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Ciências Fase I

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  • Cincias Fase I

  • Vanguarda Instituto de Educao

    1 FASE ENSINO FUNDAMENTAL

    CinciasCOORDENAO PEDAGGICA

    Alaides Alves Mendieta Pedagoga Especialista

    COORDENAO DIDTICA COM ADAPTAO PARA EADAlaides Alves Mendieta Pedagoga Especialista

    Veneranda Alice Quezada Especialista em EaD e Tutoria OnlineJoilson Ventura Gegrafo Especialista

    COORDENAO DE CONTEDOJoilson Ventura Gegrafo Especialista

    CAPA E DIAGRAMAOBruno Luis Duarte Vieira Fernandes

    Emanuela Amaral

  • 1Cincias - Fase I

    Caro AlunoPorque to importante estudar Cincias?Os objetivos de Cincias Naturais no ensino fundamental

    so concebidos para que voc desenvolva competncias que lhe permitam compreender o mundo e atuar como indivduo e como cidado, utilizando conhecimentos de natureza cient-fica e tecnolgica. Com certeza ao final do ensino fundamen-tal, voc ser capaz de compreender a natureza como um todo dinmico, e que voc parte integrante e agente de transfor-maes do mundo em que vive; identificar relaes entre conhecimento cientfico, produo de tecnologia e condies de vida, no mundo de hoje e em sua evoluo histrica, colo-cando em prtica conceitos, procedimentos e atitudes desen-volvidos no aprendizado aqui no instituto Vanguarda; saber utilizar conceitos cientficos bsicos, associados energia, ma-tria, transformao, espao, tempo, sistema, equilbrio e vida; Compreender as cincias como construes humanas, relacio-nando o desenvolvimento cientfico ao longo da histria com a transformao da sociedade. Compreender o papel das cincias naturais e das tecnologias a elas associadas, nos processos de produo e no desenvolvimento econmico e social contempo-rneo. Identificar a presena e aplicar as tecnologias associadas s cincias naturais em diferentes contextos relevantes para sua vida pessoal.

    UNIDADE IVOC AINDA TEM ALGUMA DVIDA SOBRE A IMPORTNCIA DE ESTUDAR CINCIAS?

    1. ORIGEM DA VIDA

    At o presente momento, a Teoria do Big Bang utilizada para explicar o surgimento da Terra. Acredita-se que nosso pla-neta se formou h 4,5 bilhes de anos e, durante cerca de um bilho de anos, sofreu processos importantes, como seu resfria-mento, viabilizando o surgimento da vida. Estudiosos mais an-tigos acreditavam que os seres vivos surgiam espontaneamente da matria bruta a hiptese da gerao espontnea, tambm

    chamada de abiognese. Entretanto, por meio de diversos ex-perimentos, executados por cientistas, como Redi, Needham, Spallanzani e Pasteur, foi possvel descartar essa hiptese, ado-tando a biognese, que afirma que os micro-organismos surgem a partir de outros preexistentes.

    Embora tenha respondido uma grande questo, a biogne-se no explica como se d o processo de surgimento de uma espcie a partir de outra. Assim, existem algumas explicaes para tal, sendo a origem por evoluo qumica a mais aceita pela categoria cientfica. Essa teoria prope que a vida surgiu a partir do arranjo entre molculas mais simples, aliadas a condi-es ambientais peculiares, formando molculas cada vez mais complexas, at o surgimento de estruturas dotadas de metabo-lismo e capazes de se autoduplicar, dando origem aos primeiros seres vivos. Oparin, Haldane e Miller so os precursores dessa hiptese.

    Atualmente, acredita-se que o primeiro ser vivo era auto-trfico. Dois motivos justificam sua ampla aceitao: o fato do planeta provavelmente no dispor de molculas orgnicas su-ficientes para sustentar as multiplicaes dos primeiros seres vivos at que a fotossntese surgisse, e o fato de que, em razo da instabilidade do planeta, estes organismos s conseguiriam sobreviver se estivessem em locais mais protegidos, como fon-tes termais submarinas dos mares primitivos. Assim, a hiptese autotrfica sugere que os primeiros seres vivos surgiram pri-meiramente em ambientes mais extremos, nutrindo-se a partir da reao entre substncias inorgnicas, tal como algumas ar-chaeas atuais: processo este denominado quimiossntese. Essa hiptese sugere ainda que, a partir desses primeiros seres vivos, surgiram aqueles capazes de realizar fermentao, depois os fo-tossintticos e, por ltimo, os seres heterotrficos.

    Acredita-se que esses primeiros indivduos eram procari-ticos, compartilhando diversas semelhanas com as rqueas; e, h cerca de dois bilhes de anos, surgiu a clula eucaritica.

    1.1. ESTRUTURA DA TERRA

    1. A Terra constituda, basicamente, por trs camadas: Crosta - Camada superficial slida que circunda a Terra; Manto - camada logo abaixo da crosta. formada por vrios tipos de rochas que, devido s altas temperaturas, encontram-se no esta-

  • 2Cincias - Fase I

    do pastoso e recebem o nome de magma; Ncleo - Compreende a parte central do planeta e acredita-se que seja formado por metais como ferro e nquel em altssimas temperaturas.

    2. O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas terrestres dividido por critrios qumicos em uma ca-mada externa (crosta) de silcio, um manto altamente viscoso, e um ncleo que consiste de uma poro slida envolvida por uma pequena camada lquida. Esta camada lquida d origem a um campo magntico devido conveco de seu material, eletricamente condutor.

    3. O material do interior da Terra encontra frequente-mente a possibilidade de chegar superfcie, atravs de erup-es vulcnicas e fendas ocenicas. Muito da superfcie terres-tre relativamente novo, tendo menos de 100 milhes de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre tm at 4,4 bilhes de anos.

    4. Camadas terrestres, a partir da superfcie:5. Crosta (de 0 a 30/35 km) 6. Manto (de 60 a 2900 km) 7. Astenosfera (de 100 a 700 km) 8. Ncleo externo (lquido - de 2900 a 5100 km) 9. Ncleo interno (slido - alm de 5100 km) 10. Litosfera (de 0 a 60,2km) 11. Tomada por inteiro, a Terra possui aproximadamente

    seguinte composio em massa:12. 34,6% de Ferro 13. 29,5% de Oxignio 14. 15,2% de Silcio 15. 12,7% de Magnsio 16. 2,4% de Nquel 17. 1,9% de Enxofre 18. 0,05% de Titnio

    Interior19. O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270 K.

    O calor interno do planeta foi gerado inicialmente durante sua formao, e calor adicional constantemente gerado pelo de-caimento de elementos radioativos como urnio, trio, e pots-sio. O fluxo de calor do interior para a superfcie pequeno se comparado energia recebida pelo Sol (a razo de 1/20k).

    NcleoTambm chamado de Nife, Centrosfera ou Barisfera e, em

    planetas como a Terra, dada sua constituio, pode ainda rece-ber o nome de Metalosfera.

    A massa especfica mdia da Terra de 5.515 quilogramas por metro cbico, fazendo dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa especfica do material superficial da Terra apenas cerca de 3000 quilogramas por metro cbico, deve-se concluir que materiais mais densos existem nas cama-das internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca de 8.000 quilogramas por metro cbico). Em seus primeiros mo-mentos de existncia, h cerca de 4,5 bilhes de anos, a Terra era formada por materiais lquidos ou pastosos, e devido ao

    da gravidade os objetos muito densos foram sendo empurrados para o interior do planeta (o processo conhecido como di-ferenciao planetria), enquanto que materiais menos densos foram trazidos para a superfcie. Como resultado, o ncleo composto em grande parte por ferro (80%), e de alguma quanti-dade de nquel e silcio. Outros elementos, como o chumbo e o urnio, so muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo ento na crosta.

    O ncleo dividido em duas partes: o ncleo slido, in-terno e com raio de cerca de 1.250 km, e o ncleo lquido, que envolve o primeiro. O ncleo slido composto, segundo se acredita, primariamente por ferro e um pouco de nquel. Alguns argumentam que o ncleo interno pode estar na forma de um nico cristal de ferro. J o ncleo lquido deve ser composto de ferro lquido e nquel lquido (a combinao chamada NiFe), com traos de outros elementos. Estima-se que realmente seja lquido, pois no tem capacidade de transmitir as ondas ss-micas. A conveco desse ncleo lquido, associada agitao causada pelo movimento de rotao da Terra, seria responsvel por fazer aparecer o campo magntico terrestre, atravs de um processo conhecido como teoria do dnamo. O ncleo slido tem temperaturas muito elevadas para manter um campo mag-ntico (veja temperatura Curie), mas provavelmente estabiliza o campo magntico gerado pelo ncleo lquido.

    Evidncias recentes sugerem que o ncleo interno da Terra pode girar mais rpido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano.

    Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o n-cleo existem zonas intermedirias de separao, as chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o manto h a descontinuida-de de Mohorovicic.

    MantoO manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma pro-

    fundidade de 2900 km. A presso na parte inferior do mesmo da ordem de 1,4 milhes de atmosferas. composto por subs-tncias ricas em ferro e magnsio. Tambm apresenta caracte-rsticas fsicas diferentes da crosta. O material de que com-posto o manto pode apresentar-se no estado slido ou como uma pasta viscosa, em virtude das presses elevadas. Porm, ao contrrio do que se possa imaginar, a tendncia em reas de alta presso que as rochas mantenham-se slidas, pois assim ocupam menos espao fsico do que os lquidos. Alm disso, a constituio dos materiais de cada camada do manto tem seu papel na determinao do estado fsico local. (O ncleo interno da Terra slido porque, apesar das imensas temperaturas, est sujeito a presses to elevadas que os tomos ficam compac-tados; as foras de repulso entre os tomos so vencidas pela presso externa, e a substncia acaba se tornando slida.).

    A viscosidade no manto superior (astenosfera) varia en-tre 1021 a 1024 pascal segundo, dependendo da profundidade (veja [1]). Portanto, o manto superior pode deslocar-se vagaro-samente. As temperaturas do manto variam de 100 graus Cel-sius (na parte que faz interface com a crosta) at 3500 graus Celsius (na parte que faz interface com o ncleo).

  • 3Cincias - Fase I

    UNIDADE IICROSTA

    A crosta (que forma a maior parte da litosfera tem uma extenso varivel de acordo com a posio geogrfica). Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente estende--se por aproximadamente 30 km de profundidade. composta basicamente por silicatos de alumnio, sendo por isso tambm chamada de Sial. A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos fsicos distintos. O primeiro a descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da diferena de composio entre camadas rochosas (a superior contendo fel-dspato triclnico e a inferior, sem o mesmo). O segundo evento uma descontinuidade qumica que foi observada a partir da obduo de partes da crosta ocenica.

    1.2. CAMADAS TERRESTRESObservando a estrutura da Terra, considerando as proprie-

    dades fsicas dos materiais, podemos notar a litosfera slida abrangendo a atmosfera semifluida, que envolve a mesosfera slida, que se estende at o ncleo.

    A biosfera a parte da Terra onde se encontram os seres vivos. Ela compreende a superfcie terrestre e a poro inferior da atmosfera e prolonga-se at o fundo dos oceanos. O estado da biosfera fundamentalmente o estudo dos seres vivos e sua distribuio pela superfcie terrestre. A biosfera contm inme-ros ecossistemas (conjunto formado pelos animais e vegetais em harmonia com os outros elementos naturais).

    A palavra bio significa vida, portanto biosfera significa es-fera da vida.

    Observando a estrutura da Terra, considerando as proprie-dades fsicas dos materiais, podemos notar a litosfera slida abrangendo a astenosfera semifluida, que envolve a mesosfera slida, que se estende at o ncleo.

    1.2.1. LITOSFERAA Litosfera a camada slida da Terra, formada pelos mi-

    nerais, rochas e solos, no seu interior h a presena de materiais inorgnicos em fuso, que apresentam um grau geotrmico, no qual a temperatura aumenta conforme nos aprofundamos.

    A estrutura da Terra est dividida em camadas, e cada uma de-las apresenta uma composio, temperatura e densidade diferente.

    Litsfera ou Crosta Terrestre: Sial: o nome dado poro superficial da crosta ter-

    restre tambm chamada de crosta continental. Sua temperatura chega a 600C. So rochas magmticas e metamrficas, suas espessuras vo de 15 a 25 km, e a densidade de 2,7.

    Sima: a poro inferior da crosta terrestre. Nesta regio h principalmente a presena de silicatos de magnsio e ferro. Sua temperatura chega a1, 200C, sua espessura vai de 30 a 35 km, e a densidade de 2,95.

    Magma pastoso: Manto: O manto est localizado abaixo da crosta terres-

    tre. Sua espessura de aproximadamente 1.200 km, a tempera-tura tem em mdia 3.400C e a densidade de 3,3. O material que compem o manto pastoso, especialmente rochas ultra-bsicas.

    Camada intermediria: sua espessura de 1, 700 km, a temperatura chega a 4.000C e a densidade de 112,2.

    Nife: o ncleo da Terra, composto por ferro e o nquel. Sua espessura de aproximadamente 3.470 km, a temperatura pode atingir at 6.000C, sua densidade de 12,2.

    Acredita-se que o interior da Terra, no princpio de sua for-mao, estava totalmente em estado de fuso. Observando as temperaturas de erupes vulcnicas e pela difuso das ondas ssmicas, conclumos que as densidades das camadas da Terra so diferentes, e que ela aumente de acordo com a profundida-de. Em mdia, a cada 35 m de profundidade a temperatura da camada aumenta 1C. Essa variao chamada de grau geo-trmico.

    1.2.2. A ATMOSFERAAtmosfera terrestre uma camada de ar que envolve a Ter-

    ra e possui cerca de 700 km de espessura.

    Observe estas imagens:

    Atmosfera da Terra Atmosfera de Marte

    Essa diferena nas paisagens dos planetas devido ao tipo e a quantidade de gases que compem suas atmosferas.

    10 COISAS QUE VOC NO SABIA SOBRE O PLA-NETA TERRA

    Novas tecnologias, estudos mais aprofundados permitem aos cientistas brindar-nos com novas curiosidades relacionadas ao planeta em que vivemos. Pode parecer bobagem saber que

  • 4Cincias - Fase I

    determinado fenmeno ir acontecer daqui a 10 mil anos, mas o que resulta extremamente interessante saber que tal fen-meno existe.

    1. A gravidade no uniforme:

    Ainda que os cientistas desconheam o motivo, o verda-deiro que a fora gravitacional varia medida que nos deslo-camos pelo planeta, de maneira que nosso peso no objetiva-mente o mesmo no Brasil e em Portugal, por exemplo. Cr-se que as causas podem estar relacionadas s profundas estruturas subterrneas e ter alguma relao com a aparncia da Terra num passado longnquo. Atualmente, dois satlites gmeos do programa GRACE escrutam meticulosamente o planeta para elaborar um mapa gravitacional mais detalhado.

    2. A atmosfera foge:

    Algumas molculas situadas no limite da atmosfera terrestre incrementam sua velocidade at o limite que lhes permite esca-par da fora gravitacional do planeta. O resultado uma lenta, mas constante fuga do contedo de nossa atmosfera para o espa-o exterior. Devido a seu menor peso atmico, os tomos soltos de hidrognio atingem sua velocidade de escape com mais faci-lidade e sua sada para o espao a mais frequente. Felizmente para a vida em nosso planeta, o abundante oxignio preserva a maior parte do hidrognio bloqueando-o em molculas de gua e o campo magntico da Terra protege o planeta da fuga de ons.

    3. A rotao no constante:

    A velocidade com que a Terra gira sobre seu prprio eixo no constante, seno que sofre pequenas alteraes que fa-zem variar a durao de nossos dias. Mediante a sincronizao de diferentes radiotelescpios desde diferentes latitudes, e gra-as aos modernos sistemas de GPS, os cientistas conseguiram medir com preciso estas pequenas variaes na velocidade de rotao e constataram que a maior delas se produz entre os meses de janeiro e fevereiro, quando os dias so mais longos por uns poucos milsimos de segundo. Esta variao deve-se interao gravitacional da Terra e a Lua, mas tambm pela forte atividade da atmosfera no hemisfrio norte e a fenmenos meteorolgicos como El Nio. Como por exemplo, alguns experientes acham que a tsunami da Indonsia reduziu a dura-o do dia em 2,68 milionsimos de segundo.

    4. Os cintos de Van Allen:Ao redor da Terra existem zonas de alta radiao uma

    interior e outra exterior - denominadas cintures de Van Allen (em honra ao seu descobridor) e situadas a uma altura de 3.000 e 22.000 km sobre o equador. Estes cintures so formados por partculas de alta energia, sobretudo prtons e eltrons, cuja origem esteja provavelmente nas interaes do vento solar e dos raios csmicos com os tomos constituintes da atmosfera. A potncia da radiao tal que os cintures so evitados pe-las misses espaciais tripuladas, dado que poderiam aumentar o risco de cncer dos astronautas e prejudicar gravemente os dispositivos eletrnicos. Em 1962, os cintures de Van Allen foram alterados pelos testes nucleares dos EUA no espao o que provocou que vrios satlites ficassem de imediato fora de servio.

  • 5Cincias - Fase I

    5. A Terra e a Lua distanciam-se:

    Desde h vrios milhes de anos que a Lua est se afas-tando da Terra a um ritmo lento, mas constante. Os cientistas calculam que a taxa de afastamento de uns 3,8 centmetros ao ano, o que em longo prazo chegar a levar a Lua at uma dis-tncia crtica. No entanto, os astrnomos acham que dentro de 5 bilhes de anos, quando o Sol se converter numa gigante e vermelha atmosfera em expanso, provocar que o processo se reverta. A Lua voltar a aproximar-se da Terra e acabar por se desintegrar ao superar o denominado limite de Roche (18.470 quilmetros sobre nosso planeta) explodindo em mil pedaos e formando um espetacular anel, como o de Saturno, ao redor da Terra.

    6. Mars na atmosfera:

    Ainda que o efeito seja quase inaprecivel, uma variao de parcos 100 microbares, os cientistas comprovaram mediante detalhadas medies estatsticas que a fora da Lua no s des-loca os mares e a terra seno tambm a massa de ar que rodeia nosso planeta. Ainda que o movimento seja to pequeno que mal supe 0,01 por cento da presso normal na superfcie, o dado revela que o poder gravitacional da Lua capaz de mudar muita coisa.

    7. Um estranho bamboleio:

    O denominado bamboleio de Chandler o nico movi-mento da Terra para o qual ainda no existe uma explicao convincente. Descoberto em 1891 pelo astrnomo Seth Carlo Chandler, trata-se de uma variao irregular no eixo de rota-o da Terra que provoca um deslocamento circular entre 3 e 15 metros ao ano nos plos terrestres. Sobre este movimen-to foram lanadas todo tipo de teorias, inclusive que causa o movimento das placas tectnicas, terremotos e erupes. Ou ainda que detona fenmenos como El Nio ou o aquecimento global. Em julho do ano 2000, uma equipe de cientistas estadu-nidenses anunciou que a causa do bamboleio estava nas flutua-es de presses no fundo do oceano. Segundo esta teoria, este movimento no fundo dos mares mudaria a presso exercida sobre a superfcie terrestre, e provocaria o estranho bamboleio dos polos. Suas teorias ficaram no ar aps que entre janeiro e fevereiro de 2006 laboratrios de todo mundo comprovassem que o movimento tinha cessado por completo, numa anomalia que ainda no souberam explicar.

    8. A Terra um grande circuito eltrico:

    Perfeitamente localizados em ambos os lados do equador, a Terra dispe de oito circuitos fechados de corrente eltrica que permitem a troca de carga entre a atmosfera e a superfcie atra-vs de fluxos verticais. Em condies de bom tempo, os cientis-tas observaram um fluxo de carga positivo que se move desde

  • 6Cincias - Fase I

    a atmosfera para a Terra por causa da carga negativa de nosso planeta. Depois de anos de observao do comportamento das tormentas e as variaes na ionosfera, a hiptese preferida hoje pelos cientistas que este fluxo descendente de corrente positi-va contrria aos eltrons que so transferidos Terra durante as tormentas. Mesmo assim, ainda falta uma explicao plau-svel com relao a forma em que as variaes na ionosfera afetam formao de tormentas.

    9. Toneladas de material csmico caem a cada ano da atmosfera:

    Segundo dados do space.com, a quantidade de p csmico que cai a cada ano na Terra supera as 30 mil toneladas. A maior parte deste material procede do cinturo de asteroides situado entre Marte e Jpiter. Os fragmentos provem dos constantes choques entre asteroides e so arrastados para o interior do sis-tema solar. Uma boa quantidade deles est entrando permanen-temente em nossa atmosfera.

    10. Os polos magnticos da Terra mudam constante-mente de lugar:

    O campo magntico da Terra varia no curso de eras geol-gicas, o que se denomina variao secular. Durante os ltimos cinco milhes de anos efetuaram-se mais de vinte mudanas e a mais recente foi h 700 mil anos. Outras inverses ocorreram h aproximadamente 870 e 950 mil anos. No se pode predizer quando ocorrer a seguinte inverso porque a seqncia no regular. Certas medies recentes mostram uma reduo de

    5% na intensidade do campo magntico nos ltimos 100 anos. Mantido este ritmo, os campos voltaram a se inverter dentro de uns 2 mil anos.

    2.2.1. HIDROSFERA

    A hidrosfera corresponde a toda parte lquida contida no planeta. Os oceanos so responsveis por 97,2% de toda a gua, isso significa que cerca de 2/3 da superfcie do planeta so co-bertos por oceanos. J as guas continentais possuem um per-centual bem inferior, sendo encontrados nos rios, lagos (estado lquido), nas geleiras (estado slido, que por sinal a maior reserva de gua doce), os aquferos e lenis freticos. Por fim, as guas contidas na atmosfera, que se apresentam em forma de vapor, do origem s precipitaes.

    Distribuio de gua na hidrosferaCalotas de gelo e geleira 2,15%gua na atmosfera 0,001%gua no subsolo 0,62%guas superficiais (rios, lagos e biomassa) 0,029%Oceanos 97,2%

    A gua surgiu a partir do resfriamento da Terra, decorrente dos vulces que expeliam vrios gases e do vapor de gua que se evaporou, favorecendo a ocorrncia de chuvas. A gua fun-damental vida, independentemente do ser, at mesmo porque a vida surgiu na gua, como as bactrias, os primeiros seres vivos (trilobitas) e os seres aquticos, que saram das guas e se

  • 7Cincias - Fase I

    transformaram em anfbios depois em rpteis e assim por dian-te. A gua encontrada em estados fsicos. Os estados fsicos da gua se apresentam em estado lquido, slido e gasoso.

    Rios e lagos

    Os rios e os lagos so guas continentais por estarem pre-sentes em reas emersas. A formao deles se d em decorrn-cia do afloramento dos lenis freticos.

    Entretanto, essa no a nica maneira de formao de um rio, uma vez que ele pode se originar de derretimento de gelei-ras, como o Rio Amazonas.

    Os rios sofrem variaes quanto a sua velocidade e seu direcionamento, que determinado por elementos do relevo. Diante disso, percebe-se que o relevo o divisor de guas em nvel geral e particular.

    Os lagos podem ser naturais. Sua origem decorrente de nascentes de guas subterrneas, ou mesmo artificiais (quando o homem, atravs de seus conhecimentos e suas tcnicas, con-segue materializar a produo de um lago).

    Os rios variam quanto quantidade de gua, ou seja, sua vazante. Isso pertinente s modificaes climticas trans-corridas durante o ano que vo determinar as cheias (perodo chuvoso) e vazantes (perodo de estiagem). Alm disso, os rios tambm podem ter seu regime reconhecido distintamente como sendo rios perenes, intenso e constante fluxo de gua sem que ocorra seca (rio que no seca), ao contrrio dos rios temporrios que so caracterizados por sua presena sazonal, isso significa que se trata de rios que secam no perodo de seca ou estiagem.

    As guas continentais so de suma importncia para a so-ciedade, tendo em vista que essas so propcias ao consumo humano e de todos os seres vivos. No caso do consumo huma-no, as guas so utilizadas em mltiplas atividades que podem ser enumeradas em uso rural, urbano, turstico e etc. No campo, ela utilizada na irrigao, para a criao de animais, entre ou-tros; nas cidades seu uso destinado s residncias, indstrias, comrcios, instituies, escolas; e no turismo fonte de renda, explorando as belezas de rios e lagos.

    Atualmente, uma importante reserva de gua doce est ar-mazenada nas geleiras em estado slido, sua localizao geo-grfica faz com que as temperaturas permaneam sempre bai-xas, conservando-as intactas, salvo as alteraes pertinentes s atividades humanas que modificam as condies naturais.

    As sociedades do mundo contemporneo, independente do continente ou pas, provocam impactos nas guas que podem ser divididos em: poluio industrial, domstica e rural.

    Lista de Rios de Mato Grosso, Brasil Rio Araguaia Rio Arinos Rio Cuiab Rio Guapor Rio Jauru Rio Juruena Rio So Manuel (ou rio Teles Pires) Rio das Mortes (ou rio Manso) Rio Paraguai Rio Piqueri Rio Roosevelt Rio So Loureno Rio Vermelho Rio Xingu Rio Cabaau Rio Padre Incio Rio Seputuba

    UNIDADE IICOMPOSIO DA ATMOSFERA TERRESTRE

    Gs nitrognio (N2) o gs presente em maior quantidade na atmosfera terres-

    tre (78%). uma substncia fundamental para a vida na Terra, pois o nitrognio entra na composio das protenas, principal componente dos organismos vivos.

    Gs Oxignio (O2) o gs de fundamental importncia para os processos vi-

    tais de nosso planeta. O oxignio utilizado na respirao da maioria dos seres vivos. Pela respirao os seres vivos produ-zem a energia necessria para manter os seus sistemas vitais. H ainda o gs hidrognio (H2) e outros gases ditos nobres. Na atmosfera h uma pequena quantidade:

    Gs carbnico (CO2) Este est presente no ar atmosfrico em proporo mui-

    to pequena, mas imprescindvel para a vida no planeta. O gs carbnico utilizado pelas plantas e algas microscpicas (se-res clorofilados) no processo da fotossntese, quando parte da energia solar (luminosa) transformada em energia qumica que circular por todos os ambientes nas cadeias alimentares.

  • 8Cincias - Fase I

    Vapor da guaJuntamente com o gs carbnico, o vapor da gua im-

    portante para manter a temperatura do planeta. Eles evitam que o calor escape todo para o espao. O vapor da gua tambm condensa formando as nuvens de onde caem as chuvas.

    As camadas da atmosferaA atmosfera terrestre subdivida em cinco camadas com

    caractersticas prprias, de acordo com a distncia da Terra.

    Troposfera a camada mais prxima ao solo e atinge aproximada-

    mente 12 km de altitude. onde ocorre uma intensa movimen-tao dos elementos componentes do ar, como ventos, tempes-tades, chuvas, geadas e neve. na troposfera que os seres e as plantas vivem e retiram o oxignio e o gs carbnico para a sua sobrevivncia.

    Estratosfera Esta camada inicia onde termina a troposfera e atinge 50

    km de altitude. Nesta camada quase no existe oxignio: o ar muito rarefeito e as temperaturas so muito baixas, atingindo - 50C. Na estratosfera, est localizada a camada de oznio e o elemento gasoso predominante o nitrognio.

    MesosferaA partir do final da estratosfera encontra-se a mesosfera

    que se estende at 80 km de altitude. Nesta camada, a tempe-ratura muito baixa, atingindo - 120C. nesta camada que se realizam as pesquisas meteorolgicas.

    Termosfera Esta camada atinge aproximadamente 640 km acima da

    superfcie do solo e se caracteriza pela alta temperatura, a qual aumenta com o aumento da altitude, podendo chegar a mais de 1000C nas camadas superiores. Na termosfera, as radia-es ultravioletas da luz solar so muito intensas, decompondo as molculas em tomos e ons. Por isso, tambm conhecida como ionosfera. Essa camada da maior utilidade pelo fato de refletir as ondas de rdio, permitindo a comunicao fcil entre regies afastadas.

    Exosfera A exosfera a ltima camada da atmosfera terrestre. Nesta

    camada o ar extremamente rarefeito, constituindo o limite en-tre a atmosfera e o espao csmico. Na exosfera, a temperatura apresenta grandes variaes, podendo atingir 2000C durante o dia e caindo para -270C durante a noite.

    O estudo das atmosferas da Terra e dos outros planetas s comeou a ser desvendado com grande preciso graas s son-das lanadas nos ltimos anos. De todos os planetas do sistema solar, apenas Marte parece ter uma atmosfera algo semelhante nossa, contendo baixo teor de vapor d gua e, possivelmente, traos de oxignio.

    UNIDADE III1 O SISTEMA SOLAR

    O Sistema Solar constitudo pelo Sol e por um conjunto de objetos astronmicos que se ligam ao Sol atravs da gravi-dade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados por meio de um colapso de uma nuvem molecular gigante h 4,6 bilhes de anos atrs. Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa est contida dentro de oito planetas relativamente solitrios, cujas rbitas so quase circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, de-nominado plano da eclptica.

    Os quatro menores planetas (Mercrio, Vnus, Ter-ra e Marte) so conhecidos como planetas telricos ou slidos, encontram-se mais prximos do Sol e so compostos princi-palmente de metais e rochas. Os quatro maiores planetas (J-piter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se mais distantes do Sol e concentram mais massa do que os planetas telricos, sendo tambm chamados de planetas gasosos. Os dois maiores, Jpiter e Saturno, so compostos em sua maior parte de hidro-gnio e hlio. Urano e Netuno, conhecidos tambm como pla-netas ultraperifricos, so cobertos de gelo, sendo s vezes referidos como gigantes de gelo, apresentando tambm em sua composio gua, amnia e metano.

    O Sistema Solar tambm o lar de outras duas regies povoadas por objetos menores. O cinturo de asterides est situado entre Marte e Jpiter e sua composio se assemelha dos planetas slidos. Alm da rbita de Netuno, encontram-se os objetos transnetunianos, com uma composio semelhan-te a dos planetas gasosos. Dentro destas duas regies, existem outros cinco corpos individuais. So eles: Ceres, Pluto, Hau-mea, Makemake e ris, denominados de planetas anes. Alm de milhares de corpos pequenos nestas duas regies, vrios outras populaes de pequenos corpos que viajam livremente entre as regies, como cometas, centauros.

    O vento solar, fluxo de plasma do Sol, responsvel por criar uma bolha no meio interestelar conhecida como helios-fera, que se estende at a borda do disco disperso. A hipotti-ca nuvem de Oort, que atua como fonte de cometas durante um longo perodo, pode estar a uma distncia de aproximadamente dez mil vezes maior do que a heliosfera.

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    Seis dos planetas e trs planetas anes so orbitados por sa-tlites naturais, normalmente conhecidos como luas, depois da Lua da Terra. Os planetas gasosos so cercados por anis planetrios compostos de poeira e outras partculas.

    O SOL: fontes de energiasA energia solar a captao de energia luminosa que vem

    diretamente do sol, logo aps esse processo ela se transforma em energia utilizvel pelo homem, tanto para o aquecimento de gua quanto para energia eltrica.

    Durante o movimento de translao ao redor do sol, a terra adquiriu em uma superfcie normal com o sol 1.410 W/m de energia, porm apenas 19% so aproveitados pela atmosfera e 35% refletido pelas nuvens.

    Quando a maior parte da energia solar passa pela atmosfera terrestre, podemos dizer que ela est em forma de luz visvel, ou luz ultravioleta.

    As plantas utilizam a energia solar para realizar a fotossn-tese, j ns utilizamos essa energia quando queimamos lenha por exemplo.

    Existem algumas formas para obtermos a energia solar:

    As formas diretas: com apenas uma transformao, a energia solar capaz de se tornar til para o homem.

    Podem se classificar tambm em sistema passivo e ativo:

    Sistema passivo: so como os diretos, porm algumas ve-zes envolvem um fluxo de transferncia de energia solar.

    Sistema ativo: so sistemas que necessitam da ajuda de al-guns dispositivos eltricos, mecnicos ou at mesmo qumicos, para aumentar a efetividade da captura de energia.

    Existem algumas vantagens e desvantagens quando fala-mos de energia solar. Uma das vantagens que a energia solar no polui o ambiente durante seu uso, j uma das desvantagens que noite no existe nenhum tipo de produo de energia eltrica.

    O Sol uma estrela an de cerca de 4,8 bilhes de anos, que, sozinha, detm 99,8% da massa total do Sistema Solar.

    Ficha tcnica: Dimetro equatorial 1.392.000 km rea da superfcie 6,09 x 10 km

    Massa 1,9891 x 10 kg Temperatura superfcie 6.000 C

    Raio 6,96 x 108 m ~ 109 RDensidade 1410 kg m-3

    Luminosidade 3.8 x 1033 erg s-1 Temperatura superficial 5780 K

    Perodo de rotao 24,9 dias (no equador) 29,8 (nos polos)

    Caractersticas Gerais Fonte de calor, luz e da prpria vida na Terra, o Sol com-

    posto de 92,1% de hidrognio e 7,8 % de hlio. Os elementos restantes so principalmente carbono, nitrognio, oxignio, mag-nsio, silcio e ferro. A energia solar tem origem nas reaes nu-cleares que ocorrem de forma constante no interior do astro.

    Os gases no interior solar (principalmente hidrognio e hlio) encontram-se quase que completamente ionizados, pois esto submetidos a temperatura, presso e densidade muito ele-vadas, as quais aumentam tanto quanto maior for a profundida-de dentro do Sol.

    Assim, na regio mais central as condies fsicas propi-ciam as reaes termo-nucleares de transformao do hidrog-nio em hlio, liberando ento grandes quantidades de energia na forma de ftons e movimentos trmicos.

    A principal dessas reaes a que transforma hidrognio em hlio. Sob calor intenso, quatro ncleos de hidrognio, isto , qua-tro prtons, colidem e fundem-se para formar um ncleo de hlio.

    O ncleo de hlio um pouco mais leve do que os prtons que se combinam para produzi-lo, de tal maneira que se forma uma massa residual, liberada sob forma de energia. A cada segundo, o Sol converte em energia cinco milhes de toneladas de matria, poro desprezvel de sua massa total.

    Opticamente ns observamos apenas o contorno bem defini-do que considerado a superfcie solar, uma fina camada (espes-sura menor que 0,1% do raio do Sol) chamada fotosfera. No en-tanto, a estrutura interna do Sol pode ser representada por vrias camadas, estabelecendo regies sob diferentes condies fsicas.

    No que se refere atmosfera, por ser uma regio de transi-o entre o interior estelar e o meio interestelar, encontra-se uma grande variao (em funo da profundidade) das condies fsi-cas, tais como temperatura, presso e composio qumica. Assim, divide-se a atmosfera em trs regies: fotosfera, cromosfera e coroa.

    REFERENCIAShttp://www.acidezmental.xpg.com.br/10_coisas_que_

    voce_nao_sabia.htmlhttp://waldomironeto.blogspot.com/2009/09/sistema-so-

    lar.html

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    ANOTAES