25/11/2015 - prefeitura.sp.gov.br · realização do hemograma com contagem de plaquetas...

Secretaria Municipal de SaúdeCoordenação de Vigilância em Saúde

Coordenação da Atenção Básica

Organização dos serviçosOrganização dos serviços

Rejane Calixto Gonçalves

25/11/2015

Organização de Serviços

Eric Martinez (2006):

“tão importante como evitar a transmissão da

dengue é a preparação dos serviços de saúde para atender adequadamente os pacientes

suspeitos e evitar os óbitos. Se devemos aspirar suspeitos e evitar os óbitos. Se devemos aspirar

a não ter epidemias, mas, caso elas ocorram,

devemos evitar os óbitos. Um bom gestor de saúde é capaz de salvar mais vidas durante uma epidemia de dengue que os médicos”


•• TodosTodos os serviços, sejam públicos, privados ou de saúde

suplementar, tanto de unidades de saúde, STS/SUVIS, CRS

devem:

� estar organizados de acordo com os planos de

contingência e operativos elaborados para diferentes

níveis de transmissão níveis de transmissão

� ter planos pactuados

� ter profissionais capacitados no manejo clínico dos

pacientes suspeitos segundo os protocolos preconizados

pelo Ministério da Saúde


PLANOS PLANOS DE CONTIGÊNCIA DE CONTIGÊNCIA ASSISTENCIAISASSISTENCIAIS

• define as responsabilidades estabelecidas

• descreve as medidas a serem adotadas para respostas as

emergências

• Construção coletiva e integrada do documento, contemplando

diferentes cenários de transmissão e dinamismo, conforme

situação de risco, aplicabilidade e monitoramento das atividades.


2º semestre 2º semestre é fundamental é fundamental para o planejamento da para o planejamento da CRS e STS em relação a dengueCRS e STS em relação a dengue

� deve-se avaliar a situação epidemiológica do seu território e

perspectivas de transmissão

� realizar o diagnóstico da rede de saúde

� organizar os serviços para diferentes níveis de transmissão� organizar os serviços para diferentes níveis de transmissão

� elaborar Planos de Contingência

� pactuar as necessidades apontadas nos planos de contingência

com as partes envolvidas

� capacitar todos os profissionais de saúde


• atenção aos pacientes suspeitos de Dengue, na

grande maioria dos casos, utiliza de tecnologias de

cuidado e equipamentos de menor

complexidade e custo

• abordagem precoce do paciente, a correta

classificação de risco do caso e manejo clínico

são fatores críticos de sucesso para permitir a boa

evolução dos casos graves

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde.

Diretrizes para a organização dos serviços de atenção à saúde em situação de aumento de casos ou de epidemia de dengue.

Secretaria de Atenção à Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 1.. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.


• Ministério da Saúde - de acordo com estudo comparativo entre o

numero de casos notificados (fonte Sinan) e o numero de casos de

internação com CID de Dengue realizadas, no período de 2001 a 2010 :

� cerca de 7% (sete por cento) dos casos demandaram internação

hospitalar em enfermarias

� Dos casos de internação em enfermaria, cerca de 10% demandaram � Dos casos de internação em enfermaria, cerca de 10% demandaram

internação em Unidade de Terapia Intensiva/UTI

� a média de permanência observada em leitos de enfermarias foi de

3,4 dias

� Média de internação nas UTI foi de 5 dias

0.5 % (480.5 % (48--72 h)72 h)

12.0 % (2412.0 % (24--47 h)47 h)

87.5 % (087.5 % (0--23 h)23 h)

Eric Martinez


• a capacidade de gestão é fundamental para que

os serviços sejam articulados em rede, com

garantia de acesso, acompanhamento do paciente e qualidade de atenção

11-- SERVIÇOS DE SAÚDESERVIÇOS DE SAÚDE

• regulação deverá estar presente dentro das

unidades de saúde, e através de centrais de

regulação ou de dispositivos criados

emergencialmente para este fim, para nortear

os fluxos de pacientes entre serviços.


• toda a equipe de saúde tem o papel de vigilância em relação

ao usuário, tanto no domicílio (detecção e acompanhamento de

casos de casos em visitas domiciliares) como nos serviços de

saúde

SERVIÇOS DE SAÚDE SERVIÇOS DE SAÚDE –– Plano OperativoPlano Operativo

• o acolhimento e a classificação de risco devem ocorrer,

reduzindo o tempo de espera, definindo o plano de

acompanhamento e o melhor cuidado para cada paciente.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde.

Diretrizes para a organização dos serviços de atenção à saúde em situação de aumento de casos ou de epidemia de dengue.

Secretaria de Atenção à Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 1.. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.


Definir um Coordenador das atividades dentro de uma unidade de

saúde, que tenha a visão de todos os processos assistenciais e de

apoio dentro desta unidade, e que seja também a referência da

equipe na relação com outros serviços.


• Acesso – necessidade de porta separada para quadros febris? quando implantar?


• Implantar Classificação de Risco na unidade unidade com profissionais

capacitados

1 - Atendimento do paciente

Sinais de alerta na dengue

a) dor abdominal intensa e contínua;

b) vômitos persistentes;

c) hipotensão postural e/ou lipotímia;

d) hepatomegalia dolorosa;

e) sangramento de mucosa ou hemorragias

importantes (hematêmese e/ou melena);importantes (hematêmese e/ou melena);

f) sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;

h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou

hipotermia;

i) aumento repentino do hematócrito;

j) queda abrupta de plaquetas;

k) desconforto respiratório.


• Atendimento – quem? prioritários ? necessidade de aumento de equipe? quando, quantos ?cartão de acompanhamemto

• Necessidade de hidratação,medicação – onde, quem, necessidade de aumento de equipe, necessidade de aumento de local ,insumos


• Coleta de exames (específicos e inespecíficos)– quem, onde, encaminhamento, retorno dos resultados, avaliação dos resultados

•Encaminhamento para serviços de maior complexidade –regulação, referência/contra referência; iniciar hidratação


• Acompanhamento do paciente – quem? Onde? Agendamento; orientação; cartão de acompanhamemto; seguimento pelas equipes de ESF; monitoramento de faltosos

• Notificação - quem? Onde? Fluxos para chegar na SUVIS em 24 horas (Portaria Portaria Nº 2286/2014-SMS.G – 05/11/2014); fluxo de informação diária para a vigilância epidemiológica


de informação diária para a vigilância epidemiológica

• SIGA - anotar HD - DENGUE

• Retorno do paciente: Porta de entrada diferente? Quem? Onde? Necessidade de aumento de equipe? Quando? Acolhimento com reclassificação de risco


• Capacitação – de todos os profissionais de saúde com identificação do papel de cada um

• Insumos – medicamentos, materiais, cartão de acompanhamento, etc - estimativa de necessidades, acompanhamento de estoques,


etc - estimativa de necessidades, acompanhamento de estoques, fluxos de solicitação – quem? onde?

• Avaliação de RH: o que temos? O que precisamos? remanejamento interno? remanejamento externo? contratação? Quando?


• Readequação de ações de rotina – período delimitado –quando? Como?

• Estratégia de comunicação para a população – quem? Como?


• Conhecimento e análise de situação epidemiológica do seu território - quem? Como?divulgação

• Hidratação – SRO – já na sala de espera


• serviços de saúde devem estar adequadamente organizados para atendimento do paciente com suspeita de dengue

• oferecer a hidratação precocemente à todos os pacientes acolhidos, inclusive na sala de espera pelo atendimento médico, com atenção contínua e permanente

• detectar oportunamente o aparecimento de sinais de alarme e sinais de choque


• Reclassificar o paciente a cada retorno programado na unidade;

• Garantir coleta de exames específicos (de acordo com a situação epidemiológica do momento) e inespecíficosinespecíficos

• Garantir o retorno dos resultados exames inespecíficos em tempo hábil


• Garantir a contra referência e a referência dos pacientes vinculados ao seu território, com acompanhamento dos pacientes até a alta, conforme protocolo clínico do MS

• transporte adequado dos pacientes a outros níveis de atenção durante todo o funcionamento do serviço

• comunicação direta com a unidade assistencial definida previamente para a referência ou com regulação central;

GRUPO C e D

� Esses pacientes devem ser atendidos,

inicialmente, em qualquer nível de complexidade,

sendo obrigatória a hidratação venosa rápida, sendo obrigatória a hidratação venosa rápida,

inclusive durante eventual transferência para uma

unidade de referência


• Programar o acompanhamento específico para o paciente de primeira consulta e para os retornos em dias subsequentes na própria unidade ou em unidades de referência (final de semana)

• Criar processos diferenciados para o paciente que recebe o primeiro atendimento e para o paciente

• Criar processos diferenciados para o paciente que recebe o primeiro atendimento e para o paciente que retorna para avaliação

• Garantir orientações adequadas ao paciente e familiares.


• As equipes das UBS, principalmente da ESF,

devem estar capacitadas e orientadas para

identificar casos suspeitos, busca de casos

secundários, acompanhamento de casos leves secundários, acompanhamento de casos leves

e pacientes pós-alta hospitalar, assim como

orientar sobre sintomas e formas de prevenção da

dengue.

Equipes de ESF

� identificar casos suspeitos

� encaminhá-los para atendimento

� acompanhar casos suspeitos, principalmente com retornos entre o 3º e 6º dia após o início dos sintomasretornos entre o 3º e 6º dia após o início dos sintomas

� orientar sobre sintomas

� orientar e perguntar sobre sinais de alarme

� orientar e acompanhar a hidratação por via oral

Equipes de ESF

�realizar busca ativa de casos secundários

� reforçar orientações em locais em que está ocorrendo transmissão

� orientar sobre prevenção e acompanhar se as orientações estão sendo seguidas - o ano todo

� mobilizar a comunidade na prevenção a dengue

Cartão de Acompanhamento – deve ser sempre entregue para o paciente


• o registro de informações em prontuário e a

notificação oferece subsídio para o

planejamento de:

* tamanho de equipes

* necessidade de materiais e insumos

2 2 -- INFORMAÇÃOINFORMAÇÃO

* necessidade de medicamentos

* forma de funcionamento dos serviços

* referências e contra referências

* necessidades de laboratório

* acompanhamento dos pacientes suspeitos nas

unidades de saúde

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA -Portaria MS Nº 1.271, de 6 de junho de 2014


• estabelecer fluxo de informação diária para a vigilância epidemiológica

• casos graves são de notificação imediata(telefone, fax, planilhas eletrônicas).


• insumos, transporte (viabilizar esquema alternativo de

transporte de material biológico, se necessário -

3 3 -- LABORATÓRIOLABORATÓRIO

motocicleta, bicicleta, carro), coleta, realização do

exame


• estabelecer estrutura para suporte laboratorial (capacidade de coleta de

exames laboratoriais na unidade e fluxo de encaminhamento de amostras):

11-- InespecíficoInespecífico

� implantar local de coleta;

� receber resultado por fax, e-mail ou outro meio como sistema de informação

em rede;

� Realização do hemograma com contagem de plaquetas - estratégias para � Realização do hemograma com contagem de plaquetas - estratégias para

garantir a realização do hemograma com liberação do resultado no mesmo

dia (até 4 horas):

� TGO, TGP, albumina, glicose, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria,etc

� Exames de imagem recomendados: radiografia de tórax (PA, perfil e

incidênciade Laurell) e ultrassonografia de abdome ecocardiograma


2 2 --Exames específicosExames específicos

• De acordo com situação epidemiológica

• Garantir a coleta e o envio ao laboratório de referência de material

para sorologia para sorologia

• Acompanhar os resultados


As Unidades de Saúde devem possuir:

• bebedouros,

• sais para reidratação oral, anti-térmicos

(paracetamol, dipirona), soro fisiológico 0,9% e

Ringer Lactato

4 - Materiais

Ringer Lactato

• copos em quantidade suficiente para oferecer

hidratação oral para todos os casos suspeitos

de dengue,

• esfigmomanômetros de criança e adulto,


As Unidades de Saúde devem possuir:

• cadeiras de hidratação

• estetoscópios,

• termômetros, jelco adulto e infantil, agulhas de

vários calibres, seringas, algodão, álcool, fita

hipoalérgica, luvas, máscaras, toucas, suporte para hipoalérgica, luvas, máscaras, toucas, suporte para

hidratação, etc,

•• cartão de acompanhamentocartão de acompanhamento do paciente suspeito

de dengue, etc.


• avaliar Medicamentos disponíveis, necessidades e fluxos para

garanti-los:

� Sais de Reidratação Oral;

� Dipirona (gotas e comprimidos);

5 - Medicamentos

� Dipirona (gotas e comprimidos);

� Paracetamol (gotas e comprimidos);

� Soro fisiológico a 0,9% (para situações de necessidade imediata

de reposição volêmica, até a chegada do usuário a unidade de

saúde de maior complexidade).


• Capacitar os profissionais de saúde

• Disponibilizar manuais, algoritmos, fluxos, etc

6 - Capacitação


DENGUE: ORIENTAÇÕES PARA A EQUIPE

APLICATIVO

cedido pelo Dr Daniel Calili


DENGUE DENGUE (POLO DENGUE(POLO DENGUE))

• instalações provisórias que podem ser criadas em qualquer área física que

tenha as condições adequadas para o funcionamento de serviços de saúde

(unidade já existente ou serviço montado para este fim), dentro das condições

de segurança para pacientes e trabalhadores.

• Será unidade de referência para outras unidades de saúde destinada à • Será unidade de referência para outras unidades de saúde destinada à

hidratação de pacientes, preferencialmente venosa, com tempo de

permanência curto – em observação por um período máximo de 24 horas –

tempo necessário para a estabilização, ou encaminhamento para unidade de

maior resolutividade.

• Esta unidade exige também trabalho de coordenação para seu funcionamento

adequado


NÃO ESQUECER:NÃO ESQUECER:

� Classificação de Risco

Dengue

� Hidratar sempre

� Orientar sinais de alarme

� Notificar

� Monitorar

[email protected]@prefeitura.sp.gov.br

25/11/2015 - prefeitura.sp.gov.br · realização do hemograma com contagem de plaquetas...

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