280024056 manual de formacao animacao conceitos e tecnicas
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280024056 Manual de Formacao AnimacTRANSCRIPT
Manual de Formação
Animação
Formadora – Ana Jorge
Manual de Formação
Animação – conceitos, princípios e técnicas
UFCD 3540
Manual de Formação
conceitos, princípios e técnicas
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Programa
Objectivo(s)
� Reconhecer a importância de comunicar e de compreender a pessoa
idosa.
� Reconhecer a importância da animação nas actividades com idosos.
� Identificar e organizar instrumentos e técnicas específicas na área
da animação da pessoa idosa.
� Reconhecer a importância da socioterapia como forma integradora da
pessoa idosa.
Conteúdos
� Comunicação: análise transacional
• Análise estrutural
• Análise das transacções
• Carícias
• Posições existenciais
• Jogos psicológicos
• Estruturação do tempo
• Argumento de vida
• Contrato
� Animação
• A importância da animação como terapia na manutenção e
desenvolvimento das capacidades e potencialidades da
pessoa idosa e sua integração na comunidade
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• Perfil do animador
� Técnicas de animação
• Técnicas de animação de grupos
• Motivação
• Dinâmica de grupos
• Avaliação da aplicação das técnicas
• Elaboração de um guião de entrevista
� Socioterapia
• Importância da socioterapia
• Trabalho produtivo e trabalho lúdico
• Importância do lazer
• Lazer e actividade
• A 3.ª idade numa perspectiva preventiva
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Análise Transaccional
Análise Transaccional (AT) é uma teoria da personalidade criada pelo
Dr. Eric Berne no final da década de 50. De acordo com a definição da
International Transactional Analysis Association (ITAA) "A Análise
Transaccional é uma teoria da personalidade e uma psicoterapia
sistemática para o crescimento e a mudança pessoal". É também uma
filosofia de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. Possui um
conjunto de técnicas de mudança positiva que possibilita uma tomada de
posição quanto ao ser humano.
A análise transaccional ocupa-se essencialmente com o aqui e o agora
e com a compreensão das transacções de um indivíduo com os outros e com a
sua sociedade.
Baseia-se na relação, na comunicação e na necessidade de intimidade.
A teoria da AT está estruturada através de 10 instrumentos, que
aliados ao conhecimento da história pessoal do indivíduo, aos sinais de
comportamentos observados e da intuição, permite predizer, com um grau
de acerto espantoso, o que acontecerá ao indivíduo, caso ele continue com o
seu programa interno. Esse grau de acerto elevado, tanto se verifica no
nível individual quanto em grupos e em organizações, facilitando, assim, a
prevenção de comportamentos destrutivos e perigosos, possibilitando uma
actuação precisa e potente para que não haja uma concretização de tais
predições. Isto possibilita uma actuação preventiva tanto por parte do
profissional como por parte do cliente, pois em virtude de sua simplicidade
permite a compreensão do comportamento próprio e alheio, sem a
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necessidade de dispêndio de muito tempo e dinheiro para consolidar um
diagnóstico preciso, demonstrando desse modo a sua eficácia.
Os dez instrumentos da AT são os seguintes:
1) Os Estados de Ego ou Estados do Eu - definidos por Berne como: "um
estado de Ego pode ser descrito fenomenologicamente como um sistema
coerente de sentimentos relacionados a um dado sujeito e operacionalmente
como um conjunto de padrões coerentes de comportamento; ou ainda do
ponto de vista pragmático, como um sistema de sentimentos que motiva um
conjunto de padrões de comportamentos afins".
2) Transacção - é a unidade de acção social, que envolve um estímulo e uma
resposta. É como nós comunicamos uns com os outros. Trata-se, por
conseguinte, do relacionamento interpessoal.
Segundo Berne (ATP) "As manifestações da relação social são chamadas
transacções. Estas ocorrem especificamente em cadeias: um estímulo
transaccional procedente de X faz emergir uma resposta transaccional de
Y; esta resposta torna-se um estímulo para X, e a resposta de X, por sua
vez, torna-se um novo estímulo para Y".
3) Estruturação do Tempo - o ser humano, desde o seu nascimento até à
sua morte, tem a necessidade de preencher o vazio que existe na sua vida: o
tempo. Existem seis maneiras do ser humano estruturar o seu tempo: quatro
delas possuem dois aspectos, um positivo e um negativo; as outras duas -
uma só possui aspectos negativos e outra só aspectos positivos.
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A maneira como uma pessoa estrutura o seu tempo poderá leva-lo à morte
precoce ou a viver por muitos anos.
As seis (6) formas de estruturar o tempo, segundo Berne (Jogos da Vida)
são:
1 - Alheamento (ou isolamento);
2 - Ritual;
3 - Passatempo;
4 - Actividade;
5 - Jogos Psicológicos;
6 - Intimidade.
1- Alheamento (Isolamento) - O ser humano sente a
necessidade de ter determinado tempo reservado para estar
consigo mesmo, organizar os seus pensamentos, reflectir sobre
as suas experiências, os seus pensamentos e os seus
sentimentos, planear, tomar decisões, mergulhar nas suas
fantasias, etc. Isto é considerado uma prática saudável.
Embora as carícias envolvidas são auto-carícias que
normalmente não atendem as necessidades de reconhecimento.
Entretanto, esta forma de estruturar o tempo passa a ser
considerada não saudável quando o indivíduo faz dela uma
forma predominante de estruturar o seu tempo. Com isso, irá
provocar um défice de carícias, quebrando o contacto com a
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realidade do "aqui-e-agora", vivendo basicamente recordando o
passado ou fantasiando sobre o futuro.
2- Ritual - Os rituais propiciam a manutenção dos canais
de comunicação abertos através de transacções
complementares simples e estereotipadas que fornecem
carícias superficiais. Os rituais são programados pelo estado
de Ego Pai, tem um início, um desenvolvimento e um fim
previsível, propiciando uma troca de reconhecimento. Através
dos rituais os indivíduos estruturam o tempo sem se
comprometerem com a autenticidade e a espontaneidade,
restringindo-se apenas à obediência às normas sociais vigentes.
Quando o indivíduo estrutura o seu tempo preponderantemente
através de rituais, como por exemplo, com formaturas,
recepções, reuniões formais, casamentos, enterros, missas,
etc., tende a sentir-se só, pois os rituais fornecem carícias de
pouca potência ou de manutenção em função do relacionamento
superficial que é mantido nesse caso.
- Passatempo - Assuntos em torno de temas inócuos
como tempo, juventude, moda, inflação, problemas urbanos,
desportos, política, empregadas, crianças, etc., caracterizam os
passatempos que são mantidos através de transacções
paralelas ou cruzadas, usadas apenas para passar o tempo.
É através do passatempo que as pessoas seleccionam os
parceiros para se relacionarem, através de intimidade ou
através de jogos psicológicos.
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A troca de carícias positivas e/ou negativas envolvidas nos
passatempos são de baixa intensidade.
4) Carícias - constitui uma das fomes básicas do ser humano. A partir do
conceito de Carícias podemos entender por que determinadas pessoas, por
exemplo, estão sempre "metendo-se" em situações desagradáveis, situações
difíceis, etc.
Por tratar-se de uma fome básica do ser humano, todos nós necessitamos
de Carícias. O grande problema é como procuramos as Carícias que
necessitamos no nosso dia a dia.
5) Emoções - uma das valiosas contribuições de Berne foi a divisão das
emoções em duas categorias: Emoções Autênticas e Falsas Emoções. Esta
divisão facilitou em muito o entendimento das doenças psicossomáticas e
por conseguinte o seu tratamento e, principalmente, como evitá-las.
6) Posição Existencial - é a forma como nos percebemos a nós mesmos em
relação às outras pessoas. São juízos de valor ou conceitos de si mesmo e
dos demais adquiridos na infância, através de tomada de decisões, muitas
vezes, imaturas e irracionais, uma vez que são baseadas nas condições
precárias de criança para raciocinar e pensar objectivamente diante da
realidade.
É a janela através da qual vemos a nós mesmos e os demais que estão à
nossa volta. É uma posição de vida que tomamos em nossa infância, que foi
"OK" para a nossa sobrevivência naquela época e realidade em que vivíamos,
porém hoje é possível que a nossa realidade seja completamente diferente
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daquela, entretanto é possível que estejamos a continuar a ver o mundo
através daquela mesma janela.
7) Jogos Psicológicos - é uma maneira negativa do ser humano estruturar o
seu tempo. Os Jogos Psicológicos são constituídos por uma série de impulsos
com uma emboscada ou "truque" no meio e com um final previsível.
8) Argumento de Vida - é um plano inconsciente de vida ou ainda um
programa em marcha, que o indivíduo desenvolve na primeira infância sob
influência parental e que irá dirigir a sua conduta nos aspectos mais
importantes de sua vida.
9) Miniargumento de Vida - é uma sequência de condutas observáveis,
segundo a segundo, que numa tentativa de livrar o indivíduo de seu
Argumento de Vida, termina por "empurrá-lo" cada vez mais para dentro
dele. Essas condutas observáveis são impulsionadas pelos comportamentos
de Compulsores, assim chamados por induzir aos comportamentos
inadequados.
10) Dinâmica de Grupo – grupo, de acordo com Berne, " é qualquer
agregação social com um limite externo e pelo menos um limite interno". O
autor desenvolveu a sua própria teoria de grupo, tanto para área clínica
como para a área organizacional.
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O processo do Envelhecimento
O envelhecimento é um processo universal, inerente a todos os seres
vivos e que tem o seu inicio a partir do momento em que se dá a concepção.
Vários autores dividiram o processo de envelhecimento em três
componentes, que são o envelhecimento biológico, o envelhecimento social e
o envelhecimento psicológico.
1) Biológico – O processo de envelhecimento biológico resulta da
vulnerabilidade crescente e da maior probabilidade de morrer.
2) Social – O envelhecimento social diz respeito aos papéis sociais
apropriados às expectativas da sociedade para este nível etário.
3) Psicológico – O envelhecimento psicológico é definido pela auto-
regulação do indivíduo no campo de forças, pelo tomar decisões e
opções e a forma como se adapta ao processo de envelhecimento.
Ao longo do processo de envelhecimento, as capacidades de
adaptação do ser humano vão diminuindo, tornando-o cada vez mais sensível
ao meio ambiente, que consoante as restrições implícitas ao funcionamento
do idoso, pode ser um elemento facilitador ou um obstáculo para a sua vida.
Com o declínio progressivo das suas capacidades, principalmente a
nível físico, e também devido ao impacto do envelhecimento, o idoso vai
alterando os seus hábitos e rotinas diárias, substituindo-as por ocupações e
actividades que exijam um menor grau de actividade.
Esta diminuição de actividade ou até mesmo inactividade, pode
acarretar sérias consequências, tais como a redução da capacidade de
concentração, coordenação e reacção, que por sua vez levam a processos de
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auto-desvalorização, diminuição da auto-estima, apatia, desmotivação,
solidão, isolamento social e depressão.
A Animação
O que é?
A palavra Animação provém do latino "Anima", que significa "Alma" ou
"Sopro Vital". Animação significa, antes de mais, "dar vida" a objectos
estáticos.
Segundo Quintas e Castaño (1998) “animação é uma actividade
interdisciplinar e intergeraccional que actua em diversas áreas e que
influencia a vida do indivíduo e do grupo”. Para Choque (2000), animação é
sinónimo de vida, de movimento, de actividade. O acto de dar vida, calor.
Animar-se ou distrair-se é uma necessidade fundamental de todos os
indivíduos, e aquele ou aquela que se diverte com uma ocupação agradável
com fim de se descontrair física e psicologicamente satisfaz esta
necessidade.
A animação de Idosos
A animação de idosos, define-se na maneira de actuar em todos os
campos do desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos, um
estímulo da vida mental, física e afectiva da pessoa idosa.
A animação representa um conjunto de passos com vista a facilitar o
acesso a uma vida mais activa e mais criativa, à melhoria nas relações e na
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comunicação com os outros, para uma melhor participação na vida da
comunidade de que se faz parte, desenvolvendo a autonomia pessoal.
A animação deve solicitar a participação dos utentes e ao torná-los
mais activos e interventivos, fazer com que eles se sintam mais úteis e
pessoas de pleno direito.
A animação incentiva os idosos a empreender certas actividades que
contribuem para o seu desenvolvimento, dando-lhe o sentimento de
pertencer a uma sociedade, para cuja evolução podem continuar a
contribuir.
As actividades de animação poderão permitir ao idoso a
experimentação de uma série de técnicas e de actividades lúdicas
adequadas à sua faixa etária, ocupando o seu tempo livre, numa etapa da
vida em que saborear o tempo se torna imprescindível. Para que o tempo
livre do idoso se organize de forma eficaz, muito contribui o técnico
responsável por esta dinamização, que deverá ter em conta os gostos e
preferências do seu público-alvo.
Desta forma, podemos concluir que, a animação é de extrema
importância como terapia para a manutenção e desenvolvimento das
capacidades e potencialidades dos idosos e sua integração na comunidade,
visto que com a entrada para a reforma quase sempre acarretam algumas
perturbações do equilíbrio psicológico que reflectem sobre a saúde e o
comportamento na vida social, nas suas condições económicas e mesmo na
vida cultural.
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O perfil do animador
A figura do animador desempenha um papel central no método da
animação. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do
grupo através do uso dos instrumentos que dinamizam as pessoas envolvidas
por este método.
Para que desempenhe eficazmente as suas funções, existem três
áreas fundamentais que o animador deve ter em conta: o ser, o saber e o
saber-fazer.
- O ser, é constituído pela sua identidade pessoal
- O saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para desempenhar
convenientemente a sua tarefa formativa. Além disso, um animador,
conforme a área específica do seu desempenho, terá uma formação
consoante o seu sector, o contexto e o conteúdo respectivos.
- O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo
que anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.
Ao animador, compete dar tempo e espaço para que a vida desabroche
nos animandos. Através das suas atitudes, o animador promove o
protagonismo, a liberdade, a responsabilidade e o crescimento do
destinatário.
(In Jacinto Jardim- "O ´Método da Animação")
O animador centra-se, acima de tudo, em quem tem de animar: a
pessoa concreta, de uma determinada idade, numa situação existencial
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específica, com as suas experiências e interesses. Só depois se deve
concentrar no que fazer e como fazer.
O método da animação valoriza a pessoa pelo que ela é realmente,
aceitando-a incondicionalmente. O animador está aberto ao humano e ao
serviço da maturidade. Mas ao mesmo tempo que o animador é sensível em
relação aos outros, ele é humano a partir de si mesmo, assimilando atitudes
fundamentais, tais como saber escutar, esperar.
Um bom animador alicerça a sua intervenção numa formação sólida.
Não é suficiente uma habilidade natural para dinamizar pessoas ou grupos:
anima eficientemente quem adquiriu um conjunto de conhecimentos, quem
desenvolveu alguns comportamentos e faz algumas opções metodológicas.
Faltando esta formação, o animador pode cair facilmente no desânimo.
Tendo em atenção os objectivos a atingir e os conteúdos a apresentar, o
animador escolhe, entre os diferentes tipos de métodos, aqueles que mais e
melhor se adequam a uma acção em concreto.
É essencial que o animador tenha uma grande estabilidade afectiva e
emocional para conseguir desempenhar múltiplas funções, como a de amigo,
conselheiro, confidente, ajudante em muitas tarefas…
Deve apresentar propostas e sugestões, deve saber seduzir, ser
activo, comunicador, entusiasta e optimista.
Função do animador
1. Entusiasmo: motivar idosos;
2. Empatia: compreender os idosos, colocar-se no lugar deles;
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3. Atitude construtiva: ser positivo, demonstrar seriedade, comentários positivos;
4. Ter espírito de adaptação;
5. Organizar o espaço;
6. Possuir uma grande variedade de actividades/jogos;
7. Planificar e preparar os jogos /actividades com antecedência;
8. Apresentar os jogos/actividades com clareza;
9. Observar e acompanhar os idosos durante os jogos/actividades.
Planificação da animação
Programar é um procedimento que tem como finalidade introduzir
organização e racionalidade na acção com o propósito de alcançar
determinados objectivos.
� Conteúdo da planificação: O Quê… se quer fazer?
� Fundamentação: Porquê… se quer fazer?
� Objectivos: Para Quê… se quer fazer?
� Metas: Quanto… se quer fazer?
� Local: Onde… se quer fazer?
� Metodologia: Actividades e Tarefas: o que se pretende desenvolver:
Como… se quer fazer?
� Calendarização: Quando… se quer fazer?
� Destinatários: A quem… se dirige?
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� Recursos Humanos: Quem… vai fazer?
� Recursos materiais/financeiros: Com o quê… se quer fazer?
� Avaliação
Técnicas de animação - Recortar - Colar - Estampar (com batatas, rolhas de cortiça, esponjas...) - Impressão (de diferentes objectos) - Modelagem: barro, pasta de papel, madeira, moldar, plasticina, massas de cor... - Técnicas de pintura - Técnicas de desenho - Técnicas de colagem (diferentes materiais)
- Expressão dramática; teatro - Expressão musical - Expressão psicomotora - Tarefas agrícolas - Actividades específicas: costura, bordados, rendas e tapeçaria, carpintaria
- Conversar
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- Leitura de livros - Leitura e comentário de jornais e revistas - Visionamento de filmes - Pequena ajuda nas tarefas da instituição
Actividades de animação
1. - Animação física ou motora (Ginástica, dança, caminhadas, motricidade fina e grossa, etc.)
2. - Animação cognitiva ou mental
(Jogos de atenção, memória, linguagem, compreensão)
1. - Animação através da expressão plástica (Pintura, Bordados, escultura, desenho, etc.)
2. - Animação através da expressão e da comunicação
(Teatro, música, expressão dramática, escrita, fotografia, etc.)
3. - Animação promotora do desenvolvimento pessoal e social (Auto-conhecimento, histórias de vida, dinâmicas de grupo, etc.)
4. - Animação lúdica
(festas, passeios, rábulas, jogos de tabuleiro, etc.)
5. - Animação comunitária (voluntariado sénior, desenvolvimento comunitário, guias de museus,
etc.)
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� Animação física ou motora
Com a idade vão-se perdendo capacidades, chegando ao ponto de se
perder o próprio esquema corporal. É possível ajudar o idoso a readquirir
estas competências e a prevenir o seu declínio, com exercícios
psicomotores, assim como com actividades de estimulação sensorial.
Comprovadamente podemos diminuir a deterioração física através de
medidas de manutenção da saúde e da realização de actividades mentais e
físicas.
A manutenção da actividade física representa um desafio e quase um
dever para todos. O exercício físico regular pode aumentar a força
muscular e a resistência muscular, aumentar a flexibilidade, aumentar o
fluxo sanguíneo para os músculos, diminuir lesões musculares, melhorar a
coordenação, a digestão e a excreção e ainda promover o convívio.
O aumento da força e da capacidade funcional podem melhorar a
qualidade de vida até mesmo de indivíduos com doenças crónicas.
As melhores actividades motoras para idosos são:
- Marcha (no mínimo 45 min por dia sem pausas), musculação moderada,
ginástica, natação, hidroginástica, bicicleta, yoga, tai chi, jogos populares,
massagem e dança.
Antes de começar qualquer actividade física deve-se fazer alguns
exercícios de aquecimento e ao terminar devem realizar-se exercícios de
relaxamento.
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Aquecimento
Exemplo de exercícios para aquecimento - em todos os exercícios, a
posição deve ser mantida sem insistências, nem movimentos rápidos. A
posição extrema deve ser atingida sem dor (não forçamos tanto como
quando treinamos a flexibilidade). Cada posição mantém-se por cerca de 30
a 40". Os exercícios dinâmicos também devem ser executados a uma
velocidade reduzida.
1. Flexão do Tronco à frente;
2. Hiper-extensão do Tronco;
3. Elevação do joelho ao peito, fixando-o com os braços;
4. Flexão da perna atrás;
5. Flexão lateral do tronco;
6. Rotação do tronco, mantendo a posição em cada extremo;
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7. Flexão dorsal do pé, estirando os gémeos;
8. Flexão do tronco à frente, a cada perna;
9. Extensão dos flexores e extensores das coxas;
10. Hiper-extensão dos ombros (e bíceps);
11. Extensão dos tríceps (e não só...)
12. Rotação dos ombros;
13. Extensão da musculatura dos antebraços;
14. Cinco a 10' de corrida lenta.
Animação motora sensorial
Jogo dos Cheiros
Objectivos: Sentir e identificar os diferentes cheiros
Material: Objectos com cheiros comuns (frutas, café…); vendas
Procedimento: Vendam-se os olhos aos sujeitos. Passam-se os diferentes
objectos e pede-se para que cheirem e identifiquem o cheiro que estão a
sentir.
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Jogo: Doce e amargo
Material: alimentos doces e amargos
Desenvolvimento: o animador convida os participantes a fecharem os olhos
e a relaxarem-se. De seguida, propõe a degustação de um alimento amargo
(café, ervas amargas, licor amargo). Propõe a degustação de um alimento
doce (açúcar, leite, caramelos). Após o tempo necessário para que todos
degustem os dois tipos de alimentos, doces e amargos, o animador convida
os participantes a verbalizarem emoções, associações de ideias e fantasias
relacionadas com os dois estímulos.
Jogo das Formas e Texturas
Objectivo: Sentir e identificar as diferentes texturas
Material: Objectos com texturas e formas diferentes; vendas
Descrição: Vendam-se os olhos aos sujeitos. Passam-se os diferentes
objectos e pede-se para descreverem o que estão a sentir. Se áspero, se
suave, se redondo ou angular.
De seguida pede-se que através do tacto identifiquem o objecto.
Jogo dos cinco sentidos
Objectivo: Conhecer e identificar os cinco sentidos; perceber que todos os
sentidos são importantes e que devem ser explorados no dia-a-dia
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Material: Imagens representativas dos órgãos dos sentidos e imagens com
exemplos da utilização dos sentidos.
Desenvolvimento
1ª Etapa
Inicia-se a actividade com a apresentação e discussão de quais os sentidos
que possuímos, para tal o monitor deverá recorrer à apresentação de
imagens representativas dos órgãos dos sentidos
De seguida distribuem-se 5 Imagens por sujeito referentes aos órgãos dos
sentidos. Depois, de forma aleatória, o monitor nomeará um sentido e pedirá
aos sujeitos para identificarem a imagem cujo órgão está representado.
2ª Etapa:
Segue-se uma breve reflexão e discussão acerca da utilidade dos nossos
sentidos, a falta que nos fazem, como superar alguma falha dos mesmos.
3ª Etapa:
Apresentam-se novamente uma série de imagens, desta feita para
identificar o sentido que está a ser utilizado
4ª Etapa:
Apresentação de exemplos práticos da utilização de cada sentido
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Identificação dos Sons e Imagens
Tipo de Jogo: Este jogo enquadra-se no tipo cognitivo/mental, na
expressão da comunicação e na promoção do desenvolvimento social
Material: Rádio/Computador, colunas para reproduzir os sons para que
todos os participantes oiçam convenientemente
Cartões com imagens e/ou palavras (conforme a escolaridade dos
participantes) que sejam correspondentes aos sons apresentados
Objectivo: Este jogo tem como objectivo a estimulação e desenvolvimento
da memória auditiva, o desenvolvimento da atenção e da concentração e
ainda o desenvolvimento da cooperação inter e intra grupal
Descrição: Através deste jogo torna-se perceptível a importância dos sons
no nosso dia-a-dia, e a forma como nós nos abstraímos dos mesmos sem
pensar no que estamos a ouvir.
Desenvolvimento: Divide-se o grupo em dois grupos menores, distribuem-se
vários cartões com diferentes imagens e/ou com o nome por baixo, iguais
para cada grupo
De seguida são dadas as instruções aos grupos para que prestem atenção às
imagens que estão nos cartões e que escutem com bastante atenção os sons
que serão apresentados.
Os grupos terão de comunicar internamente apenas através de gestos,
sinais, etc. não podendo usar a comunicação oral para que o outro grupo não
perceba qual o cartão que seleccionaram.
No final de cada discussão cada grupo entrega o cartão que seleccionou e o
animador vê se corresponde ou não ao som apresentado. Caso não
corresponda nos dois grupos o animador volta a passar o som e discutem
oralmente em grupo grande, caso apenas um tenha falhado, o animador não
diz qual está certo e mostra os dois cartões, depois os dois grupos em
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conjunto tentam perceber qual o cartão correcto usando uma boa
argumentação
Variante
Este jogo pode ser também realizado sem cartões, de modo a dificultar
mais a identificação dos sons. Nesta situação os grupos terão de estar mais
separados no espaço de modo a poderem discutir oralmente
Animação Física
Jogo: O Libertador
Escolhe-se o perseguidor, o qual deve fechar os olhos. Então, em
silêncio, é escolhido o libertador – a sua identidade deve ser mantida
secreta para o perseguidor.
O jogo começa e quem for apanhado tem de se imobilizar no lugar,
mas se for tocado pelo libertador pode reintegrar o jogo.
É do interesse do perseguidor descobrir, o mais rápido possível, quem
é o libertador, e é do interesse do grupo não deixar que a sua identidade
seja revelada, protegê-lo se necessário, pois se o libertador é apanhado o
perseguidor assegura o domínio absoluto do jogo.
Conseguirá o perseguidor descobrir a identidade do libertador e
apanhar todos os jogadores no tempo limite de 10minutos?
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Jogo: Onde estás tu?
O grupo coloca-se em círculo. Dois jogadores estão no centro, de
olhos vendados, e um deles tem que tentar apanhar o outro, para isso deve
escutar atentamente os movimentos deste para o tentar localizar.
Os jogadores que formam o círculo devem manter-se em silêncio. Se
os jogadores vendados caminham para fora do círculo os outros jogadores
devem agarrá-los suavemente e colocá-los na boa direcção.
O jogo termina quando um dos jogadores vendados consegue agarrar
o outro. Então ambos podem tirar as vendas e retomar o lugar no círculo.
O grupo escolhe dois novos jogadores e o jogo recomeça. Por vezes os
jogadores vendados quase se tocam sem o perceberem. Os restantes
membros do grupo deverão manter-se em silêncio.
Jogo: Fica quieto e não te movas
O grupo movimenta-se na sala, sem se tocar. Quando a música parar,
os jogadores devem imobilizar-se imediatamente, na posição em que se
encontram. Quem se mover sai do jogo. Só quando estiverem 4 jogadores
fora do jogo é que o primeiro pode reintegrar. Assim nunca teremos mais de
3 jogadores parados.
Variantes:
- Quando a música parar, movimentem-se o mais lentamente possível.
- Quando a música parar imobilizem-se numa posição difícil, por exemplo,
numa só perna.
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Jogo: Espelho animado
Dividem-se os jogadores em pares colocados frente a frente. Um
deles é a “pessoa” e o outro a “imagem”. A “pessoa” começa a executar
movimentos lentos que o outro deve imitar, como se se tratasse duma
imagem reflectida num espelho. Começa-se com movimentos familiares,
como por exemplo, ao espelho de manhã, lavar os dentes, pentear-se, pintar-
se, vestir-se, etc. Alguns minutos depois invertem-se os papéis.
Pode-se inventar uma dança baseada neste princípio, com os
jogadores movimentando-se a uma certa distancia uns dos outros, de modo a
não se estorvarem mutuamente. Os movimentos não precisam de
representar uma situação concreta.
Jogo: O degelo
O grupo está imobilizado, em círculo, como estátuas de gelo. O
animador põe a música a tocar e indica uma parte do corpo que, libertando-
se do gelo, pode voltar a mover-se.
Gradualmente, o animador indica outras partes do corpo qie, de forma
identicam se libertam lentamente do gelo. Indicam-se 5 partes do corpo,
por exemplo: dedos, mão, braços, cintura e cabeça. Quando já todas
estiverem livres, começam de novo a gelar, uma a uma, pela ordem inversa,
até os jogadores se imobilizarem por completo.
Jogo: Movimentos com a bola
Divide-se o grupo em pares e distribui-se a cada par uma bola. Os
jogadores devem tentar manter a bola entre si sem usar as mãos.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
Pá
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Podem ser sugeridas diferentes formas: com a cabeça, com os braços,
com as costas, etc.
Poderão ainda descobrir quais os movimentos que conseguem executar
com a bola presa entre eles. Por exemplo: agachar, sentar, andar, saltar,
fazer sinais um ao outro, rastejar…
Jogo: Não deixes cair o livro
Os jogadores movimentam-se pela sala com um livro na cabeça, sem o
deixar cair. Quando estiverem habituados a andar desta maneira, dão-se
várias instruções: voltar-se, sentar-se, andar mais depressa, andar para
trás, andar em bicos dos pés, etc…
Se o livro cair o jogador fica imobilizado. No entanto, pode reintegrar
o jogo se outro jogador colocar de novo o livro na sua cabeça.
Se um jogador estiver a ajudar alguém e deixar cair o seu livro, é
também obrigado a imobilizar-se e ficar à espera que outro participante o
liberte.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
Pá
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Jogo: Mantém o balão no ar
Forma-se grupos de três jogadores. Cada grupo tem um balão que
deve manter no ar o mais tempo possível. Nenhum jogador pode tocar no
balão duas vezes seguidas e o balão não pode tocar no chão. Cada grupo tem
direito a três tentativas.
Jogo: Circular a bola
Forma-se um círculo largo. Todos se sentam com as pernas estendidas
em direcção ao centro. Coloca-se a bola no círculo e diz-se aos jogadores
que só podem movê-la com os pés. Devem tentar passar a bola uns aos
outros, de maneira a que todos a tenham em seu poder pelo menos uma vez.
Jogo: Atirar a bola
Em círculo. Uma pessoa no centro com uma bola.
A pessoa que tem a bola deve agir de forma surpreendente, lançando-
a a qualquer um dos componentes do grupo, e este deve bater palmas antes
de recebê-la.
A pessoa no centro deve permanecer um certo tempo no seu lugar e a
bola voltará para ela.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
Pá
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É opcional o grau de dificuldade, dependendo das características do
grupo: duas palmas, um passo de dança… etc.
A pesca
Fazem-se canas de pesca usando paus de vassoura e fio. Na ponta do fio,
coloca-se um arame em forma de “S”.
Com este anzol, cada jogador tem de tentar apanhar um pequeno pacote
(com uma surpresa lá dentro) através do laço.
BBoowwlliinngg
Este jogo tem a vantagem de se poder jogar em qualquer sítio.
Os pinos podem ser feitos de garrafas de água grande devem ser pintados
de cores vivas, para que fiquem bem visíveis.
- Fazer várias equipas.
- Com uma bola grande atirar aos pinos
- Ganha o jogador que derrubar mais
Costa com costa
Objectivos: Desencadear no grupo o processo de descontracção. Facilitar o
entrosamento e alongar o corpo, despertando-o e criando maior disposição
para os trabalhos grupais.
Processo: Formar duplas que devem ficar posicionadas costa com costa, bem
juntinha. Agarrar as mãos um do outro, por cima, de modo a que os braços
fiquem bem esticados. Segurando as mãos, dobrar bem devagar para a
frente, ficando com o corpo do parceiro sobre as costas. “ter cuidado com
os limites e a idade do outro.” Dobrar para a direita e para a esquerda,
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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também. Efectuar cada movimento mais de uma vez (pelo menos três).
Soltar as mãos, sem afastar os corpos. Começar a virar, lentamente, sem se
afastar, de forma que os dois de cada dupla fiquem frente a frente, bem
juntinhos. Juntar as mãos, palma com palma. Ir abrindo os braços, com as
mãos juntas, bem devagar, forçando para frente (forças opostas), ficando
em forma de cruz (braços abertos). Deslizar as mãos e fechar os braços em
torno do corpo do companheiro, abraçando-o.
JJooggoo ddaass aarrggoollaass
Colocar em linha recta ou até mesmo formar um triângulo, com 5 garrafas
de plástico (cheias de areia ou outro material para não caírem). Pode-se
pintar as garrafas de cores vivas (torna o jogo mais estimulante) e até
colocar uma pontuação (de 1 a 5 pontos) nas garrafas, quanto mais longe
estiver a garrafa, maior a pontuação.
Este jogo pode ser jogado individualmente ou em equipas de 2 a 3
elementos.
Cada jogador tem de lançar 5 argolas, de forma a conseguir acertar
nas garrafas (a distância entre o jogador e garrafas devem variar em
função das capacidades da pessoa).
Ganha o jogo, o jogador ou equipa que tiver conseguido acertar mais
argolas nas garrafas ou tiver obtido uma pontuação mais alta.
JJooggoo ddaass llaattaass
Em cima de uma mesa, forma-se uma pirâmide de latas (ex. latas de refrigerantes), a uma altura de pelo menos 1,50m do chão.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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A cada jogador damos 5 bolas (podem ser de ténis, de trapos, etc.), para que atirem às latas e as derrubem. O jogador que derrubar o maior número de latas é o vencedor.
Laranja no pé
Material: 2 laranjas.
Processo: Sentar os participantes, em duas filas de cadeiras.
Uma laranja é colocada sobre os pés (que estão unidos) da primeira pessoa
de cada fila, que procurará passar a laranja sem a deixar cair, para os pés
da segunda pessoa e assim por diante.
Se a laranja cair, a brincadeira prosseguirá, do ponto em que caiu, utilizando
o tempo que for preciso.
Será vencedor o grupo que terminar primeiro.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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���� Animação cognitiva ou mental
Apesar de existirem perdas de aptidões cognitivas com o
envelhecimento esses danos podem ser bastante atenuados se o idoso
mantiver uma boa actividade e contactos sociais regulares.
O declínio das nossas aptidões cognitivas pode ser prevenido com
treino frequente e alguns exercícios simples.
O exercício mental regular pode aumentar a actividade cerebral,
retardar os efeitos da perda de memória e da acuidade e velocidade
perceptiva e prevenir o surgimento de doenças degenerativas.
São mais frequentes os declínios no funcionamento cognitivo
provocado pelo desuso das actividades cerebrais, das doenças, da medicação
e do álcool, dos factores psicológicos e sociais, do que do envelhecimento
em si.
Outros aspectos psicológicos que são adquiridos ao longo do curso da
vida têm uma grande influencia no modo como as pessoas envelhecem, se a
pessoa foi activa e optimista em jovem vai ser activa e optimista em velho.
A animação cerebral tem por objectivo manter a mente activa,
desenvolver algumas actividades cognitivas e prevenir algumas das
consequências do “sedentarismo” mental.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Teste de stroop
Sopa de letras
Descubra na sopa de letras os elementos da comunicação.
As palavras poderão encontrar-se dispostas na horizontal, vertical ou
diagonal e escritas em sentido inverso.
Elementos da comunicação:
Emissor receptor mensagem código canal feedback contexto
C V A L E R P O T S A C E J
V E U F E E D B A C K A L G
A S J C S D Q N Z R E D J F
H S M O T X E T N O C I R D
F X N Q E S R I B P J U E S
T R V A D P S H C O F L N A
R O C Z F O T E R N V Ç H Z
J T D C V L G U M M C M G X
L P G Ó B G A T D I X E S C
U E H D N T D R E L S N A F
C C C I M U B R I D L S E T
S E D G J I C A N A L A O H
D R A O G K C S L A A G E R
O E T X S L F D M S O E A R
O I O N D I E A N V U M I O
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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AA ddaattaa mmaaiiss iimmppoorrttaannttee
Tipo de jogo: Jogo mental
Objectivo (s): - Treinar a memória a longo prazo. - Recordar. Procedimento: Pedir para dizer uma data importante/significativa para a pessoa e explicar porquê.
Duração: 30 min.
Comentário: A maioria referirá a data do casamento ou o nascimento dos filhos como as datas mais importantes para eles.
AAddiivviinnhhaass
Objectivo: Estimular a memória, a atenção e a concentração. Estimular a
imaginação. Recordar. Promover a participação.
Material
– lista de adivinhas.
Procedimento
O animador lê as adivinhas em voz alta para o grupo, pedindo a este que
encontre a solução para cada adivinha.
Duração: 45 min – 1h
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Sugestão
Se dispuserem de um quadro, pode-se sempre escrever as adivinhas neste,
em vez de as ler e reler. Ao usar o quadro pode-se também dar uma ajuda
na resposta, podendo por exemplo dizer “A resposta desta adivinha tem 5
letras” e fazer uns tracinhos e até mesmo escrever 1 ou 2 letras de forma a
adivinharem mais facilmente a palavra.
AAss ccaatteeggoorriiaass
Objectivo
- Estimular o raciocínio
- Diversão
- Jogo em equipa
Material:
- Cartões com imagens diversas pertencentes a várias categorias
Procedimento:
Distribuem-se os cartões pelos sujeitos e pede-se que os organizem por
categorias, por exemplo, juntar animais, profissões, transportes, etc.…
Duração: O tempo que durar os cartões.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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JJooggoo ddooss PPaarreess
Tipo de Jogo: Este jogo enquadra-se no tipo cognitivo/mental
Material: Vários cartões, a duplicar, com imagens de variadas formas, desde
formas geométricas, cores, bonecos, etc.
Objectivo: Este jogo tem como objectivo a estimulação e desenvolvimento
da memória visual e da atenção concentrada.
Desenvolvimento: Colocam-se os cartões, de forma aleatória, voltados com a
imagem para baixo. Pede-se aos sujeitos que, um de cada vez volte dois
cartões e diz-se aos restantes que estejam atentos aos cartões que os
colegas vão voltando.
O objectivo deste jogo é encontrar os pares, voltando os cartões e
decorando a sua posição.
MMeemmoorriizzaarr oo qquuee mmuuddoouu??
Tipo de jogo: Jogo de memória.
Objectivo (s): Treinar a memória visual, a atenção, a concentração e a
relação com os colegas.
Procedimento: A actividade divide-se em duas partes:
1ª Parte:
Fazer pares. Dar um tempo (entre 2 a 3 minutos) para observar o par e
depois pedir para o descrever de olhos fechados.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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2ª Parte:
Observar o par com atenção. Virar costas e modificar algo. O objectivo é
adivinhar o que o outro mudou.
O concurso
Objectivo: Estimular a memória, a atenção e a concentração. Promover a
participação. Estimular o trabalho de equipa. Divertir.
Material
- quadro, marcador, apagador
- cartões com as perguntas, tabela de pontuação
- uma campainha
- prémio (ex: 1ª caixa de chocolates)
Procedimento
Primeiramente escolhem-se os participantes (podem ser: individuais, pares
ou equipas), sendo o animador o “apresentador” do concurso.
Nesta espécie de “mini concurso” são utilizados 3 grupos de questões:
cultura geral, perguntas para completar e escolha múltipla (todas com
pontuação).
Para responder às questões, o(s) participante(s) têm de tocar 1ª campainha,
quem tocar primeiro é quem tem direito a responder. Se não souber ou
errar a resposta, passa-se a vez ao adversário(s).
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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No final são somados os pontos dos 3 grupos e o jogador, par ou equipa que
obtiver a pontuação mais alta é o vencedor (es).
No final é atribuído o prémio ao vencedor (es).
Duração
30 - 45 min.
Nota
Não há tempo limite de resposta.
Sugestão
Atribuir um tempo limite de resposta (1 min., por exemplo).
Introduzir uma actividade física no concurso, por exemplo: tentar acertar
moedas para dentro de um copo a 1ª certa distância…
PPoollíícciiaa ee llaaddrrããoo
Objectivo: jogo de atenção
Material: cartões escritos e/ou com bonecos de “polícia”, “ladrão” e “vítima”
(deve existir apenas um “polícia” e um “ladrão”, sendo os restantes
elementos “vítimas”)
Procedimento: O grupo senta-se em círculo, passam os cartões e cada
elemento tira um.
O objectivo é: o “polícia” apanhar o “ladrão” o mais depressa possível.
Os elementos do grupo têm de estar sempre em contacto visual uns com os
outros.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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O “ladrão” tem de piscar o olho às “vítimas” e quando isso acontece a vítima
deve dizer “Morri”. Quando o “polícia” apanhar o “ladrão” diz: “Apanhei-te”.
O jogo termina quando o “ladrão” for apanhado.
PPrroovvéérrbbiiooss
Objectivo: Treinar a memória a longo prazo. Recordar. Promover a
participação.
Material: Lista com provérbios
Procedimento: O animador lê em voz alta uma lista de provérbios
incompletos, pedindo ao grupo para tentar completá-los.
Duração: 20 – 30 min.
Sugestão: Individualmente, em pares ou equipas, dar a lista dos provérbios
incompletos e pedir para completar.
Pode-se passar a actividade um período de tempo depois (1 mês, por
exemplo) para ver se houve (ou não) memorização dos provérbios.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Encontre os sete erros e marque com uma caneta
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Escreva correctamente no diagrama abaixo o nome dos cinco desportos.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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� Animação através da expressão plástica (Pintura, Bordados, escultura, desenho, etc.) A animação Expressiva plástica visa proporcionar ao idoso a
possibilidade de se exprimir através das artes plásticas e dos trabalhos
manuais.
Com este tipo de animação pretende-se que o idoso possa dar largas à
sua imaginação e criatividade através das várias formas de expressão, como
sejam a pintura, escultura, desenho, etc. As actividades de expressão têm
ainda a vantagem de desenvolverem a motricidade fina, a precisão manual e
a coordenação psicomotora.
Pompons
É preciso:
• 1 cartolina • 2 copos de tamanhos
diferentes
• 1 novelo de lã amarela ou outra cor
• 1 tesoura
Como fazer:
1 - Faz dois quadrados na cartolina com 10 cm cada. 2 - Agrafa-os um ao outro.
3 - Com 2 copos de tamanhos diferentes, desenha 2 círculos nas cartolinas. 4 - Recorta as 2 rodelas.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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5 - Com a lã amarela "enchem-se" as rodelas até ficarem "gordas".
6 - Com ajuda (se for preciso) e muito cuidado recorta a parte de fora da rodela com lã.
7 - Em seguida passa-se 1 fio de lã pelo espaço entre os 2 pedaços de cartolina e aperta-se com força.
8 - Apara as pontas que ficarem desiguais.
Variações:
Um pintainho:
• Recortam-se as patas e o bico em cartolina cor-de-laranja.
• Recortam-se os olhos(Utiliza um marcador preto para pintar o que for preciso).
• Cola a cartolina com jeitinho e já está!
Caras /Bonecos: Recorta um chapéu, olhos, nariz, boca e uns sapatos.
Outros animais: Juntam-se mais pompons ou patas e faz-se uma lagarta e/ou uma aranha.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
Fazer fantoches de dedo é muito fácil e simples. Existem muitas personagens e animais que se podem fazer peça de teatro. Aqui vamospodes usar a tua imaginação para criar outras personagens.
É preciso:
• 1 tesoura (tem cuidado!)• tecido de feltro de várias cores
(para fazer a bruxa pode ser verde e preto)
• cola • lã (neste caso cinzenta)• caneta de tinta brilhante• canetas de feltro
Como fazer:
teu dedo. É o corpo da bruxa.
3 - Recorta dois rectângulos pretos mais pequenos e cola-os corpo da bruxa. São os braços.
conceitos, princípios e técnicas
Fantoches de dedo
Fazer fantoches de dedo é muito fácil e simples. Existem muitas personagens e animais que se podem fazer para criar, por exemplo, uma peça de teatro. Aqui vamos-te mostrar como se faz uma bruxa, mas depois podes usar a tua imaginação para criar outras personagens.
1 tesoura (tem cuidado!) de feltro de várias cores
(para fazer a bruxa pode ser verde
lã (neste caso cinzenta) caneta de tinta brilhante
1 - Corta dois rectângulos de feltro preto com largura e altura suficiente para, depois de os colares um ao outro, caber lá o teu dedo.
2 - Cola os lados e o topo dos dois rectângulos um ao outro, deixa a parte de baixo aberta para entrar o
rpo da bruxa.
Recorta dois rectângulos pretos mais pequenos os corpo da bruxa. São os braços.
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Fazer fantoches de dedo é muito fácil e simples. Existem muitas para criar, por exemplo, uma
te mostrar como se faz uma bruxa, mas depois
Corta dois rectângulos de feltro preto com largura e altura suficiente para, depois de os colares um ao outro, caber lá o teu dedo.
Cola os lados e o topo dos dois rectângulos um
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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4 - Recorta um triângulo de feltro verde para ser a cara da bruxa e cola-o à parte de cima dos rectângulos.
5 - Corta um triângulo de feltro preto para fazeres o chapéu de bruxa.
6 - Corta algumas tiras de lã cinzenta e cola-as na cabeça da bruxa. Cola o chapéu preto por cima.
7 - Com as canetas de feltro, pinta os olhos, a boca e o nariz da bruxa.
8 - Usa a caneta de tinta brilhante para decorar o chapéu.
Variações:
• Com feltro cinzento enrolado em forma de cone, com orelhas e focinho cor-de-rosa, podes fazer um pequeno rato. Uns olhos grandes e uns bigodes de lã fazem maravilhas!
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
• Para fazer um esqueleto, usa feltro branco. Mas desta vez faz um dos rectângulos maiores com pernas. Pinta os ossos e a cara do esqueleto com uma caneta de feltro preta.
É preciso:
• meias ou peúgas velhas• cartolinas de cores
variadas (bocados pequenos)
• lãs de cores variadas
Como fazer:
1 - Escolhe uma meia com a cor ou padrão que aches indicados. padrão - desenho que se repete num tecido, num papel ou numa superfície.
conceitos, princípios e técnicas
um esqueleto, usa feltro branco. Mas desta vez faz um dos rectângulos maiores com pernas. Pinta os ossos e a cara do esqueleto com uma caneta de feltro preta.
Fantoches com Meias
meias ou peúgas velhas de cores
variadas (bocados
lãs de cores variadas
• tesoura Muito cuidado com a tesoura! É melhor um adulto estar por perto.
• cola forte
Escolhe uma meia com a cor ou padrão que aches
desenho que se repete num tecido, num papel
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um esqueleto, usa feltro branco. Mas desta vez faz um dos rectângulos maiores com pernas. Pinta os ossos e a cara do
Muito cuidado com a tesoura! É melhor um adulto estar por perto.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
2 - Recorta, em cartolina:- duas meias-luas encarnadas para a boca;- uma linguinha cor-de-rosa;- uma bolinha ou um triângulo cor- duas bolinhas azuis ou - duas meias-luas para as orelhas;
boca
orelhas
4 - Cola todos estes elementos nos locais certos com muito cuidado, para a cola não passar (e colar o que não deve).
conceitos, princípios e técnicas
Recorta, em cartolina: luas encarnadas para a boca;
rosa; uma bolinha ou um triângulo cor-de-rosa para o nariz; duas bolinhas azuis ou castanhas para os olhos;
luas para as orelhas;
3 - Enfia a mão e experimentapara teres uma ideia das medidas daquilo que vais colar.
olhos nariz
língua
Cola todos estes elementos nos locais certos com muito cuidado, para a cola não passar (e colar o que não
5 - Completa a tua menina colando fios de lã para fazer o cabelo.Cola-os de baixo para cima. Se quiseres, aparacom a tesoura. Podes tambapanharcabelo com um laço, fazerduas tranças e pode ter ou não franja.
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Enfia a mão e experimenta-a, para teres uma ideia das medidas daquilo que vais colar.
Completa a tua
menina colando fios de lã para fazer o cabelo.
os de baixo para cima. Se quiseres, apara-o com a tesoura. Podes também apanhar-lhe o cabelo com um laço, fazer-lhe uma ou duas tranças e pode ter ou não franja.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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NOTA: ·Para proteger a meia durante as colagens, arranja dois pedaços de cartão com a forma da meia para lhe enfiares dentro. É para a cola não passar.
Pronto, agora arranja-lhe um amigo para conversarem os dois!
Fantoches com Meias (continuação)
VARIANTES:
A menina pode ficar muito simples, só com boca, olhos e cabelo, ou podes juntar mais elementos:
• uns dentes espetados: cola-lhe na boca dois quadradinhos de cartolina branca;
• cola um lacinho ao pescoço, usando um laço de embrulhos, um de tecido, ou faz um em cartolina com dois triângulos pequenos;
• arranja-lhe uns óculos: recorta-os em cartolina numa cor à tua escolha, ou molda-os em arame fininho
MAIS IDEIAS:
• Muitas coisas diferentes se podem fazer com uma meia: animais, pessoas, coisas...
• Escolhe uma meia da cor adequada ao fantoche que pretendes fazer: um animal, um monstro, uma cara, um bicho inventado, etc.
• Se precisares, junta outros adereços, usa arame fininho, tiras de tecido, plástico, etc. adereços - elementos que se juntam a uma figura para se perceber melhor o que ela é ou faz, ou para a distinguir; por exemplo, uma seringa para um enfermeiro, um fato?de-macaco para um mecânico ou um capacete para um piloto... Uns óculos, um pau, uma gravata... etc.
• Para se perceber o que fizeste, bastam as coisas mais simples: a
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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boca, os olhos, um ou dois adereços e uma boa escolha de cores.
E SE FIZERMOS UM GATO PRETO?
Faz tudo como para a a menina, mas com uma meia preta, claro. Segue a lista abaixo para o focinho. Recorta, em cartolina: - umas meias luas encarnadas para a boca; - uma linguinha cor-de-rosa; - um triângulo pequeno para o focinho - duas bolinhas azuis ou castanhas para os olhos; - oito tiras fininhas pretas para os bigodes - dois triângulos brancos para as orelhas
Camisola Pintada É preciso:
• Folhas de papel grandes ou papel de cenário ou um plástico (para proteger a mesa de trabalho)
• Folhas de papel A4 (para esboçar o desenho e para proteger a camisola)
• Lápis e borracha
• Camisola (t-shirt) lisa, de algodão, branca ou de cor clara (ou não, dependendo das cores a usar)
• Marcadores e/ou tintas especiais para tecidos de várias cores
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Como fazer:
1 - Escolhe o que vais pintar na camisola: um animal, um objecto, um boneco, um desenho, etc. 2 - Faz, numa folha de papel, a imagem que escolheste. Se ficar mal, usa outra folha e copia, ou então ajeita o traço na própria folha. Neste caso não faz mal, porque o que vai contar é o desenho aplicado na camisola.
3 - Agora protege a mesa com a folha grande de papel ou com o plástico. 4 - Coloca a camisola bem direitinha em cima da mesa. Não pode ter rugas ou vincos e deve estar bem esticada.
5 - Coloca duas ou mais folhas de papel branco “dentro” da camisola, entre a parte a pintar (geralmente a frente) e as costas, para evitar que a tinta repasse.
6 - Usa, com muito cuidado, os marcadores para fazeres o desenho na camisola. Não carregues muito e evita apoiar a mão para não borrar. Por segurança, podes primeiro fazer os traços principais a lápis (levezinho) e depois passar por cima com o marcador.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
7 - Se decidires usar as tintas para tecido, deves primeiro fazer os traços com o marcador e dpintar. Claro que também podes pintar, apenas, sem fazer os contornos com o marcador. 8 - Deixa secar tudo muito bem (por segurança, pelo menos um dia).
É preciso:
• feijões encarnados • uma pedra da calçada
(daquelas dos passeios) - branca ou preta
• cola forte em gel• cola branca de
carpinteiro (ou verniz)• um pincel grosso para
aplicar a cola • tintas de várias cores
(pode ser guache)
Como fazer:
1 - Vamos fazer de conta que a pedra vai ser uma casa. Pinta a porta, as janelas e o
conceitos, princípios e técnicas
Se decidires usar as tintas para tecido, deves primeiro fazer os traços com o marcador e depois
Claro que também podes pintar, apenas, sem fazer os contornos com
Deixa secar tudo muito bem (por segurança, pelo menos um dia).
feijões encarnados pedra da calçada
branca ou
cola forte em gel cola branca de carpinteiro (ou verniz) um pincel grosso para
tintas de várias cores (pode ser guache)
feijões pedra da calçada
cola cola de carpinteiro
pincel guaches
conta que a pedra vai ser uma casa. Pinta a porta, as janelas e o
2 - Espalha cola em cima, no telhado, e cola os feijões juntinhos, como se
3 - Quando estiver bem seco, passa a cola branca (ou o verniz) por toda a pedra
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pedra da calçada
cola de carpinteiro
guaches
Quando estiver bem seco, passa a cola branca (ou o verniz) por toda a pedra
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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que achares que falta. fossem telhas. (menos por baixo).
4 - Deixa secar bem. 5 - Quando estiver bem seco, passa a cola branca (ou o verniz) na parte de baixo - a base.
E pronto! Tens um pisa-papéis muito original para usares ou para oferecer!
Flor de Papel
Material:
• Papel cartão e/ou papelão de qualquer cor • Cartolina verde • Papel sulfite • Papel crepe de várias cores
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
• Palito de churrasco • Vaso de planta pequeno • Lápis preto • Hidrocor• Cola branca • Pincel médio • Fita crepe • Areia • Tesoura
Desenhe o molde no papel sulfite com o lápis preto, conforme figura acima e recorte. Recorte três flores
no papel cartão, usando o molde.
conceitos, princípios e técnicas
Palito de churrasco Vaso de planta pequeno Lápis preto Hidrocor verde Cola branca Pincel médio Fita crepe Areia Tesoura
Desenhe o molde no papel sulfite com o lápis preto, conforme figura acima e recorte. Recorte três flores
no papel cartão, usando o molde.
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Desenhe o molde no papel sulfite com o lápis preto, conforme figura acima e recorte. Recorte três flores
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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Faça muitas bolinhas com o papel crepe de várias cores. Prenda um palito de churrasco com fita crepe
em cada uma das flores, conforme figura acima.
Cole as bolinhas de papel crepe por sobre as flores de papel, com cola branca, até cobrir todo o molde, conforme figura acima. Espere secar totalmente.
Faça o mesmo do outro lado das flores.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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���� Animação através da expressão e da comunicação (Teatro, música, expressão dramática, escrita, fotografia, etc.)
A Animação através da comunicação oral e corporal é uma das
principais formas de dar movimento e sentido às necessidades de ocupação
dos idosos. Na animação expressiva os sujeitos transmitem os seus
sentimentos e emoções através da voz, do comportamento, da postura e do
movimento.
���� Animação promotora do desenvolvimento pessoal e social (Auto-conhecimento, histórias de vida, dinâmicas de grupo, etc.) Esta animação tem por objectivo desenvolver as competências
pessoais e sociais da pessoa e, principalmente, da pessoa como elemento de
um grupo. Com esta animação estimula-se o auto-conhecimento, a intercção
entre a pessoa e o grupo e a dinâmica de grupo.
Dinâmicas de grupo
A Dinâmica de grupos consiste no estudo das interacções entre membros do
grupo, tendo em consideração o seguinte:
• A participação dos membros nas decisões e solução dos problemas;
• A natureza dos grupos: sua constituição, estrutura, funcionamento e
objectivos;
• A interdependência entre os membros do grupo;
• A coesão do grupo;
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• A pressão social exercida sobre o grupo;
• A capacidade de resistência à mudança do grupo;
• Os processos de liderança no grupo.
Tipos de técnicas/dinâmicas
Técnica quebra-gelo
Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o
encontro;
• Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se
descontraem;
• Resgata e trabalha as experiências de criança;
• São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as
pessoas.
Técnica de apresentação
– Ajuda a apresentar-se uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem
sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e
penso... Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem
violentar a vontade das pessoas;
- Exige diálogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo;
- São as primeiras informações da minha pessoa;
- Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontracção;
- O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável
que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.
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Técnica de integração
- Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo. A partir de
exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais
profundos das relações interpessoais do grupo;
- Trabalhar a interacção, comunicação, encontros e desencontros do grupo;
- Ajuda a sermos vistos pelos outros na interacção de grupo e como nos
vemos a nós mesmos. O diálogo profundo no lugar da indiferença,
discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações;
- Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em
relação;
Técnicas de animação e relaxamento
- Tem como objectivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e
dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço,
ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais activo e
produtivo;
- Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem
pouco e quando o clima de grupo é muito frio e impessoal;
- Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal
ou quando se está cansado e necessita retomar uma actividade. Não para
preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.
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Técnica de capacitação
– Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática
de animação de grupo;
- Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os
destinatários, a realidade que os rodeia;
- Amplia a capacidade de escutar e observar;
- Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu
trabalho de grupo, de forma mais clara e livre com os grupos;
- Quando é proposto o tema/conteúdo principal da actividade, devem ser
utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são,
geralmente, mais demoradas.
Dinâmica: 30 segundos
Participantes: 10 a 30 pessoas
Tempo Estimado: 30 minutos
Modalidade: Debate.
Objectivo: Estimular a participação de todos por igual nos debates e
conversas e evitar interrupções paralelas.
Material: Nenhum.
Descrição: O coordenador apresenta um tema a ser discutido pelo grupo.
Baseado neste tema, cada participante tem trinta segundos para falar
sobre o assunto apresentado, sendo que ninguém pode ultrapassar o tempo
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estipulado, ao mesmo tempo que os outros participantes devem manter-se
em completo silêncio. Se o comentário terminar antes do fim do tempo,
todos devem manter-se em silêncio até o final deste tempo. No final, o tema
pode ser, então, debatido livremente. O coordenador também pode desviar,
utilizando como tema, por exemplo, "saber escutar e falar", introduzir
questões como:
* Sabemos respeitar e escutar (e não simplesmente ouvir) a opinião dos
outros?
* Conseguimos sintetizar as nossas opiniões de maneira clara e objectiva?
Dinâmica A formiga
Dinâmica – A Formiga (A formiga é imaginária, não é de verdade)
Objectivo: criar um clima mas amigável entre os participantes, mostrando
que só devemos desejar ao outro aquilo que desejamos para nós mesmos.
Público-alvo: De todas as idades
Procedimento:
Os participantes devem formar um círculo - o animador explica para o grupo
que devem passar a formiga ao seu companheiro de forma bem suave, sem
feri-la ou matá-la. Ele inicia a dinâmica da seguinte forma: coloca formiga
imaginária em qualquer parte do corpo do seu companheiro e este por sua
vez deve passá-la para a pessoa que está ao seu lado (um a um) até que
todos do círculo tenham recebido a formiga e ela retorne à pessoa que
começou. Depois disso, o animador dará ordem para que um a um beije o
lugar onde colocou a formiga no seu colega... este é um momento de
descontracção, de constrangimento, porque muitos põem a formiguinha no
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lugar mais esquisito possível, e agora terá de beijar no local... é muito
divertido...... porque vão ter de beijar mesmo.
Dinâmica: A palavra-chave
Destinatários: Grupos de jovens ou de adultos. Pode-se trabalhar em
equipas.
Material: Oito Cartões para cada equipa. Cada um deles contém uma
palavra: Amizade, liberdade, diálogo, justiça, verdade, companheirismo,
bravura, ideal, etc. Os cartões são colocados em um envelope.
Desenvolvimento:
- O animador organiza as equipas e entrega o material de trabalho.
- Explica a maneira de executar a dinâmica. As pessoas retiram um dos
cartões (do envelope); cada qual fala sobre o significado que atribui à
palavra.
- A seguir, a equipa escolhe uma das palavras e prepara uma frase alusiva.
- No plenário, começa-se pela apresentação de cada equipa, dizendo o nome
dos integrantes e, em seguida, a frase alusiva à palavra escolhida.
Avaliação: - Para que serviu o exercício? - Como nos estamos a sentir?
Dinâmica: Artista
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 10 minutos.
Material: Lápis, papel e vendas.
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Descrição: A facilitadora entrega a cada participante uma venda. De
seguida pede para que cada participante desenhe com os olhos vendados
uma:
- Casa
- Nessa casa coloque janelas e portas.
- Ao lado da casa desenhe uma árvore.
- Desenhe um jardim circundando a casa, sol, nuvens, aves a voar, etc.
- Uma pessoa com olhos, nariz e boca.
Ao tirarem as vendas todos devem fazer uma exposição dos desenhos
passando de um por um, os participantes dirão como foi a experiência de
fazer o desenho solicitado com os olhos vendados e como seria realizar uma
tarefa sem ter o conhecimento necessário.
Dinâmica: Árvore da Vida, Árvore da Morte
Objectivo: Reflectir sobre os sinais de vida e morte no bairro, na
comunidade, na família, no grupo…
Material: um galho de árvore seca, um galho de árvore verde, caneta ou
pincel e pedaços de papel.
Desenvolvimento: Em pequenos grupos descobrir os sinais de vida e morte
que existem no bairro, na família, etc. Depois, diante da árvore seca e verde
vão explicando para o grupo o que escreveram e penduraram na árvore.
Variação: Podem-se separar atitudes que nos levam à vida ou à morte nos
relacionamentos ou ainda, com a natureza.
Dinâmica: Dinâmica dos Recadinhos
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Material: Papel e Caneta
Desenvolvimento: Fazer um círculo entre as pessoas presentes e cada um
coloca o seu nome na folha e de seguida passa a folha para pessoa do lado.
Conforme cada um recebe uma folha, deve deixar um recado com elogios,
palavras de ânimo ou conforto, versos, etc.
No final, cada um receberá sua própria folha com mensagens especiais para
guardar de recordação.
É uma actividade muito especial e interessante pois normalmente recebe-se
elogios que nem se imagina receber.
Dinâmica: Movendo-se entre obstáculos
Material necessário: garrafas, latas, cadeiras ou qualquer outro objecto
que sirva de obstáculo, e lenços que sirvam como vendas para os olhos.
Desenvolvimento: Os obstáculos devem ser distribuídos pela sala. As
pessoas devem caminhar lentamente entre os obstáculos sem a venda, com a
finalidade de gravar o local em que eles se encontram.
As pessoas deverão colocar as vendas nos olhos de forma que não consigam
ver e permanecer paradas até que lhes seja dado um sinal para iniciar a
caminhada. O animador com auxilio de uma ou duas pessoas, imediatamente
e sem barulho, tirarão todos os obstáculos da sala. O animador insistirá em
que o grupo tenha bastante cuidado, em seguida pedirá para que caminhem
mais rápido. Após um tempo o animador pedirá para que todos tirem as
vendas, observando que não existem mais obstáculos.
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Compartilhar: Discutir sobre as dificuldades e obstáculos que encontramos
no mundo, ressaltando porém que não devemos temer, pois com confiança,
vontade e sem medo conseguimos ultrapassar todos os obstáculos.
Dinâmica: Recordações da infância
Tempo Estimado: 30 minutos
Objectivo: Proporcionar o conhecimento recíproco da infância de cada
participante.
Material: Perguntas preparadas pelo coordenador em número superior ao
número de participantes.
Observação: Deve-se evitar perguntas que levem a recordações tristes.
Descrição: Cada participante recebe aleatoriamente uma pergunta e lê em
voz alta para os demais, respondendo-a de seguida. As perguntas podem ser
reutilizadas.
Propostas de perguntas:
- Como era o seu melhor amigo(a)?
- Como o seu pai gostaria que você fosse?
- O que você imaginava ser quando fosse grande?
- Quais os seus sonhos de infância?
- Qual a melhor lembrança do seu padrinho?
- Qual a melhor lembrança do seu pai?
- Qual a melhor lembrança da sua infância?
- Qual a melhor lembrança da sua mãe?
- Qual a sua primeira grande alegria?
Dinâmica: Caixeiro-viajante
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Objectivo: Estimular a COMUNICAÇÃO. Como falar com um objectivo
específico para uma determinada assistência de modo concreto e claro sem
pouco tempo. Como tornar atraente a mensagem que se transmite.
Material necessário: diferentes produtos para os participantes de cada
grupo.
Descrição da Dinâmica: o coordenador da dinâmica deve motivar as pessoas
a se imaginarem como alguém que está numa feira pública a vender alguma
coisa para os milhares de espectadores.
Pode ser um objecto ou uma ideia.
Divididos em grupos, os participantes escolhem o que irão vender. De
seguida, cada um expõe o seu discurso de vendedor para o restante grupo
em 2 minutos. O vendedor, deve gesticular, animar, gritar, fazer o que for
preciso para vender o produto (ou ideia). Depois que todos tenham feito a
sua “venda”, o grupo avalia e escolhe o melhor vendedor.
Reunidos, cada grupo apresenta o seu melhor vendedor. Podem, inclusive,
resolver que todo o grupo tentará vender um mesmo produto. Faz-se uma
votação para escolher o melhor vendedor, justificando as razões da escolha
Dinâmica: Hierarquizar problemas
Objectivo: indicar comunitariamente os problemas e juntos discernir
prioridades.
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Material necessário: copo descartável com água tingida de vermelho, vários
alfinetes, papel e caneta.
Descrição da dinâmica: em pequenos grupos, discute-se quais são os
maiores problemas enfrentados em determinada área (saúde, educação,
trabalho, moradia...).
Cada pessoa escolhe três problemas que considera os mais importantes. Em
grupo, coloca-se um copo descartável (plástico ou papel) cheio de água com
tinta vermelha.
Explica-se que o copo com a água significa o povo com os seus valores, sua
vida, suas esperanças.
A cada problema indicado pelos sujeitos, corresponde um alfinete que se
crava no copo, de maneira a que a água tingida comece a sair pelos furos
(cada furo equivale a um ferida de sofrimento).
Caso a água tingida se acabe ainda antes de todos os terem apresentado,
pode-se acrescentar mais água tingida, simbolizando que se recebeu ajuda
do exterior.
Enfiados todos os alfinetes, os participantes devem responder qual buraco
se deve tapar primeiro e porquê.
É importante que, à medida que os sujeitos vão falando dos problemas,
alguém os anote num papel
Dinâmica: desenho dos pés
Objectivo: socializar, integrar, perceber a necessidade de assumir
compromissos, crescer, valorizar-se.
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Material necessário: uma grande folha de papel e lápis colorido para cada
participante.
Descrição da dinâmica: o coordenador da dinâmica motiva todos os
participantes a desenharem num grande papel o próprio pé. De seguida,
encaminha a discussão, para que todos os participantes tenham
oportunidade de dizer o que pensam:
1.Todos os pés são iguais?
2.Estes pés caminham muito ou pouco?
3.Por que precisam caminhar?
4.Caminham sempre com um determinado objectivo?
5.Quanto já caminhamos para chegar onde estamos?
Após esta discussão, lembrar de pessoas que lutaram por objectivos
concretos e conseguiram alcançá-los. Terminada a discussão, o coordenador
da dinâmica convida a todos que escrevam no pé que desenharam algum
compromisso concreto que irão assumir.
Dinâmica: o boneco
Objectivo: discutir com o grupo a importância de todos participarem,
valorizando as suas características próprias, e estabelecendo acções em
conjunto.
Material necessário: papel e caneta para cada pessoa (ou grupo)
Descrição da dinâmica: até 10 pessoas: cada um recebe uma folha de papel
e, afastados uns dos outros, desenham uma parte do corpo humano. Em
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seguida, as pessoas se reúnem e tentam montar um boneco a partir do que
desenharam (provavelmente haverá muitas mãos e pés e nenhuma perna ou
nenhum olho).
O coordenador pergunta então:
1.Qual a semelhança (e a diferença) entre o boneco que se montou e o
próprio grupo?
2.Quanto nosso grupo não tem olhos (ou boca, perna, braço, pescoço...) o que
acontece?
3.Quando o grupo tem muitas bocas (pernas, braços, mãos, olhos...) o que
acontece?
4.Como podemos mudar esta situação no grupo. Dêem exemplos concretos.
No final da discussão, os participantes acabam de desenhar as partes do
boneco que ainda faltam, dizendo da importância destas partes.
Dinâmica: A colagem
Objectivo: comunicar uma mensagem de maneira criativa, usando
instrumentos simples e material impresso disponível (revistas, jornais, etc.)
Objectivos: comunicar o resultado da reflexão de um grupo sobre um tema,
ajudar um grupo a resumir as ideias mais importantes de uma discussão; que
todas as pessoas de um grupo se expressem e trabalhem juntas.
Material necessário: uma cartolina para cada grupo, revistas, jornais,
tesouras, cola.
Descrição da dinâmica: o coordenador da dinâmica explica em que consiste
a colagem: é um cartaz feito por diversas pessoas, com recortes, fotos, ou
outros, para comunicar o que pensam sobre determinado tema.
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Os grupos, de 5 a 8 pessoas discutem o tema. Procuram fotos, recortes,
letras de jornais e outros para expressar o que discutiram.
Colam tudo numa cartolina. As diferentes colagens são apresentadas em
assembleia e discute-se o que cada colagem quis dizer. As pessoas que
fizeram a colagem podem complementar as interpretações, se for preciso.
Dinâmica: A caça ao tesouro
Objectivo: Ajudar as pessoas a memorizarem os nomes uma das outra,
desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas.
Material necessário: Uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para
cada um.
Descrição para dinâmica: O coordenador explica aos participantes que agora
se inicia um momento em que todos terão a grande hipótese de se
conhecerem. A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma
pessoa que se encaixe em cada item e colocar o seu nome na linha.
1-Alguém com a mesma cor de olhos que os seus
2-Alguém que viva numa casa sem fumadores
3-Alguém que já tenha morado noutra cidade
4-Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras
5-Alguém que use óculos
6-Alguém que esteja com a camisola da mesma cor que a sua
7-Alguém que goste de verde
8-Alguém que tenha a mesma idade que você
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9-Alguém que esteja de meias azuis
10-Alguém que tenha um animal de estimação
Obs: Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular estas,
depende do tipo ou do tamanho do grupo.
Dinâmica: A história
Objectivo: É um momento de descontracção, ajuda a desenvolver a
criatividade e a capacidade de se trabalhar em grupo.
Material necessário: Uma folha com 20 substantivos, 10 adjectivos e 5
verbos para cada grupo. Papel e caneta para que possam anotar a história
que tiverem inventado.
Descrição da dinâmica: Cada equipa tem que inventar uma história em que
entrem as palavras anotadas na folha de papel, na sequência em que estão
anotadas. Os substantivos e adjectivos devem ter os mais diferentes
significados para que a história se torne bem mais interessante.
O coordenador da dinâmica explica o que terá que ser feito e os grupos
terão cinco minutos para preparar a sua história.
Cada grupo lê a sua história em voz alta para os demais. Ganha a equipa que
respeitar melhor a sequência dada na folha, que usar todas as palavras, que
tiver feito a história dentro do prazo.
Dinâmica: dizendo por dizer
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Objectivo: A partir de uma frase pronta, a pessoa desenvolva ideias
coerentes. E aprenda a manifestar sua opinião.
Material necessário: Uma frase para cada participante.
Descrição da dinâmica: Cada participante recebe uma frase (ou escolhe.
O coordenador da dinâmica dá 15 minutos para que cada um, em silêncio,
organize as ideias para, em 5 minutos, explicar o significado da frase e
elabore um discurso que convença o grupo de que a afirmação é verdadeira.
O grupo deve ter um cronometrista e todos os participantes devem anotar o
que pensam do discurso de cada um dos companheiros do grupo.
O coordenador deve estar atento para que não seja um debate de ideias,
mas análise da lógica e da capacidade de convencimento de quem está a
falar.
Sugestões de frases:
1. A bomba está prestes a explodir
2. O circo vale mais do que o pão.
3. Um por todos, todos por um.
4. A causa verde dá dinheiro.
Dinâmica: O slogan
Material necessário: Papel e caneta para todos os participantes.
Descrição da dinâmica: O coordenador explica o que é um slogan:
É uma mensagem ou ideia simples, apresentada numa frase original,
sintética, sonora, visualizável, fácil de memorizar e que, ao ser divulgada,
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seja de fácil entendimento e de fácil repetição. Alguns exemplos podem ser:
É melhor perder um minuto na vida que perder a vida num minuto;
O coordenador encaminha a formação de grupos e pede que cada grupo faça
um slogan sobre o conteúdo principal discutido durante o encontro, ou sobre
qualquer outro assunto.
De seguida, cada grupo apresenta o slogan que inventou e também o
processo que fez para chegar a ele.
O grupo completo escolhe dois ou três slogans que considerem os melhores.
O slogan pode vir acompanhado de desenhos, cartazes, música ou encenação.
Dinâmica: O baile de mascaras
Objectivo: Comparar a auto-imagem com a imagem que os outros têm de
determinada pessoa.
Material necessário: Nenhum.
Descrição da dinâmica: O coordenador explica aos participantes que eles
vão-se preparar para um baile de máscaras.
Deverão comportar-se de acordo com a máscara que receberem, porque
ninguém vai definir a sua própria máscara.
Um participante sai da sala por instantes, o grupo decide que máscara lhe
vai dar, a partir do seu comportamento, suas atitudes diante do grupo, seu
modo de ser, das suas características mais acentuadas. Ou seja, ele pode
receber a máscara de um bicho, de uma planta, de um objecto, de outra
pessoa, etc.
O participante retorna à sala e o grupo comunica que máscara escolheu e
pedem que o sujeito explique porque recebeu esta máscara. Depois, o grupo
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apresenta a reflexão feita. Deve-se observar (e anotar) as reacções do
indivíduo.
O processo repete-se com todos os participantes do grupo.
O coordenador deve estar atento para que o diálogo aconteça, dando espaço
para o sujeito que está mascarado e para o grupo que está a mascarar.
Deve-se evitar que o grupo ridicularize alguém.
Após o "baile", pode haver um momento em que todos dizem o que sentiram
durante a dinâmica.
Dinâmica: O Construtor Cego
Objectivo: Trabalhar com limitações, habilidades, trabalho em equipa,
comunicação.
Duração: 25 minutos aproximadamente.
Material Necessário: Cartolina cortada em vários tamanhos e formatos,
papel de alumínio, tesoura, cola e agrafador para cada dupla. Venda para os
olhos e cordel para amarrar as mãos.
Procedimento:
1. Formar duplas, onde um representará o papel de um cego (com a venda nos
olhos) e o outro ficará com as mãos atadas (amarrar as mãos para trás.).
2. Cada dupla deverá confeccionar um recipiente para armazenar água da
chuva, imaginando-se que estão numa ilha deserta e árida e o prenúncio de
um temporal aproxima-se.
Para isso, terão 15 minutos para a construção.
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3. Após o tempo estipulado, invertem-se os papéis da dupla e reinicia-se a
confecção de outro recipiente;
4. Comentários.
Observações: Pode-se permitir ou não a construção completa do recipiente.
Fica a critério do animador.
Dinâmica: A Casa
Objectivo: Proporcionar a auto-avaliação de valores, história de vida
pessoal, rever-se ou projectar-se em objectos ou ambientes, relembrando
situações.
Duração: Aproximadamente 40 minutos.
Material Necessário: Equipamento de som (CD, cassete ou similar), com a
música relaxante.
Procedimento: Antes de iniciar, o animador contextualiza o grupo, dizendo
que cada pessoa irá visualizar, mentalmente, a sua casa (ou algum ambiente,
local onde já viveu, com que tenha familiaridade) e se identificar com algum
objecto, projectando-se a si próprio nesse objecto.
Convidar os participantes a se espalharem pelo ambiente, no chão, que
deverá estar sem cadeiras e limpo.
Colocar a música e sugerir que, durante a execução, as pessoas procurem
“viajar” até o local que gostariam de recordar ou “estar” nesse momento.
Escolher o objecto ou ambiente desse local lembrando e projectar-se nele.
Pensar em como seria se fossem o próprio objecto ou ambiente e por quê.
Cada pessoa poderá escrever as suas “imagens” ou, simplesmente, no final,
verbalizar os seus sentimentos ou relatos.
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O que significa voltar para casa? Como é o meu lar?
Dinâmica: O Preço do Stress
Objectivo: Este é um exercício simples que leva os participantes a examinar
a forma como alocam recursos para resolver os seus problemas. Tornar os
participantes do grupo conscientes dos recursos que usam para resolver
problemas. Levar os participantes a realocar os recursos de forma a torna-
los mais produtivos.
Duração: 10 a 15 minutos
Material Necessário: Dinheiro de jogar no valor de 100€ para cada
participante.
Procedimento:
a. Informe os membros do grupo que eles vão atribuir preços aos seus
problemas. Antes de começarem, entretanto, eles devem identificar tanto
os grandes como os pequenos problemas que enfrentam diariamente.
b. Depois de terem cumprido esta etapa, dá-se a cada um dinheiro trocado
(moedas e notas de todos os valores) no valor de 100€.
c. Diz-se que eles devem destinar parcelas de dinheiro para os problemas
que identificaram. As quantidades alocadas devem representar a quantidade
de tempo que empregam todos os dias para resolver especificamente esses
problemas.
d. Quando todos tiverem completado essa etapa, pede-se que registem os
valores que alocaram para cada um dos problemas.
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e. A próxima etapa é pedir-lhes que refaçam o exercício, porém, de acordo
com o que acham que seria um investimento mais lógico do tempo e dos
recursos de que dispõem para cada problema.
f. Eles devem registar as novas quantias e comparar com as quantias
originais. A realocação desses recursos deve ser discutida e os
participantes devem anotar que mudanças vão fazer após o término da
dinâmica.
Observações: Pontos para discussão:
1. Qual é a diferença entre as quantias alocadas nas duas etapas?
2. Alguém não ficou surpreso com as diferenças?
Dinâmica: Torre de Controlo
Duração: Aproximadamente 20 minutos.
Material Necessário: Um apito, uma cadeira, uma caixa com panos, fitas,
chapéus…
Procedimento:
Disposição do grupo: em semicírculo, de frente para o animador.
Etapa I:
- Desafiar o grupo a responder, com prontidão, às orientações da torre de
comando.
- Quem orienta é o animador.
- Mediante 4 sinais, os participantes agirão de forma diferenciada:
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* 1 palma: deslocar-se pela sala, usando somente um pé e movimentando os
braços para cima;
* 2 palmas: sentar-se no chão;
* 3 palmas: caminhar segurando o joelho;
* 1 apito: formar um círculo.
O facilitador realiza um treino. A seguir, varia os comandos e vai eliminando
aqueles que responderem de forma incorrecta.
Etapa II:
Solicitar um voluntário. Ao se apresentar, o voluntário deverá criar novas
formas de comando e conduzir a actividade. Colocar à sua disposição uma
caixa com alguns objectos intermediários (panos, chapéus, fitas). Escolher
mais um ou dois voluntários tendo em atenção para que o tempo máximo no
comando seja de 5 minutos por pessoa.
Finalização: Em círculo, abrir espaços para comentários, sentimentos,
dificuldades, facilidades e outros que o grupo julgar importantes. Relacionar
a actividade à necessidade da prontidão para responder às exigências
diárias.
Observações: As ordens podem ser alteradas consoante a forma e a
capacidade de cada grupo.
Dinâmica: O Bazar da Troca
Objectivo: Reflectir sobre mudanças de comportamento,
redimensionamento de atitudes, valores.
Duração: Aproximadamente 50 minutos.
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Material Necessário: Mesa, cartolina e caneta.
Procedimento: O animador deverá, com antecedência, montar um espaço
para o bazar, com o nome “Bazar da Troca”.
a. Solicitar um voluntário que irá até o canto do bazar para fazer a sua
troca. Esse voluntário poderá trocar de tudo no bazar: tristeza, problemas,
calvície, egoísmo, etc. Para isso, ele deverá escolher alguém do grupo para
efectuar a troca - essa pessoa será o “dono” CIRCUNSTANCIAL do bazar.
Esse “dono” procederá da mesma forma que o anterior e, assim,
sucessivamente, até que todos tenham passado pelo bazar.
b. Aquilo que se deixa no bazar não pode ser devolvido.
c. A pessoa que vai trocar dirige-se ao “dono” do bazar e diz: “Eu tenho
muita INTOLERÂNCIA e gostaria de fazer uma troca consigo, onde eu
possa ganhar um pouco da sua PACIÊNCIA - o que gostaria receber de
mim?”.
d. O “dono” do bazar diz: “Aceito a sua INTOLERÂNCIA, desde que você
me passe "FORÇA DE VONTADE”.
e. E, assim, sucessivamente, até que os outros “donos” de bazar e
“trocadores” se revezem.
Finalizar com um bom relaxamento, levando os participantes a sentirem-se,
realmente, livres dos seus “fardos”. Proceder a outros comentários.
Dinâmica: A Viagem
Objectivo: Processar escolhas, trazer à consciência os critérios
inconscientes que utilizamos para processar escolhas.
Duração: Aproximadamente 1 hora.
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Material Necessário: Fotos de pessoas famosas em grande quantidade.
Procedimento:
1. Colocar fotos de pessoas famosas em grande quantidade
2. Informar os participantes, que cada um ganhou uma viagem para duas
pessoas e que as pessoas que planeavam levar tiveram um imprevisto de
última hora e poderão ser substituídas.
3. Portanto, cada participante, deverá escolher entre as fotos espalhadas,
três pessoas com que teriam prazer em fazer esta viagem e três pessoas
com quem jamais viajariam e explicar o porquê de cada escolha.
Observações: Esta dinâmica tem o objectivo de trazer a tona, os critérios
de avaliação de cada um, os valores, a discriminação, os pressupostos, os
rótulos, a subjectividade com que realizam cada escolha, as suas pré-
concepções, etc
Dinâmica: Remédio para o Coração
Objectivo: Aprofundar relacionamentos, possibilitar a auto-ajuda,
companheirismo.
Duração: Aproximadamente 40 minutos.
Material Necessário: Cápsulas de remédio vazias, equipamento de som (CD,
cassete ou similar), frases em papel bem pequeninas.
Procedimento:
a. Preparar as frases e colocá-las, previamente, dentro das cápsulas.
b. Falar que foi lançado no mercado, recentemente, um remédio super
milagroso, e que as pessoas, ao tomá-lo, nunca mais se sentirão doentes.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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c. “Nós trouxemos algumas cápsulas desse remédio hoje para vocês e vamos
distribuí-las”.
d. Distribuir as cápsulas aos participantes e solicitar que não tomem ainda o
seu “remédio”.
e. Sugerir que cada pessoa abra a sua cápsula e, quem quiser, leia a
mensagem nela contida.
f. Sugerir que as pessoas troquem as suas mensagens.
É opcional o animador pedir alguns comentários
Dinâmica: A coisa mais importante do mundo
Objectivo: Propiciar o desenvolvimento da auto-estima. Ideal para ser
utilizada na sensibilização para a Saúde.
Material Necessário: Uma caixa com uma abertura e um espelho dentro, em
condições de reflectir a imagem de quem olha por fora.
Procedimento: Averiguar com grupo quais são as sete maravilhas do mundo.
Quando umas quatro já tiverem sido citadas, desviar para a maravilha que
vamos poder contemplar agora.
Maravilha maior que todas essas citadas, e que não está incluída em nenhum
sistema de classificação.
Desenvolvimento:
Pedir que cada um venha até o centro da sala e olhe dentro da caixa, para
contemplar a coisa mais importante do mundo.
Exigência: ninguém pode dizer nada, enquanto todos não a tiverem visto.
Processamento: Perguntar ao grupo:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Quem viu realmente a coisa mais importante do mundo?
O que você viu é realmente a coisa mais importante para si?
A partir dos comentários do grupo pode-se criar um clima de reflexão em
torno da importância que temos atribuído às questões relativas ao nosso
bem-estar.
Dinâmica: Eu Queria… Eu quero
Objectivo: Exercitar a determinação, o fazer acontecer, a auto motivação
para se fazer comprometer com os desejos pretendidos.
Procedimento: Esta vivência é simples, porém muito profunda, exactamente
porque sugere às pessoas, de uma forma muito rápida e prática, o
redimensionamento da sua forma de pensar e visualizar os seus objectivos.
Lembra-se quando era criança? Decididamente, “EU QUERO” estava sempre
em alta, e de uma forma determinada.
a. Pedir aos participantes para que fiquem o mais confortavelmente possível
nas suas cadeiras, relaxados.
b. “Experimentem fechar os olhos durante quinze segundos… Durante esse
tempo, procurem pensar em algo, alguma coisa, sonho, objectivo, que possam
‘verbalizar’ mentalmente: EU QUERIA MUITO… EU QUERIA…”.
c. Dar um sinal para que todos abram os olhos.
d. “Mudem de posição nas suas cadeiras e fechem, mais uma vez, os olhos
durante mais quinze segundos”.
e. “Desta vez, pensem em algo que possam ‘verbalizar’, mentalmente: EU
QUERO MUITO… EU QUERO…”.
f. Sinalizar para que abram os olhos e proceder alguns comentários:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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-> O que foi mais significativo: quando vocês pensaram EU QUERIA ou EU
QUERO?
-> Qual foi o desejo que vocês “viram” realizado?
-> EU QUERIA dá a ideia de quê?
Dinâmica: O Amigo Secreto
Material Necessário:
- Estrelas com os nomes dos participantes
- CD música clássica
- Folhas papel
- Canetas e lápis coloridos
- Crachás
Procedimento:
a) Entregar aos participantes estrelas com o nome de outro participante,
solicitando aos mesmos guardar sigilo quanto ao nome recebido e se for o
próprio nome devolver ao animador e, tirar outro.
b) Colocar uma música clássica de fundo. Solicitar a todos que caminhem
pela sala e observe disfarçadamente a pessoa cujo nome está com ele,
continuar caminhando e pensando que forma poderia representar a pessoa.
c) Solicitar para que todos desenhem como imagina ser a pessoa em questão,
quanto a:
- O que ela gosta de comer
- Qual a cor preferida
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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- Que presente daria a esta pessoa
d) Os participantes apresentam a pessoa cujo nome está com ele. O
apresentado coloca-se no final, concordando ou discordando e argumentando
os porquês.
Dinâmica: Identificação Pessoal com a Natureza
Objectivos: Auto conhecimento
Material: Imagens da natureza, papel e caneta.
Desenvolvimento:
1. Contemplação da natureza.
Cada um procura um elemento na natureza que mais lhe chama a atenção e
reflectir:
Porque o escolhi? O que ele me diz?
Dinâmica: aprender com os problemas
Objectivo: Reflectir, aceitar e aprender com as vivências problemáticas,
dolorosas e/ou conflituosas
Procedimento:
I. O animador solicita aos participantes que seleccionem uma pessoa do
grupo que lhe inspire confiança.
II. O animador indica-lhes para que se sentem frente a frente e pensem
numa situação problemática, dolorosa ou desagradável, a qual um deles deve
relatar ao seu companheiro, enquanto o escuta atentamente, sem
comentários nem críticas, só expressando a sua compreensão.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Uma vez que terminado, a pessoa que escuta deverá perguntar-lhe o que
pensa o que lhe pode ter ensinado esta experiência.
III. Ao terminar esta actividade, trocam-se os papéis, e realiza-se o mesmo
procedimento.
IV. Comenta-se em grupo o exercício.
V. O animador guia o processo, para que o grupo analise como se pode aplicar
o que aprenderam à sua vida.
Dinâmica: boas ou más notícias
Objectivo: Que os participantes percebam o impacto que o ambiente tem na
sua atitude pessoal.
Material: Cartazes com uma mensagem positiva diferente em cada um.
Desenvolvimento
I. O animador inicia uma breve conversação com o grupo: A quem lhe
aconteceu algo esta semana que queira partilhar com o grupo? Que notícia
da actualidade nacional vos chamou a atenção?
II. O animador divide o grupo em subgrupos de quatro participantes cada
um.
III. O animador mostra-lhes os títulos das notícias, fotografias e pergunta
ao grupo: Sabiam destas notícias?
O animador escuta algumas opiniões e comenta: Os meios de comunicação
destacam mais as notícias negativas que as positivas. Às vezes somos
contagiados e nas nossas conversas diárias fazemos algo parecido;
destacamos mais o mal que nos acontece que o bom. Cada um recorde as
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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coisas boas que lhe aconteceram o ano passado. Escolha uma delas e
comente-a com o seu grupo.
VI. As equipas escolhem aquela que mais impacto lhes causou e o
protagonista partilha-a com todo o grupo.
V. As pessoas escolhidas pelas equipas partilham a sua boa notícia.
VI. Cada boa notícia provoca em nós muitos sentimentos, faz-nos valorizar a
vida.
VII. Na cartolina estão coladas mensagens positivas. O animador convida
representante de cada equipa a retirar uma mensagem.
VIII. Indica-lhes que têm que trabalhar sobre a importância que tem a
mensagem que seleccionaram na sua atitude.
IX. Os subgrupos reúnem-se e um representante de cada subgrupo
apresenta as conclusões a que chegaram.
X. O animador guia o processo, para que o grupo analise como se pode
aplicar o que foi aprendido à sua vida.
Dinâmica: Caça ao criminoso
Trata-se de uma dinâmica muito útil em grupos pouco estruturados.
São distribuídas 27 pistas (todas verdadeiras) de um crime e o objectivo é
descobrir quem matou, quem morreu, qual o objecto do crime, qual o seu
motivo e a que horas aconteceu o mesmo.
No entanto, há ainda outras regras: as pistas são distribuídas
aleatoriamente entre todos os participantes e nenhum participante pode
trocar as suas pistas com os restantes. De tal modo que o grupo deve
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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estruturar-se de modo que cada um possa ler a(s) sua(s) pista(s) aos
restantes.
Revela-se uma actividade interessante, hilariante e geradora de conflito e
discussão intra-grupo.
Normalmente gera-se grande confusão que o próprio grupo deve gerir sem a
intervenção do formador. No final o grupo estrutura-se e chega,
normalmente, às respostas pretendidas.
Dinâmica: O Circo
Objectivo: Analisar a situação actual do grupo. Saber como cada
participante do grupo vê os restantes membros.
Material: Cartões com as funções do circo (Imagens e/ou Escrito) [Um
baralho para cada participante]
Desenvolvimento
Somos artistas de um circo. A tarefa é dar a cada um dos companheiros o
papel que pode desempenhar, dadas as características que foram
descobertas ao longo dos encontros, reuniões, palestras, actividades, etc.
realizadas com ele.
Cada um escolhe os cartões com os papéis atribuídos a cada um dos
parceiros, pensando sempre o porquê daquela escolha.
Depois abre-se um breve espaço para discussão e debate de ideias.
Exemplos de Funções
Empresário
Bailarino(a)
Fakir
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Trapezista
Lança Chamas
Acrobata
Apresentador
Maquilhador
Malabarista
Salto Mortal
Director de Orquestra
Músico
Mágico
Domador de Feras
Equilibrista
Palhaço
Domador de pulgas
Dinâmica: Troca de Personalidades
Objectivos: Identificar a própria personalidade através de outros membros
do grupo. Discutir temas com o ponto de vista diferente do seu.
Material: Cartões com diferentes características e comportamentos de
personalidade (amigo, rezingão, desinteressado...) [tantos quanto o número
de sujeitos do grupo]
Desenvolvimento: Distribui-se um cartão a cada sujeito e propõe-se a
discussão de um tema que agrade a todos.
O Objectivo será que cada um se comporte consoante o papel que lhe
calhou.
Observações: Pode no final da dinâmica gerar-se um debate ou partilha de
ideias e sentimentos.
Por exemplo, se alguém identificou uma característica própria em algum
companheiro: como se sentiu?
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Como se sentiram a discutir com uma característica diferente da sua? foi
fácil? é fácil colocar-se no lugar de outro?
Dinâmica: minha característica maior
Objectivos: favorecer a comunicação verbal, criar um clima de empatia e
estimular o processo de conhecimento do outro.
Material: Papel e lápis.
Processo: O animador explica que “todos nós temos características que são
mais marcantes e visíveis aos outros”.
Distribuir papel e lápis, onde cada pessoa escreverá uma frase que resume
aquilo que ela é e o que faz de melhor.
Exemplo:
(José) “Sou um batalhador incansável pela justiça.”
(Roberta) “Sou sensível à miséria e não me canso de ajudar os pobres.”
Fixar os papéis no peito, e todos, ao som de uma música (suave) passeiam
pela sala, lendo as frases dos demais.
Solicitar que formem pares ou tríades com as pessoas cujas frases lhes
chamaram a atenção.
Retornar após (mais ou menos) quinze minutos para o grupo maior, onde os
membros de cada dupla (ou tríade) apresentam um ao outro, salientando os
aspectos positivos do encontro.
Dinâmica: caixinha de surpresas
Objectivos: Despertar e exercitar a criatividade do grupo.
Material: Caixinha com tiras de papel onde se deve escrever previamente
algumas tarefas engraçadas, som com cd ou gravador.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Processo: Formar um círculo. A caixinha deverá circular de mão em mão, até
que o som da música pára simultaneamente.
Aquele que estiver com a caixinha no momento em que a música parar,
deverá tirar de dentro da caixinha um papel com a tarefa e executá-la.
Dinâmica: Como é que me vêem… e eu, como é que me vejo?
Objectivo: Observação e tomada de consciência dos aspectos positivos e
negativos da própria personalidade e da personalidade dos outros.
Material: Lápis e folhas de papel
Desenvolvimento: O animador convida os participantes a sentarem-se em
círculo e distribui por cada membro uma folha de papel e um lápis.
Cada membro do grupo tem um número que o representa. Na folha que lhes
foi entregue coloca-se uma sequência progressiva de números, tantos
quanto o número de pessoas envolvidas no jogo.
Os participantes, no espaço da folha a seguir ao número representativo de
cada pessoa, escrevem uma apreciação sintética, ou um adjectivo, ou uma
característica que diga respeito ao membro que possui tal número, não
esquecendo de escrever também o próprio número. O animador recolha as
folhas – que devem ser anónimas – e lê em voz alta tudo o que foi escrito
pelo grupo a respeito de um determinado membro identificado pelo número
que lhe foi dado antes. Deste modo, obtém-se um conjunto de
características da personalidade de cada um dos componentes do grupo, tal
como aparecem aos olhos dos outros.
Sugestões para o animador:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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O animador convida cada um dos participantes a comentar, aceitar,
discordar, ou aprovar tudo o que foi dito e sublinhado pelos restantes
membros do grupo.
Dinâmica: Tapete mágico
Objectivos: Reforçar o conhecimento interpessoal num grupo e ajudar a
criar um clima que favoreça um o seu adequado funcionamento.
Material: Uma folha de cartolina, pano ou tapete.
Procedimento: A dinâmica consiste em propor aos participantes a realização
de uma actividade com o objectivo de aprofundar o conhecimento
interpessoal através da partilha de informações sobre um objecto com
significado pessoal que tenham consigo no momento de realização da
actividade.
Dinamização: Reunir os participantes de modo a formar uma roda (sentados
no chão) e colocar no centro da mesma a folha de cartolina, pano ou tapete.
Começar por apresentar a actividade enumerando os seus propósitos e
descrevendo-a sucintamente.
Pedir que cada participante (incluindo o animador) coloque sobre o "tapete
mágico" um objecto que tenha consigo e ao qual atribua um significado
pessoal relevante.
Depois de todos terem colocado o respectivo objecto informar que a parte
da dinâmica que se vai realizar em seguida é facultativa (ainda que
importante tendo em atenção os objectivos) e que durante a realização da
mesma os participantes não devem comentar nada do que for dito ou do que
acontecer.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Informa, então, que os participantes, um de cada vez e começando pelo
animador, devem revelar ao grupo o objecto que colocaram no tapete e
partilhar com o grupo qual o significado especial que tal objecto tem para si.
A exploração da dinâmica pode incidir sobre a concretização dos objectivos
(ficámos a conhecermo-nos melhor?) e/ou sobre o que cada um sentiu (foi
fácil participar?).
Observações
Importa ter presente que esta dinâmica só deve ser realizada com um grupo
onde o conhecimento e as interacções interpessoais sejam já significativos.
O animador deve ter consciência de que a dinâmica pode, ocasionalmente,
provocar um clima fortemente emotivo com o qual o animador poderá ter de
lidar.
Poderá ter de dar algum suporte (não verbal) a participantes que se
emocionem mais no decorrer da actividade e evitar que comentários ou
atitudes não verbais possam ferir elementos mais fragilizados, contribuindo
para desunir, em vez de unir o grupo.
A maior ou menor emoção que colocar na apresentação do seu próprio
objecto poderá condicionar fortemente o desenrolar da dinâmica.
Dinâmica: Dar e receber afecto
Objectivos: Experimentar situações relacionadas com dar e receber
afecto.
Breve descrição: Dinâmica que permite aos participantes experimentar uma
situação em que têm de dar e receber afectos em grupo. Pode contribuir
para facilitar a livre expressão de emoções positivas no relacionamento
interpessoal num grupo e, em alguma medida, trabalhar a auto-estima dos
participantes.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Dinamização: O animador, pede ao grupo que forme uma roda, e começa por
apresentar o exercício, salientando que para a maioria das pessoas, dar e
receber afecto levanta algumas dificuldades. Por vezes, é mesmo mais fácil
criticar, dizer mal, do que elogiar, dizer bem.
A proposta desta actividade é a de permitir que experimentar e, se
possível, ultrapassar tais dificuldades de um modo intenso.
O animador solicita que um membro se ofereça voluntariamente para se
colocar no centro do círculo com os olhos fechados.
Depois pede que os membros, um de cada vez e evitando silêncios
demorados, exprimam os seus sentimentos positivos em relação ao membro
que está no centro através de frases curtas que comecem pelo nome do
participante (João, gosto de ti!, João acho que és uma pessoa inteligente,
etc.).
Permitir que todos os que desejem ocupem, à vez, o centro do círculo para
experimentarem a sensação de receber afectos.
Num segundo momento, e se desejarmos uma experiência mais intensa
repetir a dinâmica do seguinte modo: o voluntário no centro pode ter os
olhos abertos e reagir de modo não verbal aos elogios; os elementos do
grupo devem aproximar-se do voluntário no centro procurando olha-lho nos
olhos enquanto lhe dizem a mesma frase curta que pode ser complementada
por um gesto não-verbal de afecto (um beijo, um abraço, um tocar nas mãos,
etc.).
A exploração do exercício deve incidir nos sentimentos sentidos pelos
participantes quando exprimiram e/ou quando receberam afectos.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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���� Animação lúdica (festas, passeios, rábulas, jogos de tabuleiro, etc.)
A actividade lúdica é aquela que tem por objectivo a diversão das
pessoas ou grupos, a ocupação de tempos livres, a promoção do convívio, a
divulgação do conhecimento, das artes e dos saberes.
A actividade lúdica é vocacionada essencialmente para o lazer, o
entretenimento e a brincadeira.
� Desporto e recreio:
A animação desportiva engloba as actividades físicas que
pressupõem a aceitação das regras desse desporto, podendo ser praticado
individualmente ou em grupo
Exº: Atletismo, natação, pesca, ténis, marcha etc.
A actividade recreativa engloba todas as actividades que têm por
objectivo o recreio, o convívio, a interacção social e o desenvolvimento
comunitário
Actividadeslúdicas
Desporto e
recreioTurismo Sénior
Visitas culturais
Gastronomia
Actividades da
ciência
Jogos de Magia
Jogos e
rábulas
Internet
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Exº : Os bailes de Carnaval, de fim de ano, as festas de
aniversário, os jornais de parede, os piqueniques, os torneios de jogos de
cartas etc.
� Turismo sénior:
Tendo em conta o tempo livre de que a maioria dos idosos dispõe, o
turismo surge como uma das principais formas de animação lúdica
A animação turística sénior deve ser encarada como “um conjunto
de actividades, que transformam o ver em envolver, o viver no conviver,
desafiando o turista numa estratégia de desenvolvimento pessoal e humano
numa determinada fase do seu percurso de vida”
� Visitas culturais:
Caracterizam-se por serem saídas com menor duração que o
turismo sénior, os principais locais a visitar serão museus, exposições,
teatro e cinema, feiras, parques naturais e podemos também incluir aqui as
visitas com fins religiosos como as visitas a templos, procissões ou romarias
� Gastronomia:
A gastronomia é uma das vertentes mais importantes da cultura e
tradição familiar e popular. Na culinária é possível:
Distinguir ervas aromáticas, bebidas, molhos, ou seja cheiros e
sabores
Estimular a criatividade na preparação dos alimentos
Manter e transmitir receitas ancestrais e tradicionais tais como:
doces, licores, compotas, enchidos, pães, etc.
Aproveitar e reutilizar diversos alimentos
Animação – conceitos, princípios e técnicas
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� Actividades de ciência:
As actividades de ciência podem proporcionar momentos bastante
interessantes e didácticos. Muitas vezes ao realizarmos algumas
experiências científicas, os utentes manifestam a sua surpresa ao
descobrirem como acontecimentos do dia a dia têm explicações muito
simples
� Jogos de magia:
Os jogos de magia são uma forma de animação que podem proporcionar
bons momentos de entretenimento. Existem truques muito simples com
cartas, cordas ou moedas, que qualquer utente pode aprender para depois
apresentar aos colegas num festa ou num passeio
� Jogos ou rábulas:
Os jogos de mesa e as rábulas ou paródias são um excelente meio de
entretenimento e lazer que promovem o convívio e a interacção social
Exº. As damas, o xadrez, o dominó, o monopólio, etc.
� A internet:
A informática e a internet em particular podem abrir novas possibilidades
de contacto com outras pessoas e realidades
� Animação comunitária (voluntariado sénior, desenvolvimento comunitário, guias de museus, etc.)
A animação comunitária é aquela em que o idoso participa activamente
no seio da comunidade como elemento válido, activo e útil. Esta animação
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destina-se essencialmente a idosos autónomos que ainda querem e podem
ter uma voz activa na comunidade onde vivem.
A motivação
Nas pessoas idosas a motivação está muitas vezes ausente, assim
compete ao animador encontrar estratégias para convencer os idosos a
participarem em actividades que se adaptem à sua já débil saúde.
Conjunto de forças internas que mobilização o indivíduo para atingir
um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou
desequilíbrio.
A palavra motivação vem do latim movere, que significa "mover". A
motivação é, então, aquilo que é capaz de mover o indivíduo, de o levar a agir
para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento
orientado.
Motivação é o motivo para a acção. A força e energia interior de cada
pessoa são despertadas quando se precisa satisfazer uma das quatro
necessidades básicas: viver, amar, aprender ou deixar um legado.
Avaliação da aplicação das técnicas
Avaliar consiste na recolha e interpretação sistemática de uma
informação com vista a emitir um juízo de valor que facilite a tomada de
decisões de forma a melhorar o que está a ser avaliado.
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Etapas da avaliação.
- Determinação dos objectivos
- Estabelecimento do marco de referência
- Eleição e elaboração de instrumentos
- Recomendação de medidas a tomar e adopção de decisões
- Apresentação de resultados e conclusões
- Análise de informação
- Recolha de dados
Instrumentos e métodos de avaliação
Tipos de avaliação Instrumentos e métodos
Avaliação de Contexto Observação; análise documental; entrevistas;
técnicas grupais; questionários
Avaliação de entrada Inventário de recursos, análise de conteúdo;
consulta bibliográfica e documenta; rever
outros programas; técnicas grupais; ensaios ou
provas piloto.
Avaliação de processo Estabelecimento de controlos grupais
(informações, entrevistas…); estruturação de
sistemas de informação (reuniões, sessões de
revisão, …); observação.
Avaliação do produto Recompilação de juízos e de opiniões mediante
questionários, entrevistas, técnicas grupais,…;
análise quantitativa e qualitativa dos
resultados.
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Critérios de avaliação:
• Eficácia – perceber em que medida os objectivos foram atingidos e
as acções/ actividades foram realizadas;
• Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento técnico da
acção, resultados obtidos relativamente aos recursos utilizados;
• Adequabilidade – avalia em que medida a acção/ actividade foi
adequada face ao contexto e à situação na qual se pretendia intervir;
• Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu igualdade de
oportunidades de participação de todos os intervenientes na acção/
actividade;
• Impacto – utilizado numa perspectiva de médio ou longo prazo,
destina-se a avaliar em que medida a acção/actividade contribuiu
para a melhoria da situação, numa perspectiva de mudança
Socioterapia
A socioterapia é uma especialidade da sociologia que utiliza diversas
técnicas com fins terapêuticos, de desenvolvimento pessoal e integração
social destina-se a todos os indivíduos, independentemente do sexo, idade,
estado civil, opção sexual, raça, status ou classe social, profissão, formação
académica.
Quem pode beneficiar da socioterapia?
Podem beneficiar da socioterapia indivíduos com necessidades
especiais, com limitações ao nível mental, físico, visual, motor, auditivo,
portadores do síndrome de down, paralisia cerebral, epilepsia, autismo, os
dependentes de substâncias químicas, a população de rua, os pacientes
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portadores de doenças crónicas ou mesmo infractores, presos, idosos, etc.
Todos aqueles que precisem de apoio terapêutico para viver melhor em
sociedade.
A socioterapia tem como finalidade de incentivar grupos de indivíduos
(neste caso idosos) a realizar actividades sociais, em ambientes exteriores
às quatro paredes das casas, nas quais os idosos costumam ficar limitados.
Algumas actividades sociais:
o Visita a museus;
o Centros comerciais, hipermercados;
o Praças;
o Exposições;
o Restaurantes;
o Uma troca de ideias, até sobre problemas de cada um.
Importância do lazer
O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode
entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se,
recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou
formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre
capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações
profissionais, familiares e sociais.» (Dumazedier, 1976, apud Oleias)
A palavra LAZER deriva do latim: licere, ser lícito, ser permitido.
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Pode ser entendido por:
• ATITUDE
• TEMPO LIVRE
• ACTIVIDADE RECREATIVA
A palavra "lazer" pode ser interpretada por vários significados, com
base em interpretações da moral, da religião, da filosofia e do senso comum,
contendo também, um sistema de pensamento que indica uma condição de
felicidade e de liberdade. (SANTINI, 1993). Para Dumazedier, lazer é:
“ [...] um conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode entregar-se de
livre vontade, seja para repousar, seja para se divertir, recrear e se
entreter ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação
desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou das
obrigações profissionais, familiares e sociais" (DUMAZEDIER, apud
SANTINI, 1993,p.17).
Também é comum o uso, do termo recreação para nomear algo
parecido ao lazer porém, com alguns elementos que os diferenciam.
Recreação é entendida como " [...] actividade física ou mental que o
indivíduo é naturalmente arrastado para satisfazer as necessidades físicas,
psíquicas ou sociais, de cuja realização lhe advém prazer" (SANTINI, 1993
p.18).
Desta forma, a diferença entre recreação e lazer reside na escolha
das actividades a serem exercidas. Enquanto no lazer, por ser um termo
mais amplo, o indivíduo possui graus de liberdade para sua escolha, e na
recreação, as actividades são impulsionadas naturalmente por motivos
interiores, relacionado a necessidade física, psicológico ou social.
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Segundo Andrade (2001), deve-se superar a manutenção do hábito de
considerar-se o lazer como o não-trabalho em situação individual e colectiva
de quem se afastava de suas actividades sistemáticas. (Trabalho produtivo
e trabalho lúdico)
A ideia de que, a partir de determinada idade, certas actividades não
devem ser desfrutadas, é uma concepção que tende a ser superada em
relação às constantes modificações sociais, uma vez que, actualmente, a
expectativa de vida das pessoas, tem aumentado muito e com isso, a
necessidade de se repensar as questões que envolvem a qualidade de
desfrutar do tempo livre.
A experiência da prática de lazer aumenta o processo de integração
entre as pessoas, sejam estas jovens ou idosas, sem diferenciar, portanto a
idade do indivíduo que a vivência. Entretanto, muitos valores destruídos e
até mesmos preconceituosos, tendem a guiar as concepções de lazer dentro
da própria comunidade idosa interferindo de forma negativa.
É necessário a identificação das necessidades de lazer, facilidade e
dificuldade encontrada pela pessoa da terceira idade, assim será possível
elaborar e propor actividades de lazer que atenda e satisfação do grupo.
A 3ª idade numa perspectiva preventiva
O grupo etário dos idosos é provavelmente o mais heterogéneo de
todos os grupos populacionais, quer pelo amplo leque de idades das pessoas
que dele fazem parte, quer pela diversidade de situações de saúde/doença,
que pode variar desde sem doença aparente e com autonomia completa até
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doença crónica e avançada com dependência total, com um amplo leque de
situações intermédias.
As actividades preventivas podem desempenhar um importante papel,
a nível da qualidade de vida, promovendo a autonomia e contribuindo para um
adequado grau de conforto físico e emocional do idoso.
Nem todas as intervenções preventivas beneficiam da mesma forma
para todos os idosos e muitas delas podem contribuir para a diminuição da
sua qualidade de vida, pela ansiedade que acarretam ou pela morbilidade que
comportam.
Níveis de prevenção
A prevenção bem estruturada deve ser planeada com antecedência,
isto é, antes dos problemas aparecerem.
Para prevenir, é preciso começar por identificar uma situação e
reconhecer os seus riscos e os perigos inerentes.
A Organização Mundial de Saúde aponta 3 níveis de prevenção,
primária, secundária e terciária.
Prevenção primária – visa impedir o aparecimento de um problema de saúde.
Incide na prevenção da doença e na promoção e manutenção da saúde. A
prevenção primária permite ao indivíduo melhorar a sua capacidade de
atingir o nível óptimo de saúde.
A prevenção primária visa três objectivos:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Formadora – Ana Jorge
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1. Fazer desaparecer os factores de risco. A educação deve incidir nos
problemas comuns aos idosos, como doenças cardiovasculares, cancro,
problemas osteo-articulares, afecções crónicas e doenças mentais.
2. Modificação do estilo de vida e a adopção de hábitos sãos como o
exercício físico, uma melhor alimentação, redução do consumo do
tabaco e álcool, etc. Tem de se ter em conta que, é mais melhorar os
conhecimentos a nível de saúde, mas que é muito difícil modificar
atitudes e hábitos adquiridos há já muito tempo.
Prevenção secundária – tem como objectivo curar a doença, parar ou
moderar a sua progressão. Visa também descobrir e erradicar o processo
patológico através de medidas de detenção e despiste precoce. Estas
intervenções estão ligadas a doenças como a hipertensão arterial, diabetes,
cancro, doenças mentais, etc. tem também como objectivo modificar
factores de risco como o isolamento social, os lutos recentes,
hospitalização, confusão mental, pobreza bem como a ausência de redes de
suporte.
Prevenção terciária – permite diminuir as consequências e repercussões de
uma doença, retardar ou suspender a sua progressão, mesmo que o problema
persista. Para atingir estes objectivos, é essencial e instalação de uma rede
integrada
De cuidados e serviços geriátricos adequados, que permita manter a pessoal
idosa no seu ambiente (no domicilio ou em lar).