a eletroestimulaçao por microcorrentes na revitalização facial
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A Eletroestimulaçao Por Microcorrentes Na Revitalização FacialTRANSCRIPT
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Vanessa Carvalho De Oliveira A ELETROESTIMULAAO POR MICROCORRENTES
NA REVITALIZAO FACIAL
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO DE
ESPECIALIZAO LATO SENSU EM ESTTICA
FACULDADE REDENTOR INSTITUTO ITESA
So Paulo 2011
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Vanessa Carvalho De Oliveira A ELETROESTIMULAAO POR MICROCORRENTES
NA REVITALIZAO FACIAL
Trabalho de Concluso de Curso para a obteno do Titulo de Especialista em Esttica, sob a orientao da
Professora Mestre Patrcia Aparecida Mendona.
FACULDADE REDENTOR
INSTITUTO ITESA So Paulo
2011
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Folha de aprovao
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RESUMO A partir dos 30 anos de idade, os sinais iniciais do envelhecimento comeam a ser
notados. Comeam surgir s primeiras rugas e flacidez. E em razes dessas
alteraes ocorre a perda da firmeza e elasticidade, afetando o contorno do rosto e a
renovao celular e a hidratao natural da pele comeam a diminuir.
Por esta razo devem-se intensificar os cuidados com a pele nesta faixa etria,
prevenindo e tratando as leses causadas pelo envelhecimento da pele. E esta a
proposta desta pesquisa, promover a revitalizao cutnea, melhorando a flacidez,
elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele, diminuindo os efeitos causados pelo
avano do tempo, atravs da eletroestimulao por microcorrentes.
Visto que a microcorrente uma modalidade de terapia no invasiva que usa
corrente de baixa amperagem, em microamperes (A) com alternncia de polaridade
positiva e negativa a cada 3 segundos. Seus efeitos teraputicos relacionam-se ao
aumento do metabolismo celular, estmulo do processo de reparo e regenerao
tecidual, normalizao do ph local, aumento da sntese de protenas (colgeno e
elastina). Promove a revitalizao e o rejuvenescimento da pele.
Este estudo se baseia em um voluntario do sexo feminino entre 40 a 50 anos de
idade que apresenta desvitalizao facial, presena de reas de tenses faciais, e
envelhecimento cutneo. Os resultados foram bem satisfatrios, ao longo das
sesses foi observada a melhora na tonicidade da pele, a reduo das linhas
profundas e bem marcadas da regio frontal, a diminuio e suavizao das rugas,
cada sesso indicava cada vez mais o surgimento dos efeitos da microcorrentes.
Porm sugerem-se novos estudos, com mais modelos e mais sesses do protocolo,
sendo ento possvel a comprovao ainda mais visveis de resultados.
certo que essas melhorias so temporrias, mas conforme o tratamento vai sendo
realizado, os benefcios tornam-se mais duradouros, pois o efeito da corrente
continua agindo mesmo aps a aplicao.
Palavras chaves: microcorrentes, revitalizao facial
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SUMRIO 1. INTRODUO .....................................................................................................06 2. A PELE ................................................................................................................09
2.1. Epiderme ..................................................................................................10
2.1.1 Camada Basal .................................................................................................10 2.1.2 Camada Espinhosa .........................................................................................11 2.1.3 Camada Granulosa .........................................................................................11 2.1.4 Camada Lcida ...............................................................................................11 2.1.5. Camada Crnea ............................................................................................11
2.2. Derme ......................................................................................................12
2.2.1 Derme Papilar ...................................................................................................12 2.2.2. Derme Reticular ...............................................................................................13 3. O ENVELHECIMENTO ........................................................................................14 4. MICROCORRENTES ...........................................................................................18 5. RESULTADOS .....................................................................................................21 6. CONSIDERAES FINAIS .................................................................................26 7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .....................................................................27 8. ANEXOS ...............................................................................................................29
Anexo I Termo de Consentimento livre e esclarecido..................................29 Anexo II Ficha de Anamnese Facial.............................................................31 Anexo III Fotografias.....................................................................................33
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1. INTRODUO
1.1. Objetivo Geral:
Abordar os benefcios da eletroestimulao por microcorrentes na
revitalizao facial.
1.2. Objetivos Especficos:
Fazer uma reviso de literatura;
Descrever os efeitos fisiolgicos da microcorrentes;
Pontuar a tcnica de aplicao da microcorrentes na revitalizao cutnea
atravs de estudo de caso;
Verificar a eficcia da eletroestimulao por microcorrentes para fins de
revitalizao cutnea.
1.3. Justificativa:
O envelhecimento um processo dinmico, progressivo e irreversvel, no qual
h modificaes morfolgicas, funcionais, bioqumicas e psicolgicas que
determinam perda da capacidade de adaptao do indivduo ao meio ambiente.
O envelhecimento facial acomete visivelmente a pele e as estruturas
subjacentes, trazendo alteraes inestticas e funcionais.
As tcnicas para o tratamento do envelhecimento facial tm avanado muito
nos ltimos anos, oferecendo muitas opes para melhorar a aparncia das linhas
de expresso e das rugas. Grande parte das tcnicas no so invasivas, portanto
no exigem interrupo do trabalho e da vida social pela sua rpida recuperao
(SOUZA et al, 2007).
A aplicao da microcorrentes torna-se um grande aliado no tratamento de
rejuvenescimento facial j que transmite a pele uma estimulao indolor, de baixa
intensidade e baixa freqncia, permitindo um tratamento confortvel e com grandes
benefcios.
Desta forma, o presente estudo possui o intuito de descrever e validar a
aplicao da tcnica de eletroestimulao por microcorrentes na revitalizao
cutnea.
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De acordo com Soriano et al (2002), a microcorrentes promovendo a
regenerao celular, atravs da ativao produzida nas clulas, aumentando a
produo de colgeno e elastina promovendo uma pele mais firme, intensifica a
circulao aumentando a oxigenao celular clareando a pele e tonifica o tecido
combatendo a flacidez.
1.4. Objeto:
1.4.1. Problema
- Qual a ao da estimulao eltrica por microcorrentes na pele?
- Quais os cuidados com a terapia por microcorrentes?
- Quais os benefcios e a freqncia do tratamento com microcorrentes na
revitalizao cutnea?
1.4..2. Hiptese
Acredito que a terapia por microcorrentes torna-se um grande aliado na
revitalizao cutnea atravs de seus efeitos fisiolgicos no organismo.
Tendo como principal caracterstica o fato de no atuarem no nvel dos rgos, mas
sim a nvel celular e de micro-estruturas, produzindo micro-estimulao e neuro-
estimulao.
Seus efeitos fisiolgicos esto baseados no estmulo da microcirculao
cutnea, com conseqente melhora na nutrio e oxigenao do tecido, que gera
um efeito revitalizante nos tecidos. Alm disso, h uma estimulao dos fibroblastos
- produzindo colgeno em maior quantidade e de melhor qualidade - e do sistema
linftico, assim como de suas funes. (SOUZA et al, 2007).
Todas as funes e atividades do corpo envolvem de alguma forma a
eletricidade. Segundo Okuno (2006, apud BORGES, 2006), o conhecimento dos
fenmenos eltricos importante para uma melhor compreenso dos complexos
processos fsicos e qumicos que caracterizam a vida.
Para realizao da tcnica necessrio que a pele seja anteriormente
higienizada e, nos casos de peles grossas, desvitalizadas e desidratadas,
aconselhvel realizao de um tratamento prvio de hidratao, a fim de melhorar a
condutibilidade da corrente (SORIANO et al, 2002).
A freqncia, o tipo de onda e a intensidade devem ser utilizadas segundo o
quadro clinico de cada cliente a ser tratado.
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5. Metodologia:
A pesquisa se caracteriza com um estudo de caso, descritivo de carter
experimental. Em um primeiro momento ser feito uma pesquisa bibliogrfica para
um melhor aprofundamento do tema, atravs de levantamento bibliogrfico em
livros, peridicos, internet, tese e dissertaes. Em uma segunda etapa ser feito
uma pesquisa descritiva, atravs da observao, anlise e correlao dos fatos e
uma pesquisa experimental, atravs da avaliao das fotos de antes e depois da
voluntria frente ao tratamento.
O estudo de caso se basear em um voluntario do sexo feminino entre 40 a
50 anos de idade que apresenta desvitalizao facial, presena de reas de tenses
faciais, e envelhecimento cutneo.
A anlise dos dados ser feita a partir de fotos tiradas na primeira e na ltima
sesso, com o objetivo de selecionar os aspectos pertinentes e relevantes do
estudo, verificando a eficcia da eletroestimulao cutnea por microcorrentes.
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2. A PELE
A pele reveste e delimita o organismo correspondendo a 15% do peso
corporal e tem por objetivo bsico manter o meio interno em constante equilbrio,
protegendo e interagindo com o meio exterior, assim como nos demais rgos do
corpo humano sofre alteraes que caracterizam o envelhecimento cutneo
(AZULAY, 2006).
A principal diferena entre a pele e os demais sistemas epiteliais o fato de a
pele estar exposta a um ambiente externo extremamente agressivo, enquanto os
demais sistemas epiteliais esto protegidos, por exemplo, da radiao solar e das
intempries. Dessa forma, a pele pode ser encarada como uma fronteira mediadora
entre o organismo e o ambiente.
Graas suas estruturas complexas, a pele pode exercer diferentes funes:
Manuteno da sua prpria integridade e da integridade do organismo e o
ambiente;
Proteo contra agresses e agentes externos;
Absoro e secreo de lquidos;
Controle de temperatura;
Barreira prova dgua;
Absoro de luz ultravioleta, protegendo o organismo de seus efeitos nocivos;
Metabolismo de vitamina D;
Funes estticas e sensoriais.
Como funes estticas e sensoriais consideramos a aparncia, o toque, a
maciez, a exalao de odores, a colorao e a sensibilidade da pele, que sero
responsveis pela atrao fsica e social do individuo.
Pode-se considerar, portanto, que a sade psicossocial do individuo
dependente de sua aparncia externa e da aceitao instintiva das caractersticas
de sua pele pelos demais componentes de seu grupo social (HARRIS, 2005).
A estrutura bsica da pele, segundo Harris (2005), dividida em dois tecidos
principais: a epiderme (tecido epitelial mais externo) e a derme (a partir da qual a
epiderme se origina). Segue figura abaxo para ilustrao:
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Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004.
A hipoderme, j no faz parte da pele. constituda por tecido adiposo que
protege contra o frio. um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexo
entre a derme e a fscia muscular e a camada de tecido adiposo varivel pessoa
e localizao. Serve como reservatrio energtico; isolante trmico; modela
superfcie corporal; absoro de choque e fixao dos rgos.
2.1. Epiderme:
A epiderme descrita por Guirro e Guirro (2004) como constituda de quatro a
cinco camadas, devido camada ldica estar ou no includa, s sendo observada
em determinadas amostras de pele espessa.
uma camada avascular, apresentando terminaes nervosas livres e
clulas migratrias. Sua principal funo atuar como uma barreira protetora contra
o ambiente externo, evitando a entrada de substncias estranha ao organismo, ao
mesmo tempo retendo o contedo interno principalmente gua, eletrlitos e
nutrientes.
A epiderme constituda por um epitlio estratificado pavimentoso
queratinizado (clulas escamosas em vrias camadas). A clula principal o
queratincito, que produz a queratina. A queratina uma protena resistente e
impermevel responsvel pela proteo. Existem tambm ninhos de melancitos
(produtores de melanina, um pigmento castanho que absorve os raios UV); e clulas
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imunitrias, principalmente clulas de Langerhans, gigantes e com prolongamentos
membranares.
2.1.1 Camada Basal:
o mais profundo, em contato com derme, constitudo por clulas cbicas
pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras
camadas. Contm muito pouca queratina. Algumas destas clulas diferenciam-se e
passam para as camadas mais superficiais, enquanto outras permanecem na
camada basal e continuam a se dividir.
a camada que d suporte a epiderme e estabelece a unio coma derme.
Esta camada da origem as camada epidermicas por reporduo continuada (SOUZA
et al, 2007).
2.1.2. Camada Espinhosa:
Clulas cbicas ou achatadas com mais queratina que as basais. Comeam a
formar junes celulares umas com as outras. E possuem importante funo na
manuteno da coeso das clulas da epiderme e, consequentemente na
resistencia ao atrito. (GUIRRO e GUIRRO, 2004).
2.1.3. Camada Granulosa:
Clulas achatadas, com grnulos de queratina proeminentes e outros como
substncia extracelular e outras protenas (colagnios).
2.1.4. Camada Lcida:
Clulas achatadas hialinas eosinfilas devido a grnulos muito numerosos
proteicos. Estas clulas libertam enzimas que as digerem. A maior parte j est
morta (sem ncleo). Esto presentes na pele sem folculos pilosos.
Segundo Souza et al (2007) encontrada onde a pele mais grossa, comoa
palma das mos e a planta dos ps. a camada mais profunda da camada crnea.
2.1.5. Camada Crnea:
Constitudo de clulas achatadas eosinfilas sem ncleo (mortas) com grande
quantidade de filamentos, principalmente queratinas. A juno entre a epiderme e a
derme tem forma de papilas, que do maior superfcie de contacto com a derme e
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maior resistncia ao atrito da pele. As fileiras mais superficiais esto em processo de
descamao continua. Est camada impede a entrada de microorganismos e
agentes txicos, retm gua e os eletrlitos. (SOUZA, et al 2007).
Anexos Cutneos:
A epiderme d origem aos anexos cutneos: unhas, plos, glndulas
sudorparas e glndulas sebceas. A abertura dos folculos pilossebceos (plo +
glndula sebcea) e das glndulas sudorparas na pele formam os orifcios
conhecidos como poros.
As unhas so formadas por clulas corneificadas (queratina) que formam
lminas de consistncia endurecida. Esta consistncia dura, confere proteo
extremidade dos dedos das mos e ps.
Os plos existem por quase toda a superfcie cutnea, exceto nas palmas das
mos e plantas dos ps. Podem ser minsculos e finos (lanugos) ou grossos e fortes
(terminais). No couro cabeludo, os cabelos so cerca de 100 a 150 mil fios e
seguem um ciclo de renovao no qual aproximadamente 70 a 100 fios caem por dia
para mais tarde darem origem a novos plos.
As glndulas sudorparas produzem o suor e tm grande importncia na
regulao da temperatura corporal. So de dois tipos: as crinas, que so mais
numerosas, existindo por todo o corpo e produzem o suor eliminando-o diretamente
na pele. E as apcrinas, existentes principalmente nas axilas, regies genitais e ao
redor dos mamilos. So as responsveis pelo odor caracterstico do suor, quando a
sua secreo sofre decomposio por bactrias.
As glndulas sebceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele. Mais
numerosas e maiores na face, couro cabeludo e poro superior do tronco, no
existem nas palmas das mos e plantas dos ps. Estas glndulas eliminam sua
secreo no folculo pilo-sebceo.
2.2. Derme
A derme a camada conjuntiva que forma a parte estrutural de tegumento do
corpo. Dentro da derme, alm dos apndices da epiderme (plos e glndulas
sudorparas e sebceas), h tambm vasos sangneos, nervos e componentes
celulares contendo clulas matrizes, fibroblastos, miofibroblastos e macrfagos. De
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acordo com Obagi (2004), a derme subdividida em duas camadas: a papilar e a
reticular.
2.2.1 Derme Papilar:
Em contato com a epiderme, formada por tecido conjuntivo frouxo, forma
uma camada fina com fibras de tecido conjuntivo na vertical e tambm rica em vasos
sanguineos que penetram nas camadas profundas, alm de terminaes nervosas,
termo e criorreceptores.
na derme que se localizam os vasos sanguneos que nutrem a epiderme,
vasos linfticos e tambm os nervos e os rgos sensoriais a eles associados.
2.2.2. Derme Reticular:
Encontra-se abaixo da camada papilar, sendo a camada maior e mais
espessa da derme. Constituda por tecido conjuntivo denso no modelado, onde
predominam as fibras colagenosas.
Para Souza et al (2007), uma camada de tecido conjuntivo, composta
principalmente de fibras colgenas e elatina, ela se coloca embaixo da epiderme
dando sustentao a essa.
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3. O ENVELHECIMENTO
Envelhecer um processo natural que ocorre desde que nascemos tambm
chamados de senilidade, pode ser definido como um conjunto de modificaes
fisiolgicas irreversveis, inevitveis e conseqente a uma alterao da homeostasia
(CUC e FESTA, 2007).
Scotti E Velasco (2003) afirma que as alteraes do envelhecimento iro
depender da qualidade de vida de cada indivduo teve durante sua existncia e,
tambm os fatores intrnsecos e extrnsecos.
Para Souza et al (2007), o envelhecimento biolgico caracterizado pela
diminuio da capacidade funcional e o aumento da susceptibilidade de certas
doenas e insultos ambientais. J Weineck (1991), afirma que a clula est
programada geneticamente para deteriorar-se ou morrer, principalmente a partir dos
30 anos de idade, e a pele um dos indicadores mais evidentes.
De acordo com Bagadin (2009) o envelhecimento intrnseco o natural,
inevitvel, comum a todas as pessoas, relacionado a fatores genticos, cumulativo,
caracterizado por atrofia da pele e rugas finas por afetar principalmente as fibras
elsticas drmicas.
J o envelhecimento extrnseco depende da relao entre o fototipo e a
exposio radiao solar o fotoenvelhecimento onde caracteriza-se por rugas
profundas, pele espessada, amarelada, seca, melanoses, telangiectasias,
poiquilodermia, queratoses actnicas e maior ocorrncia de cncer de pele
corresponde a 85% das rugas presentes na pele envelhecida. (BAGADIN, 2009).
Alm do fotodano, fatores como tabagismo, etilismo, intempries climticas,
poluio, hbitos alimentares, stress, contribuem para acelerar os mecanismos
fisiolgicos envolvidos no processo de envelhecimento.
A pele vai gradativamente perdendo a elasticidade, devido diminuio das
fibras elsticas e o espessamento e rigidez das fibras colgenas. A camada adiposa
se torna irregular e a diminuio das trocas metablicas torna a superfcie da pele
ressecada, dando origem presena de rugas. (GUIRRO e GUIRRO, 2004).
Fisiologicamente, a pele envelhecida sofre danos causados pelo achatamento
da juno dermo-epidrmica, diminuindo suas papilas drmicas, comprometendo
toda homeostase dos tecidos subjacentes.
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Os principais sinais do envelhecimento so as rugas, hipercromias, pele seca,
perda de luminosidade e ptose tissular (BUCHIL, 2002 apud SOUZA 2007).
As rugas so decorrentes do processo natural de envelhecimento da pele.
Picard (1994) relata que os msculos da face, por no se exercitarem muito, perdem
ao longo dos anos o tnus, no sustentando bem a pele e resultando em flacidez.
Quando classificadas clinicamente, as rugas podem ser: superficiais e
profundas. As superficiais so aquelas que desaparecem com o estiramento da pele,
diferindo das profundas que no sofrem alterao quando a pele estirada (KEDE;
SABATOVICH, 2004).
As rugas recebem ainda outra classificao: rugas estticas, dinmicas e
gravitacionais. As estticas so conseqncias da fadiga das estruturas que
constituem a pele, em decorrncia da repetio dos movimentos e aparecem mesmo
na ausncia deles. As dinmicas ou linhas de expresso surgem como
conseqncia de movimentos repetitivos da mmica facial e aparecem com o
movimento. J as rugas gravitacionais so conseqentes da flacidez da pele,
culminando com a ptose das estruturas da face (GUIRRO e GUIRRO, 2004).
Alm da classificao das rugas, Richard Glogau elaborou uma classificao
do fotoenvelhecimento que varia do tipo I ou tipo IV. A sua escala fornece os
seguintes parmetros para avaliao (CARRUTHERS et al, 2002 apud SOUZA et al,
2007):
Tipo I: mnimas rugas: fotoenvelhecimento inicial, alterao suave na pigmentao,
ausncia de queratoses ou lentigos senis; acomete pessoas dos 20 aos 30 anos que
geralmente no necessitam de maquiagem.
Tipo II: a pele permanece lisa na ausncia de movimentos, mas durante a
movimentao (sorriso, franzir a testa etc.) as rugas aparecem, presena de lentigos
senis e telangectasias inicias, mas no possui queratoses visveis; acomete pessoas
dos 30 aos 40 anos que necessitam de uma maquiagem leve.
Tipo III: rugas visveis mesmo na ausncia de movimentao, presena de lentigos
senis, telangectasias e queratoses solares; acomete pessoas acima dos 50 anos
que necessitam de maquiagem constantemente.
Tipo IV: rugas generalizadas, diminuio da espessura da epiderme, pele com
colorao amarelo-acizentado (pelo aumento da espessura da camada crnea),
maior tendncia a cncer de pele; acomete pessoas acima dos 60 anos que a
maquiagem no deve ser utilizada porque resseca e fragmenta.
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Alm das rugas, encontramos tambm na face, outras alteraes cutneas
agravadas com o passar dos anos, que so as ptoses. A pele distrfica e inelstica,
no consegue acompanhar a reduo do contedo, resultando um envoltrio
excessivo e conseqente flacidez.
As ptoses podem ser classificadas em:
Grau I leve redundncia da pele das plpebras, alterao do contorno facial, com
leve abaulamento submandibular;
Grau II queda lateral das plpebras superiores, formao de bolsa em plpebras
inferiores com redundncia de pele;
Grau III aumento das bolsas palpebrais inferiores e redundncia acentuada da
pele tanto das plpebras superiores como das inferiores.
A pele, diferentemente dos outros rgos, no envelhece harmoniosamente,
pois a exposio s intempries do ambiente externo torna o processo de
envelhecimento mais rpido e maior nas reas expostas, levando assim, ao
chamado envelhecimento precoce.
Embora o envelhecimento cutneo seja um processo orgnico natural, o
mesmo influenciado por vrios fatores e pode tanto ser acelerado quanto
retardado.
O envelhecimento facial um mecanismo fisiolgico que acomete
visivelmente a pele e as estruturas subjacentes, trazendo alteraes inestticas e
funcionais.
A pele jovem, em torno dos 20 anos de idade, geralmente apresenta-se
uniforme quanto cor, textura, firmeza, iseno de manchas e rugas, sendo estas
as principais diferenas entre uma pele jovem e uma envelhecida (BENY, 2000 apud
BATISTELA, 2007).
Com o envelhecimento, principalmente a partir dos 40 anos de idade, h uma
diminuio no nvel de estrognios e reduo das fibras de colgeno, tornando a
pele mais fina e sensvel, manchada, levando presena de rugas e clulas mortas,
as quais vo se acumulando e se depositando na superfcie. A formao de rugas,
pele mais spera, reduo da elasticidade e da firmeza da pele do rosto so os
sinais mais expressivos do reflexo da idade biolgica (BATISTELA et al, 2007).
A valorizao da face natural, pois a parte do corpo mais representativa e
exposta, na qual expressamos nossos sentimentos e emoes. O desejo de
conservar a beleza procurado pela grande maioria das pessoas com o objetivo de
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manter-se jovem, bela e desejada, contribuindo desta forma para qualidade de vida
e satisfao pessoal.
Para isso existem, atualmente, inmeras abordagens teraputicas com a
finalidade de eliminar ou amenizar essas alteraes, podendo ser realizada atravs
de frmacos, cosmticos, aplicaes, reparo cirrgico entre outros.
Neste contexto encontram-se a eletroestimulao por microcorrentes que
torna-se um grande aliado no tratamento de rejuvenescimento facial j que transmite
a pele uma estimulao indolor, de baixa intensidade e baixa freqncia, permitindo
um tratamento confortvel e com grandes benefcios.
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4. MICROCORRENTES
A eletroestimulao por microcorrentes tem como principal caracterstica o
fato de no atuarem no nvel dos rgos, mas sim a nvel celular e de micro-
estruturas, produzindo micro-estimulao e neuro-estimulao.
uma corrente polarizada que utiliza baixssima amperagem, medidas em
Milionsimos de Ampre (mA), sendo mesmo sub-sensorial, que possui diversas
respostas fisiolgicas que geraro adaptaes benficas aos tecidos lesados.
Tambm chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation ).
A microcorrente uma modalidade de terapia no invasiva que usa corrente
de baixa amperagem, em microampres (A) com alternncia de polaridade positiva
e negativa a cada 3 segundos. Seus efeitos teraputicos relacionam-se ao aumento
do metabolismo celular, estmulo do processo de reparo e regenerao tecidual,
normalizao do pH local, aumento da sntese de protenas (colgeno e elastina).
Promove a revitalizao e o rejuvenescimento da pele.
Segundo Robinson e Snyder-Mackler (2001 apud BORGES, 2006) o modo
normal de aplicao dos aparelhos de microcorrentes ocorre em nveis que no se
consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutneas e, como resultado, os
pacientes no tm nenhuma percepo da sensao de formigamento to
comumente associada com procedimentos eletroteraputicos.
Starkey (2001), relata que esta forma de estimulao eltrica tende a ser
aplicada em nvel sub-sensorial ou sensorial muito baixo, com uma corrente que
opera a menos que 1000 microamperes.
Craft (1998 apud BORGES, 2006) afirma que a microcorrentes trabalha com a
menor quantidade de corrente eltrica mensurvel, e que isso compatvel com o
campo eletromagntico do corpo.
Seus efeitos fisiolgicos esto baseados no estmulo da microcirculao
cutnea, com conseqente melhora na nutrio e oxigenao do tecido, que gera
um efeito revitalizante nos tecidos. Alm disso, h uma estimulao dos fibroblastos
(produzindo colgeno em maior quantidade e de melhor qualidade) e do sistema
linftico, assim como de suas funes.
O plano de atuao das microcorrentes profundo, podendo atingir um nvel
muscular, e apresenta-se com imediata atuao no plano cutneo e subcutneo.
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Efeitos da Estimulao Eltrica por Microcorrentes:
1. Aumento da produo de ATP em at 500%
2. Aumento da sntese de protenas
3. Aumento da captao de O2 no local em questo
4. Aumento do transporte de aminocidos
5. Aumento do transporte de membranas.
A microcorrente acelera em at 500% a produo do Trifosfato de adenosina
(ATP), sendo essa molcula a grande responsvel pela sntese protica e
regenerao tecidual devido a sua participao em todos os processos energticos
da clula.
A indicao da MENS na esttica deve-se basear nos seus efeitos fisiolgicos
e teraputicos. As aplicaes que mais se destacam so:
Cicatrizes;
Ps-operatrios;
Rejuvenescimento;
Flacidez tissular;
Recuperao de queimaduras;
Involuo cutnea (aumento do nmero de fibroblastos e realinhamento das
fibras colgenas potencializa a circulao linftica diminuindo edema);
Estrias (rearranjo das fibras colgenas);
"Cansao" muscular facial (eliminao de metablitos celulares, relaxamento
muscular, restabelecimento da bioeletricidade tecidual);
Celulite (antiedematoso);
Ps peeling (cicatrizante, antiinflamatrio, restabelecimento da
bioeletricidade tecidual);
Lontoforese.
As principais contra-indicaes so: cardacos portadores de marca-passo, ou
cardiopatias congestivas; uso de prtese metlica; portadores de neoplasia;
patologias circulatrias tipo flebite, trombose; renais crnicos; gestantes em qualquer
idade gestacional; processos inflamatrios e infecciosos; sobre a pele anestsica
(sem sensibilidade); epilepsia ou patologias neurolgicas que contra indiquem
aplicao de corrente eltrica.
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O emprego das microcorrentes como um recurso de revitalizao cutnea tem os
seguintes objetivos importantes:
Ativar o metabolismo celular e tecidual;
Melhorar o tnus tecidual e muscular;
Acelerar a funo dos fibroblastos quanto sntese de fibras colgenas,
elsticas e reticulares;
Intensificar a circulao veno-linftica;
Acentuar o mecanismo de drenagem linftica reduzindo a formao de
edemas.
Na utilizao das microcorrentes para o rejuvenescimento facial pode-se
utilizar o termo eletrolifting (levantamento). Na prtica do tratamento, a corrente pode
estar associada massagem e cosmetologia, bases para todo tratamento esttico.
A aplicao dessa tcnica pode ser realizada de duas formas: manual e
automtica. Na aplicao manual, o profissional movimenta lentamente dois
eletrodos tipo caneta previamente umedecida. Ela mais indicada para pessoas que
dispem de mais tempo e que necessitam de uma ateno especial, por exemplo,
pessoas em fase de stress.
J a aplicao automtica consiste na colocao de eletrodos fixos em pontos
predeterminados da superfcie facial, com conseqente escolha de um programa
mais adequado para o caso a tratar. Nesses casos, por se tratar de uma terapia
mais rpida, possibilita a combinao com outras tcnicas (manuais e cosmticas).
Para realizao da tcnica necessrio que a pele seja anteriormente
higienizada e, nos casos de peles grossas, desvitalizadas e desidratadas,
aconselhvel realizao de um tratamento prvio de hidratao, a fim de melhorar a
condutibilidade da corrente (SORIANO et al, 2002).
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5. RESULTADOS
O processo de coleta de dados constituiu em um protocolo de anamnese e
avaliao, onde tambm a voluntria assinou um termo de consentimento livre e
esclarecido (ANEXO I e II), este termo contm a autorizao de uso de imagem.
Utilizou-se tambm uma cmera fotogrfica para registrar as imagens da primeira e
da ultima sesso e para posterior comprovao da eficcia da tcnica de
microcorrentes na revitalizao facial.
No protocolo de anamnese foram levantados os dados relacionados
identificao, idade e histria facial levando em considerao qualquer tipo de
interveno para amenizao do envelhecimento facial se utilizou filtro solar ou
cosmticos rejuvenescedores diariamente. Na avaliao foram observados dados
referentes classificao quanto ao tipo de pele (mista, seca, oleosa e normal),
quanto ao fototipo (classificao de Fitzpatrick), sensibilidade (normal, sensvel,
muito sensvel, pouco sensvel) e envelhecimento, observando textura, colorao,
discromias, presena de rugas superficiais e profundas. Foi pedido para a paciente
retirar anis, jias ou outros objetos de metal e orientado para ingerir lquido 1 hora
antes do tratamento. Isso ajuda a concentrao hdrica no tecido celular sub-cutneo
que oferece resistncia passagem da microcorrente.
Visto que a microcorrente penetra na camada mais profunda do tecido
estimulando a atividade celular; o aumento da produo de colgeno e elastina
promovendo uma pele mais firme; intensifica a circulao aumentando a oxigenao
celular clareando a pele; e tonifica o tecido combatendo a flacidez.
Aps a obteno dos dados necessrios iniciou-se a aplicao do protocolo
na seguinte ordem:
Inicialmente ao procedimento foi realizada uma limpeza de pele profunda e
seguido com o tratamento base de ionizao com concentrado de proteoglicanas
e vitamina, para uma melhor hidratao da pele antes da aplicao da
microcorrente.
Na sesso seguinte feito a aplicao da tcnica de microcorrentes com
aparelho NEURODYN Esthetic, realizado atravs de massagem muito agradvel,
relaxante e no intensiva; como a caneta metlica de ponteiras esferas.
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1 passo: Higienizao rigorosa para a retirada do excesso de oleosidade e outros
acmulos diminuindo a resistncia a passagem da corrente.
2 passo: Microesfoliao para provocar a liberao de clulas mortas devolvendo a
maciez e a sedosidade da pele.
3 passo: Tonificao da pele com um Tnico equilibrante.
4 passo: Aplicou-se concentrado ionizvel proteoglicanas e vitamina C, em toda a
face e em seguida aplicou-se a massagem com microcorrente nos seguintes
movimentos:
Suave: movimentao das canetas acompanhando o sentido das fibras
musculares buscando uma possvel normalizao.
O objetivo foi ativar o metabolismo cutneo atuando na circulao sangnea
perifrica, na mobilizao da linfa e lquidos intersticiais e, ainda, acentuando as
trocas inicas celulares e teciduais. Proporcionando alguns efeitos fisiolgicos
bastante importantes para a restaurao drmica, como:
Elevao da temperatura local
Formao de hiperemia
Otimizao do metabolismo
Aumento da sntese de ATP e de colgeno
Incremento da drenagem
Desobstruo ganglionar
Aumento das trocas inicas intracelulares
Mobilizao de lquidos provenientes das circulaes linftica e sangunea
Aumento da reabsoro de hematomas, edemas e cicatrizao em ps-
cirrgicos
Manter a caneta de polaridade negativa parado no local de aplicao e
movimentar a caneta positivo em sentido da musculatura para a
movimentao dos lquidos;
Moderado: movimentos das canetas em S para uma melhor nutrio das
dermes papilar e reticular.
Ionizar com concentrado de proteoglicanas e vitamina C, de caractersticas
nutritivas e hidratantes, prprias para revitalizao cutnea, o objetivo tambm
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promover a drenagem linftica, devendo-se atuar com os eletrodos metlicos
esfricos, realizando movimentos de deslizamentos seguindo a trajetria fisiolgica
da linfa na face.
Forte: movimento de encurtamento ou aproximao das extremidades dos
msculos, intencionando melhora na irrigao sangunea.
A inteno foi promover a estimulao da musculatura com movimentao no
sentido das fibras, seguindo-as em um mapa anatmico. Promovendo uma melhoria
da irrigao sangnea que, por conseqncia, promove maior oxigenao muscular
e ativao metablica
Cada movimento com a caneta teve durao de aproximadamente 10 segundos
e se repetiu de 5 a 6 vezes.
Essa tcnica representa um avano significativo em relao aos tratamentos
disponveis at h pouco tempo, uma vez que o equipamento possibilita alcanar
melhorias visveis desde a primeira aplicao.
5 passo: A sesso finalizada com uma mscara facial tensora por 20 minutos e
finalizado com bloqueador solar.
Foram realizadas 08 sesses microcorrentes com durao de 01 hora, com
intervalos de dois dias entre elas e intercalado 04 sesses de hidratao e nutrio
da pele, onde na 1 e ltima sesso foi fotografado, com o intuito de se fazer a
avaliao antes/depois, (com a retirada de qualquer maquiagem e adornos, mesma
mquina, mesmo acessrio de cabea).
Os resultados foram analisados a partir das caractersticas do envelhecimento
cutneo apresentado pela voluntaria e, evidenciados nas fotos e na ficha de
anamnese.
Antes do tratamento, observou-se na foto 01 (ANEXO III) pele desvitalizada,
rugas finas, classificao de glogau tipo 2, pequenos sinais de olheiras nas
plpebras inferiores, sulco nasogeniano um pouco acentuado, e tnus muscular
diminudo, ptose tissular.
Ao longo das sesses foram observadas as mudanas significativas na pele
da voluntaria, bem como a melhora na tonicidade da pele, a reduo das linhas mais
profundas e bem marcadas da regio frontal, a diminuio e suavizao das rugas
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na regio periorbicular dos olhos e sulco nasogeniano, cada sesso indicava cada
vez mais o surgimento dos efeitos da microcorrentes (foto 02).
Aps o tratamento observou-se na foto 03 melhora acentuada das marcas de
expresses da regio orbicular dos olhos, sulco nasogeniano e principalmente da
regio frontal, pele revitalizada, melhora da colorao da pele, melhora da
circulao.
A mudana foi ntida e gradual durante os dias que se passaram e a modelo
relatou que sentia sua pele mais suavizada, com uma textura diferente da que
estava acostumada habitualmente.
certo que essas melhorias so temporrias, mas conforme o tratamento vai
sendo realizado, os benefcios tornam-se mais duradouros, pois o efeito da corrente
continua agindo mesmo aps a aplicao. Esses benefcios no so definitivos visto
que os efeitos do tempo continuaro a incidir sobre o organismo. Recomendo
sesses de manutenes uma vez ao ms e cuidados dirios com produtos da linha
home-care, j que a mesma relata na Anamnese que no faz uso de nenhum
produto.
A partir dos 30 anos de idade, os sinais iniciais do envelhecimento comeam
a ser notados. Comeam surgir s primeiras rugas e flacidez. E em razes dessas
alteraes ocorre a perda da firmeza e elasticidade, afetando o contorno do rosto e a
renovao celular e a hidratao natural da pele comeam a diminuir.
Por esta razo devem-se intensificar os cuidados coma pele nesta faixa
etrio, prevenindo e tratando as leses causadas pelo envelhecimento da pele. E
esta a proposta desta pesquisa, promover a revitalizao cutnea, melhorando a
flacidez muscular, elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele, diminuindo os
efeitos causados pelo avano do tempo.
Devendo salientar ainda que as mudanas funcionais que ocorrem com o
avano da idade so atribudas a vrios fatores, como defeitos gentico, meio
ambiente, surgimento de doenas e expresso de genes do envelhecimento
(HARRIS, 2005).
Apesar da existncia de vrios tratamentos para o rejuvenescimento facial, o
mais promissor deles a preveno atravs da proteo. O envelhecimento
intrnseco no pode ser evitado, mas o extrnseco pode ser retardado,
principalmente atravs do uso contnuo de fotoprotetores. Os filtros solares so
substncias qumicas de uso tpico que tm a capacidade de refletir ou de absorver
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as radiaes ultravioletas que atingem a pele, minimizando desta forma os efeitos
deletrios dessas radiaes.
Esta uma terapia que se mostra muito til, visto que, no uma terapia
agressiva, pelo contrrio, principalmente nos casos em que pessoas demonstram
alta sensibilidade cutnea no uso de produtos cosmticos e ela, ao contrrio de
outras terapias, pode ser feita apenas com produtos indicados para higienizao e
tonificao do tipo especfico da pele, no necessitando de formulaes muito
elaboradas ou de produtos cosmticos com grandes formulaes qumicas e isto se
torna muito favorvel, pois a torna um tipo de terapia esttica vivel e simples,
acessvel e prtica.
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6. CONSIDERAES FINAIS
A proposta do presente estudo foi melhoria das disfunes estticas
cutneas relacionadas com o envelhecimento como: perda do vio e brilho,
alteraes da pigmentao, aparecimento de rugas, linhas de expresso e,
espessamento da camada crnea, atravs de sesses de eletroestimulao por
microcorrentes. Os resultados foram bem satisfatrios, porm sugere-se novos
estudos, com mais modelos e mais sesses do protocolo, sendo ento possvel a
comprovao ainda mais visveis de resultados.
A pesquisa desenvolvida de grande importncia para os profissionais de
esttica, pois comprova a eficcia desta tcnica utilizada em tratamentos faciais e
oportunizou a experincia da teoria com a prtica vivenciada neste estudo.
certo que essas melhorias so temporrias, mas conforme o tratamento vai sendo
realizado, os benefcios tornam-se mais duradouros, pois o efeito da corrente
continua agindo mesmo aps a aplicao. Esses benefcios no so definitivos visto
que os efeitos do tempo continuaro a incidir sobre o organismo.
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7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
AZULAY, D. R. Dermatologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. BAGATIN, E. Mecanismos do envelhecimento cutneo e o papel dos cosmecuticos. Rev Bras Med; 66(supl.3), 2009. BATISTELA, M .A.; CHORILLI M.; RICCI, G. L. Abordagens no estudo do envelhecimento cutneo em diferentes etnias. Rev. Bras. Farm., 88(2): 59-62,
2007.
BORGES, F. S. Modalidades Teraputicas nas Disfunes Estticas. So Paulo:
Editora Phorte, 2006. BUCHIL, L. Radicais livres e antioxidantes. Cosmetics e Toiletries, v.14 (2): p. 54-
57, 2002.
CUC, L. C.; FESTA N. C.. Manual de Dermatologia. 2.ed. So Paulo: Atheneu,
2001.
GUIRRO E; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. Barueri-SP: Manole,
2004.
HARRIS, M.I.N.C. Pele: estrutura, propriedades e envelhecimento. 2 ed. Ver e
Ampl. So Paulo: SENAC, 2005.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO J. Histologia Bsica. Ed. Guanabara Koogan,
2004.
KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Esttica. So Paulo: Atheneu;
2004.
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Manole,2001.
SORIANO, M.C.D.; PREZ, S.C.; BAKUS, M.I.C. Eletroesttica Profissional Aplicada: Teoria e prtica para a utilizao de correntes em esttica. Saint
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SOUZA, S.L.G; BRAGANHOLO, L.P.; AVILA, A.C.M.; FERREIRA, A.S. Recursos Fisioteraputicos Utilizados no Tratamento do Envelhecimento Facial. So
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24
Paulo: Revista Fafibe on-line n03, 2007. Disponvel em: www.fafibe.br/revista
online. Acessado em: 23.mar. 2011.
SCOTTI, Luciana; VELASCO, Maria Valeria Robles. Envelhecimento Cutneo Luz da Cosmetologia. So Paulo: Tecnopress, 2003. WEINECK, J. Biologia do esporte. So Paulo: Manole, 1991.
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Anexo II - FICHA DE ANAMNESE FACIAL Nome:____________________________________________idade:_____________ Profisso:____________________________________ Data de Nasc:____/____/___
Histrico Fez tratamento esttico anterior? ( ) S ( ) N Qual? Antecedentes alrgicos? ( ) S ( ) N Qual? Funcionamento intestinal normal? ( ) S ( ) N Obs.: Pratica esportes? ( ) S ( ) N Qual? Fumante? ( ) S ( ) N Alimentao balanceada? ( ) S ( ) N Tipo? Faz algum tratamento mdico? ( ) S ( ) N Qual? Usa algum medicamento? ( ) S ( ) N Qual? Usa ou j usou acido na pele? ( ) S ( ) N Qual? gestante? ( ) S ( ) N Quantos meses? Portador de marcapasso? ( ) S ( ) N Qual? Presena de prtese metlica? ( ) S ( ) N Local? Tem problemas cardacos? ( ) S ( ) N Qual? Portador de epilepsia? ( ) S ( ) N Antecedentes oncolgicos? ( ) S ( ) N Qual? Ciclo menstrual regular? ( ) S ( ) N Obs.: Mtodo anticoncepcional? ( ) S ( ) N Qual? Cuidados dirios e produtos em uso? ( ) S ( ) N Qual? Tem diabetes? Prtese dentaria? Costuma tomar sol?
Termo de Responsabilidade Estou ciente e de acordo com todas as informaes acima relacionadas. ______________________ ______________________________ Local e Data Assinatura do cliente Observao: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Exame Fsico: Bitipo cutneo Brilho Espessura Textura ( ) Eudrmica ( ) Normal ( ) Fina ( ) spera ( ) Mista ( ) Fosco ( ) Espessa ( ) Lisa ( ) Alpica ( ) Brilhante ( ) Lipdica Relevo Sensibilidade Tonificao da Pele ( ) Rugosa ( ) Normal ( ) Firme ( ) Edemaciada ( )Hipersensvel ( ) Ptose Flacidez ( ) Cicatriz Hipertr. Causa:__________________ Grau: _____________ ( ) Cicatriz Atrfica Local:________________ ( ) Quelide Nvel de Hidratao Fitzpatrick Tipo Tnus Muscular Alteraes ( ) Normal ( ) I- muito sens. ( ) Normal ( ) Sulco naso-g Ac. ( ) Desidratao Sup. ( ) II- sens. ( ) Diminudo ( ) Linhas finas ( ) Pele irritada ( ) III- mod. Sens. ( ) Hipertenso ( ) Linhas profundas ( ) Desidratao Severa ( ) IV pouco Sens. ( ) stio aberto ( ) Descamao ( ) V- nunca queima Pigmentao da pele Caractersticas Rugas ( ) Branca ( ) Avermelhada/ Eritema ( ) superficiais ( ) estticas ( ) Negra ( ) Plida ( ) profundas ( ) dinmicas ( ) Amarela ( ) Normal ( ) gravitacionais Afeces Cutneas ( ) Comedo aberto ( ) Ndulos ( ) Eflide / lentigo ( ) Comedo fechado ( ) Foliculite ( ) Cloasma / Melasma ( ) Mlio ( ) Hipertricose ( ) Acromia / Hipocro ( ) Ppula ( ) Hirsutismo ( ) Nevo Melanoctico ( ) Pstula ( ) Hipercromia ( ) Roscea ( ) Cisto ( ) Telangiectasia ( ) Nevo Rubi ( ) Cicatriz ( ) Xantelasma ( ) Hiperqueratose ( ) Melanose Solar ou Actnica ( ) Melanose Periocular Classificao de Glogau: ( ) tipo 1 leve (usualmente entre 28 a 35 anos): poucas rugas ( ) tipo 2 moderada (usualmente de 35 a 50 anos): rugas iniciais - linhas paralelas ao sorriso ( ) tipo 3 avanada (usualmente de 50 a 65 anos): rugas presente no repouso ( ) tipo 4 severa (usualmente 60 a 75 anos): muita flacidez e rugas de origem actnica, gravitacional e dinmica. _______________________________________________________________________
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Anexo III - FOTOGRAFIAS
Fotografia 01 (antes do procedimento) Fotografia 02 (durante o procedimento) Fotografia 03 (depois do procedimento)