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Filipe Milani PUC-MG 2012

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Page 1: 6.Choque Septico Filipe Milani

Filipe Milani PUC-MG 2012

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INTRODUÇÃO

Sepse: causa de mortalidade na terapia intensiva

Mortalidade acima de 40%

Muitos estudos trouxeram contribuição para melhor entendimento fisiopatológico na Sepse

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CONCEITO

Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS-ocorre taquicardia, taquipnéia e febre. Por qualquer inflamação)

Sepse (SIRS + bactérias ou antígenos bacterianos)

Sepse Severa (sirs + hemocultura + lactato)

Choque Séptico( sepse severa + P sistólica < 90)

Choque Séptico Refratário (choque séptico + acesso central c/ soluçào correndo direto sem resposta em 60 min)

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MECANISMOS MOLECULARES E CELULARES DA SEPSE

Os conceitos de resposta celular à infecção modificaram substancialmente, principalmente pela descoberta de novos mediadores biológicos.

Interação entre mediadores inflamatórios e seu receptor celular permite uma variedade de respostas inflamatórias.

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Interação receptor-ligando (mediador inflamatório) regula vários níveis de modulação da resposta inflamatória.

Muitos mediadores e tipos celulares estão envolvidos na inflamação.

A patogenia do choque séptico é complexa.

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Microrganismos

Sítios Infectados

Endotoxina Exotoxina

Resposta sistema imune – mediadores

Citocinas, PAF, Complemento, Cininas

Efeitos sob a vasculatura, miocárdio, outros órgãos

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Citocinas, PAF, Complemento, Cininas

reativação das células fagocitárias e da cascata inflamatória

Efeitos sob a vasculatura, miocárdio, outros órgãos

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•As endotoxinas causam a liberação de citocinas diretamente destas células. Ao mesmo tempo, os microorganismos presentes no foco de infecção são fagocitados. Isto causa uma aumento do consumo de oxigênio pelos macrófagos e a produção de radicais livres de oxigênio (superóxidos, peroxidases, etc), juntamente com proteases e hidrolases (lisozimas, elastase, colagenase, etc), que são capazes de causar danos a estes patógenos. Estas propriedades fagocíticas e bactericidas são essenciais para a defesa normal do hospedeiro, mas, quando a ativação dos macrófagos torna-se descontrolada, estas células contribuem para o desenvolvimento de uma reação inflamatória generalizada. •Os macrófagos ativados também secretam muitos mediadores inflamatórios, tais como leucotrienos e o fator ativador plaquetário (PAF), que são ativos em células distantes e amplificam a reação inflamatória.

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ASPECTOS INFLAMATÓRIOS NA SEPSE

Visão Geral da Cascata Inflamatória

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Microrganismos

Endotoxina Ácido teicóico

Desencadeiam resposta inflamatória

Ativação da cascata inflamatória

Indução citocinas, ativação celular

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ATIVAÇÃO DA CASCATA INFLAMATÓRIA

Aspectos Celulares

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Mastócitos, Macrófagos, Monócitos, Plaquetas, Células Endoteliais

Mediadores

Alteração de permeabilidade vascular

Ativação da cascata inflamatória

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As alterações estruturais e bioquímicas dos neutrófilos levam a liberação de mediadores tóxicos pelos leucócitos

ativados, incluindo espécies reativas e oxigênio e secreções de enzima

proteolítica potencializando o dano tecidual.

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DISFUNÇÃO CARDÍACA E MODULAÇÃO

INFLAMATÓRIA NA SEPSE

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Infecção

Hipotensão

Depressão fração de ejeção

Dilatação ventricular

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DISFUNÇÃO VASCULAR MEDIADORES BIOLÓGICOS

Choque Séptico

Prostaglandinas Resistência vascular Prostaciclinas

Hipotensão

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LPS Citocinas

Células endoteliais

Tromboplastina, PAI-1, PAF

Vasodilatação e inibição da agregação plaquetária

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RESPOSTA DO HOSPEDEIRO À INFECÇÃO

células do hospedeiro

Liberação de mediadores

Complexa cascata

Interação macrófago – LPS

Produção de TNF

Papel central no choque endotóxico

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MECANISMOS DE AÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO

Baixas concentrações:, vasodilatação, agregação plaquetária e neurotransmissão

Altas concentrações: citotóxico e citostático, inibe a respiração celular, lesa o DNA e afeta a reprodução celular

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SEPSE

As manifestações variam desde as bem evidentes até as mais sutis.

Muitos apresentam sintomas pouco específicos.

Decorrem de insulto infeccioso primário.

As manifestações clínicas secundárias à ativação inflamatória são inespecíficas.

Disfunções respiratórias e renais são reconhecidas nos estágios iniciais.

Neurológicas, hepáticas e intestinais reconhecidas tardiamente.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SEPSE

Resposta inflamatória sistêmica:

Febre ou hipotermia

Taquicardia

Taquipnéia e hiperventilação

Leucocitose, bastonetose e leucopenia

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MANIFESTAÇÕES ORGÂNICAS

Cardiovasculares

Pulmonares

Renais (diminuição da filtração e fluxo urinário)

Neurológicas (tetraparesia do pcte séptico. Até 6 meses p/ melhorar)

Hepáticas

Hematológicas

Metabólicas

Cutâneas

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MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA NA SEPSE

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VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS NA SEPSE

Resistência vascular sistêmica

Débito cardíaco

Pressão venosa central

Pressão da artéria pulmonar, pressão da artéria pulmonar.

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TRATAMENTO

Profilaxia

Reconhecimento da população risco;

Restrição de procedimentos invasivos;

Detecção precoce da infecção é vital

Antibioticoterapia adequada;

Intervenção cirúrgica (retirar o foco infeccioso);.

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Prognósticos são definidos pelo dano tecidual resultante da interação entre o

hospedeiro e números mediadores inflamatórios.

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CONTROLE DA VOLEMIA

Reposição com colóide e cristalóide;

Manter concentrações de hemoglobina e hematócrito.

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SUPORTE INOTRÓPICO

Restaurar pressão de perfusão tecidual mínima

Tempo aguardando efeito pressórico até 60 minutos;

Dopamina e Noradrenalina.

Necessidade de aumentar o débito cardíaco

Droga mais eficaz é a Dobutamina.

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Ocorrência comum na Sepse é a insuficiência ventricular direita.

Correção da volemia associada a noradrenalina.

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OUTROS PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO

Monitoração hemodinâmica invasiva;

Monitoração seqüencial do lactato;

P/ pcte c/ choque sem resposta à retirada das aminas, pode estar c/ deficiência adrenal => dosa-se o cortisol=> se baixo => hidrocortisona ou metilprednisona

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Presença de 2 ou mais fatores:• temperatura > 38oC ou < 36oC

• FC > 90 bpm• FR > 20 rpm ou PaCO2< 32 mmHg

• Leucocitose/penia ou formas jovens > 10%• Alteração de consciência

• Glicemia > 120 mg/dl na ausência de DM

Presença ou suspeita de infecção

Disfunção ≥ 1 órgão:• hipotensão ou uso de vasopressor• oligúria ou creatinina > 2 mg/dl

•Infiltrado pulmonar bilateral•PaO2/FiO2 < 200

•Plaquetas < 100.000 / mm3

•Alteração de consciência•Bilirrubina > 2 mg/dl

•Lactato ≥ 2 mM ou 18mg/dl•Coagulopatia (INR>1,5 ou

TTPA>1,5 x ref.)

SEPSE GRAVE ou

CHOQUE SÉPTICO

SIRS

SEPSE

Reconheça o paciente

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O RELÓGIO DA SEPSE

11asas 6 h 6 h

Caracterizar:Caracterizar:Estado hemodinamicoEstado hemodinamico

Dados da infecçãoDados da infecção

Estabilização Estabilização hemodinâmica:hemodinâmica:

Volume EVVolume EVDrogas vasoativasDrogas vasoativas

Monitorar Monitorar

perfusão:perfusão:PAM, DU, SNCPAM, DU, SNCSvOSvO22 e lactato e lactato

Colher culturasColher culturasIniciar antibioticoterapia adequada e controle do Iniciar antibioticoterapia adequada e controle do

focofoco

Iniciar:Iniciar:Ventilação Mecânica ProtetoraVentilação Mecânica Protetora

Controle metabólicoControle metabólicoAvaliar necessidade de corticóideAvaliar necessidade de corticóideAvaliar indicação de drotrecoginaAvaliar indicação de drotrecogina

6 a 24 h6 a 24 h

IAM:IAM:““Tempo é músculo”Tempo é músculo”

AVC:AVC:““Tempo é cérebro”Tempo é cérebro”

Sepse:Sepse:““Tempo é vida”Tempo é vida”

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Caso clinico 01.

Paciente de 32 anos internada há 12 dias em um CTI para tratamento de pneumonia associada a insuficiência respiratória.

Terminado antibioticoterapia há dois dias encontra-se em desmame da VM e iniciou novamente com febre e hipotensão arterial as 3 da madrugada. Foram tomadas as seguintes condutas:

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Caso clinico 01:

Reposição volêmica com cristalóides.

Iniciada infusão de noradrenalina.

Puncionada a. radial para monitorização de PIA.

Reiniciada sedação continua e abortado o desmame da VM.