4.1. atracção interpessoal 4.2. ajuda e altruísmo 4.3. ajuda em...
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14-05-2009Psicologia Social
Licenciatura em Ciências da Comunicação 1
4. Interacções sociais
4.1. Atracção interpessoal
4.2. Ajuda e altruísmo
4.3. Ajuda em situação de perigo ou catástrofe
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Atracção, amizade e amor
A atracção por uma pessoa supõe que se obtenha uma satisfação qualquer:
somos atraídos por quem é susceptível de nos dar prazer…
1. Gratificações e custos: os benefícios que retiramos de uma relação…
1.1. Reciprocidade: ironicamente, este princípio só vale se a simpatia do outro for para nós
isenta de qualquer procura de benefícios secundários ps7.pdf
1.2. Beleza: existe a teoria implícita de que o que é bonito é bom: às pessoas consideradas
bonitas atribuem-se mais facilmente traços de personalidade desejáveis (mesmo em
crianças)
1.3. Nível de comparação: custos e gratificações não têm um significado absoluto – há
padrões de comparação que são expectativas que fazem com que uma interacções nos
satisfaçam mais que outras, apesar de os custos e gratificações pareçam idênticos.
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Atracção, amizade e amor
Factores relacionados com padrões de comparação:
1. Proximidade e familiaridade – contribuem para a atracção, mas podem favorecer
conflitos e agressão;
2. Relações de trocas e de comunhão: em troca esperamos retorno, em comunhão damos
sem esperar em troca (ex: com os filhos)
3. Semelhança e complementaridade: a semelhança intervém na atracção porque é
gratificante em si mesma e faz prever gratificações posteriores se houver investimento.
No entanto, segundo a teoria da preservação da auto-avaliação (Tesser, 1980),
apreciamos as qualidades das pessoas amadas na medida em que isso não nos afecta o
ego. As pessoas com uma relação estável de longa duração têm muitas vezes
personalidades complementares.
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Atracção, amizade e amor
Factores relacionados com padrões de comparação:
4. Estilos de relação – 2 tipologias:
1. 3 tipos de relações na idade adulta baseados na infância:
a) segurança: sem dificuldades em confiar e aceitar depender deles
b) evitamento: não toleram bem a intimidade, desconfiam dos outros
c) ansiedade/ambivalência: acham que o outro não dá o suficiente, não amam
verdadeiramente, vivem na obsessão de serem rejeitadas
2. 5 tipos de sentimentos (+ ou -) sobre si próprio e os outros:
a) segurança: imagem positiva de si próprio e dos outros
b) ansiedade/ambivalência: imagem negativa de si próprio, mas positiva do outro
c) evitamento: imagem negativa dos outros, independentemente da sua
d) medo/receio: imagem negativa de si próprio e dos outros
e) distância / desdém: imagem positiva de si próprio e negativa dos outros
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Atracção, amizade e amor
Outros elementos a considerar:
Níveis de comparação alternativos:
Ex: retorno ao lar/casamento em caso de violência conjugal – não se vislumbram
alternativas, por ex. económicas
Teste sociométrico: destinado a perceber redes de atracção e rejeição, capaz de
identificar líderes e pessoas rejeitadas e isoladas num grupo
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São ambos comportamentos voluntários que consistem em fazer bem aos outros, mas…
Ajuda: uma boa acção com o objectivo de obter reforços positivos, internos ou externos
para o autor
Altruísmo: comportamentos que não dependem de reforço: o bem dos outros é
procurado em si mesmo.
Hatfield (1978): o ser humano é fundamentalmente egoísta e não fará nada mais que ajudar;
Batson (1991, 1995): não só o altruísmo existe, como é possível demonstrá-lo
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Tipos de reforços internos:
1. Ajuda pode suscitar recompensas:
1. imagem lisonjeira de si próprio
2. Boa disposição (afecto positivo: não só a vida me corre bem, como sou boa pessoa)
3. Sentimento do dever cumprido
2. Ajuda pode afastar punições:
1. Culpabilidade (forma de aliviar disposição triste)
2. Reconhecimento da necessidade – leva a comportamentos pró-sociais
3. Vergonha
4. Sentimento de transgressão das normas sociais
3. Ajuda pode reduzir uma activação desagradável
1. Teoria do mundo justo: se é possível intervir, repõe-se a justiça; se não, mereceu o
destino
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Reacções negativas à ajuda:
1. Reactância: ajuda pode ser sentida como uma limitação da liberdade ou ameaça para a
auto-estima dos beneficiários
ex: ‘US Go Home’
2. Problema do ‘overhelping’
A empatia:
Pode conduzir ao altruísmo, em vez do reforço interno.
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Obrigação legal de ajudar os outros em certas situações: assistência a pessoas em perigo…
Ex: numa experiência com seminaristas (supostamente altruístas), tinham de preparar uma
homília sobre o Bom Samaritano num edifício próximo. A uns foi dito que tinham tempo, a
outros que estavam atrasados. No caminho cruzavam-se com um homem deitado na
entrada de uma casa, a tossir e a gemer…
Quando atrasados, só 10% param para ajudar…
Com tempo, 63% ajudam…
Alguns nem reparam, tão concentrados que vão
Não basta ver a situação, é preciso percebê-la como uma situação de urgência
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Modelo de tomada de decisão de intervenção em situação de urgência (Latané e Darley):
Aperceber-se do acidente
Interpretá-lo como urgente
Implicar a sua responsabilidade
Ter os meios para intervir
Decidir intervir
Intervir
Comparação social
Relação Custos/benefícios