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O ESTRANHO E O DUPLO NA LITERATURAFANTSTICA DE LYGIA FAGUNDES TELLES
THE UNCANNY AND THE DOUBLE IN LYGIAFAGUNDES TELLES FANTASTIC WORKS
Ana Gleysce Moura Brito (URCA)
RESUMO |INDEXAO| TEXTO| REFERNCIAS| CITAR ESTE ARTIGO| O AUTORRECEBIDO EM 30/06/2013 APROVADO EM 29/09/2013
Abstract
This essay proposes a reading of characteristic elementsfrom the book Mistrios, written byLygia Fagundes Telles, which we consider a branch of the fantastic literature (as studied byTzvetan Todorov). The anthology Mistriosis composed of nineteen short stories, from whichwe have chosen O encontro, a narrative representative of diverse themes and elements thatsustain the status of Telles as a writer of fantastic short stories. We also consider the variouscontributions from Sigmund Freuds studies about the uncanny and the double, and Todorovswritings about the fantastic literature.
Resumo
Este artigo prope uma abordagem dos elementos que caracterizam a obra Mistrios, deLygia Fagundes Telles, como pertencente literatura fantstica. A coletnea Mistrios composta por 19 contos, dos quais optamos pela anlise de O encontro, em que destacamoselementos e temas que sustentam o status de Lygia Fagundes Telles como escritora de contos
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fantsticos. Para tanto, partimos das contribuies de Freud sobre o estranho em literatura edo estudo de Todorov sobre o fantstico.
Entradas para indexao
KEYWORDS:Lygia Fagundes Telles. The Double. The Uncanny. Fantastic Literature.PALAVRAS CHAVE: Lygia Fagundes Telles. O Duplo. O Estranho. Literatura Fantstica.
Texto integral
A produo ficcional de Lygia Fagundes Telles rica em elementos e temas
que remetem ao fantstico. Partiremos da comparao e anlise de alguns contos
do livro Mistrios, destacando os elementos recorrentes na obra, tais como: a
tenso construda pelo texto de modo a causar no leitor um sentimento de
inquietao e estranheza; a representao do duplo; memria e esquecimento;sonho; a morte, entre outros que possivelmente caracterizam a presente obra
como pertencente literatura fantstica. Tomaremos como base O encontro, que
ser o nosso ponto de partida para comparao com os demais contos de Lygia e,
sempre que necessrio, recorreremos a outros autores de grande importncia para
a vertente fantstica, como Borges e Poe.
Em O encontro, somos inseridos na histria por meio da descrio do
ambiente pela viso da prpria protagonista, do modo como ela v e percebe a
paisagem ao seu redor: (...) os negros penhascos to retos que pareciam
recortados a faca. Espetado na ponta da pedra mais alta, o sol espiava atravs de
uma nuvem (TELLES, 1998, p.69). O trecho cria uma tenso inicial, visto que
sugere o perigo que os altos penhascos podem representar para a protagonista.
Este perigo se manifesta na sobreposio de imagens que sugerem um ferimento
de objeto cortante e pontiagudo: os penhascos so recortados, o sol est espetado.
Alm disso, a personificao do sol por meio do verbo espiar serve construo de
duas imagens: a de um elemento oculto, que espia os eventos narrados, e a de um
ambiente cerrado, que s pode ser visto com pouca clareza por entre as nuvens.
Tambm se pode notar o uso predominante da parataxe: nas oraes curtas,
coordenadas, a economia de recursos impede uma elaborao esttica mais ampla
no cenrio, o qual definido menos por suas prprias caractersticas e mais pela
analogia (quando se usa algo familiar para explicar o que desconhecido), a qual
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se constri atravs de uma srie de figuras de linguagem. Essatenso criada logo
no incio do texto para indicar que algo estranho ir acontecer no decorrer da
narrativa.
Sigmund Freud, em seu artigo intitulado O estranho, classifica como
estranhotudo aquilo que assustador, que provoca medo e horror, mas que
simultaneamente remete ao que j conhecido e familiar. De modo
similar,TzvetanTodorov, em Introduo Literatura fantstica, cita algumas
definies de fantstico que se assemelham ao modo como Freud pensarao
estranho em obras literrias: por exemplo, Castex, em Le Conte fantastiqueen
France, afirma que O fantstico [...] se caracteriza [...] por uma intruso brutal do
mistrio no marco da vida real (apudTODOROV, 1980, p.8); Louis Vax, em Arte e a
Literatura Fantstica, diz que o relato fantstico [...] nos apresenta em geral ahomens que, como ns, habitam o mundo real mas que de repente, encontram-se
ante o inexplicvel(apud TODOROV, 1980, p.5); Roger Caillois, em Aucouer do
fantastique, afirma que Todo o fantstico uma ruptura da ordem reconhecida,
uma irrupo do inadmissvel no seio da inaltervel legalidade cotidiana (apud
TODOROV, 1980, p.161). Como podemos observar, todas as definies convergem
para a mesma ideia central: o fantstico nada mais do que um acontecimento
sobrenatural em um mundo natural.
Em um mundo que o nosso, [...] se produz um acontecimentoimpossvel de explicar pelas leis desse mesmo mundo familiar. [...] ou setrata de uma iluso dos sentidos, de um produto de imaginao, e as leisdo mundo seguem sendo o que so, ou o acontecimento se produziurealmente, parte integrante da realidade, e ento esta realidade estregida por leis que desconhecemos. (TODOROV,1980,p.15)
medida que atravessa o vasto campo em direo aos penhascos, a
protagonista tomada por uma sensao de Dj vu (ou fenmeno do J visto),
que se caracteriza como uma espcie de reencontro com o passado: Onde, meu
Deus?! perguntava a mim mesma. Onde vi esta mesma paisagem, numa tarde
assim igual?... (TELLES, 1998, p.69). A familiaridade com o lugar e todas as suas
mincias faz nascer um sentimento de estranheza e hesitao que acompanha a
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personagem durante toda a narrativa.A personagem hesita entre a possibilidade de
estar sonhando, ou at mesmo de estar sendo sonhada, e uma lembrana real. Este
tema no incomum s tradies sul-americanas do conto: em paralelo ao conto
de Lygia, podemos trazer o conto de Jorge Luis Borges intitulado As runas
circulares (1972), em que o protagonista acredita ter sonhado e criado um
homem, mas no final descobre ser ele mesmo o objeto do sonho de outro. Essa
hesitao da personagem provocada pela incerteza, por no saber se o que ela
est vivendo real ou se faz parte do plano onrico.Tal caracterstica recorrente
nos contos de Lygia, e considerada uma das caractersticas mais marcantes que
indicam quando um texto faz parte da literatura fantstica.Essa ideia largamente
explorada por Todorov, que diz que a hesitao o elemento caracterizador do
gnero fantstico: O fantstico ocupa o tempo desta incerteza. Assim que seescolhe uma das duas respostas, deixa-se o terreno do fantstico para entrar em
um gnero vizinho: o estranho ou o maravilhoso (TODOROV, 1980, p.15). Para
Todorov, o fantstico dura apenas o momento da hesitao, hesitao esta que
experimentada tanto pela personagem quanto pelo leitor. Ter que advertir
imediatamente que, com isso, temos presente no tal ou qual leitor particular, real,
a no ser uma funo de leitor, implcita ao texto (TODOROV, 1980, p.19) Isto ,
um leitor ficcional que assume uma funo dentro do texto (assim como a funo
do narrador), tendo fundamental importncia para a construo da narrativa.
No decorrer da narrativa, a personagem-protagonista cria uma espcie de
jogo do reconhecimento. H, aqui, uma tenso entre a possibilidade de a
personagem estar prevendo o futuro (previso) ou lembrando-se do passado
(reminiscncia).Muitas so as previses (ou seriam lembranas?) que a
personagem faz e todas so acertadas:Agora vou encontrar uma pedra fendida ao
meio. E cheguei a rir, entretida com aquele estranho jogo de reconhecimento: l
estava a grande pedra golpeada, com tufos de erva brotando na raiz da fenda
(TELLES, 1998, p.71). A pedra fendida pode ser interpretada como a quebra da
unidade do eu;isto , a representao da personagem dividida em dois planos
temporais diferentes. A pedra tambm pode simbolizar a adivinhao, uma vez que
muitos povos antigos (principalmente os Celtas europeus e os africanos) a
utilizavam como instrumento que, com a ajuda dos astros, possibilitava prever o
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futuro. O vocbulo pedra e seus derivados aparecem diversas vezes durante a
narrativa:(...) abismo cavado entre as pedras(TELLES, 1998,p.69); uma pedra
fendida ao meio(p.71);os pedregulhos limosos indicavam que...(p.71); sentei-
me numa pedra verde de musgo...(p.72); um tom acinzentado de pedra(p.75); o
eco de meu grito misturar-se ao rudo pedregoso de cavalo...(p.76). Nota-se que o
vocbulo (pedra) e seus derivados (pedregoso, pedregulhos) aparecem sucessivas
vezes no texto, quase que obsessivamente, embora assumindo significados
diferentes.Em dado momento, ela adianta que encontrar uma fonte e, ao lado
dela, uma jovem sentada. Mais uma vez a previso se confirma, e ocorre o to
esperado encontro da protagonista com seu duplo, que o centro da narrativa. A
representao do duplo se d no momento exato em que a protagonista reconhece
na moa vestida com traje antiquado o seu prprio eu, de um plano temporalanterior.
Ela arrancou as rdeas das minhas mos e chicoteou o cavalo. Recuei:aquela chicotada atingiu em cheio o mistrio. Desatou-se o n naexploso da tempestade. Meus cabelos se eriaram. Era comigo que elase parecia! Aquele rosto era o meu.Eu fui voc, balbuciei.Num outrotempo eu fui voc!(TELLES, 1998, p.75)
O momento do encontro da personagem com seu duplo e do reconhecimento do
seu eu em um outro marca o ponto alto da narrativa, em que a personagem
descobre o porqu da familiarizao com o lugar e com a moa de traje antiquado:
to simples tudo, por que s agora entendi? (...) lembrei-me do que tinha
acontecido e do que ia acontecer(TELLES, 1998, p.75). Tal momento de
reconhecimento funciona como a revelao de uma verdade secreta. Em Teses
sobre o conto, Ricardo Piglia afirma que todo conto sempre traz duas histrias.
Para Piglia, a arte do contista consiste em saber cifrar a histria 2 nos interstciosda histria 1( PIGLIA, 2004, p.89). A histria secreta o passado da personagem
que vem luz. Segundo Freud, o que permaneceu incompreendido retorna; como
uma alma penada, no tem repouso at que seja encontrada soluo e alvio
(Freud apud Laplanche &Pontalis). Esse retorno se d por meio da duplicao, que
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a capacidade de auto-observao da personagem, de projetar no outro algo que
pertence a ela e que quer preservar. Essa capacidade de auto-observao
denominada por Bakhtin de exotopia, que consiste na viso do eu a partir do
outro.Isto significa que a personagem projeta no outro (seu duplo) momentos j
vivenciados por ela, mas que so negados uma vez que conduzem a um fim
indesejado. A partir do momento em que a personagem se v por fora, seu duplo se
torna estranho a ela. Isto , seus horizontes concretos efetivamente vivenciveis
no coincidem. (BAKHTIN, 2006, p.21).Inicia-se, ento, uma espcie de fuga da
morte ao mesmo tempo em que h a busca pela unicidade perdida.
Podemos fazer uma comparao entre O Encontro, de Lygia Fagundes
Telles, e O Outro, de Jorge Luis Borges, uma vez que ambos tratam da
representao do duplo. No conto de Borges, o encontro da personagem com seuduplo se d de forma quase idntica ao conto de Lygia. O protagonista, Jorge Luis
Borges, est sentado em um banco diante de um rio e ao lado dele est um homem
tambm chamado Jorge Luis Borges, embora mais jovem. O protagonista tem a
sensao de j ter vivido aquele momento, o que nos leva a relacionar com o
mesmo sentimento (Dj vu) experimentado pela personagem do conto de Lygia
Fagundes Teles. O tema do duplo est presente em muitos textos de Lygia, e suas
representaes so muitas, a saber: o espelho, como no caso do conto O noivo,
em que a representao do duplo se d no momento em que a personagem v sua
imagem refletida no espelho, mas no se reconhece; o retrato em A caada, cuja
personagem reconhece seu duplo na imagem estampada em uma tapearia; a alma,
como no caso especfico de O encontro, uma vez que pode se tratar da questo de
vidas passadas, dentre outras.
Freud, ao citar Otto Rank no artigo O estranho, afirma que, originalmente,
o duplo foi tomado pelo ego como uma proteo contra sua destruio; era uma
enrgica negao do poder da morte(RANKapudFREUD). Entretanto, essa ideia de
duplo como garantia da imortalidade superada, transformando-se em um
estranho anunciador da morte.
Pode-se dizer que existem duas categorias de duplo, os que se separam e os
que se fundem. Freud, em O estranho, caracteriza esse primeiro tipo como o
sujeito que se identifica com outro a ponto de ficar em dvida sobre quem o seu
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eu, ou substitui o seu prprio eu por um estranho. Isto , h uma duplicao,
diviso ou intercmbio do eu. O segundo tipo caracterizado como sendo
personagens que passam por processos mentais -que ele chama de Telepatia- que
transmitem de um para outro conhecimento, sentimento e experincia em comum.
Podemos tomar como exemplo desse segundo tipo o conto William Wilson, de
Edgar Allan Poe, em que o personagem William Wilson se assemelha em tudo a um
colega de escola, tendo, inclusive, nomes homnimos.
Eram aquelas aquelas as feies de William Wilson? Eu vi, de fato, queeram dele, mas estremeci, como em um acesso de febre, imaginando queno eram. O que havia nelas para confundir-me daquela maneira? Euolhava; enquanto meu crebro girava com uma infinidade de
pensamentos incoerentes. (...) o mesmo nome! A mesma silhueta! Omesmo dia de chegada ao colgio! E depois, sua imitao obstinada esem sentido de meu porte, minha voz, meus hbitos e meus modos!(POE, 2012, p. 95)
No caso do conto William Wilson, o duplo aparece como um antagonista,
sendo muitas vezes responsvel pela desgraa do protagonista. Ou, como afirma
Freud,um estranho anunciador da morte(FREUD, 1996, p.130) possvel,
tambm, remeter esse tipo de duplo lenda germnica do Doppelgnger, que diz
que quando ocorre tal fenmeno sinal de mau agouro.
Outro aspecto importante recorrente em muitos contos de Lygia so os
questionamentos feitos pelas personagens para si mesmas ou para seus
interlocutores. De acordo com Campos de Lucena (2007, p.107), no contoA
caada o protagonista faz cerca de vinte e quatro questionamentos a si mesmo e
duas perguntas velha, enquanto em O noivo Miguel elabora cerca de quarenta e
sete questes para si mesmo e treze para seus interlocutores. Em O encontro,
desde o incio a protagonista se faz diversos questionamentos, demonstrando sua
inquietao e angstia por no saber o motivo da sua familiaridade com o lugar:
Sonhei, foi isso? Percorri em sonho estes lugares e agora os encontro, palpveis,
reais? Por uma dessas extraordinrias coincidncias teria eu antecipado aquele
passeio enquanto dormia? (TELLES, 1998, p.69) Vemos nesse trecho a dvida
quanto a se tratar de um sonho ou de um episdio real, o que caracteriza a
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incerteza intelectual da personagem, como sugere Freud. Quanto mais
desorientada a personagem est, maior sua impresso de estranheza em relao
aos eventos nesse ambiente.
V-se, por tudo o que foi dito at aqui, que a inquietao e o sentimento de
estranheza atravessam toda a narrativa. Alguns objetos familiares surgem no meio
do relato como agentes responsveis pela intensificao dessa atmosfera estranha
e como anunciadores de uma revelao iminente: a confirmao da prpria morte
da personagem. So eles: a gravata de renda branca, o broche de ouro em forma de
bandolim, o chapu de veludo e a pluma vermelha do chapu, aquela pluma que
minhas mos tantas vezes alisaram(TELLES, 1998, p.75). Esses objetos
estranhamente familiares surgem como componentes de um retrato de um antigo
lbum,que a protagonista tinha a impresso de j ter folheado muitas vezes.Osobjetos que compem a imagem daquela desconcertante personagem de um
antiqussimo lbum de retrato(TELLES, 1998, p.73)so responsveis por trazer
tona a lembrana viva do evento que levou ao terrvel fim da personagem. Isto , a
recordao da discusso violenta entre os dois homens,que culminou na morte de
Gustavo, levando a personagem a cometer suicdio. Nesse momento, a personagem
tem a certeza do que aconteceu no passado e do que est prestes a acontecer.
Comea ento uma espcie de corrida contra o tempo para tentar impedir a ao
do destino, que a personagem j sabia ser implacvel.
Mas eu corria, corria alucinadamente na tentativa de impedir o que jsabia inevitvel [...] ento gritei, gritei com todas as foras que merestavam. E tapei os ouvidos para no ouvir o eco de meu gritomisturar-se ao rudo pedregoso de cavalo e cavaleira se despencando noabismo. (TELLES, 1998, p. 75)
O medo da morte uma caracterstica recorrente nos contosd e Lygia; Talcaracterstica est presente nos contos A caada, A mo no ombro, O encontro
e outros. Nesses contos, as personagens se encontram diante da possibilidade de
morte iminente e, por essa razo, tentam desesperadamente deter o curso dos
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acontecimentos. A morte aparece como uma predestinao, portanto nada pode
ser feito uma vez que o passado j aconteceu. Inevitavelmente, o passado se repete.
O desfecho da narrativa se d apenas no plano passado, de modo que no
sabemos com certeza o que ocorre com a protagonista no presente. As dvidas so
sanadas no decorrer da narrativa, mas o questionamento principal que permeia
todo o relato fica sem resposta. Seria sonho? Fantasia? Ou Realidade? O fato que
no h uma explicao, a narrativa termina em aberto. O mistrio continua.
Referncias
LUCENA, Campos de. Esquecimento e lembrana em Lygia Fagundes Telles. So Paulo, 2007.
OKA, Cristina; ROPERTO, Afonso. A pedra como smbolo de adivinhao. Disponvel em:
. Acesso em: 12 de Junho de 2013.
PIGLIA, Ricardo. Formas Breves. Traduo de Jos Marcos Mariane de Macedo. So Paulo:
Companhia das letras, 2004.
BAKHTIN, Mikhail. A forma espacial da personagem. In: _____.Esttica da criao verbal.So
Paulo: Martins Fontes, 2006.p.21-90.
POE, Edgar Allan. William Wilson.In: _____.Histrias extraordinrias. So Paulo:Martin Claret,
2012. p.81-107.
SIGMUND, Freud. O estranho. In: _____.Histria de uma neurose infantil e outros trabalhos.
Volume XVII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.p.121-140.
TELLES, Lygia Fagundes. Mistrios. Rio de janeiro: Rocco, 1998.
BORGES, Jorge Luis. Fices.So Paulo: Abril, 1972.
Para citar este artigo
BRITO, Ana Gleysce Moura. O estranho e o duplo na Literatura Fantstica de Lygia FagundesTelles. Miguilim Revista Eletrnica do Netlli, Crato, v. 2, n. 2, p. 102-110, ago. 2013
O Autor
Graduanda em Letras (Lngua Portuguesa e suas respectivas literaturas) pela UniversidadeRegional do Cariri-URCA. Participante do Ncleo de Pesquisa em Estudos Lingusticos e
Literrios- NETLLI. Membro do Ateli de traduo de Lngua Francesa-NETLLI.