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Volume U lninn
Maio
N .
2
\ \ \ \ \ i \
III I I j U I l I l l l
1 ( 1
i d 6 0
PUBLICADA PELO DEPARTAMENTO CIENTFICO DO CENTRO ACADMICO OSWALDO CRUZ
DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO
TERAPUTICA TPICA EM DERMATOLOGIA
FORMULRIO
ESTEVAM DE ALMEIDANeto *
S E B A S T I O A . P . S A M P A I O * *
A teraputica tpica em Dermatologia, no obstante os progressos ha
vidos no ca m po da etiopatogenia, importante. M e s m o no desconhecimento
da etiologia possvel, n o raro, mediante o uso de tpicos, levar a b o m
te rm o u m a dermatose que se apresentou, at ento, rebelde a vrias tentati
vas teraputicas, s vezes, intempestivas, seno desastrosas. Q u e ela seja
adequada na sua forma (apresentao farmacutica) e oportuna no seu
fundo (princpio
ativo),
o que se requer para o xito teraputico.
Este trabalho de divulgao dos principais aspectos da teraputica t
pica e m Dermatologia, tendo e m vista os recentes progressos dessa disciplina
mdica. A finalidade de oferecer a estudantes de medicina e a mdicos
n o especializados u m formulrio para o tratamento tpico.
A orientao foi eminentemente prtica, evitando, sempre que possvel,
matria controversa. O s aspectos clssicos, isto , a s o ma de experincia
acu mul ada e sedimentada pelo tempo , ainda que c o m aparncia de empiris-
m o so respeitados. A s frmulas sobre as quais os autores tm experincia
pessoal ou consagradas pela prtica corrente foram preferidas.
O assunto dividido em trs captulos: I Normas gerais da tera
putica tpica; II Fo rm a s farmacuticas (estudo dos tpicos quanto
suaapresentao); III Princpios ativos (tpicos quanto ao seu us o) .
A convenincia do tratamento tpico, a forma farmacutica mais adequa
d a substncia ativa indicada, so as indagaes do clnico que aca ba de
exa minar u m caso. O s autores pe ns am que este trabalho possa ser til
para estas indagaes.
Trabalho da Clnica Dermatolgica e Sifiligrfica da Faculdade de Medicina
da USP (Servio do Prof. Joo de Aguiar
Pupo).
* Mdico Assistente.
** Livre Docente.
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CAPTULO
I
NORMAS GERAIS
A teraputica tpica em Dermatologia ser orientada e balizada pelo
critrio morfolgico, e arrematada pelo critrio etiolgico. A morfologia
a via regia para se atingir os domnios da etiologia; propiciar a interveno
teraputica oportuna e adequada ao momento evolutivo do processo mrbido;
permitir o alvio sintomtico e abrir, no raro, caminhos seguros para a
teraputica etiolgica, que, evidentemente, a ideal.
A teraputica morfolgica depender da compreenso dos fenmenos cut
neos observados, secundada pelas informaes colhidas. Torna-se necessrio,
como bvio, o conhecimento da semiologia dermatolgica. A observao
clnica concisa e precisa, o diagnstico rpido, mas razovel, so os quesitos
necessrios.
O observador dever reconhecer, de incio, os seguintes dados: 1) Grau
de comprometimento, isto , a extenso da rea cutnea lesada. Para fins
prticos,considera-se generalizada, quando compromete grande parte do te-
gumento,
e localizada, se adstrita ou regional; 2) Tipo de leso elementar:
leses puras ou primitivas, leses modificadas pela prpria evoluo do
pro
cesso mrbido, leses complicadas pela superposio de outros fatores; 3)
Sintomas subjetivos, devidamente aferidos pela argcia do observador; 4)
Estdio evolutivo: se em fase crnica ou aguda.
Assim, uma dermatose que se apresente generalizada, eritmato-vesicu-
losa (exsudativa) e infectada, pruriginosa, dever ser, inicialmente, tratada
por meio de banhos detergentes (antisspticos, adstringentes e antiprurigino-
sos). Outra que se apresente com as mesmas caractersticas, porm locali
zada,
ser tratada por meio de compressas ou banhos locais detergentes.
O quadro 1 considera os fatores analisados. No foram includas, obvia
mente,as dermatoses que, de regra, no so tratadas pelos medicamentos
tpicos.
A teraputica tpica etiolgica no prescinde da teraputica morfolgica,
mas completa-a. O tratamento sintomtico pode, mesmo, preparar o terre
no para a investigao etiolgica. o caso, por exemplo, da investigao
alrgica no eczema agudo, que s deve ser feita quando a dermatose fr
acalmada.
O principal objetivo do tratamento local ser o de proporcionar condi
es favorveis restitutio ad integrum do tegumento. Consegue-se: 1)
Por meio de substncias que agem diretamente contra o agente causai (v.g.:
tratamento das tinhas pelos antifngicos); 2) Por intermdio de medica
mentos que atuam por simples proteo (v.g.: o silicone como agente de
proteo contra o sabo em dermatites de contato das m o s ) ; 3) Pelas
drogas de efeito puramente sintomtico (ex.: os anestsicos locais no trata
mento dos pruridos
localizados);
4) Pelo estmulo da atividade celular (ex.:
os rubefacientes na alopecia areata; as substncias fotossensibilizantes no vi-
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tiligo); 5) Pelas substncias que deprimem a atividade celular (v.g.: o
coaltar no tratamento das liquenificaes; os antimitticos nos
cnceres);
6) Por mtodos que proporcionam melhores condies fisiolgicas (v.g.: a
bota de Un na no tratamento da lcera de
perna).
Grau decom-
prometimento
Dermatoses
generalizadas
Dermatoses
localizadas
Leso elementar
Pura
Eritema difuso
Eritmato-
vesiculosa
Bolhosa
Pstulo-crostosa
Eritmato-
esfoliativa
lcero-gangrenosa
lcero-necrtica
Eritmato-
escamosa
Escamosa
Eritmato-
esfoliativa
Liquenificada
Bolhosa
Pstulo-crostosa
Ulcerosa
Leucomelano-
drmica
Eritmato-
vesiculosa
Eritematosa
Bolhosa
Pstulo-crostosa
Necrtica
Gangrenosa
Ulcerosa
Eritmato-
escamosa
Liquenificada
Hipercerattica
Ulcerosa
Vegetante
Hiperidrtica
Discrmica
Tumoral
Modificada
ou
complicada
Infectada
Eczematizada
Hemorrgica
Vegetante
Infectada
Eczematizada
Hemorrgica
Vegetante
Sintoma
subjetivo
Pruriginosa
Dolorosa
Hiperestsica
Hipoestsica
Anestsica
Pruriginosa
Dolorosa
Hiperestsica
Hipoestsica
Anestsica
Estdio
evolutivo
Aguda
Crnica
Aguda
Crnica
Quadro 1
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Regras prticas para a teraputica tpica
1. Exame clnico para diagnstico provisrio, seguindo-se-lhe a investi
gao etiopatognica para arremate da teraputica.
2. Emprego de medicamentos que no prejudiquem a capacidade de
restaurao d a pele, quer c o m o irritantes primrios o u custicos, quer c o m o
provocadores de sensibilizao. Segundo Pillsbury , este item pode ser
equacinado como segue:
Ao teraputica
Efeito senbilizante ou irritante primrio
= ndice de resultados favorveis
C o m o decorrncia desse fato, segue-se que o teste epicutneo prvio, em
pe quen a rea de pele lesada ou s, poder servir de l eme para a aplicao
judiciosa de u m a substncia ativa.
3. O tipo de veculo, ou a forma farmacutica, dever adequar-se ao
tipo da der mat ose e dever ser modificada paralelamente c o m a sua evo
luo. O banho , que foi conveniente ont em, ceder hoje para a pasta, e
a m a n h para o crem e ou pom ada . O quadro 2 (Lerner e Lerne r**)
elucidativo.
COMPRESSAS
UM tD S
BANHOS
EXSUDAO
CALOR
EDtMA
C/20STAS
DE SC AM O
LIQUEHinCM
EkITEMA
PAURIOO
IHFECO
Quadro 2
4. A teraputica tpica dever, sem pr e q ue possvel, associar a medi
cao ativa sintomtica medi ca o etiolgica, utilizando-se, co m o foi dito,.
veculo adequado ao estdio evolutivo.
5. A aplicao de um tpico dever ser feita somente depois da remo
o dos resduos da aplicao anterior.
Pillsbury, D. M. et ai. Dermatology. Saunders Co., Filadlfia, 1956.
Lerner & Lerner Dermatologic Medications. Year BookPubl.,Chicago, 1954.
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C A P T U L O I I
MEDICAMENTOS TPICOS QUANTO APRESENTAO
FORMAS FARMACUTICAS
A forma farmacutica do tpico, isto , a maneira como se apresenta,
depen de do veculo ou veculos empregado s. Pa ra finalidades prticas po
demos classificar os veculos e m slidos micropulverizados, semi-slidos e l
quidos.
A gua, o lcool etlico, o ter sulfrico e o clorofrmio so os lquidos
ma is em pr eg ad os para a dissoluo das substncias ativas, constituindo as
solues,qu e de lcool, ter e clorofrmio so ch amadas tinturas. A fo rm a
constituda pela mistura de lcool, ter e piroxilina, conhecida c o m o coldio,
apresenta a particularidade de poder ser aplicada e m pequenas reas cut
neas,
fo rm an do u m a pelcula aderente pela evaporao dos solventes.
O s veculos semi-slidos apresentam consistncia untuosa. So, geral
mente,corpos graxos e, m e s m o que se apresentem slidos, tornam-se semi-
slidos ou lquidos espessos qu an do e m contato c o m a pele, devido tempe-^
ratura cutnea. O s lquidos espessos, denomi nados genericamente de leos,
certos hidrocarburetos extrados do petrleo, c o m o a vaselina e a parafina,
e certos poli-lcoois, c o m o os mod er no s cx bw a-^ so outros exemp los de
veculos semi-slidos. Eles so usados para o preparo daspomadas; quando
lquidos espessos, do oslinimentos; qua nd o slidos, for necem osceratos. A
gelatina utilizada para o preparo de tpicos possibilita a obteno dascolas;
ela pede ser considerada c o m o veculo semi-slido, n o obstante sua natureza
qumica ser b e m diversa, assim c o m o seu empr ego . A associao de u m
veculo graxo, ou hidrocarbureto, c o m u m a resina, permite a obteno dos
tpicos denominadosungentos. O s principais veculos semi-slidos utilizados
na prescrio dermatolgica so: as vaselinas, as parafinas, a lanolina, os
leos (minerais, vegetais e
animais),
as cras, a ba nh a de porco, os carbo-
w a x (polietilenoglicis), a gelatina, etc.
O s slidos micropulverizados so utilizados no preparo de frmulas der
matolgicas, denominadas genericamente ps. Os slidos so reduzidos a
partculas diminutssimas por processos especiais, permitindo a mistura ho m o
g ne a de substncias ativas. Talco (trissilicato de
magnsio),
oxido de zinco,
carbonato de magns io, carbonato de clcio, estearato de zinco, so os s
lidos mais utilizados nestes preparados.
O s ps, qu an do adicionados aos veculos semi-slidos usados para as po
madas, conferem-lhes propriedades novas de permeabilidade e absoro, e
quando empregados em percentagem de 20
(
A para cima, constituem as
pastas.
A adio de g ua ou solues aquosas nos veculos semi-slidos das po
madas permite a obteno doscremes. Estes so de me n or viscosidade, de
alto poder emoliente, usados nos cosmticos e per mi te m a obteno de pre
parados que mais se ap ro xi ma m do ma nt o hidro-graxo que nor mal men te
recobre a pele. Naturalmente, so veculos untuosos hidrfilos que ma is se
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a d a p t a m a esse mister, c o m o a lanolina, os carbowax, etc. D a nao d e
cremes sedesc amba suavemente,s e mdelimitaes ntidas, pa ra as emulses.
Nestas,
cabe
o
conceito
de
estado coloidal,
e m q u e u m
veculo
se
acha
di
vididoe m diminutssimas partculas (microglbulos d a fase interna),e m dis
perso noutro veculo qu e o envolve (fase externa), tudo issod em o d o est
vel e h o m o g n e o , custa dos agentes emulsferos, auxiliados o u n o pelos
agentes
de
estabilizao.
U m
significativo exemplo
d e
emulso
nos
forne
cido pela natureza:
o
leite an im al . Alis,
o
termo emulso
se
origina
d o
verbo latino emulgere,
q u e
significa ordenhar.
O s psmisturados gua o u solues fornecem assuspenses, que, por
instveis, necessitam seragitadas antesd o uso (shake lotionsdosautoresd e
lngua inglesa).
O s excipientes soutilizados n a sfrmul as dermatolgicas c o m duasfi
nalidades principais:
1)
Pelas s uas propried ades intrnsecas: c o m o lubrifi
cantes, emolientes, absorventes, umectantes, detergentes e calmantes; 2 )
P o r p r o m o v e r e m a uniforme aplicao d e percentagens adeq uada s de
subs
tncias ativas.
O quadro
3
r e s u m e
o
assunto aqui explanado.
LEGENDA
l POMADAS
2.UHIHEMOS
3.CERATO
4.COLA
5.SOLUES
k.TMTURA
COLDIO
8.PASTA
9.CREME
IO.
SUSPENSO
II.EMULSO
12.UHGEtiTO
POS
OXIDO D E ZINCO
TALCO
C RBON TO
DE No
C RBON TO
DEC
ESTE RA
TODEZa
SLIDOS
MICROPVL VEHIZfOOS
r
U/i TOS
yflSEUtiflS
BfitiHf
LffNOLM
WDERM1NR
CARBOWAX
LEOS
pfRRFiriRS
CE AS
GELATINA
SOLVENTES
EMULSFEROS
SRBES
LC LlNOS
S BES METLICOS
SABES OAG NiCOS
LEOS
SULFA TODOS
CE TL AVON
MOHOESTEORATODE GUCERt L
SQ BIT N
POLIE
TIL ENO CL I cois
RCPf. SAPONINA
CELULOSE GOMAS
ACUO
LCOOL
TER
CLOROFRMIO
PlROXILlNf
Quadro 3
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TPICOS CARACTERIZADOS PELO VECULO LQUIDO
Solues aquosas
As solues aquosas so empregadas em Dermatologia, sob forma de
ban hos e compressas mida s. De pe nd en do da zona que vai ser curada, os
banh os sero totais ou parciais. N a s compressas, as solues so postas e m
contato com a pele por meio de ataduras de pano embebidas no liqido
usado,
umedecidas e trocadas e m md ia cada 3 ou 4 horas. N o s banhos
gerais ou parciais a perma nn cia varia de 15 min utos a 1 hora.
Banhos medicinais detergentes
Aprincipal indicao dos banhos para dermatoses extensas, permitindo
a fcil aplicao de substncias ativas qu e so dissolvidas na gua. So
excelentes co m o detergentes; consegue-se, pela hidratao e amole cimento,
a re mo o das crostas, escamo-crostas, restos celulares, exsudatos sero-puru-
lentos e restos de substncias medicinais concretadas, oriundas de aplicaes
anteriores.
Liberta-se o tegumento de u m a ganga de materiais orgnicos e
estranhos ao organismo, todos indesejveis, que n o s pe rm it em a coloni
zao de germe s patognicos, c o m o t a m b m ag em , no raro, c o m o irritantes
primrios ou agentes de sensibilizao, que no s com pl icam c o m o prolon
g a m u m a dermat ose por si s grave. A ao detersiva possibilita a restau
rao epidrmica. O s banhos so, al m disso, antipruriginosos e calmantes.
S o particularmente indicados para dermatoses agudas, exsudativas e infec
tadas.
A temperatura de 35-38C a ideal; a durao de mei a a u m a hora.
Depois o paciente dever enxugar-se, evitando atrito violento da toalha.
Usar de preferncia toalhas no felpudas.
1.Banhos de permanganato de potssio.(D
Agem como oxidantes. So adstringentes, desodorizantes, antisspticos,
antifngicos, antieczematosos e antipruriginosos; usados e m concentraes
que variam de1:10.000a 1:40.000. O s cristais de pe rm an ga na to d evem ser
perfeitamente dissolvidos, evitando a ao corrosiva da aplicao direta so
bre a pele. Aconselha-se dissolv-los antes e m pequ en o recipiente, at for
m a o de u m caldo grosso uniforme.
S o indicados para dermatoses exsudativas generalizadas, eczematosas,
vesiculosas, bolhosas, impetiginizadas, herpetiformes, exfoliativas, para oeri
tema polimorfo bolhoso, monilase, pnfigos, etc.
A re mo o de depsitos de perm an gan at o das unhas, ou d a banheira,
pode ser conseguida pela gua oxigenada, cido actico ou hipossulfito de
sdio.
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2.
Banho de amido.
gua de cal .... 50 g ou gua de cal 50,0 g
leo de linhaa 50 g leo de amndoas 50,0 g
Cnfora
. . . .
0,5 g
A gua de cal uma soluo de hidrato de clcio na proporo de 165
m g por litro de gua; outros autores re co m en d am u m a soluo saturada de
hidrato de clcio a 0,17 O hidrato de clcio tende a se combinar c o m as
protenas das serosidades cutneas, fo rm an do u m a c a m ad a protetora na su
perfcie.
Indicado nas dermatoses agudas, pruriginosas e exsudativas. Us ad o
c o m o acalmante, antipruriginoso pela contnua evaporao d o contedo a quo-
so,antiexsudativo. O linimento leo-calcrio dever ser aplicado c o m dedo
de luva e nunca com algodo que absorve a gua.
2. Linimento de oxido de zinco
oxido de zinco 15 g
gua de cal 100 g (33)
leo de amndoas 50 g
Ceratos
Nos ceratos ou cerotos o veculo uma gordura ou hidrocarbureto sli
dos. Incorpora-se a substncia ativa e molda-se e m pequ enos bastes de
fcil e c mo do mane jo. O s veculos mais e mpr ega dos so: mant eiga de ca
cau,
cras e parafinas.
Alguns exemplos
1. "Baton" de crisarobina
Crisarobina 10 g
Vaselina 30 g
Cera virgem 30 g (34)
Manteiga de cacau 20 g
Parafina dura 10 g
um " baton" redutor forte, indicado para leses localizadas da psorase.
2. "Baton" antialrgico
Lanolina 10 g
Vaselina 2 g
Cera branca .... . . 5 g (35)
cido esterico 1 g
Ictiol 2 g
Alcanina q.s.p. colorir.
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O ictiol poder ser substitudo pela hidrocortisona
(1,57).
O corante
poder variar de acordo c o m a preferncia da paciente.
Us ado para c ombat er a dermep idermite de contato, nas quilites, etc. A
ao antiinflamatria se deve ao ictiol ou hidrocortisona. Usado e m substi
tuio aos "batons" c om un s, s vezes responsveis pelas dermatites de contato.
Colas
So preparados adesivos e elsticos. Tm por veculo uma substncia
semi-slida, a gelatina, qual se associam outras substncias ativas ou iner
tes,segundo a indicao. A quente as colas so solues espessas; a frio,
semi-solidificam-se.
A mai s emp re ga da e m Dermatologia a cola de zinco, que goza depro
priedades protetoras, descongestionantes, antipruriginosa. Pelo seu contedo
e m oxido de zinco so permeveis. P o d e m ser emp reg ada s e m largas super
fcies cutneas o u imp regn adas e m faixas de gaze para a feitura de bota
de Unna.
Cola de Unna
Glicerina
Gelatina
oxido de zinco
gua
Quantidade para duas botas
Para ser usada, deve ser aquecida em banho-maria e pincelada na regio
tratada. Muito utilizada no tratamento das lceras varicosas da perna.
Pelas solues detergentes habituais limpa-se a lcera. Se ho uver e de ma, o
paciente deve, no dia anterior aplicao, ma nte r as pernas elevadas para
melhorar as condies circulatrias locais.
Vai-se enfaixando a regio ulcerosa co m gaze e recobrindo-se esta c o m
pasta de U n n a amolecida pelo banho-maria. A perna recoberta at 4 de
dos abaixo da cabea do pernio e recoberta de quatro camadas de gaze
em be bi da da cola. Deixa-se resfriar e secar, fo rm an do destarte u m a espcie
de cano de bota. A l m das propriedades medicinais prprias dos constituin
tes da cola, a bota de U n n a funciona, pela sua elasticidade, c o m o u m a fora
propulsora da circulao de retorno, pois o paciente, ao deambular, pelos
mo vi me nt os das mass as musculares da perna, dilata o cano de bota e, na
contrao, este, pela sua elasticidade, volta posio primitiva.
Substncias ativas p o d e m ser incorporadas cola de Un na . Q u an d o se
associa u m a substncia q ue retarde a solidificao da gelatina, c o m o a cn
fora e o cloral, d-se preferncia cola dura, cuja frmula segue:
oxido de zinco
Glicerina
Gelatina
gua
100 g
100 g
100 g
200 g
(36)
10 g
30 g
30 g
30 g
(37)
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3. P aderente
Talco 40 g
Estearato de magnsio 20 g
Carbonato de zinco 10 g (40)
Vaselina 5 g
ter 20 g
t a m b m u m p gorduroso co m as m e s m a s indicaes deste.
4. P parasiticida
Talco q.s.p. 30 g
D.D.T 3 g
Usado na pediculose e fitirase.
5. P antissptico
Subgalato de bismuto (dermatol) 1,50 g
cido brico. . 1,50 g
oxido de zinco. . 3,00 g
Talco q.s.p 30,00 g
(41)
(42)
TPICOS CARACTERIZADOS PELA ASSOCIAO DE U M VECULO SEMI-SLIDO A U M
VECULO AQUOSO
Cremes
So preparados semi-slidos, cujo veculo resulta da associao de uma
substncia gordurosa, ou untuosa hidrfila, c o m u m a soluo aquosa. A
quantidade de gua de u m cre me
se mp re considervel, conferindo-lhe vis-
cosidade muito m en or do que para as po mad as . S o detersivos, umectantes,
emolientes,
refrescantes e cosmticos. N o esquecer qu e a evaporao da
gu a de u m creme , qua ndo e m contato co m a pele, pode resultar na super-
do sa ge m das substncias ativas incorporadas. Deve-se ter e m me nt e q ue a
g ua pode de co mp or certos sais metlicos, de bismuto, antimnio, mercrio,
etc, que, por isso, de vem ser evitados.
A s emulses, que sero estudadas separa damen te no prx imo item, po
d e m ser includas entre os cremes ou entre as solues, dependendo da cor
relao gua/leo e aspecto cremo so ou liqido. M a s , pela importncia que
as su mi ra m m od er na me nt e, e m dermatologia e cosmetologia, so estudadas
separadamente e com certo desenvolvimento.
Principais cremes
1. Cold cream
Cera branca 15,00 g
leo de amndoas 60,00 g
Borato de sdio 0,92 g
gua destilada 25,00 g
(43)
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Utilizado como lubrificante, detergente, antipruriginoso e refrescante.
Indicado nas dermatoses descamativas e eritematosas; empregado como lubri
ficante para peles secas.
O cold cream tem reao alcalina. Existem outras frmulas que no
diferem essencialmente da transcrita neste trabalho.
Sob o ponto de vista acadmico, o cold cream poderia ser includo nas
definies de linimento, cerato, creme e emulso, mas no devemos esquecer
que as definies de formas farmacuticas nem sempre podem ser precisas,
prevalecendo muitas vezes o conceito clssico, at que a lgica comande
novas demarcaes de fronteiras no campo das conceituaes.
2. Creme antiactnico
Soluo de bromidrato de quinina a 1:15 15 g
Vaselina 10 g (44)
Lanolina anidra
5 g
Usado como protetor das radiaes solares: contra queimaduras solares
ou e m peles sensveis irradiao solar.
3. Creme de Dalibour
Sulfato de cobre 0,03 g
Sulfato de zinco 0,05 g
gua destilada 3,00 g
Lanolina 5,00 g
oxido
de
zinco
1,00 g
Vaselina
.... 10,00 g
Creme antissptico, indicado em dermatoses agudas, com infeco secun
dria.
Nas dermatoses superagudas, as doses de sulfato de cobre e sulfato
de zinco podero ser diminudas para 0,02 g.
4. Creme contra cloasma (Darier)
gua oxigenada (12 a 20 vol.) 15,00 g
oxido dezinco 1,00 g
Sublimado corrosivo . . . . 0,05 g (46)
Lanolina
. .
.... .... 5,00 g
Vaselina . . 10,00 g
A gua oxigenada usada como redutora do pigmento melnico, o su
blimado como antipigmentar.
Emulses
As emulses envolvem o conceito de estado coloidal. So obtidas pela
associao de veculo oleoso e veculo aquoso, homogenizados pelo auxlio de
u m a substncia emulsfera. N u m a emulso devemos considerar: a fase in
terna,
a fase externa, o agente emulsfero, associado ou no ao agente es
tabilizador.
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A substncia emulsfera dever dividir a fase interna e m partculas to
pequenas (microglbulos) suficientemente diminutas para vencerem a fora
da gravidade, evitando destarte a precipitao. O emulsfero envolve os mi
croglbulos de u m a delgada me mb ra na , u m tnue filme que imp ede a coa-
lescncia de u m a s sobre as outras. A terceira propriedade d o emulsfero
consiste e m diminuir a tenso superficial interfacial, entre as fases interna
e externa.
A s emulses se aprese ntam de dois mo d os ou tipos: gu a e m leo
(A /O ) e leo e m gua (O/A),conforme a fase interna seja a gu a o u o leo,
respectivamente. O tipo padr o de u m a emu ls o A / O nos fornecido pela
man teiga e o leite fornece o tipo padro de emuls o O/A.
Agentes cmulsferos
Os agentes emulsferos tornam possvel a estabilidade das emulses.
A g e m pelo abaixamento da tenso superficial nas superfcies de contato en
tre as fases interna e externa.
A molcula de u m emulsfero deve constar de u m a parte eltricamente
polar e de outra parte no polar. A s molculas eltricamente polares
cons
t a m de to mos que no esto simtricamente distribudos, de m o d o que o
centro n o se apresenta neutralizado. O cido clordrico u m ex em pl o
(C1H); ntida a assimetria molecular. Outro ex em plo: C H
: j
C O O H (cido
actico). A s molculas eltricamente no polares so simtricas: C
6
H
6
(n
cleobenznico),metana (CH
4
),propana
( C H
3
C H
2
C H
3
) ,
etc, simtricas,el
tricamente neutras e n o polares. A s molculas polares so hidrossolveis e
as no polares, lipoflicas ou hidrfobas. N u m agente emulsfero a parte
no polar ser hidrfoba e a parte polar, hidroflica, isto , a parte hidro-
flica ser solvel e m gu a e a parte hidrfoba solvel no leo. Qu a n d o
as duas pores da molcula forem equilibradas, o agente emulsfero tanto
dar emulses tipo A / O c o m o O/ A. Se a poro hidroflica fr predomi
nante a gua ser a fase externa e teremos u m a emul so tipo O/ A. E x e m
plo:estearato de sdio, cuja frmula pode ser assim representada:
C
17
H , COONa
hidrfoba hidrfila
(simtrica) (assimtrica)
Outro exemplo dado pelo estearato de clcio, cuja poro hidrfoba
consta de duas c ad ea s de cido esterico, sendo pred omin ante essa poro
n o polar, dupla cadeia C
1 7
H
3 V
, portanto, u m agente emulsfero para os
tipos A / O , pois solvel na gordura (lipossolvel). Pode-se estabelecer, de
m o d o geral, u m a regra pela qual a poro do mina nte da molcula que
vai determinar o tipo de emu lso : se fr hidrfoba, a em ulso ser A / O ;
se fr hidrfila, a emulso ser O/A.
Classificao das substncias eiyiulsferas Baseia-se na correlao en
tre a parte predominante da molcula do emulsfero e a dissociao inica:
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se o anon, o emulsfero ser aninico; se o caton, ser catinico; se
n o houver dissociao inica, ser no inico. U m 4. gr up o existe cons
titudo por emulsferos vrios de origem animal, vegetal, etc, que cha ma
remos de grupo miscelnea.
Emulsferos aninicos
Nestes, o grupo alcalino representado pelos estearatos, oleatos, lino-
leatos,ricinoleato e palmitato de sdio e potssio, e o caton a mnio para o
anon linoleato (linoleato de
amnio).
Nestes, pr edom ina a poro hidrfila
da molcula e so propcios para emulses tipo O/ A. S o t a m b m usados
c o m o solubilizadores, pois a u m e n t a m a solubilidade de certos compostos qu
micos. Assi m, o cresol, na presena de u m destes emulsferos, aum en ta de
25 vezes sua solubilidade na gua. O maior inconveniente do gr upo alcalino
a sua clcio-intolerncia, isto , a reao qumica qu e se estabelece na
presena do caton C a + + e precipitao subseqente do sal clcico form a
do. T a m b m na presena de cidos, os emulsferos aninicos alcalinos per
d e m sua estabilidade e libertam cido graxo.
O seg und o s ubg rupo de emulsferos aninicos constitudo pelos cidos
graxos unidos aos metais polivalentes, Ca , M g , Al, etc. O linimento leo-
calcrio e o linimento de calamina seriam exemplos destes. So emulsferos
particularmente sensveis ao dos cidos.
O terceiro sub grupo constitudo pelos sabes orgnicos: resultam da
substituio de to mo s de H de u m sabo amoniacal por grupos orgnicos.
S o sabes e, c o m o emulsferos, mais estveis. C o m o exemplo citemos o es
tearato de am nio, que, por substituio de 3 H da am n ia , vai originar o
estearato de trietanolamina, mui to usado no couro cabeludo e e m cr em es
cosmticos.
Ou tro e xem pl o: 2-amino-2-metil-l-propanol t a m b m de uso
corrente nos excipientes modernos. So muito estveis e do excelentes
emulses tipo O/A.
N o s os sabes, m a s t a m b m alguns steres po de m ser usados c o m o
emulsferos. Neste s ubgru po incluem-se os leos sulfatados, resultantes da
ao do cido sulfrico sobre lcoois graxos ou cidos graxos no saturados.
O s estres resultantes so facilmente hidrolisveis e libertam cido pelo
aquecimento. D o cido ricinolico resulta por este processo o sal dissdico
do ster sulfrico do cido ricinolico. Deste subgrupo o sulfato de hidro-
xiestearina o mais empregado pela sua estabilidade.
O s lcoois graxos de longa cadeia, qu an do com bin ados c o m o cidosul
frico,d o steres sulfatados de timas propriedades emulsferas. So mu it o
usados co m o detergentes e no preparo de xa m p u s isentos de sabes. Nest e
sub gr up o inclui-se o dodecilsulfato de sdio, o laurilsulfato de sdio e o
laurilsulfato de trietanolamina. N o esquecer que estes emulsferos con
tm sempre alguma percentagem de cido sulfrico e lcool graxo livres.
So usados como detergentes e emulsferos para o tipo O/A, especialmente
eficientes quando auxiliados por outro emulsfero (estabilizador), mu it o e m
pregados na indstria de cosmticos. C o m o exe mpl o po de mo s citar a c om
binao de 1 07 : de laurilsulfato de sdio co m 9 0 7 de lcool cetostearlico.
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O s emulsferos sulfatados so clcio-tolerantes e n o perdem a estabili
dade pela mu d an a do p H ambiente e m larga m ar ge m . N o so habitual
mente irritantes para a pele.
Emulsferos catinicos
Aqui o caton a parte responsvel pelas propriedades emulsferas, o
inverso do que ocorre para os sabes. Qu im ic am en te , o azto pentavalente
est presente, unido a u m com posto quaternrio amoniacal, a piridina ou
anel da piperidina. S o dotados de pronunciada ao bactericida por se re m
absorvidos pelo germe e promoverem distrbio no metabolismo bacteriano.
N u n c a de ve m ser combi nados c o m os sabes por perder em a estabilidade,
pois lhes so antagnicos. Po r isso m e s m o , as superfcies onde vo ser em
pregados d evem estar livres de sabo. Existe u m antissptico deste grupo,
produto comercial mui to conhecido e muito eficiente, o Cetavlon. O cloreto
de cetildimetilbenzilamnio e o iodeto de laurilpiridium so outros exemplos.
N o so clcio-intolerantes e so usados antes co m o detergentes do qu e
como agentes emulsferos.
Emulsferos no inicos
Neste grupo encontram-se os modernos excipientes da Dermatologia.
N o sofrem dissociao inica e go za m, portanto, de estabilidade para os
cidos e para os lcalis. S o e m geral steres co m balanceada propriedade
hidroflica e hidrfoba. Geralmente so de predominncia hidrfoba, m a s a
escolha de u m lcool polidrico co m maior nme ro de oxidrilas, ou de pre
ferncia u m lcool-ter polidrico para a esterificao c o m o cido graxo,
vai resultar na for ma o de emulsferos, que, por si s, sejam t a m b m hi-
drfilos. O monooleato de sorbitan e o sesquioleato de sorbitan so exem
plos desse tipo. Derivam do sorbitol por anidrizao e posterior esterificao.
Pela anidrizao (eterificao) surgem trs derivados lcool-teres que daro,
pela com binao c o m o cido olico, trs steres. C o m estes processos d-se
o aumento das propriedades hidroflicas e surgem as ligaes etileno-xido
( C H
2
O C H
2
) prprias dos teres. Essas ligaes so menos hidroflicas do
que as oxidrilas ( O H ) , m a s o acrscimo de u m n me ro suficiente (10 a 20)
de ligaes etileno-xido converte u m cido graxo (lipoflico) e m u m emul
sfero O/A. C o m estas operaes qumicas pretende-se balancear o emuls
fero nas suas propriedades hidroflicas e lipoflicas, de m o d o a fornecer tanto
emulses A / O c o m o O/ A. Vrios steres derivados do sorbitol do m o d o
ac ima descrito, polioxietilnicos, c o m o so c ha ma do s, po d e m ser citados: m o -
nostearato, monopalmitato, trioleato e triestearato, todos agentes emulsferos
no inicos O / A e A / O .
N a Inglaterra esses steres emulsferos so den omin ados e registrados
c o m o n o m e de Crills e nos Estados Unidos da Am ri ca do Nort e pelo n o m e
de Arlacels, Spa ns e Tw ee ns .
A s seguintes vantagens p odem ser apontadas para esses emulsferos: 1)
as emulses so mais finas e mais uniformes; 2) so mais estveis; 3)
maior resistncia s alteraes do p H ; 4) maior resistncia s concentra
es de electrlitos.
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N a prtica, os melhores resultados so obtidos pela utilizao de dois
emulsferos desse grupo : u m atuand o c o m o emulsfero e outro c o m o estabi
lizador. Ex .: monola urato de sorbitan (polioxietilnico) c o m o emulsfero e
u m monolaurato de sorbitan me nos hidroflico c o m o estabilizador, etc.
Polietilenoglicis
um polilcool-ter, com um nmero varivel de ligaes oxietileno,
cuja frmula geral assim representada:
HOCH
2
(CH
2
OCH
2
) CH
2
OH
Tm pesos moleculares variveis: de 200 a 700 so lquidos; acima de
1.000 so moles, semi-slidos ou duros. S o registrados c o m o n o m e de
car bow ax. Poss uem as seguintes propriedades: 1) so hidrossolveis e for
te me nt e hidrfilos; 2) so estabilizadores de emulses O /A , pois por si so
fracos emulsferos; 3) so solventes de vrias drogas insolveis e m gua,
c o m o o cido saliclico e outros.
Pelas suas propriedades e caractersticas so utilizados c o m o excipiente
de pomadas o u creme s, e m substituio a vrios dos excipientes clssicamente
empregados.
Celulose
Obtida da madeira ou algodo, uma mistura de metilcelulose, etilcelu-
lose e carboximetilcelulose. usada c o m o emulsfero, estabilizador de emul
ses e agentes de espessamento e m vrios cosmticos.
Grupo miscelnea
1.) Gomas (accia e tragacanto)
R e d u z e m a tenso interfacial, m a s m e no s do que os sabes. S o est
veis n u m p H de 2 a 11; hidrolisam-se qua nd o estocadas e sofrem ataque de
microrganismos. S o usadas para ma nt er e m suspenso aquosa, substncias
insolveis.
2.) gar
u m sal de M g ou C a do ster sulfrico de u m a poligalactose. Pr od uz
emulso pelo aumento da viscosidade.
3.) Saponinas.
Extradas da casca da Quilaia.P r o m o v e m notvel diminuio da ten
so interfacial, sem materialme nte influir na viscosidade. So usadas nas
emulses O / A, para uso externo. Pa ra uso interno so contra-indicadas por
serem txicas.
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4.) Gorduras de l.
Absorvem uma quantidade aprecivel de gua e do emulses tipo A/O.
Servem como estabilizador de emulses O/A. Correspondem lanolina.
5.) lcoois da l.
So obtidos da l, pela separao do colesterol, lanosterol, colestanol,
agnosterol, etc. No tm o cheiro da lanolina e so poderosos emulsferos,
superiores lanolina. En tr am na composio de numerosos cosmticos mo
dernos.
6.) Colesterol.
Puro, inferior, como emulsfero, aos lcoois que o acompanham na l.
A molcula do colesterol fortemente hidrfoba.
Vrias gorduras de l purificadas constituem a matria-prima para cer
tas bases registradas, como a Eucerina, Hydrophil, Protegin e Aquaphor.
Principais emulses
1. Creme evanescente (sabo alcalino)
Hidrxido de potssio . .
cido esterico
Glicerina
...
Perfume
Preservativo
g u a destilada q.s.p.
0,7
15,0
5,0
q.s.
q.s.
1C0.0
g
g
g
ml
(47)
2. Base O/ A de sabo orgnico
Trietanolamina 2 g
cido esterico 15 g
Lanolina . . 2 g
Parafina liqida 25 g
Glicerina 5 g
g u a destilada q.s.p 100 ml
(48)
A lanolina includa como estabilizadora e como emoliente. Nesta fr
mu la e na anterior, o emulsfero formado in situ. u m a base cosmtica
para os cabelos.
3. Base de leo sulfatado
Monostearato de dietilenoglicol 10 g
leo de rcino hidrogenado e sulfatado 20 g
Parafina mol e 30 g
g u a destilada 40 g
(49)
T e m a vantagem da clcio-tolerncia, cido e electrlito-tolerncia. N o
tolera altas concentraes de cido saliclico, oxido de mercrio e iodetos.
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4. X a m p u base de lcool gorduroso sulfatado
Laurilsulfato de trietanolamina (50
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9. Emulso de sorbitan
Derivado polioxietilnico do monostearato de sorbitan 6 g
Monostearato de sorbitan . . 10 g
Espermacete 12 g
Preservativo q.s.
gua destilada q.s.p . . . . 100 ml
(55)
u m a emulso estvel para altas concentraes de electrlitos e gran
des variaes do pH. Associa emulsferos hidrfilos e hidrfobos.
10. Emulsfero fraco com forte hidrofilia
Trietanolamina
Carbovvax1500
25g
30
g
(56)
Ao qual podemos associar, a ttulo de exemplo:
cido saliclico
Enxofre precipitado
0,45g
3,00g
(57)
11. Emulsfero no inico (outro exemplo)
Carbowax 4000 ....
Laurilsulfato de sdio
lcool estearlico
Glicerina
gua destilada q.s.p.
20 g
1 g
37 g
30 g
100 ml
(58)
12. Emulso de celulose
Metilcelulose
Glicerina
Preservativo
gua destilada
q.s.p.
6 g
10 g
q.s.
100 ml
(59)
13.
Emulso de tragacanto
Tragacanto ....
Glicerina
Tintura de benjcim
gua destilada q.s.p.
1 g
20 g
1 g
100 ml
(60)
14. Emulso escabicida e pediculocida (O/A)
Benzoato de benzilo 11,5 g
D D T {
0
g
Aminobenzoato etlico (benzocana) 2,0 g
Sorbitan ("teen" 80) .. .... 2,5 g
gua destilada 100,0m l
(61)
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Passar a medicao u m a vez ao dia, evitando levar a m o aos olho
Tomar banho pela manh, 24 horas aps renovar a aplicao. Mudar c
roupa pessoal e de cama, fervendo-as em seguida. Fazer a aplicao trc
noites seguidas e e m todas as pessoas suspeitas da casa.
15. Emulso antipruriginosa, emoliente e adstringente
oxido de zinco\
Talco I 30 g
Lanolina anidra J
leo de olivas 120 g (6
Acetato de alumnio (soluo a 8,7%) 1
> 6 g
Monostearato de sorbitan J
gua destilada q.s.p 300 ml
Indicada nas erupes eczematosas generalizadas, dermatites exfoliativa
processos inflamatrios agudos e subagudos.
O fenol e o mentol podem ser adicionados frmula acima, suplemer
tando o efeito antipruriginoso:
Emulso bsica (acima) 120,0 g
Mentol 0,3 g (6c
Fenol 0,6 g
Adicionando-se coaltar (7,2) temos uma emulso indicada para as me