grande parte do mundo e continuará a expandir ao máximo esse trabalho, pois ela tem a responsabili-dade, por revelação divina, de ensinar o evangelho a toda nação, tribo, língua e povo.

No entanto, milhões e milhões de pessoas passaram pela Terra sem jamais terem tido a oportunidade de ouvir o evangelho. Acaso a elas serão

negadas as bênçãos oferecidas nos templos do Senhor?

Por meio de representantes vivos que agem em favor dos mortos, as mesmas ordenanças estão ao alcance dos que já deixaram a mortalidade. No mundo espiritual, essas mesmas pes-soas são livres para aceitar ou rejeitar as ordenanças terrenas realizadas por elas, inclusive o batismo, o casamento e o selamento dos grupos familiares. Na obra do Senhor não há imposição, mas deve haver oportunidade.

As ordenanças do templo são uma obra de amor dos vivos em favor dos mortos.

Essa obra vicária constitui um trabalho de amor sem precedentes por parte dos vivos em benefício dos mortos. Pro-curar identificar os que se foram antes de nós exige um vasto esforço de pes-quisa de história da família. Para auxi-liar nessa pesquisa, a Igreja coordena um programa de história da família e oferece recursos de pesquisa inigualá-veis no mundo inteiro. Seus arquivos são abertos ao público, sendo usados por muitos que não são membros da

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Igreja para localizar seus antepassa-dos. Esse programa foi elogiado por genealogistas internacionais e já foi utilizado por várias nações para sal-vaguardar seus próprios registros. Seu propósito principal, contudo, é conce-der aos membros da Igreja os recursos necessários para a identificação de seus antepassados a fim de estender-lhes as bênçãos que eles próprios desfrutam. De fato, eles se perguntam: “Se amo tanto minha esposa e meus filhos, a ponto de desejar estar com eles por toda a eternidade, então não será justo que meu avô, meu bisavô e outros antepassados tenham a oportunidade de receber essas mesmas bênçãos eternas?”

Os templos nos dão a oportunidade de aprender as coisas verdadeiramente significativas da vida.

Portanto, esses edifícios sagrados são locais de enorme atividade, realizada de modo sereno e reverente. Eles nos relembram um trecho da visão de João, o Revelador, no qual há a seguinte pergunta e resposta: “Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? (…)

Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.

Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assen-tado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra” (Apocalipse 7:13–15).

As pessoas que entram nessas casas santificadas vestem-se de branco quando lá trabalham. Elas só podem entrar com uma recomendação das autoridades eclesiásticas locais, que se certificaram de sua dignidade. Para entrarem no templo de Deus, precisam ter as roupas, o corpo e os pensamentos limpos e puros. Ao entrarem, espera-se que deixem o mundo para trás e se concentrem nas coisas divinas.

Esse exercício, se é que podemos chamá-lo assim, traz consigo sua própria recompensa, pois em momen-tos de estresse, quem não gostaria de ter a oportunidade de se afastar do mundo e de entrar na casa do Senhor para lá ponderar serenamente as coisas eternas de Deus? Esses locais sagrados oferecem uma oportunidade única de aprendizado e reflexão sobre as coisas de real importância na vida — nossa relação com a Trindade e nossa jornada eterna de um estado pré-mortal para esta vida e depois para um estado futuro, em que nos reconheceremos e conviveremos uns com os outros, inclusive com nossos entes queridos e os antepassados que nos precederam e de quem herdamos nosso patrimônio genético, mental e espiritual.

No templo, recebemos a promessa das bênçãos eternas de Deus.

Certamente não há comparação entre esses templos e todos os outros edifí-cios. São casas de instrução. São locais

▲ Templo de Estocolmo Suécia. Dedicado em 2 de julho de 1985.

▶ Templo de Manti Utah. Dedicado em 21 de maio de 1888. Rededicado em 14 de junho de 1985.

Certamente não há com-

paração entre esses tem-

plos e todos os outros

edifícios. São casas de

instrução. São locais de

convênios e de promes-

sas. Em seus altares ajoe-

lhamo-nos perante Deus,

nosso Criador, e recebe-

mos a promessa de Suas

bênçãos eternas.

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de convênios e de promessas. Em seus altares, ajoelhamo-nos perante Deus, nosso Criador, e recebemos a pro-messa de Suas bênçãos eternas. Nesse ambiente de santidade, entramos em comunhão com Deus e refletimos sobre Seu Filho, nosso Salvador e Redentor, o Senhor Jesus Cristo, que serviu como procurador para cada um de nós num sacrifício vicário realizado em nosso favor. No templo, deixamos de lado o egoísmo e trabalhamos por aqueles que não podem fazê-lo por si mesmos. No templo, sob o verdadeiro poder do sacerdócio de Deus, somos unidos no mais sagrado de todos os relacio-namentos humanos — como marido e mulher, como pais e filhos, como

família, num selamento que o tempo não destrói e a morte não desfaz.

Esses edifícios sagrados foram construídos até mesmo durante os anos tenebrosos em que os membros da Igreja foram perseguidos e expulsos impiedosamente. Foram construídos e mantidos em épocas de pobreza e de prosperidade. São fruto da vigorosa fé exercida por um número cada vez maior de pessoas que prestam teste-munho de um Deus vivo, do Senhor ressuscitado, dos profetas e da reve-lação divina, e da paz e da promessa de bênçãos eternas que apenas são encontradas na casa do Senhor.Adaptado de A Liahona, junho de 1992, p. 2

Esses edifícios sagrados,

construídos e mantidos

em épocas de pobreza

e de prosperidade, são

fruto da vigorosa fé exer-

cida por um número cada

vez maior de pessoas

que prestam testemunho

de um Deus vivo e do

Senhor ressuscitado.

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◀ Templo da Cidade do Panamá, Panamá. Dedicado em 10 de agosto de 2008.

Presidente Boyd K. PackerPresidente do Quórum dos Doze Apóstolos

No templo, podemos participar das mais sublimes ordenanças redentoras.

Há muitos motivos para desejarmos ir ao templo. Até mesmo sua aparência externa parece dar indícios de seus propósitos profundamente espirituais. E isso fica ainda mais evidente em seu interior. Na entrada do templo aparece a inscrição “Santidade ao Senhor”. Quando entramos em qualquer templo dedicado, entramos na casa do Senhor.

No templo, os membros da Igreja que se provarem merecedores podem participar das mais sublimes ordenan-ças redentoras já reveladas à humani-dade. Neles, numa cerimônia sagrada, uma pessoa pode ser lavada, ungida, instruída, investida e selada. E depois de recebermos essas bênçãos para nós mesmos, podemos oficiar em favor dos que já morreram sem receber a mesma

oportunidade. No templo, as orde-nanças sagradas são realizadas tanto para os vivos (próprias) quanto para os mortos (por procuração).

As ordenanças e as cerimônias do templo são simples, belas e sagradas.

Uma leitura cuidadosa das escrituras mostra que o Senhor não revelou todas as coisas a todas as pessoas. Foram estabelecidas certas qualificações como pré-requisitos para o recebimento de informações sagradas. As cerimônias do templo incluem-se nessa categoria.

Não falamos das ordenanças do templo fora dele. Nunca, porém, pretendeu-se limitar o conhecimento dessas cerimônias do templo a um grupo restrito de pessoas que se comprometeriam a evitar que outros

N o templo,

os membros da

Igreja que se provarem

merecedores podem

participar das mais

sublimes ordenanças

redentoras já reveladas

à humanidade.

O Templo Sagrado

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viessem a conhecê-las. Na verdade, é justamente o contrário. Exortamos veementemente todas as pessoas a qua-lificarem-se e a prepararem-se para a experiência do templo. Quem já esteve no templo aprendeu que, um dia, todas as pessoas vivas e todas as que já viveram terão a oportunidade de ouvir o evangelho e aceitar ou rejeitar o que o templo oferece. Se essa oportunidade for recusada, a rejeição deve partir da própria pessoa.

As ordenanças e cerimônias do tem-plo são simples. São belas. São sagra-das. São mantidas confidenciais a fim de não chegarem ao conhecimento de quem não estiver preparado. A curiosi-dade não constitui preparação. Mesmo um interesse profundo não equivale a preparação. A preparação para as orde-nanças inclui passos preliminares: fé, arrependimento, batismo, confirmação, dignidade, maturidade e conduta que se esperam de alguém que entra como convidado na casa do Senhor.

Os que forem dignos poderão entrar no templo.

Todos os que forem dignos e preenche-rem todos os requisitos poderão entrar no templo, onde lhes serão apresenta-dos ritos sagrados e ordenanças.

Ao dar-nos conta do valor das bên-çãos do templo e do caráter sagrado das ordenanças nele realizadas, não há como questionar os padrões eleva-dos estabelecidos pelo Senhor para a entrada no santo templo.

É preciso possuir uma recomen-dação válida para ser admitido no templo. Essa recomendação deve ser assinada pelas devidas autoridades da Igreja. Somente deve ir ao templo quem for digno. O bispo ou presidente de ramo tem a responsabilidade de fazer perguntas sobre nossa digni-dade pessoal antes de recebermos as ordenanças do templo. Essa entrevista é de suma importância, pois é uma oportunidade de avaliar com um servo ordenado do Senhor os rumos de nossa vida. Se algo estiver errado em nossa vida, o bispo poderá ajudar-nos a fazer as correções necessárias. Nesse pro-cedimento, podemos declarar nossa dignidade de entrar no templo com a aprovação do Senhor, ou receber auxí-lio para chegar a essa condição.

A entrevista para receber a recomen-dação para o templo é realizada em particular entre o bispo e o membro da Igreja. Nessa ocasião, o membro responde a perguntas minuciosas sobre sua conduta pessoal, dignidade e lealdade à Igreja e a suas autori-dades. A pessoa deve garantir que

Somente deve ir ao

templo quem for digno.

Seu bispo ou presidente

de ramo tem a res-

ponsabilidade de fazer

perguntas sobre sua

dignidade pessoal antes

de você receber as

ordenanças do templo.

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Antes de ir ao templo

pela primeira vez ou

mesmo após muitas

vezes, pode ser útil recor-

dar que, no templo, os

ensinamentos são minis-

trados de modo simbó-

lico. O Senhor, o Mestre

dos mestres, ensinava

dessa maneira.

A preparação para as ordenanças do templo inclui passos preliminares: fé, arrependimento,

batismo, confirmação, dignidade, maturidade e conduta que se esperam de alguém que entra

como convidado na casa do Senhor.

está moralmente pura, que cumpre a Palavra de Sabedoria, que paga um dízimo integral, que vive em harmonia com os ensinamentos da Igreja e que não está afiliada a grupos apóstatas nem os apoia. O bispo é instruído sobre a grande importância de manter sigilo ao tratar dessas questões com cada membro entrevistado.

De modo geral, respostas aceitáveis às perguntas do bispo garantem a dignidade de uma pessoa para receber a recomendação para o templo. Se um candidato não estiver cumprindo os mandamentos ou se houver algo não resolvido em sua vida que precise ser corrigido, ele terá de mostrar arrepen-dimento verdadeiro antes da emissão da recomendação para o templo.

Depois da entrevista com o bispo, o presidente de estaca também entrevista o membro antes de ele receber suas ordenanças do templo.

Os ensinamentos do templo são simbólicos.

Antes de ir ao templo pela primeira vez ou mesmo após muitas vezes, pode ser útil recordar que, no templo, os ensinamentos são ministrados de modo simbólico. O Senhor, o Mestre dos mestres, transmitiu grande parte de Seus ensinamentos dessa maneira.

O templo é uma excelente escola. É uma casa de aprendizado. No templo, mantém-se uma atmosfera propícia para a instrução sobre assuntos profun-damente espirituais. O Élder John A. Widtsoe, já falecido, era membro do Quórum dos Doze Apóstolos e foi um reitor respeitado e um estudioso de renome internacional. Ele tinha profunda reverência pelo trabalho do templo e afirmou, em certa ocasião:

“As ordenanças do templo abran-gem todo o plano de salvação, con-forme ensinado pelos líderes da Igreja em diferentes ocasiões, e elucidam questões de difícil compreensão. Não há manobras ou distorções para fazer os ensinamentos do templo se encai-xarem no grande plano de salvação. A perfeição filosófica da investidura é um dos grandes argumentos a favor da veracidade das ordenanças do templo. Além do mais, a abrangência da análise e da exposição do plano do evangelho faz da adoração no templo um dos métodos mais eficazes para ajudar-nos a relembrar a estrutura do evangelho como um todo” (“Temple Worship”, Utah Genealogical and Historical Magazine, abril de 1921, p. 58).

Se vocês forem ao templo e recor-darem que os ensinamentos são

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▲ Templo de Tóquio Japão. Dedicado em 27 de outubro de 1980.

simbólicos e mantiverem o espírito cor-reto, será impossível saírem dele sem que sua visão tenha sido ampliada, sem que se sintam enaltecidos e sem que tenham adquirido um conheci-mento maior das coisas espirituais. O plano de ensino é esplêndido. É inspirado. O próprio Senhor, o Mestre dos mestres, ensinava Seus discípulos constantemente usando parábolas: um modo verbal de representar simboli-camente algumas coisas que, de outra forma, seriam de difícil compreensão.

O próprio templo torna-se um sím-bolo. Caso vocês já tenham visto um dos templos à noite, totalmente ilumi-nado, sabem o quanto essa visão pode ser impressionante. A casa do Senhor, banhada de luz, sobressaindo-se na escuridão, torna-se um símbolo do poder e da inspiração do evangelho de Jesus Cristo, que serve de guia num mundo cada vez mais imerso nas tre-vas espirituais.

Ao entrarmos no templo, trocamos de roupa: tiramos os trajes usados no cotidiano e vestimos as roupas bran-cas do templo. Essa troca ocorre nos vestiários, onde cada pessoa recebe um armário com cadeado e dispõe de espaço para vestir-se com total priva-cidade. No templo, o ideal de recato é cuidadosamente mantido. Ao guardar-mos as roupas no armário, ali deixamos também as angústias, as preocupações e as distrações. Saímos desse vestiário privativo com trajes brancos e temos uma sensação de unidade e igualdade,

pois todos a nossa volta estão vestidos de modo semelhante.

O casamento é a ordenança suprema do templo.

As pessoas que aguardam com ansie-dade o casamento no templo talvez se perguntem o que vai acontecer. Não mencionamos fora do templo as palavras da ordenança do selamento (casamento), mas podemos descrever a sala de selamento como algo belo em sua disposição, pacífico e sereno em espírito e santificado pelo trabalho sagrado ali realizado.

Antes de o casal se aproximar do altar para a ordenança de selamento, o oficiante tem o privilégio de conceder — e o jovem casal, de receber — alguns conselhos. Eis alguns dos conselhos que um jovem casal pode ouvir nessa ocasião.

“Hoje é o dia de seu casamento. Vocês estão em meio a um turbilhão de emoções por causa do casamento. Os templos são construídos como santuário para ordenanças como essa. Não estamos no mundo. As coisas do mundo não se aplicam aqui nem devem exercer nenhuma influência sobre o que fazemos aqui. Saímos do mundo para entrar no templo do Senhor. Este é o dia mais importante de sua vida.

Vocês nasceram na Terra a convite de pais que prepararam um taberná-culo mortal para seu espírito habitar. Cada um de vocês foi batizado. O batismo, uma ordenança sagrada, simboliza a purificação, a morte e a

A casa do Senhor,

banhada de luz, sobres-

saindo-se na escuridão,

torna-se um símbolo do

poder e da inspiração

do evangelho de Jesus

Cristo, que serve de guia

num mundo cada vez

mais imerso nas trevas

espirituais.

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ressurreição, e o início de uma nova vida. Engloba o arrependimento e a remissão de pecados. No sacramento da Ceia do Senhor, renovamos o convê-nio do batismo e podemos conservar a remissão de nossos pecados, se formos dignos.

Você, noivo, foi ordenado ao sacerdócio. Primeiramente recebeu o Sacerdócio Aarônico e provavelmente passou por todos os seus ofícios: diá-cono, mestre e sacerdote. Então veio o dia em que foi considerado digno de receber o Sacerdócio de Melquise-deque. Esse sacerdócio, o sacerdócio maior, chama-se o sacerdócio segundo a santa ordem de Deus ou Santo Sacerdócio segundo a Ordem do Filho de Deus (ver Alma 13:18; Helamã 8:18; Doutrina e Convênios 107:2–4). Foi-lhe conferido um ofício no sacerdócio. Agora você é élder.

Vocês dois receberam a investidura. Nessa ordenança, foram investidos de potencial eterno. Mas todas essas coisas, de certo modo, foram apenas preliminares e preparatórias para que vocês viessem ao altar e fossem selados como marido e mulher para esta vida e para toda a eternidade. Tornam-se agora uma família, livres para agir na criação da vida, com a oportunidade de trazer filhos ao mundo, com dedicação

e sacrifício, e de criá-los e guiá-los em segurança ao longo da existência mortal, bem como de vê-los, um dia, participar dessas ordenanças sagradas do templo, assim como vocês fazem agora.

Vocês vieram de livre e espontânea vontade e foram julgados dignos. Ao aceitarem um ao outro no convênio do casamento vocês estão assumindo uma grande responsabilidade, que traz consigo bênçãos incomensuráveis.”

O poder selador une tanto na Terra como no céu.

Se quisermos compreender a história e a doutrina do trabalho do templo, precisamos entender o que vem a ser o poder selador. Temos de entender, ao menos até certo ponto, por que as chaves da autoridade para empregar o poder selador são tão importantes.

“E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? (…)

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o san-gue, mas meu Pai, que está nos céus.

Todas as ordenanças do

evangelho, de algum

modo, são preliminares

à ida ao templo para

sermos selados como

marido e mulher para

esta vida e para toda a

eternidade.

Se vocês forem ao templo e recordarem que os ensinamentos são simbólicos e mantiverem o

espírito correto, será impossível saírem dele sem que sua visão tenha sido ampliada, sem que se

sintam enaltecidos e sem que tenham adquirido um conhecimento maior das coisas espirituais.

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Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desliga-res na terra será desligado nos céus” (Mateus 16:13, 16–19).

Pedro foi o escolhido para ser o por-tador das chaves. A Pedro foi conferido o poder selador, a autoridade que tem o poder de ligar ou selar, ou de desligar na Terra e também no céu. Essas chaves pertencem ao presidente da Igreja — o profeta, vidente e revelador. Esse poder selador sagrado está na Igreja hoje. Nada é considerado mais sagrado por aqueles que conhecem o significado dessa autoridade. Nada é conservado com maior cuidado. Há relativamente

poucos homens a quem foi dele-gado esse poder selador na Terra, em qualquer época — em cada templo há irmãos aos quais foi conferido o poder selador. Ninguém pode obtê-lo a não ser que o receba do profeta, vidente e revelador, e presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

O Profeta Joseph Smith disse ter ouvido inúmeras vezes a pergunta: “ ‘Não podemos ser salvos, sem receber todas essas ordenanças?’ Eu respondo que não; não a plenitude da salvação. Jesus disse: ‘Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar’ [ver João14:2]. A casa aqui mencionada deveria ter sido traduzida como reino; e toda pessoa que deseja ser exaltada na mais elevada morada

Nenhum trabalho dá

mais proteção à Igreja

do que as ordenanças

do templo e a pesquisa

de história da família,

que a sustêm. Nenhum

trabalho é tão espiri-

tualmente purificador.

Nenhum trabalho nos

confere mais poder.

Nenhum trabalho exige

um padrão de retidão

mais elevado.

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terá de cumprir uma lei celestial e toda a lei também” (History of the Church, vol. 6, p. 184).

O trabalho do templo é fonte de poder espiritual.

Os templos constituem o ponto central do vigor espiritual da Igreja. É esperado que o adversário tente colocar empe-cilhos para nós como Igreja e também individualmente, quando procuramos participar desse trabalho sagrado e ins-pirado. O trabalho realizado no templo traz consigo tanta resistência porque é fonte de enorme poder espiritual para os santos dos últimos dias e para a Igreja como um todo.

Na dedicação da pedra fundamental do Templo de Logan Utah, o Presidente George Q. Cannon, que na época fazia parte da Primeira Presidência, fez a seguinte declaração:

“Cada pedra fundamental colocada num templo e cada templo concluído segundo as ordens reveladas pelo Senhor para Seu santo sacerdócio enfraquecem o poder de Satanás na Terra e aumentam o poder de Deus e da Santidade, acionam os poderes dos céus a nosso favor, invocam e tra-zem para nós as bênçãos dos Deuses Eternos e daqueles que habitam em Sua presença” (“The Logan Temple”, Millennial Star, 12 de novembro de 1877, p. 743).

Quando estão angustiados ou quando se debatem mentalmente com decisões cruciais, é comum os membros da Igreja irem ao templo.

É um bom lugar para levarmos nossas preocupações. No templo podemos receber orientação espiritual. Durante o período em que servimos no templo, estamos “fora do mundo”.

Por vezes, nossa mente está tão atormentada por problemas e há tantas coisas que demandam nossa atenção ao mesmo tempo, que simplesmente não conseguimos pensar nem ver com clareza. No templo, a poeira das distrações parece assentar-se, a neblina e as sombras parecem dissipar-se e conseguimos ver coisas que antes não conseguíamos e achar saídas até então desconhecidas para nossos problemas.

O Senhor nos abençoará à medida que realizarmos o trabalho sagrado dos templos. As bênçãos não se limitarão ao serviço prestado no templo. Sere-mos abençoados em todos os nossos empreendimentos.

Nosso trabalho no templo nos cobre com um escudo e uma proteção.

Nenhum trabalho dá mais proteção à Igreja do que as ordenanças do templo e a pesquisa de história da família, que a sustêm. Nenhum trabalho é tão espiri-tualmente purificador. Nenhum traba-lho nos confere mais poder. Nenhum trabalho exige um padrão de retidão mais elevado.

Nosso trabalho no templo nos cobre com um escudo e uma proteção, tanto individual quanto coletivamente.

Portanto, venham ao templo — venham e reivindiquem suas bênçãos. Esta é uma obra sagrada.Adaptado de Preparação para Entrar no Templo Sagrado (livreto, 2002).

“Cada pedra fundamen-

tal colocada num templo

e cada templo concluído

segundo as ordens reve-

ladas pelo Senhor para

Seu santo sacerdócio

enfraquecem o poder

de Satanás na Terra e

aumentam o poder de

Deus e da Santidade.”

—Presidente George Q.

Cannon

▲ Templo de Curitiba Brasil. Dedicado em 1º de junho de 2008.

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Presidente Howard W. Hunter (1907–1995)Décimo Quarto Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

O templo é o grande símbolo de nossa condição de membros da Igreja.

Como é glorioso termos o privilégio de ir ao templo para receber nossas pró-prias bênçãos. Depois de ir ao templo e receber nossas próprias bênçãos, que privilégio glorioso é fazermos o traba-lho por aqueles que nos precederam! Esse aspecto da obra do templo consti-tui um serviço abnegado. No entanto, sempre que realizamos ordenanças do templo para outras pessoas, há bênçãos que incidem sobre nós. Assim, não é de admirar que o Senhor deseje tanto que Seu povo seja um povo motivado pelo templo.

Foi o próprio Senhor que, em Suas revelações para nós, fez do templo o grande símbolo para os membros da Igreja. Pensem nas atitudes e nos comportamentos dignos que o Senhor

nos indicou no conselho dado aos san-tos em Kirtland, por meio do Profeta Joseph Smith, quando eles se prepara-vam para edificar um templo. Esse con-selho ainda se aplica nos dias atuais:

“Organizai-vos; preparai todas as coisas necessárias e estabelecei uma casa, sim, uma casa de oração, uma casa de jejum, uma casa de fé, uma casa de aprendizado, uma casa de glória, uma casa de ordem, uma casa de Deus” (D&C 88:119). Seriam essas atitudes e esses comportamentos ver-dadeiros indicadores do que cada um de nós deseja e procura ser?

Todos os nossos esforços na Igreja conduzem ao templo sagrado.

Todo o nosso empenho para proclamar o evangelho, aperfeiçoar os santos e

T enham uma

fotografia do

templo em casa para

que seus filhos a vejam.

Ensinem-lhes o propó-

sito da casa do Senhor.

Um Povo Motivado pelo Templo

◀ Templo de Freiberg Alemanha. Dedicado em 29 de junho de 1985. Rededicado em 7 de setembro de 2002.

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38

O Senhor exortou os

santos de Kirtland, ao

prepararem-se para

construir um templo:

“Estabelecei uma casa,

sim, uma casa de ora-

ção, uma casa de jejum,

uma casa de fé, uma

casa de aprendizado,

uma casa de glória,

uma casa de ordem,

uma casa de Deus”.

redimir os mortos culmina no santo templo. Isso se dá porque as orde-nanças do templo são absolutamente essenciais: não podemos regressar à presença de Deus sem elas.

O Senhor verdadeiramente deseja que Seu povo seja um povo moti-vado pelo templo. Meu desejo mais profundo é que todos os membros da Igreja se tornem dignos de entrar no templo. Espero que todo membro adulto seja digno de ter uma recomen-dação em dia para o templo e a carre-gue consigo, mesmo que a distância não lhe permita um uso imediato ou assíduo.

O templo é santo para o Senhor e também deve sê-lo para nós.

Sejamos um povo que frequenta e ama o templo. Procuremos diligente-mente ir à casa do Senhor com a maior regularidade que nossos meios, nossas circunstâncias pessoais e nosso tempo permitirem. Que o façamos não apenas em favor de nossos parentes falecidos, mas também pelas bênçãos pessoais advindas da adoração no templo, pela santidade e a segurança que encontra-mos por trás daquelas paredes santas e consagradas. O templo é um local de beleza, de revelação, de paz. É a casa do Senhor. É sagrada para Ele. Deve ser sagrada para nós.

▲ Templo de Kirtland. Dedicado em 27 de março de 1836.

▶ Templo de Logan Utah. Dedicado em 17 de maio de 1884. Rededicado em 13 de março de 1979.

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39

Sejamos um povo que

frequenta e ama o

templo. Procuremos

diligentemente ir à casa

do Senhor com a maior

regularidade que nossos

meios, nossas circuns-

tâncias pessoais e nosso

tempo o permitirem.

Falemos com nossos filhos dos sen-timentos espirituais que temos quando estamos no templo. E ensinemos com mais seriedade e desenvoltura as coisas que, da maneira adequada, pudermos dizer sobre os propósitos da casa do Senhor. Tenham uma fotografia do templo em casa para que seus filhos a vejam. Ensinem-lhes os propósitos da casa do Senhor. Ajudem-nos a fazer pla-nos desde pequenos para entrarem no templo e permanecerem dignos dessa bênção.

O Senhor Se compraz quando vamos ao templo dignamente.

É agradável ao Senhor que a juven-tude frequente o templo dignamente e realize batismos vicários por aqueles que não tiveram a oportunidade de ser batizados nesta vida. É agradável ao Senhor que frequentemos o templo dignamente para fazer nossos convê-nios com Ele e ser selados como casal e como família. E também é agradável ao Senhor que realizemos no templo essas mesmas ordenanças salvadoras em favor dos mortos, entre os quais, muitos aguardam ansiosamente que elas sejam concluídas.

Entretanto, para que o templo seja realmente um símbolo em nossa vida, precisamos desejar que ele o seja. Temos de viver dignamente para entrar no templo. Devemos guardar os man-damentos do Senhor. Se conseguirmos pautar nossa existência pela do Mestre

e se tomarmos Seus ensinamentos e Seu exemplo como o padrão supremo para nossa vida, não nos será difícil permanecer dignos de ir ao templo e ser coerentes e leais a cada passo da vida, pois estaremos comprometidos com um único e sagrado padrão de conduta e crença. Estejamos em casa ou no supermercado, sejamos estudantes ou profissionais, estejamos totalmente sozinhos ou em meio a uma multi-dão, nossa conduta será clara e nossos padrões serão óbvios.

A capacidade de defender os pró-prios princípios, de viver com integri-dade e de acordo com a própria crença é o que realmente importa. A devoção aos princípios verdadeiros — na vida pessoal, no lar, na família e em todos os locais onde encontramos e influen-ciamos outras pessoas — é a devoção que Deus, em última análise, pede de nós. Essa devoção exige que nos comprometamos — comprometimento de corpo e alma, absoluto e eterno com relação aos princípios que sabemos ser verdadeiros e que estão inseridos nos mandamentos dados por Deus. Se formos verdadeiros e fiéis aos princí-pios do Senhor, seremos sempre dignos de entrar no templo, e o Senhor e Seus templos sagrados serão os grandes símbolos que indicam que somos Seus discípulos.A Liahona, maio de 1995, pp. 2–7.

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Élder Russell M. NelsonDo Quórum dos Doze Apóstolos

Assim como os templos são preparados para as pessoas, as pessoas precisam preparar-se para o templo.

Em cada templo estão inscritas as palavras “Santidade ao Senhor”. 1 Essa declaração qualifica de santo tanto o templo como seus propósitos. Aqueles que entram no templo também devem possuir o atributo da santidade. 2 Assim como os templos são preparados para as pessoas, as pessoas precisam prepa-rar-se para o templo.

O templo diferencia-se de outras casas de adoração. Ao contrário das capelas, o templo fecha as portas no Dia do Senhor, a fim de que as pes-soas frequentem a Igreja e estejam com a família nesse dia santificado. Os templos permanecem abertos para ordenanças sagradas nos outros dias da semana. O templo é literalmente a casa

do Senhor, reservada para ordenanças de significado eterno. Essas ordenanças incluem batismos, casamentos, investi-duras e selamentos.

Cada templo é um símbolo de nossa fé em Deus e um testemunho de nossa fé na vida após a morte. O templo é o objetivo de cada atividade, cada lição e cada passo progressivo na Igreja. Todo o nosso empenho para proclamar o evangelho, aperfeiçoar os santos e redi-mir os mortos leva ao santo templo. As ordenanças do templo são abso-lutamente essenciais. Não podemos regressar à glória de Deus sem elas.

Cada ordenança do templo é um ato de promessa solene.

No templo recebemos a investidura, que é literalmente um dom. Precisamos

C ada templo

é um símbolo

de nossa fé em Deus

e um testemunho de

nossa fé na vida após

a morte. O templo

é o objetivo de cada

atividade, cada lição e

cada passo progressivo

na Igreja.

◀ Templo de Houston Texas. Dedicado em 26 de agosto de 2000.

Preparar-se para as Bênçãos do Templo

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compreender o significado espiritual dela e a importância de guardarmos os convênios e obrigações sagrados que fazemos ao receber esse dom. Cada “ordenança do templo não é apenas um ritual a seguir, mas um ato de pro-messa solene”. 3

A investidura do templo foi conce-dida por revelação. Portanto, ela é mais bem compreendida por meio da revelação buscada diligentemente com pureza de coração. O Presidente Brigham Young explicou: “A investi-dura é o recebimento de todas as orde-nanças da casa do Senhor necessárias para, depois de deixarmos esta vida, voltarmos à presença do Pai, passando pelos anjos que estão de sentinela, (…) e alcançarmos a exaltação eterna”. 4

A obediência aos convênios sagrados feitos no templo nos qualifica para a vida eterna.

Em cada templo, é exercida a autori-dade seladora do sacerdócio. O Pre-sidente Gordon B. Hinckley ensinou: “Nenhum rei, nenhum presidente de nação, nenhuma autoridade de qual-quer organização no mundo em que vivemos tem autoridade sobre ques-tões ligadas à vida após a morte. Todos estão de mãos atadas diante do poder da morte, porém o mais humilde, bondoso e digno sumo sacerdote que recebeu a autoridade seladora pode ligar nos céus o que é ligado na Terra”. 5

Assim como o sacerdócio é eterno — sem começo nem fim — é eterna a autoridade do sacerdócio. 6

Consequentemente, as ordenanças e os convênios do sacerdócio também trans-cendem o tempo. A primeira revelação concedida pelo anjo Morôni ao Profeta Joseph Smith dizia respeito a essa auto-ridade do sacerdócio. 7 Em instruções posteriores para o Profeta relacionadas ao templo, o Senhor disse:

“Que essa casa seja construída ao meu nome, a fim de que nela eu revele minhas ordenanças a meu povo;

Pois digno-me revelar a minha igreja coisas que têm sido mantidas ocultas desde antes da fundação do mundo, coisas pertinentes à dispensação da plenitude dos tempos.” 8

Vivemos nessa dispensação. Os templos, as ordenanças, os convênios, as investiduras e os selamentos foram restaurados, exatamente como pro-fetizado. As ordenanças do templo permitem a reconciliação com o Senhor e selam as famílias para a eternidade. A obediência aos convênios sagrados fei-tos no templo nos qualifica para a vida eterna, que é o maior dom de Deus ao homem. 9

Qualquer pessoa disposta a se preparar devidamente poderá entrar no templo.

Como o templo é sagrado, o Senhor pede que seja protegido da profa-nação. Qualquer pessoa disposta a se preparar devidamente para esse privilégio poderá entrar. O conceito de preparação também é primordial em outras áreas de atuação. Recordo que, quando menino, disse a meus pais que queria frequentar a universidade. Responderam que eu poderia, mas

O Presidente Brigham

Young explicou: “A inves-

tidura é o recebimento

de todas as ordenan-

ças da casa do Senhor

necessárias para, depois

de deixarmos esta vida,

voltarmos à presença

do Pai”.

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somente se antes fosse bom aluno na escola e cumprisse todos os requisitos para a admissão no ensino superior. Da mesma forma, precisamos nos qualifi-car para entrar no templo. Preparamo-nos física, intelectual e espiritualmente. A qualificação é determinada indivi-dualmente para cada pessoa que deseja receber uma recomendação.

Os homens que possuem as chaves da autoridade e responsabilidade do sacerdócio nos ajudam na preparação, realizando entrevistas de recomen-dação para o templo. Esses líderes se preocupam conosco e ajudam-nos a determinar se estamos preparados para frequentar o templo. Eles tam-bém amam o Senhor e asseguram-se de que nenhuma “coisa imunda entre em [Sua] casa”. 10 Assim, essas

entrevistas são feitas num espírito de responsabilidade.

Como vocês podem preparar-se para receber a recomendação para o templo? Podem conversar com o bispo, assim como com os pais, os familiares, o presidente da estaca, os professores ou os consultores no quórum. Os requisitos são simples. Em suma, a pessoa precisa guardar os mandamentos Daquele que é o Dono da casa. Ele estabeleceu os padrões. Entramos no templo como Seus convidados.

Agradaria ao Senhor que todo membro adulto fosse digno de ter uma recomendação válida para o templo e a carregasse consigo. “As entrevistas (…) para a recomendação

Precisamos nos qualificar

para entrar no tem-

plo. Preparamo-nos

física, intelectual e

espiritualmente.

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Preparamo-nos fisicamente vestindo-nos de modo adequado para ir ao templo. Não é um local

para trajes informais. Esse respeito pelo corpo físico deve ser observado principalmente por quem

deseja entrar no templo sagrado.

para o templo com [membros do bispado e] membros da presidência da estaca são experiências preciosas. E, de certa forma, podem ser considera-das ‘prévias’ do diálogo decisivo que teremos ao nos encontrarmos diante do Grande Juiz.” 11

Preparar-se fisicamente para ir ao templo

Agora, com uma recomendação para o templo em mãos, vocês estão prontos para uma preparação adicional. Vocês preparam-se fisicamente ao vestir-se de modo adequado para ir ao templo. Não é um local para trajes informais. Os profetas modernos sempre ressaltam o autorrespeito pelo corpo físico. Esse respeito deve ser observado princi-palmente por quem deseja entrar no templo sagrado. 12

No templo, todos se vestem de branco imaculado. “A pureza simbólica do branco também nos ajuda a recor-dar que Deus deseja um povo puro.” 13 A idade, a nacionalidade, o idioma e até mesmo o cargo na Igreja são de importância secundária. Já participei de muitas sessões de investidura em que o presidente da Igreja estava pre-sente. Todos os homens no recinto rece-beram o mesmo tratamento respeitoso

dispensado ao presidente. Todos se sentam lado a lado e são considerados iguais aos olhos do Senhor. Por meio de vestimentas semelhantes, a frequên-cia ao templo nos lembra que “Deus não faz acepção de pessoas”. 14

Os noivos entram no templo a fim de casar-se para o tempo e para toda a eternidade. No templo, as noivas usam vestidos brancos, de manga comprida, recatados no corte e no tecido e sem ornamentos elaborados. Os homens não usam smoking nem outros trajes de gala. O Presidente Boyd K. Packer, hoje presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu: “Compraz ao Senhor que nos banhemos e vistamos roupas limpas, por mais baratas que sejam. Devemos usar trajes que nos permitam sentir-nos à vontade para assistir a uma reunião sacramental ou a outro evento formal e nobre”. 15

No tocante ao vestuário para o templo, as mães e avós podem exercer grande influência positiva junto aos filhos e netos. Conforme suas habilida-des e circunstâncias o permitirem, elas podem proporcionar motivação real à família. Lenços bordados à mão ou outras peças de roupa do templo ofe-recidos pela mãe podem constituir um

No templo, todos se

vestem de branco ima-

culado. Por meio de ves-

timentas semelhantes, a

frequência ao templo nos

lembra que “Deus não

faz acepção de pessoas”.

▲ Templo de Johannesburgo África do Sul. Dedicado em 24 de agosto de 1985.

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forte incentivo e serão guardados com carinho pelos filhos ou netos amorosos.

O garment do templo simboliza um comprometimento contínuo.

O uso do garment do templo tem um forte significado simbólico e representa um comprometimento contínuo. Assim como Salvador nos deu o exemplo com Sua capacidade de perseverar até o fim, usar o garment é uma maneira de demonstrarmos fé duradoura Nele e em Seus convênios eternos conosco.

A Primeira Presidência redigiu uma carta para a Igreja sobre esse assunto. Lemos:

“Certas práticas observadas com frequência entre os membros da Igreja

dão a entender que alguns não com-preendem plenamente o convênio que fazem no templo de usar os garments de acordo com o espírito da santa investidura.

Os membros da Igreja que foram vestidos com o garment no templo fizeram convênio de usá-lo por toda a vida. Isso significa que deve ser usado como roupa íntima dia e noite. (…) A promessa de proteção e bênçãos está condicionada à dignidade e fidelidade na observância do convênio.

O princípio fundamental é o de que o garment deve ser usado, sem que fiquemos procurando justificativas para tirá-lo. Portanto, os membros não devem tirar o garment total ou par-cialmente para trabalhar no jardim ou

As mães e as avós

podem exercer grande

influência positiva junto

aos filhos e netos no

tocante ao vestuário

adequado para o

templo.

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ficar em casa usando roupas de banho ou pouco recatadas. Tampouco devem tirá-lo para participar de atividades recreativas que possam ser realiza-das normalmente com o garment por baixo das roupas regulares. Quando o garment precisar ser tirado, como por exemplo na natação, deve ser vestido novamente assim que for possível.

Primar pelo recato e manter o corpo adequadamente coberto são princípios implícitos no convênio e devem gover-nar a natureza de todas as roupas que vocês vestirem. Os membros da Igreja que receberam a investidura usam o garment como lembrança dos con-vênios sagrados que fizeram com o Senhor e também como proteção con-tra as tentações e o mal. A forma como o usamos é uma expressão externa do compromisso interior de seguir o Salvador.” 16

Preparar-se mental e espiritualmente para ir ao templo

Além da preparação física, precisamos preparar-nos mental e espiritualmente. Como as ordenanças e os convênios do templo são sagrados, temos a obrigação absoluta de não falar fora do templo sobre o que acontece lá dentro. Assuntos sagrados merecem consideração sagrada.

Nessa casa de aprendizado, somos instruídos nos caminhos do Senhor. Seus caminhos não são nossos cami-nhos. 17 Não devemos estranhar se as técnicas de ensino diferirem das que são empregadas em situações

educacionais a que estamos habitua-dos. As ordenanças e os convênios do templo fazem parte do evangelho desde os dias de Adão e Eva. No pas-sado, foram usados símbolos para ensi-nar verdades profundas, e esse método de instrução é usado no templo hoje.

Portanto, é necessário que ponde-remos sobre os símbolos apresentados no templo e identifiquemos as reali-dades vigorosas que cada um deles representa. 18 “As ordenanças do templo são tão carregadas de simbolismo que dão margem a uma vida de reflexão e aprendizado produtivos.” 19 Os ensi-namentos do templo são lindamente simples e simplesmente lindos. São compreendidos por quem teve pouca oportunidade de estudos formais, mas ainda assim podem estimular o inte-lecto dos mais instruídos.

Recomendo aos membros que forem ao templo pela primeira vez que leiam os verbetes do Guia para Estudo das Escrituras relacionados ao templo, como “Convênio”, “Sacrifício”, “Tem-plo” e “Unção, Ungir”. Podem também ler Êxodo, capítulos 26–29, e Levítico, capítulo 8. O Velho Testamento, assim como os livros de Moisés e de Abraão, na Pérola de Grande Valor, ressaltam o caráter antigo das ordenanças do tem-plo e sua natureza duradoura.

Guardar um convênio com Deus tanto nos protege quanto nos fortalece.

Há dois conceitos-chave que precisa-mos ter em mente ao nos prepararmos

Nessa casa de aprendi-

zado, somos instruídos

nos caminhos do Senhor.

Seus caminhos não são

nossos caminhos. Os

ensinamentos do templo

são lindamente simples e

simplesmente lindos.

▲ Templo de Helsinque Finlândia. Dedicado em 22 de outubro de 2006.

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para ir ao templo. O primeiro é con-vênio. Precisamos lembrar que um convênio é uma promessa. Um convê-nio feito com Deus não deve ser visto como algo restritivo, mas protetor. Os convênios que assumimos com Ele nos protegem do perigo.

Esse conceito não é novo. Se a água que chega a nossa torneira for de qua-lidade duvidosa, por exemplo, nós a filtramos. Da mesma forma, os convê-nios divinos nos protegem de perigos. Quando optamos por renunciar a toda iniquidade, 20 não perdemos nada de valor, e ganhamos uma glória conhe-cida somente por aqueles que alcançam a vida eterna. Guardar um convênio do templo não implica restrições, mas nos dá forças. Ajuda-nos a transcender os limites de nossa perspectiva e capaci-dade. É como a diferença entre arras-tar-se por um lamaçal e singrar os céus num jato supersônico. Guardar um convênio com Deus nos protege tanto quanto nos fortalece.

O segundo conceito a salientar em nossa preparação mental é a Expiação. A Expiação de Jesus Cristo é um evento central na história da humanidade. Constitui o âmago do plano de salva-ção. Sem a Expiação infinita, toda a

humanidade estaria irremediavelmente perdida. As ordenanças e os convê-nios do templo ensinam sobre o poder redentor da Expiação.

A vida eterna está ao nosso alcance por meio da obediência aos convênios assumidos no templo.

O serviço no templo traz-nos bênçãos nesta vida e também na eternidade. O Élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que “as orde-nanças do templo não são uma fuga do mundo, mas um reforço de nossa necessidade de melhorar o mundo por meio de nossa preparação para outro mundo muito melhor. Estar na casa do Senhor pode ajudar-nos a ser diferentes do mundo, a fim de podermos fazer a diferença nele”. 21

Se formos fiéis e leais nesta vida, poderemos alcançar a vida eterna. Imortalidade significa viver para sempre. Vida eterna significa muito mais do que simplesmente ser imortal. Alcançar a vida eterna é conquistar a exaltação no reino mais elevado do céu e viver na unidade familiar. Deus declarou que Sua grande missão — “[Sua] obra e [Sua] glória” — é “levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”. 22 Sua dádiva da imortalidade

Sem a Expiação infinita, toda a humanidade estaria irremediavelmente perdida. As ordenanças

e os convênios do templo ensinam sobre o poder redentor da Expiação.

Abençoados com o sela-

mento eterno, podemos

encarar a morte como

um componente necessá-

rio do grandioso plano de

felicidade de Deus.

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é incondicional — um dom gratuito de salvação para toda a humanidade. A possibilidade da vida eterna — até mesmo da exaltação — está ao nosso alcance mediante a obediência aos con-vênios feitos e às ordenanças recebidas nos templos sagrados de Deus.

As bênçãos do templo tornam-se mais significativas quando a morte retira entes queridos de nosso cír-culo familiar. Saber que a separação é apenas temporária traz uma paz que excede o entendimento comum. 23 O Presidente Joseph Fielding Smith

escreveu: “Pelo poder deste sacerdócio conferido por Elias, marido e mulher podem ser selados — ou casados — para a eternidade; os filhos podem ser selados aos pais para a eternidade; assim, a família torna-se eterna, e a morte não separa seus membros”. 24 Abençoados com o selamento eterno, podemos encarar a morte como um componente necessário do grandioso plano de felicidade de Deus. 25

A perspectiva eterna que recebemos no templo nos dá forças para vencer as tentações da vida.

Uma perspectiva eterna nos ajuda a manter fidelidade total aos convê-nios que assumimos. O Presidente Packer enfatizou: “As ordenanças e os convênios tornam-se nossas creden-ciais para admissão na presença [de Deus]. Recebê-los dignamente é um objetivo primordial na vida; honrá-los posteriormente é o desafio da mortalidade”. 26

As ordenanças do templo dizem respeito não só a nossa glória eterna, mas também à de nossos antepassados falecidos. “Porque a sua salvação é necessária e essencial a nossa salva-ção, (…) eles, sem nós, não podem ser aperfeiçoados — nem podemos nós, sem nossos mortos, ser aperfeiçoa-dos.” 27 O serviço em favor deles nos dá a oportunidade de adoração contínua no templo, realizada de modo altruísta como um trabalho vicário que segue os moldes do que foi realizado pelo Senhor na Expiação para abençoar

“Pelo poder [do] sacerdó-

cio … , marido e mulher

podem ser selados — ou

casados — para a eter-

nidade; os filhos podem

ser selados aos pais para

a eternidade. Desse

modo, a família torna-se

eterna.” — Presidente

Joseph Fielding Smith

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todos os que viveram e que viveriam no mundo.

Um dia, certamente vamos encontrar o Criador e nos apresentar perante Ele no juízo final. As escrituras nos ensi-nam que “o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome”. 28 O próprio Senhor determinará se fomos fiéis aos convênios feitos com Ele no templo e se merecemos as glorio-sas bênçãos que Ele prometeu aos que guardam os mandamentos.

Essa perspectiva nos dá forças para suportar as provações da vida.

Notas

▲ Templo de Recife Brasil. Dedicado em 15 de dezembro de 2000.

1. Ver Êxodo 28:36; 39:30; Salmos 93:5. 2. Ver Êxodo 19:5–6; Levítico 19:1–2; Salmos

24:3–5; I Tessalonicenses 4:7; Morôni 10:32–33; Doutrina e Convênios 20:69; 110:6–9; ver também Guia para Estudo das Escrituras, “Santidade”.

3. Teachings of Gordon B. Hinckley 1997, p. 638. 4. Discourses of Brigham Young, sel. John A.

Widtsoe, 1954, p. 416. 5. Teachings of Gordon B. Hinckley, p. 639. 6. Ver Tradução de Joseph Smith, Hebreus 7:3,

no Guia para Estudo das Escrituras; Alma 13:8. 7. Ver Doutrina e Convênios 2:1 (21 de setembro

de 1823); ver também D&C 138:47–48. 8. Doutrina e Convênios 124:40–41. 9. Ver Doutrina e Convênios 14:7. 10. Doutrina e Convênios 109:20. 11. Russell M. Nelson, Ensign, novembro de 1990,

p. 75. 12. Ver Gordon B. Hinckley, “Seu Maior Desa-

fio, Mãe”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 115. Nesse discurso, o Presidente Hinckley leu a declaração da Primeira Presidência e dos Doze que afirma que “a Igreja desaprova a tatuagem. Também desaprova o piercing, ou o ato de furar o corpo, a não ser por motivos médicos, embora ela não se manifeste em relação a um pequeno furo nas orelhas das mulheres para a utilização de um par de brincos”. Ver também

“Conselhos e Oração do Profeta para os Jovens”, A Liahona, abril de 2001, p. 37.

13. Neal A. Maxwell, Not My Will, But Thine 1988, p. 135; ver também Doutrina e Convênios 100:16.

14. Atos 10:34; ver também Morôni 8:12. 15. Boyd K. Packer, The Holy Temple (1980), p. 73. 16. Carta da Primeira Presidência, 10 de outubro

de 1988. 17. Ver Isaías 55:8–9. 18. Ver John A. Widtsoe, “Temple Worship”, Utah

Genealogical and Historical Magazine, abril de 1921, p. 62.

19. Richard G. Scott, A Liahona, julho de 1999, p. 30. 20. Ver Morôni 10:32; Tradução de Joseph Smith,

Mateus 16:26, no Guia para Estudo das Escrituras.

21. Neal A. Maxwell, Not My Will, But Thine, p. 135.

22. Moisés 1:39. 23. Ver Filipenses 4:7. 24. Joseph Fielding Smith, Doctrines of Salvation,

comp. por Bruce R. McConkie, 3 vols. 1954– 1956, vol. II, p. 118.

25. Ver Alma 42:8. 26. Boyd K. Packer, Ensign, maio de 1987, p. 24. 27. Doutrina e Convênios 128:15. 28. 2 Néfi 9:41. 29. Boyd K. Packer, Ensign, maio de 1995, p. 8.

Cada templo é um sím-

bolo de nossa condição

de membros da Igreja,

um emblema de nossa fé

na vida após a morte e

um degrau para a glória

eterna para nós e para

nossa família.

O Presidente Boyd K. Packer decla-rou: “O propósito maior de tudo o que ensinamos é unir pais e filhos na fé do Senhor Jesus Cristo, para que sejam felizes no lar, selados em um casamento eterno, ligados a suas gerações passadas e futuras e seguros de sua exaltação na presença do Pai Celestial”. 29

Cada templo é um símbolo de nossa condição de membros da Igreja, um emblema de nossa fé na vida após a morte e um degrau para a glória eterna para nós e nossa família. Oro para que cada membro da Igreja se prepare para as bênçãos maravilhosas do templo.Adaptado de Ensign, março de 2002, pp. 17–23.

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Élder James E. Talmage (1862–1933)Do Quórum dos Doze Apóstolos

Um Local Designado

A ideia essencial de templo é e sempre foi a de um local designado especial-mente para um trabalho considerado sagrado; num sentido mais restrito, o templo é um edifício construído e dedicado exclusivamente para cerimô-nias e ritos sagrados.

A palavra latina templum equivalia ao hebraico beth Elohim e significava habitação de Deus; assim, significava literalmente a casa do Senhor.

Essas estruturas foram edificadas em diversas épocas, tanto por adora-dores de ídolos quanto por seguidores do Deus verdadeiro e vivo. Embora os pátios desses templos fossem usados como locais de reunião geral e ceri-mônias públicas, sempre havia salas internas nas quais apenas sacerdotes

consagrados podiam entrar e nas quais se dizia manifestar-se a presença divina. Os templos nunca foram vistos como locais de reuniões públicas comuns, mas como ambientes santos e consagrados para as cerimônias mais solenes de determinado sistema de adoração.

O Tabernáculo da Antiga Israel

Na antiguidade, o povo de Israel distinguia-se entre as nações como construtores de santuários

ao nome do Deus vivo. Esse trabalho lhes foi especificamente solicitado por Jeová, a Quem professavam servir. A história de Israel como nação remonta ao Êxodo. Logo que fugiram do

T anto nos

tempos antigos

quanto nos modernos,

o povo do convênio do

Senhor sempre consi-

derou a construção de

templos um trabalho

especificamente exigido

deles.

◀ O interior do Templo de Kirtland, fotografado no início do século XX.

A História dos Templos

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ambiente idólatra do Egito, precisa-ram preparar um santuário onde Jeová manifestaria Sua presença e daria a conhecer Sua vontade como Senhor e Rei aceito pelo povo.

O tabernáculo era sagrado para Israel como o santuário de Jeová. Foi construído de acordo com um plano e especificações revelados (ver Êxodo 26–27). Era uma estru-tura compacta e portátil e, embora não passasse de uma tenda, era feita dos materiais de maior valor e da melhor qualidade que as pessoas possuíam. Essa condição de exce-lência era a oferta de uma nação ao Senhor. Em todos os aspectos, era o melhor que as pessoas tinham a oferecer, e Jeová santificou a oferta apresentada com Sua aceitação divina.

Ao estabelecer-se na terra pro-metida, após passar quatro décadas perambulando pelo deserto, o povo do convênio de Israel finalmente tomou posse de Canaã, e o taberná-culo foi estabelecido em Siló, para onde se dirigiam as tribos a fim de conhecer a vontade e a palavra de Deus (ver Josué 18:1; 19:51; 21:2; Juí-zes 18:31; I Samuel 1:3, 24; 4:3–4). Em seguida, foi removido para Gideão (ver I Crônicas 21:29; II Crônicas 1:3) e depois para a Cidade de Davi ou Sião (ver II Samuel 6:12; II Crônicas 5:2).

O Templo de Salomão

Davi, o segundo rei de Israel, desejava e planejava construir uma casa para o

Senhor. Declarou que não era correto que ele, o rei, morasse em um palácio de cedro, ao passo que

o santuário de Deus ficava numa tenda (ver II Samuel 7:2). Mas o Senhor pronunciou-Se pela boca do profeta Natã, recusando a oferta apresentada, porque Davi, rei de Israel, embora em muitos aspectos fosse um homem temente a Deus, pecara e seu pecado não fora perdoado (ver II Samuel 7:1–13; I Crônicas 28:2–3). Contudo, Davi recebeu permissão para reunir materiais para a casa do Senhor, que viria a ser construída não por ele, mas por Salomão, seu filho.

Logo depois de subir ao trono, Salomão começou as obras. Lançou os alicerces no quarto ano de seu reinado, e o edifício ficou pronto sete anos e meio depois. A constru-ção do Templo de Salomão foi um

▲ Moisés ungiu Aarão para servir como sacerdote no tabernáculo.

▲ O tabernáculo serviu como templo portátil no período em que Israel vagou pelo deserto.

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marco divisório, não só na história de Israel, mas de todo o mundo.

De acordo com a cronologia comumente aceita, o templo foi concluído em 1005 a.C. No tocante à arquitetura e construção, projeto e custos, ele é conhecido como um dos edifícios mais notáveis da histó-ria. As sessões dedicatórias dura-ram sete dias — uma semana de santo regozijo em Israel. A benevo-lente aceitação do Senhor manifes-tou-se na forma de uma nuvem que cobria as câmaras sagradas quando os sacerdotes saíam, “porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus” (II Crônicas 5:14; ver também Êxodo 40:35; II Crônicas 7:1–2).

Profanação do Templo de Salomão

A gloriosa primazia dessa estrutura esplêndida foi de curta duração.

Trinta e quatro anos depois de sua dedicação e apenas cinco anos após a morte de Salomão, teve início seu declínio; essa decadência logo se transformaria em pilhagem gene-ralizada e por fim em verdadeira profanação. Salomão fora desenca-minhado pelos ardis de mulheres idólatras e sua rebeldia contribuíra para o aumento da iniquidade em Israel. O templo logo perdeu sua santidade, e Jeová retirou Sua pre-sença protetora do local que deixou de ser sagrado.

Os egípcios, cujo domínio sobre o povo fora desfeito no passado, voltaram a oprimir Israel. Sisaque, rei do Egito, invadiu Jerusalém e “tomou os tesouros da casa do Senhor” (I Reis 14:25–26). O processo de profanação continuou por vários

séculos. Duzentos e dezesseis anos depois dos saques egípcios, Acaz, rei de Judá, removeu o altar e a fonte e deixou apenas uma casa onde antes havia um templo (ver II Reis 16:7–9, 17–18; ver também II Crônicas 28:24–25). Posteriormente, Nabucodonosor, rei da Babilônia, acabou de espoliar o templo e destruiu o edifício pelo fogo (ver II Crônicas 36:18–19; ver também II Reis 24:13; 25:9).

O Templo de Zorobabel

Assim, cerca de 600 anos antes do advento terreno de nosso Senhor, o povo

de Israel ficou desprovido de templo. As pessoas tinham-se tornado idólatras e totalmente iníquas, e o Senhor as rejeitara, bem como seu santuário. O reino de

▲ Concluído em 1005 a.C., o Templo de Salomão é um dos mais notáveis edifícios da história.

▲ As sessões dedicatórias do Templo de Salomão duraram sete dias — uma semana de santo rego-zijo em Israel.

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Israel, que compreendia cerca de dez das doze tribos, caiu sob domínio assírio por volta de 721 a.C. e um século depois o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios. Durante 70 anos, o povo de Judá — a partir de então conhecido como judeu — permaneceu no cativeiro, conforme fora predito (ver Jeremias 25:11–12; 29:10).

Depois, sob o reinado favorável de Ciro (ver Esdras 1, 2) e Dario (ver Esdras 6), foi-lhes permitido voltar para Jerusalém e outra vez edificar um templo segundo sua fé. Em memória do homem à frente dessa empreitada, o templo restaurado ficou conhecido na história como o Templo de Zorobabel. Embora esse templo fosse imensamente inferior em riqueza de acabamento e mobí-lia em relação ao esplêndido Tem-plo de Salomão, foi ainda assim o melhor que o povo podia oferecer, e

o Senhor o aceitou como uma oferta que simbolizava o amor e a devoção de Seus filhos do convênio.

O Templo de Herodes

Cerca de dezesseis anos antes do nasci-mento de Cristo, Herodes I, rei da

Judeia, iniciou a reconstrução do Templo de Zorobabel, que se encontrava em decadência e praticamente em ruínas. A estru-tura suportara cinco séculos e sem dúvidas sofrera o desgaste do tempo.

Muitos incidentes da vida ter-rena do Salvador estão ligados ao Templo de Herodes. As escrituras deixam bem claro que, embora Se opusesse aos usos comerciais e degradantes a que o templo fora

submetido, Cristo admitia e reco-nhecia a santidade do templo. A despeito do nome pelo qual fosse conhecido, o templo era para Ele a casa do Senhor.

A destruição total do templo fora predita por nosso Senhor enquanto ainda vivia na carne (ver Mateus 24:1–2; Marcos 13:1–2; Lucas 21:6). No ano 70 d.C., o tem-plo foi completamente destruído pelo fogo por ocasião da invasão de Jerusalém pelos romanos sob as ordens de Tito.

Os Templos na América Antiga

O Templo de Herodes foi o último templo erguido no hemisfério oriental na antigui-

dade. Desde a destruição daquele edifício grandioso até a época do restabelecimento da Igreja de Jesus

▲ Muitos incidentes da vida terrena do Salvador mostram que Ele reconhecia a santidade do templo.

▲ Durante o cativeiro babilônico, foi permitido aos judeus voltar para Jerusalém e reconstruir o templo.

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Cristo no século XIX, nosso único registro de construção de templos é a menção feita no Livro de Mórmon, que afirma que foram erigidos templos no que hoje se chama de continente americano, mas dispomos de poucos detalhes da construção e ainda menos sobre as ordenanças administrativas relacionadas àqueles templos ocidentais. O povo cons-truiu o templo por volta de 570 a.C., nos moldes do Templo de Salomão, embora tenha sido bastante inferior em imponência e preciosidade àquela estrutura grandiosa (ver 2 Néfi 5:16).

Quando o Senhor ressuscitado Se manifestou aos nefitas no hemisfé-rio ocidental, encontrou-os reuni-dos ao redor do templo (ver 3 Néfi 11:1–10).

Contudo, o Livro de Mórmon não faz alusão aos templos nem mesmo na época tardia da destrui-ção do templo em Jerusalém. Além do mais, a nação nefita extinguiu-se quatro séculos depois de Cristo. Portanto, é evidente que em ambos os hemisférios os templos deixaram de existir no início do período da Apostasia e o próprio conceito de templo, no sentido estrito do termo, desapareceu na humanidade.

Apostasia e Restauração

Durante muitos séculos, nenhum santuário foi oferecido ao Senhor; de fato, tudo indica que a neces-sidade disso permaneceu desco-nhecida. É verdade que foram construídos muitos edifícios, em sua maioria caros e grandiosos. Dentre eles, alguns foram dedica-dos a Pedro e Paulo, a Tiago e João;

outros a Maria Madalena e à Vir-gem; mas nenhum foi erguido pela autoridade e em nome de Jesus, o Cristo. Nessa profusão de capelas e ermidas, de igrejas e catedrais, o Filho do Homem não tinha um local para chamar de Seu.

Só depois que o evangelho foi restaurado no século XIX, com seus antigos poderes e privilégios, é que o santo sacerdócio voltou a manifestar-se entre os homens. E lembremos que a autoridade para falar e agir em nome de Deus é essencial para o templo, e o templo é nulo sem a autoridade sagrada do santo sacerdócio. Por intermédio de Joseph Smith, o evangelho do pas-sado foi restaurado na Terra, e a lei antiga foi restabelecida. No devido

▲ Foi no templo que o Salvador ressuscitado apareceu no continente americano.

▲ Depois de anos de apostasia, a autoridade necessária para a adoração no templo foi restaurada por meio de Joseph Smith.

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tempo, por meio do ministério do Profeta, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi organi-zada e estabelecida por manifesta-ções do poder divino.

Templos Modernos

Esta Igreja começou já bem no início de sua história a preparar-se para a construção de

um templo (ver Doutrina e Convê-nios 36:8; 42:36; 133:2). No primeiro dia de junho de 1833, numa revela-ção ao Profeta Joseph Smith, o Senhor ordenou a construção imediata de uma casa sagrada na qual prometeu investir Seus servos escolhidos com poder e autoridade (ver Doutrina e Convênios 95). O

povo respondeu ao chamado com disposição e devoção. A despeito da extrema pobreza e diante de perseguições implacáveis, o traba-lho foi concluído e, em março de 1836, o primeiro templo dos tempos modernos foi dedicado em Kirtland, Ohio (ver Doutrina e Convênios 109). As sessões dedicatórias foram marcadas por manifestações divinas comparáveis às ocorridas na consagração do primeiro templo da antiguidade, e posteriormente seres celestiais estiveram naquele local sagrado com revelações da vontade divina para o homem. Naquele edifício, o Senhor Jesus foi novamente visto e ouvido (ver Doutrina e Convênios 110:1–10).

Dois anos depois da dedicação, o Templo de Kirtland foi abandonado pelo povo que o construíra; eles

foram forçados a fugir por causa da perseguição, e com sua retirada, o templo sagrado tornou-se uma casa comum.

A migração dos santos dos últimos dias ocorreu primeiro para o Missouri e depois para Nauvoo, Illinois. Mal se instalaram no novo lar, a voz da revelação fez-se ouvir, conclamando-os a construir mais uma vez uma casa sagrada ao nome de Deus.

Embora fosse evidente que eles seriam obrigados a fugir novamente e que o templo teria de ser abando-nado logo depois de concluído, tra-balharam com empenho e diligência para edificar e mobiliar o prédio a contento. Foi dedicado em 30 de abril de 1846; mas, antes mesmo de o edifício ficar pronto, teve início o êxodo do povo.

▲ O primeiro templo dos últimos dias foi dedicado em Kirtland, Ohio, em março de 1836.

▲ Pouco depois de chegar ao Vale do Lago Salgado, Brigham Young proclamou: “Aqui se erguerá o templo”.

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O templo foi abandonado por aqueles que o tinham erguido em meio à pobreza e a sacrifícios. Em novembro de 1848, foi alvo de incên-dios criminosos e, em maio de 1850, um tornado demoliu o que restara das paredes enegrecidas.

Em 24 de julho de 1847, os pioneiros mórmons estabeleceram um assentamento onde hoje se situa Salt Lake City. Alguns dias depois, Brigham Young, profeta e líder, indicou um local nos ermos áridos e, tocando o solo desértico com seu cajado, proclamou: “Aqui se erguerá o templo de nosso Deus”. Esse local hoje é o belo quarteirão do templo, ao redor do qual cresceu a cidade. A construção do Templo de Salt Lake demorou 40 anos; a cimalha [onde se assentam os beirais do telhado]

foi colocada em 6 de abril de 1892, e o templo, já concluído, foi dedicado um ano depois.

Uma Comissão Divina

Tanto nos tempos antigos quanto nos modernos, o povo do convênio do Senhor

sempre considerou a construção de templos um trabalho especifica-mente exigido deles. Não restam dúvidas de que o templo é mais do que uma capela ou igreja, mais do que uma sinagoga ou catedral; é uma estrutura erigida como casa do Senhor, consagrada para a comu-nhão mais próxima entre o Senhor e o santo sacerdócio e devotada às ordenanças mais elevadas e sagra-das. Além disso, para que de fato haja um templo sagrado — aceito

por Deus e reconhecido por Ele como Sua casa — a oferenda precisa ter sido solicitada, e tanto a oferta quanto a pessoa que a faz precisam ser dignos.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias proclama ser a detentora do santo sacerdócio restaurado na Terra e declara que recebeu a comissão divina de erigir e manter templos dedicados ao nome e ao serviço do Deus vivo e verdadeiro e de administrar nesses edifícios sagrados as ordenanças do sacerdócio, cujo efeito terá validade tanto na Terra como após esta vida.Adaptado de The House of the Lord: A Study of Holy Sanctuaries, Ancient and Modern (1968).

Se desejar ver uma lista de templos modernos, visite temples.LDS.org

▲ De 1893 até hoje, foram construídos e dedicados mais de 130 templos no mundo.

▲ Templo de Tampico México. Dedicado em 20 de maio de 2000.

▲ Templo de Apia Samoa. Dedicado em 5 de agosto de 1983. Rededicado em 4 de setembro de 2005.

▲ Templo de Madri Espanha. Dedicado em 19 de março de 1999.

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Coisas Relativas a Esta Casa

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◀ Vitral, Templo de Nauvoo Illinois (extrema esquerda).

◀ Fonte batismal, Templo de Draper Utah.

▲ Fonte batismal, Templo de Gila Valley Arizona.

A fonte batis-

mal do templo

repousa sobre o dorso

de doze bois (ver II

Crônicas 4:2–4), que

representam simboli-

camente as doze tribos

de Israel. Seguindo o

exemplo de serviço

altruísta deixado pelo

Salvador, podemos

fazer batismos por nos-

sos antepassados que

faleceram sem receber

essa ordenança.

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▲ Sala de ordenanças, Templo de Manhattan Nova York.

▶ Sala de Ordenanças, Templo de Newport Beach Califórnia.

Nas salas de ordenanças,

é apresentado um esboço

do plano de Deus para

Seus filhos. Os santos dos

últimos dias aprendem

sobre sua existência pré-

mortal e mortal, a criação

do mundo e a Queda do

homem, o papel central

de Jesus Cristo como

Redentor de todos os

filhos de Deus e as bên-

çãos que podem receber

na existência vindoura.

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◀ Sala celestial, Templo de San Antonio Texas.

▲ Grande escadaria, Templo de Oquirrh Mountain Utah.

A sala celestial simboliza

o estado exaltado e pací-

fico que todos podem

alcançar por meio da

obediência ao evangelho

de Jesus Cristo. Essa sala

representa a alegria, a

harmonia interior e a paz

ao alcance das famílias

eternas na presença do

Pai Celestial e de Seu

Filho, Jesus Cristo.

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Numa sala de selamento,

a noiva e o noivo se

casam não somente para

esta vida, mas também

para a eternidade.

▲ Mesa de madeira embutida, Templo da Cidade do México, México.

▶ Sala de selamento, Templo de Vancouver Colúmbia Britânica.

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Nosso Casamento no Templo Valia Qualquer SacrifícioGeovanny Medina

Foi só depois que meu primeiro empreendimento comercial faliu e o segundo se incendiou por completo, que fiquei em dúvida se conseguiria levar minha noiva, Beny, ao templo. Já nos tinham dito que chegar ao tem-plo seria um teste para nossa fé, mas quando fizemos a meta do casamento no templo, nem sequer fazíamos ideia do quanto.

Eu e Beny nos conhecemos no Panamá, nosso país natal, depois de voltarmos da missão. Devido à legisla-ção panamenha, os casais que dese-jassem começar sua vida conjugal no templo se casavam no civil logo antes de viajarem ao templo mais próximo, o Templo da Cidade da Guatemala,

Guatemala. Seria uma viagem cara e penosa, mas o selamento era uma bên-ção da qual não queríamos nos privar.

Um dia depois de pedi-la em casamento, perdi o emprego. Sem me deixar abater, decidi ganhar meu sustento fazendo excursões de ônibus. Mas meu ônibus parou de funcionar na primeira noite. Preocupado, mas cheio de determinação, resolvi partir para a venda de camisetas. Na manhã em que fui buscar as camisetas no fabricante, descobri que o prédio tinha-se incen-diado totalmente na noite anterior. Parecia que minhas esperanças tam-bém tinham virado fumaça.

Estávamos a poucos meses da cara-vana para o templo, mas até então todos os meus esforços para ganhar dinheiro haviam-se transformado em fracassos retumbantes. Saí daqueles escombros e fui encontrar-me com a Beny.

Serviço no Templo, Bênçãos do Templo

P or crermos no

poder selador do

sacerdócio restaurado

em nossa época, não

desistimos, cientes de

que nosso casamento

no templo — para o

tempo e toda a eterni-

dade — valia qualquer

sacrifício.

◀ Templo da Cidade de Guatemala, Guatemala. Dedicado em 14 de dezembro de 1984.

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“Não tenho nada”, anunciei-lhe. “Talvez não deva casar-se comigo.”

“Se eu quisesse me casar por dinheiro, já estaria casada”, respon-deu ela. “Mas não vou me casar por dinheiro. Vou casar-me com você porque o amo.”

Foi um momento decisivo. Senti-mos ter vencido uma prova deter-minante. Ao seguirmos adiante com fé, as portas começaram a abrir-se. Encontrei trabalho na confecção de móveis, embora o salário não fosse o bastante para atender a nossas necessidades. Foi então que um bispo bondoso se ofereceu para aju-dar-nos com a passagem de ônibus. Por mais animadora que fosse essa

proposta, não me parecia correta. Fazíamos questão de ser autossu-ficientes. Contudo, ao vermos que seu desejo de ajudar era mesmo sincero, perguntamos se em vez da passagem poderia dar um emprego a Beny. E foi o que ele fez.

Depois de ganharmos o sufi-ciente para viajarmos ao templo, realizamos o casamento civil e, por fim, estávamos a caminho da Guatemala, acompanhados de dez membros da Igreja. Mas nosso teste ainda não acabara.

Greves generalizadas no setor de transportes deixaram-nos retidos na fronteira com a Costa Rica. Depois de esperarmos na fronteira durante dois dias, nosso motorista resolveu

voltar. Mas eu e a Beny, juntamente com dois irmãos e outro casal, decidimos não desistir. Depois de ver nosso ônibus dar meia volta e nos deixar, fomos a pé até a Costa Rica. Continuamos a caminhar, dormindo em abrigos à beira da estrada, até chegarmos à fronteira com a Nicarágua. De lá, apanhamos um táxi para a capital, onde com-pramos uma passagem de ônibus para a fronteira com Honduras. Dois dias — e mais dois ônibus — depois, finalmente chegamos ao templo. Estávamos sujos e cansados, e tínha-mos gastado muito mais do que o planejado, mas estávamos felizes.

No dia seguinte, depois de todas as provações e atrasos, finalmente fomos selados para a eternidade como marido e mulher. Nossa alegria — que compensava os esforços, a espera e as preocupações — era plena!

Nem todos os que se casam no templo enfrentarão os mesmos desafios, mas para nós (e os outros que foram ao templo conosco), essas experiências foram um processo purificador. Foi uma das experiências mais grandiosas de minha vida.

Se nosso projeto de casamento no templo dependesse apenas do amor como o mundo o vê, não teríamos perseverado. Por crermos no poder selador do sacerdócio restaurado em nossa época, não desistimos, cientes de que nosso casamento no templo — para esta vida e para toda a eter-nidade — valia qualquer sacrifício.

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Como o Templo Nos AjudaFrances W. Hodgson

Todo pai e toda mãe sabem que criar filhos traz bênçãos e desafios inesperados. Ao ponderar a perspec-tiva eterna do papel dos pais, meu marido e eu sentimos uma grande e pesada responsabilidade, bem como uma esperança grandiosa.

É claro que o Senhor nos concede recompensas espirituais para aliviar nossos fardos. Para nossa família, a maior das recompensas espiri-tuais foi poder ir à casa do Senhor para receber Sua ajuda ao longo dos anos de crescimento de nossos filhos, quando a vida se tornou mais complexa. Passamos a entender que podemos levar problemas bastante específicos ao Senhor em Seu templo.

Quando nossos filhos chegaram à adolescência, demo-nos conta de que eles poderiam cometer erros graves. O mais assustador talvez tenha sido perceber que, apesar de termos feito praticamente tudo o que estava ao nosso alcance, sinais de perigo esta-vam sempre à espreita.

Descobrimos então que a ado-ração no templo podia ser um elemento importante em nosso empenho de ajudar nossos filhos a escolherem o que é certo. Recebemos muita força e inúmeras bênçãos ao frequentarmos o templo em espírito de jejum e oração por nossos filhos. Antes de entrarmos no templo, oramos em busca de preparação pessoal e de pensamentos e atitudes adequadas. Quando é o caso, nossa

meditação no interior do templo gira em torno de nosso papel como pais e das necessidades de um filho em particular.

Às vezes as respostas vêm de maneira rápida e clara. Na primeira vez que isso aconteceu, achamos que talvez fosse coincidência. Mas logo ficou óbvio que de fato estáva-mos envolvidos num processo que trazia as bênçãos do céu.

As respostas algumas vezes vieram por meio de pessoas que influenciaram a vida de nossos filhos, como um bispo amoroso que ajudou nossa filha universitária numa crise difícil. Outros filhos foram abençoados de modo seme-lhante. Cada um deles tem seu arbítrio e pode optar por não agir como esperamos, mas sentimos que nosso serviço no templo resultou em auxílio do céu para a vida deles.

Os benefícios decorrentes da adoração no templo foram muito além das bênçãos concedidas a nossos filhos. Em certa ocasião,

ao deparar-se com um problema profissional desconcertante, meu marido procurou resolvê-lo no tem-plo. Nesse dia, o Senhor o abençoou com a inspiração de que determi-nada escritura era a resposta para suas dúvidas.

Ao voltar para casa, correu para abrir as escrituras e, para sua grande alegria, obteve a ajuda de que preci-sava. Essa experiência deu margem a uma aplicação inteiramente nova das escrituras. O Senhor pode falar com Seus filhos ajudando-nos a recordar escrituras que contêm respostas para nossos desafios. Somos gratos por esse princípio que aprendemos no templo.

Num mundo em que o mal prolifera e onde Satanás lança mão de todo o seu arsenal para destruir os lares, é reconfortante saber que podemos ir à casa do Senhor e bus-car orientação. Sejam quais forem os desafios enfrentados para cuidar da família, encontramos alegria ao buscar refúgio e consolo no templo.

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O templo é a casa do Senhor. É um lugar onde aprendemos sobre o

Pai Celestial, fazemos convênios (ou promessas) com Ele e recebemos gran-des bênçãos. No templo, fazemos um trabalho importante para nós mesmos e para familiares falecidos. O trabalho realizado no templo inclui batismos pelos mortos, investiduras e selamen-tos. São as chamadas ordenanças do templo.

O que Acontece Dentro do TemploBatismos pelos Mortos

Ao fazer oito anos de idade, você pode ser batizado e confirmado membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Muitos de seus antepas-sados morreram sem o batismo e sem a confirmação. Embora o corpo deles esteja morto, seu espírito vive no mundo espiritual, onde lhes pode ser ensinado o evangelho de Jesus Cristo.

Ao completar doze anos de idade, você pode ir ao templo e ajudar essas pessoas, sendo batizado e confirmado em nome delas. Depois, elas podem escolher se aceitam ou não o batismo e a confirmação. Você ficará todo vestido de branco ao fazer batismos pelos mor-tos, assim como no dia de seu próprio batismo.

Peça a seus pais que o ajudem a fazer uma lista dos familiares que mor-reram sem ter sido batizados na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Descubra se alguém já foi ao tem-plo para receber o batismo por eles.

A Investidura

Uma das grandes bênçãos do templo é a investidura. Investidura significa “dádiva”, “presente”. Quando você receber sua investidura, vai aprender mais sobre o plano de salvação e fazer convênios. Convênios são promessas

▲ Templo de Boston Massachusetts. Dedicado em 1º de outubro de 2000.

S abe qual

templo fica mais

perto de sua casa?

Faça um desenho desse

templo e pendure-o

num local onde o veja

todos os dias.

Para as Crianças

Seu Caminho para o Templo

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Obedecer aos mandamentos.Ter fé em Jesus Cristo.

Orar para receber um testemunho do evangelho restaurado de Jesus Cristo.

Siga o caminho abaixo para aprender a preparar-se para entrar no templo.

que fazemos ao Pai Celestial. Ao cumprir esses convênios, você estará preparando-se para viver com o Pai Celestial e Jesus Cristo, um dia.

Dentro do templo há uma bela e tranquila sala chamada de sala celestial. Lá nos sentimos perto do Pai Celestial e de Jesus Cristo e temos uma ideia do que sentiremos na presença Deles no reino celestial.

Selamentos para o Tempo e para a Eternidade

Quando um homem e uma mulher se casam no templo, ajoelham-se num altar e são selados para esta vida e para toda a eternidade. Isso quer dizer que eles e seus filhos podem ficar unidos como família eterna. Faça planos de casar-se no templo, um dia. Essa é a maior bênção do templo.

A Recomendação para o TemploO templo é um lugar santo. Os bispos e os presidentes de ramo verificam a preparação e a dignidade de quem pre-tende entrar no templo. Antes de ir ao templo, você passará por uma entrevista especial com seu bispo ou presidente de ramo. Ele perguntará se você tem um testemunho da Igreja, guarda os man-damentos, apoia os líderes da Igreja, obedece à Palavra de Sabedoria, paga o dízimo e é honesto em tudo o que faz e diz. Ele vai ajudá-lo a saber o que fazer para ser digno de entrar no templo.

Olhe o espelho desta fotografia. Algumas salas de selamento têm espe-lhos assim. Por causa do selamento no templo, nossa família, assim como o reflexo neste espelho, pode continuar para sempre.

▲ Sala de selamento, Templo de Aba Nigéria.

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Prepare-se Agora para Entrar no TemploO Pai Celestial dá muitas bênçãos a quem vive em retidão e frequenta o templo. É importante preparar-se para entrar no templo enquanto você é jovem.

O Pai Celestial ama você e deseja que receba as bênçãos do templo. Ele vai abençoá-lo por realizar as ordenan-ças do templo por si mesmo e pelos outros. Embora você não possa entrar

no templo agora, caso more perto de um templo, pode visitar os jardins e sentir o espírito que ali reina. Também pode ter uma fotografia do templo exposta em casa, para lembrar-se sempre da importância dele. Viva em retidão a fim de ser digno de entrar na casa do Senhor. Olhe a sala celestial

nesta fotografia e na fotografia da página 64. Como se sente ao ver a sala celestial?

Aprender a ser reverente, pois o templo é um lugar muito reverente. Ser batizado e guardar os

convênios batismais.

Depois de ser batizado e confirmado, procure viver de modo a sempre ser digno da companhia do Espírito Santo e arrependa-se quando tomar uma decisão errada.

▲ Sala celestial, Templo de Nuku’alofa Tonga.

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O templo é o lugar mais sagrado da Terra — um local onde céu e

Terra se encontram e onde nos senti-mos perto do Pai Celestial e de Jesus Cristo. Embora você esteja preparan-do-se para receber suas ordenanças do templo no futuro, ele pode exercer uma influência profunda em sua vida desde já. A seguir há algumas ideias para você tornar o templo parte de sua vida já na juventude.

Participar de Batismos pelos Mortos

A partir dos doze anos de idade, os rapazes e as moças que são dignos podem visitar o templo para fazer batismos em favor de seus antepas-sados que tenham morrido sem o batismo. O Presidente Thomas S. Monson falou da alegria proporcio-nada por esse serviço.

“Certa manhã, quando caminhava até o templo, vi um grupo de moças que, bem cedo naquele dia, tinham rea-lizado batismos pelos mortos. Estavam com o cabelo molhado. Seu sorriso era radiante. Sentiam o coração cheio de alegria. Uma das meninas virou-se para olhar o templo e expressou seus sentimentos: ‘Foi o dia mais feliz da minha vida’, disse ela.” 1

Jessica Hahn, de treze anos, de Daphne, Alabama, foi batizada por alguns de seus antepassados no Tem-plo de Atlanta Geórgia. Embora a via-gem até o templo tenha durado cinco horas, ela diz que foi uma experiência maravilhosa. “Tive uma sensação maravilhosa ao vestir roupas brancas imaculadas e ser batizada em favor de meus antepassados”, conta. “Agora sinto que os conheço.”

E mbora você

esteja preparan-

do-se para receber suas

ordenanças do templo

no futuro, ele pode

exercer uma influência

profunda em sua vida

desde já.

O Templo Como Parte Integrante de Sua Vida

Para os Jovens

◀ Templo de Seul Coreia. Dedicado em 14 de dezembro de 1985.

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Vá ao templo com a maior frequên-cia possível. Lá você pode sentir a alegria decorrente de ajudar os outros a receberem as bênçãos do batismo.

Apoiar o Trabalho do Templo

Há muitas formas de apoiar o trabalho do templo, ainda que você mesmo não possa ir ao templo com frequência. Você pode aprender sobre seus ante-passados e garantir que as ordenanças do templo sejam realizadas por eles. Você também pode oferecer-se para tomar conta de crianças pequenas para permitir que seus pais frequentem o templo. Como o serviço no templo é muito voltado para a família, você pode empenhar-se para fortalecer sua própria família. E pode prestar teste-munho às pessoas de que o templo é verdadeiramente a casa do Senhor.

Viver de Modo a Ser Digno de Entrar no Templo

Por ser um lugar tão sagrado, o Senhor estabeleceu padrões elevados para seguirmos antes de podermos entrar no templo. O Presidente Dieter F. Uchtdorf explicou: “os padrões estabelecidos pelo Senhor nas perguntas da recomendação para o templo são muito semelhantes aos padrões que se encontram em Para o Vigor da Juventude. Nos momentos de tranquilidade, como também nas gran-des tentações, esses padrões e a orien-tação do Espírito Santo vão ajudá-los a tomar decisões corretas. (…) A maneira de colocar em prática esses padrões dirá muito sobre quem vocês são e o que procuram tornar-se”. 2

Cumpra os padrões do Senhor e será digno de entrar no templo. O desejo

de entrar no templo futuramente pode ajudá-lo a manter distância das tenta-ções hoje. “É um motivo a mais para ficarmos dignos”, disse Marlon Ruiz, de dezesseis anos, de Sunrise, Flórida. “Se tivermos essa meta, vamos sempre pensar em nossos atos, pois não se pode entrar no templo indignamente.”

Fazer Planos para Casar-se no Templo

“Olho para o templo e penso em me casar lá, um dia”, revela Annika Reithmeier, de dezesseis anos, de Oslo, Noruega. “Sei que as promessas que fazemos no templo são promessas para o Senhor. As coisas lá aprendidas nunca vão mudar ou desaparecer.”

Mantenha uma fotografia do templo num lugar em que possa vê-la com frequência e aguarde com ansiedade o dia em que poderá receber as próprias ordenanças do templo.

Quando tinha quatorze anos de idade, Jody Hazelbaker, de American Fork, Utah, esteve no Templo de Mount Timpanogos Utah, durante a visitação pública. “Ao andar pela sala das noivas, parei por um instante e olhei o espe-lho”, recorda ela. “Enquanto olhava, consegui visualizar-me no futuro, com um lindo vestido de noiva e um enorme sorriso. Eu sabia que aquele era o lugar onde eu me casaria, no templo, perto do Pai Celestial.”

Notas

1. Presidente Thomas S. Monson, “Sua Jornada Celestial”, A Liahona, julho de 1999, p. 115.

2. Dieter F. Uchtdorf, “Ver o Fim desde o Princípio”, A Liahona, maio de 2006, p. 44.

O Presidente Dieter F.

Uchtdorf explicou que

“os padrões estabele-

cidos pelo Senhor nas

perguntas da recomen-

dação para o templo são

muito semelhantes aos

padrões que se encon-

tram em Para o Vigor da

Juventude”.

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O que as pessoas fazem no templo?

No templo recebemos ensinamen-tos, fazemos convênios e são-nos prometidas bênçãos. Recebemos ordenanças que nos permitem vol-tar a viver na presença de Deus.

Uma das ordenanças que rece-bemos no templo é a investidura. A palavra investidura significa “dádiva” ou “presente”. No decor-rer dessa ordenança, aprendemos sobre o propósito da vida, a missão e a Expiação de Jesus Cristo e o plano do Pai Celestial para Seus filhos. Vislumbramos como será a vida em Sua presença ao desfrutar-mos a atmosfera serena do templo.

Outra ordenança do templo é o selamento, em que marido e mulher são selados um ao outro e os filhos são selados aos pais como família eterna. Isso quer dizer que, caso sejamos fiéis a nossos convênios, nossas relações familiares continua-rão por toda a eternidade.

Além de recebermos essas orde-nanças por nós mesmos, podemos recebê-las por nossos antepassados falecidos. Dessa forma, as pessoas que morreram sem receber orde-nanças essenciais como o batismo, a confirmação, a investidura e o selamento têm a oportunidade de aceitar essas ordenanças.

Como é o templo por dentro?

O templo é um local de paz e santidade, longe das preocupações e da agitação do mundo. Todas as áreas do templo são mantidas com cuidado e primor, a fim de pre-servar um espírito de reverência. Como se trata da casa do Senhor e em virtude do trabalho sagrado lá realizado, no templo podemos sentir o Espírito em abundância, bem como a proximidade com o Senhor. Podemos receber revelações pessoais e força espiritual para aju-dar-nos a vencer as provações. Essa é, em parte, a razão de recebermos incentivo para ir ao templo com frequência.

Como devo vestir-me ao ir ao templo?

Use trajes domingueiros recatados ao frequentar o templo. Não cometa exageros no vestuário nem na apa-rência. Vista-se como se fosse a uma reunião sacramental. Ao esmerar-se na limpeza e na boa apresentação, você mostra reverência e respeito ao Senhor e a Sua casa e convida o Espírito.

No templo há vestiários priva-tivos onde você deixa suas roupas comuns e veste roupas brancas.

Essa mudança de roupa serve de lembrete: você está deixando o mundo para trás temporariamente e entrando num lugar santo. As rou-pas brancas simbolizam a pureza, e o fato de todos se vestirem da mesma forma cria uma sensação de unidade e igualdade.

Quando devo receber minha investidura?

O mais provável é que você receba a investidura pouco antes de servir em uma missão de tempo integral ou de casar-se no templo. Membros solteiros com pouco mais ou pouco menos de vinte anos que não tenham recebido o chamado missionário ou que não estejam noivos e prestes a casar-se no templo não devem rece-ber a recomendação para a própria investidura.

Os membros novos devem espe-rar pelo menos um ano, a contar do batismo e da confirmação, para receber a investidura.

Receber a investidura é um assunto de suma importância. Discuta-o com o bispo. Ore e pon-dere para saber quando estará pronto.

▲ Sala celestial, Templo de Mount Timpanogos Utah.

Perguntas Frequentes

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O que posso dizer às pessoas sobre minha experiência no templo?

Você pode falar da aparência interna e expressar livremente os sentimentos que tiver no templo. Contudo, os convênios e as orde-nanças do templo, inclusive as palavras empregadas, são coisas por demais sagradas para serem discutidas em detalhe fora do tem-plo. Ao nos abstermos de comentá-rios sobre essas coisas sagradas fora do templo, nós as protegemos de zombarias, escárnio ou desrespeito. Seja cuidadoso ao falar de suas experiências no templo.

Por que se usa simbolismo no templo?

Durante Seu ministério terreno, o Salvador costumava usar parábolas para ensinar e representar simbo-licamente verdades eternas. Ele orientou que fôssemos instruídos de modo semelhante no templo. Há simbolismo nas ordenanças e nos convênios do templo, em sua apre-sentação, no ambiente e nos trajes. Caso ponderemos o significado des-ses emblemas com a orientação do Espírito Santo, eles poderão nos aju-dar a reconhecer a verdade, apren-der sobre o Pai Celestial e Jesus Cristo e crescer espiritualmente.

Tenho familiares que não podem entrar no templo. O que posso fazer para que se sintam incluídos em meu casamento no templo?

Trata-se de uma questão delicada. Como o templo é a casa do Senhor e dedicada a Ele, para entrar lá, as pessoas precisam possuir uma recomendação válida para o tem-plo, que atesta que estão seguindo os padrões estabelecidos por Ele. Contudo, as pessoas que não possuem recomendação são bem-vindas nos jardins do templo, e a maioria dos templos tem uma sala onde eles podem esperar enquanto os familiares estão sendo selados. Um casal com familiares impossi-bilitados de entrar no templo pode pedir ao bispo ou a outro membro da Igreja que fique com eles na sala de espera.

O casal também pode combinar com o bispo a realização poste-rior de uma reunião especial para parentes e amigos sem recomenda-ção. Seria uma oportunidade para eles se sentirem incluídos e apren-derem sobre o casamento eterno. Embora não seja realizada nenhuma cerimônia e não haja troca de votos, pode haver troca de alianças nessa ocasião.

O que devo fazer em preparação para receber as ordenanças do templo?

Você pode preparar-se indo ao templo regularmente para realizar batismos vicários, participando de seminários de preparação para o templo organizados pelo bispo e estudando as escrituras e os artigos desta revista.

Você também pode preparar-se observando os padrões do Senhor relativos à dignidade para entrar no templo. Alimente seu testemu-nho a respeito de Deus, o Pai, de Jesus Cristo e de Seu evangelho restaurado. Obedeça à Palavra de Sabedoria e à lei da castidade. Apoie seus líderes da Igreja, pague um dízimo integral e assista às reuniões da Igreja. Seja honesto em suas interações com outras pessoas e certifique-se de que sua vida familiar se harmonize com os ensinamentos da Igreja. Cumpra seus convênios batismais a fim de estar pronto para receber os convênios mais elevados do templo.

▲ Templo de Jordan River Utah. Dedicado em 16 de novembro de 1981.

▶ Templo de Nauvoo Illinois. Dedicado em 27 de junho de 2002.

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No Céu Eu Vivi

Letra e Música: Janeen Jacobs Brady, n. 1934. © 1987 Janeen Jacobs Brady. Arranjo: Janice Kapp Perry, n. 1938. © 2009 Janice Kapp Perry.Esta música pode ser copiada para uso no lar ou na Igreja, sem fins comerciais.

D&C 138:56

Com Simplicidade = 48–58q k[ ]

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SimplificadoSimplificado

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nde fica o céu?”

pergunta o Presidente

Thomas S. Monson. “Testifico que nos

santos templos ele não está longe,

pois é nesses locais sagrados que

céu e Terra se encontram e que o

Pai Celestial concede a Seus filhos as

Suas bênçãos mais grandiosas.”

Ver “As Bênçãos do Templo”, p. 13.

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