a importância dos sonhos
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A importância dos sonhos para um trabalho psicoterapêutico profissional e pessoal, este no sentido do autoconhecimento.TRANSCRIPT
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JUNG, SONHOS E IMAGINAÇÃO
Charles Alberto Resende
Psicólogo – CRP 6/99895
SONHOS
• As funções do sonho
• Sua importância
• Entendendo melhor os sonhos
• Pesadelos
• Conclusão
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As funções do sonho
“Os sonhos em geral falam
por extremos; tentam
compensar nossa falta de
percepção daquela
característica, tornando-a
visível sob a forma de
imagens extremamente
dramáticas.” (JOHNSON, 1989)
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“(...) parece que a
capacidade natural da
psique de formar mitos
ou de contar histórias é
um poderoso fator
organizador e de cura.”
(WHITMONT e PERERA, 1995)
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“Os sonhos costumam ficar repetindo suas
mensagens até que sejam compreendidas e
integradas à vida.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
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“Em geral, eu diria que cerca
de 85% dos temas oníricos
são subjetivos; recomendo,
portanto, a interpretação
subjetiva da maioria dos
sonhos. Deve-se sempre
partir da pergunta: ´O que
em mim faz isso?´, em vez de
tomar o sonho como um
aviso contra terceiros.” (VON FRANZ, 1993)
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Os sonhos desenvolvem seus temas
de maneira progressiva e não
linear. A esse processo costuma-se
chamar de ´elaboração´.
Ocorre em progressão linear, mas
como um movimento circular ou
espiral em torno de um cerne
temático central, lançando luz
sobre o tema central a partir
daquilo que poderíamos
considerar diferentes ângulos
psicológicos.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
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A importância dos sonhos
“No mundo da
psique é o seu
trabalho, mais do
que suas idéias
teóricas, que
constrói a
consciência.” (JOHNSON, 1989)
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“Muitos pontos de vista dentro da própria pessoa dão origem à possibilidade de uma gama
maior (mais detalhada e diferenciada) de consciência
acerca de si mesmo.”
“(...) a prática em perceber o aspecto multidimensional da
nossa vida onírica enriquecerá grandemente e expandirá a
consciência da nossa experiência e comportamento
cotidianos.” (ROSSI, 1982)
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“(...) é praticamente impossível produzir qualquer coisa na
imaginação que não seja uma
representação autêntica de alguma
coisa no inconsciente. A função integral da
imaginação é trazer o material do
inconsciente, vesti-lo com imagens e
transmiti-lo à mente consciente.”
(JOHNSON, 1989)
“INNERWORK: A chave do reino interior”, Ed Mercuryo
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“A mudança é muito gradual. É como se algo no fundo da
pessoa ficasse cozinhando o tema e enviando mensagens de
vez em quando.” (VON FRANZ, 1993)
Através dos sonhos é possível a nós estender a tampa da nossa “panela” (nossa alma) para vermos o que está
“cozinhando” em nosso interior.
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“(...) o crescimento psicológico com freqüência é mal interpretado
como problema pessoal, doença mental.”
(ROSSI, 1982) “
- Poda da criatividade;
- Diferenciação dos outros;
- Parecer “normal”;
- Sonhos: ajuda na adaptação da originalidade ao mundo.
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Entendendo melhor os sonhos
“A dificuldade de
interpretar nossos
próprios sonhos é que
não podemos ver nossas
próprias costas. (...)
outra pessoa (...) poderá
vê-las; nós não.” (VON FRANZ, 1993)
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“(...) Não se trata de um ´disfarce´
proposital do sonho;
é resultado, apenas, da nossa
dificuldade em captar
o conteúdo emocional da
linguagem ilustrada.” (JUNG, 1991)
- O sonho como natureza;
- Familiaridade com a linguagem simbólica.
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“Um sonho nunca diz o que você já sabe”
(VON FRANZ, 1993)
![Page 15: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/15.jpg)
“(...) encontramos essas imagens nos antigos e
sagrados escritos pictográficos - por exemplo, nos
dos antigos chineses e nativos americanos, e nos
hieróglifos do antigo Egito. Essas imagens
hieroglífico-sagradas têm suas própria ´lógica´ e
geralmente transmitem mais sutilezas em seus
significados do que pode ser imediatamente
verbalizado.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
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“(...) Quando os sonhos são vistos numa
série, a interpretação torna-se mais fácil
porque um é esclarecido pelos outros.” (SANFORD, 1988)
“O mais hábil intérprete de sonhos é aquele
que tem a propriedade de absorver
semelhanças.” Aristóteles
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“A linguagem simbólica
é uma língua em que
as experiências
íntimas, os
sentimentos e
pensamentos são
expressos como se
fossem experiências
sensoriais, fatos do
mundo exterior.” (FROMM, 1966)
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“Apreciar poesia, contos de fada,
literatura, música e imagens
das artes visuais é um bom
treino para a arte de analisar o
sonho. (...) essa abordagem
artística da interpretação do
sonho se vincula à percepção
de fatores similares àqueles que
interferem na análise da
literatura, pintura ou música.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
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“Por intermédio dos processos fortuitos do condicionamento social
fomos levados a aprender demais algumas poucas características, que agora identificamos como sendo nós
mesmos (...); excluímos a porção maior da nossa natureza
multidimensional; tornamo-nos unidimensionais.”
(ROSSI, 1982)
- Personagens, objetos ou situações oníricas: níveis de ser;
- Personalidade mais rica, mais criatividade, maior capacidade de resolver problemas,
maior dinamismo, mais autoconfiança, etc.
- Acesso a potenciais antes bloqueados ou desconhecidos.
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“Como todas as
manifestações do ´outro
lado’, o sonho tende a ser
de múltiplos níveis e
oracular, portanto,
ambivalente (e até
polivalente) e resistente a
uma abordagem racional
simplista, preto no
branco.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
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“Uma vez que os sonhos são experienciados no relativo
isolamento do sono, são comumente a mais original
de nossas experiências psicológicas.”
“O novo parece irreal precisamente porque ainda é tão
novo que não tem um lugar bem estabelecido em
nossas formas familiares de compreensão.” (ROSSI, 1982)
![Page 22: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/22.jpg)
“As novas combinações de (...) imagens, sensações e
emoções criadas no sonho são ´esquisitas´ só
porque ainda não estão integradas num quadro de
referência habitual e familiar. (...) Situações
estranhas dentro do sonho implicam portanto na
existência de dois ou mais estados de
consciência.” (ROSSI, 1982)
![Page 23: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/23.jpg)
Pesadelos
“Bem, pesadelos são
sonhos
substancialmente,
vitalmente importantes.
Eles nos fazem acordar
gritando; são
eletrochoques que a
natureza aplica em nós
quando quer que
despertemos.” (VON FRANZ, 1993)
![Page 24: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/24.jpg)
“Os pesadelos servem para
promover a morte da
atitude costumeira do
ego; nessa medida,
podem abranger sonhos
com morte ou
desmembramento.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
![Page 25: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/25.jpg)
“Outros pesadelos
repetem situações
traumáticas como
que para forçar o
sonhador a
enfrentá-las e assim
ajudá-lo no
processo de chegar
a uma relação
consciente com as
energias
estressantes e
assustadoras (...).” E. C. Whitmont & Sylvia B. Perera em:
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“(...) prestar atenção
neles (nos pesadelos)
deve ser prioritário.” (WHITMONT e PERERA, 1995)
![Page 27: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/27.jpg)
“A chave para a saúde mental e desenvolvimento psicológico reside no indivíduo encontrar uma forma ativa de cultivar as emoções, imagens e
pensamentos que se desenvolvem no seu interior, em vez de permitir que o seu comportamento se
torne escravo de qualquer coisa que surja.” (ROSSI, 1982)
Conclusão
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Referências
• FROMM, Erich. A linguagem esquecida. Rio de Janeiro: Zahar, 1966.
• JOHNSON, Robert A. Imaginação ativa. São Paulo: Mercuryo, 1989.
• JUNG, Carl Gustav. Os tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes, 1991.
• ROSSI, Ernest Lawrence. Os sonhos e o desenvolvimento da
personalidade. São Paulo: Summus, 1982.
• SANFORD, John A. Os sonhos e a cura da alma. São Paulo: Paulus,
1988.
• ULLMAN, Montague. ZIMMERMAN, Nan. O mistério dos sonhos
(Working with dreams). Rio de Janeiro: Record, 1979.
• VON FRANZ, Marie-Louise. O caminho dos sonhos. São Paulo: Cultrix,
1993.
• WHITMONT, Edward C. PERERA, Sylvia B. Sonhos, um portal para a
fonte. São Paulo: Summus, 1995.
![Page 29: A Importância dos Sonhos](https://reader031.vdocuments.site/reader031/viewer/2022013102/55888b30d8b42a72298b4621/html5/thumbnails/29.jpg)
Trabalho com sonhos
• Trabalho em grupo
(Montague Ullman)
• Imaginação corpo-ativa
(Marion R. Gallbach)
• Entrevista de sonhos
(Gayle Delaney)
• Método das quatro etapas
(Robert A. Johnson)
• Descrição
• Transcrição
• Ilustração
• Dramatização