a histÓria dos templÁrios de 1307 a...
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A HISTÓRIA DOS TEMPLÁRIOS
DE 1307 A 1314
Luiz Guilherme Marques
2017
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A história dos templários no período abordado neste livro tem dois lados:
o dos templários, que pretendiam libertar-se da influência do papa em
termos religiosos e da do rei da França, fundando um novo país na região
da Aquitânia, e o dos referidos dignitários, que ambicionavam as riquezas
da Ordem então poderosíssima e insubmissa.
De Molay foi o líder que catalisou essa tentativa e os dois últimos se deram
por vencedores, mas pagaram com a vida e a ideia de uma república
verdadeira estava lançada, para tornar-se realidade algum dia, que ainda
não chegou.
Assim entendi a mensagem de De Molay e seus companheiros realmente
idealistas.
(Luiz Guilherme Marques)
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Dedicatória:
À minha esposa Vera Lúcia Ribeiro Rodrigues
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INTRODUÇÃO
Tudo que consegui apurar na maioria dos livros e registros sobre os
templários, também chamados de membros da Ordem do Templo de
Salomão [1] e outras denominações semelhantes, me pareceu meias
verdades ou até inverdades facilmente perceptíveis para quem aprofunda as
pesquisas.
O interesse dos adversários ferrenhos dessa extraordinária instituição
sempre foi de passar a imagem de que os templários [2] foram meros
guerreiros, banqueiros mercenários ou até assaltantes além de praticantes
de Magia Negra e homossexualismo, sendo que, por isso, devem ser
neutralizados de qualquer forma, pois se constituíram em todas as épocas
um grave perigo para a corrente católica, pretensamente para os bons
costumes e até para a preservação da moralidade.
As acusações contra os templários chegaram até à alegação de
prática de homossexualismo e Magia Negra.
Todavia, por vários meios que utilizei para as pesquisas, verifiquei
que, pelo menos no período abordado neste livro, os templários dignos
desse nome (pois os houve também os maus elementos) foram homens da
mais alta qualidade moral, que pretendiam fundar na Aquitânia (região da
França) [3] uma nação onde implantariam as leis ditadas pela religiosidade
mais pura, haurida das inúmeras correntes de pensamento no que cada uma
tinha de mais elevado.
Não pretendiam o predomínio de nenhuma corrente especificamente,
mas sim o que havia de melhor em cada uma, inclusive até determinados
ensinamentos do próprio Islamismo, sem contar do Hinduísmo, Budismo,
Cristianismo, Judaísmo, das religiões do Egito antigo, da Grécia de
Sócrates e Pitágoras e assim por diante.
As ideias políticas que adotaram eram as da democracia [4]
republicana [5], onde os governantes atenderiam a voz do povo no que
tivesse de mais justo.
Todavia, o então rei da França [6], aliado ao papa [7], cada um
utilizando os argumentos que lhes convinham à má-fé e os meios materiais
desonestos e perversos de que dispunham, colocaram no calabouço os
templários que conseguiram alcançar, tomaram os bens materiais da
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instituição e iniciaram um processo extravagante contra eles, que terminou
com a morte de suas lideranças mais eminentes, sendo uns através das
próprias torturas e outros nas condenações à morte na fogueira ou nas
prisões perpétuas, sem contar os que fugiram antes das prisões, que tinham
sido decretadas secretamente.
Neste livro vou relatar aos prezados leitores o que aconteceu nesses
sete anos de absurdas injustiças contra a Ordem dos Templários.
O que se sucedeu antes, desde a criação da Ordem [8], bem como o
que ocorreu depois, não são relevantes, ao meu entender, a ponto de
merecer uma obra deste perfil, porque nesses sete anos, que vão de 1307 a
1314, os templários merecedores desse nome mostraram ao mundo que o
exemplo de Jesus Cristo deve ser imitado dê no que der.
Esses guerreiros imbatíveis tinham condições de arrasar o exército
francês, bem como qualquer outro exército da época, mas, através do seu
líder mais respeitado, que era Jacques De Molay [9], foram orientados
pelos seus mestres invisíveis de que a hora era de demonstrar fé em Deus,
em Jesus Cristo e em Sua Divina Mãe acima de tudo, confiando em que
aconteceria o que fosse melhor espiritualmente falando para instrução da
humanidade.
Havia uma programação espiritual para que o rei da França fosse
Charles de Valois, mas, por mil ardis perversos, seu irmão Filipe IV,
impediu-o de chegar ao poder.
Se Charles fosse o rei, tudo teria sido diferente, implantando-se a
nova nação, sob o signo da cruz vermelha colocada sobre o fundo branco.
Mas os templários compreenderam, quando avisados espiritualmente,
que tudo acontece no tempo certo, tanto que Geoffroy de Gonneville [10],
sobrevivente a onze anos de prisão, disse, em 1318, que a Ordem somente
teria condições de colocar em prática seu ideal daí a cerca de seiscentos e
cinquenta anos, o que cairia no ano de 1968, mas a verdade é que as
condições propícias ainda não ocorreram nem agora, em 2018, ano em que
estamos.
Tudo acontece na hora certa e somente Deus sabe qual é essa hora.
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Em resumo, prezados leitores, este livro os surpreenderá, na certa,
pois aqui encontrarão afirmações nunca vistas, por exemplo, que estava
programado que o rei fosse Charles de Valois, e não Filipe IV; que a
Aquitânia se tornasse um país onde vivessem os templários, dentro de uma
organização sócio-político-jurídica baseada nos postulados religiosos mais
avançados e que a atitude criticada como “conformista” dos templários
diante dos injustos que os processaram e condenaram deveria ser aceita
como desígnio de Deus.
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ÍNDICE
Capítulo I – A garantia de Charles de Valois como rei da França em favor
da fundação do país dos templários
Capítulo II – A Aquitânia como país
1 – O sistema religioso
2 – O sistema social
3 – O sistema jurídico
Capítulo III – A fé inquebrantável nos desígnios divinos
Capítulo IV – Os templários cujo nome ficou registrado
1 – Jacques De Molay
2 – Geoffroy de Charnay
3 – Gui Dauphin
4 – Geoffroy de Gonneville
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CAPÍTULO I – A GARANTIA DE CHARLES DE VALOIS COMO REI
DA FRANÇA EM FAVOR DA FUNDAÇÃO DO PAÍS DOS
TEMPLÁRIOS
Os registros oficiais sobre esse grande homem (deu para concluir
facilmente), foram deturpados, naturalmente que por ordem do seu irmão,
Filipe IV, um dos mais perversos monarcas franceses de todos os tempos.
Charles de Valois nasceu em uma família de perversos, descendente
de Luís IX, este último que se pode classificar como uma verdadeira
fábrica de calhordice, a ponto de, pouco tempo após sua morte, ser
canonizado como São Luís, apesar de ter sido um autêntico hipócrita, que
benefícios fez apenas em favor de si mesmo e malefícios a incontável
número de pessoas.
Mas meu objetivo não é contar a história desse verdadeiro escroque e
sim falar sobre os templários.
O pai de Charles de Valois também não foi boa bisca, tratando-se do
degenerado Filipe III.
A hereditariedade e o meio familiar onde teve de viver representava
um verdadeiro presídio psicológico para um homem idealista como ele,
mas acontece do lírio ter de florescer no meio do pântano: são os desígnios
divinos.
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Charles teve de conviver naquele meio corrupto para cumprir sua
missão, a qual foi abortada, como dito, sobretudo, pelo irmão, que se fez rei
e praticou todas as maldades possíveis, inclusive assassinando a própria
esposa.
Mas, primeiro, vamos ver o que se registrou oficialmente sobre
Charles de Valois, para os prezados leitores compreenderem como foi
difícil a vida desse homem cuja missão era dar as condições materiais para
os templários transformarem a Aquitânia em um país onde reinassem a
Justiça e a Paz, ou seja, uma nação ideal, como os homens e as mulheres de
bem desde a mais remota antiguidade sonharam para viverem em clima de
harmonia e felicidade aqui na Terra.
Jesus tinha dito: “Meu Reino não é deste mundo”, mas muitos
sonharam que era possível que o fosse e, assim, lutaram para fazer do
mundo um segundo paraíso.
Os templários mais evoluídos, como os daquela geração liderada por
De Molay, eram idealistas e pretendiam fazer do seu novo país um
verdadeiro paraíso no meio das perversidades e depravações vigorantes
naquele século XIV, em plena Idade Média europeia.
A fama dos templários de meros guerreiros se deveu à propaganda
negativa do rei Filipe IV e do papa Clemente V, interessados em extinguir
a Ordem dos Templários para apropriarem-se da sua fabulosa riqueza,
coisa que conseguiram em parte, só não alcançando tal intento na íntegra,
porque muitos templários mantiveram a salvo parte das referidas riquezas
levando-as para locais seguros ou mantendo em segredo sua localização e a
Ordem continuou existindo em outros pontos do planeta, com outras
denominações.
Em suma, Charles de Valois seria o garantidor da pretensão dos
templários de fundar um país diferente de tudo que já tinha existido,
escolhido como local a região da Aquitânia.
Vejam o que a Wikipédia consigna sobre o nosso personagem,
imputando-lhe uma caricatura ridícula, servindo o idealista homem de fé
apenas para casamentos arranjados, visando alianças com famílias
poderosas, a fim de seu irmão aumentar sua área de influência cada vez
mais.
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Alguém poderá indagar: - como um homem “aparentemente” sem
pulso forte poderia garantir a pretensão dos templários de fundar um país,
perdendo parte do território francês? Será que teria a coragem suficiente
para enfrentar os nobres franceses descontentes com essa perda de
território? Mas a resposta é simples: - contra um perverso e pervertido
como Filipe IV até os temíveis templários tiveram sérias dificuldades e
foram ludibriados através de mentiras, promessas não cumpridas e
violências as mais cruéis, isso sem contar que havia outros dois grandes
inimigos dos templários e de Charles de Valois, que foram Guillaume de
Nogaret e Enguerrand de Marigny, de quem não falarei para não dar
destaque a esses dois perversos, que foram duas criaturas indignas até de
menção neste livro (Quem quiser saber das atuações desses crápulas
procure por conta própria).
Realmente, a missão de Charles de Valois era quase impossível, pois
ganhar de Filipe IV representava uma das duas opções: matá-lo ou praticar
mais chantagens e calhordice do que ele para chegar ao trono da França e,
mais difícil ainda, continuar vivo para realizar seus planos em favor da
Justiça e da Paz.
Lutar contra bandidos exige muita esperteza, força e até violência e
Charles de Valois não se dispôs a sujar as mãos no sangue do irmão
degenerado nem teve meios de lhe neutralizar as sucessivas armadilhas e
cafajestices.
Foi apenas lembrado para fazer filhos e chefiar os exércitos
franceses, correndo sempre o risco de morrer em campos de batalha, mas,
quando era sua vez de assumir o trono, sempre era passado para trás, mas,
sem sua energia combativa, teria sido tudo muito pior, pois defendeu
abertamente a não perseguição aos templários e foi graças a ele que
Enguerrand e Nogaret encontraram o fim que mereciam.
Consigna a Wikipédia:
“Carlos de Valois (12 de março de 1270 — 16 de
dezembro de 1325) foi filho da França e patriarca da Casa de
Valois. Era o quarto filho de Filipe III de França e Isabel de
Aragão. Em 1284, foi criado conde de Valois (como Carlos I) por
seu pai e, em 1290, recebeu o título de conde de Anjou de seu
casamento com Margarida de Anjou.
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Biografia
Carlos nasceu em 1270 (provavelmente em 12 de março), no berço
da família Capeto. Era o quarto filho do rei Filipe III da França
com sua primeira esposa, Isabel de Aragão, Carlos foi conde de
Valois, d'Alençon, de Chartres e do Perche; e, por seu primeiro
casamento, conde d'Anjou e do Maine.
Ele foi filho, irmão, cunhado e genro de reis e rainhas (da França,
de Navarra, da Inglaterra e de Nápoles), assim como, após sua
morte, pai de um rei. Contudo, durante toda sua vida, ele sonhou e
planejou ganhar uma coroa, embora sem sucesso.
Em 1284, o papa Martinho V reconheceu-o como rei de Aragão
(sob vassalagem papal) como neto de Jaime I de Aragão, em
concorrência com seu tio, Pedro III, que, após conquistar a ilha
da Sicília, tornou-se inimigo do papado.
Em 16 de Agosto de 1290, em Corbeil, Essone, Carlos se casou
com Margarida d'Anjou, filha do rei Carlos II de Nápoles, Sicília e
Jerusalém, que era apoiado pelo Papa. Graças a esta cruzada
contra Aragão, impelida por seu pai, ele pensou que ganharia um
reino, mas não ganhou nada além da ridicularização, ao ser
coroado com um chapéu cardinalício, em 11 de junho de 1284,
em Lers, na Catalunha, o que lhe rendeu o apelido de rei do
chapéu.
Ele nem se atreveu a usar o selo real feito para a ocasião e teve
que desistir do título, o que fez em junho de 1295. Em recompensa,
seu sogro lhe cedeu os condados d'Anjou e do Maine, esperando
obter a libertação de seus três filhos, que eram reféns de Afonso III
de Aragão.
Sua maior habilidade era como comandante de batalha.
Ele comandou em Flandres com distinção, em 1297. Seu
irmão, Filipe IV, decidiu, bastante precipitadamente, a partir disto,
que seu irmão poderia liderar uma campanha na Itália.
Carlos então contemplava a coroa imperial e, em 18 de fevereiro
de 1301, casou com Catarina de Courtenay, neta e herdeira do
último imperador latino de Constantinopla, Balduíno II. Ele
precisava da cumplicidade do Papa, o que obteve ao liderar um
exército para ajudar seu antigo sogro Carlos II de Nápoles. Eleito
vigário pontifical, perdeu-se no enredamento da política italiana,
foi comprometido num massacre em Florença e em negócios
financeiros ilegais, ganhou a Sicília, onde consolidou sua
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reputação como saqueador, e voltou para a França desacreditado,
em 1302.
Carlos começou a ambicionar uma coroa novamente quando o
imperador eleito Alberto de Habsburgo morreu, em 1308. Seu
irmão Filipe IV o encorajou nisto, não desejando arriscar a si
mesmo. A candidatura fracassou com a eleição de Henrique VII.
Em junho de 1308, Carlos casou-se com Matilde de Châtillon, filha
de Guido III de Châtillon, conde de Saint-Pol, e de Maria da
Bretanha. Em 1311, liderou a delegação real para as conferências
em Tournai com os flamengos; ali enfrentou Enguerrardo de
Marigny, que o eclipsou claramente. Carlos não o perdoou pela
afronta e foi o opositor maior de Marigny após a morte de Filipe
IV.
A morte prematura do filho de Filipe, Luís X, em 1316, deu a
Carlos esperanças de um papel político, mas não pôde impedir o
irmão de Luís, também chamado Filipe, de tomar a regência
enquanto esperava para se tornar Filipe V. Com a morte dele, em
1324, ninguém considerou o conde de Valois como seu sucessor.
Em 1324, Carlos comandou com sucesso o exército de seu
sobrinho Carlos IV, sucessor de Filipe V, em Guyenne.
Carlos morreu aos 55 anos, em Le Perray, Yvelines.
Casamentos e descendência
Margarida de Anjou (1274-1299), filha de Carlos II de Nápoles
Isabel de Valois (1292-1309), casou em 1297 com João III
Filipe VI, Rei de França (1293-1350); primeiro rei da Casa de
Valois
Joana de Valois (ca.1294-1353), casou em 1305 com Guilherme III,
Conde de Hainaut
Margarida de Valois (ca.1295-1342), casou em 1310 com Guy I de
Châtillon (1290 - 1342), Conde de Châtillon e Blois.
Carlos II, Conde de Alençon (1297-1346), morre na batalha de
Crécy, avô de Henrique IV de França.
Isabel de Valois (1292-1309)
Catarina de Valois (1299-?), morreu jovem
Catarina de Courtenay, Imperatriz titular de Constantinopla (1275-
1308)
João, Conde de Chartres
Catarina II, Princesa da Acaia, Imperatriz titular de
Constantinopla (1303-1346), casa com Filipe I de Taranto
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Joana de Valois (1304-1363), casou em 1318 com Roberto III de
Artois
Isabel de Valois (1306-1349), Abadessa de Fontevrault desde 1342.
Matilde de Chatillon (1293-1358)
Maria de Valois (1309-1328), casou em 1324 com Carlos da
Sicília, Duque da Calábria
Isabel de Valois (1313-1383), casou com Pedro I, Duque de
Bourbon
Branca de Valois (1317-1348), casou com Carlos IV, Imperador do
Sacro Império
Luís de Valois, Conde de Alençon e de Chartres (1318-1325)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_de_Valois)
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CAPÍTULO II – A AQUITÂNIA COMO PAÍS
Alguém perguntará sobre o porquê da escolha da Aquitânia para ser
o país dos templários, mas as razões são muito simples:
1 – tratava-se de uma região de fortes tradições célticas, o que seria muito
importante, uma vez que o Celtismo sempre foi uma das referências para os
templários. Engana-se quem pensa que os templários eram adeptos apenas
do Catolicismo, pois, na verdade, eram universalistas e pouca inclinação
tinham para trair suas tradições célticas em favor das regras absurdas do
Vaticano, aliás, foco central da máfia que utilizava indevida e
descaradamente o nome de Jesus Cristo para tentar dominar o mundo,
como os césares romanos tinham tentado através das armas, enquanto que o
Vaticano usou e abusou do nome do Cristo, que nunca autorizaria ser
utilizado como pretexto para violências e fraudes, que tornaram o Vaticano
a maior fortuna do planeta.
2 – o caminho para o Oceano Atlântico seria um meio fácil de comunicação
com outros povos para fins culturais e comerciais.
3 - o número de templários da Aquitânia sempre foi muito significativo
e a aceitação popular também seria outro elemento favorável.
4 – a Aquitânia nunca foi uma região valorizada pelo governo centrado em
Paris, portanto, sua perda não fazendo grande diferença para os orgulhosos
parisienses.
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1 – O SISTEMA RELIGIOSO
Engana-se redondamente quem acha que os templários comandados
por De Molay eram submissos aos absurdos impostos pelo Vaticano.
Pelo contrário, seguiam o ideário de Pitágoras e Sócrates, de Jesus e
das crenças do Egito antigo, da Grécia antiga, da Babilônia etc. etc.
Uma das birras do papa Clemente V contra os templários daquele
tempo foi justamente porque não restringiam suas crenças e suas práticas
ao Catolicismo.
Aliás, o chamado Cristianismo representou uma verdadeira
deturpação do que Jesus ensinou, principalmente através da sua
exemplificação, sobretudo nas suas vinte e quatro últimas horas de vida,
que cobriram o período da prisão, julgamento e morte na cruz.
Naquele curto espaço de tempo Jesus ensinou o que não tinha sido
possível mostrar nos trinta e três anos de vida que o precederam.
Religião é identificar Deus como Pai e as suas criaturas como irmãos
e irmãos, ligando-se pelos laços mais puros, dentro da ideologia do “somos
todos um”, conforme frase dos xamanistas.
Os católicos criaram o falso mito de que os templários eram meras
“buchas de canhão” como matadores de islâmicos, a pretexto de defender
Jerusalém, tida pelos fanáticos como “terra santa”, como se houvesse (coisa
absurda) algum lugar mais “santo” do que outro!
É verdade que houve muitos templários que se prestaram a esse tipo
de papel, de inimigos dos maometanos, mas De Molay não adotava essa
ideologia separatista.
Jerusalém poderia ser “terra santa” para quem o quisesse, mas não
para ele e seus amigos mais evoluídos, como Geoffroy de Charnay,
Geoffroy de Gonneville, Gui Dauphin etc. etc.
Guerrear por causa de diferença de maneiras de crer em Deus é o
cúmulo do absurdo e, na verdade, traduz-se em mero pretexto para matar,
tiranizar e, sobretudo, saquear, como fizeram cristãos e islâmicos durante
as cruzadas e alguns o fazem até hoje, em pleno século XXI.
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O grau de compreensão daquela geração de templários era diferente
das que as antecederam e das posteriores.
Por isso justamente é que agiram De Molay e seus amigos de forma
diferente.
Sua religiosidade não justificava matanças e arrependeram-se das
mortes que tinham causado anteriormente.
Mas, sobretudo, quando foram presos, tendo ouvido as orientações
dos mestres invisíveis, submeteram-se ao sacrifício como Jesus tinha
exemplificado.
Confiaram em que Deus mandaria a melhor resposta e, por isso, não
pegaram em armas para se defenderem e, muito menos, para se vingarem.
Poderiam ter arrasado o exército francês, como qualquer outro
exército, mas preferiram não reagir, fazendo como Jesus tinha dito a Pedro:
-“Embainha a tua espada, pois quem com ferro fere com ferro será ferido!”
O rei e o papa abusaram das mentiras, das promessas não cumpridas
e, com isso, foram matando os templários nas sessões de torturas ou
queimando-os vivos, sem contar as penas perpétuas.
Religião verdadeira é isto: defender-se até certo ponto, mas, em
ocasiões especiais, praticar a total não violência e foi isso que os templários
fizeram.
O próprio Jesus tinha falado a De Molay, em visão espetacular, para
não reagir nem permitir que seus comandados reagissem.
Muita gente não irá acreditar nesta versão, certamente, mas cada um
tem o direito de apresentar a sua: esta é a minha.
A religiosidade daquela geração de templários era da mais alta
qualificação, como o eram as de Sócrates, Jesus, Buda, dos cristãos que
morreram nos circos romanos, dos apóstolos martirizados e de outros
idealistas mais recentes, como Gandhi, Luther King etc.
Mas, voltando ao país que se pretendia fundar, a religião que
vigoraria seria a da convicção de cada cidadão, sem obrigatoriedade nem
prevalência de nenhuma pela força ou contra a vontade de cada um.
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Trata-se, se formos analisar bem, de um absurdo a instituição de uma
religião oficial do Estado, pois cada um deve poder crer ou deixar de crer
no que e como quiser.
Naquela época, todavia, isso era muito avançado para caber na
cabeça de um homem comum, ainda mais de gente como o rei e o papa
daquele momento histórico.
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2 – O SISTEMA SOCIAL
A instituição de castas, separação de pessoas em classes estanques e
coisas desse tipo: tudo isso representa atraso, espírito antidemocrático e
negação do ideal de democracia e do instituto republicano.
As experiências, sobretudo, da Grécia e da Roma antigas, no que
tiveram de melhor, seriam modelos a ser seguidos na nova nação, para que
não houvesse reis, imperadores, ditadores e outras figuras retrógradas de
dirigentes autoritários.
De Molay tinha sido eleito grão mestre da Ordem e queria que seu
país adotasse esse meio de escolha dos dirigentes: as eleições, onde os
escolhidos não adquiririam o direito de comandar vitaliciamente, mas sim
apenas enquanto a maioria lhes desse apoio.
Assim deve ser, não sendo, todavia, essa fórmula adotada até hoje,
porque, os eleitos julgam-se no direito de terminar o mandato, mesmo
quando deixem de ser aceitos pelo povo que os elegeu.
O sistema eletivo e representativo adotado na Ordem dos Templários
seria o vigorante no novo país, apenas que sem distinção de classes como
forma de classificar pessoas como inferiores.
O país que surgiria seria um modelo para o mundo inteiro, mas isso
não interessava ao papa e ao rei da França, respectivamente Clemente V e
Filipe IV, que, ao revés, queriam se apropriar das riquezas da Ordem e, ao
mesmo tempo, impedir que o novo país surgisse, o que representaria um
descrédito para o autoritarismo de ambas as personalidades cavernosas e
corruptas.
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3 – O SISTEMA JURÍDICO
Alguns falam que os templários eram homens de pouca cultura, mas
a verdade é que estudavam tudo que conseguiam quanto às novidades que
iam surgindo, bem como se informavam acerca das antigas civilizações e
seus melhores feitos e realizações.
O sistema jurídico mais avançado que havia na época era o Direito
Romano, que não era novidade para os templários mais eruditos, dentre os
quais De Molay.
Alguém perguntará como adquiri tanta certeza sobre isso, mas
respondo que a forma como esse grande líder procedeu, inclusive
conseguindo controlar a eventual rebeldia dos amigos presos e suas falas
nos interrogatórios, sem contar o último discurso, diante das autoridades e
do povo enquanto era queimado vivo em praça pública, tudo mostra que se
tratava de um homem de grande cultura, liderança e inteligência.
A própria organização da Ordem, suas regras de administração, o
sistema bancário por ela inventado e praticado e outras tantas
programações, mostram o quanto se conhecia de Direito nas intimidades do
universo dos templários da época que estamos abordando.
Uma instituição organizada no mais alto grau de complexidade e
bom funcionamento, como era a Ordem dos Templários, na certa que
contava com juristas do mais alto nível, que tinham condições de
estabelecer um sistema jurídico e judiciário do melhor nível no novo país.
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CAPÍTULO III – A FÉ INQUEBRANTÁVEL NOS DESÍGNIOS
DIVINOS
O contato espiritual estabelecido rotineiramente entre De Molay e
seus orientadores invisíveis lhe dava a certeza de estar no rumo certo,
sendo que, em algumas ocasiões, avistou-se diretamente com Jesus e, na
oportunidade a que me referi acima, linhas atrás, foi o próprio Divino
Mestre quem determinou que ninguém praticasse qualquer revide ou
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oposição aos atos injustos, caso quisesse se manter fiel aos mandamentos
de Deus de Amor Incondicional.
Assim é que De Molay passou essa mensagem adiante a todos que
tinham condições psicológicas de se submeterem ao que viesse a acontecer.
Dessa maneira separou-se o joio do trigo dentro da Ordem dos
Templários, tendo os de pouca fé preferido a fuga, enquanto que os crentes
na Justiça e na Proteção Divinas permanecido, no aguardo do que Deus
enviasse como sendo sua Vontade, assim como tinha sido feito em relação
a Jesus.
Quem pensa que os templários se acovardaram está redondamente
enganado, pois, mesmo sofrendo torturas inimagináveis, mantiveram-se
firmes na certeza de que Deus estava com eles. Muitos foram queimados
vivos de início, como forma de intimidação para os demais, outros
morreram durante as sessões de tortura, enquanto que outros tantos
continuaram vivos até 1314, para serem expostos publicamente, como
convinha à coroa francesa e ao papado, como forma de dizerem ao povo
que quem ousasse enfrenta-los teria fim idêntico.
O resultado foi o contrário, pois o povo viu que os templários
seguidores de De Molay eram verdadeiros religiosos e homens de bem.
As palavras de De Molay enquanto o fogo queimava suas carnes
tiveram o condão de mostrar que estava sendo cometida uma tremenda
injustiça contra pessoas honestas e dignas do maior respeito, enquanto que
a “maldição” que saiu da boca desse líder dos templários funcionou como
um alerta a todos quanto ao Poder de Deus, tendo isso sido confirmado
com as desgraças que se abateram contra o papa e vários membros da
família real.
A submissão ao martírio e a “maldição” mostraram a todos que Jesus
não é uma estátua no altar, mas sim um representante de Deus, vivo e
atuante através dos seus emissários, dentre os quais De Molay e vários dos
seus amigos castigados pela maldade dos falsos representantes da
religiosidade e do poder.
Tudo o que aconteceu relembrou a crucificação de Jesus e os fatos
que se sucederam após a escuridão súbita e surpreendente.
A França nunca mais seria a mesma e nem o papado, pois Jesus tinha
mostrado que não está apenas no Céu, mas acompanha e consola seus
emissários e repreende seus perseguidores.
A lição ficou na memória dos contemporâneos, mas os pósteros
maliciosos trataram de sepultá-la.
Por isso estou relembrando-a neste livro.
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CAPÍTULO IV – OS TEMPLÁRIOS CUJO NOME FICOU
REGISTRADO
Existe uma lista publicada na Internet dos templários, que transcrevo
abaixo (http://www.Templários.org/registre.php).
Deve ficar esclarecido que os nomes aparecem mais de uma vez,
porque quem elaborou a lista fez questão de facilitar a pesquisa. Por
exemplo: Guy Dauphin é encontrado na letra G e na letra D.
Fiz questão de relacionar todos os nomes que consegui, como uma
forma de homenagem a esses idealistas, que sonharam com um mundo
novo e fiz questão de não diferenciar a atuar de uns das dos outros, pois
todos foram importantes, cada um dentro do que conseguiu realizar.
Apenas para ilustração é que, em capítulo subsequente, refiro dados
sobre quatro deles, escolhidos quase que ao acaso.
Vamos aos nomes:
Acus (Pierre d') :
Adalardus (Frère) :
Adam Brion :
Adam d’Enfer (De Inferno) :
Adam (Johannes) :
Adam of Crayk(Creyke) :
Adam of Langeport :
Adam Marescal (Maréchal) :
Adam the Mazun :
Adémar Guigue :
Adémar (Jean) :
Ademarus (Frère) :
Ademarus Coriatarius :
Ademarus d'Audefre :
Ademarus de Montibus :
Ademarus de Peyrussa :
Ademarus Iterii :
Ademarus Labrueyra (La Burgieyra) :
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Adhémar de Charrières :
Adhémar (Aymar, Ademarus) de Peyruza (Peyrusse, Peyrussa, Perussia,
Petrucia) :
Adhémar de Sparros :
Ægide de Chenru :
Affinellio (Raynard de) :
Agate (Philippe) :
Agusano (Pierre d') :
Aicard (Pons) :
Aigu (Johannes d') :
Aillac (Hugues d') :
Aillautz (Ugo) :
Aimardi (Guillaume) :
Aimé de Bourbon :
Aimé de Buris :
Aimé de Pratini :
Aimeri (Aimericus) de Coupiat (Copiat, Copiac, Copihac, Copiaco,
Capiaco, Copriach) :
Aimeri (Aymericus) Georges (del Cherio, Cheyr) :
Aimery (Elie) :
Aimery Boeti :
Aimery Jaureo :
Aimery Lator :
Aimery Odart :
Aïs (Aymon de) :
Aitz (Amblard d') :
Alain (Frère) :
Alan of Newesom(Newsam) :
Albert d’Entragues :
Albert de Blacas :
Albert de Canellis :
Albert de Genteville :
Albert de Maguelines :
Albert de Rumercourt :
Alberti (Guillaume) :
Alberti (Sicard)
Albertus (Frère) :
Albi (Johannes) :
Albon (Guy d') :
Albuy (Albuini, Albouin) (Durandus) :
Albrinus Langleys :
Aldebaldi (Aldebalt, Audebertus, Ardebandi, Audebort) (Durandus) :
26
Alelmus de Ligneriis :
Alex (Pons d') :
Alexander of Althon(Halton) :
Alexander of Bulbeke :
Aley(Euleye ou Eule ou Uley ou Yvleath) (John of) :
Alibe (Jean) :
Allemand (Henri) :
Alon (Pontius de) :
Alquersin (Jean de) :
Altayraco (Altayrac, Auteyrac) (Petrus de): :
Althon(Halton) (Alexander of) :
Althon(Halthon) (Henry of) :
Alverne (Petrus d') :
Alvet (Mathieu d’) :
Alziari (Raimbaud) :
Alzonio (Alyo, Alzo, Alzon, Alsonio, Ansonio) (Bernardus de) :
Amail (Jean d’) :
Amalric (Frère) :
Amaury de la Roche :
Ambertus (Gilbertus, Jaubertus, Lambertus) de Lafont (Lafon, Tutela,
Tulle) :
Amblard d'Aitz :
Amblardi (Amblard, Amplardi) (Bertrand (Bertrandus) (d’)) :
Amblardi (Raimundus) :
Amblardus de Faus : ..(Talvez Pierre de Faus???)
Ambleville (Jean d’) :
Amiens (Coclarius d) :
Amiens (Nicolas d') :
Amoldon(Hameldon) (Robert of) :
Amond de Dormont :
Amsoy (Pierre d') :
Ancel de la Roche (Rochelle) :
Andeae (Frère) :
André (Barthelemi) :
André Berry :
André Dacot :
André de Mortier :
André de Sacqueville :
André de Ventadour :
André Lemortier :
Andreas de Latapetra :
Andreas de Palude :
Andreas(André) Jacob (Jacoti) :
27
Angles (Raymond d') :
Anguona (Ancona) (Jacobus de) :
Anisy (Jean d) :
Anno (Frère) :
Annonavetula (Martinus) :
Anonia (Jean de) :
Ansonio (Alyo, Alzo, Alzon, Alsonio, Alzonio) (Bernardus de) :
Aprilis (Avril, Abri) (Guillelmus) :
Aramont (Pierre d') :
Arbertus (Frère) :
Arbertus Bovers :
Arbertus Bubulcus :
Arbertus d'Autvillar :
Arbertus de Ripis :
Arbertus Lupus :
Arbertus (Pontius) :
Arblay (Areblay, Arteblay, Arrabloy) (Pierre d) :
Archant(Larchant) (Rainier (Renerus, Renier) de l') :
Arches (Henri d’) :
Archis of Bowes (Godfrey de) :
Ardenbort (Durand) :
Ardenbort (Henri) :
Ardoyn (Guillaume) :
Arebloi (Guillaume) :
Arelate (Arnaidus de) :
Armanni (Petrus) :
Armery de Copiac :
Arnaidus de Arelate :
Arnaldi (Guillelmus) :
Arnaldi (Guillelmus) :
Arnaldi (Guillelmus) :
Arnaldus Auriol :
Arnaldus(Arnaud) de Bedoz(Bedos) :
Arnaldus de Bles :
Arnardus de Contrast :
Arnaud Daspel :
Arnaud de Châteauneuf :
Arnaud de Fontaines :
Arnaud de Porceto :
Arnaud de Wesemale :
Arnauld Guillelmi Daulo :
Arnoul de Sancy :
Arnoul du Perche :
28
Arnulfus (Frère) :
Arnulfus de Barret :
Arnulfus Sutor :
Arras (Array) (Mathieu d’) :
Arsac (Guido d’) :
Artaud (Frère) :
Arteblay (Pierre d’) :
Arthona (Dalmas, Dalmatii, Arthone) (Johannes) :
Artigia (Sartiges, Sartigies, Sarthigas, Sartigiis) (Bertrand (Bertrandus)
de) :
Aslackby(Haselakeby) (Henry of) :
Atgier (Jean) :
Audebertus (Aldebalt, Aldebaldi, Ardebandi, Audebort) (Durandus) :
Audefre (Ademarus d') :
Audinus (Eudes, Otto, Odinus) de Vendac(Vendak, Vendaco, Vendat) :
Augeri (Aucherii, Augerii) (Guillaume) :
Aurasica (Stephanus de) :
Aurelha (Aureille) (Petrus) :
Aurifabri (Orfèvre) (Guillaume) :
Auriol (Arnaldus) :
Auteyrac (Altayrac, Altayraco) (Petrus de): :
Autvillar (Arbertus d') :
Avideu (Bertrand) :
Avinione (Gaufridus de) :
Avril (Aprilis, Abri) (Guillelmus) :
Aykle(Eycle ou Eyglas ou Eagle) (John of) :
Aymar (Adhémar, Ademarus) de Peyruza (Peyrusse, Peyrussa, Perussia,
Petrucia) :
Ayme de Compiègne :
Aymeric Lolet :
Aymerici (Guillaume) :
Aymericus de Guonavilla :
Aymericus de Lavaura :
Aymericus de Manso Valerii (Malvaleyr, Masualier) :
Aymericus (Aimeri) Georges (del Cherio, Cheyr) :
Aymery (Etienne) de Usselet (Seliers) :
Aymon de Aïs :
Aynard (Arnaud) (Guillaume) :
29
Bacon (Guillaume) :
Baer (Gerhard) :
Bafemont(Bauffremont) (Thibaut(Théolbald) de) :
Bahaluc (Petrus de) :
Bailleul (Gautier de) :
Balardi (Balart) (Petrus) :
Balmis (Bertrandus de) :
Balmis (Lauger de) :
Balygaueran(Kilros, the Chaplain) (William of) :
Barbaira (Raimundus de) :
Barbot (Guillaume de) :
Barcelona (Ugo de) :
Barnwell (William of) :
Barre (Guiscardus de) :
Barret (Arnulfus de) :
Barro (Jean de) :
Barthelemi André :
Barthelemy (Frère) :
Barthélemy(Bartholomeus) d'Ussel(Usselo, Ucello, Ussello, Ucel) :
Barthelemy de Moret :
Barthélemy (Bartholomeus) de Pratmi (Pratemi) :
Barthelemy de Volènes :
Barthélemy Vassal(Vassales) :
Bartholomeus (Frère) :
Bartholomeus (Frère) :
Bartoloméo de Belvis :
Barton (Raoul(Ralph, Radulphus) de) :
Barton(Burton) (Thomas of) :
Barton(Burton) (William of) :
Barville(Latimer) (Edmund) :
Basemont (Jean de) :
Baskerville (Michael of) :
Bassa (Hugues) :
Bassainville (Gui de) :
Bassignac (Bassinhac, Vassignac, Vassiniacho)(Raymond de) :
Bassimont (Thibaud de) :
Basson (Besson, Boyssonis, Bossa, Bosso, Besso) (Geraldus (Gérard)) :
Baudouin de Chiri :
Baudouin de Ghisy :
Baudouin de Saint-Just :
Baudouin de Waben :
Baverans (Etienne de) :
Bazin (Laurent) :
30
Beaune (Laurent de) :
Beciano (Ugo de) :
Becs (Guilelmus) :
Bedoz(Bedos) (Arnaldus(Arnaud) de) :
Belasala(Balsall) (John of) :
Belinayx (Pierre de) :
Bellefaye (Bellafaya, Lafaya, Bellafage, Bellefage, Bellafaga) (Jean
(Johannes) de) :
Bellomonte (Petrus de) :
Bellon (Pontius) :
Bellus de Ly :
Belville (Guy de) :
Belvis (Bartoloméo de) :
Benau (Guillelmus) :
Benay (Guillaume de) :
Benayes (Guillaume de) :
Bench (Raymond Guillaume de) :
Benchavenha (Bencivenni) :
Benedicti (Raymond) :
Béranger (Frère) :
Bérard Robert :
Bérard de Serrières :
Berengarius de Bordello :
Berengarius de Cegunolis :
Berengarius de Roveria :
Berengarius de Villanova :
Berenger de Cardona :
Bergondinus (Umbertus) :
Berit (Gaultier de) :
Bermundus(Raimond) (Frère) :
Bernanger (Richard) :
Bernard Coquardi :
Bernard Charnier (Charnerii) :
Bernard Churnier (Est talvez Bernard Charnier) :
Bernard de Brocia :
Bernard de Gloisy :
Bernard de la Roche :
Bernard de Paris :
Bernard(Bernardus) de Villars (Vilaribus) :
Bernard le Porta :
Bernardi (Raymond) :
Bernardus (Frère) :
Bernardus (frère) :
31
Bernardus de Alzonio (Alyo, Alzo, Alzon, Alsonio, Ansonio) :
Bernardus (Bertrandus) de Boazo :
Bernardus de Bovedone :
Bernardus de Furno :
Bernardus de Rovoria :
Bernardus Rollandi :
Bernewell (Robert of) :
Berry (André) :
Berses (Bersi) (Jean de) :
Bertholomeus de Charnhac :
Bertholomeus (Rotbertus) Martini (Marti) :
Bertrand Avideu :
Bertrand Cascavelli :
Bertrand (Bertrandus) (d’)Amblardi (Amblard, Amplardi) :
Bertrand de la Moneta :
Bertrand de la Roche :
Bertrand de Martigny :
Bertrand de Montignac :
Bertrand de Montpezat :
Bertrand de Rovelle :
Bertrand de Saint-Paul :
Bertrand (Bertrandus) de Sartiges (Sartigies, Sarthigas, Sartigiis, Artigia) :
Bertrand de Somorens :
Bertrand de Vado :
Bertrand de Vichey :
Bertrand(Bertrandus) Vasconis :
Bertrandus (Frère) :
Bertrandus de Balmis :
Bertrandus de Chavanhac (Chavenach) :
Bertrandus de Fargiis :
Bertrandus de Ramati :
Bertrandus de Ventoirol :
Bertrannus (Frère) :
Bertranz (Frère) :
Besnard de Boivis :
Bessera (Petrus) :
Besso (Besson, Boyssonis, Bossa, Bosso, Basson) (Geraldus (Gérard)) :
Bessus (Etienne) :
Bia (Jean de) :
Biais (Guillaume de) : (Talvez Guilelmus Becs ???)
Bicey (Robert de) :
Biciaco (Bichey) (Constant de) :
32
Bichey (Chrétien de) :
Bichey (Pierre de) :
Bienvenu (Frère) :
Bion (Poncius de) :
Bisandi (Jean) :
Bissey (Guillaume de) :
Blacas (Albert de) :
Blanc (Petrus) :
Blanc (Blavi) (Petrus) :
Blanc (Blacas) (Ymbert,Humbert, Ymberlus) :
Blancherii (Blanchier) (Durandus) :
Blatandi (Pierre) :
Blercy (Guillaume de) :
Bles (Arnaldus de) :
Blezis (Robertus de) :
Blison (Jean) :
Blois (Pierre de) :
Blois (Robert de) :
Boazo (Bernardus (Bertrandus) de) :
Bocelli (Guillaume) :
Bocelli (Jean) :
Boeti (Aimery) :
Bochatel (Hugo del) :
Boinem (Irmão de) :
Boinus (Frère) :
Bois (Thierry du) :
Bois Audemar(Bosc Audemar) (Mathieu du) :
Boiset (Frère) :
Boissade (Hymbaud ou Humbaud de la) :
Boivis (Besnard de) :
Bolbotone (Nicolaus de) :
Bolbotone(Bourbouton) (Ugo(Hugues) de) :
Bolerby(Belleby) (Thomas of) :
Boliens (Olivier de) :
Bologne (Boulogne) (Pierre de) :
Bomberti (Jean) :
Bonafous de Talem (Talempde, Talende, Tallende) :
Bonavilla (Gonneville, Guonavilla) (Geoffroy (Gaufridus) de) :
Bonay (Guillaume de) :
Boncino (Roux, Rossi, Rassi, Rossini) (Guillelmus de) :
Bondies (Renaud (Réginal) de) :
Bonnecourt (Jean de) :
Bonnecourt (Thomas de) :
33
Bonnet (Bonitus, Dominicus, Bonet) de Guanhol (Gasnhols, Guanhols,
Mascohele, Brioude, Cassagnoli, Sansauholi, Ganhel) :
Bonno de Volènes :
Bonnœuvre (Bonne-Oeuvre) (Pons de) :
Bonofonte (Bonnefont, Bonafont) (Petrus de) :
Bonomel (Ricaud) :
Bonot (Petrus) :
Bons (Pierre) :
Bordellis (Guichardus de) :
Bordellis (Ugo de) :
Bordello (Berengarius de) :
Borgonio (Frère) :
Borlet (ou d'Orléans) (Gérard de) :
Born (Borno) (Guillelmus de) :
Bornelli (Nicolas de) :
Bornes (François de) :
Borneto (Burneto) (Hugo de) :
Bort (Born, Borno, Borto, Bortz) (Francon de) :
Bort (Reynard de) :
Borto (Borno, Bort, Bordis) (Raynardus de) :
Bosc Audemar(Bois Audemar) (Mathieu du) :
Bosc de Masualier :
Bosco (Etienne (Stephanus) de) :
Bosom (Peire) :
Boson (Boso, Bossa) Coheta (Coeta, Cocta, Gocta, Cocca) de Peyrat :
Bosquet (Vincentius) :
Bossa (Rosa, Rose) (Petrus) :
Bosso Coeta : (Talvez Boson « Coheta » de Peyrat???)
Botonis (Guillelmus) :
Bourbon (Aimé de) :
Bovedone (Bernardus de) :
Bovers (Abertus) :
Boysso (Raymond del) :
Boyssonis (Besson, Besso, Bossa, Bosso, Basson) (Geraldus (Gérard)) :
Bradley (Ralph of) :
Bragella (Pierre de) :
Bragella (Thomas de) :
Braimont (Guillaume de) :
Brandic (Rotgerius de) :
Branlis (Jean) :
Bras de Fer (Jean) :
Braz(Bras) (Folco(Foulques) de) :
34
Brebant (Henri de) :
Brecy (Pierre de) :
Breele(Thomas de) :
Bremaz (Brugiaci, Brinaz, Brughat, Brinat) (Guillaume (Guillelmus) de) :
Breone (Brehone, Brion, Bretona, Brecina) (Petrus de) (Peut- être Pierre de
Bretenay ) :
Brestsam(Bistelesham) (Richard of) :
Bretenay (Pierre de) (talvez Petrus de Breone) :
Bretencuria (Raoul de) :
Bretes (Jean le) :
Breteuil (Thibaud de) :
Breuil (Brolio, Brolii) (Pierre du (de)) :
Breuil (Brolio, Brolii) (Pierre du (de)) :
Brian le Jay :
Brice de Buris :
Brie (Raoul de) :
Brimas (Guillaume) :
Brimes (Guillaume de) :
Brinaz (Brugiaci, Brughat, Bremaz, Brinat) (Guillaume (Guillelmus) de) :
Brion (Adam) :
Brioude (Gasnhols, Guanhols, Mascohele, Guanhol, Cassagnoli,
Sansauholi, Ganhel) (Bonet (Bonitus, Dominicus, Bonnet) de) :
Brioys (Guillaume) :
Brioys (Robert le) :
Briton (Daniel) :
Briva (Brive) (Geraldus (Géraud) de) :
Brobart (Pierre) :
Brocia (Bernard de) :
Broghem(Brouthton) (Hugh de) :
Brohet (Poncius (Pons) de) :
Bruère (Jean de la) :
Bruges (Gossoin de) :
Brughat (Guido(Gui)) :
Brughat (Brugiaci, Brinaz, Bremaz, Brinat) (Guillaume (Guillelmus) de) :
Brusiaco(Bruissac) ((Deodatus(Deodat) de) :
Buardi (Jean) :
Bubulcus (Arbertus) :
Buffevent (Ruffemont)(Jean (Johannes) de) :
Bulbeke (Alexander of) :
Bulford (Ralph of) :
Bulles (Gaultier de) :
Bures(Buris) (Gautier de) :
Bures (Buris) (Pariset de) :
35
Burgieyra (Labrueyra) (Ademarus La) :
Buris (Aimé de) :
Buris (Brice de) :
Buris (Eudes de) :
Buris (Guillaume de) :
Buris (Hugues de) :
Buris (Jean de) :
Buris (Mathieu de) :
Buris (Pierre de) :
Buris (Ponce de) :
Burneto (Borneto) (Hugo de) :
Burthesham(Bustelsham) (Richard of) :
Bussière (Outard de) :
Cadruvio (Quadrivio) (Pierre (Petrus) de) :
Caiardi (Jacques) :
Caiare (Guillaume de) :
Calciata (La Chassadas, La Chaussadas) (Jean (Johannes) de) :
Calmont (Hugues de) :
Camareto (Petrus de) :
Camier (Gérard du) :
Camino (Pierre de) :
Camino (Chemin) (Thomas de (du)) :
Camponca (Jean de) :
Canellis (Albert de) :
Cannville(Kanvyle) (John of) :
Caorz (Petrus de) :
Cap de Ville(ou de Conneilles) (Mathieu de) :
Capellan (Etienne) :
Capon (Pierre) :
Capriosa (Richard de) :
Carbone (Raymond de) :
Cardaillac (Guillaume de) :
Cardona (Berenger de) :
Carel (Quarre) (Raoul de) :
Caro (Raymond de) :
Caromb (Raymbaud de) :
36
Cascavelli (Bertrand) :
Casnay (Mathieu de) :
Castanier (Pierre de) :
Casnay (Thomas de) :
Cassagnoli (Gasnhols, Guanhols, Mascohele, Guanhol, Brioude,
Sansauholi, Ganhel) (Bonet (Bonitus, Dominicus, Bonnet) de) :
Castronovo (Petrus de) :
Casuyt(Keselwik) (Richard of) :
Catbertus (Frère) :
Cauleto (Roberto (Rotbertus) de) :
Cavalier (Robert) :
Cavill (Cammvile) (Robert de) :
Cegunolis (Berengarius de) :
Cella (Elie de) :
Cella (Jean de) :
Cella (Nicolas de) :
Celles (Jean de) :
Celeyr (Cellier, Pena) (Etienne du (Stephanus del)) :
Cellis(Textoris, Tisseres, Tixier) (Guillelmus) :
Cenaudi (Senaud, Senaut, Senanti) (Johannes) :
Cernay (Jean de) :
Cernay(Sarnac) (Robert de) :
Chablis (Pierre de) :
Chadarsac (Vital de) :
Chalesey(Chelse) (William of) :
Chalistrat (Guillaume de) :
Châlons (Gérard de) :
Châlons (Pierre de) :
Chalou (Guillaume de) :
Chalveti (Guillelmus) :
Chambarrand (Raymond de) :
Chamberlain(the Chamber) (Thomas the) :
Chambo (Frère) :
Chamborent (Guillaume de) :
Chambrier (Daude) :
Chames (Jean de) :
Champ-Allemand (Gaultier de) :
Champenois (Jean le) :
Chanet(Tanet) (Ralph of) :
Chanméry (Chrétien de) :
Chanoys (Guichard de) :
Chanteloup (Jean de) :
Chanu (Jean de) : (Talvez Jean de Chayne???)
37
Chanuis (Robert de) :
Chaplain (Kilros, Balygaueran) (William (of) the) :
Charem (Richard le) :
Charité (Henri de la) :
Charnay ou Charney (Geoffroy de) :
Charnhac (Bertholomeus de) :
Charnier (Charnier) (Durand (Durandus)) (neveu du suivant) :
Charnier (Charnerii) (Durand (Durandus)) (Oncle du précédent) :
Charnier (Charnerii) (Guillaume (Guillelmus)) :
Charnier (Charnerii) (Hugues (Hugo)) :
Charnier (Jean) :
Charnier (Charnerii, Charneyr) (Robert (Rotbertus)) :
Charrières (Adhémar de) :
Chassanha (Petrus) :
Chastel (Ugo de) :
Chatanede (Chataneda) (Gui (Guido) de) :
Château-Villiers (Jean de) :
Châteauneuf (Arnaud de) :
Châteauneuf (Etienne de) :
Châteauneuf (Eudes de) :
Châteauneuf (Guillaume de) :
Chauffour (Jacques de) :
Chaussadas (Gui las) :
Chaussadas (La Chassadas, Calciata) (Jean (Johannes) de la) :
Chavanhac (Chavenach) (Bertrandus de) :
Chaynay (Pierre) :
Chayne (Jean de) : (Talvez Jean de Chanu???)
Chazelles (Châtelus, Castelous, Casteluz) (Jean de) :
Chemin (Camino) (Thomas de (du)) :
Chenchez (Hugues de) :
Chenru (Ægide de) :
Cherru (Drogon de) :
Cheruto (Pierre de) :
Chesterton (William of) :
Chevru (Gilles de) :
Cheyr (Georges, del Cherio) (Aymericus (Aimeri)) :
Chiri (Baudouin de) :
Chivre (Gilles de) :
Choffili (Deccan de) :
Chonesby(Jonely, Domby) (Walter of) ou William of Cheveley :
Choules (Orric) :
Chrétien (Simon) :
38
Chrétien de Bichey :
Chrétien de Chanméry :
Churnier (Bernard) :
Ciguer (Milo de) :
Clamcourt (Renaud de) :
Claustra (Gaufredus de) :
Clément de Grandvillars :
Clément de Pontrouge :
Clément de Saint-Hilaire :
Clément de Turno :
Clermont (Pierre de) :
Clifton (Walter of) :
Clos (Closis) (Etienne (Stephanus) des) :
Coclarius d’Amiens :
Cocs (Guilelmus) :
Coderc (Petrus de) :
Coderc (Petrus du) :
Coeta (Bosso) : (Talvez Boson « Coheta » de Peyrat???)
Coffin (John) :
Cohandeburt (Jacques) :
Coheta (Coeta, Cocta, Gocta, Cocca) de Peyrat (Boson (Boso, Bossa)) :
Coiffier (Jean) :
Colaucourt (Jean de) :
Colingham (Richard of) :
Colonge (Colongha, Colonia) (Pierre (Petrus) de la) :
Comborn (Combort ou Comborto) (Ymbert (Ymbertus) de ) :
Comolan (Guillaume de) :
Compiègne (Ayme de) :
Compiègne (Etienne de) :
Compiègne (Henri de) :
Compiègne (Nicolas de) :
Compiègne (Pierre de) :
Compiègne (Raoul de) :
Conders (Pierre de) :
Coningeston (Conyngeston) (John of) :
Conneilles(ou de Cap de Ville) (Mathieu de) :
Constant (Frère) :
Constant de Biciaco (Bichey) :
Constantinus (Frère) :
Constantinus de Sancto Paulo :
Contrast (Arnardus de) :
Copiac (Armery de) :
39
Coquardi (Bernard) :
Corbon (Jean de) :
Corbon (Mathieu de) :
Corenflos (Robert de) :
Coriatarius (Ademarus) :
Cormeille (Cormeilly) (Jean de) :
Cormeilles (Lambert de) :
Cormeilles (Jacques de) :
Cormeilles (Th. de) :
Cornabroc (Radulfus) :
Cornus (Simon de) :
Corpenthe (Jean de) :
Corremont (Etienne) :
Cortesia (Cortezia, Cortoseia, Courteix) (Rotbertus) :
Cosme (Guilhem) :
Costa (Jean) :
Costa (Pontius de) :
Costarda (Hugues de) :
Coupiat (Copiat, Copiac, Copihac, Copiaco, Capiaco, Copriach) (Aimeri
(Aimericus) de) :
Cour (Simon de la) :
Courteix (Cortezia, Cortoseia, Cortesia) (Rotbertus) :
Courtemple (Pierre de) :
Craucombe (William of) :
Cravene (Henry of) :
Crayk(Creyke) (Adam of) :
Cresnay (Laurent de) :
Cressor-Essart (Mathieu de) :
Crochet (Pierre de) :
Crotoy (Jean de) :
Cruceolis (Raimundus de) :
Crumel (Jacques de) :
Cugnières (Raymond de) :
Cugy (Jean de) :
Culeti (Johannes) :
Cuyre (Roderic de) :
Dacot (André) :
Dada (Petrus) :
40
Dalmacii (Geraldus) :
Dalmacius de la Roca :
Dalmacius Giri : (Talvez Dalmas Gili???)
Dalmas Gili : (Talvez Dalmacius Giri???)
Dalmatii (Dalmas, Arthona, Arthone) (Johannes) :
Dalton (Roger of) :
Danet(Hanet) (Henry) :
Daniel Briton :
Danieli (Petrus) :
Dares (Hugo) :
Daspel (Arnaud) :
Daude Chambrier :
Daumartin (Pierre de) :
Daulo (Arnauld Guillelmi) :
Dauphin (Daulphini) (Gui (Guido)) :
Daux (Pierre de) :
Day (Pierre de) :
Deccan de Choffili :
Denis (Frère) :
Deodat Jafet :
Deodatus(Deodat) de Brusiaco(Bruissac) :
Deusdet(Deodat) de Stagno(de l'Etang) :
Deusglotos (d'Egletons, de Glotos, de Glotonis) (Stephanus (Etienne)) :
Digi (Guillaume) :
Dijon (Dominique de) :
Dijon (Séguin de) :
Dôle (Henri de) :
Dom Dieu (Maison Dieu) (Jean de la) :
Dombes (Evrard (Eurard) de) :
Domby(Chonesby, Jonely) (Walter of) ou William of Cheveley :
Dominicus (Bonitus, Bonet) de Guanhol (Gasnhols, Guanhols,
Mascohele, Brioude, Cassagnoli, Sansauholi, Ganhel) :
Dominique de Dijon :
Dominique de Verdun :
Domont (Etienne de) :
Dormeille (Robert de) :
Dormelli (Guillaume) :
41
Dormont (Amond de) :
Douay (Philippe de) :
Dreux (Drogon) de Viviers :
Drogon de Cherru :
Drogon de Sornay :
Duc (Ducis) (Jean) :
Ducarel (Pierre de) :
Dujardin de Orto (Orto, Ort, Orco, Horto) (Jean) :
Dupuy (Ripert) :
Durand Ardenbort :
Durand (Durandus) Charnier (Charnier) (neveu du suivant) :
Durand (Durandus) Charnier (Charnerii) (Oncle du précédent) :
Durand de Tuchat :
Durand de Viviers :
Durandus Albuy (Albuini, Albouin) :
Durandus Aldebaldi (Aldebalt, Audebertus, Ardebandi, Audebort) :
Durandus Blancherii (Blanchier) :
Durandus de Lastico (Lastic) :
Durandus Pinhola (Paynhola) :
Durandus Malras (Maletras) :
Durandus Rastanh :
Durandus Soleyr :
Ebreston (John of) :
Ebreus (Stephanus) :
Eccy (Gilles d') :
Echer (Petrus) :
Edmund Latimer(Barville) :
Egide de Louvencourt :
Egide de Perbona :
Egide de Rotangy :
Egide de Valenciennes :
Egidon(Hedington) (William of) :
Egletons (Deusglotos, de Glotos, de Glotonis) (Stephanus (Etienne) d') :
Elemosinâ (Jean de) :
42
Elie Aimery :
Elie de Cella :
Elie de Jocro (Jotro) :
Elyas (Frère) :
Enerpiis (Humbert de) :
Enfer (De Inferno) (Adam d') :
Engayn (Richard) :
Entragues (Albert d’) :
Epailly (Etienne d') :
Epellis (Epeaux) (Jean de(s)) :
Ervei (Godefroi) :
Escafredus (Frère) :
Escofer (Ugo) :
Espaulard (Guillaume) :
Espernaut (Gilles d’) :
Espes (Ponce) :
Espinasse (Espinassa, Spinassa, l'Espinatz, Sprimassa) (Guillaume
(Guillelmus) d') :
Etampes (Geoffroi d’) :
Etampes (Guillaume d’) :
Etienne(Stephanus) (Frère) :
Etienne Bessus :
Etienne Capellan :
Etienne Corremont :
Etienne d'Epailly :
Etienne de Baverans :
Etienne (Stephanus) de Bosco :
Etienne de Châteauneuf :
Etienne de Compiègne :
Etienne de Domont :
Etienne de la Garde :
Etienne de La Romagne :
Etienne (Stephanus) de Lajarousse (Lagarossa, Laghariossa, Jarossa) :
Etienne de Lemont :
Etienne (Stephanus) de Mège (Megha) :
Etienne de Paray :
Etienne de Patiges :
43
Etienne de Pruino :
Etienne de Relanpont :
Etienne de Rialhac :
Etienne de Riperia :
Etienne (Stephanus) de Sauzet(Sauzeto) :
Etienne de Sissey ou de Sissy ou de Scisseio :
Etienne de Sissey :
Etienne de Thierry (Therici) :
Etienne de Tumo :
Etienne (Aymery) de Usselet (Seliers) :
Etienne de Vollenes :
Etienne (Stephanus) des Clos (Closis) :
Etienne (Stephanus) d'Egletons (Deusglotos, de Glotos, de Glotonis) :
Etienne du (Stephanus del) Celeyr (Cellier, Pena) :
Etienne Ebrardi de Podio :
Etienne (Stephanus) la Rossalha (Larossilha, Labossilha, La Roussille) :
Etienne Losa :
Etienne Quintin :
Etienne Ricon :
Etienne Saurini :
Etienne Trobati :
Eton (J. de) :
Etton(Hoghton) (Ivo of) :
Eudes de Buris :
Eudes de Châteauneuf :
Eudes de Lagny :
Eudes de Nanteuil sous Muret :
Eudes de Nons :
Eudes de Trois-Fontaines :
Eudes (Audinus, Otto, Odinus) de Vendac(Vendak, Vendaco, Vendat) :
Eudes de Wermes :
Eudes Vallet :
Euleye(Eule ou Uley ou Yvleath ou Aley) (John of) :
Eustacius (Frère) :
Evesham (Randulph of) :
Evrard (Eurard) de Dombes :
44
Eycri (Pierre de) :
Eyglas(Eycle ou Aykle ou Eagle) (John of) :
Fabre (Jean) :
Fabri (Johannes) :
Fabri (Fabre) (Vitalis) :
Fabrisacot (Frère) :
Faisandier (Georges) :
Falaise (Gervais de) :
Falco (Falcon) (Frère) :
Fargiis (Bertrandus de) :
Farra (Godefroi de) :
Faure (Hugues de) :
Faus (Amblardus de) :(Peut-être Pierre de Faus???)
Faus (Pierre de) :(Peut-être Amblardus de Faus???)
Faverolle (Henri de) :
Faversham (John of) :
Fayne (Pons de) :
Fenne (William of the) :
Fère (Geoffroy de) :
Ferrières (Gui de) :
Ferry(Terric) de Reims (Rheims) :
Ferté-sur-Aube (Simon de la) :
Fidelz (Ugo) :
Flamand(Flameng) (Lambert le) :
Flamand (Nicolas le) :
Flameny (Robert de) :
Fles (Michel de) :
Fleury (Simon de) :
Flexe (Marsile de) :
Flor (Roger de) :
Folco(Foulques) de Braz(Bras) :
45
Folradi (Ripertus) :
Fontaine (Guillaume de la) :
Fontaine (Lambert la) :
Fontaines (Renaud (Reynard) de) :
Fontaines (Arnaud de) :
Fontanet (Jean de) :
Fonteville (Jean de) :
Ford (Henry of the) :
Ford (William of the) :
Forest (Gui de La) :
Forest (Jean de) :
Forest (Pierre de) :
Foresta (Gui de) :
Forn (Ponz del) :
Fort de Vin (Jean) :
Fos (Joffroy de) :
Fos (Roncelin de) :
Fouley (Jean de) :
Foulque de Trécis :.(Peut-être Foulques de Troyes???)
Foulques de Troyes :.(Peut-être Foulque de Trécis???)
François (J.) :
François de Bornes :
Francon de Bort (Born, Borno, Borto, Bortz):
Franiel (Robert) :
Fremey (Raoul de) :
Frouby (Thomas of) :
Fulco de Nulliaco :
Furno (Bernardus de) :
Fux (Guillaume de) :
Fychers (Frère de) :
G. de Tours :
46
G. Rapina :
Gadesby (Walter of) :
"Galabru" (Guillaume) :
Galdemarus de Salis :
Galet (Roderic du) :
Galos (Gérard de) :
Galterius (Frère) :
Galterus de Montelacgerio (Montengrier) :
Ganbier (Johannes le) :
Gandavo (Gand) (Gossoyn de) :
Gandeti (Gaudeti) (Gérard (Geraldus)) :
Guanhol (Gasnhols, Guanhols, Mascohele, Brioude, Cassagnoli,
Sansauholi, Ganhel) (Bonet (Bonitus, Dominicus, Bonnet) de) :
Ganniaco (Johannes de) :
Garda (Petrus de) :
Garde (Etienne de la) :
Garin de Grandvilliers :
Gat (Guillaume le) :
Gauche (Gérard de) :
Gaucher de Liancourt :
Gaufre (Frère) :
Gaufredus de Claustra :
Gaufridi (Ugo) :
Gaufridus de Avinione :
Gaultier de Berit :
Gaultier de Bulles :
Gaultier de Champ-Allemand :
Gauthier (Galterius) de Massy (Messi, Maci) :
Gauthier de Payns :
Gautier (Frère) :
Gautier de Bailleul :
Gautier de Bures (Buris) :
Gautier de Nonagerio :
Gautier de Pincom :
Gautier de Ville-Savin :
Gaz (Jean le) :
Gazerand de Montpezat :
47
Genefle (Gérard de) :
Genefle (Jean de) :
Gensac (Jenzat, Janzac, Jansac) (Hugo de) :
Genteville (Albert de) :
Gentils (Jean de) :
Geoffrey Joliffe :
Geoffrey of Welton(Winton ou Wilton) :
Geoffroi d’Etampes :
Geoffroy (Frère) :
Geoffroy (Frère) :
Geoffroy de Charnay ou Charney :
Geoffroy de Fère :
Geoffroy (Gaufridus) de Gonneville (Guonavilla, Bonavilla) :
Geoffroy de Gors :
Geoffroy de Montchausit :
Geoffroy (Gaifridus) de Vandac(Vendaco) :
Geoffroy(Gaufridus, Renaud) de Vichier(Vicherio, Vichiato, Vichiers) :
Geoffroy Morin :
Geoffroy Salabrini :
Georges (del Cherio, Cheyr) (Aymericus (Aimeri)) :
Georges Faisandier :
Geraldus (Gérard) Besso (Besson, Boyssonis, Bossa, Bosso, Basson) :
Geraldus Dalmacii :
Geraldus (Géraud) de Briva (Brive) :
Geraldus de Lavernha :
Geraldus de Lavernha :
Geraldus de Montepetroso :
Geraldus de Montesecuro :
Geraldus de Sancto Paulo :
Geraldus Jorquet :
Geraldus Sudre :
Gérard (Frère) :
Gérard Bossa :
Gérard de Borlet (ou d’Orléans) :
Gérard de Châlons :
Gérard de Galos :
Gérard de Gauche :
48
Gérard de Genefle :
Gérard de la Torlandera :
Gérard de Monachiville :
Gérard de Montpierre : .(Talvez Geraldus de Montepetroso?)
Gérard de Puy-Forteguille :
Gérard de Somons :
Gérard de Songeons :
Gérard de Valdens :
Gérard de Villiers :
Gérard(Gerardus) de Villiers (Vilars, Villers) : .(Talvez le précédent??)
Gérard du Camier :
Gérard (Geraldus) Gandeti (Gaudeti) :
Gérard Qui? :
Géraud de Rupe Amatoris (Rupe Apis) :
Géraud de Saint-Martial :
Géraud(Geraldus) de Sauzet(Salzet, Salzeto) :
Géraud(Geraldus) de Sauzet :
Gerbert (Frère) :
Gerhard Baer :
Gervais de Falaise :
Ghisy (Baudouin de) :
Ghisy (Ponsard de) :
Giac(Gy) (Guillaume de) :
Gibellin (Pierre) :
Gilbertus (Jaubertus, Ambertus, Lambertus) de Lafont (Lafon, Tutela,
Tulle) :
Gilbertus, Gumbertus Laporta (Laporte) :
Gilebert de Lucy :
Giles (Frère) :
Gili (Dalmas) : .(Talvez Dalmacius Giri???)
Gilles d’Eccy :
Gilles d’Espernaut :
Gilles de Chevru :
Gilles de Chivre :
Gilo de Ycri :
Girardus (Frère) :
Giraudus de Podio Acuto :
Giraudus Pellicers :
Giri (Dalmacius) : .(Talvez Dalmas Gili???)
49
Gisy (Gisi) (Jean de) :
Gisi (Gisy) (Raoul de) :
Glodio (Raymond de) :
Gloisy (Bernard de) :
Glotos (Deusglotos, d'Egletons, de Glotonis) (Stephanus (Etienne) de) :
Godfrey de Archis of Bowes :
Godefroi de Farra :
Godefroi Ervei :
Godefroy de Malmont :
Godolin (Jean) :
Gondelin (Mathieu) :
Gondo (Guillaume de) :
Gonneville (Guonavilla, Bonavilla) (Geoffroy (Gaufridus) de) :
Gonzalve Martin :
Gorfol (Petrus) :
Gorion (Lambert) :
Gors (Geoffroy de) :
Gorsom (Guy de) :
Gossoin de Bruges :
Gossoyn de Gandavo (Gand) :
Goufier de Salvaing :
Gradignano (Oto Graneti de) :
Grafton (John of) :
Grafton (William of) (Junior) :
Grafton (William of) (Senior) :
Grandvillars (Clément de) :
Grandvillars (Jean Bocher de) :
Grandvillars (Jean Gambert de) :
Grandvilliers (Garin de) :
Grandvilliers (Grandvillars) (Raoul de) :
Grangier (Jean) :
Gressibus (Johannes de) :
Griffer (Griferio) (Petrus de) :
Griffet (Philippe) :
Grili (Greu) (Rotbertus) :
Grillo (Johannes de) :
Grinhans (Raymond de) :
Grissy (Pierre) :
Grumesnil (Pierre de) :
Gui (Guido) Dauphin (Daulphini) :
Gui de Bassainville :
Gui(Guido) de Chatanède (Chataneda) :
Gui de Ferrières :
50
Gui de Foresta :
Gui de La Forest :
Gui de Serra :
Gui "Las Chaussadas" :
Gui Starralha :
Guichard de Chanoys :
Guichardus de Bordellis :
Guido (Frère) :
Guido(Gui) Brughat :
Guido d’Arsac :
Guido de Malomonte :
Guido Moteyr :
Guigue (Adémar) :
Guigo de Terrazas :
Guigo Lautardi :
Guigo Vescoms :
Guilelmus Becs :
Guilelmus Cocs :
Guilelmus de Limotges :
Guilelmus de Sancto Paulo :
Guilelmus Guitard :
Guilhem Cosme :
Guillade Tulhellis :
Guillaume (Frère) :
Guillaume Aimardi :
Guillaume Alberti :
Guillaume Ardoyn :
Guillaume Arebloi :
Guillaume Augeri (Aucherii, Augerii) :
Guillaume Aurifabri (Orfèvre) :
Guillaume Aymerici :
Guillaume Aynard (Arnaud) :
Guillaume Bacon :
Guillaume Bocelli :
Guillaume Brimas :
Guillaume Brioys :
Guillaume (Guillelmus) Charnier (Charnerii) :
Guillaume (Guillelmus) d’Espinasse (Espinassa, Spinassa, l'Espinatz,
Sprimassa) :
Guillaume d’Etampes :
Guillaume d’Hermont :
Guillaume d'Ivry :
Guillaume de Barbot :
51
Guillaume de Benay :
Guillaume de Benayes :
Guillaume de Biais : .(Talvez Guilelmus Becs ???)
Guillaume de Bissey :
Guillaume de Blercy :
Guillaume de Bonay :
Guillaume de Braimont :
Guillaume de Brimes :
Guillaume (Guillelmus) de Brughat (Brugiaci, Brinaz, Bremaz, Brinat) :
Guillaume de Buris :
Guillaume de Caiare :
Guillaume de Cardaillac :
Guillaume de Chamborent :
Guillaume de Chalistrat :
Guillaume de Chalou :
Guillaume de Châteauneuf :
Guillaume de Comolan :
Guillaume de Fux :
Guillaume de Gondo :
Guillaume de Guirehia :
Guillaume de Gy(Giac) :
Guillaume de Herblaie (Herblays) :
Guillaume de la Fontaine :
Guillaume(William) de la More
Guillaume de la Place :
Guillaume de Lagny-le-Sec :
Guillaume de Maissy :
Guillaume de Malassi :
Guillaume de Marent :
Guillaume de Meravent :
Guillaume de Molay :
Guillaume de Montfort l'Amaury :
Guillaume de Montignane :
Guillaume de Noves :
Guillaume de Nubia :
Guillaume de Puiseaux :
Guillaume de Puy-Minaud (Podio Minaldi) : .(Talvez Guillaume de Puy-
Vignal???)
Guillaume de Puy-Vignal (Podio Vigniali) : .(Talvez Guillaume de Puy-
Minaud???)
52
Guillaume de Ranco :
Guillaume de Reses :
Guillaume de Rhodez :
Guillaume de Roy :
Guillaume de Saint-Léonard :
Guillaume de Sornay :
Guillaume de Tourville :
Guillaume de Trois-Fontaines :
Guillaume de Varnage :
Guillaume de Veninis :
Guillaume de Vigier :
Guillaume Digi :
Guillaume Dormelli :
Guillaume Espaulard :
Guillaume "Galabru" :
Guillaume Guirezac :
Guillaume Hogolin : (Talvez Guillaume Hugolin???)
Guillaume Hugolin : .(Talvez Guillaume Hogolin???)
Guillaume Langlois :
Guillaume Lanzelot :
Guillaume le Gat :
Guillaume le Normand :
Guillaume Maumont :
Guillaume Molart :
Guillaume Raoul :
Guillaume Rassi :
Guillaume Salabrini :
Guillaume Toe :
Guillelmi (Raymond) :
Guillelmus (Frère) :
Guillelmus Aprilis (Avril, Abri) :
Guillelmus Arnaldi :
Guillelmus Arnaldi :
Guillelmus Arnaldi :
Guillelmus Benau :
Guillelmus Botonis :
Guillelmus Cellis (Textoris, Tisseres, Tixier) :
Guillelmus Chalveti :
Guillelmus de Borno (Born) :
Guillelmus de Guordo :
Guillelmus de Interaquis :
53
Guillelmus de Mazayas (Mazayes, Masayas) :
Guillelmus de Montegasconio (Montgacon, Monteguasconio) :
Guillelmus (Guillaume) de Nozeto(Nozet) :
Guillelmus de Petralevada :
Guillelmus de Peytavi (Pictavini) :
Guillelmus de Rossi (Roux, Boncino, Rassi, Rossini) :
Guillelmus de Vivayrol (Vivairoles) :
Guillelmus Jaumundi :
Guillelmus Reynerii (Raynerii, Reynier) :
Guillelmus Rustayn :
Guillelmus Textoris (Cellis, Tisseres, Tixier) :
Gimblard (Frère) :
Gressa (Hugues) :
Guirehia (Guillaume de) :
Guiscardus de Barre :
Guitard (Guilelmus) :
Guitet (Guideti) (Rotbertus) :
Guitardus (Frère) :
Guirezac (Guillaume) :
Guonavilla (Aymericus de) :
Guordo (Guillelmus de) :
Guy (Frère) :
Guy d'Albon :
Guy de Belville :
Guy de Gorsom :
Guy de l'Oratoire :
Guy de Menil-Aubry :
Guy de Turiac :
Guy Panaye :
Gy(Giac) (Guillaume de) :
Hagworthingham (Thomas of) :
Haimyke (J. de) :
Hales (Richard of) :
Halton(Althon) (Alexander of) :
Halthon(Althon) (Henry of) :
Halton (Robert of) :
Hameldon(Amoldon) (Robert of) :
54
Hanet(Danet) (Henry) :
Hardiviller (Raoul de) :
Haselakeby(Aslackby) (Henry of) :
Haumont (Haut-Mesnil) (G. de) :
Hauville(Hamil) (John de) :
Hedington(Egidon) (William of) :
Helias Vigerii :
Helim de Templemar :
Hennencourt (Thomas de) :
Henri Allemand :
Henri Ardenbort :
Henri d’Arches :
Henri de Brebant :
Henri de Compiègne :
Henri de Dôle :
Henri de Faverolle :
Henri de Hercigny :
Henri de la Charité :
Henri de la Place :
Henri de Précingies :
Henri de Ricors :
Henri de Seleford :
Henri de Supi :
Henri de Villepierre :
Henri Honorelli :
Henry Danet(Hanet) :
Henry de la Wole (Valey ou la Valicia ou Wolde) :
Henry Mautravens :
Henry of Aslackby(Haselakeby) :
Henry of Cravene :
Henry of Halthon(Althon) :
Henry of Kerby :
Henry of Rouclifis(Rouchecliff ou Routecliff ou Rawcliffe) :
Henry of the Ford :
Henry of Wickala(Withcal) :
Henry Paul(Pawel) :
Henry the Marshall :
55
Herblaie (Herblays) (Guillaume de) :
Hercigny (Henri de) :
Herdwik (Richard of) :
Hereford(Hertford) (William of) :
Herewwyk (William of) :
Hermeneville (Robert d) :
Hermont (Guillaume d’) :
Hervé de Lyon :
Hervé de Villepierre :
Hoghton(Etton) (Ivo of) :
Honorelli (Henri) :
Hogolin (Guillaume) :.(Peut-être Guillaume Hugolin???)
Hogyndon(Hugande) (Roger of) :
Horto (Dujardin de Orto (Orto, Ort, Orco, Horto)) (Jean) :
Hugh de Broghem(Brouthton) :
Hugh of Kyrketon(Kirketoft) :
Hugh of Tadecaster :
Hugo Dares :
Hugo de Borneto (Burneto) :
Hugo de Gensac (Jenzat, Janzac, Jansac) :
Hugo de Oisemont :
Hugo del Bochatel :
Hugo Sabaterii :
Hugo(Hugues) Saycelli (Seyssel, Sestan, Suosoys) :
Hugolin (Frère) :
Hugolin (Guillaume) :.(Peut-être Guillaume Hogolin???)
Hugues Bassa :
Hugues (Hugo) Charnier (Charnerii) :
Hugues d’Aillac :
Hugues de Buris :
Hugues de Calmont :
Hugues de Chenchez :
Hugues de Costarda :
Hugues de Faure :
Hugues de Jouy :
Hugues de Montaigu (Monlos) :
56
Hugues (Hugo) de Montredon (Monterotondo, Monterotundo) :
Hugues de Perraud (Payraud, Peraudo, Perauldo, Peralt) :
Hugues de Quilio :
Hugues de Villars :
Hugues de Volènes :
Hugues Gressa :
Hugues Sestan :
Huguet de Saint-Christophe :
Humbert (Ymbert, Ymberlus) Blanc(Blacas) :
Humbert de Enerpiis :
Humbert de Montluel :
Humbert de Porta :
Humbert de Saint-Georges :
Hurson (Frère) :
Husflet(Huseflet ou Usflete) (John of) :
Hymbaud (Humbaud) de la Boissade :
Imbert de Viennois :
Imbertus (Frère) :
Imbertus de Sauzeto :
Inferno (d'Enfer) (Adam de) :
Interaquis (Guillelmus de) :
Intey (Julien d’) :
Ismido Pelliparius :
Iterii (Ademarus) :
Iterii(Itier) (Petrus(Pierre)) :
Itier (Raterius) de Limozi (Limousin) :
Itier de Lombiac :
Ivo of Hoghton(Etton) :
Ivry (Guillaume d') :
J. de Haimyke :
57
J. François :
J. de Eton :
Jacob (Jacoti)(Andreas (André)) :
Jacob de Rochelle :
Jacobus de Anguona (Ancona) :
Jacques Caiardi :
Jacques Cohandeburt :
Jacques de Cormeilles :
Jacques de Chauffour :
Jacques de Crumel :
Jacques(Jacquelin) de Mailly(Maillé, Malay) :
Jacques de Rougemont :
Jacques de Sancey :
Jacques de Villars :
Jacques des Lois :
Jacques(Jacobus) le Verjus :
Jafet (Deodat) :
Jamvalle (Thomas de) :
Jamville (Jean de) :
Janzac (Jenzat, Gensac, Jansac) (Hugo de) :
Jarente de Mesenc :
Jarossa (Lagarossa, Laghariossa, Lajarousse) (Etienne (Stephanus) de) :
Jaubertus (Gilbertus, Ambertus, Lambertus) de Lafont (Lafon, Tutela,
Tulle) :
Jaucerannus (Pontius de) :
Jaumundi (Guillelmus) :
Jaumundi (Johannes) :
Jaureo (Aimery) :
Jay (Brian le) :
Jean Adémar :
Jean Alibe :
Jean Atgier :
Jean Bisandi :
Jean Blison :
Jean Bocelli :
Jean Bocher de Grandvillars :
Jean Bomberti :
Jean Branlis :
Jean Bras de Fer :
Jean Buardi :
Jean Charnier :
Jean Coiffier :
Jean Costa :
58
Jean d’Amail :
Jean d’Ambleville :
Jean d’Anisy :
Jean de Alquersin :
Jean de Anonia :
Jean de Barro :
Jean de Basemont :
Jean (Johannes) de Bellefaye (Bellafaya, Lafaya, Bellafage, Bellafaga,
Bellefage) :
Jean de Berses (Bersi) :
Jean de Bia :
Jean de Bonnecourt :
Jean (Johannes) de Buffevent (Ruffemont) :
Jean de Buris :
Jean (Johannes) de Calciata (La Chassadas, La Chaussadas) :
Jean de Camponca :
Jean de Cella :
Jean de Celles :
Jean de Cernay :
Jean de Chames :
Jean de Chanteloup :
Jean de Chanu : (Talvez Jean de Chayne???)
Jean de Château-Villiers :
Jean de Chayne : (Talvez Jean de Chanu???)
Jean de Chazelles (Châtelus, Castelous, Casteluz) :
Jean de Colaucourt :
Jean de Corbon :
Jean de Cormeille (Cormeilly) :
Jean de Corpenthe :
Jean de Crotoy :
Jean de Cugy :
Jean de Elemosinâ :
Jean de Epellis (des Epeaux) :
Jean de Fontanet :
Jean de Fonteville :
Jean de Forest :
Jean de Fouley :
Jean de Genefle :
Jean de Gentils :
59
Jean de Gisy (ou Gisi) :
Jean de Jamville :
Jean de l’Aumône :
Jean de l’Oratoire :
Jean de la Bruère :
Jean de la Maison Dieu (Dom Dieu) :
Jean de la Tour I :
Jean de la Tour(Turno) (II) :
Jean de Laigneville :
Jean de Luquet :
Jean de Malemort (Malamorte) :
Jean de Mambressi :
Jean de Menil-Aubry :
Jean de Monsimont :
Jean de Montbellay :
Jean de Montceau :
Jean de Montmalhon :
Jean de Montroyal (Montréal) :
Jean de Moreil :
Jean de Mortfontaine :
Jean de Mulvo :
Jean de Nivelle (Nivella) :
Jean de Nons :
Jean de Noyon :
Jean de Ordis :
Jean de Paris :
Jean de Planche :
Jean de Poissons :
Jean de Pont-l'Évêque :
Jean de Poytevin :
Jean de Provins :
Jean de Pruino :
Jean de Rambervillers :
Jean de Richebourg :
Jean de Richeval :
Jean de Roucy :
Jean de Saint-Hilaire (Sancto Hilario) :
60
Jean de Saint-Just :
Jean de Saint-Loup :
Jean de Saint-Rémy :
Jean de Septmonts :
Jean de Sicey :
Jean de Sivry (Sivrey, Siure) :
Jean (Johannes) de Sornac (Sornat, Saornat) :
Jean de Sornay :
Jean(John of) de Stoke :
Jean de Tavernes :
Jean de Torteville (Tourtaville) :
Jean de Trivy :
Jean de Valbelland (Valbellay) :
Jean de Valleglosa :
Jean de Verrière :
Jean de Versinac :
Jean de Villars :
Jean de Ville-sur-Terre :
Jean de Vollenes :
Jean Duc (Ducis) :
Jean Dujardin de Orto (ou Jean Horto(Orto, Ort, Orco)) :
Jean Fabre :
Jean Fort de Vin :
Jean Gambert de Grandvillars :
Jean Godolin :
Jean Grangier :
Jean Horto (ou Jean Dujardin de Orto) :
Jean le Bretes :
Jean le Champenois :
Jean le Gaz :
Jean le Verjus :
Jean Lochan :
Jean Malon :
Jean Mauri :
Jean Monachi :
Jean Painet :
Jean Roberti (Rotberti, Rothberti) :
61
Jean Sampic :
Jean Versy :
Jocro (Jotro) (Elie de) :
Joffroy de Fos :
Joglar (Johannes de) :
Johannacio (Stephanus de) :
Johannes (Frère) :
Johannes (Frère) :
Johannes Adam :
Johannes Albi :
Johannes Cenaudi (Senaud, Senaut, Senanti) :
Johannes Culeti :
Johannes d'Aigu :
Johannes Dalmatii (Dalmas, Arthona, Arthone) :
Johannes de Ganniaco :
Johannes de Gressibus :
Johannes de Grillo :
Johannes de Joglar :
Johannes de Menato (Menaco, Menat, Mona) :
Johannes de Menato (Mendaco, Menac, Mena) :
Johannes de Rompre :
Johannes de Sancto Paulo :
Johannes des Sol :
Johannes Fabri :
Johannes Jaumundi :
Johannes le Ganbier :
Johannes Lemozi (Mozi, Lemesis, Limousin) :
Johannes Novelli :
Johannes Rotgerii de Lausa :
Johannes (Jean) Saraceni (Sarazi, Sarracenum, Sarrasin) :
Johannes Tamaynh :
Johannes Valeta :
John Coffin :
John de Hauville(Hamil) :
John du Vale(Vaal) :
John of Belasala(Balsall) :
John of Cannville(Kanvyle) :
62
John of Coningeston :
John of Ebreston :
John of Euleye(Eule ou Yvleath ou Uley ou Aley) :
John of Eyglas(Eycle ou Aykle ou Eagle) :
John of Faversham :
John of Grafton :
John of Husflet(Huseflet ou Usflete) :
John of Moune :
John of Newent :
John of Poyton :
John of Saddlecombe :
John of Stoke(Sutton) :
John of Waddona(Waldona) :
John of Walpole :
John of Wirkeleye(Wakeley ou Wakerley) :
John Romayn :
John Wergrave :
Joliffe (Geoffrey) :
Jombert (Pierre) :
Jonely(Chonesby, Domby) (Walter of) ou William of Cheveley :
Jorquet (Geraldus) :
Josserand (Frère) :
Jotro (Jocro) (Elie de) :
Jouy (Hugues de) :
Joysans de Lanhiville :
Julien d’Intey :
Kanvyle(Cannville) (John of) :
Karvyle (Michael de) :
Kerby (Henry of) :
Keselwik(Casuyt) (Richard of) :
Kilros(Balygaueran, the Chaplain) (William of) :
Kyrketon(Kirketoft) (Hugh of) :
63
La Romagne (Etienne de) :
Labossilha (La Rossalha, Larossilha, La Roussille) (Stephanus (Etienne)):
Labrueyra (La Burgieyra) (Ademarus) :
Lafaya (Bellafaya, Bellefaye, Bellafage, Bellefage, Bellafaga) (Jean
(Johannes) de) :
Lafford (W. de) :
Lafont (Lafon, Tutela, Tulle) (Jaubertus (Gilbertus, Ambertus, Lambertus)
de) :
Lagny-le-Sec (Guillaume de) :
Laigneville (Jean de) :
Laigneville (Pierre de) :
Lajarousse (Lagarossa, Laghariossa, Jarossa) (Etienne (Stephanus) de) :
Lagny (Eudes de) :
Lagny (Pierre de) :
Lamaids (P. de) :
Lambert de Cormeilles :
Lambert de Romecourt :
Lambert de Toisy :
Lambert de Torbon :
Lambert de Verenes :
Lambert la Fontaine :
Lambert le Flamand (Flameng) :
Lambert Gorion :
Lambertus (Frère) :
Lambertus (Frère) :
Lambertus de la Rocha :
Lambertus (Gilbertus, Ambertus, Jaubertus) de Lafont (Lafon, Tutela,
Tulle) :
Landres (Pierre de) :
Langeport (Adam of) :
Langleys (Albrinus) :
Langlois (Guillaume) :
Langton (Robert of) :
Lanhiville (Joysans de) :
64
Lanzelot (Guillaume) :
Laporta (Laporte) (Gilbertus, Gumbertus) :
Larchant (l'Archant) (Rainier (Renerus, Renier) de) :
Larossilha (La Rossalha, Labossilha, La Roussille) (Stephanus (Etienne)):
Latapetra (Andreas de) :
Latimer(Barville) (Edmund) :
Lator (Aimery) :
Lauger de Balmis :
Laurencii (Laurens) (Rotbertus (Raymundus)) :
Laurent Bazin :
Laurent de Beaune :
Laurent de Cresnay :
Laurent de Pruino :
Laurent de Trenay :
Laurent(Laurencius) de Vernège(Vernegha) :
Lausa (Johannes Rotgerii de) :
Lautardi (Guigo) :
Laval (Pontius de) :
Lavaura (Aymericus de) :
Lavernha (Geraldus de) :
Lavernha (Geraldus de) :
Legris (Pierre) :
Lemont (Etienne de) :
Lemortier (André) :
Lemoys (Thierry) :
Lemozi (Mozi, Lemesis, Limousin) (Johannes) :
Lencrous (Petrus de) :
Lenterius (Michael) :
Leobard (Richard) :
Letravilla (Robert de) :
Liancourt (Gaucher de) :
Ligneriis (Alelmus de) :
Limotges (Guilelmus de) :
Limozi (Limousin) (Itier (Raterius) de) :
Lindsey (Thomas of) :
Lochan (Jean) :
Lodelawe (Roger of) :
65
Loer (Pierre) :
Logans (Nicolas) :
Lois (Jacques des) :
Lolet (Aymeric) :
Lombiac (Itier de) :
Londeville (Raynal de) :
Long (Walter le) :
Losa (Etienne) :
Loudham (Thomas of) :
Loup (Richard le) :
Louvencourt (Egide de) :
Lucas de Sornay :
Lucy (Gilebert de) :
Lugno (Pierre de) :
Lupus (Arbertus) :
Luquet (Jean de) :
Luzeranno (Poncius de) :
Ly (Bellus de) :
Lyon (Hervé de) :
Lyon (Pons de) :
Madic (Madico) (Pierre de) :
Maguelines (Albert de) :
Mailly(Maillé, Malay) (Jacques(Jacquelin) de) :
Maison Dieu (Dom Dieu) (Jean de la) :
Maissy (Guillaume de) :
Malassi (Guillaume de) :
Malay(Maillé, Mailly) (Jacques(Jacquelin) de) :
Malemort (Malamorte) (Jean de) :
Malhac (Pierre de) :
Maliani (Pierre) :
Malle de la Mota :
Malmont (Godefroy de) :
Malomonte (Guido de) :
Malon (Jean) :
66
Malpas (Ponce de) :
Malras (Maletras) (Durandus) :
Malton (Ralph of) :
Malvern (Peter of) :
Mambressi (Jean de) :
Manco (Philippe de) :
Manserain (Olivier de) :
Manso Valerii (Malvaleyr, Masualier) Aymericus de :
Marcha (Ugo de la) :
Marco de Oleto :
Marent (Guillaume de) :
Marescal (Maréchal) (Adam) :
Mareuil (Marolio) (Raymond(us) de) :
Marringe (William de) :
Marseille (Martin de) :
Marseille (Roger de) :
Marshall (Henry the) :
Marsile de Flexe :
Martin (Gonzalve) :
Martin de Ponchard :
Martin Robul :
Martinet (Simon) :
Martini (Marti) (Rotbertus (Bertholomeus)) :
Martignac (Thomas de) :
Martigny (Bertrand de) :
Martin (Frère) :
Martin de Marseille :
Martin de Varennes :
Martinus (Frère) :
Martinus Annonavetula :
Martinus del Poiet :
Martinus Sutor :
Mascohele (Gasnhols, Guanhols, Brioude, Guanhol, Cassagnoli,
Sansauholi, Ganhel) (Bonet (Bonitus, Dominicus, Bonnet) de) :
Massy (Gauthier de) :
Masualier (Bosc de) :
Mathieu d’Alvet :
67
Mathieu d’Arras (Array) :
Mathieu de Buris :
Mathieu de Cap de Ville(ou de Conneilles) :
Mathieu de Casnay :
Mathieu de Corbon :
Mathieu de Cressor-Essart :
Mathieu de la Table (Tabulla) :
Mathieu de Quesnoy :
Mathieu du Bosc Audemar(Bois Audemar) :
Mathieu Gondelin :
Mathieu le Sarmage :
Mathieu Renandi :
Maumont (Guillaume) :
Mauri (Jean) :
Maurini (Maurin) (Petrus) :
Mautravens (Henry) :
Maybresis (Pierre de) :
Maynil (Raoul du) :
Maysson-Viribier (Pierre de) :
Mazayas (Mazayes, Masayas) (Guillelmus de) :
Mazun (Adam the) :
Meaunoy (Nicolaus de) :
Mège (Megha) (Etienne de (Stephanus)) :
Menato (Menaco, Menat, Mona) (Johannes de) :
Menato (Mendaco, Menac, Mena) (Johannes de) :
Menil-Aubry (Guy de) :
Menil-Aubry (Jean de) :
Meravent (Guillaume de) :
Merliet (Ponz de) :
Mesenc (Jarente de) :
Mesnil-Montdidier (Nicolas du) :
Meux (Philip de) :
Mezenas (Poncius de) :
Michael (Frère) :
Michael de Karvyle :
Michael Lenterius :
Michael of Baskerville :
68
Michael of Sowerby :
Michael of Sutton :
Michel de Fles :
Michel de Podio (Dupuy, Du Puy) :
Michel de Saint-Maurin :
Michel de Saint-Meme :
Michel Mosset :
Michel Sanizy :
Middleton (William of) :
Militis (Thomas) :
Millet de Saint Férieux :
Millo de Payans :
Milo de Ciguer :
Milon de Saint-Fiacre :
Moiset (Raoul de) :
Molart (Guillaume) :
Molay (Guillaume de) :
Monachiville (Gérard de) :
Momboin (Montboyn) (Robert de) :
Monachi (Jean) :
Moncel (Moncelli) (Pierre (Petrus) de) :
Moneta (Bertrand de la) :
Moneta (Pierre de la) :
Monlos(Montaigu) (Hugues de) :
Mons (Pierre de) :
Monsimont (Jean de) :
Monsterrol (Robert de) :
Mont-Seidi (Pierre de) :
Montade (Pierre de) :
Montagnac (Petrus de) :
Montaigu(Monlos) (Hugues de) :
Montay (Robert de) :
Montbellay (Jean de) :
Montceau (Jean de) :
Montchausit (Geoffroy de) :
Montegasconio (Montgacon, Monteguasconio) (Guillelmus de) :
Montelacgerio (Montengrier) (Galterus de) :
69
Montepetroso (Geraldus de) :
Montesecuro (Geraldus de) :
Moteyr (Guido) :
Montfort l'Amaury (Guillaume de) :
Montgoyn (Philippe de) :
Montibus (Ademarus de) :
Montignac (Bertrand de) :
Montignac (Montanhac, Montagnac, Montinhac, Montinhaco,
Manthuaco, Montinhiaco) (Pierre (Petrus) de) :
Montinhac (Montuhac) (Petrus de) :
Montignane (Guillaume de) :
Montigny (Pierre de) :
Montilio (Robertus de) :
Montluel (Humbert de) :
Montmalhon (Jean de) :
Montpezat (Bertrand de) :
Montpezat (Gazerand de) :
Montpierre (Gérard de) : .(Talvez Geraldus de Montepetroso?)
Montredon (Monterotondo, Monterotundo) (Hugues (Hugo) de) :
Montroyal (Montréal) (Jean de) :
Montsaujon (Nicolas de) :
Montsecuro (Uco de) :
More (Guillaume (William) de la)
Moreil (Jean de) :
Moret (Barthelemy de) :
Morin (Geoffroy) :
Mortfontaine (Jean de) :
Mortier (André de) :
Mosset (Michel) :
Mota (Malle de la) :
Moune (John of) :
Mulvo (Jean de) :
Musardi (Nicolas) :
70
Nanteuil sous Muret (Eudes de) :
Newent (John of) :
Newent (Richard of) :
Newesom(Newsam) (Alan of) :
Nicholai (Petrus) :
Nicolas (Frère) : (Talvez Nicolas le Flamand ??)
Nicolas d'Amiens :
Nicolas de Bornelli :
Nicolas de Cella :
Nicolas de Compiègne :
Nicolas de Montsaujon :
Nicolas de Puisieux :
Nicolas de Riperia :
Nicolas de Romans :
Nicolas de Saint-Alban :
Nicolas de Sencey :
Nicolas de Serra :
Nicolas de Trecis :
Nicolas de Troyes :
Nicolas de Vaillac :
Nicolas du Mesnil-Montdidier :
Nicolas le Flamand :
Nicolas Logans :
Nicolas Musardi :
Nicolas Versequi :
Nicolaus (Frère) :
Nicolaus (Frère) :
Nicolaus (Frère) :
Nicolaus de Bolbotone :
Nicolaus de Meaunoy :
Nicolaus Tatinus :
Nicolaus Vetus :
Nivella (Nivelle) (Jean de) :
Nonagerio (Gautier de) :
71
Nons (Eudes de) :
Nons (Jean de) :
Normand (Guillaume le) :
Normand (Pierre le) :
Norreis (Roger the) :
Novelli (Johannes) :
Noves (Guillaume de) :
Noyon (Jean de) :
Nozeto(Nozet) (Guillelmus (Guillaume) de) :
Nubia (Guillaume de) :
Nulliaco (Fulco de) :
Odart (Aimery) :
Odo (Frère) :
Odon (Frère) :
Odinus (Audinus, Otto, Eudes) de Vendac(Vendak, Vendaco, Vendat) :
Œnapen (Pierre de) :
Oisemont (Hugo de) :
Oleto (Marco de) :
Oliverius (Frère) :
Olivier de Boliens :
Olivier de Manserain :
Oratoire (Guy de l') :
Oratoire (Jean de l') :
Ordis (Jean de) :
Orfèvre (Aurifabri) (Guillaume) :
Orléans (ou de Borlet) (Gérard d') :
Orric Choules :
Orset (Ugo) :
Orto (Ort, Orco, Horto) (Jean Dujardin de Orto) :
Oto Graneti de Gradignano :
Ottringham (Peter of) :
Outard de Bussière :
72
P. Brun :
P. de Lamaids :
P. de Saint-Romain :
P. de Sancto Justo :.(Talvez Pierre de Saint-Just???)
P. Nigri :
P. Regembert :
P. Rostagni :
Pagessu (Pierre) :
Painet (Jean) :
Palmer (Thomas le) :
Palude (Andreas de) :
Panaye (Guy) :
Panaz (Ugo(Hugues) de) :
Papardus (Frère) :
Paray (Etienne de) :
Paris (Frère) :
Paris (Bernard de) :
Paris (Jean de) :
Paris (Raymond de) :
Pariset de Bures (Buris) :
Parmentarius (Stephanus) :
Patiges (Etienne de) :
Patrick of Ripon :
Paul(Pawel) (Henry) :
Paulet (Frère) :
Paulus :
Payans (Millo de) :
Paynhola (Pinhola) (Durandus) :
Payns (Gauthier de) :
Pedagio (Pierre de) :
Peire Bosom :
Peire de Trevas :
Pellicers (Giraudus) :
Pelliparius (Ismido) :
Pelliparius (Petrus) :
Pelliparius (Pontius) :
Pelliparius (Stephanus) :
Peluparii (Radulphus) :
73
Pena (Cellier, Celeyr) (Etienne du (Stephanus del)) :
Pentissera (Robert de) :
Perbona (Egide de) :
Perceval (Percevallus) de Saint-Aubin (Sancto-Albino) :
Perche (Arnoul du) :
Perraud (Payraud, Peraudo, Perauldo, Peralt) (Hugues de) :
Perraud (Ymbert de) :
Peter of Malvern :
Peter of Ottringham :
Petragoricense (Ysardus) :
Petralevada (Guillelmus de) :
Petrosse (Raoul) :
Petrus (Frère) :
Petrus (Frère) :
Petrus (Frère) :
Petrus Armanni :
Petrus Aurelha (Aureille) :
Petrus Balardi (Balart) :
Petrus Bessera :
Petrus Blanc :
Petrus Blanc (Blavi) :
Petrus Bonot :
Petrus Bossa (Rosa, Rose) :
Petrus Chassanha :
Petrus d'Alverne :
Petrus Dada :
Petrus Danieli :
Petrus de Altayraco (Altayrac, Auteyrac) : :
Petrus de Bahaluc :
Petrus de Bellomonte :
Petrus (Pierre) de Bonofonte (Bonnefont, Bonafont) :
Petrus de Breone (Brehone, Brion, Bretona, Brecina) (Peut- être Pierre de
Bretenay ) :
Petrus de Camareto :
Petrus de Caorz :
Petrus de Castronovo :
Petrus de Coderc :
Petrus de Garda :
Petrus de Griffer (Griferio) :
Petrus de Lencrous :
Petrus de Montagnac :
74
Petrus de Montinhac (Montuhac) :
Petrus (Pierre) de Rames (Remeys, Remeyo) :
Petrus de Rolat :
Petrus (Pere) de Roveria(Rovira) :
Petrus de Sancto Johanne :
Petrus de Thuella :.(Talvez Pierre de Thudela)
Petrus du Coderc :
Petrus Echer :
Petrus Gorfol :
Petrus(Pierre) Iterii(Itier) :
Petrus Maurini (Maurin) :
Petrus Nicholai :
Petrus Pelliparius :
Petrus Pic :
Petrus Pio (Piot) :
Petrus Plavia :
Petrus Rollandi :
Petrus Rosa (Bossa, Rose) :
Petrus Tapia :
Petrus Ugo :
Petrus Vilelmi :
(de) Peyrat (Coheta, Coeta, Cocta, Gocta, Cocca) (Boson (Boso, Bossa) :
Peyrussa (Ademarus de) :
Peyruza (Peyrusse, Peyrussa, Perussia, Petrucia) (Adhémar (Aymar,
Ademarus) de) :
Peytavi (Pictavini) (Guillelmus de) :
Peytavin (R.) :
Philip de Meux :
Philippe Agate :
Philippe de Douay :
Philippe de Manco :
Philippe de Montgoyn :
Philippe de Trois-Fontaines :
Philippe de Verrine :
Philippe de Ville-sur-Terre :
Philippe Griffet :
Pic (Petrus) :
Picardi (Pierre) :
Pierre Blatandi :
Pierre Bons :
Pierre Brobart :
Pierre Capon :
75
Pierre Chaynay :
Pierre d’Acus :
Pierre d’Agusano :
Pierre d’Amsoy :
Pierre d'Aramont :
Pierre d’Arblay (Areblay, Arteblay, Arrabloy) :
Pierre de Belinayx :
Pierre de Bichey :
Pierre de Blois :
Pierre de Bologne (Boulogne) :
Pierre de Bragella :
Pierre de Brecy :
Pierre de Bretenay (talvez Petrus de Breone) :
Pierre de Buris :
Pierre (Petrus) de Cadruvio (Quadrivio) :
Pierre de Camino :
Pierre de Castanier :
Pierre de Chablis :
Pierre de Châlons :
Pierre de Cheruto :
Pierre de Clermont :
Pierre de Compiègne :
Pierre de Conders :
Pierre de Courtemple :
Pierre de Crochet :
Pierre de Daumartin :
Pierre de Daux :
Pierre de Day :
Pierre de Ducarel :
Pierre de Eycri :
Pierre de Faus : (Talvez Amblardus de Faus???)
Pierre de Forest :
Pierre de Grumesnil :
Pierre (Petrus) de la Colonge (Colongha, Colonia) :
Pierre de la Moneta :
Pierre de Lagny :
Pierre de Laigneville :
Pierre de Landres :
Pierre de Lugno :
Pierre de Madic (Madico) :
Pierre de Malhac :
Pierre de Maybresis :
76
Pierre de Maysson-Viribier :
Pierre (Petrus) de Moncel (Moncelli) :
Pierre de Mons :
Pierre de Mont Seidi :
Pierre de Montade :
Pierre (Petrus) de Montignac (Montanhac, Montagnac, Montinhac,
Montinhaco, Manthuaco, Montinhiaco) :
Pierre de Montigny :
Pierre de Œnapen :
Pierre de Pedagio :
Pierre (Petrus) de Rames (Remeys, Remeyo) :
Pierre de Roche :
Pierre de Roucy :
Pierre de Safet :
Pierre de Saint-Gressa :
Pierre de Saint-Just :
Pierre de Saint-Loup :
Pierre de Sarcelles :
Pierre de Serra :
Pierre de Sévry (Severy, Sevrey) :
Pierre de Siuref :
Pierre de Sivre (Sivry ???) :
Pierre de Sivriac :
Pierre de Sommièvre :
Pierre de Sornay :
Pierre de Syvre ou Sevrey :
Pierre de Terrasson :
Pierre de Thudela :.(Talvez Petrus de Thuella)
Pierre de Torteville (Tourtaville) :
Pierre de Trelheto :
Pierre de Valan :
Pierre de Vergy :
Pierre(Petrus, Pons) de Vernege(Verneygha, Verneya, Vernogia) :
Pierre de Verrieres :
Pierre de Ville-sur-Terre :
Pierre de Villiers-Adam :
Pierre du (de) Breuil (Brolio, Brolii) :
Pierre (Petrus) du (de) Breuil (Brolio, Brolii) :
Pierre Gibellin :
Pierre Grissy :
Pierre Jombert :
Pierre le Normand :
77
Pierre le Prevost :
Pierre Legris :
Pierre Loer :
Pierre Maliani :
Pierre Pagessu :
Pierre Picardi :
Pierre Pufandi :
Pierre Stefani :
Pierre Tressec :
Pierre-Guillaume Ricaud :
Pincom (Gautier de) :
Pinhola (Paynhola) (Durandus) :
Pio (Piot) (Petrus) :
Pisani (Ponce) :
Place (Guillaume de la) :
Place (Henri de la) :
Planche (Jean de) :
Plannis (R. de) :
Plavia (Petrus) :
Plomione (Thibaut de) :
Pocklington (William of) :
Podio (Etienne Ebrardi de) :
Podio (Dupuy, Du Puy)(Michel (de)) :
Podio Acuto (Giraudus de) :
Poiet (Martinus del) :
Poissons (Jean de) :
Poitevin (Richard) :
Poles (Ugo) :
Polomnac (Ugo de) :
Ponce de Buris :
Ponce de Malpas :
Ponce Espes :
Ponce Pisani :
Ponce Tortossa :
Ponchard (Martin de) :
Poncius de Bion :
Poncius (Pons) de Brohet :
Poncius de Luzeranno :
Poncius de Mezenas :
Poncius de Sutor :
Poncius Wilelmi :
Pons (Frère) :
Pons Aicard :
78
Pons d'Alex :
Pons de Bonnœuvre (Bonne-Oeuvre) :
Pons de Fayne :
Pons de Lyon :
Ponsard de Ghisy :
Pont (Raoul du) :
Pont-l'Évêque (Jean de) :
Pontius (Frère) :
Pontius Arbertus :
Pontius Bellon :
Pontius de Alon :
Pontius de Costa :
Pontius de Jaucerannus :
Pontius de Laval :
Pontius Pelliparius :
Pontius Taufer :
Pontius Viader :
Pontrouge (Clément de) :
Ponz de Merliet :
Ponz del Forn :
Porceto (Arnaud de) :
Porta (Humbert de) :
Porta (Bernard le) :
Portafais (Frère) :
Pourbrigge (Robert of) :
Poytevin (Jean de) :
Poyton (John of) :
Pratemi (Pratmi) (Barthélemy (Bartholomeus) de) :
Pratini (Aimé de) :
Précingies (Henri de) :
Prevost (Pierre le) :
Provins (Jean de) :
Provins (Renaud de) :
Pruino (Etienne de) :
Pruino (Jean de) :
Pruino (Laurent de) :
Pruino (Raynal de) :
Puiseaux (Guillaume de) :
Puisieux (Nicolas de) :
Pufandi (Pierre) :
Puy-Forteguille (Gérard de) :
Puy-Minaud (Podio Minaldi) (Guillaume de) : .(Talvez Guillaume de Puy-
Vignal???)
79
Puy-Vignal (Podio Vigniali) (Guillaume de) :.(Talvez Guillaume de Puy-
Mignaud???)
Quadrivio (Cadruvio) (Pierre (Petrus) de) :
Quarre (Raoul) :
Quesnoy (Mathieu de) :
Quesnoy (Thomas du) :
Qui (Gérard) :
Quilio (Hugues de) :
Quincy (Simon de) :
Quintin (Etienne) :
Quintini (Thomas) :
R. de Plannis :
R. de Roca :
R. Peytavin :
Radenhall(Redenay, Radeneth) (Stephen of) :
Radulfus (Frère) :
Radulfus (Frère) :
Radulfus Cornabroc :
Radulphus Peluparii :
Raimbaud Alziari :
Raimbaudus (Frère) :
Raimbaudus de Roais :
Raimond (Bermundus) (Frère) :
Raimundus Amblardi :
Raimundus de Barbaira :
Raimundus de Cruceolis :
Raimundus de Susa :
Raimundus Rigaldi :
Raimundus(Raymond) Saignis(Seguis) :
Rainier (Renerus, Renier) de Larchant (l'Archant) :
Ralph of Bradley :
Ralph of Bulford :
Ralph of Malton :
80
Ralph of Ruston :
Ralph of Tanet(Chanet) :
Ramati (Bertrandus de) :
Rambervillers (Jean de) :
Rames (Remeys, Remeyo) (Petrus (Pierre) de) :
Ranco (Guillaume de) :
Randulph of Evesham :
Raoul (Guillaume) :
Raoul(Ralph, Radulphus) de Barton :
Raoul de Bretencuria :
Raoul de Brie :
Raoul de Carel (Quarre) :
Raoul de Compiègne :
Raoul de Fremey :
Raoul de Gisi (Gisy) :
Raoul de Grandvilliers (Grandvillars) :
Raoul de Hardiviller :
Raoul de Moiset :
Raoul de Salt :
Raoul de Saully :
Raoul de Taverny (Tavernay) :
Raoul du Maynil :
Raoul du Pont :
Raoul Petrosse :
Raoul Quarre (de Carel) :
Rapina (G.) :
Rassa (Raymond de) :
Rassi (Guillaume) :
Rastanh (Durandus) :
Raterius (Itier) de Limozi (Limousin) :
Rathenny (Thomas of) :
Ratherius de Sancto Vincencio :
Raven (William) :
Raymbaud de Caromb :
Raymond Benedicti :
Raymond Bernardi :
Raymond d'Angles :
Raymond de Carbone :
Raymond de Caro :
Raymond de Chambarrand :
Raymond de Cugnières :
Raymond de Glodio :
Raymond de Grinhans :
81
Raymond(us) de Mareuil (Marolio) :
Raymond de Paris :
Raymond de Rassa :
Raymond de Vassignac (Bassinhac, Bassinhac, Vassiniacho) :
Raymond del Boysso :
Raymond Guillaume de Bench :
Raymond Guillelmi :
Raymundus (Rotbertus) Laurencii (Laurens) :
Raynal de Londeville :
Raynal de Pruino :
Raynal de Tremplay :.(Talvez Renaud de Tremblay???)
Raynard de Affinellio :
Raynardus de Borto (Borno, Bort, Bordis) :
Raynerii (Reynerii, Reynier) (Guillelmus) :
Rebel (Walter the) :
Regembert (P.) :
Réginal (Renaud) de Bondies :
Reims (Rheims) (Terric(Ferry) de) :
Relanpont (Etienne de) :
Relanpont (Thibaut de) :
Relis (Frère) :
Remeys (Rames, Remeyo) (Petrus (Pierre) de) :
Renandi (Mathieu) :
Renard de Valois :
Renaud (Réginal) de Bondies :
Renaud de Clamcourt :
Renaud de Provins :
Renaud de Tramblay (Tremblay) : .(Talvez Raynal de Tremplay???)
Renaud(Gaufridus, Geoffroy) de Vichier(Vicherio, Vichiato, Vichiers) :
Reppe (Simon la) :
Reses(Guillaume de) :
Reynard de Bort :
Reynerii (Raynerii, Reynier) (Guillelmus) :
Rhodez (Guillaume de) :
Rialhac (Etienne de) :
Ricaud (Pierre-Guillaume) :
Richard Bernanger :
Ricaut Bonomel :
Richard de Capriosa :
Richard Engayn :
Richard le Charem :
82
Richard le Loup :
Richard Leobard :
Richard of Brestsam(Bistelesham) :
Richard of Burthesham(Bustelsham) :
Richard of Casuyt(Keselwik) :
Richard of Colingham :
Richard of Hales :
Richard of Herdwik :
Richard of Newent :
Richard of Ripton(Ripon) :
Richard of Upleadon :
Richard Poitevin :
Richebourg (Jean de) :
Richeval (Jean de) :
Ricon (Etienne) :
Ricors (Henri de) :
Rigaldi (Raimundus) :
Riperia (Etienne de) :
Riperia (Nicolas de) :
Ripert Dupuy :
Ripertus Folradi :
Ripis (Arbertus de) :
Ripon (Patrick of) :
Ripon(Ripton) (Richard of) :
Rivo (Ryvo) (Stephanus de) :
Roais (Raimbaudus de) :
Robert (Bérard) :
Robert Cavalier :
Robert (Rotbertus) Charnier (Charnerii, Charneyr) :
Rotbertus Cortesia (Cortezia, Cortoseia, Courteix) :
Rotbertus (Raymundus) Laurencii (Laurens) :
Robert d’Hermeneville :
Robert de Bicey :
Robert de Blois :
Robert de Cavill (Cammvile) :
Robert de Chanuis :
Robert de Corenflos :
Robert de Dormeille :
Robert de Flameny :
Robert de Letravilla :
Robert de Momboin (Montboyn) :
Robert de Monsterrol :
Robert de Montay :
83
Robert de Pentissera :
Robert de Saint-Pantaléon :
Robert de Sarnac (Cernay) :
Robert de Silhy :
Robert de Sornay :
Robert de Superville :
Robert de Tourville(Torteville) :
Robert(Rotbertus) de Vigier(Vigerii) :
Robert Franiel :
Robert le Brioys :
Robert of Amoldon(Hameldon) :
Robert of Bernewell :
Robert of Halton :
Robert of Langton :
Robert of Pourbrigge :
Robert of Sautre :
Robert of Spanthon(Spaunton,Sprouton,Stanton) :
Robert of the Wolde :
Robert the Scot :
Robert Vavasseur :
Roberti (Rotberti, Rothberti) (Jean) :
Roberto (Rotbertus) de Cauleto :
Robertus (Frère) :
Robertus (Frère) :
Robertus de Blezis :
Robertus de Montilio :
Robul (Martin) :
Roca (R. de) :
Roca (Dalmacius de la) :
Rocha (Lambertus de la) :
Rochafort (Bernardus de) :
Roche (Amaury de la) :
Roche (Rochelle) (Ancel de la) :
Roche (Bernard de la) :
Roche (Bertrand de la) :
Roche (Pierre de) :
Roche (Rocha, Ruppe) (Rotgerius de la) :
Rochelle (Jacob de) :
Roderic de Cuyre :
Roderic du Galet :
Rodulfus de Sancto Gervasio :
Rodulfus de Troseu :
Roger de Flor :
84
Roger de Marseille :
Roger of Dalton :
Roger of Hogyndon(Hugande) :
Roger of Lodelawe :
Roger of Sheffield(Thresk) :
Roger of Stowe :
Roger of Wyke :
Roger the Norreis :
Roians (Untardus de) :
Rokeley (Walter of) :
Rolat (Petrus de) :
Rollandi (Bernardus) :
Rollandi (Petrus) :
Romans (Nicolas de) :
Romayn (John) :
Romecourt (Lambert de) :
Rompre (Johannes de) :
Roncelin de Fos :
Roquencourt (Thomas de) :
Rosa (Bossa, Rose) (Petrus) :
Rosiere (Jean de) :
Rossalha (Larossilha, Labossilha, La Roussille) (Stephanus (Etienne) la) :
Rossi (Roux, Boncino, Rassi, Rossini) (Guillelmus de) :
Rostagnus (Frère) :
Rostagnus(Rostang) de Conis(Comps) :
Rotangy (Egide de) :
Rotbertus (Frère) :
Rotbertus Grili (Greu) :
Rotbertus Guitet (Guideti) :
Rotbertus (Bertholomeus) Martini (Marti) :
Rotgerius de Brandic :
Rotgerius de la Ruppe (Rocha, Roche) :
Rouclifis(Rouchecliff ou Routecliff ou Rawcliffe) (Henry of) :
Roucy (Jean de) :
Roucy (Pierre de) :
Rougemont (Jacques de) :
Rovelle (Bertrand de) :
Roveria (Berengarius de) :
Roveria(Rovira) (Petrus(Pere) de) :
Rovoria (Bernardus de) :
Roy (Guillaume de) :
Ruffemont (Buffevent) (Jean (Johannes))de :
Ruffi (Stephanus) :
85
Rumercourt (Albert de) :
Rupe Amatoris (Rupe Apis) (Géraud de) :
Ruppe (Rocha, Roche) (Rotgerius de la) :
Rustayn (Guillelmus) :
Ruston (Ralph of) :
Ryvo (Rivo) (Stephanus de) :
Sabaterii (Hugo) :
Sacqueville (André de) :
Saddlecombe (John of) :
Safet (Pierre de) :
Saignis(Seguis) (Raimundus(Raymond)) :
Saint Alban (Nicolas de) :
Saint-Aubin (Sancto-Albino) (Perceval (Percevallus) de) :
Saint Christophe (Huguet de) :
Saint Férieux (Millet de) :
Saint-Fiacre (Milon de) :
Saint-Georges (Humbert de) :
Saint-Gressa (Pierre de) :
Saint-Hilaire (Clément de) :
Saint-Hilaire (Sancto Hilario) (Jean de) :
Saint-Just (Baudouin de) :
Saint-Just (Jean de) :
Saint-Just (Pierre de) :
Saint-Léonard (Guillaume de) :
Saint-Loup (Jean de) :
Saint-Loup (Pierre de) :
Saint-Martial (Géraud de) :
Saint-Maurin (Michel de) :
Saint-Meme (Michel de) :
Saint-Pantaléon (Robert de) :
Saint-Paul (Bertrand de) :
Saint-Rémy (Jean de) :
Saint-Romain (P. de) :
Salabrini (Geoffroy) :
Salabrini (Guillaume) :
Salis (Galdemarus de) :
Salt (Raoul de) :
Salvaing (Goufier de) :
86
Salzet(Sauzet, Salzeto) (Géraud(Geraldus) de) :
Sampic (Jean) :
Sancey (Jacques de) :
Sancony (Vernon de) :
Sancto Gervasio (Rodulfus de) :
Sancto Johanne (Petrus de) :
Sancto Justo (P. de) : (Talvez Pierre de Saint-Just???)
Sancto Paulo (Constantinus de) :
Sancto Paulo (Geraldus de) :
Sancto Paulo (Guilelmus de) :
Sancto Paulo (Johannes de) :
Sancto Vincencio (Ratherius de) :
Sancy (Arnoul de) :
Sansauholi (Gasnhols, Guanhols, Mascohele, Guanhol, Cassagnoli,
Brioude, Ganhel) (Bonet (Bonitus, Dominicus, Bonnet) de) :
Saraceni (Sarazi, Sarracenum, Sarrasin) (Johannes (Jean)) :
Saramannus de Vallauria :
Sarcelles (Pierre de) :
Sarmage (Mathieu le) :
Sarnac(Cernay) (Robert de) :
Sartiges (Sartigies, Sarthigas, Sartigiis, Artigia) (Bertrand (Bertrandus)
de) :
Saurini (Etienne) :
Saully (Raoul de) :
Sautre (Robert of) :
Sautre(William of) :
Sauzet(Salzet, Salzeto) (Géraud(Geraldus) de) :
Sauzet (Géraud(Geraldus) de) :
Sauzet(Sauzeto) (Stephanus (Etienne) de) :
Sauzeto (Imbertus de) :
Saycelli (Seyssel, Sestan, Suosoys) (Hugo(Hugues)) :
Scot (Robert the) :
Scotho (William) :
Scurlagge (William) :
Séguin de Dijon :
Seleford (Henri de) :
Seliers (Usselet) (Etienne (Aymery) de) :
Senaud (Cenaudi, Senaut, Senanti) (Johannes) :
Sencey (Nicolas de) :
Septmonts (Jean de) :
Serra (Gui de) :
Serra (Nicolas de) :
87
Serra (Pierre de) :
Serrières (Bérard de) :
Sestan (Hugues) :
Sévry (Sevrey, Severy) (Pierre de) :
Sheffield(Thresk) (Roger of) :
Sicard Alberti :
Sicey (Jean de) :
Silhy (Robert de) :
Simon (Frère) :
Simon Chrétien :
Simon de Cornus :
Simon de Fleury :
Simon de la Cour :
Simon de la Ferté-sur-Aube :
Simon de la Tour :
Simon de Quincy :
Simon de Tornas :
Simon la Reppe :
Simon Martinet :
Simon of Streche(Strethe) :
Simon Testefort :
Sissey (Sissy,de Scisseio) (Etienne de) :
Sissey (Etienne de) :
Siuref (Pierre de) :
Sivre (Sivry ???) (Pierre de) :
Sivriac (Pierre de) :
Sivry (Sivrey, Siure) (Jean de) :
Sol (Johannes des) :
Soleyr (Durandus) :
Somons (Gérard de) :
Somorens (Bertrand de) :
Sommièvre (Pierre de) :
Songeons (Gérard de) :
Sornac (Sornat, Saornat) (Jean (Johannes) de) :
Sornay (Drogon de) :
Sornay (Guillaume de) :
Sornay (Jean de) :
Sornay (Lucas de) :
Sornay (Pierre de) :
Sornay (Robert de) :
Sowerby (Michael of) :
Spanthon(Spaunton,Sprouton,Stanton) (Robert of) :
Sparros (Adhémar de) :
88
Spinassa (Espinasse, Espinassa, l'Espinatz, Sprimassa) (Guillaume
(Guillelmus) d') :
Stagno(de l'Etang) (Deusdet(Deodat) de) :
Stamis (Thomas de) :
Stapelbrugge(Stalbridge) (Stephen of) :
Starralha (Guy) :
Staundon (Thomas of) :
Staunford (Thomas of) :
Stefani (Pierre) :
Stephanus (Frère) :
Stephanus(Etienne) (Frère) :
Stephanus (Etienne) d'Egletons (Deusglotos, de Glotos, de Glotonis) :
Stephanus de Aurasica :
Stephanus (Etienne) de Bosco :
Stephanus de Johannacio :
Stephanus (Etienne) de Lajarousse (Lagarossa, Laghariossa, Jarossa) :
Stephanus (Etienne) de Mège (Megha) :
Stephanus de Rivo (Ryvo) :
Stephanus del (Etienne du) Celeyr (Cellier, Pena) :
Stephanus (Etienne) des Clos (Closis) :
Stephanus Deusglotos :
Stephanus Ebreus :
Stephanus (Etienne) la Rossalha (Larossilha, Labossilha, La Roussille) :
Stephanus Parmentarius :
Stephanus Pelliparius :
Stephanus Ruffi :
Stephanus (Etienne) de Sauzet(Sauzeto) :
Stephen of Radenhall(Redenay, Radeneth) :
Stephen of Stapelbrugge(Stalbridge) :
Stoke (Jean(John of) de) :
Stoke(Sutton) (John of) :
Stowe (Roger of) :
Strech(Trech) (Thomas of) :
Streche(Strethe) (Simon of) :
Sudre (Geraldus) :
Superville (Robert de) :
Supi (Henri de) :
Susa (Raimundus de) :
Sutor (Arnulfus) :
Sutor (Martinus) :
Sutor (Poncius de) :
Sutton (Michael of) :
89
Symond Picard :
Syvre ou Sevrey (Pierre de) :
Table(Tabulla) (Mathieu de la) :
Tadecaster (Hugh of) :
Talem (Talempde, Talende, Tallende) (Bonafous de) :
Tamaynh (Johannes) :
Tanet(Chanet) (Ralph of) :
Tapia (Petrus) :
Tatinus (Ugo) :
Tatinus (Nicolaus) :
Taufer (Pontius) :
Taverny (Tavernay) (Raoul de) :
Templemar (Helim de) :
Teotbertus (Frère) :
Terrasson (Pierre de) :
Terrazas (Guigo de) :
Terric (Thierry) (Frère) :
Terric(Ferry) de Reims (Rheims) :
Testefort (Simon) :
Teutonique (Thierry le) :
Textoris(Cellis, Tisseres, Tixier) (Guillelmus) :
Th. de Cormeilles :
Therici (Thierry) (Etienne de) :
Thibaut (Frère) :
Thibaut(Théolbald) de Bafemont(Bauffremont) :
Thibaud de Bassimont :
Thibaud de Breteuil :
Thibaut de Plomione :
Thibaut de Relanpont :
Thierry (Therici) (Etienne de) :
Thierry de Valbelloy :
Thierry du Bois :
Thierry le Teutonique :
Thierry Lemoys :
Tholos(Toulouse, Tholouse) (Thomas of) :
Thomas de Bonnecourt :
Thomas de Bragella :
Thomas de Breele :
90
Thomas de Camino (du Chemin) :
Thomas de Casnay :
Thomas de Hennencourt :
Thomas de Jamvalle :
Thomas de Martignac :
Thomas de Roquencourt :
Thomas de Stamis :
Thomas de Trecis :
Thomas du Chemin (de Camino) :
Thomas du Quesnoy :
Thomas le Palmer :
Thomas Militis :
Thomas of Barton(Burton) :
Thomas of Bolerby(Belleby) :
Thomas of Frouby :
Thomas of Hagworthingham :
Thomas of Lindsey :
Thomas of Loudham :
Thomas of Rathenny :
Thomas of Staundon :
Thomas of Staunford :
Thomas of Strech(Trech) :
Thomas of Toulouse(Tholouse, Tholos) :
Thomas of Thoraldeby :
Thomas of Walkington :
Thomas of Wothoppe(Woop) :
Thomas Quintini :
Thomas the Chamberlain(the Chamber) :
Thoraldeby (Thomas of) :
Thorp (William of) :
Thresk(Sheffield) (Roger of) :
Thudela (Pierre de) :.(Talvez Petrus de Thuella)
Thuella (Petrus de) :.(Talvez Pierre de Thudela)
Tixier(Textoris, Tisseres, Cellis) (Guillelmus) :
Toe (Guillaume) :
Toisy (Lambert de) :
Torbon (Lambert de) :
Torlandera (Gérard de la) :
Tornas (Simon de) :
Torteville (Tourtaville) (Jean de) :
Torteville (Tourtaville) (Pierre de) :
91
Tortossa (Ponce) :
Toulouse(Tholouse, Tholos) (Thomas of) :
Tour (I) (Jean de la) :
Tour(Turno) (II) (Jean de la) :
Tour (Simon de la) :
Tours (G. de) :
Tourville (Guillaume de) :
Tourville (Torteville)(Robert de) :
Toussaint (Frère) :
Tramblay(Tremblay) (Renaud de) :.(Talvez Raynal de Tremplay???)
Trech(Strech) (Thomas of) :
Trécis (Foulque de) :.(Talvez Foulques de Troyes???)
Trecis (Nicolas de) :
Trecis (Thomas de) :
Trelheto (Pierre de) :
Tremplay (Raynal de) :.(Talvez Renaud de Tremblay???)
Trenay (Laurent de) :
Tressec (Pierre) :
Trevas (Peire de) :
Trivy (Jean de) :
Trobati (Etienne) :
Trois-Fontaines (Eudes de) :
Trois-Fontaines (Guillaume de) :
Trois-Fontaines (Philippe de) :
Troseu (Rodulfus de) :
Troyes (Foulques de) :.(Talvez Foulque de Trécis???)
Troyes (Nicolas de) :
Tuchat (Durand de) :
Tulhellis (Guillade) :
Tulle (Lafont, Lafon, Tutela) (Jaubertus (Gilbertus, Ambertus, Lambertus)
de) :
Tumo (Etienne de) :
Turiac (Guy de) :
Turno (Clément de) :
Uco de Montsecuro :
92
Ugo (Frère) :
Ugo (Frère) :
Ugo Aillautz :
Ugo (Petrus) :
Ugo de Barcelona :
Ugo de Beciano :
Ugo(Hugues) de Bolbotone(Bourbouton) :
Ugo de Bordellis :
Ugo de Chastel :
Ugo de la Marcha :
Ugo(Hugues) de Panaz :
Ugo de Polomnac :
Ugo Escofer :
Ugo Fidelz :
Ugo Gaufridi :
Ugo Orset :
Ugo Poles :
Ugo Tatinus :
Ugolenus(Hugolin) (Frère) :
Uley(Eule ou Euleye ou Yvleath ou Aley) (John of) :
Umbertus Bergondinus :
Untardus de Roians :
Upleadon (Richard of) :
Usflete(Huseflet ou Husflet) (John of) :
Ussel(Usselo, Ucello, Ussello, Ucel) (Barthélemy(Bartholomeus) d') :
Usselet (Seliers) (Etienne (Aymery) de) :
Uco de Montsecuro :
Ugo (Frère) :
Ugo (Frère) :
Ugo Aillautz :
Ugo (Petrus) :
Ugo de Barcelona :
Ugo de Beciano :
Ugo(Hugues) de Bolbotone(Bourbouton) :
Ugo de Bordellis :
Ugo de Chastel :
Ugo de la Marcha :
Ugo(Hugues) de Panaz :
Ugo de Polomnac :
Ugo Escofer :
Ugo Fidelz :
Ugo Gaufridi :
Ugo Orset :
93
Ugo Poles :
Ugo Tatinus :
Ugolenus(Hugolin) (Frère) :
Uley(Eule ou Euleye ou Yvleath ou Aley) (John of) :
Umbertus Bergondinus :
Untardus de Roians :
Upleadon (Richard of) :
Usflete(Huseflet ou Husflet) (John of) :
Ussel(Usselo, Ucello, Ussello, Ucel) (Barthélemy(Bartholomeus) d') :
Usselet (Seliers) (Etienne (Aymery) de) :
Vado (Bertrand de) :
Vaillac (Nicolas de) :
Valan (Pierre de) :
Valbelland(Valbellay) (Jean de) :
Valbelloy (Thierry de) :
Valdens (Gérard de) :
Vale(Vaal) (John du) :
Valenciennes (Egide de) :
Valeta (Johannes) :
Valey (Wole ou la Valicia ou Wolde) (Henry de la) :
Vallauria (Saramannus de) :
Valleglosa (Jean de) :
Vallet (Eudes) :
Valois (Renard de) :
Vandac(Vendaco) (Geoffroy (Gaifridus) de) :
Varennes (Martin de) :
Varnage (Guillaume de) :
Vasconis (Bertrand (Bertrandus)) :
Vassal (Vassales) (Barthélemy) :
Vassignac (Bassinhac, Bassinhac, Vassiniacho)(Raymond de) :
Vavasseur (Robert) :
Vendac(Vendak, Vendaco, Vendat) (Eudes (Audinus, Otto, Odinus)
de) :
Veninis (Guillaume de) :
Ventadour (André de) :
Ventoirol (Bertrandus de) :
Verdun (Dominique de) :
Verenes (Lambert de) :
94
Vergy (Pierre de) :
Verjus (Jacques(Jacobus) le) :
Verjus (Jean le) :
Vernège(Vernegha) (Laurent(Laurencius) de) :
Vernege(Verneygha, Verneya, Vernogia) (Pierre(Petrus, Pons) de) :
Vernon de Sancony :
Verrière (Jean de) :
Verrieres (Pierre de) :
Verrine (Philippe de) :
Versequi (Nicolas) :
Versinac (Jean de) :
Versy (Jean) :
Vescoms (Guigo) :
Vetus (Nicolaus) :
Viader (Pontius) :
Vichey (Bertrand de) :
Vichier(Vicherio, Vichiato, Vichiers) (Geoffroy(Gaufridus, Renaud)
de) :
Viennois (Imbert de) :
Vigerii (Helias) :
Vigier (Guillaume de) :
Vigier(Vigerii) (Robert(Rotbertus) de) :
Vilelmi (Petrus) :
Villanova (Berengarius de) :
Villars (Vilaribus) (Bernard de) :
Villars (Hugues de) :
Villars (Jacques de) :
Villars (Jean de) :
Ville-Savin (Gautier de) :
Ville-sur-Terre (Jean de) :
Ville-sur-Terre (Philippe de) :
Ville-sur-Terre (Pierre de) :
Villepierre (Henri de) :
Villepierre (Hervé de) :
Villiers (Gérard de) :
Villiers (Vilars, Villers) (Gérard(Gerardus) de) : .(Talvez le
précédent??)
Villiers-Adam (Pierre de) :
Vincentius (Frère) :
Vincentius Bosquet :
Vital de Chadarsac :
Vitalis (Frère) :
95
Vitalis Fabri (Fabre) :
Vivayrol (Vivairoles) (Guillelmus de) :
Viviers (Dreux (Drogon) de) :
Viviers (Durand de) :
Volènes (Barthelemy de) :
Volènes (Bonno de) :
Volènes (Hugues de) :
Vollenes (Etienne de) :
Vollenes (Jean de) :
W. de Lafford :
Waben (Baudouin de) :
Waddona(Waldona) (John of) :
Walkington (Thomas of) :
Walpole (John of) :
Walter le Long :
Walter of Clifton :
Walter of Gadesby :
Walter of Jonely(Chonesby, Domby) ou William of Cheveley :
Walter of Rokeley :
Walter the Rebel :
Warenne (William of) :
Warwick (William of) :
Welles (William of) :
Wickala(Withcal) (Henry of) :
William de Marringe :
William(Guillaume) de la More :
William of Middleton :
William of Barnwell :
William of Barton(Burton) :
William of Chalesey(Chelse) :
William of Chesterton :
William of Craucombe :
William of Egidon(Hedington) :
William of Grafton (Junior) :
96
William of Grafton (Senior) :
William of Hereford(Hertford) :
William of Herewwyk :
William of Kilros(Balygaueran, the Chaplain) :
William of Pocklington :
William of Sautre :
William of the Fenne :
William of the Ford :
William of Thorp :
William of Warenne :
William of Warwick :
William of Welles :
William of Winchester(Winton) :
William Raven :
William Scotho :
William Scurlagge :
Winchester(Winton) (William of) :
Welton(Winton ou Wilton) (Geoffrey of) :
Wergrave (John) :
Wermes (Eudes de) :
Wesemale (Arnaud de) :
Wilelmi (Poncius) :
Wirkeleye(Wakeley ou Wakerley) (John of) :
Wolde (Robert of the) :
Wole (Valey ou la Valicia ou Wolde) (Henry de la) :
Wothoppe(Woop) (Thomas of) :
Wyke (Roger of) :
Ycri (Gilo de) :
Ymbert (Frère) :
Ymbert (Humbert, Ymberlus) Blanc(Blacas) :
Ymbert (Ymbertus) de Comborn (Combort ou Comborto) :
Ymbert de Perraud :
Ysardus Petragoricense :
97
Yvleath(Eule ou Euleye ou Uley ou Aley) (John of) :
98
1 – JACQUES DE MOLAY
A questão da liderança é uma coisa muito séria.
Trata-se de um dom e pode ser utilizada para o Bem ou para o Mal.
Jacques de Molay foi eleito grão-mestre em eleição onde seu
concorrente não ficou satisfeito com a derrota e isso significou um racha
dentro da Ordem dos Templários.
Aliás, sempre há oposições em todas as instituições e essa oposição
minou o terreno da Ordem, brecha por onde entraram os grandes inimigos
da instituição, por induções de Filipe IV, Clemente V, Enguerrand e
Nogaret.
Essa situação é pouco divulgada pelos historiadores, ou melhor,
ninguém trata do assunto.
Mas a verdade é que cada um dos inconformados com a eleição de
De Molay foi fazendo coro aos grandes inimigos da instituição e houve
mais de um traidor.
De Molay era um homem de bem, corajoso e que teve o apoio
importante do seu tio o marechal Guillaume De Molay.
Aliás, sempre é necessário o apoio de alguém de prestígio, mesmo
em se tratando de um grande líder.
Se não fosse Jacques De Molay, com seu idealismo e a presença de
outros idealistas naquela geração de templários, a Ordem continuaria sendo
o que tinha sido anteriormente: um mero braço armado dos reis e dos
papas.
Mas o rumo da instituição mudou a partir do início da gestão de De
Molay.
Os historiadores não falam no assunto.
99
100
2 – GEOFFROY DE CHARNAY
Era um homem diferenciado, a tal ponto que os inimigos dos
templários fizeram questão de queimá-lo junto com De Molay, tão logo
tomou da palavra e desacatou o rei e o papa, afirmando todas as falcatruas
de ambos.
Não teve meias palavras, sendo muito mais destemperado que De
Molay nas palavras esclarecedoras sobre as vilezas do papa e do rei.
Lembrava João, o Evangelista, a quem Jesus chamou de Boanerge,
ou seja, “filho do trovão”.
Morreu queimado, mas deixou em cinzas as reputações daqueles
tiranos corruptos, que decretaram a morte da Ordem para se apropriarem
dos seus bens, bem como impedir a fundação da república templária, que
seria uma verdadeira nação, onde reinariam a justiça, a igualdade e os
ideais da verdadeira Religião.
101
3 – GUI DAUPHIN
Era o Segundo homem na época de Jacques De Molay, apesar de não
ostentar nenhum cargo mais expressivo.
Aliás, quem tem credibilidade toma decisões e é aceito, enquanto que
os ocupantes de cargos importantes nem sempre tem força para se fazer
ouvir.
Gui Dauphin era um homem que falava pouco, mas era ouvido e
acatado.
Alguns dizem que morreu queimado junto com De Molay e Charnay,
no que acredito, pois representava um perigo para seus inimigos
permanecer vivo.
102
4 – GEOFFROY DE GONNEVILLE
Defeccionou ao não tomar da palavra acompanhando De Molay e
Charnay, mas, depois de ficar preso durante onze anos, de 1307 a 1318,
saiu pelo mundo afora pregando a implantação dos ideais templários.
Graças à sua pena prolífica e seus discursos inflamados, ajudou a
manter aceso os ideais do verdadeira república.
Célebre ficou sua previsão de que a república somente iria encontrar
as condições mínimas para se implantar daí a mais de seis séculos.
103
NOTAS
[1]
“Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão (em latim: "Ordo Pauperum Commilitonum Christi
Templique Salominici"), conhecida como Cavaleiros
Templários, Ordem do Templo (em francês: Ordem du
Templeou Templários) ou simplesmente como Templários”.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templ%C3%A1rios)
[2]
“Revela a história que a Ordem do Templo passou por muitas
dificuldades e dissidências. Por consequência, hoje em dia há
muitas organizações de gêneros diferentes que afirmam ser as
“Autênticas Ordens do Templo”. Porém, confirmamos que a “Ordo
Supremus Militaris Templi Hierosolymitani (OSMTH) é uma
verdadeira Ordem Eclesiástica de Cavaleiros Templários, afiliada
e nascida de sua Ordem Templária Mãe, com sede na cidade do
Porto, em Portugal. Identificada pelo uso da mesma cruz de “barra
dupla”, bem como pelo antigo lema da Ordem. A OSMTH é uma
Ordem de Cavaleiros do Templo, não sendo, portanto, uma Ordem
Maçônica e nem a ela é conectada, a não ser historicamente, como
qualquer das Organizações Templárias dentro da Maçonaria.
Muitos conteúdos sobre os templários foram altamente
romantizados por vários historiadores e escritores ao longo dos
séculos. Atribui-se aos Cavaleiros Templários a posse de segredos
enigmáticos, e acredita-se que isso é devido à longa natureza
histórica da Ordem e à sua considerável exposição às filosofias
religiosas orientais encontradas no Oriente Médio. Nem a OSMTH
nem sua Ordem Mãe, na Europa, afirmam estar de posse de
quaisquer segredos enigmáticos ou poderes de qualquer tipo. Não
há absolutamente nada oculto sobre a OSMTH. As cerimônias de
posse da Ordem (As concessões do título de Cavalaria) são
religiosas, geralmente abertas a qualquer um que deseje vê-las. As
cerimônias são em grande parte baseadas naquelas dos Templários
antigos.
A OSMTH também não tem nenhuma associação com organizações
“Templárias”, originalmente sediadas na Espanha, se intitulando
“A Aliança Federada Internacional”. Exemplos semelhantes da
separação da Ordem Internacional ocorreram com grupos menores
na Europa e na Grã-Bretanha. A maior parte da liderança de todas
104
estas outras organizações Templárias foi originalmente admitida
na Ordem pelo Grão-Mestre Europeu, mas elas escolheram se
dividir na dissidência, por suas próprias razões, e formar suas
próprias “Ordens Templárias”. É opinião geral nos círculos de
Cavalaria que estas Ordens quebraram sua linhagem histórica e,
desta forma, são consideradas como Templários ilegítimos e “Auto-intitulados”.
Os membros da OSMTH recebem o título de Cavaleiro (ou Dama)
Templário(a) da maior autoridade templária mundial, sediada no
Porto, em Portugal. Estes títulos de Cavaleiro (ou Dama)
Templário(a) são concedidos pela mais prestigiada das Ordens
Cavalheirescas Eclesiásticas vindas do período histórico das
Cruzadas. O título de Cavaleiro é altamente seletivo e geralmente é
concedido pelas seguintes razões: 1) Reconhecimento e honra a
uma pessoa por seus traços cristãos e de caridade, filantropia e
melhora da humanidade; 2) Fornecimento de uma estrutura sem
fins lucrativos, por meio da qual um Cavaleiro ou Dama possa
canalizar estes esforços; e 3) Fornecer um caminho religioso
adicional aos membros para que possam se alinhar com a estrutura
monástica interna leiga, caso queiram. Além disso, a Ordem do
Templo fornece também um caminho único através do qual uma
pessoa pode apreciar uma parte da história, peculiar aos seus
interesses.
No aspecto moderno busca-se resgatar os valores morais, éticos e
de uma cidadania virtuosa. Além de outros importantes valores
humanos que hoje estão muito depreciados, tais como a palavra,
que antigamente era como um título de crédito, o comportamento,
exemplos de bons atos, a cultura, e tudo mais que agrega valor ao
ser humano. Os membros da Ordem Templária devem priorizar o
seu desenvolvimento e cultura pessoal através da experiência
acumulada de seus estudos. Respeito a todas a religiões e credos.
Apoio a entidades filantrópicas, de assistência aos necessitados e
àquelas de âmbito cultural. Para atender aos seus objetivos, a
Ordem distribui monografias, boletins, revistas e experiências variadas aos seus membros.”
(http://templarios.org.br/novosite/quem-somos)
[3]
“A Aquitânia (em francês: Aquitaine) foi até 2015 uma região
administrativa do centro-oeste de França, e que hoje integra a
105
região da Nova Aquitânia. É limitada a oeste pelo Oceano
Atlântico e a sul pela Espanha. Compreende os departamentos
de Dordonha, Gironda, Landes, Lot e Garona e Pirenéus
Atlânticos. Os gentílicos desta região são aquitânico, aquitano e
aquitanense.
História
Provavelmente o primeiro homem que chegou na Aquitânia foi o
homem de Cro-Magnon mais ou menos há 40 mil anos.
No paleolítico superior, os Aquitanos deixaram vários vestígios
entre eles pinturas nas cavernas Lascaux e um busto
chamado Vênus de Brassempouy ou Dama de Brassempouy. Do
período neolítico são achados vestígios humanos pela presença
de dólmens (espécies de túmulos) e pelos menires (monumentos em
pedra).
Durante a conquista romana da Gália por Júlio César, a
população que lá residia era chamada de ibérica pelo imperador
romano. Na verdade eram os vascões, prováveis antepassados
dos bascos. Não se sabe ao certo em que época eles começaram a
habitar a região. A Aquitânia foi conquistada pelos romanos em 56
a.C. por Marco Licínio Crasso a mando de Júlio César. Sob o
Império Romano faziam parte da Aquitânia o sudoeste da Gália
dos Pirenéus ao vale do rio
Loire incluindo Auvérnia. Saintes e Bordéus foram capitais
da Gália Aquitânia.
Os visigodos chegaram a região em 412-413 vindos de Provença e
da Itália pouco antes do início da Idade Média. A região foi
posteriormente conquistada pelos Francos e finalmente estruturada
como um ducado independente, Ducado da Aquitânia. Em 671, a
Aquitânia conseguiu sua independência liderada pelo duque Lupe.
O Duque da Aquitânia, Eudes, vence uma batalha contra
os Sarracenos que invadiam a Aquitânia. Entre 742 e 743, os filhos
de Carlos Martel fazem campanhas contra a Aquitânia.
Em 781, Carlos Magno (rei franco) nomeia seu filho, Luís I o
Piedoso (aos três anos de idade) Rei da Aquitânia. Com a morte de
Carlos Magno, Luís passa seu trono a seu filho, Pepino. Com a
morte de Pepino, Luís nomeou outro filho (Carlos II, o Calvo)
como rei mas com sua morte surgiu uma guerra pela sucessão do
trono entre o filho de Pepino (Pepino II) e Carlos, o Calvo. A
disputa só terminou em 860.
106
Em 877, a Aquitânia se dividiu em dois ducados: Gasconha e
Aquitânia. Em 1058, eles se uniram novamente.
No século XII, a Duquesa Leonor da Aquitânia casou-se com o
rei Luís VII de França com quem teve duas filhas. O casamento foi
anulado com a alegação de laços de consanguinidade, causa
frequente quando a nobreza queria desfazer um casamento, porque
Leonor queria se casar novamente, mas com o rival de Luís VII, o
rei inglês Henrique II. Com a morte de Henrique II, seu
filho Ricardo Coração de Leão assumiu o trono e o título de Duque
de Aquitânia sempre ameaçado pelo seu irmão, João I de
Inglaterra -o João Sem Terra- que não poupou esforços na
tentativa de usurpar o trono enquanto o irmão lutava
contra Saladino na Terceira Cruzada.
Com a morte de Ricardo, atingido por uma flecha numa batalha
sem nenhuma importância, João tornou-se o Rei da Inglaterra
assumindo também o Ducado de Aquitânia, contra a vontade dos
seus opositores, que preferiam seu sobrinho Artur, filho de seu
irmão Godofredo com Constance de Bretanha.
Um século mais tarde a França e a Inglaterra se enfrentaram
na Guerra dos Cem Anos (1337–1453), quando o rei
inglês Eduardo III (descendente da Dinastia Plantageneta e do rei
Henrique II) reivindicou o trono de França. Com o fim da guerra, a
Aquitânia passou a fazer parte definitivamente de França.
Geografia
Área: 41 400 km² (7.6 % da superfície total de França). População:
2 967 000 (4.97% da população total de França) (2002).
A região é banhada ao oeste pelo Oceano Atlântico (golfo da
Biscaia ou da Gasconha) desde o estuário da Gironda até à
desembocadura do rio Bidasoa (Costa da Prata). Ao sul, está
atravessada pelos Pirenéus que a separa de Espanha (Aragão,
Navarra e País Basco).
As cidades mais importantes da Aquitânia são: Bordéus
(Bordeaux), Pau, Baiona (Bayonne), Agen, Mont-de-
Marsan, Biarritz, Périgueux, Bergerac, Dax e Libourne.
Economia
Agricultura: cultivo de uvas é uma das principais produções da
região.
Indústrias:
107
Petróleo e gás natural são encontrados e produzidos na região.
Produção de vinhos: a produção dos famosos vinhos de Bordéus.
Aeroespacial
Língua
Fala-se principalmente o francês. Alguns falam a língua
Occitana (de origem românica), Gascão (língua própria da
Aquitânia) e Euskera ou Língua basca.
Aquitanos famosos
Maurice Ravel (1875-1937), compositor e pianista
Francis Cabrel (1953-), cantor
Pascal Obispo (1965-), cantor
Michel de Montaigne (1533-1592), pensador e político
Montesquieu (1689-1755), pensador e filósofo
Papa Clemente V (1264-1314), Papa
Henrique IV (1553-1610), Rei de França
D. Jordan
Leonor da Aquitânia (cerca 1122 - 1 de Abril 1204) foi Duquesa da
Aquitânia e da Gasconha, Condessa de Poitiers e Rainha
consorte de França e Inglaterra.
São Vicente de Paulo
Aymeric Laporte (1994-), jogador de futebol”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquit%C3%A2nia)
[4]
“Democracia é um regime político em que todos os cidadãos
elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de
representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na
criação de leis, exercendo o poder da governação através
do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais,
econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual
da autodeterminação política.
O termo origina-se do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou
"governo do povo"), que foi criado a partir de δῆμος (demos ou
"povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para denotar
os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas,
principalmente Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία
(aristokratia ou "regime de uma aristocracia" como seu nome
indica). Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas, na
108
prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente. No
sistema político da Atenas Clássica, por exemplo,
a cidadaniademocrática abrangia apenas homens, filhos de pai e
mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto estrangeiros,
escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação
política. Em praticamente todos os governos democráticos em toda
a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia apenas
para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi
conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das
democracias modernas através de movimentos por sufrágio
universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em
que o poder é detido por uma pessoa — como em uma monarquia
absoluta — ou em que o poder é mantido por um pequeno número
de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas
oposições, herdadas da filosofia grega, são agora ambíguas porque
os governos contemporâneos têm misturado elementos
democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas
políticos. Karl Popper definiu a democracia em contraste
com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para
as pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a
necessidade de uma revolução.
Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas
formas básicas, sendo que ambas dizem respeito a como o corpo
inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua vontade. Uma
das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os
cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de
decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo
o corpo de cidadãos elegíveis permanece com o poder soberano,
mas o poder político é exercido indiretamente por meio de
representantes eleitos, o que é chamado de democracia
representativa. O conceito de democracia representativa surgiu em
grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram
durante períodos históricos como a Idade Média europeia,
a Reforma Protestante, o Iluminismo e as
revoluções Americana e Francesa.
Características
109
Classificação política dos países de acordo com a pesquisa
da Freedom House em 2016
Livre
Parcialmente livre
Não-livre
Países em azul são designados "democracias eleitorais" pela
pesquisa Freedom in the World de 2015, elaborada pela Freedom
House.
Não existe consenso sobre a forma correta de definir a democracia,
mas a igualdade, a liberdade e o Estado de direito foram
identificadas como características importantes desde os tempos
antigos. Estes princípios são refletidos quando todos os cidadãos
elegíveis são iguais perante a lei e têm igual acesso aos processos
legislativos. Por exemplo, em uma democracia representativa, cada
voto tem o mesmo peso, não existem restrições excessivas sobre
quem quer se tornar um representante, além da liberdade de seus
cidadãos elegíveis ser protegida por direitos legitimados e que são
tipicamente protegidos por uma constituição.
Uma teoria sustenta que a democracia exige três princípios
fundamentais: 1) a soberania reside nos níveis mais baixos de
110
autoridade; 2) igualdade política e 3) normas sociais pelas quais os
indivíduos e as instituições só consideram aceitáveis atos que
refletem os dois primeiros princípios citados.
O termo democracia às vezes é usado como uma abreviação para
a democracia liberal, que é uma variante da democracia
representativa e que pode incluir elementos como o pluralismo
político, a igualdade perante a lei, o direito de petição para
reparação de injustiças sociais; devido processo legal; liberdades
civis; direitos humanos; e elementos da sociedade civil fora do
governo. Roger Scruton afirma que a democracia por si só não
pode proporcionar liberdade pessoal e política, a menos que as
instituições da sociedade civil também estejam presentes.
Em muitos países, como no Reino Unido onde se originou o Sistema
Westminster, o princípio dominante é o da soberania parlamentar,
mantendo a independência judicial. Nos Estados Unidos,
a separação de poderes é frequentemente citada como um atributo
central de um regime democrático. Na Índia, a maior democracia
do mundo, a soberania parlamentar está sujeita a uma constituição
que inclui o controle judicial.[15]
Outros usos do termo
"democracia" incluem o da democracia direta. Embora o termo
"democracia" seja normalmente usado no contexto de um Estado
político, os princípios também são aplicáveis a organizações
privadas.
O regime da maioria absoluta é frequentemente considerado como
uma característica da democracia. Assim, o sistema democrático
permite que minorias políticas sejam oprimidas pela chamada
"tirania da maioria" quando não há proteções legais dos direitos
individuais ou de grupos. Uma parte essencial de uma democracia
representativa "ideal" são eleições competitivas que sejam justas
tanto no plano material, quanto processualmente. Além disso,
liberdades como a política, de expressão e de imprensa são
consideradas direitos essenciais que permitem aos cidadãos
elegíveis serem adequadamente informados e aptos a votar de
acordo com seus próprios interesses.
Também tem sido sugerido que uma característica básica da
democracia é a capacidade de todos os eleitores de participar livre
e plenamente na vida de sua sociedade. Com sua ênfase na noção
de contrato social e da vontade coletiva do todos os eleitores, a
democracia também pode ser caracterizada como uma forma
de coletivismo político, porque ela é definido como uma forma de
governo em que todos os cidadãos elegíveis têm uma palavra a
dizer de peso igual nas decisões que afetam suas vidas.
111
Enquanto a democracia é muitas vezes equiparada à
forma republicana de governo, o termo repúblicaclassicamente
abrangeu democracias e aristocracias. Algumas democracias
são monarquias constitucionais muito antigas, como é o caso de
países como o Reino Unido e o Japão.
História
Origens na antiguidade
O termo "democracia" apareceu pela primeira vez no antigo
pensamento político e filosófico grego na cidade-
Estado de Atenas durante a antiguidade clássica. Liderados
por Clístenes, os atenienses estabeleceram o que é geralmente tido
como a primeira experiência democrática em 508-507 a.C.
Clístenes é referido como "o pai da democracia ateniense".
A democracia ateniense tomou a forma de uma democracia direta e
tinha duas características distintivas: a seleção aleatória de
cidadãos comuns para preencher os poucos cargos administrativos
e judiciais existentes no governo e uma assembleia legislativa
composta por todos os cidadãos atenienses.Todos os cidadãos
elegíveis eram autorizados a falar e votar na assembleia, que
estabelecia as leis da cidade-Estado. No entanto, a cidadania
ateniense excluía mulheres, escravos, estrangeiros
(μέτοικοι, metoikoi), os que não eram proprietários de terras e os
homens com menos de 20 anos de idade. Dos cerca de 200 a 400
mil habitantes de Atenas na época, havia entre 30 mil e 60 mil
cidadãos. A exclusão de grande parte da população a partir do que
era considerada cidadania está intimamente relacionada com a
antiga compreensão do termo. Durante a maior parte da
antiguidade, o benefício da cidadania era associado à obrigação de
lutar em guerras.
O sistema democrático ateniense não era apenas dirigido no
sentido de que as decisões eram tomadas pelas pessoas reunidas na
assembleia, mas também era mais direto no sentido de que as
pessoas, através de assembleias e tribunais de justiça, controlavam
todo o processo político e uma grande proporção dos cidadãos
estavam envolvidos constantemente nos assuntos públicos. Mesmo
com os direitos do indivíduo não sendo garantidos pela
constituição ateniense no sentido moderno (os antigos gregos não
tinham uma palavra para "direitos"), os atenienses gozavam de
liberdades não por conta do governo, mas por viverem em uma
cidade que não estava sujeita a outro poder e por não serem eles
próprios sujeitos às regras de outra pessoa.
112
A votação por pontos apareceu em Esparta já em 700 a.C.
A Apela era uma assembleia do povo, realizada uma vez por mês.
Nessa assembleia, os líderes espartanos eram eleitos e davam seu
voto gritando. Todos os cidadãos do sexo masculino com mais 30
anos de idade podiam participar. Aristóteles chamava esse sistema
de "infantil", em oposição a algo mais sofisticado, como a
utilização de registros de voto em pedra, como os usados pelos
atenienses. No entanto, em termos, Esparta adotou esse sistema de
votação por causa da sua simplicidade e para evitar qualquer tipo
de viés de votação. Mesmo que a República Romana tenha
contribuído significativamente com muitos dos aspectos da
democracia, apenas uma minoria dos romanos eram considerados
cidadãos aptos a votar nas eleições para os representantes. Os
votos dos poderosos tinham mais mais peso através de um sistema
de gerrymandering, enquanto políticos de alto gabarito, incluindo
membros do senado, vinham de algumas famílias ricas e nobres. No
entanto, muitas exceções notáveis ocorreram. Além disso, a
República Romana foi o primeiro governo no mundo ocidental a ter
uma república como um Estado-nação, apesar de não ter muitas
características de uma democracia. Os romanos inventaram o
conceito de "clássicos" e muitas obras da Grécia antiga foram
preservadas. Além disso, o modelo romano de governo inspirou
muitos pensadores políticos ao longo dos séculos e democracias
representativas modernas imitam mais o modelo romano do que os
gregos porque era um Estado em que o poder supremo era
realizado pelo povo e por seus representantes eleitos, e que tinha
um líder eleito ou nomeado. A democracia representativa é uma
forma de democracia em que as pessoas votam em representantes
que, em seguida, votam em iniciativas políticas; enquanto uma
democracia direta é uma forma de democracia em que as pessoas
votam em iniciativas políticas diretamente.
113
Era contemporânea
Índice de democracia de 2015.
As transições do século XX para a democracia liberal vieram em
sucessivas "ondas" de democracia, diversas vezes resultantes de
guerras, revoluções, descolonização e por circunstâncias religiosas
e econômicas. A Primeira Guerra Mundial e a subsequente
dissolução dos impérios Otomano e Austro-Húngaro resultou na
criação de novos Estados-nação da Europa, a maior parte deles,
pelo menos nominalmente, democráticos.
114
Na década de 1920 a democracia floresceu, mas a Grande
Depressão trouxe desencanto e a maioria dos países da
Europa, América Latina e Ásia e viraram-se para
regimes autoritários. O fascismo e outros tipos
de ditaduras floresceram na Alemanha nazista, na Itália,
na Espanha e em Portugal, além de regimes não democráticos
terem surgidos nos países bálticos, nos Balcãs, no Brasil, em Cuba,
na China e no Japão, entre outros.
A Segunda Guerra Mundial trouxe uma reversão definitiva desta
tendência na Europa Ocidental. A democratização dos setores
estadunidense, britânico e francês da Alemanha
ocupada(disputado), da Áustria, da Itália e do Japão
ocupado pelos Aliados serviu de modelo para a teoria posterior de
"mudança de regime". No entanto, a maior parte da Europa
Oriental, incluindo o setor soviético da Alemanha, caiu sob a
influência do bloco soviético não democrático. A guerra foi seguida
pela descolonização e, novamente, a maioria dos novos estados
independentes tiveram constituições nominalmente democráticas.
A Índia emergiu como a maior democracia do mundo e continua a
sê-lo.
Em 1960, a grande maioria dos Estados-nação tinham,
nominalmente, regimes democráticos, embora a maioria das
populações do mundo ainda vivesse em países que passaram por
115
eleições fraudulentas e outras formas de subterfúgios
(particularmente em nações comunistas e em ex-colônias). Uma
onda posterior de democratização trouxe ganhos substanciais para
a verdadeira democracia liberal para muitas nações. Espanha,
Portugal (1974) e várias das ditaduras militares na América do
Sul voltaram a ser um governo civil no final dos anos 1970 e início
dos anos 1980 (Argentina em 1983, Bolívia e Uruguai em 1984,
o Brasil em 1985 e o Chile no início de 1990). Isto foi seguido por
nações do Extremo Oriente e do Sul da Ásia no final da década de
1980.
O mal-estar econômico na década de 1980, juntamente com o
ressentimento da opressão soviética, contribuiu para o colapso
da União Soviética, o consequente fim da Guerra Fria e a
democratização e liberalização dos antigos países do
chamado bloco oriental. A mais bem sucedida das novas
democracias eram aqueles geográfica e culturalmente mais
próximas da Europa Ocidental e elas são agora, em sua maioria,
membros ou membros associados da União Europeia. Alguns
pesquisadores consideram que a Rússia contemporânea não é uma
verdadeira democracia e, em vez disso, se assemelha a uma forma
de ditadura.
A tendência liberal se espalhou para alguns países da África na
década de 1990, sendo o exemplo mais proeminente a África do
Sul. Alguns exemplos recentes de tentativas de liberalização
incluem a Revolução Indonésia de 1998, a Revolução Bulldozer na
antiga Iugoslávia, a Revolução Rosa na Geórgia, a Revolução
Laranja na Ucrânia, a Revolução dos Cedros no Líbano,
a Revolução das Tulipas no Quirguistão e da Revolução de
Jasmim na Tunísia (parte da chamada "Primavera Árabe")
De acordo com a organização Freedom House, em 2007, havia 123
democracias eleitorais (acima das 40 registradas em 1972). De
acordo com o Fórum Mundial sobre a Democracia, as democracias
eleitorais agora representam 120 dos 192 países existentes e
constituem 58,2 por cento da população mundial. Ao mesmo tempo,
as democracias liberais, ou seja, os países que Freedom House
considera livre e que respeitam os direitos humanos fundamentais e
o Estado de direito são 85 e representam 38 por cento da
população global.
Em 2010, as Nações Unidas declararam 15 de setembro o Dia
Internacional da Democracia.
Tipos
116
A democracia tem tomado diferentes formas de governo, tanto na
teoria quanto na prática. Algumas variedades de democracia
proporcionam uma melhor representação e maior liberdade para
seus cidadãos do que outras.[45][46]
No entanto, se qualquer
democracia não está estruturada de forma a proibir o governo de
excluir as pessoas do processo legislativo, ou qualquer agência do
governo de alterar a separação de poderes em seu próprio favor,
em seguida, um ramo do sistema político pode acumular muito
poder e destruir o ambiente democrático.
Países do mundo de acordo com sua forma de governo em 2011
Repúblicas presidencialistas
Repúblicas semipresidencialistas
Repúblicas parlamentaristas
Estados unipartidários
Monarquias constitucionais parlamentares
Monarquias absolutas
Ditaduras militares
Monarquias constitucionais onde o monarca exerce poder
pessoalmente
Repúblicas com um presidente executivo dependente do
parlamento
117
Países que não se encaixam em nenhum dos sistemas políticos
acima
1Vários Estados constitucionalmente considerados repúblicas
multipartidárias são amplamente descritos pela comunidade
internacional como países autoritários. Este mapa apresenta
apenas a forma de governo de jure e não o grau de democracia de
facto de cada país.
Direta
Democracia direta refere-se ao sistema onde os cidadãos decidem
diretamente cada assunto por votação.
A democracia direta tornou-se cada vez mais difícil, e
necessariamente se aproxima mais da democracia representativa,
quando o número de cidadãos cresce. Historicamente, as
democracias mais diretas incluem o encontro municipal de Nova
Inglaterra (dentro dos Estados Unidos), e o antigo sistema político
de Atenas. Nenhum destes se enquadraria bem para uma grande
população (embora a população de Atenas fosse grande, a maioria
da população não era composta de pessoas consideradas como
cidadãs, que, portanto, não tinha direitos políticos; não os tinham
mulheres, escravos e crianças).
É questionável se já houve algum dia uma democracia puramente
direta de qualquer tamanho considerável. Na prática, sociedades
de qualquer complexidade sempre precisam de uma especialização
de tarefas, inclusive das administrativas; e portanto uma
democracia direta precisa de oficiais eleitos. (Embora alguém
possa tentar manter todas as decisões importantes feitas por voto
direto, com os oficiais meramente implementando essas decisões).
Exemplos de democracia direta que costumavam
eleger Delegados com mandato imperativo, revogável e temporário
podem ser encontrados em sedições e revoluções de cunho
anarquista como a Revolução Espanhola, a Revolução Ucraniana e
no levante armado da EZLN, no estado de Chiapas.
Contemporaneamente o regime que mais se aproxima dos ideais de
uma democracia direta é a democracia semidireta da Suíça.
Uma democracia semidireta é um regime de democracia em que
existe a combinação de representação política com formas de
Democracia direta (Benevides, 1991, p. 129).
A Democracia semidireta, conforme Bobbio (1987, p. 459), é uma
forma de democracia que possibilita um sistema mais bem-sucedido
118
de democracia frente as democracias Representativa e Direta, ao
permitir um equilíbrio operacional entre a representação política e
a soberania popular direta. A prática desta ação equilibrante da
democracia semidireta, segundo Bonavides (2003, p. 275), limita a
“alienação política da vontade popular”, onde “a soberania está
com o povo, e o governo, mediante o qual essa soberania se
comunica ou exerce, pertence ao elemento popular nas matérias
mais importantes da vida pública”.
Representativa
Em democracias representativas, em contraste, os cidadãos elegem
representantes em intervalos regulares, que então votam os
assuntos em seu favor. Do mesmo modo, muitas democracias
representativas modernas incorporam alguns elementos da
democracia direta, normalmente referendo.
Nós podemos ver democracias diretas e indiretas como os tipos
ideais, com as democracias reais se aproximando umas das outras.
Algumas entidades políticas modernas, como a Suíça ou
alguns estados norte-americanos, onde é frequente o uso de
referendo iniciada por petição (chamada referendo por demanda
popular) ao invés de membros da legislatura ou do governo. A
última forma, que é frequentemente conhecida por plebiscito,
permite ao governo escolher se e quando manter um referendo, e
também como a questão deve ser abordada. Em contraste,
a Alemanha está muito próxima de uma democracia representativa
ideal: na Alemanha os referendos são proibidos—em parte devido
à memória de como Adolf Hitler usou isso para manipular
plebiscitos em favor do seu governo.
O sistema de eleições que foi usado em alguns países capitalistas
de Estado, chamado centralismo democrático, pode ser
considerado como uma forma extrema de democracia
representativa, onde o povo elegia representantes locais, que por
sua vez elegeram representantes regionais, que por sua vez elegiam
a assembleia nacional, que finalmente elegia os que iam governar o
país. No entanto, alguns consideram que esses sistemas não são
democráticos na verdade, mesmo que as pessoas possam votar, já
que a grande distância entre o indivíduo eleitor e o governo
permite que se tornasse fácil manipular o processo. Outros
contrapõem, dizendo que a grande distância entre eleitor e governo
é uma característica comum em sistemas eleitorais desenhados
para nações gigantescas (os Estados Unidos e algumas potências
europeias, só para dar alguns exemplos considerados
119
inequivocamente democráticos, têm problemas sérios na
democraticidade das suas instituições de topo), e que o grande
problema do sistema soviético e de outros países comunistas,
aquilo que o tornava verdadeiramente não-democrático, era que,
em vez de serem escolhidos pelo povo, os candidatos eram impostos
pelo partido dirigente.
Direito ao Voto
O voto, também chamado de sufrágio censitário, é típico do Estado
liberal (século XIX) e exigia que os seus titulares atendessem certas
exigências tais como pagamento de imposto direto; proprietário de
propriedade fundiária e usufruir de certa renda.
No passado muitos grupos foram excluídos do direito de voto, em
vários níveis. Algumas vezes essa exclusão é uma política bastante
aberta, claramente descrita nas leis eleitorais; outras vezes não é
claramente descrita, mas é implementada na prática por meios que
parecem ter pouco a ver com a exclusão que está sendo realmente
feita (p.ex., impostos de voto e requerimentos de alfabetização que
mantinham afro-americanos longe das urnas antes da era
dos direitos civis). E algumas vezes a um grupo era permitido o
voto, mas o sistema eleitoral ou instituições do governo eram
propositadamente planejadas para lhes dar menos influência que
outros grupos favorecidos.
Hoje, em muitas democracias, o direito de voto é garantido sem
discriminação de raça, grupo étnico, classe ou sexo. No entanto, o
direito de voto ainda não é universal. É restrito a pessoas que
atingem uma certa idade, normalmente 18 (embora em alguns
lugares possa ser 16—como no Brasil—ou 21). Somente cidadãos
de um país normalmente podem votar em suas eleições, embora
alguns países façam excepções a cidadãos de outros países com
que tenham laços próximos (p.ex., alguns membros da Comunidade
Britânica e membros da União Europeia).
A prática do voto obrigatório remonta à Grécia Antiga, quando o
legislador ateniense Sólon fez aprovar uma lei específica obrigando
os cidadãos a escolher um dos partidos, caso não quisessem perder
seus direitos de cidadãos. A medida foi parte de uma reforma
política que visava conter a radicalização das disputas entre
facções que dividiam a pólis. Além de abolir a escravidão por
dívidas e redistribuir a população de acordo com a renda, criou
também uma lei que impedia os cidadãos de se absterem nas
votações da assembleia, sob risco de perderem seus direitos.
120
Critérios
Muitas sociedades no passado negaram a pessoas o direito de votar
baseadas no grupo étnico. Exemplo disso é a exclusão de pessoas
com ascendência africana das urnas, na era anterior à dos direitos
civis, e na época do apartheid na África do Sul.
A maioria das sociedades hoje não mantêm essa exclusão, mas
algumas ainda o fazem. Por exemplo, Fiji reserva um certo número
de cadeiras no Parlamento para cada um dos principais grupos
étnicos; essas exclusões foram adotadas para barrar a maioria dos
indianos em favor dos grupos étnicos fijianos.
Até o século XIX, muitas democracias ocidentais tinham
propriedades de qualificação nas suas leis eleitorais, o que
significava que apenas pessoas com um certo grau de riqueza
podiam votar. Hoje essas leis foram amplamente abolidas.
Outra exclusão que durou muito tempo foi a baseada no sexo.
Todas as democracias proibiam as mulheres de votar até 1893,
quando a Nova Zelândia se tornou o primeiro país do mundo a dar
às mulheres o direito de voto nos mesmos termos dos homens.
No Brasil, pela constituição de 1822 e suas emendas antes dessa
data, permitiu-se o direito de voto feminino, desde que pertencesse
à classe determinada dos fazendeiros e fosse alfabetizada. Isso
aconteceu devido ao sucesso do movimento feminino pelo direito de
voto, tanto na Nova Zelândia como no Brasil, sendo que houve
participações parlamentares já no Brasil depois dessa época. Hoje
praticamente todos os Estados permitem que mulheres votem; as
únicas exceções são sete países muçulmanos do Oriente
Médio: Arábia
Saudita, Barein, Brunei, Kuwait, Omã, Qatar e Emirados Árabes
Unidos.
O direito de voto normalmente é negado a prisioneiros. Alguns
países também negam o direito a voto para aqueles condenados por
crimes graves, mesmo depois de libertados. Em alguns casos (p.ex.
em muitos estados dos Estados Unidos) a negação do direito de
voto é automático na condenação de qualquer crime sério; em
outros casos (p.ex. em países da Europa) a negação do direito de
voto é uma penalidade adicional que a corte pode escolher por
impor, além da pena do aprisionamento. Existem países em que os
prisioneiros mantêm o direito de voto (por exemplo Brasil
e Portugal).
Problemas
121
Os pensadores italianos do século XX Vilfredo Pareto e Gaetano
Mosca(independentemente) argumentaram que a democracia era
ilusória, e servia apenas para mascarar a realidade da regra de
elite. Na verdade, eles argumentaram que a oligarquia da elite é a
lei inflexível da natureza humana, em grande parte devido à apatia
e divisão das massas (em oposição à unidade, a iniciativa e a
unidade das elites), e que as instituições democráticas não fariam
mais do que mudar o exercício do poder de opressão à
manipulação. Como Louis Brandeis uma vez profetizou, "Podemos
ter democracia ou podemos ter riqueza concentrada nas mãos de
uns poucos, mas não podemos ter as duas coisas."
Hoje todos os partidos políticos no Canadá são cautelosos sobre as
críticas de alto nível de imigração, porque, como observou The
Globe and Mail, "no início de 1990, o antigo Partido da Reforma
foi marcado como 'racista' por sugerir que os níveis de imigração
deveriam ser reduzidos de 250.000 a 150.000." Como o professor
de Economia Don J. DeVoretz destacou: "Em uma democracia
liberal como o Canadá, o seguinte paradoxo persiste. Mesmo que a
maioria dos entrevistados respondendo sim à pergunta: 'Há muitas
imigrantes chegando a cada ano?' números de imigrantes
continuam a subir até que um conjunto crítico de custos
econômicos apareçam'".
A ideia de “crise da democracia” vem ganhando repercussão na
Teoria Política Contemporânea. Desde a década de 1970, autores
da vertente partipacionista associam a legitimidade dos regimes
democráticos a fatores que vão além da mera possibilidade de
exercício livre do voto. A demanda, nesse sentido, é por efetiva
atuação na concepção das políticas públicas, o que causa
resistência em agentes representativos receosos de compartilhar o
poder que o design institucional moderno lhes conferiu..”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia)
[5]
“A República (do latim res publica, "coisa pública") é uma
estrutura política de Estado ou forma de Governo em que,
segundo Cícero, são necessárias três condições fundamentais para
caracterizá-la: um número razoável de pessoas (multitude);
uma comunidade de interesses e de fins (communio); e
um consenso do direito(consensus iuris). Nasce das três forças
reunidas: libertas do
122
povo, auctoritas do senado e potestas dos magistrados. A República
é vista, mais recentemente, como uma forma de governo na qual
o chefe do Estado é eleito pelo povo ou seus representantes, tendo a
sua chefia uma duração limitada. A eleição do chefe de Estado, por
regra chamado presidente da república, é normalmente realizada
através do voto livre e secreto. Dependendo do sistema de governo,
o presidente da república pode ou não acumular o poder
executivo permanecendo por quatro anos.
A origem deste sistema político está na Roma antiga, onde primeiro
surgiram instituições como o senado. Nicolau Maquiavel descreveu
o governo e a fundação da república ideal na sua obra Discursos
sobre a primeira década de Tito Lívio (1512-17). Estes escritos,
bem como os de seus contemporâneos, como Leonardo Bruni,
constituem a base da ideologia que, em ciência política, se designa
por republicanismo. O conceito de república não é isento
de ambiguidades, confundindo-se às vezes com democracia, às
vezes com liberalismo, às vezes tomado simplesmente no seu
sentido etimológico de "bem comum". Hoje em dia, o
termo república refere-se, regra geral, a um sistema de governo
cujo poder emana do povo, ao invés de outra origem, como a
hereditariedade ou o direito divino. Ou seja, é a designação do
regime que se opõe à monarquia.
No entanto, res publica, como sinónimo de administração do bem
público ou dos interesses públicos,[5]
foi frequentemente utilizada
pelos escritores romanos para se referir ao Estado e ao governo,
mesmo durante o período do Império Romano.[6]
A
palavra república foi, com o mesmo significado, também
frequentemente usada no Reino de Portugal. D. João II, por
exemplo, numa carta ao rei de França, escreveu: "obrigação é do
bom Príncipe e prudente, não somente galardoar seus vassalos com
honras, cargos e dignidades merecidas, mas castigar com rigor,
severidade e justiça aos que são prejudiciais em sua república,
para que os bons com o exemplo do prémio sejam melhores e os
maus ou com castigo se emendem, ou com as maldades pereçam".
Um novo conjunto de significados para o termo república veio,
também, da palavra grega πολιτεία (politeía ou politeia). Cícero,
entre outros escritores latinos, traduziu politeia para res
publicaque, por sua vez, os estudiosos do Renascimento passaram
a república. Esta, sendo uma tradução precisa para res publica no
seu significado primitivo, já não o é no atual. Politeia é hoje
geralmente traduzida por "forma de governo" ou "regime". No
entanto, um exemplo da persistência desta tradução original é o
123
título do grande trabalho de ciência política de Platão, A
República, (Politeia, no original). Antônio Houaiss regista a
entrada da palavra na língua portuguesa no século XV nas
formas respublica, reepublica, ree
publica, repruvica, rrepublica e republica. Na língua inglesa, a
palavra republic foi usada pela primeira vez na era
do Protetorado de Oliver Cromwell, embora commonwealth,
tradução mais fiel da latina res publica, seja o termo mais comum
para designar este regime sem monarca. Na concepção moderna de
República por Roque Antônio Carrazza: "República é o tipo de
Governo, fundamentado na igualdade formal das pessoas, em que
os detentores do poder político exercem-no em caráter eletivo,
representativo (via de regra), transitório e com responsabilidade".
História
Repúblicas clássicas
Há vários estados da Antiguidade clássica que, pelos parâmetros
atuais, podemos considerar repúblicas, como é o caso das cidades-
estados da Grécia Antiga, como Atenas e Esparta, bem como da
própria República Romana. No entanto, a estrutura e o modo de
governo desses estados eram consideravelmente diferentes dos que
iríamos encontrar bem mais tarde, na Idade Moderna. Há,
inclusive, uma controvérsia entre os estudiosos da matéria sobre se
há ou não um continuum histórico entre as repúblicas clássica,
medieval e moderna. Por um lado, o historiador J.G.A. Pocock, que
tem desempenhado um papel central neste debate, argumenta que
há uma tradição republicana própria que se estende do mundo
clássico até ao presente. Paul Rahe, pelo contrário, argumenta que
as repúblicas clássicas tinham uma forma de governo com poucas
semelhanças com a de qualquer república moderna.
Seja como for, parece inegável que a filosofia política das
repúblicas clássicas teve uma influência central no pensamento
republicano ao longo dos séculos seguintes. Uma série de
escritores clássicos discutiram formas de governo alternativas à
monarquia em obras que filósofos e políticos posteriores —
como Maquiavel, Montesquieu, Adams e Madison — acabaram por
considerar fundacionais sobre a natureza das repúblicas.
A Política de Aristóteles discutia várias formas de governo. Uma
delas, a politeia, uma forma de governo híbrida, foi considerada
por Aristóteles como a forma ideal de governo. Políbio expandiu
muitos desses princípios, mais uma vez desenvolvendo a ideia de
124
governo misto. A mais importante obra romana nesta tradição é De
re publica de Cícero.
Com o tempo, as repúblicas clássicas foram conquistadas por
impérios ou tornaram-se, elas próprias, impérios. A maioria das
repúblicas gregas foi anexada ao Império
Macedónio de Alexandre, o Grande. A república romana expandiu-
se, anexando sucessivamente outros estados do Mediterrâneo,
alguns deles repúblicas, como Cartago. A república romana
acabou, ela própria, por se transformar no Império Romano.
Outras repúblicas antigas
Geralmente considera-se que as repúblicas pré-modernas foram
fenómenos exclusivamente europeus, no entanto houve estados
noutras partes do mundo com formas de governos similares. São
exemplos disso algumas cidades do Próximo
Oriente antigo. Arwad, na atual Síria, tem sido citada como um dos
primeiros exemplos de uma república, em que são as pessoas que
são descritas como soberanas e não um monarca. A Confederação
Israelita, da era anterior ao Reino de Israel, também tem sido
considerada uma espécie de república. Durante a Idade Média,
várias cidades-estados italianas tinham uma forma de governo de
tipo comunal, chamada signoria. Escritores coevos, como Giovanni
Villani, teorizaram sobre a natureza destes estados e as diferenças
em relação às monarquias da época, usando termos como libertas
populi para designar o regime destes estados. O renovado interesse
pelas obras da Grécia e da Roma Antigas levou os escritores
no século XV a preferirem uma terminologia mais clássica. Para
descrever os estados não-monárquicos, os
escritores quatrocentistas, principalmente Leonardo Bruni,
passaram a adotar a expressão latina res publica. Na primeira das
suas obras, Nicolau Maquiavel dividia os governos em três
tipos: monarquia, aristocracia e democracia. Mas como, segundo o
próprio Maquiavel, é difícil destrinçar entre uma aristocracia
governada por uma determinada elite e uma democracia governada
por um conselho nomeado pelo povo, no momento em que começou
a trabalhar em O Príncipe, Maquiavel já tinha optado por usar a
palavra república para se referir tanto a aristocracias como
a democracias.
Outra zona do globo onde se tem vindo a dar atenção ao fenómeno
das repúblicas antigas é a Índia. No início do século XX, uma série
de estudiosos indianos, principalmente K.P. Jayaswal, começou a
defender que vários estados da Índia Antiga tinham formas
125
republicanas de governo. Como não há constituições ou obras
de filosofia política desse tempo que tenham sobrevivido até aos
nossos dias, as formas de governo têm de ser deduzidas, a maioria
das vezes, dos testemunhos dos textos religiosos. Estes textos
referem que determinados estados eram Gana sangha, ou seja,
baseados em conselhos, em oposição aos governos monárquicos.
Outra fonte que atesta esta forma de governo são os relatos gregos
da Índia, durante o período de contacto que se seguiu às conquistas
de Alexandre. Escritores gregos
como Megástenes e Arriano escreveram que diversos estados
indianos tinham governos republicanos semelhantes aos da
Grécia.[18]
A partir de 700 a.C., aproximadamente, as repúblicas
foram-se desenvolvendo numa faixa que ia do Vale do Indo, a
noroeste, até à Planície do Ganges, a nordeste. Eram,
principalmente, estados de pequeno porte, embora algumas
confederações de repúblicas parece terem-se formado, cobrindo
vastas áreas, como Vajji, por volta de 600 a.C., que
tinha Vaishali como capital.[19]
Tal como na Grécia, a era republicana chegou ao fim pelo século
IV a.C., com a ascensão de um império monárquico — o Império
Máuria — que conquistou quase todo o subcontinente, pondo fim à
autonomia das repúblicas. Algumas continuaram sendo repúblicas,
sob a suserania máuria, ou regressaram ao sistema republicano
mais tarde, após a queda do império. Madra, por exemplo,
sobreviveu como república até ao século IV d.C. O fim das
repúblicas na Índia acabou por vir, no entanto, com a ascensão
da Dinastia Gupta e a propagação da filosofia da natureza divina
da monarquia, que lhe esteve associada.
Repúblicas mercantis
As repúblicas reapareceram na Europa no final da Idade Média,
quando uma série de pequenos estados adotaram sistemas
republicanos de governo. Apesar de geralmente pequenas, eram
repúblicas comerciais ricas em que a classe mercantil adquiriu
proeminência social e política. O historiador dinamarquês Knud
Haakonssen refere que, no Renascimento, a Europa estava dividida
entre os estados controlados pela elite terratenente — as
monarquias — e os controlados pela elite comercial — as
repúblicas.
Ao longo da Idade Média, um pouco por todas as cidades da
Europa foi crescendo uma abastada classe de comerciantes que,
apesar da sua grande riqueza, não detinha qualquer poder,
126
totalmente concentrado nas mãos da nobreza feudal. Por toda a
Europa os burgueses começaram também a reivindicar privilégios
e poder, levando os monarcas a conceder regalias pontuais a
certas localidades, expressas em documentos que tomaram o nome
de royal charters na Inglaterra; fueros em Castela; cartas de
foral em Portugal; etc.
Nos territórios menos centralizados, como no Sacro Império
Romano-Germânico, 51 das maiores cidades tornaram-se cidades
livres. Ainda que sob o domínio mais ou menos simbólico
do imperador, muitas destas urbes adotaram formas republicanas
de governo local. O mesmo se passou com as cidades comerciais
mais importantes da Suíça que, graças à geografia alpina, tinham
ficado de fora do controlo central. Ao contrário do que ocorreu
em Itália e na Alemanha, na Suíça grande parte das zonas rurais
nunca chegou a ser controlada por senhores feudais, mas sim por
agricultores independentes que também utilizaram formas
comunais de governo. Quando, no final do século XIII,
os Habsburgos tentaram retomar o controlo da região, tanto os
agricultores rurais como os comerciantes urbanos rebelaram-se,
proclamando a Confederação Helvética. A Suíça mantém a forma
republicana de governo até ao presente.
Durante a Idade Média, a Itália era a zona mais densamente
povoada da Europa e também a que tinha o governo central mais
fraco. Muitas das cidades, por isso, declararam-se independentes e
adotaram formas comunais de governo. Completamente livres do
poder feudal, as cidades-estado italianas expandiram-se, passando
a controlar também o interior rural. As mais poderosas
destas repúblicas marítimas foram a República de Veneza e
a República de Génova que rivalizavam entre si. Ambas eram
grandes potências comerciais marítimas que se foram expandindo
pelo Mediterrâneo. Foi também em Itália que primeiro se
desenvolveu uma ideologia advogando a forma republicana de
governo. Escritores como Bartolomeu de Lucca, Brunetto
Latini, Marsílio de Pádua e Leonardo Bruni viram as cidades-
estado medievais como verdadeiras continuadoras do legado
da Grécia e da Roma Antiga.
No entanto, estas repúblicas estavam longe de se poder comparar
às democracias de hoje em dia. Por regra, o governo das
repúblicas medievais assentava num conselho, constituído por
uma elite de patrícios. Em muitos estados nunca foram
realizadas eleições diretas, sendo os lugares no conselho
hereditários ou nomeados pelos membros já existentes. Nas
127
repúblicas onde foram realizadas eleições, o direito de votar e de
ser eleito estava grandemente condicionado à riqueza da pessoa em
questão e à sua filiação em corporações de
ofícios, mesteres ou guildas. Isto deixou a grande maioria da
população sem poder político, pelo que eram comuns os motins e as
revoltas das classes mais baixas. O final da Idade Média viu mais
de duzentos levantamentos nas cidades do Sacro Império Romano-
Germânico. Revoltas semelhantes ocorreram um pouco por toda a
Europa, como em Florença com a Revolta dos Ciompi.
Repúblicas protestantes
Enquanto que, para as repúblicas italianas, os escritores clássicos
haviam sido a principal fonte ideológica, no Norte da Europa,
a Reforma Protestante seria utilizada como a grande justificação
para o estabelecimento de novas repúblicas. A mais importante foi
a teologia calvinista, que se desenvolveu na Confederação Suíça,
uma das maiores e mais poderosas repúblicas medievais. João
Calvino não pediu a abolição da monarquia, mas defendeu o
direito dos fiéis a derrubar os monarcas contrários à
religião. O calvinismo também defendia um
rigoroso igualitarismo e uma oposição à hierarquia. A defesa da
república apareceu nos escritos dos huguenotes durante as guerras
religiosas em França.
O Calvinismo desempenhou um importante papel nas revoltas
republicanas na Grã-Bretanha e na Holanda. Tal como as cidades-
estados de Itália e da Liga Hanseática, também a Grã-Bretanha e a
Holanda eram importantes centros de comércio, com uma grande
classe de comerciantes prosperando com o comércio com o Novo
Mundo. Grande parte da população destes dois países também
abraçou o calvinismo. A Revolta Holandesa, começando em 1568,
viu a República das Sete Províncias Unidas dos Países
Baixos rejeitar o domínio da Espanha dos Habsburgos num conflito
que durou até 1648 — a Guerra dos Oitenta Anos.
Em 1641, estalou a guerra civil inglesa. Liderada pelos puritanos e
financiada pelos mercadores de Londres, a revolta triunfou e o
rei Carlos I acabou por ser decapitado. Na Inglaterra, James
Harrington, Algernon Sidney e John Milton foram dos primeiros
autores a defender a rejeição da monarquia e a adoção de uma
forma republicana de governo. A República Inglesa teve vida curta
e a monarquia foi restaurada onze anos depois. A República
Holandesa continuou oficialmente até 1795 mas, a partir de 1747,
o Stadthouder torna-se um monarca de facto. Os calvinistas foram
128
também dos primeiros colonizadores das colónias
holandesas e britânicas da América do Norte, influenciando
decisivamente a evolução política desses territórios.
Repúblicas liberais
No início da Idade Moderna, assistiu-se, na Europa, a duas
evoluções antagónicas. Por um lado, a monarquia
absolutista substituiu a monarquia descentralizada que havia
existido na maior parte da idade média. Por outro, foi-se
desenvolvendo uma forte reação contra o poder absoluto dos
monarcas, levando à criação de uma nova ideologia conhecida
como liberalismo.
No entanto, a maioria destes novos pensadores iluministas estava
mais interessada na implantação da monarquia constitucional do
que da república. O regime de Cromwell tinha desacreditado o
republicanismo e a maioria dos pensadores entendia que as
repúblicas conduziam à anarquia ou à tirania.[26]
Assim, filósofos
como Voltaire, por exemplo, opunham-se ao absolutismo ao mesmo
tempo que eram fortemente pró-monárquicos.
Rousseau e Montesquieu elogiaram as repúblicas e encararam as
cidades-estado da Grécia antiga como modelos. Rousseau
descreveu a sua estrutura política ideal de
pequenas comunas autogeridas. Montesquieu escreveu que uma
cidade-estado idealmente deveria ser uma república, mas defendeu
que uma monarquia com poderes limitados seria mais adequada
para uma grande nação. Ambos concordavam que não seria
possível governar um grande estado-nação como a França, com
vinte milhões de pessoas, como uma república.
A revolução americana começou apenas como uma rejeição da
autoridade do parlamento britânico sobre as colónias. O fracasso
do monarca britânico em proteger as colónias do que
consideravam uma violação do seu direito a um governo
representativo, a sumária condenação como traidores dos que
defendiam os seus direitos, agravado pelo envio do exército como
demonstração de autoridade resultou na percepção generalizada
da monarquia britânica como tirânica. Com a declaração da
independência, os líderes da revolta rejeitaram firmemente a
monarquia e, como tal, abraçaram o republicanismo. Os líderes da
revolução eram bem conhecedores dos escritos dos pensadores
liberais franceses e também da história das repúblicas
clássicas. John Adams tinha até escrito um livro sobre as
repúblicas ao longo da história. Além disso, a ampla distribuição
129
da obra Common Sense, de Thomas Paine, de forma sucinta e
eloquente propagou junto do grande público os ideais republicanos
e a independência. A Constituição dos Estados Unidos, ratificada
em 1789, criou uma república federal relativamente forte, em
substituição de uma confederação relativamente fraca, primeira
proposta para um governo nacional através dos Artigos da
Confederação, ratificados em 1783. As primeiras dez emendas à
constituição, chamadas Bill of rights, consagraram certos direitos
naturais fundamentais para os ideais republicanos, que
justificaram a revolução.
Tal como a americana, também a revolução francesa não era
republicana no seu início. Somente após a fuga de Varennes ter
retirado o que restava da pouca simpatia de que o rei gozava, é que
foi declarada a república e Luís XVI enviado para a guilhotina. O
sucesso estrondoso da França nas guerras revolucionárias
francesas viu as repúblicas espalharem-se pela força das armas um
pouco por toda a Europa, à medida que uma série de repúblicas
clientes foram criadas em todo o continente. A ascensão
de Napoleão marcou o final da Primeira República Francesa e a
sua posterior derrota permitiu às monarquias vitoriosas porem fim
a muitas das mais antigas repúblicas do continente,
incluindo Veneza, Génova e a Holanda.
Fora da Europa, um outro grupo de repúblicas foi sendo criado à
medida que as Guerras Napoleónicas permitiram que os estados
de América latina ascendessem à independência. A ideologia
liberal teve apenas um impacto limitado nestas novas repúblicas. O
impulso principal foi da população crioula, descendente dos
europeus, em conflitos com os governadores peninsulares enviados
d'além-mar. A maioria da população na América Latina era de
ascendência ameríndia ou africana, com a qual a elite crioula tinha
pouco interesse em partilhar o poder através de uma soberania
popular alargada. Simón Bolívar, o principal instigador das
revoltas e também um de seus teóricos mais importantes,
simpatizava com os ideais liberais, mas entendia que, à América
Latina, faltava a coesão social para que esse sistema funcionasse e
defendeu a autocracia, sempre que necessária.
130
Anúncio da Proclamação da República Irlandasa
No México, esta autocracia tomou, por pouco tempo, a forma de
uma monarquia no Primeiro Império Mexicano. Devido à guerra
peninsular, a família real portuguesa transferiu-se para o Rio de
Janeiro em 1808. O Brasil atingiu a independência como
uma monarquia em 7 de setembro de 1822, tendo o império do
Brasil durado até 1889. Nos demais estados, diferentes formas de
república autocrática existiram até sua liberalização no final
do século XX.
A Segunda República Francesa foi criada em 1848 e a Terceira
República Francesa em 1871. A Espanha inaugurou a sua primeira
república, apenas para ver regressar a monarquia poucos anos
depois. No início do século XX, a França e a Suíça mantinham-se
como as únicas repúblicas na Europa. Antes da primeira guerra
mundial, a república portuguesa, implantada através da revolução
de 5 de outubro de 1910, foi a primeira do novo século. Isto
estimularia o aparecimento de mais repúblicas no rescaldo da
guerra, quando vários dos maiores impérios europeus entraram em
colapso. O império alemão, o império austro-húngaro, o império
russo e o império otomano foram substituídos por várias
repúblicas. Novos estados tornaram-se independentes e muitos
destes, como a Irlanda, a Polónia, a Finlândia e a Checoslováquia,
escolheram formas republicanas de governo. Em 1931, a Segunda
República Espanhola terminou numa guerra civil que seria o
prelúdio da segunda guerra mundial.
As ideias republicanas foram se espalhando, especialmente
na Ásia. A partir do final do século XIX, os Estados Unidos
começaram a ter uma influência crescente na Ásia, com
131
os missionários protestantes a desempenharem um papel central.
Os escritores liberais e republicanos ocidentais também exerceram
influência. Isto, combinado com o confucionismo, inspirou a
filosofia política que há muito argumentava que a população tinha
o direito de rejeitar um governo injusto que tivesse perdido
o mandato do céu.
Duas repúblicas de vida breve foram proclamadas no extremo
oriente: a república de Formosa e a Primeira República das
Filipinas. Na China, um forte sentimento contra a dinastia Qing e
uma série de movimentos de protesto levaram à criação de
uma monarquia constitucional. O líder mais importante deste
movimento foi Sun Yat-sen, cujos Três Princípios do
Povo combinavam ideias americanas, europeias e chinesas.
A república da China acabou por ser proclamada em 1 de
janeiro de 1912.
Repúblicas socialistas e comunistas
Edital da Comuna de Paris.
Entre a década de 1920 e o início da de 90, numerosos estados
adotaram designações como "república democrática", "república
popular" ou "república socialista": República Popular da
Mongólia (1924-1992), República Popular Federal da
Jugoslávia (1946–1963), República Popular de Angola (1975–
1992), República Popular Democrática do Iémen (1967–
1970), República Democrática Alemã(1949–1990), República
Socialista do Vietname (1976-atualidade), etc. Tratava-se, por
regra, de repúblicas com formas de governo caraterizadas pela
adoção da ideologia comunista como princípio orientador da ação
do estado. Estas repúblicas podiam ter vários partidos políticos
legais, mas ao Partido Comunista era concedido um papel
privilegiado ou dominante no governo, princípio muitas vezes
definido na própria Constituição, ao ponto de se confundirem as
instituições do estado com as do partido.
132
A grande fonte de inspiração para as repúblicas socialistas do
século XX veio da Comuna de Paris de 1871, quando as classes
sociais mais desfavorecidas tomaram o controle da capital de
França. Karl Marx descreveu a Comuna como o protótipo do
governo revolucionário do futuro "a forma política, finalmente
descoberta, com a qual se realiza a emancipação económica do
trabalho."
Friedrich Engels observou como um dos grandes ensinamentos a
recolher da Comuna, a forma como se remunerou a todos os
funcionários "grandes e pequenos, apenas o salário que outros
operários recebiam. (...) Assim se fechou a porta, eficazmente, à
caça aos cargos e à ganância da promoção". Nas palavras de
Engels, a "classe operária, para não perder de novo a sua própria
dominação, acabada de conquistar, tinha, por um lado, de eliminar
a velha maquinaria de opressão até aí utilizada contra si própria,
mas, por outro lado, de precaver-se contra os seus próprios
deputados e funcionários, ao declarar estes, sem qualquer
excepção, revogáveis a todo o momento." Engels defendeu, no
entanto, que tal estado seria temporário, apenas "até que uma
geração crescida em novas, livres condições sociais, se torne capaz
de se desfazer de todo o lixo do Estado".
Essas ideias foram adotadas por Vladimir Lenine, em 1917 pouco
antes da Revolução de Outubro na Rússia e publicadas em O
Estado e a Revolução, um texto fundamental para muitos marxistas.
Com o fracasso da revolução mundial prevista por Lenine
e Trotsky, a Guerra Civil Russa, e, finalmente, a morte de Lenine,
as medidas de guerra que eram considerados temporárias, como a
requisição forçada de alimentos e a falta de controlo democrático,
tornaram-se permanente e uma ferramenta de reforço do poder
de Estaline.
Ao longo do século XX, a maioria das repúblicas socialistas e
comunistas adotaram economias planificadas. No entanto, houve
algumas exceções: a União Soviética durante a década de 1920 e a
Jugoslávia após a Segunda Guerra Mundial permitiram um
mercado limitado e um grau de autogestão dos trabalhadores;
enquanto a China, o Vietname e o Laos introduziram profundas
reformas económicas após a década de 1980.
No início da década de 1990, a grande maioria destes países
fizeram acompanhar o processo de abertura
económica e política dos seus regimes do abandono destes
qualificativos, passando simplesmente a designarem-se por
"repúblicas". Há, no entanto, estados na atualidade que, não sendo
133
propriamente marxistas-leninistas, usam termos como
"democrática", "popular" e "socialista" nos títulos oficiais dos
países. São exemplos disto a Argélia (República Argelina
Democrática e Popular); o Bangladesh (República Popular do
Bangladesh); a Líbia (Grande República Socialista Popular Árabe
da Líbia); São Tomé e Príncipe (República Democrática de São
Tomé e Príncipe) e Timor-Leste (República Democrática de Timor-
Leste).
Repúblicas islâmicas
Muitas repúblicas de população
maioritariamente muçulmana quiseram juntar a palavra "islâmica"
à sua designação oficial. O Paquistão, por exemplo, adotou o título
através da Constituição de 1956; a Mauritâniaadotou-o em 28 de
novembro de 1958; o Irão após a Revolução Iraniana de 1979 que
derrubou a dinastia Pahlavi; o Afeganistão após o derrube
dos talibãs em 2001.
A filosofia política islâmica tem uma longa tradição de oposição
à monarquia absolutista, expressa, nomeadamente, na obra
do filósofo muçulmano Al-Farabi. A Xariá, lei islâmica, tinha
precedência sobre a vontade do governante que deveria ser
escolhido através de um conselho, a Ash-Shura. Apesar dos
primeiros califados terem mantido os princípios da eleição do
governante, mais tarde os estados tornaram-
se ditadurashereditárias ou militares, embora muitos mantivessem
uma, pouco mais do que simbólica, ash-shura consultiva.
No entanto, nenhum desses estados é geralmente referido como
sendo uma república. O termo árabe atual ة ,(jumhūrīyyat) جمهوري
surgiu no final do século XIX, decalcando o conceito ocidental de
república. No século XX o republicanismo tornou-se um movimento
importante em grande parte do Médio Oriente, à medida que as
monarquias foram caindo em muitos estados da região. Alguns,
como o Iraque e a Turquia, tornaram-se repúblicas seculares.
Outras nações, como a Indonésia e o Azerbaijão, começaram
também como seculares, mas seguiram outros caminhos. No Irão,
a revolução de 1979 derrubou a monarquia e criou um república
islâmica baseada nas ideias de democracia islâmica.
O termo república islâmica, no entanto, pode ter significados
diferentes, às vezes até antagónicos. A república islâmica do Irão,
por exemplo, está em contraste com o estado semissecular da
República Islâmica do Paquistão. Num caso, trata-se de uma
república com um governo teocrático, no qual o código penal do
134
estado obedece às leis da Xariá. No outro, a designação "islâmica"
parece mais uma alusão à identidade cultural do país.
O Paquistão foi o primeiro país a adotar o adjetivo "islâmico" para
qualificar o seu estatuto republicano através da sua constituição
de 1956 que, no restante, era bastante secular. Apesar desta
definição, o país não teve uma religião de estado até 1973, quando
uma nova constituição, mais democrática mas menos secular, foi
aprovada. O Paquistão só usa o nome "República Islâmica" nos
seus passaportes e vistos. Em todos os documentos oficiais a
designação utilizada é simplesmente "Governo do Paquistão".
Apesar disso a atual Constituição do Paquistão, parte IX, artigo
227 diz expressamente: "Todas as leis existentes devem ser postas
em conformidade com os preceitos do Islão tal como expressos no
Alcorão e na Suna".
Chefe de Estado
Repúblicas presidencialistas
Poder executivo partilhado entre
presidente e parlamento
Repúblicas semipresidencialistas
Repúblicas
parlamentares
Repúblicas de
partido único
Estrutura
Nas repúblicas contemporâneas, o chefe de Estado é geralmente
designado por presidente da república ou simplesmente presidente.
O termo deriva do latim præ sidere ("sentar à frente"), significando
liderar, dirigir, presidir, aplicável à direção de uma cerimónia, de
uma reunião ou de uma organização. Usado na Grã-Bretanha
nessa aceção, o título presidente foi aplicado em 1608 ao líder
da Virgínia e depois estendido a outras das Treze Colónias inglesas
na América do Norte, com a designação de "Presidente do
Conselho". Os Estados Unidos foi a primeira república a usar este
135
título, mantendo o significado inicial da palavra: "Presidente do
Congresso Continental", o líder do primeiro parlamento. Quando a
nova Constituição foi escrita o título de "Presidente dos Estados
Unidos" foi atribuído ao responsável pelo poder executivo.
Designa-se por presidencialismo o sistema de governo no qual o
chefe de Estado é também chefe de governo. Num sistema
presidencial completo, o presidente desempenha o papel político
central e detém uma autoridade considerável. Os Estados Unidos
foram o primeiro exemplo de um tal sistema que serviu de base ao
modelo adotado noutros países, como na França e no Brasil.
Noutros estados, a legislatura domina e o papel do presidente é
pouco mais do que cerimonial e apolítico, como na Alemanha e
na Índia. Esses estados são repúblicas parlamentaristas e
funcionam de forma semelhante às monarquias
constitucionais com sistemas parlamentaristas, onde o poder do
monarca é também extremamente circunscrito. Nos sistemas
parlamentares, o chefe de governo, na maioria das vezes
intitulado primeiro-ministro, exerce o maior poder político real.
Nos sistemas semipresidencialistas o chefe de governo e o chefe de
Estado compartilham em alguma medida o poder executivo,
participando, ambos, do quotidiano da administração do Estado.
Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado com
prerrogativas que o tornam muito mais do que uma simples figura
protocolar ou mediador político; difere, também, do
presidencialismo por ter um chefe de governo com alguma medida
de responsabilidade perante o legislativo. Em França, o presidente
define a política externa, em Portugal, o presidente tem menos
poder, tendo poder de vetar leis e dissolver a Assembleia.
As regras para a nomeação do presidente e do líder do governo, em
algumas repúblicas permitem a nomeação de um presidente e de
um primeiro-ministro com convicções políticas opostas: na França,
quando os membros do governo e o presidente vêm de fações
políticas opostas, esta situação chama-se coabitação. Em alguns
países, como na Suíça e em San Marino, o chefe de Estado não é
uma única pessoa, mas sim um conselho. A República
Romana tinha dois cônsules, nomeados por um ano.
Eleição
Nas democracias constitucionais os presidentes ou são eleitos
diretamente pelo povo ou, indiretamente, por um parlamento ou
conselho.
136
Nos sistemas presidencialistas e semipresidencialistas o presidente
tanto pode ser eleito diretamente como indiretamente, caso
dos Estados Unidos. Neste país o presidente é oficialmente eleito
por um colégio eleitoral, escolhido pelos estados através
de sufrágio diretodos eleitores. Apesar de, na opinião de alguns, a
eleição direta conferir maior legitimidade ao presidente e dar ao
cargo muito do seu poder político, a Constituição dos Estados
Unidos estabelece que a legitimidade do presidente advém da
ratificação da Constituição por nove estados. A ideia de que a
eleição direta é necessária para a legitimidade também contradiz o
espírito do Grande Compromisso de 1787, cujo resultado real foi
manifestado na cláusula que garante aos eleitores dos estados
menores uma representação ligeiramente maior do que os grandes
estados na escolha presidencial.
Nos países com um sistema tipicamente parlamentar o presidente é
normalmente eleito pelo parlamento. Estas eleições indiretas
subordinam o presidente ao parlamento, conferindo-lhe, também,
uma legitimidade limitada, transformando a maioria dos poderes
presidenciais em poderes de reserva que só podem ser exercidos em
circunstâncias excecionais, como acontece na República da
Irlanda.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica)
[6]
Verdadeiro crápula, Filipe IV é mencionado na Wikipédia nos
seguintes termos:
“Filipe IV & I (Fontainebleau, 1268 – Fontainebleau, 29 de
novembro de 1314), também chamado de Filipe, o Belo, foi o Rei
da França como Filipe IV de 1285 até sua morte e também Rei de
Navarra como Filipe I de 1284 a 1305 em virtude de seu casamento
com Joana I.
Filipe IV foi um rei polémico, estando na origem da tentativa de
deposição do papa Bonifácio VIII e da transferência
do papado para a cidade de Avinhão, e criando as condições para,
algumas décadas depois da sua morte, a eclosão da Guerra dos
Cem Anos. No seu reinado suprimiu a Ordem dos Cavaleiros
Templários a 13 de outubro de 1307, facto que provavelmente
esteve na origem da superstição de as sextas-feiras dia 13 serem
dias aziagos.
137
Há quem pense que o cognome o Belo deve-se a uma sua
extraordinária beleza, segundo relatos contemporâneos. Também
apelidado pelos seus inimigos e admiradores de o rei de
Mármore ou o rei de Ferro, foi notável pela sua personalidade
rígida e severa. Um dos seus mais ferozes oponentes, o
bispo Bernardo Saisset de Pamiers, disse sobre o rei: «Não é um
homem nem uma besta. É uma estátua».
Subida ao trono
Segundo filho de Filipe III de França com Isabel de Aragão,
Filipe o Belo nasceu no castelo de Fontainebleau no ano de 1268.
Quando o seu irmão mais velho morreu aos 12 anos de idade em
1276, tornou-se novo herdeiro do trono. Teve como preceptor
Guilherme d'Ercuis, o capelão do seu pai.
Em 1284-1285 participou da cruzada aragonesa, a fracassada
campanha francesa na Catalunha para depor o rei Pedro III de
Aragão e colocar no seu lugar Carlos de Valois, o seu irmão mais
novo. Com a derrota militar e a epidemia de disenteria que
marcaram o fim desta campanha e atingiram o rei Filipe III,
assumiu a liderança da hoste.
Tentou negociar a passagem da família real através
dos Pirenéus mas recebeu uma recusa do rei aragonês, e depois
sofreu uma pesada derrota na batalha travada a 30 de setembro e 1
de outubro, na qual Pedro massacrou o exército francês mas
poupou a família real. Com a morte do rei de França
em Perpinhã a 5 de outubro, por disenteria, Filipe subiu ao trono e
abandonou a campanha. Foi coroado a 6 de janeiro de 1286 na
catedral de Reims.
Consolidação do poder real
Determinado a fortalecer a monarquia, Filipe confiou, mais do que
qualquer dos seus predecessores, na burocracia profissional de
legalistas. Auxiliado por ministros como Pierre Flote, Guilherme
de Nogaret e Enguerrando de Marigny, favoreceu o
desenvolvimento das instituições administrativas e judiciárias.
Homem solene e silencioso, ao seu povo parecia distante do
governo e, tendo encarregado os seus ministros de políticas
específicas, especialmente as impopulares, foi chamado de "coruja
inútil" pelos seus contemporâneos. Na verdade o seu reinado
marcou a transição da França, de uma monarquia carismática,
passível de perder muito do seu poder sob um rei incapaz, para um
reino burocrático, na direcção da modernidade.
138
Um ano antes de subir ao trono, a 14 de agosto de 1284, o
Belo casara-se, aos 16 anos de idade, com Joana I de Navarra,
filha de Henrique I de Navarra e Branca de Artois. O matrimónio
conferiu-lhe os títulos de rei de Navarra e conde de Champagne,
como Filipe I, até à morte da sua esposa a 4 de abril de 1305.
O principal benefício administrativo desta união era que a herança
de Joana em Champagne e Brie, adjacente aos domínios reais
na Île-de-France, foi efetivamente unida às terras do rei, formando
uma ampla área. Durante os reinados de Joana e dos seus três
filhos (1284–1328), estas terras pertenciam à pessoa do rei.
Mas em 1328 já se encontravam tão ligadas aos domínios reais que
o Filipe VI de França (da casa de Valois, não um herdeiro de
Joana) fez uma troca de terras com a herdeira dessa época, Joana
II de Navarra. Estes territórios permaneceram com a coroa
francesa, tendo Joana II recebido terras no oeste da Normandia em
compensação.
O reino de Navarra nos Pirenéus não tinha a mesma importância
para os interesses da época dos monarcas franceses. Permaneceu
em união pessoal de 1284 a 1328, tendo depois revertido para
Joana II de Navarra e para a casa de Évreux. Outras adições de
Filipe aos domínios reais foi Lião em 1312 e a compra da região
de Quercy (aproximadamente o actual departamento de Lot)
à Inglaterra por três mil libras.
Política externa
Relações com os mongóis
No seguimento da política externa de São Luís, Filipe teve vários
contactos com o Ilcanato mongol no Médio Oriente, que pretendia
obter a cooperação de reinos cristãos para a luta contra os
muçulmanos. Recebeu a embaixada do monge sino-mongol Rabban
Bar Sauma, e um elefante como presente. Filipe terá respondido
com uma positiva à solicitação.
O rei francês também ofereceu presentes à embaixada e enviou um
dos seus nobres, Gobert de Helleville, para os acompanhar até aos
domínios mongóis. Este partiu a 2 de fevereiro de 1288, juntou-se a
Bar Sauma em Roma e seguiram para a Pérsia.
De Bagdade, Arghun Khan voltou a escrever em 1289, em reposta
a uma carta de Filipe de 1288, reafirmando a cooperação militar,
exortando-o a conquistar o Egito, em troca do qual o mongol
oferecer-lhe-ia Jerusalém..
139
Ao contrário do seu avô Luís IX de França, Filipe IV não deu
continuidade a estes planos sob a forma de uma cruzada. No
entanto, organizou uma colaboração militar com os mongóis
através dos Cavaleiros Templárioscontra os mamelucos. O plano
era coordenar as ações entre as ordens militares cristãs, o rei e a
aristocracia de Chipre e do Reino Arménio da Cilícia, e os mongóis
do Ilcanato.
“ Se de facto os mongóis, apesar de não
serem cristãos, vão lutar contra
os árabes pela captura de Jerusalém,
é especialmente adequado que nós
lutemos [ao lado destes], e
se Deus quiser, avançar com toda a
força.
”
— Filipe IV de França, Os Monges de
Kublai Khan, Imperador da China[5]
.
De 1298 a 1302, o grão-mestre Jacques de Molay esteve no
Próximo Oriente a combater os mamelucos e a aguardar a ligação
com as forças mongóis, o que não chegou a acontecer[6]
. Em
Setembro de 1302 os Templários foram expulsos da sua fortaleza
em Arwad e quando Gazã, o ilcã mongol da Pérsia, morreu em
1304, acabaram os planos de uma rápida reconquista da Terra
Santa.
Em abril de 1305, o novo governante mongol Oljeitu enviou cartas
para Filipe,[7]
o papa, e para Eduardo I da Inglaterra. Mais uma
vez ofereceu uma aliança militar e as nações europeias prepararam
uma cruzada, mas houve atrasos na preparação e esta acabou por
nunca se realizar. Entretanto o filho de Oljeitu assinou um tratado
em Alepo com os mamelucos em 1322].
Guerra com a Inglaterra
O início de hostilidades com a Inglaterra em 1294 era o resultado
inevitável das monarquias competitivas e expansionistas,
despoletado por um secreto pacto franco-escocês de ajuda mútua
contra Eduardo I.
Foram realizadas campanhas inconclusivas pelo controlo
da Gasconha em 1294–1298 e em 1300–1303. Filipe ocupou
a Flandres em 1300 e conquistou a Guienne, mas foi obrigado a
140
devolver este último território aos ingleses e a dar a sua
irmã Margarida de França em casamento ao monarca inglês em
1299.
Há décadas que não ocorria um importante conflito na Europa, e
entretanto a natureza da guerra tinha mudado: tornara-se mais
profissional, tecnologicamente mais avançada e muito mais
dispendiosa. A procura de rendimentos para pagar as
despesas militares marcou o reinado de Filipe e a reputação que
criou para os seus contemporâneos.
Segundo os termos do Tratado de Paris de 1303, foi acordado o
casamento de Isabel, filha de Filipe, com Eduardo, príncipe de
Gales e herdeiro de Eduardo I. A união ocorreu em Bolonha a 25
de janeiro de 1308, e pretendia selar uma paz. Em algumas
décadas levaria a uma posterior pretensão inglesa ao trono francês
e à Guerra dos Cem Anos.
Invasão da Flandres
Em 11 de julho de 1302, a França sofreu uma derrota de um
exército de 2500 nobres (cavaleiros e escudeiros) e 4.000 soldados
de infantaria, enviado para suprimir uma revolta na Flandres,
na batalha das esporas douradas, perto de Kortrijk.
O Rei de Ferro reagiu energicamente e liderou pessoalmente uma
vitoriosa campanha com a batalha de Mons-en-Pévèle, na
actual região de Nord-Pas-de-Calais, dois anos depois. Em 1305,
obrigou os flamengos a aceitar um desvantajoso tratado de paz que
obrigou a fortes reparações e penalidades humilhantes, e adicionou
as ricas cidades de Lille e Douai, grandes produtoras de tecidos,
ao território real.
Béthune, a primeira cidade a render-se, foi concedida a Matilde,
condessa de Artois. Para garantir a sua fidelidade, as suas duas
filhas, Joana e Branca, casaram-se com Filipe e Carlos,
respectivamente, filhos de Filipe IV.
Política religiosa
Conflito com o papado
Para financiar estas guerras, Filipe IV viu-se obrigado a recorrer a
várias desvalorizações da moeda entre 1290 e 1309. Como medida
de curto prazo, perseguiu os judeus de modo a tomar os seus bens,
prendendo e chegando a expulsá-los dos territórios franceses em
1306.
141
Também confiscou os bens dos banqueiros lombardos em 1292 e de
abades mais abastados. Para a história ficou a condenação destas
acções e dos seus gastos excessivos pelos seus inimigos na Igreja
Católica, uma vez que os cronistas deste tempo eram na maioria
monges.
Quando lançou alguns impostos sobre o clero, de cerca de metade
do seu rendimento anual, iniciou um conflito com o papado. A 24
de fevereiro de 1296, o papa Bonifácio VIII emitiu a epístola
decretal Clericis laicos, proibindo a transferência de qualquer
propriedade da Igreja para a coroa francesa sem o acordo prévio
de Roma, e a incitar uma aberta batalha diplomática contra o rei.
Envolvido em outros problemas com os aragoneses da Sicília e
a família Colonna, o papa acabou por ceder, compondo
as bulas Romana mater (fevereiro de 1297) e Etsi de statu (julho de
1297). Esta última continha uma renúncia formal à defesa dos bens
eclesiásticos contra o arbítrio real da decretal Clericis laicos. No
mesmo ano canonizou o rei Luís IX de França sob o nome de "São
Luís da França", um processo impulsionado por Filipe IV.
Mas em 1300, pela bula Unam Sanctam, Bonifácio declarou a
superioridade do poder espiritual sobre o poder temporal, e por
consequência, a superioridade do papa sobre os reis, que
responderiam perante o líder da Igreja. Era de facto uma tentativa
de instauração de uma teocracia na Europa ocidental.
Filipe respondeu proibindo a exportação de dinheiro francês para
os Estados Pontifícios e convocou uma assembleia de bispos,
nobres e grandes burgueses de Paris. Esta seria a precursora
dos Estados Gerais que também surgiriam pela primeira vez no seu
reinado, mais uma medida profissional e organizativa que os seus
ministros introduziram no governo.
O rei saiu vitorioso do encontro, adotando uma política de
independência em relação à Santa Sé e opondo-se ao papa.
Procurou então o apoio de todos os seus súbditos a fim de legitimar
a sua luta. Bonifácio VIII ameaçou-o de excomunhão e de
interdição (o equivalente à excomunhão, aplicada a um território)
sobre o reino da França.
Legalistas franceses falsificaram a bula para a tornar injuriosa ao
poder civil e à França. Com um forte apoio no seu reino, em 1303 o
Belo enviou o seu conselheiro Guilherme de Nogaret com uma
pequena escolta armada para Roma, com o objetivo de prender o
papa e de o levar a julgamento perante um concílio.
142
Este episódio, conhecido como o atentado de Anagni tornar-se-ia
em um dos grandes escândalos do reinado de Filipe IV. A sua
narrativa popular teve uma grande importância na reputação de
poder e implacabilidade do "Rei de Ferro", apesar de não ter
estado diretamente envolvido no incidente.
“ A Nogaret juntou-se um inimigo
pessoal de Bonifácio, Sciarra
Colonna, membro da nobreza
romana, que lhe indicou que o papa
se refugiara em Anagni.
Encontraram-no só, um homem de 68
anos de idade, na grande sala
do palácioepiscopal, abandonado
pelos seus partidários. Sentado numa
alta cadeira, com hábitos de
cerimónia, não reagiu à irrupção dos
homens armados.
À aproximação do francês e do
italiano, inclinou ligeiramente a
cabeça e declarou: 'Eis a minha
cabeça, eis a minha tiara: morrerei, é
certo, mas morrerei papa'. Guilherme
de Nogaret recuou, impressionado,
enquanto Sciarra Colonna, no seu
ódio por Bonifácio VIII, avançou e
lhe deu uma bofetada, com a mão
coberta pela luva de ferro
da armadura. Sob a violência do
golpe, o papa caiu do trono para o
chão.
Pouco depois, a população de
Anagni, envergonhada de ter
abandonado o papa, acorreu ao
palácio e perseguiu a destacamento
francês, mas tarde demais: a
violência a que fora sujeito
perturbara a sanidade mental de
Bonifácio. Morreu no mês seguinte,
sem reconhecer os seus conhecidos e
a recusar a extrema unção.
”
143
— Narração do atentado de Anagni
segundo a tradição popular.
Em 1305, depois da morte, sob suspeitas de envenenamento, do
sucessor do papa Bento XI, o novo papa Clemente V revelar-se-ia
mais cooperante. De origem francesa, permitiu o estabelecimento
pelo rei francês do papado de Avinhão, em um enclave no sul da
França, e seria uma ajuda preciosa na supressão da Ordem dos
Templários.
Supressão da Ordem dos Templários
Fundada em 1118 com o objectivo de proteger os peregrinos que se
dirigiam a Jerusalém, ao longo de dois séculos a Ordem dos
Templários acumulara grandes riquezas. O seu poder era tal que
tinham apenas o dever de responder perante o papa.
Com graves problemas de caixa e tendo de recorrer a empréstimos
junto aos templários para custear os negócios do seu reino, Filipe
IV usou a sua influência sobre Clemente V, sob a sua dependência,
para acabar com a ordem e confiscar todos os seus bens. Para isso
pôs em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os
de heresia, imoralidade, sodomia e diversos outros crimes.
Na sexta-feira, dia 13 de outubro de 1307, centenas de cavaleiros
templários por toda a França foram presos simultaneamente por
agentes de Filipe o Belo e sujeitos a tortura para confessarem a
heresia da própria ordem religiosa, facto que provavelmente esteve
na origem da superstição de as sextas-feiras dia 13 serem
dias aziagos.
Em 1312, o papa francês extinguiu a ordem por uma bula,
retirando a sua proteção e o seu estatuto eclesiástico. Filipe tomou
as consideráveis riquezas dos templários e acabou com o
seu sistema bancário monástico.
Os líderes templários foram supliciados. Em 1314, o último grão-
mestre, Jacques de Molay, foi queimado na fogueira em Paris. De
acordo com a lenda, de dentro das chamas este amaldiçoou o rei
Filipe IV e sua descendência, o papa Clemente V e o
ministro Guilherme de Nogaret, afirmando estes seriam
convocados perante o tribunal de Deus no prazo de um ano. De
facto, todos os três morreram dentro desse prazo.
Posteridade
144
Morte e legado
Filipe o Belo morreu a 29 de novembro de 1314 devido a um
derrame cerebral, vindo a falecer dias depois de um segundo
ataque, no castelo de Fontainebleau. Segundo os documentos e os
relatórios de embaixadores, chega-se à conclusão de que tenha
sucumbido a uma apoplexia cerebral em zona não motora, que se
manifestou pela primeira vez enquanto caçava um cervo com sua
tropa, dias antes da recaída mortal.
O seu coração foi transportado para o Mosteiro de Poissy, assim
como a cruz dos Templários, e lá permaneceu até à noite de 21 de
julho de 1695, quando um raio caiu sobre a igreja do mosteiro e
incendiou-a quase completamente, destruindo a cruz e o coração
do rei. A sua sepultura na Basílica de Saint-Denis, como muitas
outras, foi profanada em 1793, durante a Revolução Francesa.
O seu reinado assinalou o declínio do poder papal, depois de um
período de autoridade absoluta sobre as nações europeias. O
palácio do rei, na Île de la Cité, é atualmente representado pelas
secções remanescentes da Conciergerie.
O final do seu reinado foi marcado também pelo caso da Torre de
Nesle, quando as suas três noras foram envolvidas em um
escândalo de adultério e crime de lesa-majestade que marcaria a
história da França, com graves consequências na linha sucessória
do trono francês. As repercussões deste caso condicionariam os
reinados dos seus três filhos, no desejo de darem continuidade
à dinastia capetiana.
Nas décadas seguintes seria sucedido pelos seus três filhos varões
sobreviventes, um após o outro. A morte do último, Carlos IV,
trouxe a coroa para Filipe VI da casa do seu irmão Carlos de
Valois. Esta sucessão foi contestada por Eduardo III da Inglaterra,
filho da sua filha Isabel, o que originou a Guerra dos Cem
Anos entre as duas nações.
Descendência
Do seu casamento em 14 de agosto de 1284 com Joana I de
Navarra, filha de Henrique I de Navarra e Branca de Artois,
nasceram:
Luís X de França (Luís I de Navarra), o Teimoso, o Cabeçudo ou o
Turbulento (4 de outubro de 1289 - 5 de junho de 1316), sucessor
dos pais nos tronos de França e Navarra e no condado de
Champagne
145
Margarida (c.1290-1294), noiva de Sancho IV de Leão e Castela em
novembro de 1294
Isabel de França, a Loba de França (1292 - 21 de novembro de
1358), casada em 1308 com Eduardo II da Inglaterra
Filipe V de França (Filipe II de Navarra), o Longo, o
Comprido ou o Caolho (17 de novembro de 1293 - 3 de janeiro de
1322), conde de Poitou, conde palatino da Borgonha por
casamento com Joana II, Condessa da Borgonha, e sucessor do
irmão Luís nos tronos de França e Navarra, e no condado de
Champagne
Branca (c.1293 - c.1294)
Carlos IV de França (Carlos I de Navarra), o Belo (18 de junho de
1294 - 1 de fevereiro de 1328), conde de la Marche e sucessor do
irmão Filipe tronos de França e Navarra, e no condado de
Champagne
Roberto (1297-1308)
Representações na cultura Filipe o Belo é um dos
principais personagens dos dois primeiros volumes da série de sete,
do romance histórico Os Reis Malditos (em francês: Les Rois
maudits) de Maurice Druon, publicada entre 1955 e 1977. A série
foi adaptada para a televisão por duas vezes na França, em 1972 e
em 2005.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_IV_de_Fran%C3%A7a)
[7]
“Clemente V, nascido Bertrand de Gouth (perto
de Villandraut, 1264 — Roquemaure, 20 de Abril de 1314)
foi Papa entre Junho de 1305 até à sua morte.
Seu túmulo está na igreja colegiada (que ele havia construído)
em Uzeste, província de Gironde. Foi bispo de Saint-Bertrand-de-
Comminges, antes de se tornar papa.
Foi eleito após um longo conclave realizado em Perugia, onde se
defrontaram os interesses dos cardeais italianos e franceses. Isso
acontece após um pacto selado com o então rei da França, Filipe, o
Belo, no qual o monarca, com seu poder e influência o ajudou a
alcançar esse lugar principalmente para que retirasse a
excomunhão da família real francesa, colocada pelo Papa
Bonifácio VIII.
O seu pontificado ficou marcado por duas coisas: pela mudança
da Santa Sé de Roma para Avinhão em 1309, justificado pelos
146
tumultos existentes em Itália, e pela destruição trágica da Ordem
dos Cavaleiros Templários (ordem criada pela própria Igreja
Católica), que defendiam e protegiam os cristãos pela Terra Santa.
Clemente V foi forçado por Felipe à realizar uma investigação post
mortem contra a memória do Papa Bonifácio VIII, inimigo de
Felipe, que forjou acusações,[2]
porém durante o Concílio de
Vienne, que se reuniu em 1311, a ortodoxia e moralidade do papa
morto foi confirmada.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Clemente_V)
[8]
“A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão (em latim: "Ordo Pauperum Commilitonum Christi
Templique Salominici"), conhecida como Cavaleiros
Templários, Ordem do Templo (em francês: Ordem du
Templeou Templários) ou simplesmente como Templários, foi
uma ordem militar de Cavalaria. A organização existiu por cerca
de dois séculos na Idade Média (1118-1312), fundada no rescaldo
da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de
proteger os cristãos que voltaram a fazer
a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se
tornarem monges, usavam mantos brancos com a
característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser
um cavalomontado por dois cavaleiros. Em decorrência do local
onde originalmente se estabeleceram (o monte do Templo em
Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a
atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé
em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do
Templo de Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas.
Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à ordem reduziu-se.
Rumores acerca da cerimônia de iniciação secreta dos Templários
criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França - também
conhecido como Felipe, O Belo - profundamente endividado com a
ordem, começou a pressionar o papa Clemente V a tomar medidas
contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França
foram detidos e queimados publicamente. Em 1312, o papa
Clemente dissolveu a ordem. O súbito desaparecimento da maior
parte da infraestrutura europeia da ordem deu origem a
147
especulações e lendas, que mantêm o nome dos templários vivo até
aos dias atuais.
História
Este artigo é parte de ou relacionados com a
série sobre os Cavaleiros Templários
Ordem dos Templários
História dos Cavaleiros Templários
Lendas dos Cavaleiros Templários
Selo dos Cavaleiros Templários
Grão-mestres dos Cavaleiros Templários
Cavaleiros Templários na Inglaterra
Cavaleiros Templários na Escócia
Lista de Cavaleiros Templários
Lista de lugares associados aos Cavaleiros Templários
Associações modernas
Cavaleiros Templários (maçonaria)
Ordem Suprema Militar do Templo de Jerusalém
Fundação
A ordem foi fundada após a Primeira Cruzada, por Hugo de
Payens, em 1118, com o apoio de mais 8 cavaleiros, entre
eles André de Montbard, tio de Bernardo de Claraval, e do
rei Balduíno II de Jerusalém, que os acolheu em seu palácio em
uma das esplanadas do Templo. Nasce assim os Pobres Cavaleiros
de Cristo, que, por se estabelecerem no monte do Templo de
Salomão, vieram a ficar conhecidos como Ordem do Templo, e
por Templário quem dela participava. A finalidade da Ordem era
proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, mais
precisamente o caminho de Jafa a Cesareia, vítimas de ladrões em
todo o percurso e, já na Terra Santa, dos ataques que
os muçulmanos faziam aos reinos cristãos que as Cruzadas haviam
fundado no Oriente.
148
No outono de 1127, Hugo de Payens e mais 5 cavaleiros se dirigem
à Roma visando solicitar ao papa Honório II o reconhecimento
oficial da Ordem. Nessa visita, conseguem não só o
reconhecimento oficial como o apoio e influência de Bernardo de
Claraval, no Concílio de Troyes em 13 de janeiro de 1128. Através
da bula papalOmne datum optimum, emitida em 29 de março de
1139 pelo papa Inocêncio II, a Ordem foi reconhecida oficialmente
pelo Papado e ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de
que seu líder teria o direito de se comunicar diretamente com o
papa e o direito de construir seus próprios oratórios e serem
enterrados neles.
A ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a
cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em
poder; seus membros estavam entre as mais qualificadas unidades
de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da ordem
geriam uma vasta infraestrutura econômica, inovando em técnicas
financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário, e
erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.
Em 14 de outubro de 1229, o papa Gregório IX emitiu a bula, Ipsa
nos cogit pietas, dirigida ao grão-mestre e aos cavaleiros
da Ordem do Templo que os isenta de pagar o dízimo para as
despesas da Terra Santa, atendendo "à guerra contínua que
sustentavam contra os infiéis, arriscando a vida e a fazenda pela fé
e amor de Cristo".
Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os templários como
"leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de
batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de
Cristo, a suavidade para com Seus amigos".
Levando uma forma de vida austera, os templários não tinham
medo de morrer para defender os cristãos que iam em
peregrinação à Terra Santa. Como exército, nunca foram muito
numerosos: aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em
Jerusalém no auge da Ordem. Mesmo assim, foram conhecidos
como o terror dos muçulmanos.
Quando presos, rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida
em troco da apostasia, permanecendo fiéis à fé cristã.
A Regra Templária
Um cavaleiro templário é verdadeiramente um
cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para
149
sua alma, é protegida pela armadura da fé, assim
como seu corpo está protegido pela armadura de
aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a
necessidade de medos de demônios e nem de homens.
Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae
Militae—In Praise of the New Knighthood
A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi
escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos
Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo ad gloriam"
(Slm. 115:1 - Vulgata Latina) que significa "Não a nós, Senhor, não
a nós, mas pela Glória de teu nome" (tradução Almeida). A regra
dividia-se em 72 capítulos distribuídos em sete seções: I- A regra
primitiva; II- Os estatutos hierárquicos; III- Penitências; IV- Vida
Monástica; V- Capítulos comuns; VI- Maiores detalhes de
penitências e VII- Recepção na Ordem.
A regra era bem típica de uma sociedade feudal, entre algumas
regras estavam que a admissão de novos candidatos seria
aprovada pelo bispo local, abster-se de carne às quartas-feiras e
algumas curiosas, como dois cavaleiros deveriam comer do mesmo
prato. Oficialmente, como consta na regra templária, o termo
correto para designar o maior superior hierárquico era Mestre do
Templo e não grão-mestre, como lhe é referido nos dias atuais.
Para ser admitido como cavaleiro, o postulante deveria ser cristão,
conhecer a regra templária (antes mesmo de ser admitido), jurar
viver em castidade e pobreza e ser obediente ao mestre do templo.
A iniciação se dava com uma cerimônia religiosa realizada por um
dos padres da ordem.
Primeiras batalhas
Os Templários "estreiam" oficialmente em campo de batalha no
ano de 1129, quando tiveram que intervir em um ataque ao Rei
Balduíno II em sua ida a Damasco. Em 1138, os Templários são
derrotados pelos turcos na cidade de Tecoa, onde nasceu o profeta
bíblico Amós, em um infrutífera tentativa de tomá-la dos turcos.
Outra derrota se deu na fracassada tentativa de invasão à cidade
de Ascalão, no ano de 1153, quando 14 cavaleiros foram cercados
e mortos pelos turcos.
150
Em 1166, tropas do rei de Alepo, invadiram uma fortaleza
templária na Transjordânia. Em 1168, o rei Amalrico I de
Jerusalém convocou um exército para invadir o Egito, contudo os
Templários recusaram tal empreitada alegando que não havia
razões para que se procedesse a invasão.
Em 25 de novembro de 1177, os Templários travam, contra o
exército de Saladino, a batalha de Montgisard (livremente
abordada em diversas formas de arte, como nos filmes Kingdom of
Heaven e Arn; no livro The Leper King, Santo
Sepulcro em português, de Zofia Kossak). A partir de Montigisard,
diversas batalhas ocorrem ano após ano, como o ataque a uma
caravana muçulmana em 1182, a batalha de Tubaniya em 1183, a
de Al Karak em 1184, até que aos 4 dias de julho de 1187 ocorre
a batalha de Hattin, na qual 30 mil cruzados enfrentam 60 mil
muçulmanos e perdem não só a batalha como também Jerusalém.
Três décadas mais tarde, em 1219, aproveitando-se do
enfraquecimento dos exércitos de Saladino em vista do crescimento
do exército Mongol, os cruzados conseguem tomar Damieta,
no Egito. Contudo, a falta de união entre as três grandes ordens
dos cruzados (Templários, Hospitalários e Teutônicos)
impossibilitou alianças e as tropas se retiraram meses depois.
Crescimento da ordem e a perda de sua missão
Com o passar do tempo, a Ordem do Templo ficou riquíssima e
muito poderosa: receberam várias doações de terras na Europa.
Entre algumas doações estão a herança do rei Afonso I de
Aragão que, por não possuir herdeiro do sexo masculino, deixou
todos seus bens às ordens de cavalaria
(Templários, Hospitalários e do Santo Sepulcro) e a floresta de
Cera com o Castelo de Soure, doados pela Rainha de
Portugal, Teresa de Leão, com a condição de que expulsassem os
sarracenos do país.
Além das doações de seculares à ordem, os Templários também
recebiam constantes benesses do Papado:
1139: Bula Omne datum optimum: a Ordem é oficialmente
reconhecida pela Igreja Católica e lhe dá proteção;
1144: Bula Milites templi: os cristãos são incentivados a doar bens
à Ordem;
1145: Bula Milicia Dei: aumenta a autonomia da Ordem junto à
Igreja;
151
1198: Bula Dilecti filli nostri: garantia à Ordem a fruição completa
das doações que recebiam.
1212: Bula Cum dilectis filiis: reafirma a bula Dilecti filli nostri.
1229: Bula Ipsa nos cogit pietas: isenta a Ordem do pagamento do
dízimo da defesa da Terra Santa.
Mas não só de doações vivia a Ordem, os templários usavam as
propriedades que lhes eram doadas para plantar trigo, cevada e
criar animais. Assim a subsistência dos cavaleiros se dava com a
venda de trigo, cevada, lã de carneiro, carne de bovinos
e queijo feito com leite dos animais criados nas propriedades
templárias.
Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à
necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios
que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida
austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de
ser as motivações principais dos cavaleiros templários. Nesse
diapasão, Bernardo de Claraval, em seu De laude novæ militiæ,
divide a Ordem em dois grupos: militia, que são os cavaleiros
cristãos comprometidos com as motivações iniciais da ordem,
e malitia, pessoas que buscavam apenas reconhecimento
e status por pertencer à ordem.
A Ordem em Portugal
A Ordem do Templo chegou ao Condado Portucalense ainda à
época de Teresa de Leão, condessa de Portugal, que lhe fez a
doação da vila de Fonte Arcada, atual concelho de Penafiel,
anteriormente a 1126. Em 1127, a condessa fez-lhe a doação
do Castelo de Soure, na linha do rio Mondego, sob o compromisso
de colaborar na conquista de terras aos Muçulmanos. No reinado
de Afonso I de Portugal (1143-1185), a ordem recebeu a doação
do Castelo de Longroiva (1145), na linha do rio Côa. Pouco depois
os cavaleiros da ordem apoiaram o soberano na conquista
de Santarém (1147) ficando sob responsabilidade da Ordem a
defesa do território entre o rio Mondego e o rio Tejo, a montante de
Santarém. A partir de 1160, a ordem estabeleceu a sua sede no país
em Tomar. O processo de extinção da ordem no país iniciou-se com
a recepção da bula "Regnans in coelis", datada de 12 de agosto de
1308, através da qual o papa Clemente V deu conhecimento aos
monarcas cristãos do processo movido contra os seus membros.
Posteriormente, pela bula "Callidi serpentis vigil", datada de
dezembro de 1310, o pontífice decretou a detenção dos
mesmos. Dinis I de Portugal (1279-1325), a partir de 1310
152
procurou evitar a transferência do património da ordem no país
para a Ordem de São João do Hospital, vindo a obter, do
Papa João XXII a bula "Ad ae exquibus", expedida em 15 de março
de 1319, pela qual era aprovada a constituição da "Ordo Militiae
Jesu Christi" (Ordem da Milícia de Jesus Cristo), à qual foram
atribuídos os bens da extinta ordem no país. A nova ordem, após
uma curta passagem por Castro Marim, veio a sediar-se também
em Tomar.
O Julgamento dos Templários
Não é de supor que a Ordem do Templo tenha
surgido totalmente armada, como Palas-Atena, da
cabeça de Hugo de Payens, ou tenha sido o fruto de
qualquer inteligência humana individual. A função
oficial dos templários, por eles professada, tinha por
certo surgido das Cruzadas; mas está claro que já
existia uma série de funções especiais que só esta
Ordem poderia realizar. A interação entre a mais
elevada espiritualidade cristã e a mais elevada
espiritualidade islâmica (sufismo) na Alta Idade
Média exigia uma ordem soberana, acima de reis e
bispos, não sujeita à legislação comum ou mesmo a
interditos e excomunhões, e capaz, quando
necessário, de se pôr de parte em relação a ambas as
civilizações, para agir como mediadora ou árbitro
entre elas.
Angus Macnab, Spain under the Crescent Moon[35]
As derrotas sofridas pela ordem reforçaram a ideia, nos altos
escalões do clero, de que os templários já não cumpriam sua
missão de liberar e proteger os caminhos para Jerusalém. A
principal derrota aconteceu em 1291, quando os muçulmanos
conquistaram São João de Acre, a última cidade cristã na Terra
Santa . Antes de tal ocorrido, o rei Filipe IV de França havia
solicitado sua entrada na ordem, porém, não foi aceito por se
recusar à abdicar de sua riquezas e poderes, a partir desse
momento começou sua perseguição à Ordem do Templo acusando-
os de heresia.
A ordem de prisão foi redigida em 14 de setembro de 1307 no dia
da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de outubro de 1307 (uma
153
sexta-feira), todos os cavaleiros que estavam em território francês
são detidos.
Após a tomada de Acre pelos muçulmanos em 1291, os Templários
se estabeleceram no Reino do Chipre, em 1306 depuseram o rei
Henrique II e elegeram um cavaleiro como novo monarca,
Amalrico de Tiro. Contudo, Amalrico foi assassinado e, em 1310,
Henrique II voltou ao poder e expulsou os templários de Chipre,
queimando o convento no qual os cavaleiros haviam se
estabelecido.
Com a expulsão de Chipre, a ordem de prisão emitida na Europa e
a Terra Santa tomada pelos muçulmanos, Tiago de Molay, em sua
prisão, apresentara ao papa Clemente V um novo plano de tomada
da Terra Santa. Contudo, já estava decidido que a função militar
não tinha mais razão de ser e o pontífice tentava, sem sucesso,
convencer o rei Filipe, o Belo, a apenas remodelar a Ordem.
Entre 19 de outubro e 24 de novembro de 1307, 138 prisioneiros
templários foram interrogados em Paris. Em uma carta do papa
Clemente V ao rei Filipe, datada de 27 de outubro de 1307, deixa a
entender os protestos do pontífice para com os meios pelos quais os
cavaleiros eram interrogados e as confissões lhe eram arrancadas.
Em 22 de novembro de 1307, pela bula Pastoralis præminentiæ o
papa Clemente V recomenda a prisão dos Templários em outros
estados da Europa.
A partir de 1310, a Igreja institui sua própria investigação sobre a
Ordem, na qual chegaram a depor 573 cavaleiros. Todos em defesa
da Ordem e afirmando que as confissões foram arrancadas no
tribunal francês por meios de tortura. Em 16 de outubro de 1311, o
papa Clemente V abre o Concílio de Vienne afirmando que, com
base nos inquéritos eclesiásticos, bem como nos inquéritos civis,
não havia fato palpável de culpabilidade.
A Ordem do Templo é extinta em 22 de março de 1312, pela
bula Vox clamantis. O papa Clemente V, através bula Ad
providam de 2 de maio de 1312, transfere todos os bens templários
para os Hospitalários, exceto os de Portugal, de Castela, de
Aragão e de Maiorca, os quais ficariam na posse interina dos
monarcas, até o conselho decidir qual o seu destino.
No adro da Igreja de Notre-Dame, em Paris, fora instalado
um cadafalso, para no dia 18 de março de 1314 anunciar a
sentença de prisão perpétua aos cavaleiros Tiago de Molay,
Hughes de Pairaud, Geoffroy de Charnay e Geoffroy de
154
Gonneville. Em meio ao anúncio da sentença, De Molay e Geoffroy
de Charnay levantaram-se bradando sua inocência e a de todos os
Templários, que todos os crimes e geresias a eles atribuídos foram
inventados. No mesmo dia, armou-se uma fogueira próxima ao
jardim do palácio onde foram queimados Tiago de Molay e
Geoffroy de Charnay.
Da sentença do papa Clemente V aos nossos dias
O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V
pretendia absolver a ordem das acusações de heresia, e que
poderia ter dado eventualmente a absolvição ao último grão-
mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a
reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa
Clemente V a uma discussão ambígua, sancionada em 1312,
durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual
declarava que o processo não havia comprovado a acusação de
heresia, contudo afirma que, pelo bem da Igreja, a Ordem deveria
ser suprimida ou remodelada.
Após a descoberta nos arquivos do Vaticano, da ata de Chinon,
assinada por quatro cardeais, declarando a vontade de dar a
inocência dos templários, sete séculos após o processo, o mesmo foi
recordado em uma cerimónia realizada no Vaticano, a 25 de
outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo, na presença de
monsenhor Raffaele Farina, arquivista bibliotecário da Santa
Igreja Romana, de monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo
Secreto do Vaticano, de Marco Maiorino, oficial do arquivo, de
Franco Cardini, medievalista, de Valerio Manfred, arqueólogo e
escritor, e da escritora Barbara Frale, descobridora do
pergaminho e autora do livro "Os templários".
Os cavaleiros templários, enquanto ordem simultaneamente militar
e monástica, ativa e contemplativa, tinham como missão original
levar a Terra Santa ao controle cristão, mas, como aponta o
historiador brasileiro das religiões Mateus Soares de
Azevedo [46]
durante os séculos XII e XIII os templários tiveram um
importante papel na criação de um clima de respeito pela erudição
e espiritualidade da cultura islâmica, tanto na Europa como na
Terra Santa. Eles perceberam o terreno comum que havia entre as
camadas mais profundas das civilizações cristã e muçulmana.
Lendas e relíquias
A destruição do arquivo central dos Templários (que estava na Ilha
de Chipre) em 1571 pelos otomanos, tornou-se o principal motivo
155
da pequena quantidade de informações disponíveis e da quantidade
enorme de lendas e versões sobre sua história.
Os Templários tornaram-se, assim, associados a lendas sobre
segredos e mistérios, e mais rumores foram adicionados nos
romances de ficção populares, como Ivanhoe, Pêndulo de Foucault,
e O Código Da Vinci, filmes modernos, tais como "A Lenda do
Tesouro Perdido" e Indiana Jones e a Última Cruzada, bem como
jogos de vídeo, como Broken Sword e Assassin's Creed.
Uma das versões faz ligação entre os Templários e uma das mais
influentes e famosas sociedades secretas, a Maçonaria. Contudo a
mesma é fundada apenas em 1717, quatro séculos após o fim dos
Templários, na Inglaterra.
Historiadores acreditam na separação dos templários quando a
perseguição na França foi declarada. Um dos lugares prováveis
para refúgio teria sido a Escócia, onde apenas dois Templários
haviam sido presos e ambos eram ingleses. Embora os cavaleiros
estivessem em território seguro, sempre havia o medo de serem
descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso
teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada e
assumiram um novo disfarce para fazerem parte da maçonaria.[49]
A associação dos Templários a sociedades secretas ou práticas
alquímicas ou de bruxaria se deve à lenda de que eram quase uma
ordem secreta, totalmente hermética na qual ninguém de fora tinha
acesso, quando, na verdade, eram o oposto, abriam suas igrejas e
oratórios aos moradores locais onde se estabeleciam e acolhiam
peregrinos em suas casas e conventos.
Muitas das lendas dos templários estão relacionadas com a
ocupação precoce pela ordem do monte do Temploem Jerusalém e
da especulação sobre as relíquias que os templários podem ter
encontrado lá, como o Santo Graal ou a Arca da Aliança. No
entanto, nos extensos documentos da inquisição dos templários
nunca houve uma única menção de qualquer coisa como uma
relíquia do Graal, e muito menos a sua posse, por parte dos
templários. Na realidade, a maioria dos estudiosos concorda que a
história do Graal é apenas uma ficção que começou a circular na
época medieval.
O tema das relíquias também surgiu durante a Inquisição dos
templários, pois documentos diversos dos julgamento referem-se à
adoração de um ídolo de algum tipo, referido em alguns casos, um
gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos, a Baphomet. Essa
acusação de idolatria contra os templários também levou à crença
156
moderna por alguns de que os templários praticavam bruxaria.
Contudo, segundo historiadores, a cabeça barbada nada mais era
quem um manto com o rosto de Jesus Cristo.
Ao líder templário, Tiago de Molay, é imputada a maldição
da Sexta-Feira 13, que ao ser queimado na fogueira teria
amaldiçoado a data. Contudo, não há qualquer documento ou
registro de tal maldição, além do que, De Molay, e mais 3 líderes
templários, foram queimados no dia 18 de março de 1314, e não
dia 13. Tal crença se origina com a morte de seus executores no
mesmo ano da morte de Molay; do papa Clemente V em 20 de Abril
de 1314 e de Filipe IV de França em 29 de novembro.
Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme
quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía
uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros
em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota
para deslocamentos e negócios com várias nações.
Devido ao grande número de membros da ordem, apenas uma
parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os
cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso
possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns
historiadores, alguns cavaleiros foram
para Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus
navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em
países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja.
O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia
seguinte ao aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a
esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar
registros. Por essa mesma data, o rei português D. Dinis nomeava
o primeiro almirante português de que há memória, apesar de
Portugal não ter armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar
os bens dos templários à Igreja e consegue criar uma nova Ordem
de Cristo com base na Ordem Templária, adotando por símbolo
uma adaptação da cruz orbicular templária, levantando a dúvida
de que planeava apoderar-se da armada templária para si.
Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido
para a Suíça, é que antes desta época não há registros de
existência do famoso sistema bancário daquele país, até hoje
utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua
formação, os cavaleiros da ordem desenvolveram um sistema de
empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua
época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível
157
que tenham sido os cavaleiros que se refugiaram na Suíça que
implantaram o sistema bancário no lugar e que até hoje é a
principal atividade do país.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templ%C3%A1rios)
[10]
“Jacques de Molay, por vezes também chamado Tiago de
Molay, (em latim: Iacobus Burgundus; em francês: Jacques de
Molay; [Pronúncia: (ʒak də molɛ) Jak Demolé]; Molay, 1244 —
Paris, 18 de março de 1314) foi um nobre, militar, cavaleiro e o
último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários. Nascido
em Molay, pertencia a uma família da pequena nobrezafrancesa. É
hoje o patrono da Ordem DeMolay.
Biografia
Nascido em Molay, comuna francesa atualmente localizada
no departamento de Alto Sona, França, embora à época o vilarejo
pertencesse ao Condado da Borgonha. Muito pouco se sabe sobre
sua infância e adolescência; aos seus 21 anos de idade, como
muitos filhos da nobreza europeia, de Molay entrou para a Ordem
dos Cavaleiros Templários (organização sancionada pela Igreja
Católica para proteger as estradas entre Jerusalém e Acre -
importante porto no mar Mediterrâneo).
Nobres de toda a Europa enviavam os filhos para serem cavaleiros
templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e
popular em todo o continente europeu e Oriente Médio.
Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos
templários (assumiu o cargo após a morte de seu
antecessor, Teobaldo Gaudin), uma posição de poder e prestígio.
Mas passou por uma difícil situação: as Cruzadas não estavam
atingindo seus objetivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as
Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais
dos cavaleiros templários e dos hospitalários (outra ordem de
cavalaria). Restou apenas um único grupo do confronto contra os
sarracenos.
Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua
força. Viajaram para a ilha de Chipre, esperando que a população
se levantasse em apoio à outra Cruzada. Em vez de apoio público,
os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos senhores feudais,
muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se
pertencer à nobreza.
158
Em 1305, o rei da França Filipe IV, o Belo (r. 1285–1314) resolveu
obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem
no poder da Igreja Católica. O rei era amigo de Jacques de Molay
devido ao parentesco deles; o delfim Carlos, mais
tarde Carlos IV (r. 1322–1328), afilhado de Jacques. Mesmo sendo
seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e
a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas formavam uma grande
potência econômica e sabia que a Ordem dos Templários possuía
várias propriedades e outros tipos de riqueza.
Sem obter o sucesso desejado, de juntar as duas ordens e se tornar
um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para
acabar com a Ordem dos Templários. Chamou o nobre
francês Esquino de Floyran com a missão de denegrir a imagem
dos templários e de seu grão-mestre, e como recompensa receberia
terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los. O ano de
1307 marcou o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de
possuir um exército com cerca de 15 000 homens, Jacques foi a
França para o funeral de um membro feminino da realeza francesa
e levou consigo alguns cavaleiros. Onde foram capturados na
madrugada de 13 de outubro por Guilherme de Nogaret, homem de
confiança do rei Filipe IV.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados
na masmorra sofreram torturas e viveram em condições
subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças
do papa Clemente V (1305–1314) para condenar os templários e
suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção
do rei. Mesmo após três julgamentos Jacques continuou sendo leal
com seus amigos e cavaleiros, recusando-se a revelar o local das
riquezas da Ordem e denunciar seus companheiros.
Em 18 de março de 1314, de Moley foi levado à Corte Especial.
Como evidências, a corte dependia de confissões forjadas,
supostamente assinadas pelo grão-mestre. Desmentiu as confissões,
sob as leis da época a pena por desmentir era a morte.
Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay
o cavaleiro Guido de Auvérnia desmentiu sua confissão e ambos
foram condenados. Filipe IV ordenou que ambos fossem queimados
naquele mesmo dia. Durante sua morte na fogueira intimou aos
seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus,
amaldiçoando os descendentes do então rei de França.
Grão-mestrado
159
Jacques de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1298, não
se sabendo no entanto a data exata da sua eleição. Eleito em
detrimento de outra figura de peso dentro da ordem, Hugo de
Pairaud, sobrinho do visitador do templo em França.
O inicio do seu mestrado é marcado pela ação a favor de uma
nova cruzada, desenvolvendo uma campanha diplomática na
França, Catalunha, Inglaterra, nos estados da península Itálica e
nos Estados Pontifícios. Esta campanha visou não só resolver
problemas internos da ordem, problemas locais, como disputas
entre a ordem e bispos, e também pressionar as coroas e a igreja a
uma nova cruzada.
Organizou a partir da ilha de Chipre ataques contra as
costas egípcias e síria para enfraquecer os mamelucos,
providenciando apoio logístico e armado ao Reino Arménio da
Cilícia, e também intentou uma aliança com o Canato da Pérsia,
sem resultados visíveis.
Outro assunto discutido durante o seu mestrado foi a fusão entre as
duas maiores ordens militares, a dos Templários e a
dos Hospitalários. A Ordem do Templo com a perda
de Acre começava a ser questionada quanto à razão da sua
existência. As suas funções de proteger os peregrinos e de defender
a Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de
Chipre. Em maio de 1307 em Poitiers, Jacques de Molay junto
do papa Clemente V apresentou uma defesa contra a fusão e ela
não se realiza.
A prisão e o processo
Dia 13 de outubro de 1307 no reino da França,
os templários foram presos em massa por ordem de Filipe IV, o rei
de França. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris.
Imediatamente após a prisão, Guilherme de Nogaret proclama
publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações
contra a ordem.
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo
próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e
desenvolvido com base no direito canônico, emendaria a ordem das
suas faltas promovendo a sua reforma interna.
A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre (De Molay
nunca confessou as acusações como menciona anteriormente),
criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o
único com autoridade para efetuar esta ação. Depois de uma
160
guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem
entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois
estando o grão-mestre e o preceptor da Normandia, Godofredo de
Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto
protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não
podendo ser considerados heréticos.
Em 1314, o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos
prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas
hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V
ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas
ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num
regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando
ao rei que a temida recuperação da ordem não será efetuada.
Perante a comissão, Jacques de Molay e Godofredo de Charnay
proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações
dirigidas a ela, a comissão para o processo e decide consultar a
vontade do papa neste assunto.
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando
a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe IV, o belo, decide um
golpe de mão para que a questão templária fosse terminada.
Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay,
então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam
queimados numa fogueira na Île de la Cité, pouco depois das
vésperas, em 18 de março de 1314.
Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um
símbolo de lealdade e companheirismo, pois preferiu morrer a
entregar seus companheiros ou faltar com seu juramento.
Teatro e cinema
No cinema o ator francês Gerard Depardieu interpretou De Molay
no filme Os Reis Malditos (2005).
No teatro, o ator brasileiro John Vaz interpretou De Molay no
espetáculo Jacques de Molay: O Fim da Ordem do Templo, em
turnê pelo Brasil.”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_de_Molay)