a companhia de jesus e os Índios na capitania do … · cada levantamento, fichamento, resenha,...

16
Departamento de História A COMPANHIA DE JESUS E OS ÍNDIOS NA CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO SÉCULOS XVI, XVII E XVIII. Aluno(a): Heloísa de Souza Vitorino Paúra (PIBIC) e Aline de Souza Araújo Orientador(a): Eunícia Barros Barcelos Fernandes Introdução: O objetivo da pesquisa é investigar a atuação da Companhia de Jesus na Capitania do Rio de Janeiro (criada em 1565) até a sua expulsão em 1759, principalmente em sua relação com os índios. Para isso, são levantados e produzidos materiais que versam sobre o assunto, portanto, temos atividades como levantamentos documentais e bibliográficos, fichamentos, resenhas, artigos, cronologias, verbetes, além deapresentações orais, leituras e discussões de textos que sejam relevantes para o coletivo do grupo. Também há a administração do blog de divulgação (www.acompanhiadejesuseosindios.wordpress.com) e do grupo virtual de pesquisa. Existente desde 2008, a pesquisa está em fase de encerramento, sendo eu a última pesquisadora de IC. Metodologia a pesquisa como prática Na perspectiva geral, pretende-se pensar os papéis dos colonizadores jesuítas, dos colonos moradores e dos colonizados indígenas no processo de ocupação da capitania, o que é feito, principalmente, através da identificação e sistematização de documentos do período. Busca-se também demonstrar as relações sociais e culturais entre índios e jesuítas, ondeo processo colonizador, apesar de se apresentar como uma relação assimétrica, revela o índio como sujeito histórico. Como atividade coletiva no período tratado, foi realizada a leitura crítica do texto “Índios e missionários no Brasil para uma teoria da mediação cultural” de Paula Montero, constante da obra Deus na aldeia organizada pela autora. Nele, Montero busca pensara negociação cultural entre religiosos e indígenas, por meio do conceito de mediação, articulando de modo intenso a construção da alteridade. Esta leitura nos permitiu entender que a mediação produz conexões de sentido, supõe o outro, traz consigo intenções, e deve ser historicizada, intensificando a crítica contra um conceito essencializado de cultura. Como atividade individual, realizei o fichamento do artigo “Duplicados clamores” Queixas e rebeliões na Amazônia colonial (século XVII)” de Rafael Chambouleyron, ondeo autor examina duas revoltas ocorridas no antigo Estado do Maranhão, em 1661 (São Luís do Maranhão) e 1684 (Belém do Pará), levando à expulsão dos jesuítas. Os dois levantes revelam as contradições do processo colonial e como a população portuguesa percebia as políticas da Coroa para o desenvolvimento do Estado. Como atividade individual também realizei resenha da tese de mestrado da UFPB/CE de 2006: A representação sobre os índios nos livros didáticos de História do Brasil de Nayana Rodrigues Cordeiro Mariano, que busca analisar a imagem construída sobre os índios nos livros didáticos, especificamente em História do Brasil. De acordo com a autora,

Upload: lethuy

Post on 03-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Departamento de História

A COMPANHIA DE JESUS E OS ÍNDIOS NA CAPITANIA DO RIO DE

JANEIRO – SÉCULOS XVI, XVII E XVIII.

Aluno(a): Heloísa de Souza Vitorino Paúra (PIBIC) e Aline de Souza Araújo

Orientador(a): Eunícia Barros Barcelos Fernandes

Introdução:

O objetivo da pesquisa é investigar a atuação da Companhia de Jesus na Capitania do

Rio de Janeiro (criada em 1565) até a sua expulsão em 1759, principalmente em sua relação

com os índios. Para isso, são levantados e produzidos materiais que versam sobre o assunto,

portanto, temos atividades como levantamentos documentais e bibliográficos, fichamentos,

resenhas, artigos, cronologias, verbetes, além deapresentações orais, leituras e discussões de

textos que sejam relevantes para o coletivo do grupo. Também há a administração do blog de

divulgação (www.acompanhiadejesuseosindios.wordpress.com) e do grupo virtual de pesquisa.

Existente desde 2008, a pesquisa está em fase de encerramento, sendo eu a última pesquisadora

de IC.

Metodologia – a pesquisa como prática

Na perspectiva geral, pretende-se pensar os papéis dos colonizadores jesuítas, dos

colonos moradores e dos colonizados indígenas no processo de ocupação da capitania, o que é

feito, principalmente, através da identificação e sistematização de documentos do período.

Busca-se também demonstrar as relações sociais e culturais entre índios e jesuítas, ondeo

processo colonizador, apesar de se apresentar como uma relação assimétrica, revela o índio

como sujeito histórico.

Como atividade coletiva no período tratado, foi realizada a leitura crítica do texto

“Índios e missionários no Brasil para uma teoria da mediação cultural” de Paula Montero,

constante da obra Deus na aldeia organizada pela autora. Nele, Montero busca pensara

negociação cultural entre religiosos e indígenas, por meio do conceito de mediação, articulando

de modo intenso a construção da alteridade. Esta leitura nos permitiu entender que a mediação

produz conexões de sentido, supõe o outro, traz consigo intenções, e deve ser historicizada,

intensificando a crítica contra um conceito essencializado de cultura.

Como atividade individual, realizei o fichamento do artigo “Duplicados clamores”

Queixas e rebeliões na Amazônia colonial (século XVII)” de Rafael Chambouleyron, ondeo

autor examina duas revoltas ocorridas no antigo Estado do Maranhão, em 1661 (São Luís do

Maranhão) e 1684 (Belém do Pará), levando à expulsão dos jesuítas. Os dois levantes revelam

as contradições do processo colonial e como a população portuguesa percebia as políticas da

Coroa para o desenvolvimento do Estado.

Como atividade individual também realizei resenha da tese de mestrado da UFPB/CE

de 2006: A representação sobre os índios nos livros didáticos de História do Brasil de

Nayana Rodrigues Cordeiro Mariano, que busca analisar a imagem construída sobre os

índios nos livros didáticos, especificamente em História do Brasil. De acordo com a autora,

Departamento de História

apesar de algumas propostas interessantes, os povos indígenas continuam sendo

apresentados de forma etnocêntrica, efêmera, e sempre em função da ação e dos valores do

colonizador. Valorizo a iniciativa da autora, mas os anteriores trabalhos realizados por mim

na pesquisa permitiram o desenvolvimento de crítica quanto aos procedimentos da autora na

dissertação, entendendo que seria um anacronismo, da parte da autora, comparar os manuais

escolares do final do século XIX, com os livros didáticos do final do século XX, sendo os

mesmos, duas categorias literárias diferentes, produzidas em tempos e em contextos

históricos singulares.

Também realizei um verbete sobre João Lúcio Azevedo, historiador português que no

século XIX emigrou para o Brasil, dedicando-se a estudar os jesuítas e sua ação no Pará e, ao

marquês de Pombal. Logo sua produção foi reconhecida, como relevante, pelo Instituto

Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Observo que a produção de verbete pressupôs

investigação biográfica e acadêmica sobre o historiador.

Durante o segundo semestre, iniciei um levantamento documental na Biblioteca

Nacional do Rio de Janeiro, focando documentos sobre Martim Correa de Sádurante os

séculos XVI e XVII. A escolha derivou da identificação, através da pesquisa, que os

vínculos genéricos da família Sá com a Companhia de Jesus se materializam fortemente

neste personagem através da preação de índios e da aliança com o jesuíta Francisco Carneiro

para o descimento de indígenas em vista da defesa da cidade do Rio de Janeiro, portanto, sua

atividade enquanto bandeirante e governador da capitania do Rio de Janeiro, tem toda

importância em meio ao processo colonial e sobretudo nas relações que mantinha com os

padres da Companhia de Jesus. Observo que Martim Correa de Sá já havia sido pesquisado

por outras pesquisadoras, mas não de forma exaustiva, havendo, portanto, material a ser

consultado, e essa imersão na Biblioteca Nacional tem sido inspiradora.

Também durante o segundo semestre, realizei um levantamento de teses acerca dos

indígenas, realizadas nos Departamentos de Pós-graduações da Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro. Tal atividade me fez perceber o quanto a temática indígena ainda

é pouco pesquisada no mundo acadêmico, ficando assim restrita em sua maioria aos

departamentos de História, Letras, Arte e Design e Educação.

Conclusão:

Em meu tempo dedicado à pesquisa pude aprender mais sobre o ofício do

historiador e sua prática. Pesquisar requer responsabilidade, organização, persistência,

compromisso, coragem e obstinação. Cada levantamento, fichamento, resenha, enfim,

cada atividade vem fazendo toda diferença no processo de aprendizagem acadêmica, e

tem me garantido maior qualificação para a realização de minha pesquisa de monografia

que versará sobre a representação dos indígenas nos livros didáticos.

Bibliografia:

BASTOS, Ana Luiza Marques. ‘O historiador luso-brasileiro João Lúcio de Azevedo

(1855-1933)’. In: De colonos a imigrantes - I(E)migração portuguesa para o Brasil.

Departamento de História

São Paulo: Alameda, pp 271-276, 2013. Disponível em

http://pt.slideshare.net/joaotcarreira/de-colonos-a-imigrantes

CHAMBOULEYRON, Rafael. “Duplicados clamores” Queixas e rebeliões na

Amazônia colonial (século XVII). Projeto História, São Paulo, n.33, p. 19-178, dez.

2006.

FILHO, Virgílio Corrêa. ‘João Lúcio Azevedo - Historiador luso-brasileiro’. Revista de

História, Sistema Integrados de Bibliotecas - Universidade de São Paulo, V. 11, nº 24,

1955. Disponível em http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/36483

MARIANO, Nayana Rodrigues Cordeiro. A representação sobre os índios nos livros

didáticos de História do Brasil. Dissertação (Mestrado) - UFPB/CE - João Pessoa,

2006, 109p.

MONTERO, Paula (Org.). Índios e missionários no Brasil para uma teoria da mediação

cultura. In: Deus na Aldeia: Missionários, índios e mediação cultural. São Paulo:

Editora Globo,

PÉCORA, Alcir. Retórica de uma biografia: Padre Antônio vieira por João Lúcio de

Azevedo. Revista Chilena de Literatura, UNICAMP, nº 85, PP 271-292, 2013.

Disponível em

www.revistaliteratura.uchile.cl/index.php/RCL/article/download/.../31960

Departamento de História

ANEXO 1

Fichamento

(2014.2)

Obra:

CHAMBOULEYRON, Rafael. “Duplicados clamores” Queixas e rebeliões na

Amazônia colonial (século XVII). Projeto História, São Paulo, n.33, p. 19-178, dez.

2006.

Lugar de fala do autor:

Rafael possui Graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas

(1991), Mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo (1994) e

Doutorado em História pela Universityof Cambridge (2005). Atualmente é Professor

Adjunto da Universidade Federal do Pará, atuando no curso de graduação em História e

no Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia. Tem experiência na

área de História, com ênfase em História Social da Amazônia, atuando principalmente

nos seguintes temas: 1) território, ocupação e povoamento da Amazônia colonial; 2)

natureza, economia e trabalho na Amazônia colonial; 3) século XVII e primeira metade

do século XVIII.

Resumo:

No artigo “Duplicados clamores” Queixas e rebeliões na Amazônia colonial

(século XVII), o autor examina duas revoltas ocorridas no antigo Estado do Maranhão,

região que corresponde, aproximadamente, à atual Amazônia brasileira, em 1661 (São

Luís do Maranhão) e 1684 (Belém do Pará), levando a expulsão dos jesuítas. Os dois

levantes revelam as contradições do processo colonial e como a população portuguesa

percebia as políticas da Coroa para o desenvolvimento do Estado. A partir disso, o autor

busca entender as razões que fundamentaram e legitimaram as revoltas contra os

religiosos da Companhia de Jesus e as autoridades coloniais.

Conteúdo:

O autor inicia seu trabalho dando a quem o lê, um panorama geral da

organização territorial, econômica e política daquela região, que no século XVII se

entendia como Estado do Maranhão, onde de forma singular, era administrado

separadamente e independente do Estado do Brasil.

“(...) Marcado pela importância da mão-de-obra indígena e por uma economia na

qual se interconectavam atividades extrativas (principalmente a coleta das

Departamento de História

chamadas drogas do sertão) e a lavoura (sobretudo de açúcar, tabaco, cacau e

farinha), o Maranhão teve, nos problemas de aquisição e controle dos

trabalhadores indígenas – livres ou escravos –, uma constante fonte de

problemas. (...)” (pp 160)

1661. Violências sacrileges

A partir daí Rafael busca explicar como se deu o levante em São Luís, na

medida do possível em seus por menores. Aquela revolta forjada pelos vereadores da

Câmara, com a participação efetiva do povo enfurecido, tinha como objetivo principal,

levar os jesuítas â assinar um termo abrindo mão de seus poderes temporais sobre as

aldeias dos índios livres. Após dois meses, o levante se espalha chegando às capitanias

do Pará, onde a população seguindo ao colégio de Santo Alexandre, detém o Padre

Antônio Vieira, na época superior das missões, prendendo-o na capela de São João

Batista. Em Belém, outros padres foram presos, apesar de alguns escaparem. Logo em

seguida, Antônio Vieira é enviado à São Luís, e depois embarcado para Lisboa,

proibido de retornar ao Maranhão.

De acordo com o autor, o processo de levante “do povo e Câmara de Belém”, se

deu de forma mais lenta em meio a tensões e negociações, entre os padres da

Companhia e a população local. Apesar da interferência de Vieira, tentando persuadir a

Câmara a não ceder aos alvoroços do povo do Maranhão e, depois de uma representação

escrita onde buscava argumentar acerca dos tumultos, recebendo logo em seguida uma

réplica da Câmara, o governador Rui Vaz de Siqueira, que chegou em março de 1662,

acaba com os conflitos dando perdão aos rebeldes e vetando a partida das embarcações

com os religiosos presos no Pará, afim de restitui-los à sua igreja no Maranhão. Em

1663, aquele perdão é confirmado pelo rei, contudo no mesmo dia o soberano assinaria

uma lei que revoaria o poder temporal dos padres sobre os índios.

1684. O governo do povo

De acordo com o autor, em 1684 o levante que teve como líder o morador

Manuel Beckmam, se mostra um tanto singular, pois tem como alvo não só os jesuítas,

como também o governador Francisco de Sá e Meneses e, o monopólio comercial

conhecido como estanco, além das leis de 1680 que determinavam a liberdade dos

índios do Estado do Maranhão. Insuflados por seu líder, os rebeldes tomam a cidade de

São Luís controlando a casa do estanco e, se organizam em forma de Três Estados

(nobreza, clero e o povo) perante a Câmara, afim de assumir o governo.

Aquele governo decreta a abolição do estanco, nega a obediência ao governador

depondo o capitão-mor do Maranhão e, a expulsão os jesuítas. Sua intenção era

convencer outras capitanias do Estado a se juntarem naquela insurgência.

Argumentavam que toda a miséria do Estado se dava por conta do estanco e dos padres

da Companhia. Contudo, as Câmaras da Tapuitapera e do Pará não aderiram ao levante,

enquanto que Belém via no governo a melhor forma de combater tanto o estanco quanto

Departamento de História

aos jesuítas, além de se mostrar mais cautelosa sobre o ocorrido. De qualquer forma

aquelas queixas se desdobravam por todo o Estado.

“Em janeiro de 1685, por exemplo, quando São Luís ainda estava em poder dos

revoltosos, o capitão-mor do Pará, Marçal Nunes da Costa, escrevia uma carta ao

soberano, queixando-se das “misérias” que o povo do Pará sofria com a

introdução do estanco (pela falta de navios) e pela proibição de escravização dos

índios.” (pp 166)

Aos poucos o levante se esfriou, não havendo resistência a chegada de um novo

governador (Gomes Freire de Andrade) à São Luís, em maio de 1685. Beckman é preso

juntamente a outros líderes da revolta, sendo depois executado. No fim daquele mesmo

ano, o levante terminara.

Justas e repetidas queixas

A partir de então, Rafael passa a analisar as diversos registros acerca das queixas

referidas pelo povo maranhense, sobre da dificuldade da manutenção econômica

daquele Estado, sem a ação da mão de obra escrava (enquanto força motriz econômica e

social). Ressalta que aquelas revoltas não poderiam ser classificadas como revoluções,

por não contestarem a ordem estabelecida. Para o autor eram apenas furiosos que, em

nenhum momento desafiaram à Dom Pedro II, mas agiram “contra políticas específicas

da Coroa”: controle dos índios livres pelos padres. (pp 167)

De acordo com o autor, os três principais motivos que explicariam as revoltas

seriam: a miséria por conta da falta de escravos e trabalhadores indígenas que, para os

revoltosos, seria por causa do controle legal dos jesuítas sobre os mesmos, sendo livres

ou escravos de portugueses, e sobretudo a sua ambição; miséria também por conta da

“opressão e tirania do estanco”; e por fim o desleixo dos governos que não levavam as

queixas da comunidade (por meio dos procuradores) à Coroa. (pp169)

Para o autor, a ideologia daqueles protestos estava atrelada a lógica de vida

escravocrata, onde haveria uma dependência dos portugueses em relação aos índios,

tanto nos trabalhos mais importantes (economicamente falando), como nos mais

ordinários. Além disso, aqueles colonos se entendiam no direito “de escravizar os

indígenas e ter acesso à mão-de-obra livre”, pelo fato da sua participação (sua ou de

seus antepassados) no processo de conquista e ocupação do Maranhão, a serviço da

Coroa, enquanto “leais vassalos”. (pp 172)

Para arrematar seu discurso legitimador, faziam uso do termo “povo” que daria a

ideia de maioria ou comunidade. Tal “fonte de força política” ganha apoio das Câmaras

enquanto instrumento de negociação ante as autoridades reais. Rafael lembra-nos da

importância dos poderes municipais frente ao poder centralizado da Coroa e, ressalta

que

Departamento de História

“(...) restauração da monarquia portuguesa, em 1640, após sessenta anos de

sujeição à monarquia espanhola, alterou as bases das relações que estruturavam

o poder real, fazendo com que os moradores se levantassem contra os danos

causados pela excessiva centralização real”. (pp 173)

Conceitos: conselhos, comunidade, estanco, povo.

Principais interlocutores:

AZEVEDO, BERREDO, BETTENDORF, CUNHA, LISBOA, MORAES,

THOMPSON, entre outros.

Fontes:

Cartas régias, cartas em geral, relatos, registros, representação, nomeação, notificação,

propostas, requerimentos, entre outros.

Departamento de História

ANEXO 2

Verbete

(2014.2)

João Lúcio de Azevedo (1855-1933)

João Lúcio Azevedo foi um historiador português, que em 1873 emigrou para o

Brasil, para trabalhar com seu tio que era dono de uma importante empresa de

exploração de borracha e de uma companhia de navegação fluvial. Nesse período

trabalhou na Livraria Tavares Cardoso, em Belém, mais tarde, assumiu a propriedade,

incorporando um outro fazer: a publicação de livros. Sua atenção para a história se

construiu durante os 25 anos de permanência em terras brasileiras. Durante esse tempo,

escreveu um diário de sua vida e transformou parte dele em temas de estudo. Desde

1890 sua atenção voltou-se para a história do Pará. Em seus primeiros estudos dedicou-

se aos jesuítas e em sua ação no Pará e, ao marquês de Pombal.

Já em 1894 sua produção era reconhecida, como relevante, pelo Instituto

Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), recebendo o título de sócio numa proposta

assinada por dois grandes críticos brasileiros: José Veríssimo e Alencar Araripe.

Ampliou seu olhar sobre a região quando se tornou cronista do jornal A Província do

Pará. Em 1909, depois de uma breve passagem por Paris, e retornando à Portugal,

acumulou o título de sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São

Paulo e, em 1915, iniciou sua correspondência com o Instituto Arqueológico e

Geográfico de Pernambuco, ao mesmo tempo que auxiliou a Academia das Ciências de

Lisboa na organização de eventos ligados ao Brasil e ao Pará.

Em livros e em artigos da sua autoria, debateu (1912-1921) a situação dos novos

cristãos e de algumas altas figuras face à Inquisição. Deixou diversas obras

historiográficas e, é editado regularmente em Portugal até hoje. Escrevia e falava sete

idiomas e organizou uma edição das cartas do padre Antônio Vieira. Foi colaborador

assíduo da Revista de História (1912-1928), fundada também por Fidelino de

Figueiredo, da História de Portugal dirigida por Damião Peres, da História da Literatura

Portuguesa Ilustrada e de revistas portuguesas e brasileiras. O seu trabalho foi

reconhecido pela Real Sociedade de História de Londres e pela Academia das Ciências

de Lisboa, de que foi membro.

São de sua autoria:

Os Jesuítas no Grão-Pará (1901)

O marquês de Pombal e sua época (1909)

A evolução do Sebastianismo (1918)

A História de Antônio Vieira, 2 vols (1918-1921)

Departamento de História

História dos Cristãos-Novos Portugueses (1922)

Épocas de Portugal Econômico (1929)

Historia de lafundacióndelColegio de laCompañía de Pernambuco (1923)

Novas Epanáforas, Estudos de História e Literatura (1932)

Fontes:

BASTOS, Ana Luiza Marques. ‘O historiador luso-brasileiro João Lúcio de Azevedo

(1855-1933)’. In: De colonos a imigrantes - I(E)migração portuguesa para o Brasil.

São Paulo: Alameda, pp 271-276, 2013. Disponível em

http://pt.slideshare.net/joaotcarreira/de-colonos-a-imigrantes

FILHO, Virgílio Corrêa. ‘João Lúcio Azevedo - Historiador luso-brasileiro’. Revista de

História, Sistema Integrados de Bibliotecas - Universidade de São Paulo, V. 11, nº

24, 1955. Disponível em http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/36483

PÉCORA, Alcir. Retórica de uma biografia: Padre Antônio vieira por João lúcio de

Azevedo. Revista Chilena de Literatura, UNICAMP, nº 85, PP 271-292, 2013.

Disponível em

www.revistaliteratura.uchile.cl/index.php/RCL/article/download/.../31960

Departamento de História

ANEXO 3

Resenha

(2015.1)

MARIANO, Nayana Rodrigues Cordeiro. A representação sobre os índios nos livros

didáticos de história do Brasil. Dissertação (Mestrado) - UFPB/CE - João Pessoa, 2006,

109p. Orientação: Antônio Carlos Ferreira Pinheiro

Lugar de fala do autor:

Licenciada em História pela Universidade Federal da Paraíba em 2003, Nayana

concluiu seu mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba em 2006, e

seu doutorado em Educação pela mesma instituição. É pesquisadora dos grupos

Sociedade e Cultura no Nordeste Oitocentista; História da Educação no Nordeste

Oitocentista; (UFPB/CNPq).

Fonte: Currículo Lattes, disponível em:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=k4773530E6

Resumo:

Em A representação sobre os índios nos livros didáticos de história do Brasil, a

autora busca analisar a imagem construída sobre os índios nos livros didáticos,

especificamente em História do Brasil. Para isso ela seleciona obras produzidas entre os

séculos XIX e XX, recorte temporal ao qual aqueles manuais passam a ser discutidos e

concebidos, além dos livros didáticos da atualidade (entre as décadas de 1990 e 2000

especificamente).

Conteúdo:

Em sua obra, Nayana seleciona alguns manuais escolares produzidos na virada

do século XIX para o XX, e também livros didáticos do ensino médio da atualidade

(décadas de 1990 e 2000), no intuito de perceber como era tratada a temática indígena,

avaliando as mudanças e permanências, buscando entender algumas representações

específicas acerca daquela sociedade.A autora busca discutir alguns assuntos caros à

historiografia, que para ela influenciaram na construção daquelas representações acerca

dos nativos tais como: o imaginário produzido pelos cronistas e viajantes a partir do

século XVI, o debate acerca das teorias raciais do XIX, o debate Indianista e Positivista

e as abordagens atuais. Para Nayana, a temática indígena ainda é relegada a um segundo

plano, sendo pouco pesquisadas e trabalhadas na área de Educação.

A obra é dividida em uma Introdução e três capítulos que apresentam sub

tópicos, primeiro capítulo: O Livro Didático e Suas Interfaces; segundo capítulo: O

Encontro Com o Outro: A Imagem dos Índios na Historiografia; terceiro capítulo: A

Representação Sobre os Índios na Historiografia Didática.

Departamento de História

No primeiro capítulo O Livro Didático e Suas Interfaces, a autora discute a

importância do livro didático como fonte de pesquisa para a História da Educação. Para

Nayana o LD carrega consigo uma memória nacional, pois ao acompanhar as fazes de

aprendizagem dos alunos, e por se tornar com o tempo uma mercadoria aos olhos das

editoras, ganharia também um valor cultural. Entretanto, de acordo com a autora, a

dificuldade de se encontrar LD antigos ou até mesmo recentes nas bibliotecas,

revelariam o quanto os mesmos seriam valorizados enquanto memória.

Para a autora, o livro didático se apresenta como objeto cultural, por ser um

instrumento de educação complexo e de difícil definição, pois sofre interferência de

diversos sujeitos (autores, editores, autoridades, alunos e professores) em meio a sua

produção, circulação e consumo. Nayana destaca também as pesquisas desenvolvidas

nos anos 1990 por conta da chamada Nova História perpassada pelo Marxismo que

segundo ela, busca por uma história cotidiana, das mentalidades, uma história cultural,

onde sociedades entendidas como minorias, como a mulher, os índios, os negros, os

trabalhadores entre outros, passam a ser abordados de forma mais incisiva nas pesquisas

acadêmicas.

No segundo capítulo O Encontro Com o Outro: A Imagem dos Índios na

Historiografia, a autora investiga como acredita que se construam determinadas imagens

sobre os indígenas na historiografia. Analisando autores como Padre José de Anchieta,

Padre Manoel da Nóbrega, Hans Staden, Jean de Léry entre outros, Nayana acredita que

no século XVI, os europeus teriam elaborado representações acerca dos

indígenas, a partir dos relatos dos cronistas e viajantes desse período. De acordo com a

pesquisa de Nayana, haveria uma interpretação dualista imagética de bom e mau

selvagem, carregada de elementos que os diferiam dos europeus a partir da ideia do que

faltava no outro.

De acordo com a autora, no século XIX, alguns pensadores acreditavam na

inevitável extinção dos povos indígenas, partindo do pressuposto evolucionista de que

eram primitivos, em contraponto aos europeus civilizados. Os nativos eram descritos a

partir da atuação do europeu, não havendo assim lugar para o que era diferente. Para

Nayana, a influência do Instituto Histórico e Geográfico do Brasileiro (IHGB) enquanto

instituição formadora de opinião e produtora dos primeiros exemplares de livros

didáticos no Brasil, foi de muita importância para a construção e difusão do pensamento

intelectual da época.

De acordo com o argumento de Nayana, uma das correntes de pensamento

intelectual que contribuiu à construção de certas representações acerca dos indígenas,

foi o Indianismo, onde o Romantismo transformou a figura do índio em herói.

Entretanto esta construção imagética trazia consigo atributos, qualidades e valores

europeus. Já na República, como afirma a autora, sob a influência do Positivismo que se

caracterizava pelo pensamento evolucionista e a ideia de progresso, os indígenas eram

percebidos como primitivos, porém com a possibilidade de alcançar o estágio positivo

superior sob a tutela do Estado. Para isso cria-se em 1910 o SPI (Serviço de Proteção

aos Índios), que de acordo com a autora, era anticlerical e cientificista.

A autora argumenta que, durante o Estado Novo (1937-1945), retoma-se a

imagem romanceada dos índios ao evidenciá-los como patriotas, exaltando-os como

Departamento de História

guerreiros e amigos. De acordo com a autora, mesmo na atualidade, a imagem dos

povos indígenas sofre uma forte influência daquelas interpretações etnocêntricas do

passado.

No terceiro capítulo A Representação Sobre os Índios na Historiografia Didática,

a autora busca analisar a representação sobre os indígenas nos manuais e livros

didáticos de História. Nesse momento, ela avalia os manuais escolares da virada do

século XIX para o XX e os livros didáticos entre os anos 1990 e 2000, com o intensão

de perceber as mudanças e as permanências no tocante ao assunto estudado. E, a partir

desta análise Nayana afirma ter conseguido compreender as várias ligações que

perpassam estes dois momentos singulares.

De acordo com Nayana, a criação do IHGB (1838), do Colégio Pedro II (1837) e

da Escola Militar, no Rio de Janeiro seria importante influência na construção do saber

escolar, visto que eram seus intelectuais que construíam o conhecimento difundido

pelos livros didáticos da época. Esses pensadores construíam uma história dos

vencedores, política e factual, onde os atores principais eram a elite administrativa e

militar do país. A intensão dos autores era difundir valores que garantisse a ordem e o

progresso.

Na atualidade, de acordo com Nayana, tem havido algumas propostas

interessantes, porém os povos indígenas continuam sendo apresentados de forma

etnocêntrica, efêmera, e sempre em função da ação e dos valores do colonizador. Para a

autora a temática indígena ainda carrega consigo muita falta de informação. As

pesquisas acerca do assunto ainda são poucas se comparadas a outros campos de

saberes, apesar de já haver um considerável avanço, por conta da História e

Antropologia.

Considerei interessante a forma como Nayana aborda o assunto e tenta

historicizar as representações acerca dos indígenas. Entretanto, a forma como a autora

organiza a obra, deixa o leitor sem saber ao certo qual seria o seu objeto de pesquisa de

fato. De acordo com o título, os indígenas no LD seriam analisados em suas

representações, porém a mesma se faz apenas no terceiro capítulo. O que em minha

opinião, não foi o suficiente, aponto de ter uma conclusão razoável, de como se tem

trabalhado a temática indígena nos livros didáticos, sobretudo entre os anos 1990 e

2000.

Durante sua análise, se é que posso classifica-la desta forma, Nayana não se

coloca de forma específica, em relação a crítica aos livros didáticos em si, se prendendo

a contar nos dois primeiros capítulos, uma história das representações historiográficas

acerca dos indígenas. Um outro ponto que acredito ser importante, é o fato da autora

não ter incluído em sua pesquisa, como eram representados os indígenas nos manuais

escolares durante a ditadura.

Outro detalhe importante a ser citado, seria um possível anacronismo, cometido

pela autora, ao tentar comparar os manuais escolares do final do século XIX, com os

livros didáticos do final do século XX, já que seriam duas categorias literárias

diferentes, produzidas em tempos e em contextos singulares, e sobretudo em meio a

experiências históricas diferenciadas.

Departamento de História

ANEXO 4

Levantamento de teses acerca dos indígenas realizadas em PUC-Rio:

(2015.1)

1995. FERNANDES, Eunícia Barros Barcellos; MATTOS, Ilmar Rohloff de. Cardim e

a Colonialidade. Tese de Mestrado – Departamento de História - Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

2000. QUINTANA, Ricardo; TELES, Gilberto Mendonça. Índia brasílica: o índio

brasileiro nas cartas jesuíticas. Tese de Mestrado - Departamento de Letras -

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

2003. HONORATO, Walter Falchi; BONAMINO, Alicia Catalano. Fundação Fé e

Alegria: uma experiência no ensino regular público no estado de Tocantins. Tese –

Departamento de Educação - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de

Janeiro.

2003. PAIVA, Márcia de; FALCON, Francisco José Calazans. O Estado de Coisas no

Brasil. Três imagens da desordem nos séculos XVI e XVII. Tese de Doutorado –

Departamento de História - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de

Janeiro.

2003. QUINTANA, Ricardo; TELES, Gilberto Mendonça. O ídolo de pedra. Tese de

Doutorado – Departamento de Letras - Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro. Rio de Janeiro.

2005. CARVALHO, Carlos Alberto de; TELES, Gilberto Mendonça. Manuel da

Nobrega: das cartas ao diálogo sobre a conversão do gentio. Tese deDoutorado –

Departamento de Letras - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de

Janeiro.

2005. NOGUEIRA, José Francisco Sarmento; RIPPER, José Luiz Mendes. Etnodesign:

um estudo do grafismo das cestarias dos Mbyá Guarani de Paraty- Mirim (RJ).

Tese de Mestrado – Departamento de artes e Design - Pontifícia Universidade Católica

do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

2006. RODRIGUES, Taisa Figueira; CIPINIUK, Alberto. Um olhar do design sobre a

iconografia indígena. A ornamentação corporal Kayapó: um estudo de caso. Tese

de mestrado – departamento de Arte e Design - Pontifícia Universidade Católica do Rio

de Janeiro. Rio de Janeiro.

2007. CARVALHO, Ricardo Artur pereira de; COELHO, Luiz Antônio Luzio;

FARBIARZ, Jackeline Lima. Livro de Guarani feito por Juruá: reflexões acerca do

design do livro e da leitura a partir da escolarização dos agentes de saúde. Tese de

Mestrado - Departamento de Artes e Design - Pontifícia Universidade Católica do Rio

de Janeiro. Rio de Janeiro.

2007. FLORENCIO, Thiago de Abreu e Lima; FERNANDES, Eunicia Barros Barcelos.

A busca da salvação entre a escrita e o corpo - Nóbrega, Léry e os Tupinambá.

Departamento de História

Tese de Mestrado – Departamento de História - Pontifícia Universidade Católica do Rio

de Janeiro.

2009. BOANADA, Vanessa de Castro; SOUZA, André de Mello e. Ironias da pós-

modernidade: ação estratégica dos movimentos indígenas através do litígio

internacional. Tese de Mestrado – Relações Internacionais - Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro.

2010. MAGALHÃES, Alessandra Costa; OLIVEIRA, Rogério Ribeiro de; SILVA, Inês

Machline. Etnobotânica, saberes locais e agricultura no contexto de uma floresta

urbana: Maciço da Pedra Branca, RJ. Tese de Mestrado – Departamento de

Geografia - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

2010. SANTANA, Carolina Ribeiro; ASSY, Bethânia de Albuquerque; VIVEIRO DE

CASTRO, Eduardo Batalha. Pacificando o Direito: desconstrução, perspectivismo e

justiça no direito indígena. Tese de Mestrado – Departamento de Direito – Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

2011. COSTA, Daniele Ferreira da; SINDER, Valter. Quando os índios vêm para a

cidade: magia e narrativa no Instituto Tamoio dos Povos Originários. Dissertação

de Mestrado em Ciências Sociais - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

2011. GUIMARÃES, Heitor Velasco Fernandes; FERNANDES, Eunícia Barros

Barcelos. índios na História do Brasil Republicano: O território étnico-indígena

Paresí e o território estatal-indigenista Utiarity (1907-1934). Tese de Mestrado –

Departamento de História - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

2011. PAIXÃO, Antônio Jorge Paraense da; ARRUTI, José Mauricio Paiva Andion;

OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de. Interculturalidade e política na educação

escolar indígena da aldeia TekoHaw-Pará. Tese de Doutorado em Sociologia e

Política – Departamento de Educação – Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro.

2013. FIGUEIRO, Fernanda; OLIVEIRA, Rogerio Ribeiro. Uma aldeia indígena

urbana: um movimento de resistência visto sob a ótica de diferentes atores sociais.

Tese de Mestrado – Departamento de Geografia - Pontifícia Universidade Católica do

Rio de Janeiro.

2013. OLIVEIRA, David Mesquiati de; MIRANDA, Mario de França. O agir de Deus

nos Andes: diálogo e missão com os Quechuas. Tese de Doutorado - Departamento de

Teologia - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

2013. SEIXLACK, Alessandra Gonzalez de Carvalho; PAMPLONA, Marco Antônio

Villela. O juízo final dos índios: guerra e política na conquista do deserto austral

argentino (1867-1879). Tese de Mestrado - Departamento de História - Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Departamento de História

ANEXO 5

Levantamento documental acerca de Martim Correia de Sá

(Séculos XVI e XVII) BNRJ

(2015.1)

1608

Attestado (2) dos Governadores

Martim de Sá e Salvador Correa de

Sá, sobre os serviços prestados por

João Gonçalves de Azevedo no

Brasil.

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(16 e 17)

1609

Attestado do Governador Salvador

Correa de Sá, sobre os serviços

prestados por Gaspar Vaz, sogro de

João Gonçalves de Azevedo.

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(19)

1617

Requerimento de Martim de Sá,

filho do Capitão-mor e Governador

da capitania do Rio de Janeiro

Salvador Correa de Sá, no qual

pede providências, em nome de seu

pai, acerca das explorações de que

fora incumbido ara a descoberta das

minas das Capitanias de São

Vicente e do Rio de Janeiro

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(1)

1617

Requerimento de Martim de Sá, em

que insiste pelas providências a que

se refere a sua petição anterior

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(4)

Requerimento de martim de Sá, no

qual pede que, no caso de falecer

seu pae que estava numa avançada

idade, lhe fosse feita a mercê de lhe

suceder no serviço do

Departamento de História

1617

descobrimento e averiguação das

minas das capitanias de São Vicente

e do rio de Janeiro, e na forma das

provisões que lhe tinham sido

passadas.

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(5)

1617

Carta do Capitão-mor Martim de

Sá, dirigida ao Rei Filippe II, na

qual se refere a ordem que recebera

de partir para o Brasil, de fazer

descer o gentio ao litoral do Cabo

Frio, de fundar aldeias e defender a

costa das capitanias do Rio de

Janeiro, Santos e São Paulo dos

navios estrangeiros que ali

tentassem aportar.

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(7)

1624

Consulta do Conselho da Fazenda

sobre um memorial de Salvador

Correa de Sá, em que expõe

diversas pretensões de seu pae

Martim de Sá, relativas a Capitania

do Rio de Janeiro

Anais da BNRJ

1917

Volume 39

(27)