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PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ Estudo de Impacto Ambiental - EIA Coordenador: Técnico: Índice 1/1 3095-00-EIA-RL-0001-00 Setembro de 2016 Rev. nº 00 ÍNDICE 5 - Diagnóstico Ambiental ........................................................................... 1/20 5.1 - Meio Físico .................................................................................. 1/20 5.1.1 - Geologia Local e Regional.......................................................... 1/20 ANEXOS Anexo 5.1.1-1 Mapa Geológico do Bloco PN-T-137 - 3095-00-EIA-MP-2001 Mapa Geológico do Bloco PN-T-151 - 3095-00-EIA-MP-2002 Mapa Geológico do Bloco PN-T-165 - 3095-00-EIA-MP-2003

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PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ

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Índice

1/1

3095-00-EIA-RL-0001-00 Setembro de 2016 Rev. nº 00

ÍNDICE

5 - Diagnóstico Ambiental ........................................................................... 1/20

5.1 - Meio Físico .................................................................................. 1/20

5.1.1 - Geologia Local e Regional.......................................................... 1/20

ANEXOS

Anexo 5.1.1-1 Mapa Geológico do Bloco PN-T-137 - 3095-00-EIA-MP-2001

Mapa Geológico do Bloco PN-T-151 - 3095-00-EIA-MP-2002

Mapa Geológico do Bloco PN-T-165 - 3095-00-EIA-MP-2003

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Índice das Legendas

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1/1

Legendas

Figura 5.1.1-1 – Bacias Sedimentares Brasileiras. .......................................................................... 2/20

Figura 5.1.1-2 – Mapa geológico da Bacia do Parnaíba com seus respectivos limites e blocos

exploratórios ................................................................................................ 3/20

Figura 5.1.1-3 – Arcabouço estrututal da Bacia do Parnaíba. ............................................................ 4/20

Figura 5.1.1-4 - Seção geológica mostrando os principais elementos estruturais, magmáticos e as

sequências deposicionais da Bacia do Parnaíba. ...................................................... 5/20

Figura 5.1.1-5 - Seção Geológica Esquemática da Bacia do Parnaíba ................................................... 6/20

Figura 5.1.1-6 - Carta Estratigráfica da Bacia do Parnaíba. .............................................................. 9/20

Figura 5.1.1-7 - Perfil esquemático da Formação Pedra de Fogo. ..................................................... 13/20

Figura 5.1.1-8 - Carta de eventos do sistema petrolífero da Bacia do Parnaíba .................................... 17/20

Figura 5.1.1-9 - Seção sísmica em tempo passando pelo poço descobridor de gás 2-CP-1-MA.

Notar estrutura condicionada pelas falhas transcorrentes (amarelo), as soleiras

de diabásio (refletor vermelho e seta preta) e o topo do reservatório da Fm.

Cabeças (refletor amarelo) ............................................................................. 19/20

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5 - DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

5.1 - MEIO FÍSICO

5.1.1 - Geologia Local e Regional

O presente capítulo do estudo ambiental integra observações sobre a geologia, aspectos

estratigráficos, litológicos e estruturais, da área de estudo do empreendimento.

5.1.1.1 - Metodologia

Para a elaboração deste diagnóstico, foram, a princípio, analisadas publicações acerca da

geologia regional, dentre as quais pode-se citar o Projeto RADAMBRASIL (Folha Rio São Francisco

e Aracaju v1 e Folha Jaguaribe/Teresina v2), o Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil

(EMBRAPA SOLOS, 2000) e o mapa geológico publicado pela CPRM (2006). Também foram

utilizados os arquivos vetoriais em formato shapefile disponibilizados pelo GEOBANK da Geologia

do estado do Piauí, acessados no mês de maio de 2016. Também foram utilizados dados da

interpretação feita pela Ouro Preto Óleo e Gás, interpretação esta feita pro profissionais

qualificados a partir de dados recentes.

Posteriormente, foi realizada uma integração dos dados supracitados em gabinete, refinando e

selecionando os mais adequados à escala de apresentação e análise deste diagnóstico, gerando

assim um mapa preliminar. Para o ajuste desses dados utilizou-se como base, imagens de

satélite, buscando maior precisão nos limites das unidades geológicas. O resultado desse

processo são os Mapas Geológicos - 3095-00-EIA-MP-2001, 3095-00-EIA-MP-2002 e 3095-00-

EIA-MP-2003, apresentados no Anexo 5.1.1-1 e o diagnóstico apresentado no decorrer deste

item.

5.1.1.2 - Geologia Regional

De maneira geral, as Bacias Sedimentares Fanerozóicas brasileiras (Figura 5.1.1-1) são

agrupadas em cinco grandes conjuntos, a partir da idade do seu preenchimento sedimentar e do

seu contexto tectônico (Petrobras, 2007):

Sinéclises Paleozóicas;

Bacias Meso- Cenozóicas de Margem Distensiva;

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Bacias Meso-Cenozóicas de Margem Transformante;

Riftes Mesozóicos ; e

Riftes Abortados e Bacias de Antepaís Andino.

Fonte: Petrobras (2007)

Figura 5.1.1-1 – Bacias Sedimentares Brasileiras.

A Bacia do Parnaíba é uma bacia intracratônica preenchida por rochas do Paleozóico e Mesozóico

(Figura 5.1.1-2). Ao norte o Arco Ferrer-Urbano Santos separa a Bacia do Parnaíba das bacias

cretáceas de São Luís e Barreirinhas. Ao noroeste a Bacia do Parnaíba é delimitada pelo Arco de

Tocantins separando da Bacia Cretácea do Marajó. A oeste a bacia está limitada pelo lineamento

Tocantins-Araguaia, ao sul pelo Arco de São Francisco. A leste a bacia é separada do Escudo

Atlântico pelo lineamento Senador Pompeu e Falha de Tauá.

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Fonte:GEOBANK (CPRM)

Figura 5.1.1-2 – Mapa geológico da Bacia do Parnaíba com seus respectivos limites e blocos exploratórios

Importante feição geotectônica que corta a bacia na direção preferencial SW-NE é o Lineamento

Transbrasiliano (Schobbenhaus, 1975). O Lineamento Transbrasiliano (Figura 5.1.1-3) afetou

profundamente a instalação e história inicial da Província Parnaíba. Outros lineamentos, como o

de Senador Pompeu e Picos-Santa Inês, associados ou não ao Lineamento Transbrasiliano,

desempenharam um papel importante na história da província, afetando seus limites,

condicionando depocentros e gerando atividade tectônica sinsedimentar, seccionando

indiscriminadamente desde rochas pré-cambrianas até formações do fanerozóico. (Chamani,

2011).

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Fonte: Milani e Zalan (1998)

Figura 5.1.1-3 – Arcabouço estrututal da Bacia do Parnaíba.

O Lineamento Transbrasiliano, assim como outros lineamentos associados atuam como falhas

transcorrentes com segmentos transtensionais e transpressionais, gerando estruturas positivas

com potencial para a formação de trapas (Figura 5.1.1-4).

Dois importantes eventos magmáticos ocorreram na Bacia do Parnaíba. O primeiro, de caráter

intrusivo, com formação de soleiras e diques de diabásio, de idade Triassico-Jurássico, é

conhecido como Formação Mosquito. O segundo ciclo, extrusivo, composto por derrames de

basalto do Cretáceo Inferior, é denominado de Formação Sardinha.

O evento magmático denominado de Formação Mosquito reveste-se de especial importância,

visto que atua na geração de hidrocarbonetos por aquecimento dos folhelhos encaixantes

imaturos, e atua também na formação da trapa, formando estruturas através do salto de soleiras

(Figura 5.1.1-4).

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Fonte: OURO PRETO ÓLEO e GÁS (2015).

Figura 5.1.1-4 - Seção geológica mostrando os principais elementos estruturais, magmáticos e as sequências deposicionais da Bacia do Parnaíba.

O empreendimento está localizado sobre a Bacia Sedimentar no Parnaíba, bacia esta que se

encontra descrita a seguir.

5.1.1.3 - Bacia do Parnaíba

A Bacia do Parnaíba é uma bacia de sedimentação com características peculiares, considerando

que uma parte dela foi depositada na era Paleozoica (grupos Serra Grande, Canindé e Balsas)

durante a junção/formação da Pangeia. Após a separação do supercontinente, já na era

mesozica, durante a formação do atual oceano atlântico, depositaram-se as rochas das

formações Mosquito, Pastos Bons, Corda, Grajaú, Codó, Itapecuru, Ipixuna e Sedimentos

Cenozoicos. (BANDEIRA, 2013). Na Figura 5.1.1-5, pode-se observar a seção geológica

esquemática da Bacia do Parnaíba.

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Fonte: Modificado de Góes et al., 1993

Figura 5.1.1-5 - Seção Geológica Esquemática da Bacia do Parnaíba

A Bacia do Parnaíba é composta por sedimentos desde o cambriano até o mesozoico (Figura

5.1.1-6). Em toda a porção meridional e oriental afloram os sedimentos paleozoicos, enquanto

em suas partes ocidental e setentrional predominam as coberturas mesozoicas. As considerações

aqui resumidas foram extraídas do Boletim de Geociências da Petrobras, vol. 15, n° 2, pg. 253-

263, 20072.

O embasamento pré-cambriano da Bacia do Parnaíba é constituído por rochas metamórficas,

ígneas e sedimentares, por correlação com os litotipos existentes nas bordas da bacia, cujas

idades abrangem um longo intervalo: do Arqueano ao Ordoviciano. Duas unidades sedimentares

da Bacia do Parnaíba fazem parte do embasamento: Formação Riachão, do proterozóico médio

ou superior, e Grupo Jaibaras, possivelmente de idade cambro-ordoviciana.

Cinco megasequências formadas por ciclos transgressivos e regressivos podem ser caracterizadas:

Sequência Siluriana, Mesodevoniana-Eocarbonífera, Neocarbonífera-Eotriássica, Jurássica e

Cretácea. Estas megasequências são limitadas por discordâncias que se estendem por toda a

bacia.

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A sequência Siluriana assenta-se discordantemente sobre o embasamento. Corresponde

litoestratigraficamente ao Grupo Serra Grande, que é composto pelas formações Ipu, Tianguá e

Jaicós. A Formação Ipu é constituída por arenitos conglomeráticos com matriz areno-argilosa.

Predominam ambientes periglaciais. A Formação Tianguá é composta por folhelhos escuros e

arenitos finos a médios, depositados em ambiente plataformal raso. A Formação Jaicós é

constituída de arenitos grossos, contendo seixos angulares, maciços ou com estratificação

cruzada, depositados em sistema fluvial entrelaçado.

A sequência Mesodevoniana-Eocarbonífera, assentada discordantemente sobre a sequência

sotoposta, corresponde litoestratigraficamente ao Grupo Canindé, que por sua vez compreende

cinco formações, a saber: Formação Itaim, Formação Pimenteiras, Formação Cabeças, Formação

Longá e Formação Poti. A Formação Itaim é composta por arenitos finos a médios com

intercalações de folhelhos na base. Os depósitos são de origem plataformal com influência de

marés e tempestades. A Formação Pimenteiras consiste, principalmente, de folhelhos cinza

escuros a pretos, radioativos, ricos em matéria orgânica, e representam a transgressão marinha

que gerou o evento anóxico do Frasniano. Esta sedimentação deu-se em um ambiente

plataformal dominada por tempestades. A Formação Cabeças é composta predominantemente

por arenitos médios a grossos, com intercalações de folhelhos e diamictitos na parte superior. A

ocorrência de tilitos e seixos estriados denotam um ambiente periglacial. A Formação Longá é

caracterizada por folhelhos cinza-escuros a pretos, bioturbados, com intercalações de arenitos

em sua porção mediana. A parte basal da Formação Poti compreende uma sucessão de estratos

de arenitos cinza-esbranquiçados, médios, com lâminas dispersas de siltito, e a parte superior de

arenitos e folhelhos com níveis de carvão.

A sequência Neocarbonífera-Eotriássica compreende o Grupo Balsas, composto pelas formações

Piauí, Pedra do Fogo, Motuca e Sambaíba. A Formação Poti é composta por arenitos médios,

maciços ou com estratificações cruzadas de grande porte, intercalados com folhelhos. Já a parte

superior contém arenitos vermelhos com intercalações de folhelhos vermelhos, calcários e finas

camadas de sílex. Interpreta-se um ambiente fluvial com contribuição eólica, num clima semi-

árido a desértico. A Formação Pedra do Fogo, de idade Permiana, apresenta uma gama variada

de rochas: sílex, calcário pisolítico e oolítico, eventualmente estromatolíticos, intercalados com

arenitos, folhelhos e anidritas. Estas sequências foram depositadas em ambiente marinho raso

com planícies de sabkha. A Formação Motuca, sobreposta à Formação Poti, corresponde a um

siltito vermelho, intercalado a arenitos brancos, finos a médios. Anidritas e calcários estão

subordinados. Um ambiente desértico é proposto para esta formação. A Formação Sambaíba é

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composta por arenitos vermelhos, finos a médios, com estratificações cruzadas de grande porte

com feições típicas de sedimentos eólicos.

A sequência Jurássica é constituída pela Formação Pastos Bons. Na sua base predominam

arenitos brancos, fino a médios; na parte média ocorrem siltitos, folhelhos e argilitos. Na parte

superior encontram-se arenitos avermelhados, gradando para siltito. A Formação Pastos Bons

assenta discordantemente sobre as formações paleozoicas. Predominam ambientes lacustrinos

em clima semiárido a árido.

A sequência Cretácea é constituída pelas Formações Codó, Corda, Grajaú e Itapecuru. A

Formação Corda é constituída por arenitos vermelhos, muito finos a médios, ricos em óxidos de

ferro. Estratificações cruzadas de grande porte associadas a dunas eólicas são comuns nessa

unidade. A Formação Grajaú é composta por arenitos esbranquiçados, médio a grossos,

intercalados com níveis de conglomerados. Estruturas cruzadas acanaladas e marcas de carga são

abundantes. Na Formação Codó é encontrado folhelhos, calcários, siltitos, gipsita, anidrita e

arenitos. A Formação Itapecuru é formada por arenitos finos, friáveis, com estruturas diversas,

como, por exemplo, estratificações cruzadas swaley, hummocky, tabular escorregamento de

massa.

Na Bacia do Parnaíba ocorreram dois importantes eventos magmáticos. O primeiro, de idade

Triássico-Jurássico, compreende os corpos intrusivos da Formação Mosquito, em forma de diques

e soleiras que intrudem nas sequências Siluriana e Mesodevoniana-Eocarbonífera. A Formação

Sardinha, de idade do Cretáceo Inferior compreende derrames de basalto que se interdigitam às

formações da sequência do Cretáceo.

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Fonte: Petrobras, 2007

Figura 5.1.1-6 - Carta Estratigráfica da Bacia do Parnaíba.

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5.1.1.3.1 - Caracterização Geológica

Nesta seção é apresentada a descrição das unidades litoestratigráficas presentes nos Mapas

Geológicos - 3095-01-EIA-MP-2001, 3095-01-EIA-MP-2002 e 3095-01-EIA-MP-2003 e

apresentados nos Anexo 5.1.1-1. Tanto os nomes quanto as siglas das unidades foram extraídas

do GEOBANK da CPRM. Para as descrições das unidades foram utilizadas as informações do

mesmo banco de dados organizando as unidades de mapeamento sempre da mais recente para a

mais antiga.

5.1.1.3.1.1 - Quaternário

Q2a – Depósitos aluvionares

Ambiente resultante de acumulação de sedimentos de origem predominantemente fluvial

composto por dedimentos aluvionares inconsolidados constituídos por seixos, areias finas a

grossas, quatzosas ou quartzo-feldspática, com níveis de cascalhos, lentes de material silto-

argiloso e restos de matéria orgânica, relacionados a planícies de inundação, barras de canal e

canais fluviais atuais. Às vezes são capeados por sedimentos coluvionares e, localmente,

podem conter matacões (CPRM, 2010).

Na área de estudo aparecem apenas nos blocos exploratórios PN-T-137 e PN-T-151.

NQc – Depósitos colúvio-eluviais

Sedimento areno-argiloso, conglomerático, inconsolidado, composto por fragmentos

angulosos, grânulos, seixos, blocos e matacões de variados tipos de rochas, além de blocos de

arenitos esbranquiçados e ferruginosos. Alto potencial erosivo caracterizado por processos

erosivos que se iniciam superficialmente em forma de sulcos rasos e, posteriormente, evolui

para voçorocas.

Na área de estudo aparecem apenas no bloco exploratório PN-T-151.

5.1.1.3.1.2 - Cretáceo

J2c - Corda, Grupo Mearim

Unidade litoestratigráfica depositada sob regime continental desértico. Sua litologia é

constituída por arenitos avermelhados e arroxeados, com porções argilosas, de granulação

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fina a média e intercalações de níveis de folhelhos e siltitos. Está assentada sobre

paleodepressões de rochas basálticas e de diabásios, os quais funcionam como assoalho

semipermeável dessa unidade (CPRM, 2010).

Na área de estudo do empreendimento, essa unidade foi mapeada no bloco exploratório

PN-T-137.

K1_beta_s – Sardinha

Esta formação representa as manifestações vulcânicas na Bacia do Parnaíba que provenientes

de magmatismo do Cretáceo inferior de maneira correlata ao magmatismo Serra Geral com

caráter extrusivo, formando derrames e, secundariamente, diques. Ela possui porosidade

secundária e baixa permeabilidade gerada pelas fraturas incipientes, o que provoca a

redução de fluxo das águas das formações nas zonas de contato. Não apresenta boas

condições hidrogeológicas, sendo classificada como um aquiclude (CPRM, 2010)

Na área de estudo aparecem apenas no bloco exploratório PN-T-151.

5.1.1.3.1.3 - Permiano

P12pf - Pedra - de - Fogo, Grupo Balsas

A sequência sedimentar da Formação Pedra de Fogo é marcada por arenitos róseos de

granulação bimodal, com estratificação cruzada de baixo ângulo configurando dunas de

grande porte com base plana. Intercalam na base níveis de oncólitos e para o topo arenitos

róseos de grão fino com esteiras algálicas. No topo, os arenitos de granulação fina são

vermelhos e intercalados com argilitos vermelhos. Os arenitos apresentam acamamentos

lenticulares, gretas de dissecação, tepees, estruturas sigmoides de baixios arenosos e baixios

de maré. Arenitos róseos de granulação fina intercalam esteiras algálicas e níveis de

estromatólitos (Figura 5.1.1-7) (SANTOS, 2004).

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1 - arenito rosa, de grão fino, matriz

argilosa, acamamento ondulado.

2 - argilito vermelho e amarelo,

ondulado, com níveis de

estromatólitos.

3 - arenito rosa, de grão fino, com

esteiras algálicas.

4 - camadas de arenitos rosas, com

granulometria bimodal, estratificação

cruzada acanalada, base plana.

5 - estratificação plano-paralela.

6 - níveis oncólitos e silexitos.

Fonte: Adaptado de SANTOS (2004).

Figura 5.1.1-7 - Perfil esquemático da Formação Pedra de Fogo.

Para o topo, a sequência é transgressiva, com os sedimentos pelíticos de ambientes

subaquáticos onde ocorrem os níveis de atividade orgânica como esteiras algálicas e

estromatólitos. A Formação apresenta, na seção superior, arenitos argilosos silicificados com

níveis de esteiras algálicas e marcas de bioturbação. A sequência de sedimentação é

interpretada como sendo lagunar.

Essa unidade foi mapeada na área de estudo nos blocos exploratórios PN-T-151 e PN-T-165.

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5.1.1.3.1.4 - Carbonífero

C2pi – Formação Piauí, Grupo Balsas

Litologicamente esta formação compõe-se na parte inferior por arenitos róseos, homogêneos

ou com estratificação cruzada de grande porte, e intercalações de folhelhos vermelhos. Na

parte superior é constituída por arenitos avermelhados com intercalações de folhelhos

vermelhos, níveis de sílex e ocasionais calcários. O ambiente deposicional desta formação é

fluvial, com alguma contribuição eólica, e ocorreu em clima semiárido a desértico, com

breves incursões marinhas.

Esta unidade apresenta alta vulnerabilidade geotécnica em função da presença de material

inconsolidado, podendo ocorrer voçorocamentos e ravinamentos.

Na área de estudo essa unidade se encontra mapeada nos blocos exploratórios PN-T-137, PN-

T-151 e PN-T-165.

C1po – Formação Poti, Grupo Canindé

O nome dessa formação foi usado pela primeira vez para descrever os folhelhos carbonáceos

expostos no vale do rio Poti, no Piauí e, posteriormente, foi confirmada a presença de um

pacote sedimentar, situado estratigraficamente entre as formações Longá e Piauí. Composto

por arenito, siltito, folhelho e conglomerado de ambiente deltaico e de planícies de maré

dominadas por ondas e tempestades(CPRM, 2010).

A Formação Poti consiste em arenitos finos com ondulações truncadas (hummocky) e

laminações plano-paralelas, além de intercalações de arenitos e folhelhos contendo estruturas

wavy e linsen, mostrando marcas onduladas, caracterizando o retrabalhamento por ondas,

devido, provavelmente, a tempestades. Em alguns afloramentos, as marcas onduladas indicam

paleocorrente para sudoeste (SANTOS, 2004).

Na área de estudo, esta unidade pode ser encontrada nos blocos exploratórios PN-T-137 e

PN-T-151.

PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ

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5.1.1.3.1.5 - Devoniano

D3C1l - Formação Longá, Grupo Canindé

Composto por arenito, folhelho e siltito. Ambiente nerítico plataformal dominado por

tempestade.

A Formação Longá é constituída por delgadas intercalações de camadas de arenitos com

espessura variando de 3 a 10 cm, separadas por níveis de silte e/ou argila com 1 a 2 cm de

espessura. Os arenitos geralmente apresentam estratificação plano-paralela, mostrando

gradação normal e bases abruptas; às vezes laminação cruzada e marcas onduladas

assimétricas, indicando transporte para sudoeste (SANTOS, 2004).

Na área de estudo aparecem apenas no Bloco 137.

5.1.1.4 - Lineamentos Estruturais

Um lineamento pode ser caracterizado como uma feição linear mapeável da superfície, cujas

partes estão alinhadas numa relação retilínea ou levemente curvilínea que definem os padrões

das feições adjacentes e que presumivelmente refletem um fenômeno de subsuperfície (O'LEARY,

1976). Com o uso de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, além de consulta a

bancos de dados e mapeamentos oficiais, foram identificados e mapeados os lineamentos

marcantes que transpõe a área de estudo, os mesmo estão sendo apresentados nos Mapas

Geológicos - 3095-01-EIA-MP-2001, 3095-01-EIA-MP-2002 e 3095-01-EIA-MP-2003, apresen-

tados no Anexo 5.1.1-1.

Considerando as análises de Geologia Regional, cabe destacar a presença dos principais

lineamentos que estruturam a Bacia do Parnaíba: Lineamento Transbrasiliano, Senador Pompeu e

Picos-Santa Inês.

5.1.1.5 - Mapa Litoestratigráfico e Estrutural da AE

Como resultado da caracterização direto dos levantamentos secundários, estão sendo

apresentados os Mapas Geológicos - 3096-01-EIA-MP-2001, 3096-01-EIA-MP-2002 e 3096-01-

EIA-MP-2003, apresentados no Anexo 5.1.1-1, representando espacialmente todas as unidades

litoestratificas e lineamento estruturais.

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5.1.1.6 - Sistemas Petrolíferos

A exploração de hidrocarbonetos na Bacia do Parnaíba iniciou-se na década de 40 do século

passado. Com a entrada em cena da Petrobras, uma campanha exploratória foi intensificada nas

décadas de 50 e 60 com a perfuração de poços exploratórios baseados somente em geologia de

superfície. As primeiras atividades sísmicas só tiveram seu início nos anos 70. Em função da

escassez de dados, nenhuma descoberta foi realizada. Apenas foram constatados indícios de

hidrocarbonetos, principalmente gás, durante a perfuração e testes de formação. Os principais

indícios se localizavam na sequência Devoniana, Formações Cabeças e Poti, e na sequência

Siluriana, Formação Ipu.

A confirmação de indícios de gás recuperados em testes de formação demonstrava que havia um

sistema petrolífero atuante. Análises geoquímicas já mostravam que os folhelhos da Formação

Pimenteiras apresentavam alguns intervalos com um teor de matéria orgânica compatível com

uma rocha geradora. Não obstante, frente aos fracos resultados obtidos, a Bacia do Parnaíba foi

relegada a um segundo plano, tendo cessado as atividades exploratórias.

Durante a década de 80, com o avanço das técnicas geofísicas de gravimetria, magnetometria e

sísmica, a atividade exploratória foi retomada pela Petrobras, culminando com a descoberta de

gás no poço Capinzal, em arenitos da Formação Cabeças. Por razões econômicas à época da

descoberta o programa exploratório não foi levado avante.

Com a mudança do regime de monopólio para o regime de concessão, no leilão realizado pela

ANP em 2007, a empresa OGX arrematou vários blocos na Bacia do Parnaíba, incluindo aquele no

qual se encontrava o poço 2-CP-1-Ma (Capinzal), perfurado pela Petrobras. O poço 1-OGX-16-MA

foi perfurado na mesma estrutura e confirmou uma acumulação comercial de gás na Bacia do

Parnaíba, confirmando o potencial gaseífero.

O sistema petrolífero passou a ser denominado como Pimenteiras-Cabeças! e Pimenteiras-Poti!,

onde a rocha geradora é constituída pelos folhelhos betuminosos da Formação Pimenteiras e os

reservatórios são os arenitos das Formações Cabeças e Poti. Os elementos do sistema petrolífero

podem ser observados na Figura 5.1.1-8.

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Figura 5.1.1-8 - Carta de eventos do sistema petrolífero da Bacia do Parnaíba

5.1.1.6.1 - Rocha Geradora

A rocha geradora comprovada é constituída pelos folhelhos betuminosos e radioativos da Fm.

Pimenteiras, do Devoniano. Pelas análises geoquímicas realizadas, este folhelho encontra-se

imaturo, devido ao baixo soterramento. No entanto, postula-se que as intrusões ígneas da Fm

Mosquito, principalmente sob a forma de soleiras de diabásio, aceleraram o processo de

transformação da matéria orgânica dos folhelhos, colocando-os na fase regressiva de geração de

gás. Também os folhelhos da Fm. Tianguá (Siluriana) e Longá (Devoniana), apresentam níveis

com razoáveis teores de matéria orgânica. Não se pode negligenciar, do ponto de vista

exploratório, os folhelhos betuminosos da Formação Codó (Cretáceo Inferior).

5.1.1.6.2 - Rocha Reservatório

A principal rocha reservatório constatada até o momento é o arenito da Fm. Poti

(Eocarbonífera). Este arenito apresenta porosidade da ordem de 16%. Secundariamente, também

o arenito da Fm. Cabeças (Devoniana) apresenta porosidade de 11%. As Formações Ipú e Jaicós,

silurianas, e a Formação Piauí (Neocarbonífera) também podem apresentar condições de

porosidade e permeabilidade condizentes para a acumulação de gás. Não é desprezível a

possibilidade de ocorrerem reservatórios na seção pré-siluriana.

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5.1.1.6.3 - Selo

Os folhelhos das formações Tianguá, Pimenteiras, Longá e Pedra do Fogo constituem-se em selos

de razoável espessura e continuidade na bacia. Entretanto, o que se tem verificado nas

acumulações encontradas até o momento, é que o magmatismo intrusivo da Fm. Mosquito

desempenha um papel importantíssimo no sistema petrolífero conhecido. O magmatismo, além

de seu papel na maturação da matéria orgânica, ele propicia o fenômeno do metamorfismo de

contato nas encaixantes, sejam elas arenitos e ou folhelhos, gerando rochas metassedimentares

que atuam como selo, devido à sua baixíssima permeabilidade.

5.1.1.6.4 - Trapa

As intrusões ígneas, através dos saltos de soleiras, parecem contribuir com a formação dos

arqueamentos e estruturas positivas na formação das trapas. Não se pode descartar a ocorrência

de anomalias estruturais positivas decorrentes das falhas transcorrentes ativas durante a história

geológica da bacia. Inclusive, pode-se argumentar que as intrusivas ígneas se valem das falhas e

da fissilidade dos folhelhos para se intrudirem e provocarem as anomalias estruturais. Deste

modo, as trapas reconhecidas são do estilo estrutural (Figura 5.1.1-9). No entanto, não se

podem excluir as ocorrências de trapas paleogeomórficas associadas às grandes discordâncias

advindas das orogênias, principalmente a Orogênia Caledôniana, relacionada ao grande

aplainamento do topo do Siluriano.

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Fonte: ZALAN (2015)

Figura 5.1.1-9 - Seção sísmica em tempo passando pelo poço descobridor de gás 2-CP-1-MA. Notar estrutura condicionada pelas falhas transcorrentes (amarelo), as soleiras de diabásio (refletor vermelho e seta preta) e o topo do reservatório da Fm. Cabeças (refletor amarelo)

5.1.1.6.5 - Geração/Migração/Acumulação

Na parte central e setentrional da bacia as rochas geradoras do Devoniano atingiram as condições

de maturação térmica por ação da atividade ígnea. Os geradores pré-silurianos, se presentes,

podem ter atingido a maturação térmica por subsidência e soterramento ainda no Paleozóico.

A migração se daria dos depocentros em direção às trapas via carrier beds , dos quais podem-se

destacar as formações Jaicós-Itaim e Poti-Piauí, capazes de conduzir e redistribuir os

hidrocarbonetos. A tectônica transcorrente reativada ao longo de toda a história da bacia, teria

tido condições de acumular os hidrocarbonetos gerados em processos de qualquer idade, desde o

Pré-siluriano até o Cretáceo (BACOCCOLI, 2001).

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5.1.1.7 - Considerações Finais

De maneira geral o empreendimento será implantado sobre depósitos arenosos/areno-argilosos,

assim como em solos e sedimentos argilosos/silto-arenosos, que são bastante friáveis. A região

passa, em toda a sua história geológica, por um processo de entalhamento natural da rede de

drenagem, processo este, que pode ser intensificado por técnicas inadequadas de manejo de solo.