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Page 1: A Crise da Aprendiza gem SENAI PARANA SOANOS · Nacional", em vigor ate 1993, era a de proporcionar educaçao integral, isto é, tédnica e humana, a jovens candidatos ao trabalho

A Crise da"Aprendiza gem"

A "ajrciitIiztic'eii no J)U1V Cta (111 cr/sc. ;to inrtc (IL'

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SENAI:

Uma Contribuicaoa Historia

do ProgressoSocial e Econômico

do Parana'

SENAI PAItNA 50 ANOS

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IAntonio Theolincic T

SENAI PA1NA

1943 A 19

SENAI:

Uma Contrib' Ii. - .a ri.stori

do Progre5Social e Ecori

do Paran

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Copyright 1996 - Direitos reservados ao autor.

Trevizan, Antonio Theolindo

T.814 SENAI - Paraná - 50 anos

- Curitiba: Champagnat, 1995.

152 p. : 21 cm.

"A memória do pa

As açöes do pres

Os desafios do fun

1. Formacao Profissional no Paraná. 2.Servico Nacjo-

nal de Aprendizagem Industrial - HistOria.

lTItulo.

CDU 377.3

Capa: Designer Rosane Maria DemetercoPlanejamento Gráfico: Designer Edson Marcus de FreitasRevisão Gráfica: Prof. Antonio Camilotto

Publicado em 1996

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Indice

OWN

1. Notas biográficas do autor .92. Agradecimento ............................................................................113. Observação sobre o motivo desta publicacao .............................. 134. Prefácio ........................................................................................155. CitaçOes de poetas paranaenses ...................................................17

PRIMEIRA PARTE

I. Paraná - uma Unidade Histórica e Geográfica IndefectIvel .........21

SEGUNDA PARTE

ii. Orgaos e Unidades Operacionais do SENAI/PR ........................391. Centros de Forrnação Profissional ...............................................391.1. C.F.P. de Curitiba .....................................................................391.2. C.F.P. de Londrina ...................................................................441.3. C.F.P. de Ponta Grossa .............................................................461.4. C.F.P. de Maringá .....................................................................521.5. C.F.P. de Paranaguá .................................................................561.6. C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba ............................... .....591.7. C.F.P. de Cascavel .....................................................................621.8. C.F.P. de Foz do Iguaçu ............................................................65

C.F.P. de Pato Branco ..............................................................711.10. C.F.P. de União da Vitoria .....................................................74

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1.! 1. C.F.P. de Rio Branco do Sul .79

1.12. C.F.P. deGuarapuava .............................................................81

1.13. C.F.P. deApticarana ...............................................................83

1.14. C.F.P. de Toledo .....................................................................86

2. Centre de Unidades Móveis de Formacao Profissional ..............90

3. Escolas Técnica ...........................................................................92

r' 3.1. Escola SENAL e Centre Técnico de Celulose e Papel de

TelémacoBorba ..............................................................................92

3:2. Escola Técnica de Saneamento ................................................99

4. DivisOes Operacionais ...............................................................101

4, 1. Diviso de Assisténcia as Empresas .......................................101

4,2. Divisão de Apoio Técnico e Desenvoivimento de Pessoal .... 104

5. Novas Unidades de Formacao Profjssjonal ...............................105

5. 1. Centro de Formaçao Profissional de São José dos Pinhais ....105

5.2. Centro de Formacao Profissional de Campo Largo ...............107

TERCEIRA PARTE

III. Rra1i7açOe.s das Administraçöes Regionais do SENAI/PR.. ... Ill

1. Aritecedentes Institucionais .......................................................1117 . Delegacia Regional dos Estados do Paraná e de Sta Catarina 117

2.1. Ivo Cauduro Picoli e Flausino Mendes da Silva ....................117

3. Departanien.to Regional .............................................................120

3.1. Administraçao Heitor Stockier de Franca ..............................121

3 ,2, A.dministraçao Lydio Paulo Betega ........................................124

3.3. .Ad.ministração Mario de Mari ................................................ 128

3.4. Aclministraçao Altavir Zaniolo ...............................................133

3.5. Adrninistraçao Jorge Aloysio Weber .....................................136

Q'JART.A PARTE

IV, Fecho .......................................................................................145

0 valor do SENAI .....................................................................145

2. Formaçao Profissional: Educaçao, Ciência e Tecnologia

aServiçodo Povo ..........................................................................145

3. Referências Bihliograficas ........................................................151

Antonio Theolindo Trevizan

Nasceu em Almirante Tarnandaré - Parana', a 14 de fevereiro

de 1916. Filho de Antonio Eduardo Trevizan e de Juvina de SiqueiIa

Trevizan, comerciantes. Trabalhou na in'dñstria e no comérciO Fez o

curso básico em escolas péblicas e no Colégio Novo Atheneu. Em' 1.940

formou-se pela Escola de Professores de Curitiba. Em 1952 bacharelOu-

se em Direito pela UFPR. Em 1955 frequentou o programa de tina-

mento da O.I.T., na area de formação profissional e do attesâitato,

administrado pelo Ministdrio do Trabaiho da Franca, nesse pals, Suiça

e ltália; visitou estabelecimentos de ensino profissional na Alemanha e

Bélgica. Em 1960 concluiu o Curso de Desenvolvimento de Cornunida-

de, na Universidade da California, em Berkeley e visjtou estabeleci-

mentos de ensino profissional nos Estados Unidos. Em 1965 participou

de treinamento pedagógico em "Artes Industrials" no Coléglo da

Universidade do Estado de Nova York, em Buffalo e visitou estabele-

cimentos de ensino profissional nos Estados de Ohio e Kentucky - USA.

Em 1986 visitou indóstrias de artesanato na China e na India.

Foi Diretor e Professorda Escola Profissional Ferroviária Cel.

Tibürcio Cavalcanti e do Colégio Liceu dos Campos, em Ponta Grossa.

Diretor da Divisão Técnico-Administrativa do Servico Social Rural do

Parana'; Chefe da Divisão de Ensino, Subdiretor, Diretor e Consultor

Técnico do Departamnto Regional do SENAI do Paraná; Interventor do

Departamento Regional do SENAI do' Estado do Rio de Janeiro;

Professor do Curso de Legislaçao Sindical e do Trabaiho no Paraná;

Coordenador Técnico do Programa Paranaense de Formacao de Mao-

de-Obra, da Secretaria do Trabaiho e Assisténcia Social do Paraná;

Coordenador Estadual do Programa Intensivo de Preparacao de Mao-

de-Obra, Técnico em Assuntos Educacionais e Representante no Con-

seiho Regional do SENAC!PR, do Ministdrio do Trabalho.

Além de artigos, escreveu: "A Qualificação Profissional

Dirigida a Populaçoes Urbanas de Baixa Renda" - SENAC/PR, 1982;

"Servicos Federais de Formacao Profissional Não Formal - Crlticas e

SugestOes" - Secretaria da Indñstria e Comércio do Paraná, 1985; "A

Qualificacao Profissional Através da Empresa Pedagógica (lQ e 32 vs.)"

- SENAC/PR, 1985; "Programas de Cursos de Formação Profissional"

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SENAI/PR, 1993 e "A Filosofia do SENAI" - SENAI/PR, 1995.Durante o exercIcio profissional fol agraciado corn os seguin-

tes tItulos: "Pioneiro na História do SENAI" - CNI, Rio de Janeiro,1982; "Colaborador Emérito do Exército" - Quartel General, Curitiba,982; "Oficial da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho" - T. S. T.,

Brasilia, 1993 e placa comemorativa do cinqüentenário da instalaçao doSENAI no Paraná, "por relevantes serviços prestados ao ensino profis-•sinncd brasileiro" - Federaçao das Indüstrias e Departarnento RegionaldoSENA!, do Paraná, 1993.

Aposentou-se em 1 9 de dezembro de 1994, corn 54 anos, 6meses e .25 dias de tempo de serviço contado pelo'INSS.

Endereço: Rua Recife, 355

Curitiba - Parana' - Brash

CEP: 80035-110 - Fone:(041)252-1526

Agradecimento

Agradecemos ao Professor Orual Nernésio Boska, ex-Diretorde Formação Profissional do SENAI/PR, por sua valiosa colaboraçao.

A.T.T.

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Observaçao sobre o motivo

desta publicação

0 presente livro foi concebido para conter unia sIntese histó-rica dos cinquenta anos de existência do SENAI no Paraná. 0 originalcontém cerca de 260 páginas e está ilustrado corn 168 fotografias deedifIcios, oficinas, laboratórios, salas de aula, professores, instrutores,alunos em seus postos de trabaiho e de personalidades estaduais enacionais. Já se encontrava escrito e composto em princIpios de 1993.Emjulho de 1995,0 C.F.P. do SENAI de Curitiba o tinha impresso tinsseus 25%. Esperamos ver concluIda sua publicaçao no próximo ann,evitando, assim, que se perca 0 ánico documentário que, de formaorganizada, retrata a projecao do SENAI no cenário de meio século dodesenvolvimento privilegiado da história social e econômica do Paraná.

Curitiba, dezembro de 1995.

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Prefácio

A intençao do livro-Album "SENAI PARANA 50 ANOS,corn abundância de fotografias de pessoas, paisagens e imagens de:realizaçOes e açOes do SENAI é a de pro jetar essa importante instituicão'educacional no cenário do progresso econômico, social e politico doParana'. Por isso a sua primeira parte traça urn breve histórico do Estado.desde suas origens pre-colombianas ate a data em que o SENAT/PRëOmemorou seu cinqüentenário. A segunda parte focaliza a estriiti,rafIsica e funcional das escolas e demais órgaos operacionais do SENAL!PR. A terceira parte encerra urn retrospecto das principais realizacOesdas administraçOes regionais representadas nas pessoas de seus Delega-dos e Presidentes do Conselho Regional. A quarta parte acrescentadaneste volume, contém alguns comentários sobre o valor da ForrnacoProfissional e aspectos politicos. Como se sabe, a principal finalidndedo SENA! é a de organizar e administrar escolas de aprendizageni ern

todo o pals.A sua filosofia, segundo se infere das "Diretorias do Conselho

Nacional", em vigor ate 1993, era a de proporcionar educaçao integral,isto é, tédnica e humana, a jovens candidatos ao trabalho industrial, berncomo a de proporcionar condiçOes.de aperfeicoamento social e profis-sional aos trabaihadores já engajados nos quadros do setor secundárioda economia. De 1993 para cá, essa filosofia, por influéncia da coorde-naçao central e de novas teorias administrativas, rnudou, não tendoainda alcançado urn rumo definido, tanto no aspecto politico comometodológico. 0 certo e que hoje a instituicão precisa encontrar solu-cOes não so mais econômicas, mas de major aproximacão corn o mundo

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do Irahaiho que garantam a sua funçao social e sua continuidade. Paraicsn 6 indispensivel contar corn seus técnicos e professores mais

ped"nfrs.

A ciiltura SENAJ acurnulada nos ültimos cinqUenta anos,•i ;ar de novas teorias endógenas ou exógenas, é a base de tudo. Nosit mpos atiiais. o trabalho tornou-se urn dos fatores mais importantes da'fIf!ania. fssa instituição educacional que, por razOes óbvias enfatiza

I' "n1açn profissional, deverá manter suas caracterIsticas de pioneira'I' ifr das refornias educacionais que visam ao ajustamento do ensino

I da tecnologia e da produçao em escala cada vez major.A. antecipação desta publicaçao corn apenas os textos do

"hvro .-aIhl!m". ('uja edicao deverá ser conclulda pela escola de artesrfieas do Dpartamento Regional do SENAI, visa a sua divulgaçaoni Inpo opnrtiino e, de qualquer forma, assegurar a memória de urna

I t III içn que vern prestando relevantes servlços de apoio a educaçao•. 'rescjniento industrial do Paraná.

Curitiba, dezernbro de 1995.A.T.T.

SENAI

PARANA

5OANOS

"PARA QUEM VIAJA EM DIRE cÁO AO SOL E SEMPRE MADRU-GADA"

(Helena Kolody, poeta paranaense)

"Pinheiro que tens no bojoRiquezas que a terra dá,Ta representas o arrojoDopovo do Parana"'.

(Orlando Woczikosky, trovador paranaense)

Aos servidores do SENAI do Paraná, de hoje e de ontem,rendernos rnerecida hornenageni por seus 50 anos de profIcuo trabaiho.

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SENA! Parana' 50 Anos

PRIMEIRA PARTE

Jo

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4.

PARANA * .

Uma Unidade Histórica e Geográflca

IndefectIvel

Grandes acontecimentos como o descobrimento da Americae do Brasil e a exploracao da costa ocidental africana, constituem marcoindelével que, no final do século XV, assinala a passagem da IdacleMedia para o Mundo Moderno. Os olhos do homem que, ate entäo,estiveram voltados quase so para o céu, baixam para a terra e o mar.Estudos cientIficos de geografia e navegação, promovidos e incentiva-dos por Dom Henrique, filho do Rei de Portugal, D. João 1, através daEscola de Sagres, levariam os portugueses a estender os bracos da antigaEuropa sobre o continente asiático, quase inacessIvel por caminhosterrestres, inóspitos e semeados de povos hostis, nao bastasse estar o marMediterrãneo infestado de corsários árabes. Bartolorneu Dias dobra ocabo da Boa Esperança, no extremo sul da Africa, abrindo passagempara o oceano Indico. Vasco da Gama descobre o caminho marItimopara as Indias. CristóvAo Colombo, navegando para o ocidente, apontana America Central e Pedro Alvares Cabral, na costa oriental daAniérica do Sul. Fernão de Magalhaes, em 1521, contorna a terra echega as Filipinas. DaI por diante, espanhóis e portugueses singram osmares para, além da conquista de outros territórios, buscar ouro e prata,metais preciosos que, na época, engrandeciam as n'açöes As duas

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1,otncPas da peninsula Lbérica que se destacavam no domInio mundial,rirn tornar-se ainda maiores e mais poderosas. Nem tudo porém seria

os bravos navegantes.Depois de vencerem as dificuldades de imensos oceanos

ci;con.hecidos, ora calmos, ora furiosos, velas enfunadas, ao abrigo deensea.das e balas, desembarcavam suas tripulacOes aguerridas, prontas

enfrentar, seno duendes fantásticos, populaçöes silvIcolas arredias edesconfiadas muitas vezes hostis. Tudo isso, entretanto, seria, ainda,porn: n harrar-Ihes os passos corajosos, levantava-se a imensa eag.reiiP Srra do Mar, coberta de florestas tropicais e, do outro lado do

'"nineiite sul-arnericano, a áspera, quase intransponIvel e geladadilheira dos Andes, além de numerosos e

s' rdas ahert.as para o ãmago dos sertöes, constituiam-se, também, emc.veros obstcuIos a obstinada marcha para ermos misteriosos.

No conieco do século XVI, a terra descoberta por Cabral eravi'itada pot naus portuguesas que vinham buscar pau-brasil, muitoapreciado na Europa para a fabricacão de móveis e lavores diversos - porsua consisténcia e cor rósea. Os espanhóis, tatfib6tn, stirveftdo conheci-rn'ntn ni Escola de Sagres, on mesrnO rivaliandternospbttuguesesno ahrarnento de arrojados e competentes maiifthdiros 6,00rftaridantesnavais. estenclerarn essa competicão aosgrnde' HnTetitO e, cotho

evidente, A exploracao do litoral americarto. OTrat9'thsTordesi1has,firmado entre a Espanha e Portugal em 1494iOit o rnridiano que, denrte a sni passava a 370 16gua do tabo , Vede,uaAftica e dividindo

n:inndo em duas partes, deixava l sétiadivetgéfeias quantb ao limiteque deveria assinalar. Os portugueses eit1pUrravm a linha imagináriapara o C)cidente e os espanhdis devolviam-na para o Oriente.

E verdade que esse Tratado arrefeceu os ãnimTs para a disputaarmada, trazendo a grande vantagem de afastar oscontendtes, locali-.undn mis corn mais frequência, no lado ocidental e outros no lado

"rintn1. Enquaiito os portugueses, corneçando coifr Martith Afonso deem 1530, huscavam explorar a costa brasileiralandocombate e

fspUlSaUdO eventuais intrusos, os espaihóis penetravam pela emboca-di'ra do rioda Prata e fundavam BuenosAires naArgentinaeAssunçãt,no Paraguai. Para os portugueses, o meridiano do Tratado das Tordesilhaspassava pot Belém, no Pará e Laguna, em Santa Catarina; enquantO os

espanhóis afirmavam que o mesmo devia passar pelo mar, na costa deParanaguá, de tal sorte que o ocidente do Paraná e o sul do Brasil Ihes

pertenciarn.Martim Afonso de. Souza, nomeado pelo rei Dorn João Ill, no

comando de chico naUs, fortemente armadas, trazendo, além de qui-nhentos tripulantes, soldados e colonos, sementes, mudas de plantas,ferramentas agrIcolas, cabecas de gado e outros materiais, - Iotaincumbido de explorar e defender a nova terra, bern como de iniciar asua colonizacão. Depois de expedicOes para o sul, que ambicionavamlevar a posse portuguesa ate o rio da Prata, prudenternente resolveufundar a vila de São Vicente. Nessa altura, para meihor garantir seusdomInios, decidiu o rei de Portugal dividir o Brasil em CapitaniasHereditárias. Assirn, no sul, foram criadas as Capitanias de São Vicente,que Ia da barra de Parañaguá, para o norte, ate Bertioga, doada, em 1532,a Martim Afonso de Souza; e a de Sant'Ana, que ía da barra deParanaguá, para o sul, ate onde, "legitimamente", alcancasse a posse

portuguesa, doada, em 1535, a Pero Lopes de Souza.Interessante assinalar que Martim Afonso de Souza, quando

no comando da frota real tinha apenas 30 abs de idade. Durante os 3anos que permaneceu no Brasil, alétfl de ter cimiprido corn a missãocoloniadOra e ftthdgdo São Vicente e Piratininga, saneou a costabrasileira da preseñca de corsários e invasoreS. Coiiio fato notável oshistoriadores citam os aprisionamento de 4 embarcaçOes francesas,duas das quais anexou a sua esquadra: uma enviou a costa penambucanapara reforcar sua defesa e a outra, pot razOes estrategicas, incendiou.

A colonização paulista desenvolveu-se rapidaniente.Vicentistas, no final do século XVI, arrojavam-se aO sul para capturarIndios para o trablho escravo, a procura de minas de metais preciosose de novas conquistas territoriais. Cómo a distância entre São Vicente,depois São Paulo, ate Paranaguá e dal ao planalto Curitibano fosse, naépoca, muito grande, levando a viagem de urn e meio a dois meses,muitos mineradores e bandeirantes foram levantando seus ranchos,localizados junto as minas, dando, assim, inIcio aoS pritheiros nücleospopulacionais de Paranaguá e de Curitiba. A açao do g bañdeirantes,

porém, não cessava. As Bandeiras organizadas em S. Paülocoiflpostasde portugueses e de seus descendentes, mamelucos e Indios preparados

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tara a guerra engrossavam suas fileiras corn parananguaras e curitibanos;oercorriam Ion gos caminhos para o ocidente, geralmente ja trilhadospelos .siivIcolas.,

Os handeirantes usavam os próprios Indios para capturaroutros ahorigenes como guerreiros nos combates as ReduçOes Jesulti-cas e contra as forcas militarizadas dos colonizadores espanhóis.

A princIpio, o Indio escravizado e, pouco mais tarde o escravoairicano förarn .fatores importantes na colonizaçao e na implantaçao delntitl!icoes portuguesas no sul do Brasil.

Os conquistadores e colonizadores espanhóis, no século XVIo 1eçn do século XVII, vindos do Paraguai, avançarampara o leste,

lindando numerosos nücleos populacionais. A partir do. rio Paraná,cnizavarn OS caminhos do Peabiru e o rio Piquiri, na. direçao d

'o rio IvaI.

Subiarn rilmo ao norte, contornando pela margern esq.uerda do rioPiq!Jiri. ate alcançarem, de volta, orio Paraná a.penetrarde novoemseusdr'mIniosji consolidados. Ao longo de uma larga faixa de terra semeadarh niicleos populacionais, fundaram "Ciudad Real" e "Vila Rica delFspiritn Santo'. A primeira, na foz do rio Piquiri ea segunda, ao sul doI in FvaI.

0 governo espanhol adotou o sisternade "encorniendas", umaspécie de concessão de terras pa.ra serern. .exploradas per nobres,

"til izavarn n hraço do Indio para suas plantaço'es Op, mandioca e milho,vJ heita e beneficiamento de erva-mate parasrvendida aos mineradoresde prata. descoberta no Cerro de Patosi,,n•as,proxirnidades do.rio, quepot esse niesmo motivo tornou.o nome de.Pratae que nada mais 6 d quea emhneadl!ra dos rios Parana' e Uru.guai no Atlântico.

A expliiraçao dos Indios acirroulhes o ânin o hostil, levando-ce re!-'darem contra o invasor de suasgenerosasterras. Tal rebeidia

-pl ininit -)u de tal maneira queagitou emobilizou oscereade 200mil

i ndgenas qrie habitavam o ocide.nte do .atual estado do }araná, chegan-do a preocupar a monarquia espanhola.

Felipe l.Ique, em 1560,•anexou Portugal Espanhapela forçaalegando direito hereditário em conseqüéncia de uniao matrimonial denobre.s espanhóis, foi movido pelo ideal de unir sob uma so .coroa asnaçOes cia peninsula Ibérica.

A fini de acalmar os indIgenas, obteve a adesão da.Companhia

de Jesus (fundada por Santo macjo de Loyola) enviando a regiãoconflagrada padres JesuItas. Esses, embora em pequeno nümero, alia-

yam a uma profunda fé católica grande competéncia poiitica,adminis-trativa, tecnológica e pedagógica; cram administradoreS,pv@fessores,artesãos, agricultores, medicos e, sobretudo, padres e pastores. Emchegando a região, pacificaram os silvIcolas. Depois de organizá-los egarantir seu bem-estar, visando atingir o objetivo major que era o daevangelização, trataram de fixá-Ios em povoados on aldeias, de onde aexpressão "Indios aldeados" on Reducoes. 0 sistema politico adotadopelos JesuItas confiava as chefias administrativas aos próprios Indios,

sob a autoridade do cura.0 trabalho que desenvolveram foi tao eficiente que os Inidos

não so se deixaram dirigir como prosperaram mais do que na vida livrede que gozavam no seio das florestas. Esse fato levou o rei Felipe III daEspanha a criar a provIncia do Guairá em 1608, a qual se estendia desdeo rio Paranapanema, para o sul, ate o rio Iguaçu e do rio Tibaji, para ooeste ate o rio Parana', abrangendo mais de dois terços de todo o territóriohoje ocupado pelo Estado do Paraná. A adrninistração dos jesuItas cornseu sistema de "ReducOes", nao era bern vista pelos colonizadoresespanhóis, por impedirem a escravização dos aborigines. Pot isso.quando atacadas, deviam defender-se por Si mesmas.

Enquanto o governo espanhol, quer através do processo decolonização, quer através do sistema de Reduçöes jesuIticas tentavaestender seus domInios para o leste, chegando mesmo, em certa ocasião,a ocupar S. Vicente, corn o objetivo de se fixar na costa atlântica,bandeirantes de S. Paulo. de Paranaguá on radicados no planaltocuritibano, organizavam Bandeiras armadas que no século XVI, chefi-adas por Jerônimo Leitão e noséculo XVII, pot Manuel Preto, NicolauBarreto, Sebastião Preto, Lázaro da Costa, Fernão Paes e RaposoTavares, davarn-Ihes duro combate Em 1629, era destruIda a empresajesuItica do Guairá, corn o golpe final que Ihe fora desfechado porAntonio Raposo Tavares e Manuel Preto, comandando urna Bandeiracomposta de 69 paulistas, 900 mamelucos e 3.000 Indios..

De modo que, se o estado do Paraná tern a configurar-Ihe operfil geográfico rios rnilenares correndo de leste para oeste e do nortepara o sul, compondo enormes bacias hidrográficasr que irrigarn ricas

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tcrras agriciilttirveis e amptos campos propIcios a criacão de gado -todo esse património não foi corisguido pôr , acaso: foi desbravado,

e conquistado a dUras penas è a'è•USt•'a & inuitas'Vidas, pela'spad:.i e pelo bacamarte de bravos pau1it arfiangura urit:ibanosp'. no curso cia história, precederatti aöpaa hOje:

Convérn acrescentar quo a uitiddh 5*a' geffia doP4ranA no se deve, apenas, a ma?hiakirevani mndios aldeados on não: a

ane.xaço de Portugal pelado os poucos que sobraram para dO rioPtranti. ou para além da bacia do rio Igiaçu Dtt deoüroqie ':iescohri tam, das rocas que plantararn 4 d ftif .iS'dOhsticos querriararn: dos niananciais de água

!idas: da etva .-mate poreles podad;ks caminhos por eles ahertos,

i 'icos populacionais, a partir dos qual ërii •f dii!ta e aI)OSSC do território paranaense.

Nesse tempo, bandeirantes pauli9&006dAfITidm qo litoralparanaense cacando Indios carijós para afazadas P a prOC!!ra de ouro e prata.

No seculo XVII, o litoral dO Pttpdpelos119Jjsts que af se radicaram. Bartlot1 fTbfálSi . Vicente,ips façanhas no Guairá, corn muihet, fif ho ë fsthiá idopf ilneiro ase estabelecer na iiha do Cotittga:Ebiâftiográfico,i'"nco depois de formado foi transfrido asn1rgens do rio ttiberê, dando inIcio ao'lirimeiros povoadores remanescentesniente desceram para o sul em buscade"icranise juntar novos contingentes de brand-69 , I%4—rNMWd6 sravose Inçfjos carijds aculturados.

(Jabriel de Lara, como militar e bafid6tahtd" , de4aca,s6 na!idcranca da Capitania. que tinha como Casäis,"'i.ipnndo cargos importantes como o & Capftã6 it Pb'màdor

!!'idOr:j40j. '.''i"De Paranaguá, grupos de

nas, sobein a Serra do Mar e vérn explof'O ?iddptirn'eiro

planalto. Como a travessia da serra do Mar fosse bastante penosa e asbetas e catas de ouro nao eram de grande rendimento, foarn levantandoseus ranchos e fixando-se próximos das minas pesquisadas e explora-das, dando inIcio ads prirneiros aglomerados habitäcionais. No começoviviam da canade-açücar, da caça, da pesca, dos anithais domésticos,das roças de rnilho e mandioca e do pouco gado que criavam; mercado-rias essenciais como sal e fazendas para roupa vinham do Rio de Janeiro,de S. Paulo ou de Paranaguá e eram pagas corn ouro em pó.

Bandeirantes paulistas em arrojadas aventuras na caca acarijós, tupis e guaranis; dando combate aos espanhóis que do Paraguaichegaram as cercanias de Ponta Grossa, ao passar pelos novos uticleospopulacionais engrossavam suas tropas, na ida, deixavam novos habi-tantes na volta, contribuindo para o crescirnento econômico e demográ-fico da região.

A 61tima metade do século XVII é especialmente dedicadaconsolidacao das conquistas dos bandeirantes e de expedicoes militates.Domingos Lopes Cascais parte de Caiacanga e, descendo o rio Iguacuchega aos saltos, onde hoje está Bituruna; EstéVão Ribeiro Baião eFrancisco Lopesda Silva, partindo do Porto S. Bento, no Tibaji, chegampor terra ão' ho Ivale ttavegando pot este; atingem "Sete Quedas" no rioParaná. De retorno, chegam au Igu'acu. Francisco Nunes Pereira explo-rou o rio Piquiri e subindo o tiO Paraná chêgou a foz do rio Tietê, em SPaulo; Bruno da Costa Filgueira, pattindo também de Caiacanga,desceu o Iguacu e chegou a foz do Potinga; Antonio Silveira Peixotopartindo ainda de Caiacanga, desce o Iguacu, indo sair nas "MissOes"espanholas; Cândido Xavier descobre os campos de GuarapuavaFrancisco Martins Lustosa, passando pelos rios Guaraüna, das Almas eImbituva, vence a Serra da Esperanca e chega a periferia dos campos deGuarapuava; Afonso Botelho explora os campos de Guarapuava. Em1768 o governador Capitão General Dorn Luis Antonio autorizou aconstrucão de urna igreja em Registro de Curitiba, doando-the sesmari.ade urna ldgua quadrada para esse fim.

Como fteguesia, Santo AntOnio da Lapa exite desde 1769.Ate '1820, quando Saint-Hilaire pecorreu O'Estado do Paran.

vindo de S. Paulo potItararé, pàsandd pelos Campos Gerais e chegancloa Paranaguá - Curitiba abrangiaquase tOdo o Estado do Paraná. Informa

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na lraduçao de David A. da Silva Carneiro, "4 1 Pane", relativa aonaJ Estado do Parana', de "Viagem no Interior do Brash" que: "Aornarca dc Curitiba é lirnitada ao noPe pelo rio Itararé; ao sul pelas

pt'ovIncias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul;faleste pelo)ceano e pela provIncia de Santa Catarina. Ainda a oeste- seus lirnites

n5o pareceni esta.r perfeitamente determinados". Nessaépoa o lndioC o escravo constituIam a mão-de-obra que servia desustentánulo aor:lxniço das estruturas sociais; eram empregados-nalavoura, nos

u ahal hos dornesticos, na mineracão, transporte de c-a•rgas cnstrução derst!adas. nas fortificaçoes e como soldados na guerraQo]-tra outrosindgenas.

A medida que os aglomerados.V P r,q nagiiA e Curitiba, fosse por espIrito de aventutaud. novasl"ntun i dades de prosperar. expandiam-se. Grupos de cuii.ii-anos, ja

di (erenciados dos habitantes de Paranaguáe de80iauliitrapassarnosI irnites do pnirneiro planalto e vencendo a Serra deuIianvaoestahelecer-se nos Campos Gerais. Al fundam fazencasepm agriculturade siihsitêncii e criação de gado. Algun.s maiS-arwjadeatultrapassam a.rra da Boa Esperança, chegando a Guar rdpi aPaImas

liveIndia. Pat.o Branco e a Cascavel o!flhlicipifl 'Ic Toledo, numa verdadeira"rn (odios hostis e mil acidentes-geográfios nttifm toiher-

-a ruarcha heróica, a urn tempo audaisa e.pathótic- qeconquis'tu ia dos habitantes pr&cabralinos .e dos esah asptras que hojeifflegrani o ternitório do Parana' corno unidadehitórica! eTgeográficaiiidefectivel

I-ri I i.... • f)J

- ;oA notIcia da existência de grand:c rbaflhosde1 bovinos,

rq( l inose muares do Sul e a inexisténCia de con1uflieacã poMer-ra cornos 'eptros consuniidores de S. Paulo Rio- deJanthrneMjn g Geraisiwaram o governadorde S. Paulo adetermitar -akestirade.uma estradaque partindo de Viamão, no Rio Grande do'Sul9 passSsp'elOs Campos(Terais e chegasse a Feira de Sorocaba. Essaestr€ia pisde3 anosdc aiduos trabaihos, foi concluIda em 1731.

0 gado e a animalada foi deixada em abandono pelos coloni-zadores e bandeirantes que, corn a descoberta de grandes jazidas de onToem Cuiabá e Guaitacazes, mudararn-se para essas regiOs dUrahte cercade urn século, havia-se multiplicado atingindo grande ilailtidade.vigiadas apenas plas missOes dos Jesultas das margens do rib Uruguai,princhpalmente aquelas concentradas na reghao de "Vacaria da Serra".Esse fato levou os pacatos habitantes de Curitiba, Campos Gerais,Guarapuava e Palmas a se transformarem em ativos comefciantes,condutores de grandes manadas de muares, eqUinos e bovinos quevinham enriquecr-lhes as fazendas, ou eram objeto de venda lucrativana grande Feira de Sorocaba, de onde outros comerciaPtes as levavampara serem negociadas em S. Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e MatoGrosso.

Corn a abentura da Estrada do Viamão, chegou ao CamposGerais a pnimeira tropa de mais de duas mil cabecas de eavalos, éguase mulas vindas do Rio Grande do Sul, tangidas porquase ilna centenade tropeiros, comerciantes, esctavos e camatths, coth destino a S.Paulo: Foi assirn que se inaugurP a fase do TrOpe-ilisffio no Paraná.

Tropas de e ÜirtOs,' muares é bovinoä wiftfiriliariarn a yin do

Rio GrandèdoSOJl, do-UtUguai eda ArgentinaDepidiftvetnadas dflrntecera de trés mesesPa região da

Lapa on Campos Geraispara ge tecuetaremda longa caminhada, astropas seguiam para a Feira de Sorocaba. Essecothdrciorescei.i ate adécada de 1860, prornovendo a formacão e o crescimento de cidades,como Palmeira, Lapa, Ponta Grossa, Castro, Guarapuava e Palmastodas no caminho das tropas, invernadas e fazendas. 0 comérci.'tropeiro veio a declinar em conseqüência da construcão de estradas deferro e de rodagern que passaram a substituir os anirnais no transportede cargas. Saint-Hilaire, na parte referente ao Parana', refenindo-se asociedade campeira, corn origem no tropeirisnlo, faz as seguintesobservaçOes: "Os homens de todas as classes operárias, cultivadores.desde que tenharn algum dinheiro ganho, partem para. o Sul e comprarnmulas chucras e as vendem no seu Estado on levarn-nas ate SorocabaAproveitam-se as excelentes pastagens dos Campos Gerais para fazerinvernar al as imensas tropas de mulas que vém do Rio Grande do Suldivididas em pontas de 500a 600 aninlais".

I Q 20

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Segundo "I-Listória do Paraná" deAltiva Pilati Baihana, BrasilPinheiro Machado e Cecilia Maria Westphalen, 1 Q volume - o Paraná doSéCIdO X I X caracteriza-se pelas grandes propriedades, criaçao de gado,tropeirisnio. invernagem e pelo trabalho escravo de Indios e negros. Asfamfilas fazend.eiras vivem em suas terras e: detém. ."o poder politicor.ginnaI pnr mein de oligarquias parentais".

A antiga Comarca de Curitiba - ouY Comarca d finalmenteiwiiipacla de S. Paulo e elevada a categoria dePiovInciacom a possesen primeiro presidente, Zacariasde Goes e Vascon€elos, em 19 de

dezembro de 1853, em conseqüência da Lei n 2 704v . de29de agostodesse no, corn o norne de ProvIncia do Paraná, niantidososlimites da(omarca extinta. 0 nome de Curitiba é consewadoapenascomo nomeda (Tapifal 1a nova ProvIncia.

No sculo XIX a e'conomia de subsistn€ia do Paraná é"!J!da de atividades comerciais, tendo coino prneipaifatores deuda a exportaçâo de erva-mate e a compra e , jvondw de 1 animals,

awcipalrnente de muares. A uti1iza4g5oexter1sivaade mão-de-obrau'ssas atividades deixava a ProvIncia dependente,da importação deurande, parte do que necessitava, de outras Provincia e mesmo doexterior. Apelos do governo provincial atraIrarn: imp:rtan.tesrecursospara a coristruçao de estradas de ferro e ofinanciamtnto.de'imigraçoesenropéjas. Os navios que chegavam carregadosaoporto deParanaguánecessitavarn regressar carregados para dirniiiuir os custosdos fretes.

Em 1860 a populaçao da ProvIncia era cerea de 80.000hahilante.s. indicativo de urn consumo considerável para a época.

A constrtição da Estrada da Graciosa em 1872, da Estrada dePrro ('i;rit.iba-Paranagua em 1885 e daEstrada dc Ferro S. Paulo-Riornde a partir de 1900, intensificararn o transporte de cargas, princi-

palniente de made.ira.

Ate o final do século XIX, o Brasil importava madeira dosEstados Unidos e paIses do mar Báitico. 0 uso depinho limitava-se afabricaçäo de harricas para acondicionamento da erva-mate e de outrosprodutos. Entretanto, a partir da abertura de vias de comunicaçào para

Pettc de Paranagu, iniciou-se a exportaçao de madeira para o Rio deLnirn e. outros Estados, de preferência o pinho, que passou a ter'n .' IIires preços e a competir comas madeiras importadas.

Corn a concessão de terras a companhias estrangeiras abriu--se também a exportação de toras pelo rio Paraná. 0 comércio de madei raintensificou-se durante e após a Grande Guerra de 1914-1918.

De 1880 a 1930, destaca-se a navegação do rio Iguaçu,iniciada pelo paranaense Coronel Amazonas de Aratijo Marcondes, notrecho Porto Amazonas-União da Vitória, corn barcos a vapor para otransporte de erva-mate e principalmente de madeira.

Ao lado da longa história de conquistá e povoamento doParaná merecem registro as imigraçOes europélas e asiáticas.

Acorianos vierarn para Brasil, inclusive para o Paraná, noséculo XVIII. Urn século depois iniciava-se a imigracao de europeus. Jáem 1808,0 Principe Regente Dom João baixava ato real permitindo queOs estrangeiros se tornassem proprietários de terras no Brasil. De 1.853em diante, o recebirnento de novos imigrantes no pals ficou a cargo dosgovernos provinciais. A partir daI, as centenas e milhares, irnigrantespoloneses, ucranianos, alemães, italianos, russos, sIrios, japoneses e dc

outras nacionalidades ingressaram no Paraná. Essas imigracöes foram,em sua major parte, planejadas e financiadas pelo governo central epelos governos provinciais on estaduais.

Aquelas localizadas nas imediacOes de populosos centrosurbanos foram as que mais prosperaram. Afeitos ao trabalho agrIcola epecuário, nao so produziam para atender as próprias necessidades,como abasteciam vilas e cidades.

Trouxeram consigo, além das técnicas agrárias, tecnologiasavançadas da Revoluçao Industrial, tornaram-se agricultores, criadores,comerciantes e industriais.

Fornentararn o desenvolvimento e a prosperidade do Paraná.Corn o advento da revoluçao liderada por Gettilio Vargas e as estradasjá construIdas, o emprego do caminhão a partir de 1930 no transporte decargas, faria as vezes da carroca e do barco a vapor na economiaervateira e madeireira, descortinando novos horizontes para a Socieda-de Moderna.

Intensifica-se a dispersao da Sociedade Campeira, latifundi-aria e escravocrata. Os imigrantes, colonos de ontem, assumem adireçao dos empreendirnentos agropecuários e industriais; de carroceirosalugados passam a proprietários de caminhOes, sItios, granjas e fazen-

I 3.1

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d.. Da sociedade clássica herdam o amor pela terra, a coragemmpreendedora do tropeiro; alimentando corn suor e poupança a educa-

çii' de setis filhos, espIrito de sacrifIcio e religiao cristã, as raIzeshistnrjcas do Paraná.

ni

Desde 1850, Frei Timotheo de Castel Novo cóth seus Indiosaldeados de S. Pedro de Alcântara e S. Gerônimo daSefIà, próimos afozdo Tibaji. já produziarn café para consumo própfiO. A terra e o climaerani favorveis.

A partir de 1860 fazendeiros capitalistas otigirálios, em suattaioria, de Minas Gerais, penetram pelo curo superior ethédio do rioFtirre, adquirindo grande g extensóes de t dhi 'O' e'rnprgo detnnlogia paulista e expandern a cafeicu1tur or ddW"NôTté Veiho"ci'. Paraná.

Nessa década teve início a formacaodas 86kkrfttk,6es urba-flas de Colônia Mineira, Tomazina, Santo Aflt6i6da?Mtii%; WenceslauRraz e Sn José da Boa Vista. Todavia, aptoduãb piiçaO de caférassaram a ter irnportância na ecônOffii p 1nse átr de 1924.Nesse ann foram exportadas 2952T

Do Norte Veiho, a cUlturad •fé kd'sdè COrnéliornOpio pelo Norte Novo, atingindo I iWthaidl;atéo rio hal, para,

por tJti.mo, chegar ao Norte NOt'issimô, etflréOsñóIVale Piquiri. Decrescendo em crescendo, o café tOnás'. Via inestra da economiaparariaense. Em 1960 atinge a cifra de 20 rnilhöes desacas, rdpresentan-rIn 113 do volume mutidial e a n'ietade da prdducão brasileira. DaI pordiante a produço de café - em parte dvidO' a polItica fiscal do governoccniral, em parte, a competitividAdd esttangira que atlrnentou suaproducao e passou a ofertar no mecado mundial café de meihorqualidade e a preços competitivos - comeou a declinar, ttdendo lugara s prodi.itos de uma nova agricultura, diversificada e mecanizada, ondesnbressaeni Os cereals e os grâos de sOja, näo so no Norte, Oeste e.Sndoeste.. mas de urn modo gerat em todo o Estado do Párañá. Mesmoassim, o café continua aserprodutoprivilegiado paraoëohsumo ihternoe na balança de exportacao.

Durante a fase cafeeira, em todo o Norte surgiram cidades,hoje importantes, como Jacarezinho, Bandeirantes, Santo Antonio diPlatina, Cornélio ProcOpio, Londrina, Rolândia, Arapongas, Apucarana.Maringá, ParanavaI e outras.

Aconcentraçao de capitais oriundos da economia cafeeira,e.rngrande parte dependente do trabatho braçat, permitiu ao Paran acimentaçao de bases sólidas Para a instalação ou expansão de parquesindustriais. Tornou possIveis grandes empreendimentos no setoragroindustrial, conio a edificacao de fábricas de laticInios, que chegarna industrializar mais de 200 mil litros de leite, ou de frigorIficos queabatem e aprontam wais 250 mil ayes, 3 mil sulnos e 150 bovinos pordia, para serern consumidos no pals e exportados para todo o mundo.

A partir de 1920, agricultores vindos do Rio Grande do Sul -principalmente de origern alemã e italiana - chegaram act Sudoeste eOeste do Paraná encontrarani as terras livres, conquistadas por handel-rantes paul istas e curitibanos; desbravadas e povoadas porguarapuavanosque se deslocararn para Clevelândia, Pato Branco, Cascavet e Toledo;inclusive resolvida a questão de limites corn a Argentina, a qual tevecomo árbitro o Presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland. NoNoroeste, na década de 1920, graças a Companhia de Terras Norte doParaná, originada de empreendedores ingleses, paulistas e paranaenses,chegaram colonizadores vindos de todos os recantos do pals e exterior,para se fundirem no amlgama da cultura e da história do Paraná.

Corn o acesso dos teuto-Italo-gaüchos ao Sudoeste e Oeste doParaná, uma nova onda povoadora viria incrementar o crescimentodemográfico e econOmico do Estado. Assentaram-se, porém, sobreraIzes históricas e geograficas, já totalmente definidas e indefectIveis.

A regiäo tornou-se, sem diivida, importante Para a econonhiaparanaense, principalmente pela criação de sulnos, producão de cereaise o estabelecimento de novos complexos industrials - não fora ainda apresença, entre os novos paranaenses, de uma inabalável dedicaçäo antrabaiho e inquebrantável vontade de progredir.

Facilitou sobremaneira 0 povoamento e o desenvolvimentodo Norte, Sudoeste e Oeste do Paraná a administraçao encetada a partirde 1.932 pelo Interventor Manoel Ribas que revogou as concessOesabusivas de terras a falsos pretextos; apoiou e estirnulou a colonizaçao

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Iir,neta c ('Ill: construiu estradas importantes para a econornia parana-ease, corno a do Cerne: arnpliou o cais do porto de Paranaguá; moralizou

serviç piihlico e coihiu os desmandos e a corrupção polItica em seusanoq de governo.

A populaqio do Paraná que em 1900 era de 327.136 habitan-asca ['ara 4.227.763 em 1960 e aproxirnadarnente 9 milhóes em

2, alirnefflada pOt seu crescimento vegetativo e principalmente,'las correntes migratórias nacionais, européias e asiáticas que para cá

'n y e riani desde 1930.A indüstria paranaense que, sdculos atrás, já se manifestava

15 afivi(lades artesariais dos pimeiros colonizadorés e das ReducOesJeSIIItiCaS, cresce corn chegada dos imigrantes eütbjiërs e asiáticos

cécnlo XVIll corn as dificuldades de itiipOttaã'o, provocadas'ela Prirne,a Grande Guerra e contando corn as teservás dà economia

niac.Ieireira e sobretudo cafeeira. na década de 1960, corn ovalioso apolo de organismos educacionais e propulsores do desenvol-" im. ecnio o Fundo de Desenvolvimento Eoi16ñiico F. D. E. e a

nrupinhia Parinaense de Desenvolvi pito Eônômico -(() F.PAR. apresenta considerável progtsO.

0 setor prinlário, corno major produtofagUtola per capita doJ .c, contoll ainda corn o apoio técnicode orgagvéhYamentaisconioa Café do Paran. a Associaçao de Cr6dito e Msigt6ficia Rural -ACARPA e a COPASA, especial izadas ñä rodtIção e distribuiçao desemeittes. em extensäo rural, operaçOes c'feditic"iAs ê äri1azenagem depro(lntcls agricolas - o que estimulou a aceléraãOdósnvOlvimentista,dim'ntada que fnj corn a abundância de energla 616trica.

Por sua vez, a pecuria era sensivelMente melhorada corn aiirodiicio. pelo Governo do Estado, das tàiis Gir e Nelore nos

ptanaenses. A Companhia Paranai1s6 dEttëia - COPELonSiflhia novas usinas geradoras de energia eIéttià pra atnder a

.rc'cenie denianda do desenvoivimento econóniicO nos stores prima-1-j () , seeiriidrio C terciJrio.

W11 ipl icani-se lndüstrias como as de café iol6vel, agiornera-d,s do mac:leira. fiaçao de aigodão. compuientes para a indüstria

ci "nal de autonióveis e tratores, aço, óleos veetais brutos e refina-dos. trigorIlicos. eletrodomésticos, ferro fundido, fertilizantes granula-

dos; produtos farmacêuticos, mecânicos, elétricos e outras.A partir de 1975, a indüstria passa a ter major valor relativo na

geraçäo da renda interna do Estado. De 1970 em diante, numerososparques industriais aparecem on se expandem, como os da CidadeIndustrial de Curitiba, de Londrina, de Maringá. de Ponta Grossa, deCascavel, de Toledo, de Marechal Candido Rondon e outros. Urnsistema interligado de energia elétrica, corn urna producao instaladasuperior a 14 milhöes de KW, operada pela COPEL, Centrais Elétricasdo Sul do Brasil - Eletrosul e Itaipu Binacional - estirnula o desenvol-virnento industrial paranaese. Alémdisso, o Estado passa a contar corneficientes sistemas de telecomunicaçOes, rodoviário, ferroviário, termi-nal marItimo e redes de armazenamento; de água e esgoto, bancária,cornercial e outros recursos próprios de urna adequada e forte infra-estrutura voltada para o desenvolvimento econômico. lndüstrias mecâ-nicas, quImicas, elétricas, eletrônicas, cerâmicas (loucas e azulejos),frigorIficos; de apareihos elétricos, de telecornunicaçOes; de celulose epapel e de alimentos, empregando tecnologia de ponta - concorrem cornas de igual género do Primeiro Mundo.

E ainda da major irnportãncia para a sustentação de todo essecomplexo desenvolvimentista urn amplo e adequado sisterna educaci-onal integrado por inñmeras escolas del Inguas estrangeiras, estabeleci-mentos de ensino de 1 e 2 gratis, oficiais e particulares, capazes deatender a toda a demanda educacional nesses nIveis, dezenas de escolastécnicas, industriais, comerciais e de rnagistério, püblicas e privadas;pela Universidade Federal do Paraná, pela Pontificia UniversidadeCatólica do Paraná, 4 Universidades Estaduais e 43 Faculdades isola.-4as; pela rede de ensino profissional do SENA!, corn quinze Centros deFormaçâo Profissional, duas escolas técnicas - saneamento e celulose epapel - e trinta Unidades Móveis de Formaçao Profissional, pela rede deensino comercial do SENAC corn Centros de Desenvolvirnento Profis-sional e Unidades Móveis.

Finairnente, aI está urn breve relato do que foi, é e seth o Estadodo Paraná que, como Unidade PolItica da Repüblica Federativa doBrash, pela bravura e sacrifIcio de seus pioneiros, pela capacidadeprodutiva de seus filhos - nativos on nao - por suas raIzes históricas egeográficas; pela versatilidade e harmonia de seu ambiente telérico;

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pela aspiraçäo hiimana de nIveis de vida cada vez mais felizes - é ese.r empre, no sen todo, indivisIvel.

SENAI PARANA 50 ANOS

SEGUNDA PARTE

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Orgãos e Unidades Operacionais

do Departamento Regional do SENA!

do Parana'

A parte Os acontecirnentos que através do tempo marcaram as

açöes dos organizadores. administradores e chefes do SENAI no Estadodo Paraná, a história dos "Orgaos e Unidades Operacionais" retrala ascaracterIsticas consolidadas da Entidade nos ültimos dois quartéis desfeséculo. Eis por que, a seguir, passaremos a relatar os fatos que deixaramniarcas indeléveis na trajetória da existência de cada urn, desd i'ii

inIcio ate Os dias de hoje. Fixos e Móveis, Orgãos e Unidades Opracionais a segur analisados, atingern meia centena, cobrindo todo o

território paranaense.

1. CENTROS DE FORMAçAO PROFISSIONAL

1.1 - C.F.P. de Curitiba

0 Centro de Forrnacão Profissional de Curitiba está situado aRua Chile. 1678, em Curitiba. capital do Estado do Paran. cidaclecosmopolita, cidade de Cecilia Maria Westphalen, Helena Kolody.Apolo Tahorda Franca e Orlando Woczikosky. EleVada a condico d

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Vili em 1693. ascendeu a Cidade pela Lei n 9 5, de 1842, da ProvInciadeSão Paulo. Em 1854, corn a emancipaçao polItica do Paraná, foiesrnlhida para capital do Estado. Seu prinleiro prefeito foi José Borgesde M'cedci. Lirnita-see corn os municIpios de Campo Largo, Almiranteramaiidar, Colombo, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandirituba e.\rattjrj. Entre setis intimeros Bairros destacam-se: Vista Alegre,[ilrzinho. AhtI, Boa Vista, Bacacheri, Capão da lmbtiia, Cajuru, VilaI latter. Portão. Agua Verde, Batel e Nossa Senhora das Mercés.

A populaçao atual vai aléni de 1,6 milhOes, na grande maioriaperencenIes i religião católica.

(T idade universitária; abriga duas Universidades e dezenas deCi,rsos Stiperiores.

Sen universo industrial engloba 4.514 empresas do Setor)ecundino. Além clealimehtos, háproducao,desdelapisateimplementos

eletrcliiicos. tanto Para consumo interno como Para exportação.A receita municipal Para este exercIcio é de Cr$

4 5.(00 000.00000 (seiscentos e oitenta e cinco bilhOes de cruzeiros)fli,, aproxirnadamente, 98 milhOes de dólares..

Posstij urn dos meihores sistems de transporte coletivo donititido. Arvores, jardins, praças e parques, oferecrn 52m2 de areaverde para cada curitibano. Nos tiltimos cinqUertaanos distinguiram-sena adrninistraçao municipal os prefeitos: Dr Rozaldo G. de MelloI.fitan (1940-1943), Dr. Erasto Gaertner (1951'-1953), Major NeyAnl!nthas de Barros Braga (1954-1958), Gal. Ibréde Mattos (1958-

062), Eng' Ivo Arzua Pereira (1962-1967), EPg Omar Sabbag (1967-l°71. Fng Saul Raiz (1975-1979), Dr. MaurIcioRoseljndo FruetI'M 4- 1986) e o Arquiteto Jaime Lerner corn trés mandatos(1971-1975,

1979-1983 7 1989-1993). Os sobrenomes indicam a versatilidade dasetnias: portuguesa, alemã, italiana, árabe e outrasii

Além de.ssas. poloneses, ucranianos, russos, japoneses, chine-ses, coreanos, suiços, franceses, espanhóis, sW.-ameticanos, imigrantesvinrins ile todas as regities do pals; indIgenas, africanos, portugueses -ftmdni-se no cadinho da formaçao étnica de seu povo e na cultura1trai1adnse Para se integrarem na comunidade nacional,

Corria o anode 1943. A industrializaçao incipiente do Parana';iuda näo havia motivado a criação de urna "Federaçao das Indtistrias",

condição necessária Para a existéncia de tim Departamento Regional diSENA!, autônomo. 0 mesmo fato se repetia em Santa Catarina. Por esrazãolo Conseiho Nacional do SENAI, pela resolucao n° 1, de 10/02/1943, criou a "Delegacia Regional do Paraná e Santa Catarina" cornsede em Curitiba. Instalada por seu 1 9 Delegado, Ivo Cauduro Picolli,

()Q, 05 -infcio as atividades naigião,a 12demarçode 1943. Ivo Picolli.diligentee operoso, procura meios para i niciar as atividades operacionais.Firmou aordo corn a Escola Técnica Federal de Curitiba e instaloit os

! primeiros Cursos de Formacão e Aperfeiçoamento. Juntamente corn asinstalaçOesda Escola, fornecia material didático, ferramentase rnatéria•prima Para a-aprendizagernder.ecâiiica e niarcenaria.

) Os "Cursos de Trabalhadores Menores" que consistiamcomplementacao do vigente "Curso Primário" foram instalados naAcademia de Comércio Dr. De Plácido e Silva.

Assim é que o SENAI/PR deve o inIcio de suas atividades acolaboraçao dessas duas personalidades do ensino técnico: LaiirnWilhelm, Diretor da Escola Técnica Federal de Curitiba que expanditie criou as bases Para que o atual Centro Federal de Educaçao Tecnoló-gica - CEFET, se tornasse urn dos mais eficientes e famosos do pals napreparacao de técnicos e tecnólogos Para o setor secundário; e De.

Plácido e Silva, grande jurista, pioneiro do ensino técnico Para o setorterciário da economia paranaense, Diretor da Escola Técnica de Corner-cio e precursor da atual Faculdade de Administracão de Empresas -FADEPS.

Cornoa . Escola Técnica Federal, sornente . pudesse cederespaços no perIodo noturno e as administracOes de tais estabelecimen-los de ensino perseguissern objetivos e regimes diversos daquelesherdadospJpNAl do Centro Ferroviãrio do Ensino e Se.lecnProfissional, da Estrada de Ferrro Sorocabana, de S. Paulo, o segundoDelegado Regional do SENAI, na Região do Paraná e Santa Catarina,Flausino Mendes da Silva - que além de "Ajudante" da Divisão deLocomocao da Rede de Viaçao Paraná - Santa Catarina, havia dirigidoo "Serviço de Ensino e Orientaçao Profissional" dessa Entidade - cornapoio do primeiro Chefe da Divisão de Ensino da Delegacia, AiitônioTheolindo Trevizan, houve por bern encerrar os acordos existentes einstaIaia primeira Escola de Aprendizagem. SENAI do Paraná. em

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uriti ba. no ano de 1944.Essa Escola de Aprendizagem, hoje denorninada Centro de

tirrnaçâo Profissional de Curitiba, tSye suas oficinas demecânicageral, solda, rnarcenaria e eletricidade ita1adasem pavilhao alugado.na Alameda Princesa Isabel n 2 359, o'eWsino de cultura geral eraministrado em casa locada a Rua Riac!14001 Oseuprimeiro Diretor foio Professor Osvaldo Raimundo, cuja fomao pedagogica e invulgaridea lismo de eclucador imprimiram aos pritn6itbs estabelecimentos deensino do SENAI cxcepcional cunho edueac!on-al digno de inspirar,aipda hoje. Chefes e Diretores de "órgães e.Unidades Operacionais" detdo o Sisterna de Formaçao Profissional.

o Professor Osvaldo Raimundo.eiitrvistado pelo atual Dire-or do C.F.P., Prof. Luis Carlos Schittini, asithe tnáhifestou: "Durante

a fae eni que exercemos o cargo de DiretbrdEà1tIe AprendizagemSENAI de Curitiba demos nfase Para qUe ocatgodocehte despertassenos ahI!nos 0 amor pela profissao, fazendo corn que Os professorestivessern vivéncja nas drias areas de teoria e pMt'ida, popatreditarmos nanidade da Ciéncia. Incentivamos a presençado'Professor nas oficinas

e. dn Instrutor nas salas de aula, atraVdsdëreuh•jOes edagogicas"(IQUfl

o C.F.P. de Curitiba foi construldefn'i948 e começou afuncionar soh a direção do Prof. Osvaldo . Rait1tthdo;atixiliado pelohefe da Divisäo de Ensino, Antonio Chefe

da Sec ,,-to de Seleçao e Orientaçâo Profissional, AntOnio Weinhardt, osquais agiarn sob a sábia e inteligente Direç5o4D1egado.e posterior-mente Diretordo Depa.rtarnento Regional doS-ENAIdParaná, FlausinoMenries da Silva. Várias vezes ampliado eeftha1bconta hoje coni702 pnsoc de trahalho permanerites e auxiliaes . €n rOficinas, laborató-i ioc C calas de atila destinados as areas ocuacoiiais demecânica geral,ierramentaria, rnecãnica de autornóveis, thëâika de 'niotbcicleta,

iJda. panificacao. refrigeraçao ear cond.icionadO,é'letrieidade e artresgraficas

No ano passado absorveu 1.557matiiculäs nas modalidadesde formaço profissional: aprendizagem, quaiifiMçao e aperfeicoa-,m'ut, des!inadas ajovens e adultos. Ate hoje pasavà•rpela.Direçâo do(1.F.P, além de Osvaldo Raimundo, Lauro Ribas Linhares, Alulzio

Plombom, César Gornes Pessoa, fndio Corrêa, Milton Otto de Audracke Martim José Jadyr Pereira.

Entre os Instrutores, nierecem honrosa mencão por sliaexcepcinal vocação pedagógica:

- Afonso Shinzcl: ajustador, montador, caldeireiro, ftinileirn,chefe das oficinas e mais tarde assistente técnico do Departarnent"Regional. Introduziu no ensino a construção de peças, apareihos emáquinas industriais como complementacao das series nietódicas deaprendizagem; colaborou na estruturacão do Curso de Afiacäo neSerras, o primeiro no pals; compôs o livro didático "Tabelas. Cálculose Traçados", ainda hoje utilizado.

- João Romano Canalli e Joâo Sobzak: Instrutores dos Cursisde Marcenaria.

- Edgard Germano Oertel e Kurt Reile: Instrutores dos Cursosde Tornearia Mecânica.

- Bernardo Gemim: Instrutor do Corso de Serraiheria.- Mardeval Fornarolli, Evaldo Jacheski, Lourival Koch e

Rissieres Massolin: Instrutores dos Cursos de Artes Gráficas.- Orlando Rubens Mohr: Instrutor do Corso de EletricidadeSens Chefes de Oficinas, além do grande pioneiro Afnncn

Shinzel, foram os competentes técnicos: AntOnio Hamilton Migliorn,José Leonardi, Milton Otto de Andrade e o atual, Jaime Rudnik

O C.F.P. de Curitiba atualmente é administrado pelo expe i i -ente e dinâmico Diretor Luis Carlos Schittini que tern corno auxiliatimediato o Assistente de Direçao Prof. Jairo Renato Nascimento.

Pronunciamento do Prof. Luis Carlos Schittini:

"Durante Os 23 anos de serviços prestados ao SENAL, exercendo diversos cargos na area adniinistrativa, procuramos sernprededicar-nos ao máximo ao exercIcio de nossas funçOes. Deve.mos,entretanto, confessar que melhor nos identificamos corn as a.tnaisfuncOes de Diretor do C.F.P. de Curitiba".

A Unidade. Operacional, em eplgrafe, envereda agora pa raera da informática. Está preparada para enfrentar os desafios futuros cia

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capa(i taçao técnica, especialmente ao nIvel de qualificaçao, dar seueficicrite apolo ao notável progresso tecnológico que caracteriza amodernizaçao clas empresas industrials do Parana' e continuar assim apmmover o ajustamento dos jovens as cirdunstãncias sociais e econô-nilcac cia vida moderna.

1.2 - C.F.P. de Londrina

A histOria de Londrina tern inicio em 1924. A convite dogeverno bracileiro chegou ao norte do Paraná uma Cornissãô de capita-listac ingleses chefiados por Lord Simon Lvat, eecthlitáem agricul-bra P refinreslamento. Constatada a qualidâde do s016,áduiriu dogov'rno do Paraná 500 mil alqueite e éWifta'dOéhtre os riosTihai, JvaIe Paranapanema, corn apoio da Syndicate,de Loiidre.Apos o fracasso do primeiro prOjéto, fi ctiIà em Londresi Par aná Plantations, tendo como subsiditi btasifrãórnpanhua de

Torras Norte do Paran6 corn a finalidade do P thbvâoibniaçao dare jjn Co mo sede fundaram o prirnefd 1o6p?ifjonai corn onorne de Loncirini.

Em 1929 iniciaram a demär rurais apreç1s acessIveis e facilitados. Já naquek uiIMaráth eficientestntodos de comerciahzaçao, corn ttánsôrW gtth!b facilidade deacesso e a eficaz posse da terra, planejatan!i é d ebiram a majorcorrente rnigratória de todos os ponto do pI g.' Ma Thior stiesso aPara na Plantation .Limitada criou a Companhia Feiroviária São Paulo-[")raiia rnncfrljjpdo o ramal ferroviário que dà antiga São Paulo-Rio(irandeninio a oeste chegon ate tarde em•'\pucaral)a. a Estrada de Ferro Central do Paràná.

A partir de 1944 a Conipanhia de 1ertas Norte do Paranápassou ail controle de brasileiros. Entre seus priniitos Diretorés desta-cam-se Erasmo T. Assunçao e Joäo Domingues Satiipaio.

Londrina tornou-se municIpio a 3 de de thbTo de .1934, peloDc,eto assina.do pelo entAo Interventor Manôel Rbs 0 ku primeiroprefeito foi Joaquini Vicente de Castro. Em 21 de jâiéiro de 1938integia o Poder Judiciário, na Categoria de Comaca. 0 municIpio d

formado pelo Distrito Sede e os Distritos de Tamarana. Lerrovili,Warta, Ireré, Paiquerê, Maravilha, São Luis e Guaravera. Limita-se cornOs municIpios de Cambé, Sertanópotis, Ibiporã, Assal, S. Jerônirno diSerra, Ortigueira, Marilãndia do Sul, Apucarana e Arapongac.

Está a 576 m acirna do nIvel do mar. Tern clinia quente n.verão e ameno no inverno. Capital da lavoura cefeeira, nessa economiaatinge a hegemonia nacional na década de cinqUenta.

Além da expansão agrIcola e peduária, passou a industrial izar-se nas (iltimas ddcadas, a partir do beneficiamento de cereais, dasoleaginosas, da solubilidade do café edo leite procedente de mais lr Imil vacas ordenhadas.

0 nümero de estabelecimentos do setor secundário passa dc

1500 empregando mais de 13 mil trabaihadores. Destacam-se as indiis-trias mecânicas, metaltirgicas, do mobiliário, de produtos alimentIcins,do vestuário, calcadista, artefatos de tecidos e constnição civil.

Depois de ter feito parte da região do Guair, palco diReptiblica Cristã dos JesuItas formada por Indios aldeaclos depoic qn.'os espanhóis acoçados pelos valentes bandeirantes paulistac lriwexpulsos para além das barrancas do rio Paraná, no século X\ Ill, asterras roxas do Norte do Paraná - scm Indios para prear, scm ininas LIL

ouro e prata - permaneceram praticamente esquecidas ate a colon izaça ipela Companhia de Terras Norte do Paraná. Hoje a região sedia osegundo major polo de desenvolvimento do Estado e a maior cidade d1Sul do Brasil depois das capitais, corn poputacão superior a meio mil hode habitantes.

Foi esta cidade pioneira escoihida para sede de uma cias diiacprimeiras Escolas de Aprendizagem que a Delegacia Regional diiSENAI do Paraná e Santa Catarina construiu em território paranaense.

0 terreno em que se encontra o C.F.P. de Londrina ioi cloachpela Companhia de Terras Norte do Parana', por escritura ptibhca de IX

de agosto de 1944, firmada da parte do SENAL pelo Delegado ReginaIEng Flausino Mendes da Silva e por parte da Companhia, pot sellDiretor, Arthur Hug Miller Thomas, ou simplesmente Mister Thomas.

Iniciada em 1947 e concluIda em 1950 a Escola de Aprendi-zagem de Londrina, hoje C.F.P. - conta atualmente corn formaçoprofissional nas areas ocupacionais de mecânica geral. eletricidade,

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mecãnica de ailtornoveis, rnecânica diesel, costura industrial e manuten-co de eql!ipamentos agrIcofas,

A capacidade do C.F.P. é de 642 postos de trabaiho permanen-aoxiliares, iristalados em oficinas, laboratórios e salas de aula.

No tiltimo ano a matrIcula de alunos no C.F.P. em Cursos deApreucfizagem. qual ificação profissional, aperfeicoamento e treina-nientn de su.Ipervisores atingiu urn total de 3.754 alunos, sendo 407nwnores (af.rPtid!zes) e 3.347 adultos. Findo esse ano, constatou-se aeodusn (i f, 169 aiunos nos Cursos de Aprendizagem e 3.047 alunosfnrrnadc nac atividades de qualificaçao e treinaniento.

De 1950 a 1991 passaram pelo C.F.P. de Londrina 78.186fin's, Es a contribuiçao do SENAL para o desenvolvimento econômi-

eo iii pioneira região de Londrina.Desde o inIcio diriglram, o C.F.P., corn competéncia e idea-

os E)iretores: Normando Camargo da Silva, Orual Nernézioflocka e o atnal. Altivo Pedroso de Oliveira que tern como Assistente oProfessor Warley Okano.

1.3 - C. F.P. de Ponta Grossa

Ponta (Jrossa nasce após longa história de trés sédulos de"III, In i7q c5n paranaense, acima da Serra do Mar. Ate o século XVfH,(irtiha ahran gia urn imenso território que do rio Paranapanerna, para

ciif. exfrndi ..se ate os confins dos campos de Palmas; e de leste paraatérn do prirneiro planalto, por toda a regiao do Guairá, que

nici3va 03 niargern esquerda do Tibaji eterminava nas barrancas do rioParan

orno as cornunicaçöes da Cotônia cram feitas por mar, a\racti(liu) d3 (Tapitania de São Vicente e depois São Paulo, relegaram oinfto a tins poticos aventureiros europeus e as exdursOes das aguer-' d Bancleiras Paulistas, na sua major parte constitneidasde portugue-

c setis descericlentes, mamelucos e Indios que aIse estabeleciam cornlav(uras e criaçâo de gado on sacudiam o sertäo preando Indios eniscando mi nas de ouro e prata. Não havia carninhos para o sul, ate que

(aide ira Pirnentel. governador de São Paulo, sahedor da grande quan-

tidade de gado selvagem, equinos e muares existentes nas pradarias doRio Grande, Uruguai e Argentina perseverou naihiciativa de const ruinuma estrada ligando aqueias paragens a importantes ceétro$ comercia.iscomo era, na época, a Feira de Sorocaba.

Apesar da oposicão dosiesuItas das MisSó'esdb tiöUruguai,que previam grave ameaca a "Vacaria da Serra"; dos habitant dnsCampos Gerais que se preocupavarn corn a possIvel baixa dO'preço desen gado e dos curitibanos que temiam a elcvaçao de impostos pata fazerface as despesas corn a construçao da estrada, essa era injciada em 1728ja. em 1731, apontava nos campos do segundo planalto paranaense,tropa de cavalos, éguas, burros e mulas, corn mais de 2 mil cabeçastangida por cerca de 80 tropei.ros.

Daf para a frente tornaram-se frequentes ditas tropas, formadas principalmente de equinos e muares, compostas de várias ponfac:cada ponta compunha-se de 500 a 600 animais. 0 anode 1731 marcci ()inicio do tropeirismo no Paraná, que se prolonga ate fins do século XIXcorn o advento das estradas de ferro e de rodagem. 0 gado grosso vindosul, após trés on mais meses de viagern, cansava e emagrecia. Por essemotivo era invernado por outros tantos meses nos Campos Gerais. antesde continuar para Sorocaba. Essas paradas contrjhuIram para a forma-cäo de nücleos populacionais. Entre esses tern início o de Estref a. qilefoi a primeira denominaçao de Ponta Grossa, fundada em 1812. Pela I ciProvincial n Q 34, de 7 de abril de 1855 foi elevada a categoria dcmunicIpio corn território desrnernbrado de Castro, instaládo a 6 dedezembrd do mesmo ano. A 24 de marco de 1862 foi elevada a categoriade cidade. Em 1871 passou a denominar-se Pitangui, retornando a. PontaGrossa no ano seguinte. E sede de Coniarca Judiciária desde .1876.

Saint-Hilaire em sua "Viagem ao Interior do Brash". em 1820,na "4 Parte" referente ao Paraná, traduzida por David Carneirô, assirndescreve os Campos Gerais: "Descobrem-se irnensas pastagens, capOesde mato onde domina a ütil e majetosa araucária, estão semeados aquie ali, nos vales contrastam por sua coloração escura corn o verdeagradável da relva".

Nessa época, a principal preocupação dos fazendeirOs era acriação de gado, utilizando o trahalho do escravo africano.

Esses fazendeiros quando reuniarn aiglim dinheiro dirigiam-.

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ao Rio Grande do Sul de onde regressavam tangendo tropas dehn;jn05 eqilinos e. nivares para povoar seus pastos e cornerciA-las naI- e!r de o rocaha. corn outros tantos trope iros que se encarregavarn de'I I nos mercados de S, Paulo, Rio e Minas, onde o gaclo vacuni

,isupiido como alimento e o eqüino e muar utilizado corno rneiotJ W5pr te Entre Os primeirosmoradoresde Ponta Grossa, Faissal. El-

em "História do Parana', IV volume cita: Domingos Teixeirabo, Renedito Mariano Ferreira Ribas, Antonio da Rocha Carvalhaes,

I inios Ferreira Pinto e Miguel da Rocha Carvalhaes.r'.i0 civismo de sen povo e beleza das paisagens, Ponta

(pc1 fni congnominada "Capital Civica do ParanA" e é conhecida1 ,1111h6m omo "Princesa dos Campos".

ror sua posicão estratégica unindo os pontos cardeais doEstado e liganclo São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -to, no se. a partir da Estrada do Viamäo, o major entrorica.rnenfoI". ot rmxjri(-) do Sul.

A Pém clas fazendas de gado de corte e leiteiro, de ovinos,'Piiflo e pmdutos agrIcolas, Ponta Grossa possui urna das principals

ttraces in dust rjajs do Estado, rival izando com Lon drina, MaringA'ai:c avel.

Scu uriiverso, nesse setor, espelha 52 empresas de extraçAomineral, 724 de transformaçao e 163 de construção civil, destacando-sea I iTIer:1ço dc l alco, as inchustrias metal rgicaseos maiorescomplexo.s

he11 ; c ianento dc grãos da America do Sul.Na Area do ens mo abriga uma das principais Universiclades do

Fds !Irsos TCcnicos para os trôs setores da economia, tima rcde deI. 'c alje j ecirne,itos de ensino de 1q e 22 graus capazes de atencler Adc!uanda de toda stia populaçào. Em sua sede localiza-se urn dos'uaiorec "( entros de Formaçao Profissional" do SENAI no Estado doP; I m it

A popu!aço attual é de cerca de 234 mil habitantes, dos quals' I mi l '' 'n'entram-se na sede municipal.

i imita-se corn os municIpios de Campo Largo, Ipiranga,1ieira S' ares, Palmeira, Tibaji e Castro.

As atividade.s de formaçao profissional do SENAI, em Pontarossa ciii inIcjo, ainda, em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial.

A auséncia de importacóes e a intensidade da demanda de produtosminerals e da indt'istria de transformacAo, aquecia considerave.lmenfresse setor em todo o Brasil, passando a exigir, a cada dia, urn majornLirnero de trahaihadores qualificados. Cursos organizados pela S5o

de Ensino do SENA!, sob a orientação do professor Antonio TheolindoTrevizan que alCm de curso pedagOgico, havia adquirido experiénciaem formacAo profissional. através de treinamentos real izaclos juntu noCentro Ferroviário de Ensino e Selecão Profissional, da Estracla. de

Ferro Sorocabana. em São Paulo e cot-no "Professor Chefe' (Diretor) daEscola. Profissional Ferroviária Ccl. Tibórc.io Cavalcanti - no 61timn

quartel desse ano, atingiram 78 matrIculas. Para coordenar, de,-ml-nhar as funcOes de supervisor o treinar cis "Instrutores" clas incP(' j'ifoi aclmitido o técnico em rnecânica Arinaldo Lucy Lobo. A prl.prática era realizada nas prOprias enipresas sob a orientaçAo dc nmmestre, contrarnestre ou ate de urn trahaihador qualificado, treinadupelo supervisor do SENAI. As aulas teóricas dos Cursos de Apreri.cl iza

gemde OfIcio e de Complementacão Educacional cram rninistradas om

escolas püblicas on particulares, cedidas on alugadas.0 aurnento da demanda em cursos deAprendizagern dc 01 i

_(cp) e de Aperfeiçoamento em niecãnica e rnobiliário, le\'ol.' a, lr

Delegacia Regional a admitir, Além do pioneiro Arinaldo L. Goblu,inümeros tCcnicos e professores para rninistrarernulas nos perlodu

diurno e noturrio.Para os Cursos de Aperfeiçoamento noturnos, para adultos,

cram contratados instrutores da Escola Profissional FerroviAria ('RI

Tibiircio Cavalcanti, em virtude de sna experiéncia no emprego 'Pi

metodologia do ensino técnico, emque foram treinados e orientacloa jyr

competentes técnicos de formaçao profissional do Centro Ferruvi:iide Ensino e SeleçAo Profissional da Estrada de Ferro Sorocabana,conveniada corn a Rede de Viaçao ParanA-Santa Catarina e responsAvelpela instalaçao e pela introdução do prirneiro programa de forrnacnprofissional racional no Estado do ParanA.

Durante a primeira década da presenca do SENAT em Ponli

GEOSSa, destacarani.-se por sua competéncia e dedicacao A faina pedargica da Forrnacao Profissiot al dejovens e aduiltos o professor i\Si nah

Lucy Gohho, clesde o inIcio envolvido corn atividades dc instrufto.

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e Gerente de Treinamento; os Professores: Raul Machado,Udpnr Zan o tti. LIdia Kubiak, Milcirede Franco, Orual Nemézio Boska

-cuicos: Eugénio Alves, LuIs Lourenço, Marcos Tozetto, Joséit tot Ceregato, Dario de Oliveira, Angelo Kochmann, Wilson TozettoJ'seFdsori Roche.

As atividades do SENAI no Paraná, corno em todo o palsroretizcram-se no princípio, através do uso provisório de imóveis,l000dnq m s cediclos.

An mesmo tempo eram estabelecidos pianos para a constn,-çc dc uina ott mais "Escolas de Aprendizagem". Desde 1944 estavapre: ista a construção de trés Escolas nos principais pólos industriais dol-st,cin. ( uritiha, Lonclrina e Ponta Grossa, como consta dos re!atóriosd) I )irecio Regional. A demora na construcão desta ültima foi devido

promesca de a prefeitura local doar o tçrreno, o que não aconteceu.Peunindo recursos financeiros próprios, o SENAI adquiriu o

l'i 1 -no drs Srs. Dorningos Tozetto e Remo Moro, no hairro Vila Estrela,ui&.'leo populacionai que deu inlcio a forrnaçao do municIpio de Ponta

A construção do atual C.F.P. foi realizada pela Adrninistracaoi'eunt1tmentn Regional do SENAI que contratou a firma de mo-de-a ii,i Senhor Anton Burger que inclusive desempenhou as funçOes de

\•te'tr' dc ()bra, torna.ndo-se digno das meihores referéncias por sua( nieItnt'ia c honradez.

Ale o firn da construção, a água era fornecida em caminhöes-prefeitura, na gestao de José Hoffmann. Terminada a constru-

e SENAI enfrentava duas dificuldades: falta d'água e falta der ursos para instalaçao de máquinas e equipamentos. Em meados de196 t, (5 j rnais noticiaram a presença, no Hotel Iguaçu (hoje Bourbon)dc I'epre eutaiites do Comité Intergovernamental para as MigraçOesFtropéias (CIME) e do Ministério de RelaçOes Exteriores do Brasil,

'n') 1 4hietivo dc obter colaboraçao do Governo do Paraná para instalariritiha urn "Centro de Treinamento" para adaptaçao profissional

de tral'alhaclores qualific.ados em mecânica e eletricidade, vindos cialnripci.

Conic) era sabiclo que o Governo do Paraná não contava corniiisalaçOes nern experiéncia na area da qualificação profissional, o

Diretor do Departamento Regional procurou a Comissão e ofereceii"Centro de Forrnacão Profissional" próprio para os objetivos do C'JM[recém-construIdo na cidade de Ponta Grossa e que aguardava recursosfinanceiros para a instalaçao e funcionamento. Pordecisão do represen-tante do Itamarati. Conseiheiro Tarcfsio, no dia seguinte a Comissndirigiu-se a Ponta Grossa acompanhada do Diretor Regional. Visitandoo prédio, ficou impressionacla corn a construcão e area destiiiada aesportes. Em seguida, corn a assisténcia direta do Diretor do Departa-mento Naciorial do SENAI, Paulo Afonso Horta Novaes, várias rewiOes culminararn corn a assinatura de Convênio entre o DepartarnentoRegional e oCIME visando instalar e manter urn "Centro de Treinarnen-to e Adaptacäo Profissional corn internato. em Ponta Grossa destirnicha adaptacao profissional de imigrantes. profissionalmente Ia qualifira-dos e a formar trabaihadores brasileiros do interior do Estad o, pm

mecânica e eletricidade. Pouco depois o Convénio foi aditado parconstrucão e instalacão de urn' poco artesiano, corn cisterna ed'água para abastecer o Centro.

Recebidos os recursos do Convénio, o prédio foi rapidarnenteadaptado para alojar os treinandos estrangeiros e brasileiros. lnaug"ra-do a 8 de marco de 1965 pelo Presidente da Federacao das Ii dtistrias doParaná, Lydio Paulo Bettega, servidores do SENAI do Parariá edo Dep.Nacional, autoridades e representantes do Itamarati e do CIME, tornc''o nome de "Centro de Treinamento e Adaptacao Profissional Fiati.siniMendes" em hornenagem ao competente e Inclito Diretor Regiona.! do

SENAI falecido antes da conclusão do edificlo.Na reuniAo do Conseiho Nacional do SENAI em Florianópo

us, o representante do Amazonas opunha-se tenazrnente a aprovaço doConvCnjo firmado corn o CIME, por considerá-lo born dernais para nioser "marmelada".

Alérn de Aprendizagem. Qualificacao, Aperfeiçoarnento eTreinamento Profissinais na area de rnecânica geral, eletricidade. me-cânica de automóveis, rnecânica de motores diesel, serralheria, solda emarcenaria - o Centro real iza a "Aprendizagem de Menores no PróprioEmprego", corn base em acordos especificos ajustados entre o SErIAle as induistrias interessadas.

0 primeiro Coordenador (Diretor) do Centro de Treinametito

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AIaptaç Profissional Flausino Mendes(CTAP) foi o Prof. Arinald.oIII v hIo. si,hstituIcio depois pelo Prof. Sérgio Karnide. Atuairnente

exot u es(' cargo o Prof. Julio César Ingenchki.() prirneiro Chefe de Oficina foi o Técnico Alceu Dechaticit.No ultimo arm, o C.F.P. efetuou 396 matrIculas de menorcs

A t r Th 1 IZt'S) e I .672 de adultos (formacao, aperfeicoaniento e treina-() espaço frsico abriga 455 postos de trabaiho permanente eem oficinas, laboratórios e salas de aula.

() desenvolvirnento acelerado da Indiistria, das Corni.rnica-cñes e Ira usportes apresenta novos desafios para os quais técnicos do

e da Administracao do Departamento Regional do SENAI verns preparando. A instalaq5o de novos Iaboratórios de eletrOnica enf,rm4tica. além de incentivo a expansao do Treinarnento Operacional

nas próprias empresas atestam a preocupaço da Adrnin.is-i 'içii Regional do SENAI corn a modernizacão e continua atualizacioi (J.A.F'. de Ponta Grossa.

1.4 - C. F. P. de Maringá

!iista!ada a Delegacia Regional do SENAI do Paraiiá e Santa'r !ia ( I 2 dc marco de 1943), o Delegado e Engenheiro Ivo Cauduro

Fi l i prociu:oti tomar conhecimen.to de situacOes corn ilderes industri-ais c auloridades püblicas. Tentou, simultaneamente, em acordo corn al3seula Féciiica Federal, darinIcio as acöes do SENA! nadirecâo de seusI'jefives e consolidacao da novel instituicão. A partir do inIcio do

ultimo qI.!arirnestre de 1943.já corn idéias mais claras, assessorado porsiis ;inxiliares iniediatos como o medico Dr. Antonio Ferreira Pimpâoe Oq Pmfessnre.s AntOnio Theolindo Trevizan e AntOnio Weinhard.t,pacson a preoctipar-se corn a instalacao de Escolas de Aprendizagem.,prirneiio em prédios locados e a seguirem prédios próprios, aclequados?j 5 dive'as inodalidades de cursos de forrnaçao profissional que obede-

setii a metodos racionais de ensino, conforme experiéncias queinhani sendo realizadas corn sucesso pot Roberto Mange, na prepara-

Ic nin-de.-obra qualificada para a Estrada de Ferro Sorocabana, emS

Conforme Relatório de 1944, na gestão do Eng 2 FlansiimMendes da Silva fol prograrnada a construção das Escolas de Curitiha.Ponta Grossa e Londrina por apresentareni, na ocasião, os trés principaispólos de desenvolvirnento industrial do Estado do Paraná. Executadoesse programa, já na administracão do Departarnento Regional segiJinte, tendo em vista a expansão de outros pOlos de desenvoIvin,entindustrial no Estado, foi programada a construção de Centro. ,; dForrnacão Profissional: em Paranaguá, Telérnaco Borba e Maringá, oque aconteceu ate o final do terceiro trimestre de 1972.

No que se refere ao C.F.P. de Maringá, urn fato inusitadaconteceu. Os Centros de Curitiba, Londrina. Ponta Grossa e Parananii 4e mais o treinarnento de supervisores absorviarn quase inteiniment p a

receitado Departarnento Regional do SENAI. Nadpoca, o Ministri' d0

Educação estava empenhado nurn prograrna de educaçäo técnicaseria desenvolvido por unia rede de "Ginásios Industriais". 0 niunieIpi'de Maringá foi tim dos contemplados corn os recursos do MEC. Gracaa competCncia e lisura de seus prefeitos, no início de 19700 helo e hoip

edificado edifIcio que iria abrigar o "Ginsio Industrial" estava pronto.para receber instalaçOes e equipamentos para o seu funcionaniento.Entretanto, dificuldades de ordeni tdcnica e administrativa levaranientão prefeito Dr. Adriano Jose' Valente a procurar o Departame.ntnRegional do SE.NAI para obter apoio técnic.o-pedagOgico e finance

para a instalaçäo e mantitencão do novo estahelecimento de eusitCcnico. For ocasião da visita do Dr. Adriano José Valente ao C.F.P. deCuritiba, quando teve oportunidade de observar suas oficinas e denialsinstalaçOes em pleno funcionamento, o Diretor do Departamento Reg i -onal teve a idéia de ]he propor que o prédio do Ginásio IndustrialMaringá fosse doado ao SENAI para ser all instalado e operado ploSENA! urn novo Centro de Formaçao Profissional corn metodoIoprópria.

A seguir, o Diretor do SENAl em companhia de técnkosvisitou o prédio do "Ginásio" constatando a necessiade deadaptaçao dasinstalaçOes elCtricas e hidráulicas e ampliacao da area das oficinas hem

como dos vãos de iluniinacâo ditirna. Realiza.do o projeto de adpatacodas referidas instalaçOes - aumento do vão das janelas e amp!iac n do

espaco das oficinas destinadas a forrnação profissional das 4re

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•' I II" ' irniais de niecânica geral, mecânica de automóveis e eletricidacle" )I on I nento das clespesas previstas foi levado a apreciacão do Prefeito

I I I \li:iani José Valente. Como contraproposta o S.ENAJ recebeu a

lade cessäo do prédio, em comodato, porvinte anos e a contribuicãomunicipal da rnäo-de-obra para as ampliacães previstas no projeto. Aprincta. aprovada pelo Conseiho Regional do SENAI, foi aceita e em

ri' rn'ses o C.F.P. estava em condiçóes de funcionamento.

A 14 de rnaio de 1.970 foi inaugurado, iniciando as atividad.e.s

I d n1ho do mesmo ano.Decorriclos 13 anos, como houvesse interesse da indistria

local na formacäo profissional em novas areas ocupacionais, para dujac(r!secucao revelava-se a necessidade da construcão de novo pavilhão,. NAT/PR nianteve entendimentos corn o prefeito Dr. Said FelIcio

Ff rreira para que o imóvel doado em comodato pela prefeitura aocPTIA1 ihe fosse definitivamente transferido por doacão. A Câmara' h!'lir il autOrlZoU legal mente a concesso, concretizada por escritura

ntihlj a.

Hoje. o C.F.P. de Maringá encontra-se instalado e bern equi-nad' para proniover a formacão profissional em rnecânica geral, mecâ-ni.'a iI autrrnóve.js e mecânica de motores diesel.

Aidni dessas atividades atua, corn seus Agentes, dentro dasp1l i pi ccas, 'las modalidades de Treinamento Operacional, de Superviso-e c uua Aprendizagern no Próprio Enuprego.

No ano próxirno passado real izou 1276 rnatrIculas para Apren..

dizagetn e Qualificacäo profissional de adultos; 2304 para treinameilto

de Siipervisores e Aprendizagem no Próprio Emprego. As portas doC FR cnntinuarn abertas para enfrentar os novos desafios que aprcprdade dc Mari ngáe dos municIpiosvizinhos: Mari valva, Sarandi,

P Mad alva.

Iseu prirneiro Diretor foi o Prof. Ramiro Enocente que contoua cdaboracao dos Instrutores Yukio Massaki e Celso Antonio

L. ii , ell e mais o apolo dos servidores DecrIsi.o Ferreira da Costae Jorgede Paula Carvaiho.

(.) rnunicípio de Maringá fol desmembrado de Mandaguari

pe)al . ,ei n 790, de 14de novenibrode 1951. ElimitadopelosmunicIpios

d' Mandauaçu. lgtiaraçu, Astorga, Marialva, Floresta, Sarandi e

Paicandu.Sua populacão soma cerca. de 250 mil habitantes. E fril

constatar que desde seus primórdios. em 1938,0 aumento populae.!nnaTfoi acompanhado de crescimento econOmico e cultural, singulares nr'

Estado do Paraná.A ótima quaidade das terras aliada ao dinamisnio dos

imigrantres nordestinos, mineiros, paulistas, japoneses, portugueses.alemães, italianos e poloneses que traziam na alma a sede de progresso.inspirada no amor ao trabalho - criou em toda a região urn r1imR d.'

prosperidade, harmonia e bem-estar social.Distante 420 km de Curitiba, a cidade-sede do municípi"

pontifica entre as maiores cidades do nordeste paranaense e est6 enticas rnaiores cidade do sul brasileiro. A agricultura e a pecuária: canadtacücar, café, rnilho, algodão, gado. suInos eaves - aliadas a florescejuteagroind(istria de óleos vegetais, têxteis, frigorIficos, curtii nies.beneficiamento de algodão, fios de seda, acücar, álcool, rac ñes para

animais, bern como de milho, feijão, arroz, café e niandioca e nma

indtistria de base: mecânica, metalurgia, eletricidade, mobiliário, arlsgráficas, confeccOes, couro e calçados - dão a dimensão de seu nIveleconOmico.

Tudo isso corn o apoio e o estImulo de urn eficiente sistema de

ensino de l e 2 graus, coroados por urna das maiores universiddecparanaenses corn capacidade para 9 mil alunos. Para apoio ao desen"1viniento da indüstria, transporte e comunicacOes conta corn o C.F.P.SENAI que está apto a promover quali.ficacao e treinamento prouisi'nat dos trabaihadores, corn capacidade de 419 postos de traballupermanente e auxiliares, em oficinas, laboratórios e salas de aula.

Como quase toda a região do Guairá, apes a exputsão dosjesuItas corn seus Indios aldeados, perrnaneceu quase esquecida durarile

mais de dois séculos.Os empreendimentos da missão inglesa corn Lord T. ,n"af:

consórcio entre a Paranã Plantation Limited de capital inglês, a Crimpa.

nhia de Terras Norte do Paranáe a Companhia Ferroviária São Pank'Paraná que rurno a oeste vai de Ourinhos-SP a Cianorte,juntamente collua Conupanhia Melhoraamentos Norte do Paraná - levararn aos confinsdo sertão paranaense, compreendido pelos rios Paranapanerna, Tibaii e

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r

Ival q urn surto novo de progresso permitindo a formaçao do nücleopip'i!aciniial que den origern ao municIpio de Maringa fixando o marcoinicint de sua histórja nos idos de 1938.

A Intel igente polItica aplicada.na colonizaçao das terras roxasvididus em Totes rurais de 1.5 a 30 alqueires corn frente para estradas

' fiindn para os rios, além da sede de progresso dos imi.grantes -pirri1itram urn dos mais prósperos e equilibrados desenvolvimentos

gvuiais do Brash.

A cançäo "Maringá... Maringá" de Joubert de Carvaiho,uspirada.na 'aga dos retirantes n.ordestinos acoçados pela seca, de.u-lhe

nonie. talvez porque, depois de tantas penas e sofrimentos mereces-sew g07ar da ferlilidade da terra, frescura das águas e carIcias de urn

arrieno, como que Se tivessem chegado a uma nova "terrarinel ida" qiie ihes acenava de urn lado corn o árduo trabalho exigido

deshravamento das densas florestas, mas de outro, corn aiperclade, a segurança, a paz e a felicidade para eles e seus descen-

1.5 C.F.P. de Paranaguá

Paranaguã, berço da conquista do Paraná.pelo homem branco,j;i Ii NicIeo, Vila e sede de Capitania. Nasçerna ilha do Cotinga. Dalli transferida para as margens do rio ltibeçé,. ji,eToCapitão-Povoador

lriel de Lara, Corn o norne de Vila de NossaSenhora do Rosário deI 'aranagui, t'oi criada pe.lo Ouvidor Geral do.BrasilAntônio Raposo daSilv'.jra em 1648e instaladaa 9dejaneirode 1649..Em 1660foi elevada

cateni-ia de Capitania. e incorporada a Capitania de São Paulo em1711: pein Lei Provincial de São Paulo n 2 5, de 5 de fevereiro de 1842i eva(I.k I condição de cidade.

Gabriel de Lara, porseus feitos cornobandei ran teem inerador,uorneado pelo donatário da Capitania Marqiés d Cascais, seu lugar-

ne!)te. Depo;s da elevaçao do pelourinho, sImbolo de organização eil"ica. (iahriel de Lara ascendeu ao posto deCapitão-Mor. Foi ele quelevannti n peliurinho de Curitiba, em 1668. Foi Ouvidor da Capitania

AIcijiIe-Mor,

Em seus prirnórdios, a economia.parananguara estava basea-da na cata do ouro, apesar da oposição dos pau1ista&que viam no novopovoado urn concorrente de seu progresso conquistado.a duras penas eque tcmiani perder o controle real da produção.. desse metal..Qs prod.utosvindos de outras paragens eram pagos corn ouro

Como urn dos prirneiros povoadores anterior, a-abriel deLara, rnerece mencao o espanhol Bartolomeu Torales, que havi.a sedefront?do corn os bandeirantes paulistas na fronteira corn o Paraguai.Quando em 1.632 os paulista destruIram Vila Rica, no Ival, corn outrosespanhóis da regiao do Guairá, mudou-se para São Paulo.

Em 1654 tern-se notIcia de sua presença em Paranaguã,dedicando-se corn sua muiher, filhos e escravos a nhineração de ouro.

Devido a inexisténcia de caminhos por terra, as cornunicaçOesda Capitania corn o Sul eram feitas por mar, ate a construcão da estrada.em 1731, que passou a I igar Viarnão, no Rio Grande do Sul. a Sorocaba,em S. Paulo.

Porto e do de ligação corn o primeiro planalto paranaense e o

resto da costa, Paranaguá desenvolveu-se a frente de Curitiba. Em 1853.por ocasião da emancipação de São Paulo, Paranaguá tinha majorpopulacao e major expressão econôrnica. Por ISSO pleiteara a condiçode capital da nova ProvIncia,não..o conseguindo por influéncia de sellprirneiro Presidente, Zacarias de Goes e Vasconcelos que se decidiu porCuritiba.

Paranaguá lirnita corn os municIpios de Guaratuba, Morretes,Antonina, Guaraquecaba. Matinhos e o oceano Atlântico.

A evolução da econornia parananguara passa por vãriosciclos: do ouro, da erva-mate, da madeira, do café e o da diversificação,a partir de .1967.

Sedia em sua magnIfica bala o terceiro major porto c aprimeiro de grãos do Brasil.

Estende sua area de 800 mil quilOrnetros. quadrados deinfluêncja aos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo,Mato Grosso do Sul e ao vizinho Paraguai.

Além de armazéns de empresas privadas, possui mais dc 100mil metros quadrados para armazenamento modernarnente .equi pados.Sua capacidade de armazenaniento é de 1 milhãode toneladas de

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carla! cia Gaiheta que Ihe dá acesso e permanentementeivizadn. corn .15 milhas de iercurso, 200m de largura e 1.2 a 37 pés

cic i:rofundidade. Conta corn inéniros armaz6nsgeraisegraneleiros. 0p tn pssni 2. 106m de cais comercial e 494th de cais de inflarnáveis,nrwrando diariarnente 10 navios, eril media, eatre nacionais e estrangei-, ' c. () !eoclufo de Araucária transferdiretaiiiente combustIveis dari1inara (ictrilio Vargas para o cai. Ab1ga ainda na area portuáriacropresas de armazenarnento de cereais, industfializaçao de soja, bernccni refinaria de óleo, margarina e óutros produtos; indiistrias deIrffliza,ites. de beneficiarnento de mdeirä, de pescado, fábrica deesfnlliiras nietuilicas, alCrn de modernas e dinârnicas empresas comer-

0 Centro de FornacäoProfissiondParanaguaestaiocaiine hairro dos Padres. Foj cot1sthjd6 M' j sa "lnd'istrja e

1 ' imrcioTaniandaré Ltda."dirigida pé!OE larro Olavo Muller, emi uo de 7.348ni2 doado pela prefeitura n agestão do Interventor Gal.

Jo cia Silva Rchcllo, no exercIcio de 1968.A1Cn das salas de a.ula, espaço para se6retaria, Direçao e sala

d irii rnn j c profissional conta corn oficinAs pata cacitaçao técnicarip (1O1r e adultos nas areas de i1 ântathl, mecãrnca deio n ' 1c cletricidade e reparação de corhatidosfetricos Sua capa-I1 tta! ahrange 204 postos de trabaiho, ethnentes e auxiliares.

No mesmo terreno fol tambérn eonstruIda a residéncia doI.'ctor do C.F.P. 0 vice-presidente da Fedèthãó ths'Iiidtistrias doF'arani. empresario Nilo Ludovico Zàniér acOThphhtiä construçäo,Uiscalizacla oem Frig° do SENAI, Frederico 13rathlMIia, E importantenidnc,cnar qtle cia solenidade de inaugir ã6,'i?i'defdvereiro de1971 pailiciparaIII figtiras dc destaque patanaelisee haciOi I, como: Dr.

c. Bchring de Ma!ios, Diretor Geral d hitut&tivaldo Lodi eepresentanle cia Confederação Nacional da Indsiria E .ng Mario Dc

Marl e o industrial Nilo Ludovico Zanier, tesptWanierit presidente e"e cia Federaçao das lndtIstrias do Estado dc P ianá; Harro Olavo

M'iir, dir'ior cia erupresa construtora do CntThig industrial JosticgeI. conseiheiro do SENAL Gal. João cia Sil% elt1iO, lnterventor

ci ' ) fl)!IJ1!CIpIO de Paranaguá; os professores AntOiiiOi&3ljndoTrevizanI..lIrival Sponhobz e Lauro Ribas Linhares, rsectivamente Diretor,

Diretor Adjunto e Chefe da Divisão de Ensino do Departam.entoRegional do SENAI; os Diretores dos Centros de Formacao Profissionalde Londrina, Maringá, Ponta Grossa e TelérnacO Bora, pela ordeni:Professores Normando Camargo da Silva, Ramiro Inocente, ArinaidoLucy Gobbo e Orual Neniésio Boska; Dr. Carlos Trevizan,Chefe doServico Medico; o Prof. Mariano Rodrigues do Carmo, Chefe daDivisäo de Plaiiejamen to, EstatIstica e Controle e o Dr. SIlvio MaggioiiiJr.. Chefe cia Divisão de Administracao - todos do DepartamenloRegional do SENAI; a professora do C.F.P. de Curitiba, Sra. DirceWerneck do Carmo; Eng g Denizar Zanello Miranda, Chefe do Setor deDesenvolvimento de Pessoal da Rede Ferroviária Federal S/A e o Prof.João Kravichychyn, prinleiro Diretor designado do Centro de ForniacãoProfissional de Paranaguá.

Desde 1 de juiho de 1986 dirige Fo veteranodaformaçäo profissional Professor Joao Batista da Silveira, tenclo comoassistente o Prof. Josef Scheks.

0 C.F.P. do SENAI de Paranaguá atua nas modalidades deAprendizagem para jovens adolescentes, Aperfeiçoamento, Qualifica-cão e Treinamento Profissional para adultos.

Além das atividades mencionadas, organiza e supervisiona a"Aprendizageni Metódica no Próprio Emprego", para urn nrneroilimitado de aprendizes na faixa etária de 14 a 18 anos.

No exercIcio passado reali.zou 481 matrIculas, corn ninaeficiCncia de 355 alunos concluintes em Cursos de Aprendizageni,Qualificação e Treinamento Profissional.

A complexidade tecnológica atual impöe novos desafios paraos quais os dirigentes e técnicos do SENAI se prepararn corn deternii-nacâo e ccrteza no futuro prornissor de Paranaguá.

1.6 - C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba

A partir da década de sessenta, Curitiba assume de formadefinitivaa liderança no desenvolvimento social eeConôniico do Estadodo Paraná. As excepcionais qualidades do solo e do clittiä do EstadocontribuIram para que as atividades agropecuárias atingissern excelen-

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f".c nIvr is de prnd,jtvjdade. Além de proverem a subsisténcia do povo,YcFdere,s excedentes forani exportados para outros mercados inter-

P para n exterior.(I

declinio da corrida cafeeira, recursos financeiros acumula-bc ;liados a iihertaçao de braços provocada pelo uso de novas tecno-

e pela mecafuzacao cia Iavoura, criaram clirna para a expansäo deiru ITes industrials an.tigos e o surgirnento de novos. No segundo lustreles;i de8i . 1a, o prefeito de CuritibaJayrne Lerner, sensIvel as rnutaçöes

do pan"tania socio-econOmjco do rnunicIpio; preocupado corn o cres-muJiio deniogrMico e a necesssidade de atrair novos capitais para

estirneribos em aliviclades -geradoras de empregos; os lastrosbz nvn lvime II I isfas gerados pela CODEPARCompanhja Paranaense

senv 'Ivirnento Econôrnico; a experiente competéncia da URBS -de Curitiba S/A e o aumento cia produção de energia

rllia (In COI'EL-Cornpanhia Paranaens deEnergia - contribuIranip"ca a concepçã&, e concretizaçao do projto de criaçao cia "CidadeIndus p lab cle Curitiba". Local izada no sul dacidade, no vale do rio

arigiii, passnu a integrar a constelaçao dos bairros da Capital parana-

urna area de 43 rnilhOes de metros quadrados, dos quais'es destinados a indtistria, 13 rnilhOes a serviços habitaçoes e

IP via ria e ,S niiljtOes de areas verdes.

Hoje. 16 milbOes de metros quadrados estão ocupados por,ic k 300 in ( tjsfrias corno a FurukawaS/A, NeHol land (hôje Ford-

wI To l l and). Inepar S/A, Equitel S/A(a .primeifa erlipresa a adquirir'uo, em 4/9/1973), Volvo, Becton Dickinson . (exMetalnobrc Para-C unia ce.niena de outras de grande porte.

que Ia na década dc sessenta Fiderava o Estado cornIn bikThia k aglomeraclos de rnadeira, fiaçao de Juta e algodao, eniba-

; ensIindiçao metalurgia, rnecânica, eletricidade, moagem de trigo,'n nluirs a l imenticjo.s ccrâmica, mobiliário e outtas, corn a Cidade

auruenta a diversificaçao e produçao no setor sedundário da

Sobretudo, o que Se destaca nesse fabulosoempreendirnento,governos municipal e estaduab somam esforços para torná-lo

reabidade, é. o sentido eclético de sua concepção. Ali se encontram, num

so complexo harmônico, incitIstrias, conjuntos habitacionais, escolas.creches, hospitais, clinicas médicas e odontológicas, centros de satide;restaurantes, hotéis, postos policiais, corpo de hombeiros, terminals deônibus, agendas bancárias; a Escola Técnica de Saneamento e o Centro

de Formaçao Profissional do SENAI; clubes, campos de espoites,mercados - tudo que uma Cidade Industrial necessita para proporcionartrabalho, sailde, educaçao e lazer.

No municIpio lirnItrofe. Araucária, localiza-se importantepolo petroquImico corn a refinaria Gettillo Vargos, a fábrica de fertili-zantes e outras indiistrias subsidiárias do corn.plexo industrial.

0 C.F.P. foi construIdo em terreno doado pela URBS. Estaequipado para atender as necessidades de capacitação de rnão-de-thraem nIvel de Aprendizagem, Quatificaçao, Aperfeiçoamento, Especial i-zação, GerCncia e Treinarnento para todos os gratis cia hiei.arquiatécnica.

Inicioti corn cursos nas areas ocupacionais de Mecãnica eEletricidade sob a direçäo do Prof. Ito Vieira, hoje Diretor do Deparin-mento Regional do SENAI do Paraná.

A inauguração da nova Unidade Operacional aconteccu nodia 22 de setembro de 1976. Corn area construlda de 9.333ni2. além dassalas de aula, abriga oficinas e lahoratórios para as areas ocupacionaisde mecânica, eletricidade, eletrOnica e costura industrial. Além dissoministra treinamento profissional nas empresas, em todos os nIveis.parajovens e adultos e cursos de"Aprendizageni Metódica no PrOpri'Emprego" para adolescentes de 14 a 18 anos.

Os Cursos e Treinamentos para menores funcionam duranteo dia e para adultos são diurnos e noturnos. De 1976 para ca passaranimais de 38 mil trabalhadores por seus Cursos e Treinamentos.

As instalaçOe.s abrangem 800 postos de trabalho pernianentese auxiliares, em oficinas, laboratórios e salas de atila. No exercIcioanterior, o C.F.P. da C1C niatriculou 3.814 alunos, alcançando aeficiCncia de 3.144 concluintes.

O C.F.P. em tela vem desempenhando papel de fundamentalimportância na corisolidação e expansão do principal parque industrialdo Paraná.

0 atual Diretor do Centro e o Prof. Luis Fernando Troch mann,

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que tern coino Assistenie o Prof. LuIs Andreoli Silva e corno coordena-dr dos cursos noturpos o técnico LuIs Ferro.

Localizado no principal centro tecnológico do Estado, osis do presenle e do futuro multiplicam-se a cada dia. Nesse

a Direç.o do Centro e o órgao do Departamento Regional,rP. lor!svel pela gestäo tecn.ológica, desenvolvem constantes estudos ecsquisas visando rtão so identificar as necessidades de forrnaçao e'eiIrnniento de mão-deobra, mas sobretudo manter procedinientos

te ('nnlogicos atualizados e eficazes na direçao da demanda econôrnica,rt s di' qne a capacitação tdcnica é fator de valorizaçao do trabaihador,

rni'Ihonn da quaJidade e prodtitividade Industrial.. Em resurno, propor-r ina nie.Jhores concliçOes de vida social e ética para o povo brasileiro.

Para melhor dcscmpenho de Silas atividades, rnantdm convé-nios corn organismos de cooperação técnica internacional.

1.7 - C.F.P. dc Cascavel

Quern hoje chega a Cascavel deveria ter na Iembrança asde urn passado trágico e romântico que, em gestação, ora

nouJtuada. ora pot séculos adormecida, aguardou, na trajetória dofculpo. o niomento propIcio Para iniciar e perpetuar a aceleraçãocescenle de sen progresso.

Antes do descobrjmen(o do .Brasil, perambulava pot toda aI'gio dn (l uail-A, lirnitada pelos rios Paranapanema, Iguaçu, Tibaji e

qIli' , ora apressados em corredeiras e quedas d'água corn, asr')l enHal idades energéticas que no futuro iriam impulsionar o progres-

ra em relnansosas catmarias ofereciam fonte inesgotável de au-mc nm is trihos das quals ate hoje não se sabe as origens. Marcando a

ga de sell destino, a frente estavam a aculturaçao corn os brancosenropeus. ma is eperientes e equipados na arte da guerra, sedentos dasr!q!Ie7s que o ouro, a prata c o braço escravo representavam; aPnssgern peTas MissOes JesuIticas, que por quase urn século Ihes deraa sen.safo de paz. liherdade e o conforto dos frutos do trabatho.;Lranizaclo. as trigicas Iropelias das Bandeiras paulistas, que corn suashl igwias de bra ncos, niamelucose mil hares decari jós, tupis, tupiniquins

e guaranis treinados para a guerra em busca de ouro, prata e novosescravos, levaram as MissOes dos aldeamentos a morte e a destruiçao,fazendo tremer os ermos sertOes do Paraná, alargando a ferro e fogo paraalérn do rneridiano das Tordesil has as fronteiras do que urn dia seria oimenso território de urn pals soberano.

De oeste para leste vinham aguerridos conquistadores espa-nhóis procedentes do Paraguai, de Ciudad Real e Vila Rica del EspirituSanto corn a mesma cobiça e bravura dos bandeirantes paulistas. Maisde 40 mil famIlias indigenas, abrangendo mais de 200 mil pessoasaldeadas pelos jesultas que criararn a Repihli.ca Cristã do Guairá - fora.niem grande parte massacradas pelos conquistadores brancos. Os que nãotombaram sob o frio aço das espadas, capitaneadas por seus "proteto-res", ernigraram Para alérn do rio Iguacu, indo format as MissOesassentadas as margens do rio Uruguai.

Desde o principio do sdculo XVIII ate o século XX, toda aregião do oeste do Parana' perrnaneceu praticamente abandonada.

0 prirneiro nome de Cascave! foi Encruzilhada, por estarlocalizada no entroncarnento de vários cam inhos abertos para a extraçode erva-mate e pelo exército, nas proximidades de Foz do Igtiaçii.Depois passou a denominar-se Aparecida dos Portos. Al, em Encruzi.Ihada, o comerciante Jose' Silvério vindo de Guarapuava, arrendoi.'terras pertencentes ao colono Antonio José Elias, "primeiro" habitanteda localidade. 0 nome Cascavel vem mesmo da serpente dessa espdcie.

Contam que urn grupo de colonos que au pernoitavam foramacordados pelo baruiho dos guisos dessa serpente. Assustados, levanta-ram acampamento, passando a narrar o fato corn tal veeniéncia que olugar passou a set denominado - Cascavel.

.Já no final do ciclo da erva-mate, na década de 30, as terras doRio Grande do Sul iam se tornando escassas Para serem partilhadas entreos descendentes de italianos, alemães e poloneses que haviam coloni-zado terras gaiichas - informados das ricas florestas de araucária e outrasesséncias nobres, venderam suas heranças e vieram estabelecer-se emCascavel, fixando-Ihe os limites ejuntamente corn os poucos pioneirosque, conlo Jose' Silvério de Oliveira, A se haviam estabelecido, deraminIcio a história da Capital do Oeste Paranaense.

Em 1943 passou a fazer parte do Território Federal do Iguaçu.

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re''m rrido. Pela Lei Estadual n 790, de 1.4 de novembro de 1951,'as . l foi de.sniembrada de Foz do Iguaçu que deixara de ser

•ro Federal em 1946, e elevada a categoria de MunicIpio, tendo'orno prefejo Jose' Neves Form ich icri.

.Sifijada a 514 kin de Cutitiba,está a 547m acirna do nIvel dowu. PoSSII, 192.673 habitante. Seu sistema educacjonal conta corn 190

coIas p':iNicas de 1. 0 e 2graus e a UNIO ESTE_(Jnjversidade do Oestedo Parani, corn capacidade para 6 mil alunos.

A Ferroeste, em construçâo, éorn 419 km de extenso vaiap'oxirnar o ocste. do Parana' - tesponável pcla produçâo de 26% deg os do Itado - ao porlo exportador de Parailagna, fortalecendo aincla

a 1-olloln ia cascavelense e paranaene.Além disso, Cascavel alia a prosperidade econômica urn

I)I IJ ; I ll te ,n.icleo socio-cultural, corn parques etológicos, autódromowtcruajr)nal niuseus, teatros, clubes e igrejás. Sua economia provémn in cipalmente da atividade agropastorjl dinaniizada por urn eficiente

,.ist'nia de cooperativas. Son parque industrial desenvolve atividadesuoc Setntes de rnadeira serrada, mobiliátio, inecânica, metalurgia,rCIrjdid artes gráficas, construção civil, cohfcöes, tefrigerantes,

na agro-indüstria em constanfe ctecirnento..inlita-se corn os municIpios Guaraniaçu, Toledo, Assis

('aihriand, Nova Aurora, Corbélia, Catanduvase Capitao LeônidasM.rqos, Tern os distritos de Cafelândja do OeStë, Palmitopof is, Rio doTh!t, Sonta Teresa e São Salvador.

Para (Jar apoio ao excepcional desenvolvimento econômico• k (ascave,I e de todo o oestc, o SENAL decidiij sediar ali urn dos seusrnportar,le.c ('entros de Forrnaçao Profissiiial, inâugurado a 25 de

J 111 ho de 1977. Já passaram 24.592 alunos Orus cursos.No iiftirno ano o C.F.P. do SENAI de Cacavej efetjvou 3.814

ivI l las corn 3.144 concltijntes

A capacidacle do Centro espelhase em 397 postos de trahalhopci 'naucnes e auxiliares, em ohcinas, Jaboratótios e salas de aula.

Desenvolve forrnaçao profissional nas areas ocupacionais deirirjddp rnecânica diesel, mecânica de aUtbrnóvejs e rnecânica

ei instalaçOes fixas do próprio Centro. Quando necessário,eh COmplenientaçao do Centro de Un.idades Móveis de Forniaçao

(,/

Profissional dc Curitiba.; desenvolve Treinamento e Aprendizagerri noPróprio Ernprego, em instalaçOes das empresas.

0 C.F.P. de Cascavel é dirigido corn competéncia e louváveldedicação pelo Prof. MaurIlio Fregonezi, tendo como assistente o Prot.Anildo Torres e corno secretária Rosmery Dall'Oglio Kostycz. ()primeiro diretor foi o Prof. Edmundo Intema.

1.8 - C.F.P. de Foz do Iguaçu

Quando do descobrimento do Brasil, por toda a região doGuaira' campeavam tribos nômades de indIgenas. Terras cobertas deexuberantes fiorestas, imensos e numerosos rios proporcionavani all-mentação abundante em frutas, raIzes, a yes, peixes e outros animals.Scm origem, scm destino, scm norne e sew reJigião as populaçoessilvicolas viviam felizes, a nao ser de quando em quando perturbadaspelo confronto guerreiro entre os agruparnentos errantes. na disputa doterritório corn major abundância de alimento e de meihor calidez noinverno.

Portugueses desembarcados nas praias do Atlântico e espa-nhóis em terras mais próximas do PacIfico, de urn lado, penetrando pelocontinente fundavam. São Vicente, Cananéia e Paranaguá, on de outro.Buenos Aires e Assunção, ampliadas para a Argentina e Paraguai. Dcambos os lados, movidos pela sede de conquista e de copiosas riquezas,avançavarn território a dentro. Atravessando rios caudalosos e florestasespessas, pouco a pouco iam vencendo o iruenso sertão. Vez por outra.,as tribos nôniades guaranis e caingangues opunham-Ihes acirradaresisténcia. Acabavarn sempre pot sucunibir ao bacamarte, a espada eA lanca dos invasores dos territórios, hoje abrangidos pelo municIpio deFoz do Eguaçu.

Ficararn apenas poucos remanescentes, pois os que iiao foramaniquilados on escravizados, ernigraram para o sul. Muitos sob aIiderança dos jesultas espanhóis foram fundar as "MissOes" as margensdo Urugtiai. Desde os 61tirnos grandes confrontos entre os tideradospelosjesuItas e os hespanhóis quo avançaram para o leste; as Bandciraspaulistas que, indo para oeste, escorraçaram os primeiros para além do

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lgnaçii C OS denials para niargern direita do rio Paraná; sem Indios paraaIlear on prear, scm ouro on prata para minerar - a região do extremo

oeste paranaense ficou praticarnente esquecida.Pot singular capricho da sorte, argentinos e paraguaios que

nas reglOes exirernas do oeste e sudoeste do Paraná exploravam a erva-mate e rnadeira, rnovidos sirnplesmente pelo interesse econôrni.co,

jamais Se preocuparam corn a colonização do território.Els porque, quando em 1888, o engenheiro niilitar José

Joaquim Fermion at chegou incumbido de tornar posse do territórioimnteiriço e fundar uma colônia militar, nao encontron resisténcia, ano set de poucos Indios guaranis e caingangucs. Corn a colônia rnilitaraurnentou a pre.senca de paranaenses que se dedicavarn a extração deniadeira e erva-mate. Em 1912 a colônia militar foi extinta e sen

tCrritorio passou a pertencer ao municIpio de Guarapuava.Decorridos 26 anos da chegada de José Joaquim Ferrnirio,

nla I . . i Estadual n L 383, de 14de marçode 1914; foi criadoo municIpio(lo Vila tguaçu, instalado em 1.0 de juiho de mesmo ano. Seu prinieiro

1nefito foi o Cel. Jorge Schimmelpfng. PelaLei Estadual n 2 1783, de

.S de abril de 1918. a Vila Iguaçu passou a denomiflar-se Foz do Iguacu.Polo Decrelo-Lei W5872, de 13 de setei bro de 1943 passou a integraro "Te.rritórin Federal do Iguaçu", tendocornocapital Laranjeiras do Sul.Em 1946 o TerritOrio Federal fOi extintovoltando seus doniInios aintegral o Estado do Parana'. Hoje, detaca-se como urn dos principaispIos turIsticos do Brasil, servido por urna das meihores redes hotelei-

ias.Em seu roteiro turIstico a cidade sededo municIpio oferece

atrativos deexcepcional interesse: alérnde visita a hidrelétrica de Itaipu,a major do mundo, corn barragern principal de 1234m de exteiisão eq'ie:la hrnto maxima de 128m e lIquida normal de I 18,4m, movimen-lando 18 geraclores corn capacidade para produzir 12.600 mega watts.As (Tataratas do Iguaçu, pela area de 7,7km quadrados, volume de água,ltura e conservação natural, apresenta-se corno o major espetaculo

hidrico de força e beleza selvagem do mundo. E visitada anualmente potcerca de 2 nijlhöes de pessoas.

Oferece ainda visitas ao "Museu do Parque Nacional doIgiiaçii". a "Ponte da Amizade" c "Ponte Tancredo Neves" ligando

rcspectivamente ao Paraguai e a Argentina e mais uma sdrie de alracOes.Limita-se corn Santa Teresinha do Itaipu, corn a Argentina e

o Paraguai. Conta atualmente corn ccrca de 160.000 habitantes.0 nonie "lguaçu", em lingua indIgena, significa: "i"=água:

"guaru"= grande, on seja, "Agua Grande".Além do turismo, a principal causa do desenvolvimento da

regiâo cteve-se a construção de Itaipu. Corn o aumento da pOpulacioque, na década de 1970 teve urn aurnento de 400%, passando de 34.000para 136.000. Foi o perlodo de major intensidade na construçäo dabarragern, chegando a ter 39.000 trabalhadores no canteiro de obras.Tanto o comércio como a ind(,stria básica de rnanutencão, vcstuário ealimentos tiveram variada e importante expansão.

Nos meados de 1975, corn o inIcio da construcão da barragerndo rio Paraná pelo Consórcio Brasileiro-Paraguaio-Unicon/Conenipa,além dos barrageiros imigrantes já qualificados para o trabalho, aflul-ram dezenas de milhares de trabaihadores, muitos scm capacitacãotécnica para atender a demanda, como motoristas para caminhöcspesados, escavadeiras e motoniveladoras, niarteleteiros. operadores deguindastes e de pontes rolantes; cozinheiros, garçons, pedreiros, carpin-teiros, armadores, eletricistas além de ocupaçOes do setor de saride edosetor terciário. Por serem rejeitados, preocupavarn tanto a empresabinacional Itaipu, quanto as empresas brasileiras agrupadas pela Uniriode Construtoras-UNICON: Cetenco, CBPO, Carnargo Corréa, AndradeGutierrez e Mendes Junior e principalmente o prefcito Eng° ClóvisCunha Vianna (1974-198.1)

A Direção do SENAL já sensibilizada pela situacäo e atenden-do a solicitaco do Eng Clóvis, deslocou para Foz do Iguaçu várias"Unidades MOveis" das areas de mecânica geral, mecnica de motoresdiesel, eletricidade, solda e carpintaria que se instalararn inicialmenteem prédio cedido pela empresa Cummins do Brasil S.A. Posteriormenteo SENAI transferiu suas atividades para o prddio locado nas proximi-dades da Prefeitura Municipal, agora já corn oficinas iiistaladas deforma permariente. Na mesma ocasiäo montou, nas ptOximidades doCentro. uma "Agenda de Formação Profissional e de Treinarnento",designando como Coordenador (Diretor) o tdcnico Prof. Sergio Kamide.especiahzado em formacao profissional.

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F.-se "Coordenador" ao mesnio tempo que dirigia o "Centro"

juutinicnle :orn Os iécnicos (Ia UNICON, realizava diagnOsticos deissid:d de forrnacão profissional, montava prograrnas de treina-

iien ' c,iinistrava sua execuço.Em 1979, cjuando a construção da barragern da hidreldtrica de

lipu cnmeçava a baixar do pico rnáximo de emprego de rnão-de-obra,mil1ires de trahaihadores povoavarn os bairos de Foz do Iguaçu. Scmr'mprego por näo terem encontrado trahaiho na UNICON, on terem sidodpi despedtdns exerciam, em sua grande maioria, atividades no nierca-do iufor'nal, usufruindo parcos rend.imentos econôrnicos. Dc tal forma,is dificiIdadcs sociais tendiam a crescer que preocupavam seriamente

-'ieito Clovis Cunha Vianna e as equipes niunicipais das areas'cu(miica e social. Uma das medidas porcletracadas, como estratégias

pri nhinorar tais dificuldades. sern despovoar o MunicIpio e criar

.ndiçñes Para urn melhor equilibrio social consistiu em estimular e darit, as açOes de forrnação profissional, que o Ministério do Trabaiho,

:Ittavés do Prograrna Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra, SENAIe SENAC, vinham pondo em pratica desde 1975. Esse fato c mais aspreocupaç(es revelada junto ao Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto,pel i [)ireçao da ITA1PU-BINACIONAL e pela Coordenação Nacionaldo "Prograna de Desenvolvimento do Oeste do Paraná - PRODOPAR.

Ministro e scu Secretário Geral, Prof. Jorge Alberto Furtadore' ornendarern aos Coordenadores, Nacional e Estadual do PIPMO.

respe.ctvamente, João Alberto SimOes e Antonio Theolindo Trevizan,a c:oIabiaren1 corn as autoridades municipais para a solucao do proble-

tliaCorn esse objetivo a Coorderiação Estadual do PIP MO firmou

oI,vnio corn o SENAC para reatizar unia pesquisa de dernanda socialde forniaçäo profissional. Pesquisadas 1400 famIlias, foram contadas

ni'is t ie 200 ocupaçOes que necessitavani de formacäo profissional. lamdesde olericnitor, lagoeiro, confeiteiro e auxiliar de escritório, pedreiro

(11 eleliicista ate vendedor, servente hospitalar, cambista (corretor do

"Jo gu do Bicho") e dezenas de outras profissOes. Para atender ademanda social detectada. o P1PMO montou urna das maiorcs equipesde frrniiçäo profissional do Estado do Parana', integrada na execucão de

uni.,,6 progrania.

Recebidos os recursos através do Ministério do Trabalho.firmou convénlo corn o SENAI-Coordenação Profissional e Treinamento de Foz do Iguaçu, sob a direçao do Prof. Sergio Karnide; coinSENAC-Diretor Regional Pedro Teixeira Chaves e Gerente de OpeimcOes Aclrnir Paschoal e o Diretor do C.D.P. de Foz do lguaçu EleodoroSeichas Riesling; corn a Secretaria de Estado da lndüstria e ComCrcio.Secretário LuIs Gonzaga Pinto e Diretor do Departamento do Trabaiho,Roberval F. de Freitas; corn a Secretaria de Estado da Saüde Ptiblica,Direlor da Escola de SaCde Piiblica Dr. Jaime Drumond de Carvalho ea coordenadora de cursos, Prof' LuIsa Stadel Iwersen e rnais o ServiçoNacional de Formação Profissiona.l Rural.

Essas entidades apoiadas em Agéncias locais, em "UnicladesMóveis"desiocadas para Foz do Iguacu. corn a valiosa colaboraco deAssociaçOes de Bairros e da Prefeitura Municipal, especial nie.nte doPrefeito Clóvis Cunha Vianna e suas equipes das areas econOrnica esocial, real izaram, em menos de urn semestre, a formação profissiona!de cerca de 2.500 pessoas de ambos os sexos, jovens e adultos.

Esse fato fortaieceu o mcrcado de trabaiho, evitou uma crisesocial e impulsionou o progresso. As pessoas tornaram-se confiantes emsua capacidade produtiva; as trocas e os empregos se acentuarin'.Juntamente corn as demais medidas inteligentes e criativas do GovenoMunicipal, no so resolveram a crise do mornento, como geraram meiosde infra-estrutura e renda para que cada dia o MunicIpio de Foz doIguaçu crescesse apoiado, nao sO na econornia do turismo, mas tambénino comércio, indiistria, agricultura, transportes e comunicacOes, envol-vido por clirna de desenvolvimento plenamente sustent5vel.

Para oferecer rnelhores condiçOes as atividades que o SENAIvinha dcsenvolverido, a Direçao da Itaipu Binacional prontificou-se aconstruir, cm imóvel próprio, urn pavilhão adequado as metodologiasda formacao profissional.

Elahorado o Projeto, corn as especificaçOes fornecidas peloSENAI, foi o mesmo construldo corn area de 668m2, pela ItaipiiBinacional. Al não so foram instaladas, pelo SENA.1, oficinas deaprendizagem (400rn2), salas de a.ula, dependên.cia para ad.ministracan,depend€ncias Para sanitários, urn apartarnento completo para dorniit6-rio de Instrutores (de Uniciades Móveis), bern cot-no foi preparado

Fi

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spaçn adequado para estacionarnento de "Unidades Móveis", que;n-Icrnentani as açOes de formação profissional, dentro e fora do

At!Ial niente o Centro dispóe de oficinas fixas em condiçOes deproporci!1ar forrnaçao prof issional as areas ocupacionais de rnecânicageraL rneciuica de autornóveis, eletricidade, refrigeraçäo e ar condici-onado. Alérn disso o SENAL min istra Cursos de Treinamentos nas areasik .pervisio. operacional e de segurança nas próptias empresas de Fozdo Igiiacii e abs iminicIpios próxirnos, sob o gerenciame.nto da Admi-Irco do C.F.P.

No ano passado essà "Unidade Operacional" rnatriculou 1276luuos. corn o rendirnento de 1144 conc1uiñts.

Sna capacidadc fisica d de 115 postos de trabaiho. Dc modogeral. o C.F.P. estâ em condiçOes de atendertoda ademanda econômicade forimicäo profissional do oeste do Paraná. Para isto conta inclusive

a a rooj o direto de dezenas de oficinas e técnicos do "Centro deo!e Móveis de Formacão Profissional" de Curitiba.

Conio registro especial conveth menciOnar a experiénciak1uirida pelo SENAI no emprego de metoçlolog jas adequadas a

qualificaço e treinamento de rnão-de-obra para a. coiistrução de barra-ger,s para a instalacão dc usinas hidreldtricas de.qualquer porte.

C) C. F.P. é atualmente dirigido pelo Prof..Gerson Felix Luder.Depoimento dc urn ex-aluno do C.FP. Mtônio Barrios: "Foi

°°m rnnit' trahalho e trernenda força de vontade que consegui meipcFçoar e 'vencer'. Não foi fácil, mas o SENA! contribuiu para qucnv' p s srnlios fossem realizados.

Hoje sou e..mpresário que corn muita garra sobrevive ao dia-a-dia, Irahaihanclo e paticipando corn todos os conhecimentos adquiri-ih. Sempre gostei de ficar pesquisando e olhandoo funcionarnento detnd 's aparelhos. por isso, quando o SENAT me proporcionon a'prr'inulade de lidar conic] cs, näo tive diIvi.däs, fiz o curso. Curse este

qite c denorninava "Curso de Reparos de AparelhOs de Refrigeraçao e(\r Condicionado", corn carga horária de 400 horas. Mas não parei poracp)i. Me.srno fazendo o curso, senti a necessidade de nao ficar restritoA area. e corn tremendo esforço fiz tambCrn, aos sábados, o Curso deMecanica de Antomóveis corn 100 horas de duração.

Corn esses cursos já foi mais fácil arrumar emprego. Conieccia trabalharna Eletrolar RefrigeraçAo, empresa pioneira na região. Sencloeste meu prirneiro emprego, trabalhei de 02/01/1981 a 01/06/1982.Como fruto do meu born trabalho, corneçarani a surgir boas propostasde trabalho, algumas bern convenientes a mim. Já que men objetivo eracrescer, resolvi aceitar um.a proposta e fui trabalhar, de 01./i 1/1982 a 13/07/1984, na Artécnica Foz, onde minhas funcOes foram dedicadas aTécnico de Regrigeração. Mas o melhor ainda estava pot vir. Novencimento da data citada surgiu então a meihor das propostas: fuiconvidado a gerenciar uma empresa de Refrigeraçao, a Incofoz (que noseti rarno de atividade sc destinava tambérn a importaçao e exportacão).onde trabalhei de 16/07/1984 a 07/06/1986.

Corn certeza, omen rnaior passo fol quando, juntamente cornmen grande amigo e socio Osni Prim, ex-funcionário da Consul S/Acompramos a Artefrio Comércio de Refrigeração. No inIcio tratava-.sede uma empresa singular, hoje contamos corn urn complexo formadopor mais trés empresas:

09/02/1987 - Artefrio Comdrcio de Refrigeraçao Ltda.Av. Jose' Maria de Brito, 1636 (Matriz).• 01/07/1988 - Artefrio Comdrcio de Refrigeraçao.Rua Internacional, km 2,5 - Ciudad del Este - Paraguay.• 22/t2/1989 - Artefrio Comércio de Refrigeraçao Ltda.Rua das MissOes, 1831 (Filial)

14/08/1989 - Frio Foz Cornércio de Refrigeraçao Ltda.Av. Juscelino Kubitschek, 1887 (Matriz).1-loje posso sentir-me realizado por integrar em nossas empre-

sas 25 funcionários, cujo sentiniento C conio de "Uma Grande FamIlia",Nosso intuito e sempre crescer, per isso procuramos melhorar

e aprimorar cada vez mais nossos conhecimentos".

1.9 - C. F. P. de Pato Branco

Toda a história do povoamento do Paraná tern sua origemmais remota nas sedes da Capitania, pri.meiro denominada São Vicente.depois São Paulo. Portugueses, mestiços ou seus descendentes dal

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dcTrm Fiindararn Paranaguá. Vencerarn a Serra do Mare estabele-('('I nill sp em Curitiba. Partiram, formando a sociedade campeira, cornfrsiue para as cornunidades de Ponta Grossa, Guarapuava e Palmas,

nn siniplesmente embrenhando-se para oeste, levaram de vencida oihnl (line ocupava a terra, 0110 primitivosilvIcola prd-colombiano.

('urihanos cram todos os habitantes do território paranaensciidicacJos aléni da Serra do Mar, aqudm do rio Tibaji para o Sul. eSudoeste ate os confins do rio lguaçu.

Não C estranho que tenha sido urn bandeirante curitibano,Pedro Siqucira Campos que, comandando uma expedicao para o sultivesse. descoherto os campos de Palmas, em 1883, de onde novos e' lftprpidos menibros da sociedade campeira se destocarampara fundar('Iviindia qile. desmembrada de Palmas, constituIa-se ainda, emc0C1150 rnunicIpio.

Como a região se enconttasse despovoada de silvIcolas -captnrados. aniquilados 011 expulsos pelos bandeirantes curitibanos epm!Ilstas - arrojados comerciantes, descendentes dos bravos tropeirosg,iaripllavanos, em busca de riquezas c novos negócios, on simples-! n.91 h mnvidos pelo espIrito de aventura pouco antes da prinleiraglirrr, nnnidial abriram uma picada de Clevelândia ate Barracão, na

corn a Argentina que d.epois foi guarnecida pelo exCrcito.0 caminho aherto no ermo sertãO passava pelas cabeceiras do

t:'a(o Branco, cujo sItio tornara-se ponto de descanso dos viajantes.Esse local de pouso deu origem an primeiro nCcleo popuiacional que-drain o ineresse de outros caçadores e colonizadores, impressionadosvn a frtiIjcIade da terra on abundncia de caca

DaI para a frente a história do dsenvo1vimento socio-econô-mico de Pato Branco segue a mesma trajetória do povoarnento dosprilicipais rnunicípios do sudoeste e oeste paranaense, corn maiorescalana imigraçäo de teutos e Ita10-gachos vindos do sul. Os primeirosmoradoies foram Miguel Conrado, PacIfico fndiode Lima,João Macáriodos Santos, lnáciô Galvo, Quintilhano M. Bueno e Manoel Loureiro.

Fm 1927,. Vita Nova, denominacäo anterior do municIpio, foicicvada a categoria de Distrito Judiciário corn olionie de "Born Retiro".Novas famIlias vindas do Rio Grande do Sul engrossaram a leva dedeshravadores. entre elas os Bortot, Peloso, Dafla Costa, Daimolin,

Conrado e Damaceno.Pela Lei n 790, de 14 de novembro de 1951, Born Retiro tn

elevada a categoria de rnunicípio corn corn adenorninaçao de PaioBranco, por sugestão do Eng Q Francisco Gutierrez Beltrão. 0 novomunicIpio que haveria de se projetar entre os demais do sudoeste, foiinstalado a 14 de dezembro de 1952. 0 prirneiro prefeito, eleito, foiPlácido Machado.

Frio no inverno e fresco no verão, está a 760m acima do nvddo mar. Dista 458 km dc Curitiba, a margem esquerda do Ignaçn.Atualmente conta corn 100 mil habitantes. Sua econornia provém l"setor prirnário: criação de suInos, bovinos, bubalinos, muares, cqisiose outros. Tern indCstria variada e significativa: extração, metalurgia,mecânica, papel e papclao, couro, téxtil, plásticos, calçado, confecçao,construção e transporte.

Limita-se corn os municIpios de Coronel Vivida, Clevelânclia.Francisco Beltrão, Itapejarad'Oeste, Mangueirinha, Mariópolis, Vitorinoe Renascenca. Distrito: Born Sucesso.

0 C.F.P. está em pré1io próprio, inaugurado em 19 de oiitiihrode 1981. Inicialmente instalado em area construIda de 300rn, foiampliado corn mais 317rn 2 no ano seguirite cern 1987 corn niaic 1 7rn2.

Nesse espaco fIsico funcionarna administraço, oficinas dc mccinicageral, mecânica de automóveis, eletricidade e treinamento; salas dc'aula, almoxarifado, cantina, diretoria e secretaria, sala de estar do:professores; depósito, arquivo e higiene e espaço pararecebet a"Uriidades Móveis" que, de acordo corn a demanda econômica dequalificaçao e treinamento profissionais da Região atuam diretarnenleno Centro on deslocarn-se para outros lugares, segundo o interesse dasempresas industriais.

A capacidade do C.F.P do SENA! de Pato Branco compreende 111 postos de trabalho permanentes e auxiliares.

Em seus 10 anos de atividade quatificou e treinou 912trabaihadores. No ano passado efetuou 990 matrIculas, corn 9concluintes.

A Administraçâo Regional mantém o Centro equipado eatualizado para servir debase de aten.dimentOà dernanda econmica deformaçao profissional não so de Pato Branco, mas de todo o sudoeste.Para isso promove continua atualização e aperfeiçoamento técnico &administrativo do sen pessoal. Atualmente,seuDiretoré .eficienle

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diniinico Prof. Herus Pontes.

1.10 - C. F. P. de União da Vitória

A histórjci de Uniäo da Vitória, deixando de lado os habitantesdo era pré-colombiana que pot all perambulavarn, data de 1768. Assimconio a fortnaqao dc outros povoados da região dos Campos Gerais, dosCampos dc. Guarapuava, de Palmas e de todo o sudoeste e oeste do

a colonização de União da Vitória deve-se a bravura dos'orfanistas, descenclentes de hancleirantes paulistas e curitibanos.

C) primeiro a chegar na regiao no comando de expediçaoinililar. foi o Ten. Dom.ingos Lopes Cascais que tinha como imediato ocal'o Bi 'mo da Costa FiJgueiras. Pouco tempo depois o Tenente Cascais.Pi,r motivo de doeiiça. retorna a Curitiba, deixando o comando aomediato. Cabo Bruno. o qual prossegue a descida pelo Rio Grande de

on no Registro, cujos nomes foram substitimIdos por rio

A expedição chegou ate a altura da salda para Cruz Machado,unde acarnpou, fundando urn arraial as margens do rio Iguaçu corn ohome dc }3rifreposto de Nossa Senhora da Vitória.

Como os hornens da expediçao estivessem exaustos e semahmento. Bruno mandou abi-ir roca e cacar. Estavam nesse trahalhoqiiando rhegnu o capitão acoriano Antonio da Silveira Peixoto que näoetitendendo a estratCgia de Bruno, f6-lo voltar preso para Curitiba.Pt 'mo, mais tarde. tevescusfejios reconhecidoscomovajorososertanjsta.Vultou para ajudar o Capitao Peixoto que se achava em dificuldades.Este o dtspensou. Vadeanclo o lguaçu em nova exploraçao, percceua h ga(Io.

0 Ca.pitao Peixoto prosseguiu rio abaixo ate o rio da Prata.ole mi preso peos espanhóis. Libertado pebo Morgado do Mateus.;kntrio da Capitania, logo velo a falecer. E considerado urn dosfcnfadores de Unjäo cia Vjtórja.

Emiquanto Palmas e Guarapuava progrediam, Porto Vitória,dumante 10 anos, raramente foi visitado. Agora, ja nao mais corn ointimito de expborar o rio Iguaçu e adjacCncias, mas de tornar mais fácila cornmm!h!cacao entre Palmas e Palmeira, pró.xima de Curitiba, duas

expcdiçOes puseram-se em movimento: a do Padre Ponciaiio He Araijo,abrindo carninho para Palmas, e a do Capitão Pedro de Siqueira Cortes.abrimido caniinho de Palmas para Palmeira. As duas se encontraranijuntas levantaram os primeiros ranchos, dando ao novo arraial o nonmde Porto União cia Vitória: Porto, pot ligar-se corn Palmas; Uni,u',

devido ao encontro das comitivas: e Vitória, do Entreposto No:)Senhora da Vitória. Pediram e Ihes foram enviados mais hemmens"ninfas" para consolidar o povoado e estimular o cresciniento.

União da VitOria prospera nas ültimas duas décadas do sCcubopassado e nas trés primeiras deste; barcos a vapor singram o tguaç.imtransportando erva-mate e madeira, consagrando o pioneirismo do COAmazonas de Araujo Marcondes na navegação fluvial. Esse feitoimpulsionou o comdrcio ate set substituldo pelas estradas de rodagem,na década de 1.930.

Pela Lei 4554, de 27 de marco de 1890, foi elevada acategoria de rnunicIpio demembrada de Palmas. Em 1907, nov05udicleos de colonizaçao se formaram corn imigrantes vindos cia Alernanha.

Entre as capi.tanias de Sao Paulo e Santa Catarina havia tunaquestäo de liniites que se transferiu a nova Provmncia e posteriormnteao Estado do Paraná. A regiao contestada abrangia 0 forte de S. Catarinae a região de Palmas, incluindo União da Vitória. Os conflitos ,'stahe-lecerani-se desde 1839, corn a divisão dc Palmas em: Palmas de Ctnae Palmas de Baixo, devido ao confronto das expediçOes comandadas porJosé Ferreira. dos Santos e Pacheco Siqueira Costa. A disputa etamotivada pelo interesse em ocupar as pastagens da região para a criaçmde gado.

Em 1840 a disputa foi reativada. Santa Catarina evocava acarta régia de 1749. 0 Paraná, por sua vcz, evocava a "direito de Pnss'alegando que as terras em questão haviam sido povoadas por parannen-ses tan.to em tinião da Vitória, como em Palmas e Timbó. Durante oImpCrio a questão permaneceli scm solucao. Corn o advento da Rcp(i-blica (1889) as terras devolutas, que antes pertenciam ao governocentral, tornaram-se propriedade dos Estados. Estes passaram a fazerconcessão de grandes areas, corn o objetivo de povoá-las e aproveitarsuas potenciabidades. Acontece que isso as vezes era feito aCompan Ii ias

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d" Colnmzaçao. ate mesmo estrangeiras, comprometendo o dircito den1uios p roprieOrios que mantinham residncia, fazendas corn criaçãodc ariiniais e cullura de cereais c extraçäo de madeira e erva-mate.

Foi o que aconteceu corn as concessOes feitas a Estrada dekerro S. Paulo-Rio Grande que passou a ter corno subsidiiria a "LumberColonization Company". A "Lamber", Cotn.o era conhecida, montourtnde e nioderna serraria prejudicando o eomCrcio das pequenas

serrarias e descuidando-se das obtigaçoes de colonizaçao passou aaulcacar os possuidores de terras.

Esse falo levou os moradores a se revoltarern contra osusurpadores. Estahelecido o donfronto corn a destruiçao das instalaçOestins 'nn cessionanos. principalmente ao long da Estrada de Ferro, os

do Parana e S. Catarina estimularaffi as faccOes helicosas parakl^Pf' ^ M f il ac fronteiras pretendidas.

Naquela época era comum a presehça, no meio sertanejo, dep regadojes clue, combinando religiao, Iifä1iIeifirnb e polItica, exerci-tm lone Iiderança sobre o povo. Nocaso da regiäocontestada, destacou-se o "Mmge Joäo Maria", ou Anastas Maregraf, que desapareceuJmster!osame !l te por volta de 1910.

Fermentava a discórdia, a comtiâO pôlItica eritre os coro-néis propiie.tirir,s de grandes fazendas: Foifiès eJiftià'de pequenosprprienios despejados de suas tertaS domVidfenCià, de trabalhadorestliidOs da Conipanhia de Estrada do FerrOS.Paülo/Rio Grande, noflual cia construção, dc grupos radicados no sehãä.dé grupos açuiadospor Liendeiros rivals, de pequenos fazendeitOs, erváteiros e sitiantesempohrecidos por avarentos comerciantes ë äLthnbetCoionizatjon( "On" IN, qiie --sob a liderança do MongeJosC Maria de Agostinho(que

li,jt irnão e sucessor de João Maria)-que OSettáhejos se organiza-r:tut (iefe "der suas posses de terra e gai'aiitif SobrevivCncia de suas

L)urante cerca de qua.tro anos verificaram-se varios combates,aguns Cnm dczeiias e centenas de mortos efltre Os sertanejos,jagitnços'rapangiieiros de gra.ndes proprietários e a!entados contingentes miii-tares nlac polIcias dos Estados e ate mesmo do Exéritô para debelar os1nilnigos " cia Reprblica que naquela regiao tiVeram inclusive o sonhocie riar urna nova Monarquia.

Desses confrontos merece destaque o quo ocorreu a 22 citoutubro de 1912 entre os cahocios liderados por José Maria e osmilitares da Po!Icia do Paraná comandados polo Col. João Gualberto.

0 Coronel, subestimando o heroIsmo dos sertanejos, paneapenas corn 64 pracas e oficials muito bern armados etreinados. ernhusca dos rebelados, nos campos do Irani, nas proximidades de PalmasOs sertanejos usarido da estratCgia guerrilheira, corn 200 honiens,escondern-se no mato e apanhando os militates de surpresa, aniquilamquase todos, a chumbo de garruchas e facoes de madeira de id. Ospoucos sobreviventes, acoçados, retornam a base cia expedicão ondeficara o grosso da tropa corn mais de 600 soidados. 0Cc! João Giialhertne o Monge José Maria morrem em combate.

Dc 1912 a 1.915 as lutas repetirani-se corn graves perdas deambos os lados.

Os sertanejos que construIrani igrejas e arraiais fortificados,foram sendo aniquilados por contingentes militares cada vez maiore'z.Levados a rn iséria extrema, famintos e esmorecidos em sua fé, come-cam a se render, a partir de 1915, as autoridades parannenses ecatarinenses.

Adeodato, o ijitmmo IIder dos heróicos sertanejos do Contes-tado é reconhecjdo na cidade Santa de São Pedro, por eles erguida edestruIda pelos "vaqueanos" de Lau Fernandes, foge e é preso ciiiCanoinhas. Presos ou chacinados, os sertanejos. todos foram destruIdos.após quatro anos de lutas que a história do heroIsrno e da coragcwhumana jamais poderá esquecer.

No ano seguinte. 1916, os dois Estados firmam o tratado deajuste., cessando as hostilidades. Desse acerto resultou a divisao deUnião da Vitória em duas, continuando a do Parana' a chamar-se Uniãoda Vitórja e a de S. Catarina, Porto Uniäo.

União da Vitória limita-se corn os municipios de Cruz Macha-do, Genera! Carneiro, Bituruna, Paula Freitas e Porto União (S. Catari-na). A 732m acinia do nIvel do mar, conta corn 44 fflilhabitantes. Set'sdistritos são: São CristOvão e Fazenda dos Reis. Apriticipal fonte deeconomia está baseada na agropecuária e mais de, duzntas indistnias,entre as quals destacam-se as indñstrias de madeira serrada e henefici-ada. Situa-se a margem do médio Iguaçu.

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t.

fl C. F. P. do SENAI de !Jnião da Vitória situa-se em terrenodo;ido pela prefeitura na gestão Gilberto Francisco Brites, conformecscrilura ptIblica de 21 de novembro de 1978.

0 Centro foi inaugurado a 12 de marco de 1982. Ao ato"nnparecerarn atitoridacles, como o Presidente da Federaçao das Endtis-trias rio Parini. enipresário Altavir Zaniolo, o Diretor do DepartamentoNvinil do SENA! Prof. Arivaldo Silveira Fontes e o DelegadoFe'naI do Trahaiho, Gal. Adalberto Massa; o bispo de União da'iiria. Dorn Walter Ebcjer; o diretor do Departamento Regional do

SEN.A! Dr. (Jerônimo de Macedo MoUi; o representante do GovernadorNev Braga: Dr. LuIs Roberto Soares, Secretário de Estado da Cultura eFsporte: o prirneiro diretor do Centro, Prof. Luis Carlos Ambrósio; oProf. Ivo Mezzadrj Djretor da Escola Tácnjca Federal do Paraná: oPrefeito dc União da Vitória Dr. Gilberto Antonio Brittes; o Prefeito dePutt') J I niAo Dr. Vitor Buch; o Prof. Célio Gouiart Diretor do Departa-mento Regional do SENAI do Estado de Santa Catarina; o Presidente da.Feleraco das Indtistrias do Estado de Santa Catarina, Dr. BernardoWolfgang Wener; o industrial LIdio Paulo Bettega e outros membros doConselho Regional do SENAI, além de outras autoridades e represen-tan tes do povo tin iâovitoriense.

Para a concretizaçäo da obra, a SNA1, aléin de contar cornoapoio Has autoridades municipais e classistass obtve a colaboraçao doOr. Roberto Cyro Correa, advogado e lIdet-'dUcaciônal.

o C.F.P. de Uniao dà Vitória piui urna das meihorescslu,tijras fIsica. ad.rninistrativa e técnica elitte as Unidades Operacio-nais do SENAI no Paraná, contando corn dependéncias para a diretoria,secretaria. nrientaçao educacional, capela, assisténcia as enipresas,;mdi!órin corn H2 lugares, cantina, sala de professores e instrutores,enferniigein. almoxa.rifado, vestiáros e hi.giene, biblioteca, laboratóri.ofr 'i'ncias, laboratOrio de metrologia, 6 salas de aula, oficinas para aFrniaço profissional nas areas odupacionais de rnecãnica geral, eletri-cidade, mecânica de automóveis, entaihador de niadeira, rnohi!iário,construco civil e treinamento.

Corn 342 postos de trabaiho permanentes e auxiliares, capa-cidade para 370 alunos, além de dar apoio técnico para treinamento

profissional ao nIvel operacional, dc supervisao e gerência reaiizarloctanto no Centro como no ambiente empresarial.

Sua acão estende-se aos demais munidIpios que consfltuern;microrregiao geo-econômica, contando corn o Centro de Unidack'sMóveis de Formaçao Profissional de Curitiba para atender a toda a

demanda econOmica de capaditacao técnica de mâo-de-obra regionalem nIvel de qualificaço, treinamento e aprendizagem no próprinemprego. 0 primeiro Diretor foi o Prof. Luis Carlos AmhrOsio. Atiial-mente é dirigido pelo Prof. Rodolfo José Grummt.

No ültimo ano o C.F.P. formou, aperfeiçoou e treinou 37'trabalhaddores. Novos estudos estão sendo realizados para meliioadequar as funcOes do C.F.P. as necessidades regionais de forniaçioprofissional.

1.11 - C. F. P. de Rio Branco do Sul

Rio Branco do Sul dista apenas 28 km de Curitiba. Na regi5',entre outros minérios, ha abundantes reservas de calcário. Devido aqualidade do minério, ali se instalou urn grande parque produtoi ckcimento e outras ind.strias que produzem cal para a construcão civil eoutras indistrias do Estado, sendo também exportado para S. Paulo ediversas regiOes do pals. Coñio outros munidIpios próximos, foi des-

membrado do municIpio de Curitiba.As notIcias históricas do primeiro n(icleo populacional 'Ia

regiao tern origem no anode 1790, quando al se estabeleceu urnde deshravadores envolvidos em atividades de mineraçâo. Deram-111C.nome de Nossa Senhora do Amparo de Votuverava.

Pela Lei Provincial n 30, dc 7 de abril de 1855 foi elevadocategoria de Freguesia. A3 de abril de 1871 foi elevado a municIpio corno nome de Votuverava. Em 1908 passou a denominar-se Vila Rio

Branco. A 20 de outubro de 19380 municlpio foi extinto e seu territórianexado ao municlpio de Cerro Azul como simples distrito. A 30 didezembro de 1943, pelo Decreto-Lei n 199 voltou a ter 0 nOdeVotuverava. Finalmente, pela Lei Estadual n 2, de 10 de outubro de1947 adquiriu novamente a autonornia municipal passando a charnar-s

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Rio Branco do Sul.

Corn area de 1190 km quadrados é urn dos municIpios maiselensee do Estado. Conta atualmente corn mais de 40 mil habitantes.E haiihido pelos rios Açungui, Ribei.ra, Tacaniça, Ribeirinha c Santana.

Açuugui é seu iinico distrito. Graças a industrializaçao eiUnuas atividades agricolas e pacuárias, mantém harmonioso desen-

vr,lvirnenfo social e econômico que absorve toda a forca de trabaiho daregio em atividades produtivas. Sua Iigaçao corn Curitiba éfeita pot viafrr€i e rodovia asfaltada.

As necessidades de formacãoprofissional do setor secundáriovinharn sendo atendidas no Centro de Formaçao Profissiona! do SENALdc Curitiba. ou pelas Unidades Móveis. Acentuando-se a demanda deTreinamejito e Qualificacao Profissional e atendendo ao interessemaui festo das indüstrias locais, o SENAI resolveu instal at urn Centro deForrtiaçao Profissional. Para isso contou corn a colaboraçao da Cia.Votorant;rn e da Prefeitura municipal.

Seg'rnclo o Acordo de Cooperação estabelecido, coube aoSENAI contrihuir corn a direçao, o pessoal técnico, rnaquinário, equi-panlentc)s, material pedagógico e hihia Votorantim

. tiih n predio. moveis, energia eletrica, agua e telefone; e a Prefeitura,• .-' •C0111 111,1xiliares de secretaria, serventia e vigilâficia.

o Centro foi ma tad6éth djWho de 1983 corn a- . - - L,4.I:3re-enca dos T)iretores do SENA!,` Prefeitura Municipal, da Cia.\Tutorantim. diversos indflsttiais, auW?idad gs 6 o primeiro e atualJ)jretor, Prof. Edson Fornarolli.

o C.F.P. encontra-e iodrnaMetit'equipado para atender ademania econónhica de m5OAezobrai qta!ifidade treinamento, dastbricas de cimento e de prodütosddivdOs do alcatio da região, e deo,ttris indiistrias riobranquense e 1icfpibViiiihos. Corn progra-mas adequados o Centro possni instalaôe attidthinitraçao, higiene,material didático, oficinas para a fOr iaáfëasde i'necãnica geral,eietricidacJe, eletrönica, pnewiiática'e otitta atiWdades operacionaisthis inctüstrias daquela microrregiaogeo-ècoiiornia. São 49 postos detrabalho permanentes e auxiliares.

AIérn das instalaçOes prOprias o C.FP.de Rio Branco do Sulconta corn o apoio do Centro de UnidadesMóvejs de FormaçaoProfiss i o nal de Curitiba. No correr do Ciltinio ano, matriculou 222

'los cursos de qu.alificação e aperfeiçoamento, registrando urna

eficiôncia de 140 concluintes.

1.12 - C. F. P. de Giiarapuava

Ha 222 anos, uma expedicão militar comandada pelo Ten.Cãndido Xavier, partindo dos Campos Gerais vencia a Serra cia BoaEsperança e chegava aos Campos de Guarapuava, ate en.tão paimilhaciapelos filhos da terra pré-colombianos e pot poucos bandeirantes que auchegaram, dois anos atrás, sem se fixarem. No ano seguinte novaexpedição comandada pot Afonso Boteiho Sarnpaio e Souza reforçavaa anterior. -

As hostilidades dos guaranis e caingangues repel.irani ambasas expediçOes corn o grito de guerra: "Co lvi. Oguereco Yara". on seja,"Esta terra tern dono", atribuIdo ao cacique Guairacá.

Passados quase quarenta anos, nova e aguerrida expediçãocomandada pelo Ten. Ce!. Diogo Pinto de Azevedo Portugal acompa-nhada pe!o Padre Francisco das Chagas Lima fiindou urn arraialfortificado "Atalaia" pot descortinar extensa area de campo e capOes dernato. Em 1817, em virtude da repressao que, vez pot outra era obrigadoa opor a reacão dos si!vIcolas, e mesmo sendo considerado muitoindependente. Diogo Pinto foi suhstituIdo pelo Ten. Antonio Rocha.Loures.

A 10 quilômetros de Atalaia, pot interferéncia do Pc. Francisco das Chagas Lima e de Dorn Matheus, bispo de São Paulo, o SantoPadre o Papa João VI criou a Igreja Paroquial e Freguesia de NossaSenhora do Belém de Guarapuava, oficia!izada pot a!vará rdgio de 9 deezembrode 1819.

A 28 de abril de 1.825 a Freguesia foi tomada e incendiadape!os Indios. A ocupação dos silvIcolas clurou pouco tempo, repe!idosque foram para sItios bern afastados do povoado.

Em 1.836 foi fundada a primeira escola do povoado e entregueA ProP Bibiana Carrie] Bitencourt.

Em 1852 esse niiice!o populacional foi elevado a categoria deVila separada de Castro. 0 primeiro prefeito foi oCLPedro-Lustosa dcSiqueira; o Juiz de Paz Bernardino José Lacerda e Presidente da CãmaraMajor LuIs da Silva Gomes.

RI

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Em .1853 aFreguesiadeGuarapuavafoi novamenteameaçadade detruicão pelos Indios, que não tiverarn êxito, graças a reacão de 36hrivns gl'arapuavanos chefiados por Antonio de Si Carnargo, maisiprr !e !innrado pela Coroa corn o tItulo de Visconde de Guarapuava.

A popu!açao aumentou rapidarnente. No começo, os fazen-dcros residentes nos "Campos Gerais', pasavam apenas poucos mesespor a.no eni suas propriedades; porém as facilidades corn que as terrasel Rill concedidas. motivaram muitasfaPiulias empobrecidas de Curitiba,

Grossa e Castro para IA fixarem tesidéticia, acelerando o cresci-niito da populacão e o progresso da tegião.

Guarapuava, aYmo Ponta Grossa, Castro e Patinas foram Os

principals polos de desenvoIVimeito daSOdedade Campeira do Paraná.Os hahitantes. como OS dos demais p6los socio-econômicos do Estado,quando economizavani algum dinheiro, viajavam para o Rio Grande doSoil de onde traziam tropas debovinos, Üno emuaresque depois denvernareni nas fazendas erarn tarigidäs Oara a Feira de Sorocaha para

aIsereni verididas a outros tatitos cOni ciâñtesde S. Paulo, Rio Minas.Os guarapuavanos tOmattirn part ätiva no tropeirisnio, tn-

Ihaudo bravarnente a Estrada de Viathão:a, iñtrépidos filhos da terraconqiiistada por valentes Bandeirantes pautistas e curitibanos rumarampara o sudoeste e oeste, fundando outras : cidades, corno Pato Branco e(7ascavel. Nas fazendas destacava-se a oper .osidade do hraco africano.

Atualmente conta cornI6Otni1habitäfitempenhados nasmais vaniadas atividades dstaandbsea grbpeuaria e indiistria debase e agroindtIstria.

Está lirnitada corn os mtinicItiios do Laranjeiras do Sul,Fitanga, Mangueirinha, Chopinzinho, PrudentOpolis, Palmital, Cãndi-do de Ahreu. Inicio Martins e Pinhão. Conta corn os distritos de(anipina do Sirnäo, Candoi, CantagaIo EtitreRios, Goioxim, Guairaca,(iI!ara .tacutinga. Marquinho, Palmeininha, Paz, Boqueirão, Carro-Ouebrado, Jordo e Morro Alto.

Está situada a 1120m de altitude, no tetcciro planalto doParaná.

As atividades do SENAI tornaram-se continuas a partir de184 corn o atendimento a indüstria local pelas Unidades Móveis quese instalavani em prédios da Prefeitura. As acOes de formaçao e

treinamento foram coordenadas inicialmente pelo técnico EdrniindIntema coadjuvado pelo Instrutor Manoel de Matos Neto.

Tendo em vista o interesse cia comunidade e do gnvetn'

municipal, em 1988 o SENA! construiu urn piédio em terfeno chahpela Prefeitura na gestão de Nivaldo Passos Kruger, inaugurado a 27dezembro de 1988.

0 C.F.P. de Guarapuava abrange espacos fIsicos de admiiistração, secretania, salas de aula convencionais e salas especiais pantreinamento e desenho técnico industrial, oficinas e demais instaaç&para as cursos de marcenaria, eletricidade predial e industrial e 1

comandos elétricos. Além dessas instalaçOes recebe o apoio técriioperacional das dezenas de oficinas do Centro de Unidades MOve Is 1L

Forrnaçao Profissional de Curitiba. Atualmente o Centro é dinigido pcicompetente e dinâmico Prof. Tede Gornes Camacho auxiliado pnr tim

corpo técnico, administrativo e de serventia formado por ill servidnres0 Centro tern 134 postos de trahalho permanentes e auxilia-

res.Durante os ültimos trés anos foram qualificados, aperfeic

dos ou treinados 7.266 trabalhadores corn apoio institucional e duempresariado regional. Está apto a atender a toda a demanda econOrn leade forrnaçao profissional de Guarapuava e municIpios vizinbos nasmodalidades de aperfeicoamento, qualificaçao e treinamenfo pnofi•cst-

onal.

1.13 - C. F. P. de Apucarana

0 municIpio de Apucarana situa-se na amiga regiño doGuaira, campo de disputas econOmicas entre portugueses nil mlisparticularmente, entre handeirantes paulistas e os conquistadores espanhóis vindos do Paraguai.

Na sede de exploraçao de metais preciosos e na caça ao::Indios, ambos os lados defrontavam-se em renhidas pelejas. Pot lint,handeirantes paulistas acabarani vencendo e destruitido os nOcIco.'populacionais fundados pelos espanhóis, como Ciudad Real, Vita RicoDel Espiritu Santo e os aldeamentos organizados pelos Jesultas On

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conhl)anvos espanhóis foram escorraçados para aldm das barrancas (10rin Pran e Os Jesultas e seiis Indios aldeados sobreviventes, para alémdas corrrdeiras do Igtuaçu.

Mais tarde. sern inclios Para prear e nâo tendo encontrado new'ito nern prata, os bandeirarites abandonararn a região, voltando-se

novas aventuras nos Estados de Mato Grosso e Minas Gerais.A näo ser pela presença do exército brasileiro nas guarniçoes

de fronwiri e de poucas povoaçOes nas niargens do rio Parariapanema,lod;ia r. giio a oeste do rio Tibaji, onde hoje se situam importantesrilades. ficou entregue a solidão dos sertöes, somente quebrada peloias fa!har das exuberantes florestas, peIo canto dos pássaros e peloma ii.' I hat dos rios.

A forniaçäo do n(icleo populacional que deu origem aApii:arana vem corn o niesmo movirnento de colonizaçäo do Norte do

iraI qul' inol:ivou e estimulou o surgimento de outras cidades, comoi,tuIrina e Maringá a partir da terceiraddcada deste sécido, cornspecial destaqueAs empresas Paraná Plantation Ltda., a Companhia de

Mchorame.ntos Norte do Paraná e a Companhia Ferroviária S. Paulo-F'ii aria. que passando porApucaranarupo apeste,chego.0 aid Cianorte.

Hoje Apucarana recebe.Qs trilhos da Estrada dc Ferro Centraldo Paraná que. I i gando o Norte ao poro deParanaguá, se constitui numdos principais corredores de exportaço. das.. grandes safras e dosprodutos agricolase pecuários in natnra ou industrializados, nao so paraoniroc Fsiados. mas ate para o exterior.

Os pe rImetros urbano e rural de Apucarana foram dernarcadospl . o setiarissla Benevides Mesquita, que chegou aos altos da Serra de•Ajucaraiia onde fixara residéncia em 1934, Para isso encarregado pela('onilxinliia Melhorarnentos Norte do Paraná. Sua colonizacão seguiu oniesrno curso das de Londrina e Maringá.

Devido ao notável e rapido.ptogresso, em 30 de dezembro de1 0 43. pelo Decreto-Lei Estadual n Q 199 do Interventor Manoel Ribas,fri eie'ada i categoria de rnunicIpio, desmembrado de Londrina cin €'m .28 dc janeiro de 1944.

C) prirneiro prefeito, norneado, foi o 1 Ten. José Luis dosanios e o prirneiro prefeito eleito (16/11/1947) , o pioneiro Carlos

'vlassarctto.

Apucarana está limitada corn os rnunicIpios de Mandaguari.California. Londrina, Sabaudia, Arapongas, Marilândiä do Sul. Rio

Born e Cambira. Situada a 983 m de altitude, pösu 1itha arne.no esaudável. Tern os distritos de Pirapó, Sâo Pedro, Cortia do Freitas eVila Reis. Apucarana, "base ou entrada de imensd f1Ordsta', forma hojeentre as dez rnaiores cidades do Estado, corn urna popu1aão de 1.00 niilhahitantes.

Entre as diversas indiistrias corn cerca de 14.455 traball'iailores, destacam-se atividades de confeccOes, téxteis, curturfles, calçadns,baterias e acurnuladores elétricos; rrietaltirgicas, agroindiistrias. destilarias e uma das niais niodernas e importantes fábricas de bonds domundo, procurados ate pelos azes da FOrmula Urn.

No setor educacional conta corn 100 estabelecimentos de i c2 gratis e unia Faculdade de Ensino Superior corn indnieros Cursos nasAreas de Administracão, Ciéncias Contábeis e Econômic.as , corn capacidade para. 2.000 alunos.

Para clar apoio a qualificacão a mâo-de-ohra local nos setnr"industrial, dos iransportes e das cornunicaçOes, o SENAI instalou nasede municipal, em 1986, urn Centro de Formacão Profissional. Para.isso firmou acord.o de comodato para uso de trés pavilhOes da Fundaçaodo Ensino Tdcnico que estavarn desativados. 0 regime de atendinientoadotado pelo SENAI, atravds de suas Unidacies Móveis dão-lhe capaci-dade técnica para atender a toda a demarida de qualificação e treinamnto profissionais, quer locais, como dos rnunicIpios vizinhos, no splor

secundário. Tern 134 postos de trahaiho permanentes e auxiliares.Para planejar e coordenar as açOes de formação profissional

foi nonieado o Prof. Manuel de AraOjo Ortiz, especializado na Area.No Oltirno ano o C.F.P. rnatriculou 442 alunos nos cursos dc

qualificacio profissinnal. de "Aprendizagern no Próprio Eiiprego" cem treinamentos realizados dentro e fora de seus epacofIsicos,alcançando a eficiéncia de 404 concluintes.

ApOs vários entendinienlos corn autoridades iittssaclas nnformacäo de mäo-de-obra do niiinicípio e em especiâldthO St. MiltonGeraldo Lampe, Presidente cia Associacäo Con4hrc?al & In'dustrial nodia 10/08/1992 foi doado ao SENAI urn terreilo de 11.81.8 metrosquadrados Para a construcão e instalaçao do Centtoerh pt'ddio prOprio,

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Sc

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1w tie acnder a. de.nianda de formação profissional, pelos contribuin-do SFNAI. desse e de outros mun.icIpios vizinhos.

(nm a construção e instalacão desse novo Centro e dosConfi-cis j Ji. existentes em Maringá e Londrina, está o SENAI emcondiçñcs tie atender a toda necessidade econômica, de formaçao ere in niento profissional do setor secundário na area de abrangéricia do

Noite do Paranã. Para tais realizaçOes o SENAI vem recebendo o!ip-'!Ive1 apolo cias classes econômicas e profissionais, hem como

wwrrnos mitnicipais da região.

.1.4 - C. F. P. de Toledo

Siltiado na região oeste do Paraná, nas vizinhanças do rioI'ar;,na, nIIm passaclo clistante Toledo já• fol palco das tropelias debalhleirantes e colon izadores espanhóis em busca.de ouro e prata e naCaptitra (IC indios para., escravizados, trabaiharem em suas fazendas.1)esciberto o Brasil, enquanto portugueses .descendo o Atlãntico de-sembarcavam tias baIas ou simples ancoradouros para all darem inIcioans priinetio.s nucleos populacionais e dali, rurno a oeste, iniciaram suasavenluraseni busca de riquezas econquistas territodais,.como foi o casode S. Vicente, Paranaguá e São Francisco. Os espanhóis de Felipe If eFelipe lii. Incalizaram-se além dos Andes, atravessaram a cordilheirapiia eliegar a Argentina ou descendo o mesmo Atlãntico do outro lado' lo m o ridiano de Tordesilhas, subiarn o rio .da Prata para fundarem

i1ço. Da I estenderani seu domInio para leste, chegando a margemesquerda do rio Tibaji.

Felipe III, rei da Espanha, pot carta régia de 1608 criou aproN im -1 ,1 do Gi.iairi clue ia dos rios Paraná ao Tibaji edo Paranapaneman hiiacii. Para pacificar os indIgenas ( revoitados.contra os colonizado-

c,nhis. eutregou a administraçao da provIncia aos JesuItas, queitin de pacificar os ãnimos organizaram as ReduçOes que cramcoinpostas de virios aldeamentos. No entanto, a poiltica de governo;tdotada pelos Padres trouxe descontentame.nto a espanhóis e portugue-ses. pois impedia-os de escravizar os Indios.

DestruIdas as cidades espanholas; destruIdos os aldeamentos

criados pelos JesuItas, estes, corn os nativos sobreviventes ahandona-ram a região do Guairá e, atravessando o Iguaçu, rumaram para o sin,indo fundar novas "MissOes" as margens do rio Uruguai, cujos territó-rios voltariam novamente ao Brash, permutados pela "Colônia deSacramento", fundada pelos potugueses em frente a Buenos Aires.

Scm Indios para prear, não tendo encontrado nern ouro nemprata, os bandeirantes paulistas ahandonaram a região do Guairã qtteficaria por mais de dois séculos esquecida, a não ser pot niissöesmilitares de fronteira e pouco significantes n6cleos populacionais nasmargens dos grandes rios Paraná e Paranapanema.

Toledo, desrnembrado de Cascavel a partir da década de 1930.prossegue no mesmo curso histórico cujo marco inicial que se estahe-leceu as margens da estrada que liga Guarapuava a Foz do Iguactn, éencontrado na compra de terras feita pelo guarapuavano José Silveira doOliveira, o qual passou a atrair para aquela região outros colonizadores,ate o novo e decisivo impulso provocado pelos teutos e Italo-gatchocvjndos do Rio Grande do Sul.

Em 1946 a "Industrial Madeireira Colonizadora Rio Paranaadquiriu as terras da antiga Fazenda Britãnia para au fundar uma cidadeque seria denominada Toledo. Seu rápido crescimento proporcionohi aelevaçao da nova concentração populacional a categoria de municIpo,em 14 de novembro de 1951.

Limita-se corn os municIpios de Cascavel, Marechal CãndidoRondon, Palotina, Assis Chateabriand, Céu Azul, Matelândia e SantaHelena. Setis distritos são: Dez de Maio, Dois Irmãos, Memória, NovoSarandi, Vita Nova, Nova Santa Rosa, Ouro Verde, São Miguel eBragantina.

Desde 1930, alheio as convulsOes socio-polIticas que agita-ram opals corn a vitória das forças militares sob o comando do valorosocaudilho e culto brasileiro Getiilio Vargas, assessorado pelos näo menoscultos e patriotas singulares José Antonio Flores da Cunha e OsvaldoAranha, corn o apoio inicial do dinârnico e fervOroso InterventorManoel Ribas, a regiao oeste do Paraná, corn pólos de desenvolvimentomais acentuados em Cascavel e Toledo, não cessou de crescer. Hajavista a importância das safras agrIcolas, da pedu•ária,suInos e ayes e oestabelecimento de grandes indiistrias de produtos agrlcolas e peciiri-

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rc , Merece destaque a Frigohrás-Companhia Brasileira de FrigorIficos(pi p iusaloil em Toledo o rnaior complexo do ramo na America Latina.(fI1 a indistralizaçao diana de 120 bovinos, 2.300 suIrios, 230.000mrs (I a produçao de 305.000 ovos e 220.000 pintinhos; real izando ociiliivo de 1.479,22 hetares em refloretamento de pinus, araucária,eialupto e outras esséncias vegetais e 24,20 hetares de plantio dehrilicas. AlCm de atender ao mercado nacional, exporta para a ltália,AIniinha Mercado Comum Europeu, Hong-Kong, lihas Canarias,Iajio. Golfo Pérsico, Arabia e Singapura.

E claro que aIse localiza uma iffipOttante rede de indi,strias deal l uo, como mecânica geral, eletricidade prdial e industrial, constru-çio civil, calcados, alimentos e outras.

Para a construção do Centro de Foraçao Profissiona deToledo. inaugurado a 14 de dezembro de 1986 -data que coincide corno aniversarin da instalação do nlunicípio - o SENAL obteve a colabora-ca' 'ir 'mpresariado local, especialmente do Dr. Pedrinho AntonioF!Irlaii, na Cpoca Diretor Administrativo da empresa Frigohras doindustrial Ernesto A. Boettcher; do Presidente da Coordenadonia daFeleraçäo das indUstrias do Estado do Paraná, industrial Walter Feiel;do ati.ial prefeito Luis Alberto de Araiijo e o apoio decisivo do entãoprefeito Dr. Albino Corazza Neto que, corn aprovação da CâmaraMunicipal mandou construir urn pavilhão de 882rn2, cedido inteira-iienfe an SENA!. para ali instalar o Centro de Formacao Profissional.

As relaçOes do SENAI corn as principals empresas de ToledojJ1 aointecia ha mais de uma dezena de anos. Essas eram atendidasahavCs de Agentes de Treinamento das "Unidades Móveis', do Centrode 1nrmacao Profissional de Cascavel e ate mesmo do Centro deFnrrnaço Profissionaf de Curitiba. Dc rnodo que já havia uma rotina detrahalho re.sllltante das boas relacOes estabelecidas entre o SENAI e oempresarado toleclense por ocasião da inauguraäo do C.F.P.

Os resultados alcancadOs polo trabalho eficiente e honesto afavor dos empresánios e trabalhadores, maiitinhaVivo o interesse dessascategorias C do governo municipal ernpnhados em proporcionar me-Ihores condicão de vida a populacao.

Pal porqne o contInuo interesse do governo municipal e daclasse empresarial na prese.nça permanefitt do SENAI, corn, urn Centro

de Formação Profissional, interesse que perseva no sentido de conscguir que oSENAI construa ali novos pavilhOes corn instalaçOes adequa-das e assim aumentar o leque de novos cursos, inclusive de qualificacaointermediária, bern corno de treinamento profissionL Para isso asociedade toledense prontifica-se a contnibuir co&relAiN6kdoacao doatual pavilhão e area compatIvel corn as neceMidadM'&isioticonforme declaração do prefeito, Sr. Luis Alberto de Araüjo.

Embora o espaco fIsico de 882m2 pareca reduido, o atualC.F.P. do SENAT de Toledo deu atendimento a dernanda econôrnica deforrnação e trein amen to prof issionais da regio, graças a Oficinas fix-asde aprendizagem nas ocupaçOes de eletricidade, rnecânica geral edezenas de "Unidades Móveis de Forrnação Profissional" corn capaci.dade para desenvolver niais de uma centena de cursos de qualificacoe treinamento que abrangern ocupaçOes que vão da construçäo civil ntas areas ocupacionais de eletrOnica e de informática.

Durante o ültirno ano, o C.F.P.do SENAI de Toledo corn 154postos de trahaiho permanentes e auxiliares atencleu 983 alunos emcursos de qualificacão profissional e treinamento realizados no interiordo mesmo ou dentro das próprias empresas. E intencão da Direço doDepartamento Regional do SENAI dotar oC.F.P. de Toledo de Lecurs°técnicos, administrativos e financeiros necessários para atender a dc

nianda econOmica de formaçao profissional, não so de Toledo, rnastarnbém de seus progressistas municIpios vizinhos. Para isso tern a

certeza de que continuará a contar corn o apoio e a colaboraçäo de todoo empresariado e dos governos municipais e muito partidularmelite dosrepresentanteS das categorias econômicas e profissionais di lahoriosapróspera região do oeste paranaense.

Desde a inauguracão, o C.F.P. de Toledo veffi sendo dirigidopelo cledicado técnico Prof. Ademir José Fiametti, cujo aperfeicoainento de sna forrnação tecnico-pedagógica vem tendo o contInuo apoio daAdministracão do Depantamento Regional. Gacas a suacornpeténcia C

idealismo a faina do SENAI, vem sendo tafflbéthpre'sf ido apoladopelo Presidente daCoordenadonia local da Federã4ãd Erithstrias.SrWalter Fejel. Todo otrabalho Jos(.Fiametti não teria alcancado êxito sesingulardos demais servidores do CFP. ern reSpdiM dos dinigentes do

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(eiltw dc Unidades Móveis de Formação Profissional corn sede emCuritiba.

2 (:ENIRO DE UNIDADES MO VEtS DE FORMAcA0PROFISSIONAL

A sede do Centro de Unidades Móveis de Formaçao Profiss-orial do SENAI está loca1.izadaem Curitiba, a Rua Chile & 1678, juntoA Mministracao Regional-

No Estado do.Paraná são mais de duas centenas de municIpios(Inc. em major on menor escala, tern necessidades evidentes de forma-çao profissional para atender a dernanda econômica do próprio desen-volvimento industrial. Eritretanto, a maioria não justifica os vultososinvestimentos financeiros que a construcão, as instalacOes e a nianuten-çio de !!fli C.F.P. exige. Antes da década de 1970 as Unidades Móveiscle Fnrmação Profissional ja vinham operando em outros paIses daA,vrica Latina, especialmente corn a ajuda técnica e financeira daCoopetacão Técnica Internacional.

No Brasil alguns Departamentos Regionais adotavam proces-sos senielhantes. Aqui no Paraná a Administraçao Regional, em princI-pbs de 1 0 70. cogitava da criacão de "Cenrros" corn instalaçOes apropri-dis pnrn o emprego de equipamentos intercarnbiáveis, por considerar

que t,js "Unidades" apresentavam as seguintes vantagens: reduçao de'paços fIsicns e siniplificaçao das construcOes; aproveitamento inten-ivo dos equipamentos, evitando obsoletismo; credenciamento dc Ins-

trijtores radicaclos nos rnunicIpios, treinados e preparados pelo SENAIpara montar sees próprios negócios corn atividades contInuas e mantersempre vivo 0 interesse da populacao pela educaçao técuica; flexibili-dade e variedade de Cursos - o que evitaria o congestionamento e aemigrnçäo da rnão-de-ohra qualificada.

Corn a stibstituiçao da Direcão Regional e renovaçäo daequipe central do Departarnento Regional,•nva Diretoria optou pelacriação de "Unidades Móveis" corn presença intermitente nos MunicI-pios. Hoje. corn a experiCncia vitoriosa.do .segundo processo e aoriginalidade e vantagem do primeiro acredita-se que a cornbinaçao

desses dois sistemas de Formaçao Profissional será, ainda por inuilutempo, a meihor solucao para o problema da demanda de capacitacäotécnica para a grande maioria dos MunicIpios .paranaenses. Para osmunicIpios industrialmente mais vocacionados parce mais aconseIh-vel "Centros" corn equipamentos intercambiáveis; parav aqueles cornnecessidades menores, "Unidades Móveis". Centros fixosapetias pamas grandes concentaçöes industrials.

A partir do primeiro semestre de 1974 várias "UnidadesMóveis" forani implementadas pelos órgaos técnicos do DepartamentoRegional e deslocadas para o rnunicIpio de Pato Branco, a fim de seremsubmetidas a prova inicial. Experimentadas, tanto para atuação isolada.quanto para complernento das instalaçOes de Centros de FormnçoProfissional, a sua utilidade e eficiência foi comprovada para o afrndi-

mento das demandas municipais. Corn o correr do tempo foram crescendo em nñmero e areas ocupacionais, ultrapassando hoje a casa das trésdezenas.

Além de atender a procura geral, as Unidades tern-se localiza-do no patio de empresas interessadas em qualificar, apetfeiçoar ontreinar seus próprios empregados.

Quando se trata de interesse da Comunidade, o atendimcntoé feito corn os equipamentos instalados nas próprias "carretas" ou emespacos fIsicos cedidos quase sempre pelas prefeituras municipais.Quer se trate de empresas ou das prefeituras, o transporte da "carreta-oficina" e feito pelos interessados, que tambérn instalam, por sea conta."poritos" de água e energia elétrica, bern como arcam corn as despesasdo consumo de ambas.

Inicialmente, as "Unidades Móveis" estiveram subordinadasA Divisão de Ensino. Corn o crescirnento em némero e complexidade,a Administração Regional do SENAI resolveu reuni-Jasnum órgãoautônomo, o "Centro de Unidades Móveis de Formaçao Profissional",subordinado diretamente a Diretoria Técnica.

0 primeiro Diretor da nova Unidade 0pracional foi o Profes-sor e Técnico em Treinamento Luis Carlos Ambrósio. Coma transfe-rência dde para a Direçao do C.F.P. de União.da Vitória, foisubstituIdopelo Engenheiro e Técnico em .FormacO . ,Profissoial Peraldo dc

Oliveira Lima. ,.•.

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Atualmente o Centro de Unidades Móveis de FormaçãoPrc'1i.sciriial do SENA! está equipado para atuar na qualificacao, aper-Ieiçoamcnto e treinaniento das seguintes areas ocupacionais: Eletrici-'lade, lnstataçoes l-Iidráulicas, Eletrônica, Calcados, Costura Industrial,J-tdraul,ca. Pneumática, Saneamerito, Matcenaria, Mecânica Geral,Meclnica Diesel, Soldagem e Mecânica de Manutencao de Máquinas,I,-' ( 'ositira Industrial, podendo atingir ate uma centena de ocupaçOes,',.nl diver-,a,; modalidades de FormaçAo PrOfissiOnal.

1. ESCOLAS TECNICAS

3.1 - Escola SENA! e Centro Técnic( y dë Ceiulose e Papelne TeIêrnco Borba

' SENAI. em TelCmaco Borba, apresenta caracterIsticasdiera das dernais Uiiidad5Ofi bHgetietes - eis que abriga,nirft 1 1)('1 1)('911wso prédio, gCneros de f6fnio cfissional pttencentes asistemas de ensino de caracterIstica diVrsás: nãoforriial e formal.

No prirneirocaso estäo Os curoprofisionais de Aprendiza-1 fl1. Aperfeicoarnento c Espëcializacâo, além de Treinaniento. NocFL!ndO caso está o CnttTéciit'dë'élulóse t Papel que integra oSistrna de Enino SupIeüvO d tuVeHle2 grau:

Conformc coñfa do t1ät6ti6 dO' partarnePto Regionalrelativo 210 exercIcio de 1940 e a esetitora I-{e11 Vellozo Fernandes fazreteréncia em seu magistral livro "Monte Alegre, Cidade Papel", asalivulades do SENAL em Monte Alegre tiveräm iñIcio nesse ano,iiiI'ndo al foram niinistrados Ctirsós deAprfëçôaiientopara traialha-Iorec quali heados das dc Clulose S/A. nasr:eas oeupacionais de mecânic,

As IKPC, conio era conh&1da a'rf&id'ihdüstria , constitu-Ian-se cm especial atençäo do DiretOf d' tëto Regional, nãosO p'r sua expressao social e econóthica, abrigando o maior n6n1ero defrahalliacl,:re.s nun sO estahelecimento e gi'idO iltri produto de deman-da naci,nal cre.scente, porCm dependente74flase exclusivamente dein1pnrtaçi. mas sobretudo por se tratar de urn empreendimento cujos

dirigentes estavam sempre abertos para a mornjdade técnica e ameihoria do nIvel de vida de seus empregados

Na larga visão de seu principal Ilder SamueL KI.aine perspi-

cácia de seus superintendeiites Pericles Pacheco da Silva e.KavlZappert.projetava-se a imagem de uma comunidade que, àsôtnb'rada empresa,iria se desenvolver corn seguranca, harmonia e prosperidade. Seusantecessores ja haviarn contribuIdo para a concretização. .desse ideal,mudando inclusive o nome de rios e lugares onde haviam se desenroladotragicos acontecimentos e qu.e enlutaram a vida do primeiro proprietárioda "Fazenda Monte Alegre", José Felix - como é exemplo o nome dado

por Hessel Klabin ao rio que. de rio Mortandade passou a deriominar-se "Harnionia", nome esse também estendido a cidacle criada para sensTécnicos e Diretores.

0 Eng9 Zappert contratado para a niontagern da Fábrica, naocasião ocupava-se corn a Superintendéncia Técnica. enquanto PericlesPacheco da Silva ocupava-se da Superintendéncia Administrativa.Designado por Zappert, desde o inIcio, ficara encarregado das relaçOescorn o SENAI, desempenhando ainda as funçOes de Coordenador doscursos ministrados para os empregados da Indristria, o TCcnico CláudioLobI que aliava a competéncia profissional singular sensibilidadehumana.

Na época, os tecnicos do SENAI para chegarem a Lagoa - seeksocial da Empresa corn escritórios. hotel, grupo escolare toda uma infi'a-estrutura projetada e construIda para suportar o fabuloso empreendi-mento - seguiam de Curitiba pela Estrada do Cerne revestida demacadanie, principal via de acesso ao Norte Novo, ate Ventania, deonde partia urn ramal rodoviário para aquela localidade.

Muitas vezes, pelo carninho topavani corn subidas, scm qual

quer revestimento, que em tempo de chuva tornavam-se escoriegadias,obrigando-os a colocaçäo de correntes nas rodas do carrp.,..,,,,,

Em 1956, além dos Cursos de AperfeicQarneptQp1a.mecàni-

cos e eletricistas, foram ministrados Cursos RapiØp de Epimacão em

mecãnica geral. no interior da própria oficina da empresaNesses cuisosera adotada a metodologia do SENAI, que fornecja3 aii da orientacotecnico-pedagógica, o respectivo material didtio ew.co rno 0 certi--

ficado de qiialificacao profissional para os concluintes.O ensino era

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ministrado pot Instrutores da própria empresa sob a orientação de seuencarregado, o técijico João Viezer que trabaihara nas oficinas da Reck

:k Viaçâo Paraná-Santa Catarina (hoje RFFSA) e que havia se aperfei-çoado na Escola Profissional Ferroviária Ccl. Tibtircio Cavalcanti, emPi,nta Gros-a.

Em 1962 foi i.naugurado o "Centro de Treinamento e Forma-coo de Mo-de-Ohra de Monte Alegre".

Para dirigir o Centro e ministrar aulàs nos Cursos de Apren-hz.;gern (menores) e Qualificaçao Profissional (adultos), foi designado

Professor Orual Nemésio Boska, ex-sePiidor do C.F.P. de PontaGross,] e professor de Ciéncias no C.F.P. de Curitiba.

0 engenheiro Vil.ém Wilier, que havia substittiIdo o Eng7appert P qiie era do ramo da rnecãnica, cedera espaço fIsico na areaocuipdn pela Fábrica para que o SNAI instàlsse e administrasse o"'Pntro de Treinarnento e Forrnaço de Mäö-de-Obra de Monte Ale-'yr

Por sua delicadeza de alma, colaboraçao e elevado interessepela educaçäo tcnica dos trabalhadores jovens e aduitos, o Eng VilémWiller, apesar de estrangeiro, granjeara entre o pessoal de erisino(SEN ACe 1KPC) além de m.erecedora amizade, respeitoa admiração.A inauguriço dessa nova Unidade Operacional do SENAI/PR aconte-CF,H n de setembro de 1962. As festividades contararn corn a presençalac principais chefias das IKPC, destacando-se bs sUp.rintendentes\'iléiii Wilier e Pericles Pacheco da Silva. Da parte do S.NAI, além deoutros, estiveram prescntes o Diretor do DepartrnntoNacional, Enge-r,lieiro Paulo Affonso Horta Novaes; oPresideñtë da Federaçao daslncliistrias do Esta.do do Paratth e do COiisclho 16ional do SENAI,indu strial Lydio Paulo Bettega; oDitètOr dà afneiito Regional doSFNAI/PR. Prof. Antonio TheoliPdo Ftvidn;b Ditetor do Centronlaug!Iraclo, Prof. Orual Nemésiô Bbska e t o'Cd6rderiador da EmpresaJuntw3o SENA!. Eng Antonio Carlos de AlkiiiiinMoreira.

Para identificar as necessidades de fohiiacao e treinarnentoprofissional das IKPC, acompanhar, promovèr du ministrar cursos etreina.mentos, a pedido dos SuperintendentOsda Fábria, o SENAI/PReonvidou e treinon o professor de mMemáti David Laufer, que nacasio lecionava no Colégio Estadual do PtaPá, em Curitiba, 0 qua]

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pot suas caracterIsticas pessoais, cultura e vocação profissional. reve-iava ótimas aptidOes e capacidade para desempenhar .aiém das funçñesde professor, o cargo de Encarregado do Desenvolvirnento de RecursosHurnanos das IKPC.

Para complementar a formaçao téflia do Prof.. David, (ISENAI/PR elaborou programa especIfico de treinamento, que foi pelomesmo resalizado durante aproximadamente urn ano, no DepartarnentoRegional do SENAI do Parariá, e em Departamentos Regionais doSENAI de outros Estados.

Decorridos 10 anos da inauguraçäo do referido Centro, tencloem vista o su.cesso dos Cursos e Treinamentos ministrados pelo SENATem Monte Alegre, e diante do acelerado desenvolvimento socio-econOmico da região papeleira do Estado, bern comopeio manifesto interesseda Diretoria das IKPC, a Administraçao Regional do SENAL tonouprovidCncias para ali set construIdo urn Centro de Forniação Profissionai que, alérn dos Cursos de Qualificaçäo, Aperfeicoaniento e Treina-mento profissionais preparasse rnao-dc-obra em nIvei Técnico paraatendera grande necessidade das IKPC e das demais indCstrias papeieirasdo Paraná e do pals. Corn esse objetivo obteve a cooperação técnica"financeira das IKPC edo Departarnento Nacional do SENAJ e tambCnia cooperacão financeira do Ministério da Educaçao - gracas ao apoio do

seu Secretário Geral Prof. Jorge Alberto Furtado edo Diretor do EnsinoIndustrial Prof. Paulo Dutra de Castro. Somente as IKPC contrihuirarncorn Cr$ 300.000,00 para a construção do edifIcio do Centro, or(;ada emCr$ 650.033,51.

0 Convénio firmado corn as IKPC previa que o SENAI/PRatenderia as seguintes areas de formacão e treinamento profissional:

a) Aprendizagem do Menores;b) Quaiificacao de Adultos;c) Aperfeiçoamento de Adultos;d) Aperfeicoarnento de Supervisores;e) Forrnaçao de Auxiliares Técnicos eTéCnios clii Celulose

ePapel;t) Aperfeiçoamento e Especialização pa1aMetfe e Técni

cos.Para o planejamento da consttticãO e inStalaçãO do Centro,

aiém da contribuicão direta do então DiretotAdjuilto ddDepartamento

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Nacinnal 10 SENA! Prof. MaurIlio Leite AraCijo, o SENAI recebeu acohoraçno direta dos meihores técnicos das IKPC, detentores da mais:IvaI,ca(Ia tecnologia de fahricaçao de celulose e papel do pals.

Em setembro de 1972, a Escola SENA! e Centro Técnico de('eltibose e Papel de Telémaco Borba estavarn construldos coni oficinasde aprendizagein de mecânica de manutenção, mecãnica de automóveisc eletricidade, totalmente equipadas e sendo iniciado o processo deiriliço para a compra de materials de laboratório para os Cursos

ien nTreinamento do Pessoal das IKPC foi transferido da Fábricapara o novo Centro e eñi plena âtividade.

Cumpre destãàt,' no deciirso Us atividde do SENAL emMonte Alegre, a indispehsáv1 e vhlioSa dôlàborac prestada aoSENAI nos ültimos 43 anos pelos t6nicos'espedi1zadosdas IKPC:CJiitclio Lohi. desenhista industrial; engenheiros quItnics Cyro ElecidAgnitani. Aldo Sani. Wobodynir Gallat, Leonel KOleski. Ricardo(raioI. René. Rickli Ficher; pelo Administrador de Empresas AlbertoRndolfo Pins, e pelos Diretores e Superintendentes Gerais Jiri Aron,B'nccliclo Dutra e o atual. VirgIlio Castelo Branco, além do inesquecI-vel Vijém Wilier e Pericles Pacheco da Silva. Bern assim, merecernespecial nienco os Prefeitos Euclydes Marcola e Denizar Ribas de('arvaiho cjne sempre prestaram valiosa colaboraçâo ao SENAJ. 0primeiro inclusive assinou a escritura piIbhca do terreno que o municI-pin de Tel éniaco Borba fez doacão para a construção do Centro.

0 primeiro Diretor designado para a nova Escola de TelémacoBorha fol o Professor Orual NernCslo Boska, que permaneceu no cargoate 3 [/12/1981. desenvolvendo eficiente trabalho de pioneirismo nogCnero. cjuando foi transferido para a cüpula da Administracão Regio-na1. Sell atual Diretor e o Eng QuImico, Nelson Tadeu Galvão deOliveira, qile tern como assistente o Professor Massayoshi Condo.

Para a localizacao do "Centro", hoje. denorninado EscolaSEN At e Centro TCcnico de Celubose e Papel., na cidade de Telémacoi3orha, afé.m do interesse dos lIderes e administradores Samuel Kiahin,Pericles Pacheco da Silva, Vilém Willere demaisniembros do corpoiCenico e administrativo das IKPC, contribuiu principalniente o fato deall estar concentrado o rnaior parque pape1eiro , a America Latina que,por sua versalilidade e pioneirismo, num pals em desenvolvimento,

possula as caracteristicas ideals para a complenientaçäo da formacnescolar dos tecnicos, através de programas de estgio, num dos melhnres ambientes de produçao de celulose e papel do pal.

0 pioneirismo dos membros da famIlia Kiabin e Laffer nafabricacão dos referidos produtos, conhecedores e importadores dasmelhores tecnologias da Europa e dos Estados Unidos. é exattado pelacxcepcional coragem empregada, na transformação de terras cobertasde floresta. em areas de intenso desenvolvimento social e econômico.Difeiente do que existia no género, seus idealizadores, corn raraconipeténcia e criatividade conceberam e construIram uma grancleind(istria no coracäo do sertâo paranaense.Tornararn-na auto-suficientea partir da geracão da própria energia, utilizando fontes alternativas,como quedas d'gua e vapor de caldeiras aqueciclas a carvão mineral eóleo diesel. Desde o princIpio procuraram defender o melo ambientecorn o aproveitamento e util izacão dos efluentes cáusticos; Hoje encon -tram-se as IKPC engajadas nuni grande projeto de despoluicâo do

grande e histórico rio Tibagi.Para a concorrCncia da construcâo do ediflcio do "Centro"

fora nomeada uma Comissão de servidores do SENAI/PR presididapebo cornpetente e honrado Eng Frederico Brambila que tarnhrnacompanhou a exccucão da obra ate o fini.

A construção foi correta e ficimente executada pela firmavencedora da concorrCncia, "IndCstria e ComCrcio Tamandaré Ltd,-.A.-presidida pelo EngQ Harro Olavo Mueller, que contou corn a competentee honesta dedicaçao de seu gerene Geanfranco Bertoni.

Atualmente a "Escola SENAI e Centro Técnico de Celulosee Papel" de Telêrnaco Borba ministram cursos de Aprendizagem,Qualificaçâo, Aperfeicoarnento, Especiaiizaçâo e Treinamento em di-versas areas ocupacionais, em nIvel técnico e superior, especialmentenas atividades de fabricaçao de Celulose e Papel. Alunos procedentes deoutras localidades paranaenses, hem como de outros Estados, socontemplados pelo SENA! corn holsas de estudos para cObrirdespesas de estadia na cidade de Telémaco Borba.

Ambas mantérn 570 postos de trahaiho perManentds e auxil I-ares.

No ültimo exercicio matricularam 1.526 alufios, alcancando aeficiéucia de 1.272 concluintes.

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Hoje a "Escola" estende sua acão a todas as indüstrias detelérnaco Borha e dos municIpios vizinhos, nas modal idades de apren-

qtialificaçao profissionais, treinamento operacional e des!lperv icoI Ps e "Aprendizagem Metódica no Próprio Emprego.

Quando do planejamento e da construção da Fábrica, toda aarea de terras corn 65.000 alqueires adquiridas pelo grupo da Kiabi.nfazia parte cia Fazenda Monte Alegre, situada no municIpio de Tibaji.Corn o desenvolvimento social e econômico provocado pela novaindistria. a area pot cia ocupada e pela vizinha localidade, denorninadaCida.de Nova, foi desmembrada do municIpio de Tibaji e elevada acategoria de rnunicIpio pela Lei ng 4.779, de 5 dejiilhO de 1963, corn onorne dc Telémaco Borba. 0 novo municIpio de Telérnaco Borha foiinstalado a 21 de marco de 1964. Lirnita-se corn ôs mtnicIpios deOrtigue.ira. Curidva, Reserva e Tibaji.

o prinleiro prefeito foi o pioneiro e inolvidávei Superinten-dente Administrativo das IKPC, Pericles Pacheco da Silva. Alias é born!emhrar que personagens singulares como Samuel Kiabin, Vilem Wiliere Prjr1es Pacheco da Silva jamais deveräo ser omitidos na histOria dodp senvnlvime.nto econômico e social do Paraná edo Brasil e bern assinicrnpre lernhrados na história da Unidade Operacionai do SENA! deTe1111 aco florba.

o norne dado ao novo municIpio deve-se a memória dedas figuras exponenciais mais destacadas e originais do Paraná.

Segundo o historiador Ruy Chistovam Wachowicz, TelérnacoAugi isto EnCas Moracines Borba nasçeu em Piraquara, a 15 de setembrode 1840.Sertanista e etnóiogo, estudou ern•Curitibaonde concluiu oCorso Secundário. Pesquisou o Sertão Para.naense na região dos riosJval. Tibaji e Paraná. na companhia de Frei Tirnótheo de Castelnovo, oreligioso que fundou o aldeamentoindIgenade São Pedro de Aicântara,s roargens do Tihaji, nas proximidades do . tio Paranapanenia. Pot seu

trabaiho pioneiro e patriótico, em suas alTdanças, tornou-se amigo delazendeiros e indIgenas. Poliglota, falava inclusive a lingua doscaingangues. Foi deputado provincial e stadual, Vice-Presidente doEstado do Paraná, Prefeito de Tibaji e Inspetor Escolar. Sua mernóriaiiietece ser cultuada pelo valor de sua intligencia e pelo exemplo detrahaiho perseverante que deixou em favor da história, da gente e do

progresso econôrnico, social e politico do Parana'. Faieceu em 23 dedezembro de 1918.

3.2 - Escola Técnica de Saneamento

Desde várias décadas o SENAI vinha colaborando corn aCompanhia de Sanearnento do Paraná-SANEPAR na qualificacäo etreinamento profissional da mão-de-obra empregada em ativiclades desaneamento, instaiacao de Redes Ptihlicas e Ramais Prediais de Aguase Esgoto, EstaçOes Elevatórias e de Tratamento de Agua. CursosTreinamentos realizavam-se e ainda se realizam em Centros de Formação Profissional do SENAL, da SANEPAR ou através de UnicladesMóveis.

Depois que técnicos do SENAI acrescentararn as experiénciasadquiridas nas acöes de formacao profissional desenvolvidas em cola-boracao corn a SANEPAR. informaçOes coihidas nos Estados de SoPaulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e provenientes de estudos e pesqnisas da qualidade e intensidade da demanda de qualificacaO técni etreinamento nas areas ocupacionais envoividas, tendb em vista ainda aausência de formação técnica em nIvel de 2 grau para as atividades deSaneamento no pals - a Direçao Regional do SENA! opton pelaconstrucão e instalacao de uma Escola Técnica de Saneamento. Essanova Unidade Operacional teriapor objetivo realizar Cursos Técnicosem nlvel de 2 grail, bern corno Cursos de Aperfeiçoamento e Treina-mento em todos os nIveis da hierarquia profissional abrangidos pelasatividades de Saneamento.

Para justificar os investimentos necessários, a Escola teriaâmbito nacional corn a participacão do Departamento Nacional 1n

SENA! e de outras entidades piIblicas e privadas, principalhiente corna concessão de bolsas de Auxliio Pecuniário para osàlurios deste e deoutros Estados da União.

Concluldos os projetos de construcão, instalacao e definidocos regimes de financiamento, decorridos cerca deYaos, fOi iniciacla aexecução da obra em princIpio de 1985, dom4ecursos financeirosfornecidos pelo Departamento Nacional do SENAL

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Eli

A2 t de juiho de 1986, a Escola era inaugurada corn a presencaito Presidente da Confederacão Nacional da Indüstria, Senador Albano

1-rnco: do Presidente da Federação das Indüstrias do Estado do Paraná,mpresário Altavir Zaniolo; do Diretor do Departamento Nacional do

SENAL Prof. Arivaldo Silveira Fontes; do Governador do Estado, JoséRicha: do Diretor Regional do SENA!, Gerônirno de Macedo Moth; doDelegado Regional do Trabal ho, João Conceição e Silva; do Presidenteda AssociacãO dos Ernpresários da Cidade Industrial de Curitiba egrande inirnero cle enlpreSáriOS e representafltS classistas do Estado do

Patani.A Escola Técnica de Saneamento está situada ao lado do

Centro de Formação Profissional da Cidade Industrial de Curitiba.

Alérn dc Cursos em nIvel técnico de 2 9 grau e Treinamento que realiza

nas areas ocupacionais de Saneamento, executa outros projetos impor-tantes no setor da agroindüstria, visando reduzir a degradacão ambientalprovocada pelos rejeitos da producão de ahimentos. Planeja e coordenaei'intoS de excepcional importância para o desenvolvirneflto sustentá-

v'l do Estado edo pals. como aconteceu corn o seminátio "0 SENAI e

C) Meio Anihiente", em 1991, durante o qual foram debatidas as

e.periênciaS do SENAI e de empresas piib!icas e privadas, especial-

mente do setor agroindustrial.0 referido serninárionãO so teve repercussão nacional, corno

inunclial. contando corn a presenca de vários especialistas de outros

palses e• de organismos internacionaiS.Para o desenvolvimefltO e atuaiização de suas atividades, a

Escola Técnica de Sanearnento do SENAIccnita corn o eficiente apoio

da Cooperacão Técuica Internacioflal através do DepartamentO Naci.o-nat do SENAI, especialmente do Programa das NaçOes Unidas para o

Desenvolvimeflto-PNUD.Tendo em vista sua irnportância e singularidade, num mo-

niento que a todos preocupa a meihoria da qualidade de vida do serhurnano e ao mesmo tempo a preservacão dos recursos naturals do

planeta, é certo que, dentro de um futuro próximo esta UnidadeOperacional do SENAL ampliará suaatliação corn novas açOes de

forrnaçio profissional, assistênciatécnica e prestacão de serviços, tantono setor de Saneanlento, quanto na defesa ambiental.

0 Diretor, Professores e Dirigeittes de órgãos Técnicos dDepartamento Regina] do SENAI real izam estudos visandô transfornii-ha em Centro Tecnológico, sem abatar as raIzes de urn empreendimentobern sucedido e de excepcional valor para o progresso e o hern-estar

social do povo brasileiro.Desde sua inauguração a Escola já forniofl 236 Véflicos

reahizou 1.563 treinamentos, além de ter promovido e tomado p5rte eminUmeros eventos que trazern sempre valiosos subsIdios Para o äperfeiçoamento de suas atividades técnicas e funcOes pedagógicas.

Abrange 200 postos de trabaiho pernianentes e auxi.Iiares.

E dirigida, desde a inauguracão, pelo competente e cledicadoEng Qulmico Industrial e Professor Luis 1-lenrique Bucco, que terncomo assistente o não menos diligente Prof. João Antonio Veneri.

4. DIVISOES TECNICAS OPERACIONAIS

4.1 - Divisão de Assisténcia as Empresas

A Divisão de Assisténcia as Ernpresas é urn órgâo de forma-cao profissional subordinado a Diretoria Técnica do DepartanientoRegional do SENAI. Está localizada n.a Rua Ma]. Floriano PeiNnto,3062 em Curitiba. Tern como funçOes básicas a prestacäo de assisfêneiatécnica as Empresas Industrials. de Transporte e de CornunicaçOes. nodiagnóstico de necessidades de treinamento para adequar on cornph'mentar competéncias para o eficiente desernpenho dOs trabalhadoresem nIveis operacionais, de supervisão e geréncia media, na elaboraçãude projetos e programas de treinamento, na capacitacao técnico-peda-gógica de instrutores e Monitores das Empresas, na estruturaçn.acompanhamento e avaliaçao de prograrnas de 'Aptendizaeffi Mtó-

dica no Próprio Emprego', na ehaboracio e execticão depg fiii' d

aperfeiçoamento técnico nas areas de Seguranca e Mëdi!ñtdo Ttah

I ho. ...

No exercicio passado de 1992 realibu ñiais 11000 matrIcu-las de trabalhadores agrupados em mais de 700 tufhIäsJUa trajetória noDepartamento Regional do SENAI do Pktatá1e'ièiñl±ict ios idos de

101

700

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1958. Ate a ascensão ao cargo de Diretor do Departamento Nacional doSENAJ do Eng Paulo Affonso Horta Novaes, em 1962, o SENAIpreocupava-se prioritariamente corn a Forrnação Profissional ministra-da em silas Escolas e nas Escolas mantidas em Convênio corn urnredu.z ido nCniero de Ernpresas, que obedeciam a urn mesmo sistema

iciacional e regime técnico-pedgógico. 0 referido Diretor do Depar-tamenlo Naiconal do SENAJ concebeu e implantou uma nova PolIticade Foriiação Profissional que alargava Os horizontes programáticos daInstitiiiço e chegava mais perto de seus objctivos

Elahoradas e aprovadas pelo Conseiho Ncionai do SENAT asDiretrizes da Nova PolItica de Formação Profision-aiNovaes lancou-Se pessoalmente a campo a firn de implantá-la. Desde logo, utilizando-se de inétodos moclernos de treinamento, realizou nas sedes dosL)eparlmentos RegionAis corn Iiderancas destes e de seus ConseihosRegionais mais de urna reunião, onde corn ram brilhantismo e compe-t.ncin expunha os postulados básicos da Nova PolItica.

Os primeiros a aderir as Diretrizes Básicas de FormaçâoProf issional consubstanciadas em Documento de Trabalho, examinadoe discutido em reuniOes de Diretores Regionais, foram os grandesDepartamentos Regionais: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais eRio Giande do Sul que impiementararn pianos na area do Treinamentoe foram a campo corn ambiciosos programas que lam da divulgaçao apreparacãn de Adniinistradores, Gerentes, Analistas, Prograrnadores,Agentes Multipiicadores, Instrutores e Monitores de Treinamento.

O Treinamento no Departamento Regional do SENAI doParaná teal inIcio no ano de 1958 corn a impiantacao do MCtodo TWI.

Para sua implantacão contou corn aco1aborac5o dp Departa-menlo Nacional e do Departarne.nto Regional doRioGrande do Sul.

Para a formação dos primeiros Agentes multiplicadores, oDepartamento Regional recebeu a valiosa contribuiçao dos TécnicosspedaIizados do Departaniento Regional do SENAI do Rio Grande do

Sid, Frederico Larnachia Fitho e Aithair Rech.A princ.ipio o Treinamento ficou subordinado a Divisão de

Eusiiio onde se concentravarn a gerCncia técnica e operacinal doDepartamcnto Regional. Corn a diversificação e expansão dos Pianos,d.ilIgdos cliretamente as empresas, a Divisão de Ensino desdobrou-se

em ENSINO, que abrangia todas as acOes desenvolvidas no âmbitoescolar e TREINAMENTO, circunscirto as acOes desenvolvidas jun10on dentro das indéstrias e Empresas de Transporte e Cornunicacöes.

A nova Divisâo de Treinamento, entregtte a Chéfiädd Profes-sor Mardeval Fornarolli, como as demais Divisãs ficâräubOtdinadadiretamente ao Diretor Regional. Desde então, esse órgão de FormaqãoProfissional passou por diversas denorninaçOes, porem Corn a mesmafinalidade. Já se chamou Divisão de Treinamento, Divisão de Ensino eTreinamento, Central de Treinarnento e a partir de 1988, Divis5o HeAssisténcia as Ernpresas.

Atualmente e adnilnistrada pelo Técnico de TreinamentoProf. Carlos Eduardo Rocha, que tern como assistente Técnico emEnsino e Treinamento Vitório Manoel Woss, e como colaboracloresdiretos os Técnicos: Stefan K. Rosiak, Edésio de GouvCa Neto e LticioSuckow.

Voltaiido-se cada vez mais para o Mundo do Trahaiho, fie]missão especIfica que Ihe foi confiada, o Departarnento Regional doSENAI, nas prerrogativas da Divisão de Assistência as Ernpresas mdiiias funcOes técnicas de organizacão e agilizaçao de Prograrnas deTreinamento Profissional, desenvolvidas por centenas de empresas,decorrentes de Acordos de Cooperacão Técnica e Financeira, e querepresentam uma PORTA ABERTA para a racionalizacao e continuaexpansão das atividades de capacitação técnica dos trabaihadores emtodos os nIveis da hierarquia ooupacional.

A flexibilidade e competéncia corn que o SENAI se ajusta usfrequentes mutacOes do mercado de trabaiho atendendo a demandaeconôrnica de formação profissional, constituem a marca indelével desua perene necessidade, como instrumento de apoio ao desenvolvinien-to econômico, a harmonia social e ao progresso educ.acional de todo opovo brasileiro.

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I

4.2 - Divisão de Apoio Técnico e Desenvolvimento dePess!8 I

A seleção, o Treinamento e o Aperfeiçoarnento do pessoal doFepartarnento Regional do SENAI do Paraná, bern como as atividadeseducacionais extracurriculares corn urna ou outra denominação, sempreestiverarn sob a administração ou orientação técnica da Divisão de

4 Fnsinn. Corn a expansão de seus servicos, quer em sentido vertical,( I nnnin horizontal, a estrutora organizacional do Departmento RegionalI'rn 4nfrido alteraçoes muitas vezes sensIveis. A ültima delas ocorreuporn a irivestidura do ProfCssor Ito Vieira que, fiel a doutrina de Fayolprornoveu uma nova departa mental izaçao dos Serviços do SENAI noEstado do Paraná.

Assirn, aléth da Aclministracão que está afeta ao DiretorRegional ex-vi do Regimento Enstitucional, foram criadas duas novasflirfcrias: a Diretoria Técnica ca Diretoria Administrativa e Financei-ra. cada urna delas estruturada corn trés DivisOes. Assini as funçOesgohalizadas corn destaque nas tarefas operacionais mais ao estilo do

it taylorisnio, passaram a set agrupadas em departamentos especializa-dos. segundo normas doutrinárias concebidas e experimentadas pelosAblo frances.

1)essa forma, corn atribuiçOes mais restritas, porém melhordfiniclns. foi reformulada a Divisão de Ensino e criadas rnais a Divisâode AssistCncia as Enipresas e a Divisão de Apoio Técnico e Desenvol-\'inhinto de Pessoal cada uma corn competéncia e prerrogativas especI-ficas, subordinadas a Diretoria Técnica. 0 recrutarnento e a selecao dc110v05 servidores ficou corn a Divisão de Recursos 1-lumanos, subordi-tiada A Diretoria Administrtiva e Financeira.

A Divisão de Apoio Técnico e Desenvolvimento de Pessoal,a.iérn de dat apoio As açOes que constituem prerrogativas da DiretoriaTécuica, como por exernplo a escolha de locais, determinacao deespaçns fIsicos, especificacAo de equipamentos, elaboraçAo de layoutdsti nados A irnplantacao de Cursos e Treinamentos na area de Segurari-ça e Higiene do Trabaiho, prornover ou executar, coordenar ou super-visionar projetos, locais ou nacionais, de atividades extraclasse que Sedesenvolvern no Anthito ou a partir dos Centros de Formacao Profissi-

onal do SENAI corno: Feiras, ExposiçOes, Torneios, Concursos, Defiles de Modas e outros - tern por atribuiçao predOminantepromovei utreinamento, a especializacOa e o aperfeiçoamento .continuado de todosos servidores abrangidos pelo Departamento Rgional€nisuas multi-plas funçöes administrativas; técnicas e pedagó.gicas'- . i -

Outro setor importante confiado a administraçãO, coordena--ção, controle e avaliaçAo da Divisão em epIgfafe é ô .deBOlsas deEstudos para aperfeiçoamento, proporcionadas a servidotes do próprioDepartamento Regional e a empregados de empresas sitiladas na esferada ConfederaçAo Nacional da Ind(istria, no pals e no exterior.

Para dar urna idéia da importAncia das açOes desenvolvidas onimplernentadas pela DivisAo de Apoio Técnico e Desenvolvimento dePessoal basta constatar que somente no Iiltimo exercicio de 1992 foranirealizados 220 Programas de Desenvolvimento de Pessoal, abrangendomais de 75% do pessoal, aléni de inürneras realizaçóes nas areas deCooperacAo Técnica Internacional, de atividades extracurriculares, dosCentros de ForrnacAo Profissional, de eventos diversos e do apointécnico direto oferecido ao exercIcio de funçoes afetas A DiretoriaTécuica.

Desde sua criação encontra-se na chefia dessa DivisAo oProfessor Percy Engel, que tern como Assistente o Técnico em Fornia-çAo Profissional Stanislau Witajewski e a técnica em assuntos adminis-trativos Vera Aparecida Vaz.

A DAT, como é conhecida, é urn testemunho vivo do interessepernianente da Administracão Regional do SENAI, pelo aperfeiçoa-mento continuado de seu pessoal. em plenacomemoracAo ci-nquentenAria.

5. NOVAS UNIDADES DE FORMAcA0 PROFISSLONAL

5.1 - Centro de Formação Profissional doSENAI de SãoJose' dos Pinhais - Madeira e Móveis It'

Encontra-se em fase final de execuãoopsoj'étct de constn'-çao. instalaçAo e implantacAo do Centro de FbtthaçãiPrOfisional doSENAI em SAoJosé dos Pinhais, locâlizado a t9 knide.Clititiba. A nova.

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p.

I.

lIflRlade Operacional está sendo criada para atender a demanda defnrmaçâo pro fissi onal pelo importante segmento da indüstria paranaen-se chi rnideiri e de fabricacão de móveis. A elaboracão do projeto e suaexiIcñ'l estio sendo feitas corn o auxilio técnico e financeiro doflepiitamento Nacional do SENAL, que acionou inclusive sua Diretoriade (ooperaçäo Tëcnica para obtet a colaboração do Governo Alemão,prestnda atravds da GT.Z-Deutsche Gesellschaft Fuer TechnischeZiisarnrnenarbat - Socidade Aienã para Cooperacão Técnica. Alérn daforrnaço profissional que desenvoi'etá em nIvel de qualificacao,

•supervisão e geréncia iiitermediária terá tarnbérn1 or finalidade prestarassisténcia tdcnica as indistriaS iiadeireias e oveIthas.

ConstruIdo pela firma Matdet CôtistdcOes Civis Ltda. deCascavel, em terreno doado pela prefeitura municipal, corn 20.061m2,tm area constru Ida de 5.069m2.

De sen programa de capacitacão tdcnica constam Cursos eTreinarn.rnto.s mis areas ocupacionais das indéstrias da madeira e demi 'veis, tais corno Marceneiro, Operador de Máquinas para Madeira,Pinfor de Móveis, Desenhista de Móveis, Esquadrias e EstruturasDiversas, Supervi.são, Segurançae MedicinadoTrabaiho, Prevenção deAidentes do Trabaiho, Prevencão e Combate a Incêndio, Tdcnica de('hefi a. RelacOes Interpessoais, Instrutor e Monitor para a preparacão de

tiabalhadores operacionais e de todos os tipos e estnituras profissionaisque visem a methor adaptacão do homem ao trabalho, perfeicão dasol)ras e produtiviclade.

Pra tal fim dispôe o novo Centro de anibientes e instalaçOes,racionalemrite concebidas e planejadas para tornar o ensino agradável,efirinte e eficaz. DispOe de espaços fIsicos em salas de aula, oficinas

C lalviratoros para 176 alunos, alérn de todo o complexo administrativo

e de apoio. 1

Sua concepcãO, regimes de funcionamento, conteüdoscurriculares se inserem nas diiiietisOes 'etigidhs 'para clue a mão-de-

obia formada, aperfeicoada e treinada pOsa .dtl.tribui.r para que asiiidüstrias envolvidassetorflern cadavez mais eficientes e competitivas,tanto no cenáriO nacional como internacional.

Além das atividades de ensi.no•e da assist énciatécnica ao setorMadeireiro e Moveleiro. o Centro de Forrnaqão Profissional do SENAL

de São Jose' dos Pinhais realizãrá pesquisas.cientIficase te€nológicas deessências vegetais e de outros rnateriais, comobjetitdeidefltifiCa1suas caracterIsticaS, adequar processos de tratarnento ede fabricação.aproveitamentO de sobras e resIduos, para transf ná-lös; tie agentsnocivos ao meio ambienteem materiaiseconOrniCameflt1eaPf0veitáe15

pela indiistria ou pela agricultura.Paralelaniente as atividades tdcnico-pedagógicas' o Centro

desenvolverá açOes extracurriculares nos domInios da , cultura4 lazer e

esporte buscando de urn lado, motivar seus alunos para a conquista dacidadania e de outro, para o desfrute de urna vida saudávl, solid5ria e

patriótica.

5.2 - Centro tie Formação Profissional do SENAL em

Campo Largo Cerãmica

Encontra-se concluIdo o Projeto de Construção e lnstalnc5do Centro de Formação Profissonal do SENAI de Campo Larga.distante 30 km de Curitiba. Terá por finalidade qualificar, aperfeicl sire treinar mao-de-obra nas areas ocupacionais das indéstrias de fabrica-cão de produtos cerãmicos,' Iouças, apareihos sanitários, azulejos eladrilhos, artefatos decorativos, utilitários e outros, bern como realizarpesquisas cientIficas e tecnológicas e prestar assisténcia técnica aoreferido e importante segmento da economia paranaense.

Além de estudos nos setores da pesquisa cientIfica e tecnoló-gica, de processos de fabricação, reparacão e manutencão de equipa-mentos de uso na fabricação de artefatos cerâmicos, da promocão e/cnuexecução de Cursos e Treinamentos nas areas ocupacionais menciona-das, o Centro terá oficinas e laboratórios para a formação profissionaem atividades de apoio como rnecânica, eletricidade, eletrôiiica e

informática.0 terreno doado pela prefeitura de Campo Largo, tern area de

20.000m2. 0 espaço fIsico que abrigará todas as atividades tdcnicas eadministrativas está projetado em area de 4.835rn2 construIdos. Aconstrução está prevista para ser executada corn a cooperacão doGoverno do Estado e da prefeitura municipal, na proporcão de urn tercopara cada urn e corn a colaboracão do Sindicato das Indüstrias de Vi dms.

III

1(17I ()(

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(Irslais. Espelhos, Cerâmica de Louças e Porcelana do Estado doo qual deverá arcar corn as despesas de aquisicão dos equipa-

menns Ilecessarios.Ao SENAI, como proprietário do prédio, dos esquiparnentos

e instalaçOes caberá as despesas corn o funcionamento permanente doCentro dentro de suas finalidades.

Inicialmente estão previstas as matrIculas de 205 alunos em

lit alividades de aprendizagern aperfeiçoarnento, especializacao e treina-rnentn profissionais, bern corno a execucão de projetos envolvendoprocedirnentos de ordeni tno16gia

Tendo em vista'a expressâo do parque industrial ceràmicolocalizado no rnunicípio de Campo Largo, corn area construIda superiora 200.000rn2 empregando acima de 8,000 ttabalhadores, o alto nIveltecnolOgico Ia deseniolvido na regiao, inclusive por empresas degrande porte que utilizarn tecnologia importada da Europa ha dezenasde anos - e de Se esperar que o SENAI, corno Instituição de apoio ao

it dsenvo!virnento industrial do Estado possa prestar servicos eficazes aesse grande complexo industrial localizado nas proximidades de exten-sa reserva de excelente matéria-prima, servido por abundante fonte deenergia elétrica, por excelente rede de estradas de rodagem, sistemaeficiente de transporte ferroviário e marItimo que o pOe em contato corns principals centros consumidores do pals e do exterior.

Ill

SENAI PARANA 50 ANOS

TERCEIRA PARTE

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T

AS ADMINISTRAcOES REGIONAIS

E SUAS PRINCIPAlS

REALIZAçOES

1. ANTECEDENTES INSTITUCIONAIS

A história poiltica dos povos através dos tempos vern sendoescrita por homens e muiheres que, por razöes mais diversas forampredestinados a traça.r os rumos do porvir. São pessoas cultural eprofissionairnente aptas que a própria sociedade preparou para captar aspulsacOes do presente e vislumbrar as imagens do futuro. São inspitathise conduzidas por urn processo incognito de causa e efeito gerado noborborinho das aspiracóes hurnanas em buscca da perfeicão global

Neste pals d legItimo pensar que todo brasileiro deve seorguihar das pessoas ilustres que nos mais variados setores da ciência,da arte e da tecnologia se destacaram como verdadeiros sOld ados daconquista territorial e da integridade nacional, on cotiiO autênticnsInstrutores de urn povo anioso de construir umnovaertndiosa

nação.Assinalararn-se por exemplo, Martim "Afol 6'd Otia qne

no vigor de seus 30 anos livrou a costa brsil giradãt&àIflaão e fin

pilhagem corsária. Audazes bandeirantes qualgaifOiiteiras e

aprofundaram as raizes de urna nova civilizaçà cotho Fernão DiasPaes, Francisco Bueno, Raposo Tavarese Mãéoel.Ptéto!Povoadores

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U

conio Gabriel de Lara, Eleodoro Ebano Pereira, Mateus Leme e Batazar(arrasco dos Reis. Mineradores corno Bartolomeu Torales. Campeirosciio Benedito Mariano Ferreira Ribas. Colonizadores como Arthur1-lug Miller Thomas. Industrials como o Col. Amazonas Marcondes eJrinii Evangelista de Souza-Visconde de Mauá, LIdio Paulo Bettega,Altavir Zaniolo e ErniIrio de Moracs. Diplomatas, juristas e politicos,coino Agostinho da Silva Paranhos-barão do Rio Branco, OsvaldoAianha, Rui Barbosa, Get(ilio Vargas e Manoel Ribas. Militares comoi)iogo Pinto de Azevedo Macedo, Luis Alves de Lima e Silva- o duque.de ('xias. Floriano Peixoto-o Marchal de Ferro, Humberto de Alencar(I'Ir Branco que corrigiu os rumos do progresso nacional. Cândido4irianr da Silva Rondon-d Marechal Rondon quo levou as comunica-

cöes aos confins do Brasil e tornou-se o major sImbolo dos deshravado-res dos sertöes amazôicos, da aculturacão pacIfica dos Indios e dajuventucie pioneira do Brasil.

Como esses e milhares de outros heróis brasileiros que mere-ceriam ser mencionados e exaltados, o ensino profissional formal e nãoformal tamhérn teve seus pioneiros. Para mencionar apenas alguns dosmis modernos. são lembrados o Presidente Nib Pecanha que den apoiofieri q ivna fnrmaçâo profissional de trabalhadores criando para esse fimilnia EsroJa de Aprendizes Artifices em cada Estado, através do Decreton° 66 dc 23 de setembro de 1909 Por esse ato é considerado ofundador do ensino profissional brasileiro.

Näo serA preciso recordarque tab regime de ensino técnico nauea federal evolulu para o ensino industrial, corn equivaléncia do P

grau de hoje. Desse, ao ensino de mestria e tdcnico, ao nIvel de 2 graue finalniente para os Centros Federals de Educacao Tecnológica-CEFETs que ministram ensino tdcnico de 2 1 e 3 0 graus.

Tiidavia, ao m.esmo tempo quo os governos federais elevavam'ertiralniente o nIveb do esino técnico, horizontalmente a demanda de

( . iirsns ' I C Forrnação Profissional principalmente ao nIvel de qualifica-ço. cxcedia de muito a oferta. Já no início da década de 1930 propaga-am-se na Europa correntes polIticas de cunho nacionalista que obvia-

ruiente restringiani a importação de mao-de-obra qualificada dessecontinente.

Em 1930, vindo do sul a frente de forcas revolucionárias.

Getülio Vargas assurniu o poder. Essa façanha .qi dpoefvor doprogresso geral do Estado, iria marcar o . inIib rc1e uritalhovweta deajustanientos sociais e prosperidade econômia dd pais 1I, ituclo onovo governo contou corn o apoio da expériê icothpetência eidealismo de Lindolfo Collor, seu primeiro Mih.Ist.ro,d.TrabaIho.Industria e Comércio, para a introducao dos avancosciantotathpodotrabaiho. Também foi decisiva a presenca de Gustav oMinistério da Educaçao e Sauide Pñblica, para a introduqãod reforniasnos sistemas nacionais de ensino e particularmente para abotvèr assugestoes de técnicos em educaçao, de rara nomeada.

Em 10 de novembro de 1937 Getülio Vargas outorga ao Brasiluma nova Constituicao sob o signo de Estado Novo. Essa nova CartaMagna, forjada nos bastidores de urn Regime Ditatorial esclarecido epatriótico, emseu artigo 129 determinava: "Edeverdas indiistrias e dossindicatos econômicos (patronais) criar, na esfera de sua especialidacle.escolas de aprendizes, destinadas aos fithos de seas operários ou de Se!!S

associados. A lei regulará o cumprimento desse dever e os poderes qiiecaberão ao Estado sobre essas escolas, bern como os auxflios, facilida-des e subsIdios a Ihes serem concedidos pelo poder püblico".

Como nos outros campos de atividade humana, o ensinoprofissional tambérn tinha seus heróis que ha algum tempo, através depareceres e sugestOes incentivavam o governo a pôr em prática medidasde major alcance. Estre esses destacavam-se figuras exponenciais comoas de Joaquim Faria Goes Filho e Lycerlo Schreiner, aos quais,poucoantes de criação do SENAI viera se juntar o ex-diretor do lilstiti.itoParobé de Porto Alegre, João Luderitz. Essa trIade de heróisda fornia-ção Profissional iria prestar valiosos servicos na concepcãO le-gal, ti

implantacao e na administracao nacional do SENAI. Entretanto tinhameles o pensamen.to voltado para solucoes genuinammte goverrafnen-tais. Embora esses e outros especialistas do Ministérioda Educacao eSai.Ide Ptiblica dispuzessem da lideranca de urn dos ma-is ffletei1tese audaciosos Diretores do Ensino Industrial, FranèiOMOfl:tOjOs

As tentativas do poder puiblico naologravatnp!enoêxito, naoraro desagradando a empregadores e empregadas.aofihTegTho tempo:

Segundo se infere da obra de SteftlioTopregi."UIVA'SagA daCriativi.dade Brasileira" fol o própriO PUei nttèfu1iVatgas que

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1e" a genial idia que levaria àsoiuçaoda questão. Sua habilidade eseupreslIgio, aliados a natureza do regime politico de cxcecão, convence-tiatn os ilderes cia indtIstria nacional, Euvaldo Lodi, Presidente da

(- 'ojifederaç5o Nacional da lndüstria e Roberto Simonsem, Presidentecia Federico das tnch.istrias do Estado de S. Paulo a encontrarern urnasnliic corn a. participacão direta das categorias cconôrnicas que

r(rfe111avan1.Vsaiido toda a bagagem de estudos, pareceres e decretos

pri 'cluziclos pelos técnicos que participavam do Ministérlo da Educacaoe Saude Pübhca c corn o apoio de suas instituicOes, chegararn a

concluso dc que a participacão direta das empresas seria imprescindi-vel para a adoção de medidas eficazes e duradouras, destinadas apreparaço técnica cia mão-de-obra necessária para sustentar as bases dodesenvoivirnento industrial, quer no presente, quer no futuro. De modoqu o Decreto-Lei n'4.048, de 22 de janeiro de 1942 que criou o SENAEn todos surpreencie por ter consubstanciado em apenas nove artigos

nt "rmas 'Ic tao largo e profundo alcance, não nasceu abrupta eiprovisadanientc, mas foi fruto de urn perIodo de gestaçäo de quase umadécada alirnentaclo pela capacidade e experiéncia de urn grupo de

devnlnr!os e. inteiigentes educadores e. pot firn, da clarividente decisão

de urn dos maiores e mais completos estadistas brasileiros, que foi oPresidente Get(ulio Vargas. Esse decreto estaheleceu:

.1 - Que competia ao "Servico Nacional de Aprendizagem dosIndustriarios organizar e administrar, em todo opals, escolas de apren-

clizageni para industriários".- Que seria "organizado e administrado pela Confederação

Nacinnal cia lnd[stria".- Que seria mantido pelas indñstrias "corn uma contribuição

m'nsal para montagem e custeio das escolas deaprendizagem".4Q - 0 paragrafo ünico do • artigo 69 completava o Piano,

extraorclinarianiente concebido, exigiiido uma contrihuição adicionai

(Ic 20% dos "estahelecinientos que tiveren mais de 500 empregados",

para serem aplicados no ensino "quer ciando boisas de estudo" para

"aperfeicoarnento e especializacão profissional, quer prornovendo arnnntagenl de iahoratórios quc possam meihorar as condiçOes técnicase pedaggicas". Conforme estabelecia o decreto W'4048. as contribui-

cOes empresariais começararn a set arrecadadas pa r itiê de abtildo mesnio ano, o que possibiiitouo inIcio da ilSN'AIiiidano exercIcio de 1942. Estruturado o novo Sdri eurn Departmento Nacional e Conseihos e DirétOte UtiTigadosRegionais, foi nomeado para o Departamento Nacion1WEfiJoaoLuderitz, que entäo formava na equipe de técnicOs dO itft'étb daEducacao e SaOde Phlica. Para projetar e instalar as primdiiA§$W6l5§de Aprendizagem no pals obteve especialmente a coiai5oiação dotécTiico ministerial Eng Licdrio Schriner e dos técnicos pioniicis doCentro Ferroviário de Ensino e Seleço Profissional de S. Paulo,Engenheiros Roberto Mange, Italo Bologna e Hermenegildo C. deAlmeida.

Joaquirn Faria Goes Fiiho e Roberto Mange que pot indicacode JoAo Luderitz assumiram, o primeiro a Direcão do DepartamentnRegional do Rio de Janeiro, corn jurisdição na 4 Regiao que compre-endia os Estados do EspIrito Santo, Rio de Janeiro e o então DistritoFederal, e o segundo o Departamento Regional de S. Paulo, cornjurisdiçao no Estado de S. Paulo.

Faria Goes e Mange, este Oltimo coadjuvado diretamente porItalo Bologna e Hermengildo C. de Almeida, ao lado de Luderitzlideraram a implantaçao do SENA! em todo o pals.

Como honra ao mérito é mister destacar o papel impréscindI-vl desempenhaclo por essa equipe do mais alto hfvel que 0 pals jápossuiu na adoçao do regime escolar, dos programas c da metodologiade formação profissional racional, testada durante cerca de dez anos noensino ferroviário brasileiro sob a dgide do Centro Ferroviãrio deEnsino e Selecäo Profissional-CFESP, por Mange e Bologna,idealiza-do, criado, administrado e constituido corn caracterIsiticas de naturezaprivada. para atender a várias estradas de ferro paulistas, efltf?'âs'iTaisdestacava-se a Sorocabana.

Roberto Mange principairnente comoPolitdcnica de S. Paulo e fundador cia Escola Profisinhfid,'em1924, junto ao Liceu de Artes e OfIcios de S. Pti'&thhàlifhssoa importantes industriais e politicos da epoca dfadilit&u'aropa-gacã.o de sen genial idealismo.

Após o Decreto-Lei n 2 4.048 que ci itSëiçb NdiOnal dc

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ru

Aprrndizagem dos lndustriários, o qual, no decorrer do mesmo anopassou a denominar-se Servico National de Aprendizagem Industrial-SENAI, vários Decretos-Leis, Decretos, dispositivos regularnentares eregimentais foram baixados corn o objetivo de disciplinar a organiza-co, administração e operacionalizacâo do SENAI. Desses, dois devernser destacados por condensarrn os dernais e melhor definirem ascaracterIsticas jurIdicas e as fina.1.idades da Instituição.

Assirn, mrecern destaqUe os Decretos n 10.009 e 494.

respectivarnentede 16 de juihO de 1941e de 10 dc janeiro de 1962, queaprovararn os dois dnicoS Regthiefltos do SENAI ate hoje editados. 0segundoRegimento mantéiT aestrutura otgatiizacional básica da enti-dade q.iie compreende urn Conseiho de âmbito nacional e urn órgãoCentrd de Coocdenaço, denorninado Departamer to Nacional, o qualde jnicin si,lyomlinava também as Delegacias Regioiiais, criadas nas

RegiOes, que eram compostas de urn on mais Estados on DistritosFederais que não contassem corn Federação de Indéstrias; ConseihosRegionais e Departamentos Regionais, onde se constituIrarn as Federa-cOes das Indéstrias, órgaos sindicais patronais de 2 Q grail. Reafirma a

definiçäo do SENAI como Entidade de direito privado, organizada e(irninistrada pela Confedera(;ão Nacional da Indistria. Traca suas

filidades resurnindo-as em: a) "organizare administrar, emtodo opals,escolas de aprendizagern" para jovens de 14 a 18 anos de idade; b)assistir os empregadores na elaboração e execução de programas detreiiiamento e na organizacäo da aprendizagem metódica no próprioernprego c) ministrar Cursos rápidos e de aperfeicoamento para niaio-

res de. 18 anos; .d) coop&ar no desenvolvirnentO de pesqu.isas tecnoló-gicas de interessrpara,ainddstDia eatividades,asseneihadaS; e) propor-

cionar holsas cta ggtud6para'th gathos4affiresaScOm rnais de 500

trahaihadores e pam servidOres dpi6priO SENALDentro dessas finalldadts e c ttefIsticas o Serviço Nacional

de Aprendizagem Industrial iflrla ill gtitiiiãO de etiino profissional dealta flexiblidade, isto é, capaZ di st.adàtãtiapidameflte as variaçöes dademanda econômica de capacitaçaotéchicade rnão-de-obra, livre dequatquer peia de ordem legal on admir.istrativa. Por isso mesmo trata-se de urn Serviço cuja eficácia está na rao direta da competência e dacriatividade de seus órgãos norniativoS e executivos.

2. DELEGACIA REGIONAL DO SENA! DO PAAt SAN-TA CATARINA - iVO CAUD'URO PICOLI E1AUM$OMENDES DA SILVA

Ainda nao havia sido baixada a Instruçao de Servico n2 1, de19/05/1944, pela qual o Diretor do Departamento Ntcional do SENA!oficializava a divisão do pals em 10 Regioes, para fins administrativos- dentre as quais a 71 abrangia Os Estados do Paraná e Santa Catarina -para a administraçAo desta, a 12 de marco do ano anterior já era nonieadno engenheiro catarinense Ivo Cauduro Picoli. Como a posse desseprimeiro Delegado realizou-se sem maiores formalidades, é essa data,12 de marco de 1943 que marca o evento da criacão da "DelegaciaReginal do SENAI do Paraná e Santa Catarina", corn sede em Curitiba.0 novo Delegado, após receber a necessária orientação do Diretor doDepartamento Nacional do SENAI Joâo Luderitz e de seu Chefe ciaDivisão Técnica Licério Schreiner; deter visitaclo ojá criado Departa-mento Regional do SENAI dé São Paulo e de ter recebido valiosasinformacOes de sen Diretor Roberto Mange e de seu principal Assessoritalo Bologna - retornou a Curitiba iniciando imediatamente a instala-ção da Delegacia.

Durante suas repetidas viagens ao Rio de Janeiro era substi-tuldo pela Contadora Gisela Stock Portugal ou pelo medico Dr. AntonioFerreira Pimpao. Alias, foi dona Gisela que instalou os prirneiros Cijrsosde "Trabalhadores Menores" na Academia de Comercio De Plácido eSilva.

Os prirneiros cursos nas areas ocupacionais de Mecânica eDesenho Técnico foram instalados pelo Delegado, na Escola Técnica eIndustrial de Curitiba, corn a colaboracão de seu Diretor Eng/ LauroWilhem.

A sede da Delegacia foi instalada no 1 9 atrdidblEdiflcioMoreira Garcez, sito a Avenida João Pessoa, i.frDibä Ossetbres burocráticos - Secretaria, Protocofo, Càthli&A1itbiri-fado - ja se encontravam instalados quando a 1- deseternro de 1943 oDelegado admitiu o Professor Antonio Thehnd 1rizah, cuja expe-riéncia adquirida na Escola Profissional TibürcioCavalcanti, de Ponta Grossa e treirnéfltéS i'sCè?ittoFrro-

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virio de Ensino e Seleção Profissional de S. Paulo, muito contribuIrarnlra ckslanchar os primeiros passos do SENAI no Paraná e SantaCataiiva. Muito apoio deram a promocão polItica e a iniplantacão doSFNAI "a 7 Região o medico Dr. Antonio Ferreira Pimpão, por suas!gacñes corn as autoridades estaduais e o Delegado Regional do

Trahaiho Dr. Alvaro Albuquerque. 0 Dr. Pimpão inclusivejâ haviasidoPrefeito Municipal no interior do Estado, e foi o primeiro srvidor daDelegacia, depois do Delegado.

Quando Ivo Cauduro Picoli deixou o cargo de Delegado paraassumir a Chefia da .Divisão de Ensino do Departamento Nacional doSENAI. corn a nomeacão do Eng2 Flausino Mendes da Silva parasijhstltnl-In. em 16 de marco de 1944; durante urn ano e onze dias haviadivulgado o SENA! nos dois Estados, admitido pessoal técnico el,urocrSico, iristalado a Delegacia e os primeiros Cursos do SENAI em(luritiha, Ponta Grossa, Joinvile e Blumenau, programado aconstruçäock "Escolas Lie Aprendizagern" em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa,FiorianOpolis. Joinvile, Blumenau, Tubarão e Criciüma - todas rnaistarde constrnIdas, exceto a de Florianópolis que foi instalada em prédioadqui rido e adaptado e a de Criciüma que foi transferidapara Siderópolis,

ror meihor sat isfazer as necessidades de treinamento de mineiros de;1rv.o, em plena Segunda Guerra Mundial.

o Eng2 Flausino Mendes da Silva ao assumir a Direção daliclegacia den prosseguimento ao progrania traçado pot Ivo CauduroPIcnH. Transferiu os Cursos da Academia de Cornércio Dc Plácido cSilva e da Escola TCcnica de Curitiba para prddios locados: urn a RitaP lachnel n. onde funcionou a Oficina de Aprendizagem de Alfaiataria eernm m!nistradas atilas de cultura geral, e outro a Alameda Princesa D!s:TheI onde erarn ministradas as práticas de oficina e as aulas de cultura

tecuica.Aérn do papel desempenhado pelo Chefe da Seccäo de

Ensino AntOnio Theolin.do Trevizan, no planejamento e instalação dosprirnerios Cursos diretamente ministrados pelo SENAI no Paraná,merece set lembrada a competência e a rara dcdicacao ao ensinoproflssional do prirneiro "Instrutor Chefe" Afonso Schinzel.

A 1 de junho de 1944 vieram se juntar ao professor Trevizanos cornpetentes Professores Rubens de Assunçao Miranda e AntOnio

Weinhardt, que muito contribuIram corn sUa echl,capacidade e raro idealismo para traçar ogdi3doSENAI. 0 prinleiro, sempre preocupado corn apelo eclucando: o segundo, corn seu ajustamento social cbntInuodesenvolvirnento da personalidade. Weinhardt, após se ter especializa-do na Franca cliriglu o setor de Selecão e 0rientaçãPdfis1onal,irnplantou os cursos vocacionais para alunos de 12 a .13 anos de idadeque, além do conhecimento de ferramentas e matérias-primas procuravadespertar nos nos jovens a melhor vocação profissional e O álMocriativo.

0 exercIcio da gestão delegada pelo Departamento Nacionaldo SENA.1 no Estado do Paraná encerrou-se em 31 de dezembro de 1947corn a criacão e o reconhecimento da Federaçao das lnddstrias, que tevecomo conseqiiéncia a transformacão da Delegacia em DepartamentoRegional do SENAI na forma prevista pelo "Reginiento do ServiçnNac.ional de Aprendizagem Industrial - SENAI", aprovado pelo Decrrto n 10.009, de 16 de juiho de 1942.

Durante o ültimo ano da fase de Delegacia, o SENA! noEstado do Paraná irnplantou cursos de formaçao profissional em Curi-tiba e Ponta Grossa: adquiriu terrenos para a construcão de Escolas deAprendizagern ciii Curitiba e Londruna. Nestas duas (iltimas den inIcioas obras de execuco dos projetos elaborados pela Divisão Técnica doDepartamento Nacional.

Nesse niesrno perlodo.' no Paraná foram ministrados Cursosde Ajustagem, Tornearia Mecânica, Fundiçao, Motor de Explosão.Eletricidade, Solda. Mecànica de Radio, Tornearia de Madeira e Cons-trucäo Civil, corn urn total de 45 alunos concluintes.

E interessante lembrar que após os alunos cotichiIrni astarefas que compunharn a respectiva "Série MetOdita de Oficina",passavann a trahalhar em equipes multidisciplinares ii 66risifdq5b demáquinas, aparelhos on peças industrials, como aldéiV ajO't', fogiode cozinlia, portäo de ferro e rnohiliário quepecas industriais on vendidas a alunos e sidOs NA!. Aaprendizagern de construçao civil atuava na consruão de muros epequenas edificacOes. . . J.

Foi uma época de salutar pioiieitismo lc-ado'et princIpios

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4. racionais e pedagógicos da "Escola Nova" da qual o major arauto nesteEstado era o Professor Erasmo Photo, Diretor Técnico da "Escola deProfessores de Curitiba".

3. DEPARTAMENTO REGIONAL DO SENAL DO PARANA

fSsegufldo estabelecia o art. 12 do Regimento do SENAI,aprovado pelo Decreto W 9 10.009, de 16 de juiho de 1942, no DistritoFederal como também no Estado on Território em que houvessefederacão das inddstriàs, seria constituldo urn Conselho Regional"composto dos segu:iiltes mernebros: presidnte dafederaçao das indiis-trias on seu representante, trés representantes dos sindicatos dos empre-gadores da indüstra, diretor do depattarnento regional do SENAL,Delegado Federal de Educaçao do Ministério da Educação e Sadde ouseu representante e urn representante do Ministério do Trabaiho. Indds-tria e Comércio designado pelo Ministro"

A Federaçao das Inddstrias do Estado do Paraná-FIEP foicriada por sete sindicatos em reunião do dia 28 de outubro de 1943, nasede do Sindicato da Inddstria do Mate, a rua Marechal FlorianoPeixoto. 134. 2 aridar, tendo sido aclamado Presidente da DiretoriaProvisória o Dr. Heitor Stockier de Franca, corn os seguintes membros:vice-presidente Arnaldo Paulo Lipmann, 1 9 secretário Manoel Francis-co Correa, 2Q secretário Luis Alberto Langer, V tesoureiro TeófiloKiarnas. 2 tesoureiro Julio C. Moura.

)< Entretanto sua existéncia de direito aconteceu a partir de 18 deagosto de 1944 corn o reconhecimento peio Ministério do Trabaiho,lod(istria e Comércio e expedicao da respectiva "Carta". A filiaçao daPEP a Confederaçao Nacional da Inddstria-CNIaos 19 dias do més deoutubro de 1946 ultirnou o processo jurIdico-administrativo exigidopara o desmembramento do SENAJ/PR do SENAi/SC e sua caracteri-zacão corno Departamento Regional. Todavia passaria urn ano, trésmeses e 13 dias para que essa condicao de fato Se tornasse de plenodireito.

Segundo consta da ata de reunião da Federaçao das Indi:istriasdo Estado do Paraná realizada aos 2 dias do mês de fevereiro de 1948,

localizada no EdifIcio Moreira Garcez, 8Q andar, sala 810 nessa data, oPresidente Dr. Heitor Stockier de Franca du posse ao Eng FlausinoMendes da Silva que já vinha desempenhando as fnnçöes de Delegado,no cargo de Diretor do Departamento Regiofiäidi SENAI doParaná,para o qual havia sido nomeado peio Presidente dodo SENA!, Dr. Euvaldo Lodi, pela Instruçao de Serviço n9 1I48d 7 dejaneiro de 1948. 0 Conselho Regional que juntanlkflte cothrdDiretorRegional compoe a estrutura organizacional básica doSENAI, nos..Estados, so veio a set constituIdo meses depois. Em sua primeira reuniãoreal izada a ii de agosto de 1948 estava assim representado: .

a) Heitor Stockier de Franca - Presidente da Federaçãodas

Indiistrias do Paraná;b) Alvaro Albuquerque - Representante do Ministério do

Trahaiho, lnduistria e Comércio;c) Lauro Wilhelm - Representante do Ministdrio da Educa-

ção e Saüde;d) Jose' Bitencourt de Paula - do Sindicato da Indüstria da

Construção Civil;e) Humberto Malucelli - do Sindicato da Indüstria da Madei-

ra;f) Rodolfo Schinzei - do Sindicato da Inddstria Mecânica,

Metalürgica e de Materiais Elétricos;

g) Flausino Mendes da Silva - Diretor do DepartarnentoRegional do SENAI do Parana'.

Para secretariat as reuniOes do Conselho, o sr. Presidentedesignou o servidor da Federacao das lnddstrias do Estado do Paraná-FLEP. Rômulo da Costa Faria.

3.1 - Administração Presidente Hietor Stockler'deFrança

0 Dr. Heitor Stockier de Franca era urn hotnern de visãoglobal. Tudo o que assurnia fazia-o corn ideatistno edpIrito iii'bado. I

Nascido em Palmeira/PR em 05/11/188.drafithurnaiexis-téncia de 86 anos, por onde passou deixou a rnar&tdeeiiprOfIcuotrabaiho, a luz de sua inteligência e o caIor.deucoacãOhdnsto e

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ivagnnirno. Talentos para as atividades industriais e comerciaisj a Os

liatia do hcrço. Seu pai, Capitäo João de Araüjo Franca heneficiou aeconoma paranaense coma industria!izaçäo e o comércio da erva-mate.

d' cereals e criacão degado. Orfãoaos dois anos fora educadono ca nm ho do hem, da verdade, da honradez edo belo por sua geni.toraLeaudrina Marcondes Ribas Stockier, de ascendéncia campeira e porsua tia. Professora Ernestina da Conceiçao Stockier, de quem aprenderaa prirnei ras letras.

Como comerciário e escrivão da Coletoria Estadual de Ren-las, exe.rcitou a Ihaneza do . trato corn as pessoas de todos os nIveis

socinis. Abrindo sernpre novos caminhos corn passos firmes estabele-ceu-se no centro de Curitiba corn indástria gráfica c Iivraria, a "LivrariaMwidiaI. Formou-se em Direito. Desde a adolescéncia projetou-se noSCIO dos lieratos paranaenses corn obras de escol, narradas em prosa evcts . Poeta dc alma sublime exaltou sempre o belo e os acontecimentosque dignificarn a espécie humana.

Fiel as cliretrizes do Conseiho Nacional do SENAI do qual erarnenihro pot todos respeitadc, admirado e querido, presidiu o Conselhofe p,ionai liderando suas reuniOes corn competéncia, elevado senso deres1onsabilidade, so] idariedade e companheirismo scm preconceitos.

Nas atividades do Departamento Regional do SENAL nao sori'nl' corn absoluta lealdade o seu Diretor Regional, como apoiou

td;as boas iniciafivas que dependiam de sua aprovação privativa, oucIa :iprwaçäo do Conseiho Regional. 0 seu preslIgio junto ao ConselhoNacional da Entidade e particu!armente aos Presidentes da Confedera-can Nacional da lndliistria trouxeram para o Parana' valiosos suhsIdioslinanceiros e técnicos que auxiliaram sobremaneira a consolidaçao e aeficiéncia do SENAL neste Estado. Facilitararn e incentivaram as acOes(to D_ iretor Regional Eng Flausino MendesdaSilva e deseusauxi!iares.

Grncas aossubsIdios financeiros acrescentados a receita nor-mal do SENA! do Paraná foram concluldas as construcOes e equipadosdurante sua gestao os dois grandes Centros de Formacão Profissioal donorte e do sul do Estado corn sede em Londrina e Curitiba e exccuta.dosprograrnas dc formacão e aperfeiçoamento prof issionais nas principalsciclad.es do Estado.

A!é.m dos inestirnáveis serviços prestados ao SENAI regional

e nacional, colaborou na criacão do Servico Social da IndttiaS$Jpromoveu a instalação do mesrno no Estado do Paraná. NorneouSuperintendéncia do SESI o competente e dedicado José Maiàihãb!Fi!ho, o qual prestou vahosos apoio ao SENAI/PR forta1eceit1 acooperacäo entre as duas primeiras entidades que compunham o Siste-ma FIEP e auxiliando-as a se firmarem no conceito do meio empresarial.

No inIcio da fase Departamenta!, o SENAI do Parana ja seencoritrava cstruturado corn urna Divisão de Ensino sob a chefia do Prof..Antonio Theo!indo Trevizan que englobava as SecçOes de Selecão:.eOrientacAo Profissional, que inclusive procedia a selecão do pesso.aIpara a Administração e para as Unidades Operacionais sob a chefia doProf. Antonio Weinhardt. A Inspetoria de Ensino sob a chefia do Prof.Louriva! Sponho!z. A segunda Divisão era a de Contabilidade. Essasduas DivisOes abrangiarn todas as acOes. meio e fim, do Departamento.

Ao findar a administração do Presidente Dr. Heitor Stockier

dc Franca, em outubro de 1.958.o Departmento Regional continuava sob

a direção do Eng F!ansino Mendes da Silva, que tinha como subdiretor

o Prof. Antonio Theolindo Trevizan.Nos Centros de Formacão Profissional de Curitiba e Londrina

eram ministrados Cursos de A!faiate, Marceneiro. Pedreiro. Composi-tor Manual, Mecanotipista, Impressor, Encadernador. Ajustador. Serra-Iheiro. Mecânico de Auto. Toerneiro Mecânico, Soldador, MecAnico,Eletricista, Eletricista Instalador. Mecãnico de Radio. Mestre de Obrasem Construção Civil, Motor de, Expiosäo, Afiador de Serras e Cursos

Preparatórios para jovens e adultos.A matrIcu!a ascendia a 1.551 alunos, além da imp!antacão do

Treinamento de Supervisores nas indüstrias, através do "Método TWI"

a partir die 1957 e da prestacäo de assistência técnica aa!gumas

indristrias cine colaboravam corn o SENAI na producão de peças emáquinas industriais, fornecendo rnatéria-prima para usinagern.

Nas Indéstrias Kiahin de Ce!uiose e Papel,:em Monte Alegre

eram ministrados diversos cursos de quaIificacãoeaperfeicoanientoprofissionais, bern corno na cidade de Ponta Grossa, onde já havia sidoadquirido o terreno no qual se situa o C.F.P. do SENAI.

Fina!rnentc, por axiomático que pareça,'deve-se afirmar ciue

o Dr. 1-leitor. peio muito que rea!izaou em favor do Estado do Paraná e

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particiilarrnente do SENAI e da paz social no Brash, não so merece ogalardão da honra ao mérito, mas o tItulo de herói nacional.

3.2 - Administraçao do Presidente Lydio Paulo Bettega

Lydio Paulo Bettga é natural de Piraquara•-PR onde nasceuaos 15 dias cle jtrnho de 1904. Corn 10 anos mudou-se corn seus paisioãoBettega e Thereza Bettega para 13eunos Ayres, onde se ocupavam corn

.0 comerc,o de madeira.Seus pais esmera•arn-se por ihe prOporcionar urna educação

eclética abrangente corn sólida forrnaçâo básica4 iñstruão técnicaohjetiva em comércio, economiae finanç-as, coroadaporconhecimentosh!tnianIsticos do major valor em LInguas Vivas, Fiiosofia Pura,Apologética, Psicologia, Literatura e História, ministrados no ColégioSanta Catar.na, Colégio San Carlos, Cotégio Federal DomingosSarmiento e no Instituto Pio IX anexo a PontifIcia UniversidadeCatólica. em Buenos Aires, Argentina.

Retornou ao Brasil, corn a famIlia em 1924.Em 1928 já vamos encontrá-lo assumindo graves responsabi-

liclades dc Diretor-Gerente dos escritórios de representaçao e venda demadeira da empresa J. Bettega & Cia na cidade do Rio de Janeiro. De1930 em diante, as açOes de urn gênio criativo, do administradorcompetente. devotado ao trabalho perseverante e construtivo nao ces-sam. Cu!to e dinârnico, suas realizacOes se multiplicam em vriossetores das atividades indu•striais e cornerciais que da madeira passampelo radio e televisão, pelas bebidas, pelo cinema e corndrcio deafflorndveis. Criando, expandindo e dirigindoempresas e agremiacOessindicais traça uma das mais brilhantes trajetórias no cenário do pro-gresso para.naense.

Em 1958 Lydio Paulo Bettega é eleito Presidente da Federa-ço das lndistrias do Estado do Paraná. Nessa condicao preside pelaprimeira vez a reunião do Conselho Regional : do SENAI, a 3 de outubroclesse. ano.

A sede da FIEP havia passado por imóveis locados, a começarpe.lo X andar do EdifIcho Morei.ra Garcez, sala 81. Na ocasião encontra-

va-se localizada a Rua Cornendador Araüjo .n.252, 3?,andr.Uma das primeiras e grandes reaiizaçOes.:de.stra gestão,

assessorado por José Maranhão Filho que.como.Superiiitendente doServico social da Indüstria-SESI já havia dado sua• dficiénte cola.boa-çãø ao Pres idente Heitor Stockier de Franca foi aconstrucão do edifIiode nove andares para a instalacao da FIEP edo SESI; sito :à Rua Cndidode Abreu, 200 fiesta Capital. Desde então passoU a reunir alitânMM oConselho Regional do SENAI.

0 Conselho Regional do SENAI que presidiu pelaprimeiravez estava assim constituIdo:

Lydio Paulo Bettega, PresidenteFlausino Mendes da Silva, Diretor do Dep. Reg. do SENAIRodolfo Schinzel, Representante da lndüstriaNey Aimeida Faria, Representante da IndüstriaLauro Wilhelm, Representante do Ministério da Educacao e

Cultura.Na adrninistraçao regional do SENAL além do Diretor Fla.usino

Mendes da Silva contava corn o Professor Antonio Theolindo Trevizanno cargo de Subdiretor Regional; Louriva! Sponholz, na Chefia daDivisão de Ensino; Milton Maggioni, na Chefia da Divisão de Contabi-lidade; Lauro Ribas Linhares, na Direção do C.F.P. de Curitiba eNormando Camargo da Silva na Direçao do C.F.P. de Londrina.

Corn sua aprovaçao, por curto espaço de tempo, o Prof.Antonio Theolindo Trevizanexerceu cumulativarnente as funçOes deInterventor do Departamento Regional do SENAI, do Estado do RhodeJaneiro, tendo normal izado a situacão administrativa do rnesrno. Dessamissão foi dispensado em 17 de janeiro de 1962, tendo ijidicado parasubstitul-lo o Prof. Lourival Sponholz que permaneceu a frente daqii:eleDepartamento Regional ate 31 de marco de 1962.

No primeiro ano do mandato do Presidente. LydioPauloBettega foi consolidada a implantacao, no Paraná, do Tr6damentoProfissional na indüstria què a partir do AperfeiçoaientodutSUpervi-sores, expandiu-se por todo o Estado3 atingindopririeipaImente osnIveis de supervisao e geréncia intermediária Nesseano:foram atendi-das 107 indtstrias corn urn total de 1928 treinado

Nesse mesmo perIodo passavam pelos cu.tôsdesenvo1vidos

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em unidades operacionais fixas do SENAL, em Curitiba, Ponta Grossa,Miinte Alegre e Londrina. 1551 aluno.s.

Durante a década de 1958a 1968 em que exerceu niandatos dePrcside.nte d.a FederaçAo das Indistrias e do Conselho Regional doSENIM do Paraná. o .Dr. Lydio Paulo Bettega comandon, orientou eestirnulou corn espIrito criativo e atributos carismáticos de auténticoi(ler importantes tealizacoes do SENAI no Paraná, como por exemplo

durante a admi nistraço do Diretor do Departamento Regional, FlausinoMencles:

a) 0 planejamento e inIcio da construção do Centro deormaçao Profissional do SENAI de Ponta Grossa, que por suas

frial dadcs. em hornenagem ao saudoso Diretor, foi denominado "Cen-lro dc Treinarnento e Adaptacäo Profissional Flausino Mendes", con-forme aprovaço do Conseiho Regional do SENAI, constante da Ata da,'eun iäo real izada a 25/02/1965;

h) a iniplantação do "Servico de Treinaniento na 1ndstria";c) oaperfeicoamentodeAdministradores, OrientadoresTéc-

tacos c lnstrutores do Departamento Regional do SENA!, na Europa eEslados Uniclos.

Na administracao do Diretor Regional, Antonio TheolindoTrevzan nomeado em 23 de abril de 1962, por sua direta indicação aoPresideiite do Conseiho Nacional do SENAI, DomIcio Velloso daSilveira, corn apoio do Diretor do Departamento Nacional do SENAL.Paulo Affonso Horta Novaes:

a) conclusão da constru(;ào do C.F.P. de Ponta Grossa (Ceri-tro de Treinarnento e Adpatacão Profissional Flausino Mendes);

h) expansão da formacão profissional no Paraná atravds decnvênios corn Orgos técnicos dos Ministérios da Educaço e doTraballit, (PIPMO e DNMO);

c) estabelecimento de convénios entre o Departarnento Re-gional do SENA!. a Ministério das RelacOes Exteriores (Etamarati) e o

'mi tél niergovernarnental Para MigracOes Europélas-CIME corn sedeurn. (Jenebra. cu jos recursos daI oriundos permitiram equipar o "CETAP-Fiatiino Mendes', inclusive supri-lo de abundncia de água corn aconstruçäo dc urn poco artesiano e manté-lo por cinco anos. Emboraaltarnente vantajoso para o SENAI do Paraná, a aprovação desse

• 6nénio sofreu oposição de membros do Conseiho Regional, do Norte,somente tendo sido aprovado gracas ao prstIgio de que.oPresidenteLydio gozava junta ao Presidente do ConseihoNacional do SENA1,Thomas Pompeu de Souza Brasil Neto, a quabdeudecidido apoioaopleito do Paran. Nesta aitura merecem ser lembradoso ConsTdl.freiroMtônio Carlos de Ahreu e Silva, representante do Itani riite osrepresentantes do CIME no Brash, E.K.Rahardt e GuiiheriJoffiIy - asdois ditinios respectivamente Chefe e Chefe Adjunto da Missäo dbCEME no Brasil - pelo apoio técnico e politico que semrpe deramàsiniciativas do Departamento Regional do SENAI do Parana:

d) lan(;amento no Paraná do "Projeto Empresa", compostodos seguintes suhprojetos:

- Administra(;ão do TreinamentoAprendizagem de Menores no EmpregoTreinaniento de SupervisoresTreinamento de Adultos

- Reunião .Antial de Técnicos- Material Técnico de Divulgaçao;e) aprovacao dos Pianos Anuais de Trahalho do Departa-

rnento Regional;f) aquisicão de equipamentos para renovação e complemen-

tacão tdcnica do ensino, atravds do Banco Interamericano de Desenvol-virnento, corn contrapartida do SENAI e doacâo do Ministdrio daEducacão e Cuitura-MEC;

g) comemoraçOes alusivas aos 25 anos do SENA!, em 1968.Todas as tunas de aiunosque se formaram no ano receheram adenorninaç5o de "Turma Jubileu de Prata", tendo a Presidente Lydiocoma patrono.

Pode-se afirmar que se oSENAI do Paraná do qued;heste anoque comemora seu cinqUenteuário de fundacäo. muito deve àcompetdn-cia, sensibilidade hurnana, interesse diuturno pelo progresso.da Indi)s-tnia e sobretudo a força do idealismo empregado para alcanç'àtrne1horescondiçOes de vida para a classe trabaihadora, par esePresidente"doConselho Regional do SENAI.

Lyclio Paulo Bettega, assirn como Heitor Stockler de Francarepresentam a "Fase Pioneira do SENA1n6Etd doParará'..Qpapel

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qie desempenharani no carninho luminoso de suas vidas no comércio,na induistria, na educaçao técnica e na busca da paz social jamais deveráser esquecido na história do Paraná e do Brasil.

A produção do Departamento Regional do SENAL, no ültimoano de sua gestão foi de 2521 matrIculas de alunos, e 123 turmas,qual.ificados on aperfeicoados em cursos de capacitação técnica, minis-trados nos Centros de Formação Prof issional de Curitiba, Ponta Grossa,Monte Alegre e Londrina, no local de trabalho e em dezenas dernunicIpios, abrangendo 291 empresas do setor secundário da econo-

mia.Finalmente é mister destacar o grande apreco dedicado pot

esse Presidente aos serviddores do SENA!, manifestado principalmentepot ocasião das solenidades realizadas para comemorar o Jubileu dePrata da instalação do SENAL no Estado do Paraná.

0 Presidente Lydio não so participou da elaboracao do pro-grama conio tomou pane ativa em todas as solenidades.

Todos os servidores foram premiados corn cheques bancári-os. Aqueles admitidos ha mais de 5, 10, 15 e 20 anos foram homenage-ados corn uma insignia de onto, onde se destacava o nümero de anos deserviços prestados ao SENAI do Parana', sobre urn campo azul.

3.3 - Administração Presideñte Mario De Marl

Mario De Mari nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de1923. E Iii ho de Augusto e Henriqueta De Man. Seu pai foi comercianteestabelecido em Curitiba, corn armazém de secos e molhados e materi-als para construção civil a quem, o jovem De Mari,na adolescéncia,Preston destemida colaboraçAo. Casado corn Ursula Elizabeth HenrieteDe Mari, teve dois filhos: Carmem Lécia De Mari Ribas e Mario DeMari Jt'inior.

No Ian, na escola e na universidade recebeu esmerada ecompleta educação básica e superior. Em 1946 formou-se em Engenha-na Civil na Universidade Federal do Parana'.

Participou de vánios cursos nas areas de Anquitetura, Admi-n istração e Economi a quando teve oportunidade de aprofundar e alargar

os conhecimentos que servitam de forte apoiO parao desltichareficiente de sua carreira técnica e para projet a- 'r. siIa..striuIar 1SI19iitdade no mundo cientIfico, no setor industrial eno compleko ëTp&apolItica sindical, havendo-se sempre corn excepcioi lbri1haiitisiiti. Nabusca constante de novas informaçöes, trilhou os pnincipai ninhodo mundo cnn missOes especIficas dos cargos que ocupavaOupa aindahoje, on smmplesmente pela sede de desbravar o descoiihcidot Vistcerca de cento e cinquenta palses, absorvendo e divtilgalido euln*4conhecimentos técnicos e sociais deste e de outros continentestjb

No setor püblico desernpenhou irnportantes funcOes i(Pffeitura Municipal de Curitiba. No setor privado criou e corna;iidtugrandes empresas. Participou de organizaçöes e missOes de planeja-mento e desenvolvirnento social e econômico do Estado do Paraná.Tomou parte ativa em organizacöes de grande alcance social, corno por.exemplo: Governador da Associacão Internacional do Lions Clube,Presidente do Conselho do Projeto Rondon do Paraná, PresidentedoMovimento Brasileiro de Alfabetização em Curitiba e de dezenas deoutras entidades pbIicas, particulates e agremiacOes sinclicais básicase de grau superior. Oficial da Reserva do Exército Nacional, durante aSegunda Guerra Mundial incoiporado a tropa, realizou valioso trahal hona preparacão de contingentes militates, tornando-os aptos a defesa dapátria, tanto no pals como nos campos de bataiha da veiha Europa.Terminada a guenra retortion a seus mtultiplos afazeres na vida civil.

Eleito presidente da Federacao das lndtistnias do Estado doPananá ern substituiçao ao industrial Lydio Paulo Bettega, tomou posseno dia l de outubro de .1968. Como Presidente nato. nessa qualidadeassume a lideranca do Conselho Regional do SENAI, presidindo suaprimeira reunião aos 30 dias desse mesmo més. Nessa ocasiäo oConsel ho Regional do SENAL estava assim constituIdo: Mario Dc Man;presidente; Roberto Faria Affonso da Costa, representante do Ministé-rio da Educacão e Cultura; Ewaldo Hohmann, representante do M ,hiis-

tério do Trabalho e Previdéncia Social; AntônioTheolindo Trevizan,Diretor do Departamento Regional do SENAL Como SecretárioExecutivo era mantido o Dr. SIlvio Maggioni Jñnioryqutambérnexercia as funçOes de Chefe da DivisaodeAdrniflistracao do Departa-mento Regional. Na reuniâo seguinte, alétn dosConseiheiros aponta-

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dos. foram empossados mais Os Conseiheiros: Mules LuIs Zaniolo,Atigusfo Senegal ia e Lydio Paulo Bettega, representantes das atividadesindustriais. A constituiçãO do Conseiho Regional do SENAI do Paranásofreri.a várias alteraçOes ao longo dos dois mandatos do Presidente

Mario Dc Marl.Durante OS Sets anosqlie, corno Presidente da Federaçao das

Endistrias exerceu, ex-vi de dispOsitivo regimental do SENAI, asfunçOes de Presidente do Conselilo Regional, realizou nessa lnstituicãode ejisiflOteCfliCO iittportatitesObts novas e melhorou as já existentes.No correr da administraãn do Ditetor do Departarnento RegionalAntonio Theolindo Trevian entre tittos; foram executados os seguin-tes pro jetos aprovados na gestão doPresideflte anterior:

a) Construção de mais.um pavilhão no C.F.P. de Curitiba,corn 1538m2 destinado as instalaçöes deuma oficina de aprendizagernde matrizeiros, treinamento em rnáquinas operatrizes e a instalacão da

Divisão dc Treinam.ento;h) Construção, instalação e inauguracão do C.F.P. de

Paranaguit;c) Construção e parte da instalacão da Escola SENAI e

Centro Técnico de Celulose e Papel de Telémaco Borba.Foram ainda aprovadas e dinamizadas as seguintes açOes:a) tendo em vista que o Centro de Treinamento e Formacão

de Mão-de-Obra de Monte Alegre seria absorvido pela Escola SENAIe Centro Técnico de Celulose e Papel de Teldmaco Borba e que o seucoordenador, Prof. Orual Nen&ioBoska era a pessoa indicada paradirigi-lo, foi o mesmo enviadO a Tutifli. na ItáIia, para freqQentar oCurso de Administraão dc lt titlit6edeFJrfl1aqão Profissional no('entro de AperfeicoathentO Thciid e.PtofisioPaI da Organizacão

Internacional do Trabalho'OiTh) continuacão dOi CWIVEftio corn o Comité

Intergovernamental para Migra ropéias(C1ME) que desenvol-via urn progranla de qualificaç pTOf?ssinàIda aduitos procedentes dointerior do Estado e de adaptaao ptOfiThial pata irnigrantes proce-

dentes da Europa;c) dinamização de convéttiOs corn os Mini stérios do Traba-

Iho e cia Educaçäo e Cultura (DNMO e PIPMO) os quais possibilitaram

/3()

aumentar Os cursos de qualificacao profissional de adultos c inclusivea formação profissional de centenas de jovens conscritos militares,antes de deixarern Os quartéis;

d) convênio SENAJ - Instituto Euvaldo Lodi e UhiversidadeFederal do Paraná para treinaniento dc estudantes de Cursos Superioredas areas técnicas de Mecânica e Eletricidade;

e) convénio SUDESUL para pesquisa de mão-deobra: enecessidadesde form a(;ãoprofissional. Essapesquisafornece!eleihen-tos para a elaboracão e exedução de urn importante prograrna deformacao profissional para trabaihadores da Indüstria da ConstruçaoCivil, executado em convénio corn o Departamento Nacional de Mao-de-Obra do MTPS. Os alunos receberarn. "Bolsa AuxIlio" em diriheirodurante o durso. Os concluintes receberam inclusive jogo de ferramen-tas;

f) 0 ESTABELECIMENTO DE CONVENLO COM 0GOVERNO DO ESTADO DO PARANA PARA A REALIzAcA0DE CURSOS DE APRENDIZAGEM COM EQUIVALENCIA DO l.GRAU DO ENSINO FORMAL, PREVISTA NA LEI N L 5692, DE1971;

g) participação do Departamento Regional do SENAI na"Feira Nacional de Engenharia e Ind6stria".

A 08/1 1/1972 o Consultor Técnico Antonio TheolindoTrevizan foi dispensado das funcöes de Diretor do DepartamntoRegional. Terminava nessa data a fase do pioneirismo do SENAI. noEstado do Paraná. Surgia nesse final de ano o grande parque industrialde Curitiba, situado na periferia sul da cidade. Otitros parques a seguirsinstalariam nos principais pólos de desenvoIvimentoeconOrnico'd.iiEstado, como os de Ponta Grossa, Londrina, Cacavel e outros..substituir o Prof. Trevizan, pot indicacâo do PresidenteMário Dc Mafi,o :Presidente do Conseiho Nacional do SENAI,Thornaz.Poi'h1deSOuza Brasil Netto, nomeou "pro tempore", osubditb8OMpta-mento Prof. Lourival Sponholz, na mesma datã08/1 1Ii972t

Devido ao curto lapso de sua adm.iflistrà'o...itf Lourival.aeiias deu continuidade aos "Plaiiosda Th1ltO pOados .i1cConselho Regional para os exercIciosde :197/dS'iã tnereeidestaque as providéncias que tomotli ara caiuI plait4ão do Curso

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TéCniCO de Celulose e Papel na Escola SENAT e Centro Tdcnico de(elulose. e Papel de Telêmaco Borba, de forma a permitir oinIcio de suastivdades a l de marco de 1973.

A 13/03/1973 o Prof. Lourival Sponholz foi dispensado dasfunçoes de .Diretor Regional "pro tempore", retornando a suas funcOesnormais de "Diretot Regional Adjunto". Pot indicacão do Presidente do('onseiho Regional Eng Mario De Mari,para dirigir o Departarnento

Regional do SENAI do Parana' , neSta msrna data e nomeado o Dr.

(ierôni.rnlo de Macedo Mali que já ocupara o cargo de Vice-Presidentecia Federaçäo das lndcistrias do Etado do Paraná.

Durante a administtaão do Dr. Gerônimo, o SENAL doParni continuou a se expandir, tanto no que se refere ao leque dostItiiios ocupacionais, quanto a sua capacidade fIsica.

Ainda sob a liderança do Presidente Mario De Mari e aaclmiiiistração do Dr. Gerônimo foi inaugurada a Escola SENA! eCentro Técnico de Celulose e Papel de Telêmaco Borba e ainda comoiniciativa de grande alcance, na expansão dos serviços do SENAI,verificou-se a cniacão e irnplantacão do Centro de Unidades Móveis deFormação Profissional. Nesse contexto merece especial destaque oirabaiho desenvolvido pelo então Chefe da Divisão de Ensino, Prof.Lauro Rihas Linhares, urn dos mais diligentes pioneiros do SENAI doParami. que admitido em 19/07/1944 iniciou suas atividades conioprofessor na "Escola da Mina do Mato", da Companhia Metropolitana,de exfração de cart'ão, em Cniciáma, Santa Catarina. Corn seu dinamis-moe invuIgardediaco as at-ividads doSENAI, Lauro Ribas Linhares,via- gestöes do Diretor Gerônirno 'de Macedo Molli e do PresidenteMario De Man, foi o principal inh.tivdOt da criacão do "Centro de

Unidades Móveis deDezenas de " 0jdades"eficaZmgflteequips e corn Instru-

tores treinados tornaram-se àptasa atender à'demanda de formacãoprofissional, presente rnesrno nos mais rernotos municIpioS do Estado

do Paraná.No ñltimo exercIcio dagestaodoPESideflte Mario De Man

euicerrado em 31/09/1974, o Departamento Regional do SENAI do

Parana' efetuo \ em seus Cursos e Trehiatiento, 7.202 matrIculas,inclitindo alunos dos Cursos de AprendiZageirrCOrn equivalência do l

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grau do ensino formal supletivo, atendendoa856 reã:J,do setor.secundánio da economia. A crença, a fé e oideaiinsnOncaeionaldatodos os servidores do SENAI do Parahá obbjetiv: sdessa Institiiid

Pazção; a busca de meihores dias para aprosperidade para todos os brasileiros acaprichosos da saga humana - testeniunhavam mäisuave arIuagestão do Presidente MSnio De Man.

'*01 ;ç1I

3.4 - Administração Presidente Altavir Zanhillo cw

Attavir Zaniolo nasceu em São José dos Pinhais-PR, a 22/0711922. Filho do sr. Modesto Zaniolo e Dona Julia B. Zaniolo. Contraiunüpcias corn a sra. Elza M. Zaniolo, de cujo matrimônio nasceram osfilhos Luis César, Cantos Roberto e Jtilia Maria.

E administradon de Empresas, Contador e Industrial.Suas atividades profissionais atestam urn elevado nivel de

competéncia tdcnica e excepcional tinocInio no campo de funçOesadministrativas e das relacoes sociais.

Tais qualidades permitiram-Ihe exercer o cornando diretivode importantes empresas e ocupar posiçaode destaque na liderança dapolItica sindical, principalmente de categonias econômicas do Estado doPataná, como por exemplo na Indéstnia da Madeira Zalilolo S/A;Agnopecuaria Florestal AMA Ltda., Presidente da FederacaO das 1ndüstnias do Estado do Paraná, na Vice-Presidéncia da Confedetação Naèi'oñal da Ind6stnia-CN1, na Presidéncia do Sindicato da thdñstria.d..Laminados e Compensados do Parané, Presidente da Comisãoi4e'Desenvolvimento da Pequena e Media Indñstnia junto a CNLédZPasde outros cargos de igual relevo em dezenas de ditris<tiddsec.oñômicas e sociais.

0 teconhecimento não so de sua capaeidad&tóñiôae admi•nistrativa, mas tambdm de relevantes serviçosqueratravés de Cluhes de Serviço e deentidadesfi1antj'ópicas corn.oaodapresidénciado Hospital deSC provam as inümerascurio de uma vida toda voltada para otr alhcrprbt1utivo'e bmesfat

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econOmico e social dos paranaenses, bern corno a prosperidade nacio-nal.

Altavir Zaniolo por sua luta diuturna a favor da indüstriaparariaense e nacional, por suas açOes a favor das categorias econôrnicasI- profissionais, do progresso dos trabaihadores impulsionados pelaedicacão técnica, pela grandeza de alma que estampa em suas relacoesinterpessoais, pelo exemplo que sempre deu de homem honesto elionrado. dedicado ao trabalho, a famIlia e a pátria - bern merece o tItulode "Cidadão Eminente do Parariá".

• Eleito Presidnte da Federacao das Indt'istrias do Paraná,inicion sua gestão a 1/10/1974.

POT ter convivido corn o SENAI vários anos, quando noexeucIcio de Vice-Presiente da FIEP, conhecia bern os critérios eobjetivos dessa lnstituiçao.

Ex-vi do sell mandato de Presidente nato do Conselho Regi-onal do SENAI do Paraná, presidiu sua primeira reunião a 28 de outubrode 1974. Naquela data, o mencionado órgão normativo de aconipanha-mento e controle das atividades do Departrnento Regional do SENA!estava assini constituIdo: Altavir Zaniolo, Presidente; Evaldo Hohmann,representante do Ministério do Trabaiho; Ivo Mezzadri, representantedo Ministério da Educacão e Cultura; Gerônimo de Macedo Molli,Diretor do Departamento Reginonal do SENAI; Lydio Paulo Bettega,Geraklo Hens e Miguel Arquimedes Richiter, representantes da Indils-tria, seguidos de mais os suplentes Orlando Cmi, Anacleto Busato e JoãoManfredo W. Siemens.

Ao assumir a Presidéncia do CdnseIhoRegional do SENAI,Altavir Zaniolo encontrou na direcoadmithstratiyatécnica e operaci-onal do Departarnento Regional umafOtte, ecpefiente ededicada equipede qervidores, preparada paia cOrnfflthito tabalhO e competéncia ir aoencontro dos anseios do novo Presidente, de dinamizar e expandir asaçñes do SENA! na mesma proporç5o.•rue1resciamos parques i.ndus-triais, os transportes e as comunicacOeseni todo o Estado e consequen-temente o seu suporte financeiro. Alérncto Diretor Regional Gerônimode Macedo Molli, e do Diretor Regional Adjunto Lourival Sponholz,destacavani-se por sua capacidade, eperincia e dinamismo o Dr.Silvio Maggiorini Jinior na Chefia da Divisão de Administraçâo; o

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Adrninistrador Mariano RodriguesPlanejamento, EstatItica e COntrole; O tin naChefia da Divisão de Ensifio; o Dr.Divisão de Treinawento; o Dr. LuisJurIdica.

Corn essa equipe de escol,da faina industrial, corn seriedade de prop5sitos efora difIcil Para o Presidente Altavir pôr em ptátitodéoji.thiaspiraçOes de grande alcance. Assim é que nos , l2arlos A frfltdffsdestinos do SENAI do Paraná permitiram-Ihe osfadoscriar e acresthttar iniImeras tlnidades Operacionais a capacidade já istM'l doDepartamento Regional, gerar e estimular novas acoes 4ne iriamcaracterizar urna das fases de maior crescimento do SENAI no Estado.Entre suas principais realizaçOes que do corneco ao fini de setismandatos, contou corn a colaboraçao imediata do Diretor RegioiiálGerônimo de Macedo Molli, contam-se as seguintes: Ji

a) A construçâo e instalaçao do C.R.P. da Cidade lndustialde Curitiba;

b) a ampliação da sede do Departarnento Regional e doC.F.P. de Curitiba corn a construçaode novos artxt;

d) a arnpliação do C.F.P. de Londrii1a,cti a cOnstruçäo denovas dependéncias;

e) a ampliaçao do C.F.P. de Ponta Grossa corn novas edifi-CacOes;

a instalaçao do C.F.P. de Foz do Iguacu;g) a aquisiçao de uma area corn 454 1m2, sita a RtlaJdão

Viana Seiler, em Curitiba, destinada a nova sede do DepattaifientoRegional do SENAI;

h) a construção e instalaçao do C.F.P. de União da Vitóriai) a construção e instalaçao do C.F.P. de Pato Branco;j) a construcão e instalaçao da "Escola Técnica de dail

niento" em nIvel de 2 0 grau do ensino formal supletivo na CithdáIndustrial de Curitiba. M44

Além dessas realizaçOes, em caráter definitivo, contfibfifi-amo ensino do SENAI no interior do Estado, a S1a56 doe

Ntileos de Formaçao Profissional nas sedes dos rnuThipios d

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nipcias corn a senhora Maria Lulsa RennevWber,duj&matrimóionasceram as filhas Marta e Carmem Teve apurada eduGaçãbasicaesuperior no lar e na escola, formando-se Contbilista Professor'deEscolas Tecnicas de Contabilidade,Organizacao e Métodos em seuEstado natai.' .'. ;.

Em Porto Alegre e Buenos Ayresrtcve 'opor Ià1 de..aperfeiçoar e aprofundar seus conhecimento nas areas iidUritcomcrcial principalmente na administracao de empresas, dti'Ubscomerciais, alta geréncla, economia e psicologia das rela60-11dustfiais Pôs em pratica sua capacidade técnica e de relacoe interpessoaise.sociais em atividades desenvolvidas na Universidadedo Rio Grandd. 4.Sul e em funcOes administrativas exercidas junto ao governo do EStadde Santa Catarina.

Em 1964 veio fixar-se em Curitiba, onde como enipresio .passou a desenvolver atividades no comdrcio e na inddstria,hafabricacao e venda de produts de escritório e de artes gráficas1

Uma personalidade aberta, genuIna e comunicativa desdelogo abriu-lhe espaco na Iiderança de associaçOes cornuilitárias e decategorias econômicas. Entre os muitos cargos importantes tjue exerceflie exerce estão os de Presidente da Federacao das 1nsd6striasdoP-aran4-Presidente dos Conselhos Regionais do Serviço Naciona1deAprendizaagem Industrial-SENAI e do Serviço Social da IndisWiaSESI, Diretor Geral deste tiltimo e Diretor Geral do Instituto EuvaldoLodi-IEL; Presidente do Centro de lndiistrias do Estado do Pârariá eVice-Presidente da Confederacao Nacional da lndi'istria-CNI; Presi,dente da ABIGRAF/PR. membro do Conseiho de Desenvolvirnentoda,PontifIcia Universidade Católica do Paraná-PUC PR; PresidenteidConseiho do Servico Brasileiro de Assisténcia a Pequena e MdaEmpresa-SEBRAE/PR e Presidente do Sindicato da lndtistria G.ráfi,ado Estado do Parana, Presidente da Comissão de Orçamento doCoie-Iho Nacional do Serviço Social da Industria-SESI e representánte daConfederaçao Nacional da lndCistria na Organizacao das Naçöes Uni.. 4:das-ONU.

Eleito em 22/08/1986, tomou posse do cargo de Presidenteda;Fderação das Industrias do Estado do Parana em 1 2 de oumbrosegainle. .;..J

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(nnapI.!ava. Rio Branco do Sul e Apucarana.Para adaptar ou ampliar os C.F.Ps. de maneira a comportarem

frrniaço profissional em major nñmero de tItulos ocupacionais, Aitavirr'l!znu, corn apoio da Administraçao do Departamento Regional, timarplo programa de reformas e melhorias nos espaços fIsicos e nasinctalacOes das Unidades Operacionais fixas do Departamento Regio-nal, devon Para cerca de trés dezenasas Unidades Móveis tornando-asaptas a ministrar forniacão profisisonal e treinamento em mais de umacenteua dc ocupacOes qualificadas, do saneamento a eletrônica.

Dinamizou e e.xpandiu as açöes decorrentes de convénios cornentidacles estaduais e federals, da administraçao piiblia direta e indire-ta

Em 1986, derradeiro ano de seu mandato à•frente do ConseihoRegional do SENAI, as Unidades Operacionais do DepartamentoRegional atingiram a elevada cifra de 42.177 matrIculas de trabaihado-res em Cursos e Treinamento profissionais realizados na capital e nointerior do Estado, o que por Si SO seria bastante para consagrar umaeficiente aclministraçao.

Trés fatores importantes contribuIrarn Para o sucesso daA d miriistraçao do Presidente Altavir Zaniolo:

1 - a capacidade e a dedicacão do Presidente;- a qualidade, criatividade e o idealismo do Diretor Regio-

nal do SENAL e de sua equipe;- a confiança e certeza de todo o pessoal da Adminisstração

e das Unidades Operaciona .is do Departamento Regional na competén-cia e nos critérios de justiça tanto do CnseIho como das Chefiasregionals.

3.5 - Administracäo Presidente Jorge Aloysio Weber

0 industrial Jorge Aloysio'Weber fol empossado pela primei-ra vez no cargo de Presidente da Fecleracao das indüstrias do Paraná em1.0/10/1986. Nesse cargo adquiriu a qualidade de presidente nato doCoriseiho Regional do SENAI.

E natural de Passo Fundo-RS onderia•sceu em 1928. E filho dosr. Frederico Bernardo Weber e Da. Nila Marques Weber. Contrai.0

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Regional do SENAI do Paraná o economists Ito Vieira;cdineercicio

a partir de 12/02/1988.Ito Vieira e dessas personagens que no teatro da vida abrti

caminho, caminhando luzes endogenas iluminam a triIha'd.&ispassos. Graças ao caráter genulno de seus atos, dificuldade queoiitmpareciam inertes, tornam-se flexiveis e permeáveis a mudanaórtü-nas e promissoras. Abrindo caminho, caniinhando; pelas.std1asdeuma adolescéncia severa, porém sem jaca, seus pais e avós indicaranlhe as oportunidades, segundo as quais as circunstãncias econôniisociais que o rodeavam poderiàm permitir-Ihe sucesso no traha1hcrtävida. 'oq.

Sua formacão básica, a par de estudos propedéuticc$s. de)1e29 graus, iniciou-se corn o Curso de Aprendizagem em ArtésGtáfiâsno Centro de Formaçao Profissional do SENAI de Curitiba. Iilgtessaiidono mundo do trabalho ainda jovem, passou por várias empresas,desempenhando fun, çOes em ocupaçOes cia i ndiistria gráfica ascendeü ãbnIvel de supervisor de produçao.

A 10/02/1967, corn 27 anos ingressou no SENAI para des'ei-penhar as funcOes de Instrutor de Aprendizagem no C.F.P. de Curitii5.0 born filho a casa tornava. Subindo sempre, abrindo caminho cathi-nhando, ocupou cargos e desempenhou funçães de InstrutOr de Trina-mento na area de Higiene e Seguranca do Trabaiho, OrientadbrTécnicoEmpresarial para montagem de programas de Forrnacao ProfissionaFcorn incentivos fiscais proporcionados pela Lei n 2697/75 e Acordospara a nealizaçao da Aprendizagem Metódica no Próprio EmptAssistente de Direcão do Centro de Formacao Profissional do SENAIde Curitiba, Diretor do Centro de Formacão Profissional da CidadeIndustrial de Curitiba e antes de ocupar o atual cargo de Diretor Regionalexercia as funçOes de Chefe cia Divisão de Treinamento do DepartimePto Regional do SENAI.

Ao mesmo tempo que traçava uma das mais briIhntes tr4-tórias jamais percorrida pot outros servidores do Serviço Nacion1dAprendizagem Industrial em todo opals, complementava sua forthc..técnica e humanlstica em cursos de nivel médio e superior, taisind:Técnico de Contabilidade, Bacharel em Ciéncias Econ6micas1rfssor de Disciplinas EspecIficas de 2 grau, Técnico de Seuranca do

A 09/110/86 presidiu pela primeira vez o Conselho Regionaldo SENAI. Nessa ocasião esse órgao do sistema FIEP estava assimconstituldo; Jorge Alysio Weber, Presidente; Gil José Galli, represen-tante do Ministério do Trabaiho; Waldomiro Koialanskas Fliho, repre-sentante das categorias econômicas dos Transportes, das Comunica-çñes e cia Pesca e, empossados na mesma reunião, Mario De Man, JoãoBaptista Fontana e Cnistovam Linero Sobrinho, representantes dasatividades industriais, que tinhani como suplentes João ManfredoWarkentin Siemens, Hélio Brugmann de Campos e Armando Moura.Oilson Schmidt era mantido na funcão de Secretário Executivo dore.ferido Conselho.

Por Portania baixada pelo Presidente do Conselho Nacional doSEN.AI datacla de 29/01/1988 que entrou em vigor a 31 desse mesmomés. o Dr. Gerônimo de Macedo Molli, em conseqüéncia de intermedi-aço do Presidente Jorge Aloysio Weber foi dispensado do cargo deDiretor do Departamento Regional do SENAL do Paraná, funçOes essasqite vinha desempenhando desde 13/03/1973.

Durante a gesto do Presidente Jorge A. Weber e a adminis-fracio do Diretor Gerônimo de Macedo Molli merecem especial desta-que a instalaçao do Nücleo de Formacao Profissional na sede dornunicIpio de Toledo, que contemplando a laboriosa e próspera regiãodo Oeste. e os inmeros melhoramentos técnicos decorrentes de equi-pamentos novos ou renovados introduzidos nas Unidades Operacio-nais. EdifIcios existentes foram reformados e instalaçOes substituIdas enielhoradas.

Ao terniinar a geréncia do Departamento Regional do SENAL,(Ie.rônimo de Macedo Moli tinha como octipãntës dos principals cargosde chefia os seguintes servidores: Matianó Rodrigues do Carmo,Assessor Geral; César Gomes Pessoa Assesor rFdcnico; Edésio GovéaFilho. Auditor Geral; Oilson Schmidt, Dittot Administrativo-Finan-ceiro: Joao Barreto Lopes, DiretordeRcursoSHurna pos; Nelson DaherSantos. Diretor de Planejamento, Pesquisae : AVatiacao; Orual NemézioBoska, Diretor de Forrnaçao Profissional.

Por intercessão do Presidente Jorge A. Weber junto ao Presi-denfe do Conselho Nacional do SENAI,senador Albano Franco, foinomeado para o cargo de confiança de Diretor do Departamento

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Sancamerito da Cidade Industrial de Curitiba; n"

e) construção de urn patio dRangu;

corn 168m2; Ur, ft

f) instalação e inauguracão

g) construção e instalacão do Centro, de'T é%1gia daM

deira e do Mobiliário em São José dos Pinhais emferredo doadI,prefeitura municipal, corn assistencla tecnlca do Go'erno do Estado

Alenião de Baden -Wuntemberg; .

h) consolidação do C.F.P. de Rio Branco do Sulatdofnconvênio corn a Companhia de Cirnento Rio Branco, do Grupo

Votorantim;i) regularizacão e defini(;ão predial dos C.F.Ps. de PatE

Branco, Toledo e Apucarana;

j) - aquisicão e irnplantacão de mais duas Unidades Móveis de ForthaãProfissional: Costura Industrial e Marcenaria;

k) ampi iação das oficinas do C.F.P. de União da Vitória corn

mais unia secção de aprendizagem para mecãnica de automóvel;I) meihoria e complementacão, corn instalaçOes e equipa-

mentos de todos os Centros de Formação Profissional e Unidades

Móveis;m) incentivo ao aurnento de "Acordos de Cooperacão Técni-

ca e Financeira" corn grandes e médias empresas para expansão e

aperfeiçoamento do treinamento profissional;

n) participacão eom apresentacão de teses no 1 Q Fórurn

Paranaense de Educação, realizado sob os auspIcios da Federação dasInthistrias e da Associação Comercial do Estado do Parana' em 1990;

o) implantacão no Departamento Regional do Piano de San-de para todos os seus servidores, corn participacão de 5 a 15% dos custos

pelos usuáriOS.Em 1992, corn o Presidente Jorge Aiysio Weber na lideranca

do Conseiho Regional e Ito Vi.eira na adrninistracão do DepartamentoRegional do SENAI, as Unidades Operacionais de Açao Direta eIndireta programadas pot esse órgão técnico de Formação Profissionalmatricularam 85.613 alunos - jovens e adultos - dos quais 80.868.,

concluIram algum tipo de Curso on Treinamento.

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Trahaiho, Tecnologia Educacional, Desenvolvimento Gerencial e on-tros; paiticipava de seminários nas areas técnica e pedagógica e realiza-

va viageris de estudos e observação especialmente no campo da Forma-

c Profissional.Já no ano seguinte ao da sua investidura no cargo de Diretor

do DepartamentO Regional do SENAI, corn apoio e aprovacão do

Presidente do Conseiho Regional do SENAI, Jorge Aloysio Weber

ii i troduziu sensivel alteração na estrutura organizacional do referido

rgao tornando-a mais ágil, eficaz e econômica: cargos de chefia sãorernanejados. Corn as alteraçOes aconteidasa cCipula.de sun equipe deapoio técnico e administrativo ficou assim constituIda: MarianoRodrigues do Carmo, Diretor Adjuntodo Depart.anlento RegionalAcijunto: César Gomes Pessoa, Dirétor Ténico; Oiison Schmidt, Dire-tor Aciministrativo-FinanceiTO; NelsomDaher Santos,Assssor:de Pla-nejamento; Mardeval Fornarolli, Assessor da Dirtoria Técnica; DaniloBenedito Jenrich, Assessorda Diretoria Administrativo-FiflaflceiraMartini José Jadyr Pereira, Chefe da Divisão de Ensino; Carlos EduardoRocha. Chefe da Divisâo de Assistência as Empresas; Percy Engel,Chele cia Divisão de Apoio Técnico e DesenvolvimentO de Pessoal; JoséMainardes Lopes, Chefe da Divisão Contabil-Financeira; João BarretoLopes. Chefe da Divisão de Recursos Humanos e Renato César GumyTeixeira, Chefe da Divisão de Apoio Administrativo.

Durarite a gestão do Presidente Jorge Aloysio Weber noperlodo da Administracão do Dr. Ito Vieira (de 31/01/1988 a fevereirodc 1993). o Departamerito Regional do SENAI do Parana', entre outras,

ieaiizou as sguintes obras e aoes:

a) ampliacão em 197m 2, construcão do muro da frente,

refornia e embelezamento do jardi.m externo e das areas de lazer, do

C.F.P. Fkiusino Mendes;h) construcão de mais urn paviih5oCom4047m 2, meihoria

do sistema de iluminacão, do C.F.P. daCidade'lhdustrial de Curitiba;

c) aquisição pot doacao de terredo. corn 11.818m 2 para a

construço de urn C.F.P. em Apucarana; ,ernsubstituicão das instala-

çOes que vérn sendo usadas em comodato;

d) construcão de garagem corn 60rn 2 na Escola Técnica de

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Para se ter uma idéia do progresso do SENAI do Parana', nosil tinlos 50 arms de atividade profIcua é bastante saber que no anode suacriaco. em 1943, a matrIcula de alunos - jovens e adultos - em Cursosde Cornplementacão Educacional, Aprendizagem, Rápidos de Forma-

ç5o e de AperfeicoamefltO Profissionais, foi de 460 alunos; 382 em

(luritiha e 78 em Ponta Grossa.Previstos os quantitativos da Acão Direta e da Acão Indireta

(Ac.OrdOS de Isenção Parcial e Acordos de Cooperacao), a matrIcula deatunosjovens e adultos para 1993 deverá chegar a casa dos 113.280.

Em l de marco de 1993, em coriseqüência de sua nomeaçãopelo Governador do Estado Roberto Requião para ocupar o cargo deSecretrio da Indüstria e Comércio, o industrial Jorge Aloysio Weberl!cencinu-se dos cargos de Presidente da Federação das Indüstrias doEstado do Paraná e do Conseiho Regional do SENAI, assumindo seuspostos o industrial Ari Paiva de Siqueira.

SENAI PARANA 50 ANOS

QUARTA PARTE

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FECHO

1.0 VALOR DO SENA!

A filosofia da forrnacao pfofissional do SENAI de dois anopara cá, no Paraná e em outras RegiOes, vem mudando. A prevalecerlanova pohica, a 1egisaç5o q.ue fixa as finalidades, os objetivoo.estrut-ura organizacional do SENAI deverá set substitu-Ida ou adap.tada.

Entretaito, é born lembrar que o valor, do resideisuas Escolas de Aprendizagem, principa!rnen-te'daqueIas quãditAth o

regime de equiva!ência corn o ensino formal.

Curitiba, dezembro de 1995$5

2. FORMAcA0 PROFISSIONAL: EDUCAcAO CIE .

TECNOLOGIA A SERVI0 DO POVO

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5) .5s mcoftet p'gravea' j1)aranaefls€iar eta11iac. i4c,Ytthão$ 60111

itt ththtQ flO

Pelo Clue retro ficou exposto constataimeno e repugnante agressão a histOria, geografiaaquetes que pot q.ualquer razão pretendem justiParaiv. E-Iiast-im-ável que pessoas jovens-,- poFitt€@vel poleacial hrgtdo, eapacidade verbal:64,00ftoviei temtodüucabedal'deraFOSe vaiostiprbienas de grande interesse

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Como seja, v.g. a meihoria do bem-estar social e econômicode grancle paite da populaçao que vegeta, ainda, a sombra da ignorânciae a niargem do aproveitamento de urn enorme potencial demográfico,representado por cerca de 50% da populaçao na "idade legal para orahalho".

Não faltam órgãos nas administraçoes püblicas municipais,estaduais e federais: na area de Governo, dos trés nIveis: ServiçosSorinis. Técnicos e Recursos Financeiros. Na area paraestatal, o SESI,O SENA!. o SEBRAE e os Bancos de Fomento e DesenvolvimentoSocial. Na area particulat, hm levâdo nümero de Entidades confessi-onais e. leigas, ansiosas por desenvolver programas que visem melhorara vida das populaçOes carentes, proliferam.

A Indole dos paranaenses e, de urn modo geral de todo o povobrasileiro. graças a sua Origem histórica e formaçao Itiiicaestá todavoltada para o trabalho. Violéncia, mendicãncia e miséria em major oumenor esca!a, estão intimamente relacionadas corn as polIticas dehivestimeritos em atividades produtivas, em Educaçao e em Formaçao.Profissinal que desenvolve e eleva as competéncias individual e coleti-Va. Ambas as competéncias tendo como resultante uma coisa que todoo mundo sahe o quo é: que todo o mundo quer e que se chamaEMPRE(;O DURADOURO.

Ale ntados Programas nacionais São minuciosamente detaiha-cbs nos gabinetes ministeriais. Serviços Püblicos e Categorias Econô-micas são motivadas. Técnjcos do ma'is alto flI.vl viajam de ceca emmeca. divulgando e debatendo metodologias, técnicas e Projetos. Re-dursos são alocados e uma onda de entusiasmo e crença nova galvani-zam gregos e troianos.

Tudo ou quase tudo & féitd sOb a ••arneaça cruel daconi pet itividade internacional. 0 Mercado Cornum Europeu e os TigresAsikicos estäo entre as feras rnais feroes.'

Anos Se passam, recursos poUticos; ttniCos, fIsicos e finan-ceiros sa.o constimidos. .

F a inflação e a recessão que rethieniropoder aquisitivo dasmassas e debilitam as fontes geradorsdEMPREGo continuam semque ate mesrno alguém "nobre"ou "plebu'ds'cohfie da eficáciade taisiniciativas. Ate parece que sereia de mares ignotos entorpeceu oespIrito

146

crItico e a criatividade dos mais ilustt-es brasilejros., ...•Etudo isso porque? Por que urn abalo emocional.terrjvo-

cado urn desvio de 180 graus na trajeto'ria ,, da.,vi^5o ^cierttifidA doseconomistas nacionais. • *

Segundo abalizado técnico paran•aenseq1eie€efltemeNe:flJ ,. .-

via joua Alemanha em estudo e observaçao, nas-condaqui a cern anos o Brasil ascendera aos niveis de desenvolviment&darnaioria das naçOes do Mercado Cornum Europeu

Acontece que o Brasil é urn pals descapitalizado, sup8i4dO.ainda a severa carga dos juros e demais obrigaçóes de uma dIvidat€iijadirnensão foge a compreensão do cidadao comurn.

Para competir deverIamos ter capital bastante para importar1tecnobogia de ponta que ninguém dá de graca e equipamentos sofisticdos sem os quais apenas corn teorias bern articuladas será impossIvelatingir os padrOes de qualidade fixados por aqueles paIses, tecno16girae economicamente muito a frente do nosso, igualar ou superareusnIveis de produtividade.

Ate ja continuarão os 3/4 da populaçao brasileira narnSmasituacao de 'pals em desenvolvimento".

Do que não se lembram e se sabern não tern a humildade de)confessar: é que o Brasil tern urn dos maiores mercados de consurnd)interno, pelo menos da America, representado poruma populaçao'dmais de 160 milhOes de habitantes, dos quais mais de 100 niilsieniicondiçöes de trabaihar e produzir para o seu próprio bem-estar, sendbastante para isso organização econômica, gerenciamento admihistfa-tivo e competéncia técnica, não so do Governo, rnas sobrtud &56io,.que deve meihor ser habilitado a produzir aquibo de queiiecessita eieducado para o exercIcio da liberdade e da cidadania. . ...

Ao invés de pretender fabricar produtci8ofis1.1'dos.exportação, vamos produzir aqueles de quo neces8ltamos equetodcmundo tenha meios para adquiri-los t,

Ao inves de exportar grãos de soja iniiaturavamos pdure exportar oleo refinado, outros cereais, frutascifl1es indutia1iadas

Ao inves de exportar minerro de ferroou ferro gusa, 'amosexportar ago. I . , IA

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F.11esl:aduais e federais, vamos di.minu .ir as despesas püblicas, aiheics as

la.rnirias dos Poderes Executivos que .para isso Os IIOSSOS representantes

nas Cãmaras de Vereadores, nas Assembiéias Legislativas Estaduais,no C'ongresso Federal e no Senado tern os amplos e ilimitados poderes

(1IC l.hes são conferidos ..e10 regime dernocrático.Ao invés de projetos educacionais, corn a finalidade •de

promover polItico oil politicos, vams nicihoraroensino a partir do quetemos ou podernos ter em material ddItko, .espaço ilsico, laboratóriose outras instalaçöes. ValOrizat tnais Professotes e instrutores. Vamos

fortalecer 0 nosso rnercdc' inttffo a partir cb dupiicação real dossalários dos trabalhadres que dtverão ter ptoder aquisitivo para corn-prar o que produzern. Vamos proporcionarEMPRE6O a toda popula-

ção - jovens e adultos.Ao mvés de lutar dernagogictrnetite 'contra 0 €xodo rural,

conseqiléncia iógica e natural da evolucao tctidldicaedO aurnento daprodiitividade, vamos inoentivaracriacãodeuin inierocadavezmaiorde agroindstrias, de indcistrias de produtos que atendamàs ae 'cessida-

des bsicas do povo, como mat enais para hahitaçös popula.res, vestu-

ario, alirnentação e higiene LOCAUZADAS NA PERIFERIA DOS

CENTROS URBANOS, de modo a facilitat a locomoqão dos trabalia-clores, a. distribuicão demográfica e o atendimento equitativo dosServicos Püblicos. Privatizar não so as empresas e os mortopólios mastambérn a Previdécia Social.

Em assim 'procedendo eneonttrem0s tempo e rcursos finan-ceiros bastante pat'a corciir a ttaIet&idaa tcnmtiia e- do progressosocial do Brasil. As press6es da darndada MPRGO no ServicoP(ihl.ico serão substituIdas comvafitageffrpelabftrtAde EMPREGO nainiciativa privada. ''

Para labilitar o povo a VidUi pduzir corn Qualidade eProdutividade, aldm das estruta stWiOTffiai, te'rao papul irn-

prescind.Ivel a desempenhar na cap itãOténia destinada a atendera demanda econOmica de Formacão SENAI, o SENAC,as AssociaçOes de Créd:ito e Assist iWRai,aS Escolas Técnicasagricolas, industrials e comerciais, WSESIKOo SESC e dezenas demitbares de Entidades de Serviço Social, pOt licas e privadas, existentesno pals e que deverão deixarde lado'odi1taritis1éio folclórico, artIstico

.148

ou doméstico, bern corno o pa :ernaiisrnoue alimentaaliment a4ide ea

miséria. .Como ha poucos dias disse Atilano Orris thtiitho, Dirto

Presidente da INEPAR, empresa das mais moderna ptogressistas.daCidade Industrial de Curitiba, em Debate'prmv1rk4 peo ii.bE' "0Brasil joga fora seus recursos naturaiseescravisasiarnãodeob;p..tentar atrair capitais. Faz tudo erraOo'.

0 SENAT e o Ensino Formal são indispensaveis ao proSsie a harmonia social 4.

Formacao Profissional, Educaçao, Ciência e TenoIogia tIe- 4vetão ser colocadas a servico do povo e da dignidade nacional '

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REFERENCIAS BIBLIOGEAIICASL

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1 ii o.. ----.--- ----

..i-.- tt.

1.1 iu v stu jus I auuiva t.1oas; org. e cooruenauorgraiProf. Faissal El-Khatib. -

1.2 Edicão GRAFIPAR - Gráfica Editora Paraná Cultural Ltdä. 1969. - - -2. ATLAS HISTORICO DO PARANA, de Jaime Antonio tatdoóe .- -

Cecilia Maria Westphalen, Livr. Chain Edit. 1986, 2 4 ed. -3. MONTEALEGRE, CIDADE PAPEL, deHellé VellozoFernafrdes . -4. VIAGEM NO INTERIOR DO BRASIL, de Auguste de Sa* -.

Hilaire, trad. de A. David da Silva Carneiro, Edit. J.B,Grdt9i(4 parte).

5 UMA SAGA DA CRIATIVIDADE BRASILEIRA, d SttnoLopes - SENAI/DN Rio de Janeiro

6 RELATORIOS ANUAIS DO SENAIIPR, de 1943 a 19927 INFORMAcOEs dos Diretores dos Centros dd. IoMço Piis

sional e dos Chefes das DivisOes OperSa!s d6stxr/I -8 ATAS das reuniöes da Diretoria da Fedraãdw1ndutiias do

Parana.• - .':t .#.

9 ATAS das reuniOes do Conselho Regioal doSENAI/PR'

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"do Pa,rnRua LmacuradConceiçoç f 15 -Prado Velbo - CEP 80215-901Cx. F'ostal (0330-l'55

Telex (4t-) 35085 - Telefax (041)332-5588Curitiba- Paraná - Brasil

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