24.a importância histórica do desenho _mariana cruz
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artes e desenhoTRANSCRIPT
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A importncia histrica do desenho
e sua interface com o mercado no
mundo contemporneo
Mariana da Silva Cruz
Orientador : Kleber Mazziero de Souza
Graduanda em Comunicao
Social pela Escola Superior
de Propaganda e Marketing
ESPM. Email:
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Silva, Mariana da Cruz. A importncia histrica do desenho e sua interface com o mercado
no mundo contemporneo. So Paulo: Escola Superior de Propaganda e Marketing ESPM,
2012.
Resumo
O presente artigo aborda a histria do desenho desde seu surgimento, na pr-histria, at a
atualidade de um mundo conectado, na qual o desenhista encontra uma ampla gama de opes de
expresso. Alm da forma de expresso, o Desenho passou por mudanas no material utilizado
comeando pela inveno do papel, da pena e da caneta esferogrfica, que substituram a pedra e
o osso, at a arte grfica produzida diretamente no computador. Fazendo uso da tcnica
metodolgica da Anlise do Discurso, pode-se evidenciar a evoluo do Desenho enquanto Arte
e suas funes prticas, sua aplicao na vida cotidiana da antiguidade (como a utilizao para a
confeco de mapas) e da sociedade contempornea (que convive com o grafite utilizado por
artistas como forma de exposio de condies sociais especficas). Para concluir, trazida em
coleo a realidade do mercado brasileiro, com um enfoque primordialmente voltado para a
histria em quadrinhos, primeira forma de representao mercadolgica do Desenho no Brasil.
Abstract
This article discusses the Drawing history from its beginnings in prehistory to the actuality, in a
connected world which the designer is a wide choice of expression. More than a form of
expression, the Drawing has undergone changes in the starting material used: since the invention
of paper, pen and ballpoint pen, which replaced the stone and bones, to the artwork produced
directly on the computer. Using the methodological technique of Discourse Analysis, we can see
the Drawing evolution as an Art and its practical functions, its application in daily from antiquity
(such as the use for making maps) and of contemporary society (living with graffiti, used by
artists as a way of exposing specific social conditions). To conclude, the article looks into the
Brazilian market reality, with a primarily focus on the comic book, first marketing representation
form of the Drawing in Brazil.
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Introduo
O Desenho a forma mais primitiva de comunicao, como nos mostrado por
Giulio Carlos Argan em Histria da Arte Italiana, volume 1; anterior, inclusive,
escrita. Na qualidade de manifestao artstica o desenho , em sua instncia primal,
uma arte universal e que precede todas as outras. Seus primeiros relatos so os desenhos
produzidos na pr-histria, encontrados em cavernas.
As primeiras manifestaes artsticas remontam, todavia, a uma poca
muito mais longnqua, ao fim do Paleoltico. Dezenas de milnios a. C.
os homens. Que viviam da caa e da coleta ocasional de frutas
silvestres, j conheciam o valor da imagem ou da figurao. Pertence,
de fato, ao Paleoltico superior toda uma srie de figuraes to
sintticas e intensamente expressivas que alguns dos maiores artistas
modernos (antes de todos, Picasso) as consideraram obras de arte
perfeitas, chegando mesmo a prop-las como modelos de absoluta
autenticidade da expresso artstica. So imagens de animais selvagens
(bises, renas, mamutes, etc.) grafitadas e pintadas sobre as paredes e
sobre as abbodas das grutas naturais disseminadas na Europa
mediterrnea, principalmente na zona franco-cantbrica (Lascaux,
Altamira, Montignac, Polignac etc.). So traadas com os dedos ou com
instrumentos elementares pelos caadores que ppor muitos sculos
frequentaram aquelas grutas, s quais atribuam o valor de locais
sagrados. Foram consideradas muitas vezes como extraordinrias
manifestaes de uma atividade artstica instintiva, no condicionada
por uma precedente experincia figurativa ou tcnica, nem por uma
finalidade prtica. Foi, porm, demonstrado que essas figuraes,
embora revelando com extrema vivacidade a imagem que o homem do
Paleoltico tinha do mundo e de sua presena nele, tm um carter
mgico e uma finalidade prtica. Representando, ou melhor,
prefigurando o encontro com o animal na floresta, o caador imaginava
garantir, com uma operao mgica, o sucesso da luta da qual dependia
sua existncia. Fazendo realizar atravs da imagem o evento desejado,
de qualquer forma o subtraa incerteza do acaso: sua esperana
transformava-se no projeto da ao.
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No verdade que essas figuraes sejam independentes de qualquer
interesse tcnico, mas elas no devem ser consideradas em relao com
a tcnica da fabricao de objetos e utenslios (ainda no existente), mas
com a tcnica da caa, a nica possuda pelo homem do Paleoltico.
(ARGAN, p. 21 e 24).
As obras de arte relacionadas quilo a que hoje conhecemos como desenho
foram primeiramente produzidas pelo Homem pr-histrico com o intuito de narrar
cenas, de caracterizar representaes de fatos da vida cotidiana. Os mais antigos
registros datam de 15.000 A.C. e permeiam todo o perodo histrico at a Idade Mdia,
passando pelas civilizaes egpcia, mesopotmica e chinesa, em cada uma deles
representando algo diferente.
Aps a primeira fase nitidamente representativa, o Desenho passou, no Egito
antigo, a ser utilizado na decorao de tumbas e templos. Nascia, a, o Desenho-
enquanto-Arte, pois adquiria relevncia social. Um exemplo do quo importante era o
Desenho no antigo Egito era o valor dado a eles nas tumbas, era considerada uma
condenao gravssima para qualquer indivduo que seus desenho e inscries fossem
raspados, significava que o morto no possua mais status e valor na sociedade egpcia.
Os gregos, na antiguidade, utilizavam o Desenho como uma forma de
representar suas divindades, como forma de manifestar graficamente a religiosidade do
povo e de seus governantes.
Na Mesopotmia, o Desenho foi o precursor da cartografia, sendo assim
utilizado para criar representaes da terra e de rotas de viagens. Contudo, foi no
Imprio Romano que a cartografia ganhou uma conotao funcional voltada
especificamente para uma questo poltico-mercadolgica, pois servia para representar
as rotas comerciais e o domnio do Imprio.
Evoluo Histrica
Como nos foi mostrado por Caroline Faria em Histria do desenho, todas as
Sete Artes tiveram, em suas histrias, momentos de revoluo a caracterizar sua
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evoluo. O grande salto material e conceitualmente do Desenho deu-se quando da
inveno do papel pelos chineses. Antes desse acontecimento os materiais usados para a
realizao dos desenhos eram blocos de barro ou argila, couro, tecidos, folhas de
palmeiras, pedras, ossos de baleia, papiro (papel utilizado pelos egpcios), entre outros.
Apesar da maneira de realizar a tcnica de obteno de papel ter evoludo, ela se
mantm muito prxima da original, partindo da extrao da fibra vegetal, prensagem e
secagem da folha.
Concomitantemente com a evoluo material do objeto no qual se produziam os
desenhos, deu-se a evoluo do material utilizado com os quais se produziam os
desenhos. At a criao da caneta esferogrfica pela segunda metade do sculo XX,
foram utilizados diversos outros materiais que sucederam o uso dos dedos na Idade da
Pedra: na Babilnia o uso de pedaos de madeira e de ossos que eram usados para
desenhar em tbuas de argila, madeira e ossos embebidos em tinta vegetal para imprimir
os traos no papiro do Egito Antigo, a pena, o carvo apesar de seu uso rudimentar j
aparecer nas produes do Homem pr-histrico. Vale ressaltar que a pena mencionada
acima a pena simples, a pena com ponta metlica surgiu apenas no sculo XVIII e a
caneta tinteiro foi criada em 1884, j na era do papel chins.
Transformando Arte em Utilidade
As escolas de artes dedicaram-se, em favor da economia, a lecionar o Desenho
com interesses comerciais, para auxiliar as profisses que necessitavam de uma
aprendizado mais apurado, como citado no livro Academias de Arte: Passado e
Presente, de Nikolaus Pevsner. possvel, tambm, perceber a sutil diferena entre a
pintura e o desenho, visto que, o desenho considerado um pr-requisito para a pintura,
no perodo histrico conhecido como Mercantilismo.
Em 1757 houve a inaugurao da escola de Mainz, destinada ao
desenvolvimento da arte do desenho to necessria a todos os ofcios
especializados. No mesmo ano surgiu a escola de Hanau em
considerao do grande benefcio que a cincia tira do desenho e de seu
papel indispensvel para a maioria dos artistas, fabricantes e artesos.
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Em 1758, sugiu em Viena a Manufaktur-Schule, que foi mais tarde
absorvida pela academia da cidade e remodelada em 1770. A Trustees
Academy de Edimburgo, dedicada promoo das manufaturas
escocesas, surgiu em 1760. Em 1769, a duquesa de Massa patrocinou a
criao da Academia de Carrara, consagrada formao profissional de
arquitetos, pedreiros e escultores, a fim de apoiar a indstria local do
mrmore. Em 1770, a Handwerkerschule de Karlsruhe instalou-se no
prdio da prefeitura da cidade. Em Barcelona, em 1775, foi inaugurada
a escola de desenho da Cmara de Comrcio local. Em Frankfurt, por
volta de 1780, foi instituda uma escola para estudantes que desejavam
se dedicar s profisses que exigem domnio da arte do desenho.
(PEVSNER, p. 206).
Ao longo do tempo o desenho foi utilizado como base para outras artes, mas
tambm como base de profisses muito antigas, como a arquitetura, que antes mesmo
de ser considerada uma das Sete Artes, j contava necessariamente com o Desenho para
a estruturao das primeiras plantas a serem edificadas. Tambm os artesos e
escultores valiam-se do Desenho como pedra fundamental para a construo de seus
objetos, aparecendo nas aulas dos mestres a seus aprendizes, para que estes
aprendessem a visualizar seus trabalhos antes de realiz-los de fato.
Contudo, segundo Giulio Carlo Argan, no Renascimento que o Desenho
realmente ganhou contornos de uma Arte Nobre. O aparecimento do conceito aplicado
da perspectiva, que diferencia e muito o desenho das ilustraes da Idade Mdia,
juntamente com o maior conhecimento da anatomia humana, acrescentam aos desenhos
renascentistas um toque de Arte mesclado a um toque de realidade. Assim, possvel
afirmar que os grandes mestres de pintura da poca eram tambm grandes desenhistas,
pois utilizavam de suas tcnicas de Desenho para a realizao de imagens quase
perfeitas, a cada trao mais prximas do real.
Os grandes acontecimentos histricos tambm influenciaram o Desenho. A
Revoluo Industrial fez surgir o desenho industrial, para a projeo de mquinas e
equipamentos. Aps a Primeira Guerra Mundial houve a popularizao das caricaturas e
charges, assim como a Segunda Guerra Mundial fez com que as animaes fossem
utilizadas tanto por americanos quanto por nazistas ; fosse para exaltar as qualidades
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de seus sistemas ou para apontar mazelas dos sistemas de governos de seus rivais. Um
episdio marcante dessa espcie de guerra visual o episdio da personagem Pato
Donald denominado Der Fuehrers Face (Na Cara do Fuehrer), no qual mostrado o
quanto os americanos consideravam seu prprio mtodo de governo superior ao regime
nazista. Todavia, vale ressaltar que Der Fuerhrers Face, feita pela Disney, foi
considerado de grande qualidade, sendo o 22colocado na lista do livro The 50 Greatest
Cartoons de Jerry Beck, publicado em 1994, no qual temos outros desenhos como
Felix in Hollywood, The Skeleton Dance e Little Red Riding Rabbit.
Transformando o desenho em quadrinhos
No ano de 1890 surgiu a primeira revista em quadrinhos semanal do
mundo, chamada Comic Cuts, dedicada exclusivamente ao desenho. Antes dessa data,
os quadrinhos faziam parte de revistas mistas, que tratavam de diversos assuntos em
uma mesma publicao, ou ainda, estavam presentes em jornais, nas famosas tirinhas.
Antes disso, em 1869, no Brasil, o jornal Vida Fluminense passa a publicar as tiras de
ngelo Agostini com o ttulo de As Aventuras de Nh Quim, este mesmo artistas fez
outros trabalhos como As Cobranas e Z Caipora.
Apesar dos grandes trabalhos realizados por ngelo Agostini, foi com o
cartunista Maucio de Sousa que os quadrinhos ganharam destaque no Brasil. Segundo
Ana Lcia Santana, o pai da Turma da Mnica comeou sua trajetria em 1959, com
uma publicao na qual o co Bidu, seu primeiro personagem, era o protagonista. O
primeiro ncleo criado por Maurcio foi feito a partir da unio do cozinho Bidu e de
seu dono, o garoto Franjinha, desse momento em diante foi possvel anexar novos
personagens, como a famosa menina gorducha Mnica, o troca-letras Cebolinha, a
comilona Magali e o porquinho Casco, alm de personagens feitos para possurem
histrias independentes, como Chico Bento, que possu seu prprio gibi e suas prprias
histrias, que se passam bem longe da famosa Rua do Limoeiro. Alm da Turma do
Chico Bento, existem outros personagens, como a Tina, com histrias que envolvem
adolescentes e seus problemas, o Penadinho, com seu ambiente bem peculiar, o
cemitrio, Piteco, o homem das cavernas, Horrio, o pequeno dinossauro, o Astronauta,
o Papa-Capim, entre tantos outros, cada personagem dedicado a interagir com um
pblico diferente atravs da mesma linguagem, a linguagem dos desenhos.
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Consideraes Finais
No Brasil, o Desenho ganhou fora e pujana quando relacionado diretamente s
histrias em quadrinhos. O salto qualitativo do Desenho enquanto Arte d-se no
momento em que este adquire capacidade mercadolgica.
Como foi mencionado acima, a transformao da arte do desenho nas famosas
histrias em quadrinhos, sejam estas chamadas de Gibis, Mangs ou Historiestas, faz
com que estas agradem a um pblico mais diversificado, de todas as idades e classes
sociais, possuindo uma linguagem simples, objetiva, que no busca apenas divertir, mas
que pode, em muitos casos, nos ensinar muita coisa, mas de uma maneira no to
intensa quanto um texto complexo, cheio de referncias, com um toque mais delicado.
Alm disso, o desenho em si no apenas a Arte pela Arte, mas sim uma arte acessvel
e de fcil entendimento, no qual possvel divertir, como mostrado no curta The
Skeleton Dance, ou ainda, trazer uma abordagem poltica como mostrado em Der
Fuerhrers Face, sem perder o ar de inocncia.
O surgimento de segmentos e pblicos especficos a partir da dcada de
20, merece um captulo a parte, pela complexibilidade de fatos. O
quadrinho se expandiu pelo mundo de maneira industrial e autoral,
assumindo vrios nomes como quadrinhos e gibi (Brasil); banda
desenhada (Portugal); bande dessine (Frana); fumetti (Itlia); tebeos
(Espanha); historietas (Argentina); manga (Japo); e encantando
geraes e destacando grandes artistas. (REBOUAS).
Assim sendo, podemos concluir que o desenho, ao ser utilizado na produo de
histrias em quadrinhos, tornou-se uma arte de consumo mais amplo e mais fcil, pois
no faz uso de sua forma mais crua, mais estritamente ligada arte-primeira; ao
contrrio, tornou-se uma arte de mais fcil compreenso, tornou-se popular, e, em
alguns casos, fez do desenho um trao peculiar de algumas culturas (como no caso
especfico do Mang, por exemplo), o que o caracteriza como uma manifestao
artstica clssica, mas com um toque contemporneo, posto seguir as mudanas que
ocorrem no mundo, tratando de todos os assuntos possveis, tornando-se sempre um
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produto novo, com novos contedos e novas formas, sendo sempre acrescido de valor,
tanto comercial quanto cultural.
No anexo 1 do presente artigo, apenas para ilustrar o aqui exposto, a lista
dos 50 mais importantes cartoons da histria da produo grfica norte-americana,
segundo o livro The 50 Greatest Cartoons.
Referncias Bibliogrficas
FARIA, Caroline. Histria do Desenho, publicado em
http://www.infoescola.com/artes/historia-do-desenho/ . Acessado em 23 de julho de
2012.
SANTANA, Ana Lcia. A Obra de Maurcio de Sousa, publicado em
http://www.infoescola.com/literatura/a-obra-de-mauricio-de-sousa/. Acessado em 02 de
agosto de 2012.
REBOUAS, Fernando. Histria dos Quadrinhos, publicado em
http://www.infoescola.com/desenho/historia-dos-quadrinhos/. Acessado em 02 de
agosto de 2012.
PEVSNER, Nikolaus. Academias de Arte: Passado e Presente, 1 edio, Companhia
das Letras, So Paulo, 2005.
ARGAN, Giulio Carlo. Histria da Arte Italiana, Volume 1: Da Antiguidade a
Duccio, Cosac Naify, So Paulo, 2003.
ARGAN, Giulio Carlo. Histria da Arte Italiana, Volume 2: De Giotto a Leonardo,
Cosac Naify, So Paulo, 2003.
Tabela Anexo:
http://en.wikipedia.org/wiki/The_50_Greatest_Cartoons, lista do livro The 50 Greatest
Cartoons. Acessado em 02 de agosto de 2012.
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Anexo 1
Order Title Studio Year Director
1 What's Opera, Doc? Warner Bros. 1957 Chuck Jones
2 Duck Amuck Warner Bros. 1953 Chuck Jones
3 The Band Concert Disney 1935 Wilfred Jackson
4 Duck Dodgers in the
24th Century
Warner Bros. 1953 Chuck Jones
5 One Froggy Evening Warner Bros. 1955 Chuck Jones
6 Gertie the Dinosaur Winsor
McCay 1914 Winsor McCay
7 Red Hot Riding Hood MGM 1943 Tex Avery
8 Porky in Wackyland Warner Bros. 1938 Bob Clampett
9 Gerald McBoing-Boing UPA 1951 Robert Cannon
10 King-Size Canary MGM 1947 Tex Avery
11 Three Little Pigs Disney 1933 Burt Gillett
12 Rabbit of Seville Warner Bros. 1950 Chuck Jones
13 Steamboat Willie Disney 1928 Walt Disney and Ub Iwerks
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Order Title Studio Year Director
14 The Old Mill Disney 1937 Wilfred Jackson
15 Bad Luck Blackie MGM 1949 Tex Avery
16 The Great Piggy Bank Robbery Warner Bros. 1946 Bob Clampett
17 Popeye the Sailor Meets
Sindbad the Sailor Fleischer 1936 Dave Fleischer
18 The Skeleton Dance Disney 1929 Walt Disney
19 Snow White Fleischer 1933 Dave Fleischer
20 Minnie the Moocher Fleischer 1932 Dave Fleischer
21 Coal Black and de Sebben
Dwarfs Warner Bros. 1943 Bob Clampett
22 Der Fuehrer's Face Disney 1941 Jack Kinney
23 Little Rural Riding Hood MGM 1949 Tex Avery
24 The Tell-Tale Heart UPA 1953 Ted Parmelee
25 The Big Snit NFB 1983 Richard Condie
26 Brave Little Tailor Disney 1938 Bill Roberts
27 Clock Cleaners Disney 1937 Ben Sharpsteen
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Order Title Studio Year Director
28 Northwest Hounded Police MGM 1946 Tex Avery
29 Toot, Whistle, Plunk and Boom Disney 1953 Ward Kimball and Charles A.
Nichols
30 Rabbit Seasoning Warner Bros. 1952 Chuck Jones
31 The Scarlet Pumpernickel Warner Bros. 1950 Chuck Jones
32 The Cat Came Back NFB 1988 Cordell Barker
33 Superman Fleischer 1941 Dave Fleischer
34 You Ought to Be in Pictures Warner Bros. 1940 Friz Freleng
35 Ali Baba Bunny Warner Bros. 1957 Chuck Jones
36 Feed the Kitty Warner Bros. 1952 Chuck Jones
37 Bimbo's Initiation Fleischer 1931 Dave Fleischer
38 Bambi Meets Godzilla Independent 1969 Marv Newland
39 Little Red Riding Rabbit Warner Bros. 1944 Friz Freleng
40 Peace on Earth MGM 1939 Hugh Harman
41 Rooty Toot Toot UPA 1952 John Hubley
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Order Title Studio Year Director
42 The Cat Concerto MGM 1946 William Hanna and Joseph
Barbera
43 The Barber of Seville Lantz 1944 James Culhane
44 The Man Who Planted Trees Frdric
Back 1987 Frdric Back
45 Book Revue Warner Bros. 1946 Bob Clampett
46 Quasi at the Quackadero Independent 1975 Sally Cruikshank
47 A Corny Concerto Warner Bros. 1943 Bob Clampett
48 The Unicorn in the Garden UPA 1953 William T. Hurtz
49 The Dover Boys Warner Bros. 1942 Chuck Jones
50 Felix in Hollywood Pat Sullivan 1923 Otto Messmer