2ª fase do modernismo brasileiro
TRANSCRIPT
![Page 1: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/1.jpg)
2ª fase do Modernismo Brasileiro
Prosa1930-1945
Prof. Adriana Christinne
![Page 2: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/2.jpg)
Romance de 30: a estética do compromisso
• Crise de 29;• Crise cafeeira;• Revolução de 30;• Ascensão do nazismo e do fascismo;• Combate do socialismo;• Segunda Guerra Mundial;
Prof. Adriana Christinne
![Page 3: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/3.jpg)
• A bagaceira – José Américo de Almeida, 1929.
O Quinze – Rachel de Queiroz, 1930.
Prof. Adriana Christinne
![Page 4: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/4.jpg)
• Escritor e político paraibano (10/1/1887-10/3/1980). Nascido em Areia, é o autor do romance A Bagaceira (1928), considerado marco da literatura social nordestina da época. Participa ativamente da Revolução de 1930 e, após seu êxito, é nomeado interventor na Paraíba. • É eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1966.
Prof. Adriana Christinne
![Page 5: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/5.jpg)
• Na década de 1930, enquanto o rádio – o mais moderno meio de comunicação de massa da época – encurtava as distâncias, aproximando o país de ponta, nossa prosa de ficção, com renovada força criadora, nos punha em contato um Brasil pouco conhecido.
Prof. Adriana Christinne
![Page 6: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/6.jpg)
Por meio da obra de grandes autores, desponta um Brasil multifacetado, apresentado em sua diversidade regional e cultural, mas com problemas semelhantes em quase todas as regiões: a miséria, a ignorância, a opressão nas relações de trabalho, as forças da natureza sobre o homem desprotegido
Prof. Adriana Christinne
![Page 7: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/7.jpg)
Características da 2ª fase - prosa
• Denúncia social;• Regionalismo;• Engajamento político;• Análise sociológica e psicológica;• Novas técnicas na narrativa;• O romance de 30 constitui um dos
melhores momentos da ficção brasileira.
Prof. Adriana Christinne
![Page 8: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/8.jpg)
Principais prosadores da 2ª fase
•Rachel de Queiroz;•Graciliano Ramos;• José Lins do Rego;• Jorge Amado;• Érico Veríssimo;•Dionélio Machado.
Prof. Adriana Christinne
![Page 9: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/9.jpg)
Rachel de Queiroz (1910-2003)
'' ... A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado ... ‘’Rachel de Queiroz
Prof. Adriana Christinne
![Page 10: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/10.jpg)
• Nasceu em Fortaleza, Ceará.
• Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.
Prof. Adriana Christinne
![Page 11: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/11.jpg)
Estreou em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queiroz, publicando trabalho no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva.
![Page 12: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/12.jpg)
• Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".
![Page 13: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/13.jpg)
• Em fins de 1930, publicou o romance O quinze, que teve inesperada e funda repercussão no Rio de Janeiro e em São Paulo.
![Page 14: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/14.jpg)
• Com vinte anos apenas, projetava-se na vida literária do país, agitando a bandeira do romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca.
![Page 15: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/15.jpg)
Características das obras de Rachel de Queiroz
• Linguagem enxuta e viva, o nordeste;• Interesse social; • O flagelo da seca;• O coronelismo;• Preocupação com os traços psicológicos do
homem daquela região que, pressionado por forças atávicas, aceita fatalisticamente seu destino.
![Page 16: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/16.jpg)
• Essa harmonização entre o social e o psicológico demonstra uma nova tomada de posição na temática do romance nordestino.
• A mesma abordagem se aplica aos dois romances seguintes: Caminho de Pedras e As Três Marias. O primeiro é conscientemente político-social e as características psicológicas estão aí valorizadas. No entanto, em As Três Marias elas atingem o seu máximo.
![Page 17: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/17.jpg)
![Page 18: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/18.jpg)
Graciliano Ramos (1892-1953)
Se a única coisa que o homem terá certeza é a morte; a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.Trecho do livro ‘Em Liberdade’ de Graciliano Ramos
Prof. Adriana Christinne
![Page 19: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/19.jpg)
• Nasceu em Quebrângulo, Alagoas;• Foi prefeito de Palmeira dos Índios;• É o principal romancista da geração de 1930;• Além de ter se dedicado à leitura, o escritor também
exerceu atividades ligadas ao jornalismo, à vida pública e a política;• Em 1936, durante o governo Vargas, foi preso sob a
acusação de subversão;
Prof. Adriana Christinne
![Page 20: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/20.jpg)
Foi levado para a Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu dez meses encarcerado.
Prof. Adriana Christinne
![Page 21: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/21.jpg)
Memórias de um cárcere – obra que ultrapassa os limites do pessoal para se tornar um importante depoimento da realidade brasileira da época e uma denúncia do atraso cultural e do autoritarismo da era Vargas;
Prof. Adriana Christinne
![Page 22: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/22.jpg)
Ingressou no partido comunista.
GR na redação da Tribuna Popular, jornal do Partido Comunista.Rio de Janeiro, 1945
Prof. Adriana Christinne
![Page 23: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/23.jpg)
Como romancista, Graciliano Ramos alcançou raro equilíbrio o reunir análise sociológica e psicológica.
Prof. Adriana Christinne
![Page 24: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/24.jpg)
José Lins do Rego (1901-1957)Prof. Adriana Christinne
![Page 25: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/25.jpg)
• Nasceu no munícipio de Pilar, Paraíba;• Formou-se em direito, em Recife;• Atuou como promotor em Maceió, onde escreveu seus
primeiros livros e conviveu com Graciliano Ramos, Jorge de Lima e Rachel de Queiroz;• Atuou na imprensa, na vida diplomática e foi eleito para a
Academia Brasileira de Letras pouco antes de morrer.
Prof. Adriana Christinne
![Page 26: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/26.jpg)
• Decadência da estrutura social e econômica dos latifúndios e engenhos da zona açucareira da Paraíba e de Pernambuco;• Início da modernização, com a chegada das usinas;
Prof. Adriana Christinne
![Page 27: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/27.jpg)
Sua obra pode ser dividida em ciclos:
• Ciclo da cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Banguê, Fogo morto e Usina;
Prof. Adriana Christinne
![Page 28: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/28.jpg)
• Ciclo do cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e Cangaceiro;
![Page 29: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/29.jpg)
• Obras independentes: romances vinculados aos dois ciclos: Moleque Ricardo, Pureza, Riacho doce, romances desvinculados dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.
![Page 30: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/30.jpg)
Jorge Amado (1912-2001)
"Para fazer uma coisa que não me diverte tenho que fazer um esforço muito grande." Obs.: Em 1991, sobre como a militância no PCB lhe tomava o tempo da literatura. Frase de Jorge Amado
Prof. Adriana Christinne
![Page 31: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/31.jpg)
• Nasceu em Pirangi, Bahia;• Trabalhou na imprensa e estudou Direito;
Prof. Adriana Christinne
![Page 32: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/32.jpg)
• Politicamente comprometido com ideias socialistas, participou da Aliança Nacional Libertadora, movimento de frente popular, e foi preso em 1936;
Prof. Adriana Christinne
![Page 33: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/33.jpg)
• Libertado em 1937, morou em Buenos Aires, onde publicou a biografia de Prestes;• Foi eleito deputado federal, mas teve cassado seu
mandato político;• Residiu na França e na União Soviética, tornando-se
mundialmente conhecido;
Prof. Adriana Christinne
![Page 34: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/34.jpg)
• Em 1959, ingressou na Academia Brasileira de Letras;• Seus livros estão hoje
traduzidos para mais de trinta línguas.
Prof. Adriana Christinne
![Page 35: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/35.jpg)
Características das obras:
• Preocupação político-social;• Faz denúncias num tom direto, lírico e participante, a
miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares;• Infância abandonada e delinquente;• Miséria do negro;• Cais e pescadores de sua cidade natal;• Seca, o cangaço;• A exploração do trabalhador urbano e rural;• Denúncia do coronelismo latifundiário.
Prof. Adriana Christinne
![Page 36: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/36.jpg)
Autor de obras de cunho regionalista e de denúncia social no início de sua carreira , Jorge Amado passou por diferentes fases até chegar à última delas, voltada para a crítica de costumes.
Prof. Adriana Christinne
![Page 37: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/37.jpg)
As cinco fases do escritor:
• 1 – um primeiro momento de águas-fortes da vida baiana, rural e citadina (Cacau, Suor), que lhe deram a fórmula do “romance proletário”;• 2 – depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados
em torno de rixas e amores marinheiros (Jubiabá, Mar Morto, Capitães da Areia);• 3 – Um grupo de escritores de pregação partidária (O
Cavaleiro da Esperança, O mundo da paz);
Prof. Adriana Christinne
![Page 38: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/38.jpg)
4 – Alguns grandes afrescos a região do cacau, certamente suas invenções mais felizes, que animam de tom épico as lutas entre coronéis e exportadores (Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus);
Prof. Adriana Christinne
![Page 39: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/39.jpg)
5 – mais recentemente, crônicas amaneiradas de costumes provincianos (Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois maridos). Nessa linha, formam uma obra à parte, menos pelo espírito que pela inflexão acadêmica do estilo, as novelas reunidas em Os Velhos Marinheiros;
Prof. Adriana Christinne
![Page 40: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/40.jpg)
Na última fase abandonam-se os esquemas de literatura ideológica que nortearam os romances de 30 e de 40; e tudo se dissolve no pitoresco, no “saboroso”, no “gorduroso”, no apimentado do regional.
Prof. Adriana Christinne
![Page 41: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/41.jpg)
Érico Veríssimo Prof. Adriana Christinne
![Page 42: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/42.jpg)
• Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, em 1905 e faleceu em Porto Alegre, em 1975.
![Page 43: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/43.jpg)
• Romance: Clarissa(1933); Caminhos cruzados(1935); Música ao longe(1935); Um lugar ao sol(1936); Olhai os lírios do campo(1938); Saga(1940); O resto é silêncio(1942); O tempo e o vento: I - O continente(1948), II - O retrato(1951), III - O arquipélago(1961); O senhor embaixador(1965); O prisioneiro(1967); Incidente em Antares(1971).Conto e novela: Fantoches(1932); Noite(1942).Memórias: Solo de clarineta I(1973); Solo de clarineta II(1975).Publicou ainda várias obras de ficção didática e literatura infantil, além de narrativas de viagens
![Page 44: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/44.jpg)
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
• Costuma-se dividir a obra de Érico Veríssimo em três grupos:1) Romance urbano: Clarissa, Caminhos cruzados, Um lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto é silêncio.
![Page 45: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/45.jpg)
• As obras desta fase registram a vida da pequena burguesia porto-alegrense, com uma visão otimista, às vezes lírica, às vezes crítica, e com uma linguagem tradicional, sem maiores inovações estilísticas.
![Page 46: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/46.jpg)
• Desta fase destaca-se Caminhos cruzados, considerado um marco na evolução do romance brasileiro. Nele, Érico Veríssimo usa a técnica do contraponto, desenvolvida por Aldous Huxley (de quem fora tradutor) e que consiste mesclar pontos de vista diferentes (do escritor e das personagens) com a representação fragmentária das situações vividas pelas personagens, sem que haja no texto um centro catalisador.
![Page 47: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/47.jpg)
2) Romance histórico: O tempo e o vento. A trilogia de Érico Veríssimo procura abranger duzentos anos da história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945. O primeiro volume (O continente), narra a conquista de São Pedro pelos primeiros colonos e é considerado o ponto mais alto de sua obra.
![Page 48: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/48.jpg)
O tempo e o vento (1ª parte) — O continente – 1949
Publicados originalmente em 1949, a saga de "O Tempo e o Vento" começa com os dois volumes de "O Continente". Esta primeira parte da trilogia narra o nascimento do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral.
![Page 49: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/49.jpg)
O tempo e o vento (2ª parte) — O retrato – 1951
Rodrigo Terra Cambará decide voltar a sua terra-natal, Santa Fé, após ter ido estudar medicina em Porto Alegre. Nesse segundo romance da trilogia acompanha-se a decadência social de Santa Fé na passagem para o século 20 causada por interesses e jogos políticos.
![Page 50: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/50.jpg)
O tempo e o vento (3ª parte) — O arquipélago – 1961
O terceiro e último romance da trilogia "O tempo e o vento" narra a volta de Rodrigo Cambará à Santa Fé depois de passar muitos anos no Rio de Janeiro ao lado do então presidente Getúlio Vargas, seu amigo e aliado. Assim, o poder da família Terra Cambará, que era somente local, adquire em "O Arquipélago" um âmbito nacional. Após o fim do Estado Novo, Rodrigo está derrotado politicamente e doente. Rodrigo se vê na luta de não morrer na cama, uma vez que “Cambará macho não morre na cama”.
![Page 51: 2ª fase do modernismo brasileiro](https://reader033.vdocuments.site/reader033/viewer/2022061609/55b88479bb61eb2c748b468a/html5/thumbnails/51.jpg)
• 3) Romance político: O senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares. Escrito durante o período da ditadura militar, iniciada em 1964, denunciam os males do autoritarismo e as violações dos direitos humanos. Desta série destaca-se Incidente em Antares.