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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 28 de setembro de 2015, Edição 1523- Publicação semanária AUTO-PERFIL Páginas 2 e 3 MOTOMUNDO Página 6 TESTE Páginas 4 e 5

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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 28 de setembro de 2015, Edição 1523- Publicação semanária

AUTO-PERFILPáginas 2 e 3

mOTOmUndOPágina 6

TESTEPáginas 4 e 5

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Segunda . 28 de setembro de 2015

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Jornal da SemanaPublicação semanária publicada pela

JB Empresa Jornalística Ltda.CNPJ: 73752180/0001-31

DireçãoAntônio Badra Kamal Badra

DiagramaçãoJonathan Almeida

ImpressãoGráfica Jornal A Plateia

Noticiário Auto Press® editado pela Carta Z Notícias Ltda - Rio de Janeiro/RJ

Rua Almirante Barroso 358, esquina rua Uruguai

Cep: 97.574-020 E-mail: [email protected] Fone/fax: Redação: (55) 3242 2939

Circulação: (55) 3242 5533 Comercial: (55) 3242 5654

Sant’Ana do Livramento-RS/Brasil

A Hyundai caminha na contramão do mercado. Enquanto as vendas de au-tomóveis e comerciais leves não param de cair – foram 3.634.506 emplacados em 2012, contra 3.328.717 no ano passado –, a marca coreana comemora o pulo dos 2,98% de participação nacional há três anos para os atuais 8,04%, que ostenta no acumulado de janeiro a agosto de 2015. O êxito veio principalmente a partir do lançamento do HB20, em meados de 2012, que se tornou ainda mais bem--sucedido do que a própria Hyundai esperava. Tanto que, mesmo depois de três anos de vida, as mais de 500 mil unidades produzidas da linha HB20 provam que nem havia tanta necessida-de de renovação. Em agosto, foi o terceiro carro mais vendido do Brasil, com 9.168 emplacamentos – ficou atrás apenas do Chevrolet Onix e do Fiat Palio. Mesmo assim, a partir de outubro, chega às lojas a reestilização do hatch da Hyundai.

Para crescer em market share como a marca coreana conseguiu, a saída é apostar em modelos de volume. E a linha HB20 é a única que segue essa premissa no “line up” da Hyundai. Por isso mesmo foi adotada a estratégia de dividir as renovações em momentos diferentes. De início, apenas a carroceria hatch passa por modifica-ções – menos na versão “X”, com estética aventureira, que será remodelada poste-

Com participação crescente no mercado brasileiro, Hyundai renova HB20 hatch

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

riormente, assim como a car-roceria sedã. As principais alterações estéticas ficam por conta da nova grade hexagonal dianteira com detalhes cromados – que segue a identidade visual adotada nos demais veículos da marca – e dos faróis com projetores e luzes diurnas em leds, sendo que a mudança no conjunto ótico só aconte-ce na configuração de topo Premium. Atrás, as lanter-nas ficaram mais espichadas – alteração que só contempla as duas versões mais caras, Premium e Comfort Style – e o para-choque, assim como o dianteiro, tornou-se mais robusto. De perfil, chamam atenção as novas rodas e calotas de 15 polegadas – nas configurações com pneus de aro 14, não houve alterações.

O trem de força recebeu melhorias signifi-cativas. Pelo menos na mo-torização 1.6. Agora, ele tem

transmissão de seis velocida-des manual ou automática – antes eram cinco e quatro, respectivamente. Nos dois casos, a sexta marcha fun-ciona como overdrive – uma forma de reduzir o consumo e também o nível de ruído em altas velocidades. Com isso, a velocidade máxima do HB20 1.6 subiu para 189 km/h e o tempo de acelera-ção de zero a 100 km/h foi mantido em 9,3 segundos com o pedal da embreagem. Sem ele, a máxima chega a 190 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h ocorre em 10,6 s.

Além disso, o ma-terial das velas de ignição mudou de níquel para irídio, pistões e anéis de vedação foram retrabalhados para re-duzir o atrito interno e o mo-tor 1.6 ganhou ainda sistema de partida a frio, que elimina a necessidade do tanque adicional de gasolina. De

acordo com a Hyundai, a aerodinâmica foi beneficia-da pelos novos defletores no para-choque dianteiro e no assoalho traseiro. E todas as versões também são equipa-das com pneus verdes. No total, a Hyundai afirma ter reduzido em 6,5% o consu-mo de combustível no motor 1.6 e 6% no 1.0. Com isso, o propulsor 1.6 passou da nota B para a nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem do InMetro.

Por dentro, a in-tenção é claramente acres-centar refinamento ao mo-delo, principalmente nas versões mais caras. Todos os revestimentos de bancos foram trocados. Os de couro, opcionais disponíveis para a versão Premium, saem em cor marrom – assim como o painel das portas dianteiras e manopla de câmbio. É nesta variante de topo que também está a

lista mais farta de itens de série. Há ar-condicionado digital e retrovisores com rebatimento automático. Além disso, o painel é em dois tons escuros e conta com detalhes cromados e cromo acetinados, material que amplia a impressão de esportividade e é suave ao toque. Outra novidade na variante mais cara é a inclusão de airbags laterais.

O computador de bordo ganhou uma função nova, de aviso de manuten-ção programada, que emite um alerta visual quando faltam 30 dias ou 1.500 km para a próxima revisão. Já o sistema de som BlueAudio é de série em todos os mode-los, com tela LCD de 3,8 po-legadas com comandos no volante e Bluetooth. A con-figuração Premium pode ser equipada com central multimídia de 7 polegadas com tela sensível ao toque e

compatível com o Car Link, que espelha smartphones Samsung e LG – com siste-ma Android –, e em breve funcionará também com o Apple CarPlay, para utili-zar iPhone 5 e superiores. Desta forma, o conteúdo do telefone passa a ser exibido e controlado pela tela tou-chscreen do BlueMedia.

Os preços do HB20 começam em R$ 38.995, na versão Comfort, que já é bem equipada, com ar, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, som com Bluetooth e sis-tema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis. E pode chegar a R$ 63.535 completo e com motor 1.6 e câmbio automático. Trata-se de uma faixa de preço bem ampla, mas capaz de atender a dife-rentes demandas. Algo que pode incrementar ainda mais os bons resultados do compacto da Hyundai.

Autoperfil

Bem na fita

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3Autoperfil

Piracicaba/SP – A intenção da Hyundai era ampliar a percepção de qualidade e requinte de seu HB20 na versão de topo Premium. E a marca coreana conseguiu. Por fora, as luzes diurnas em leds – itens pouco comuns na categoria de hatches compactos – impressionam e dão charme à dianteira. A nova grade hexagonal também acrescenta um aspecto mais contemporâneo ao design. E, por dentro, os revestimentos em couro marrom criam uma atmosfera de luxo digna de veículos de segmentos superiores. O propulsor 1.6 de 128 cv também se destaca.

Com o câmbio manual – disponível apenas até a versão Comfort Style –, ele se mostra ágil para o tráfego urba-no e vigoroso para trajetos de estrada, com retomadas e ultrapassagens bem satisfatórias. Isso apesar de seu torque máximo, de 16,5 kgfm com etanol, só aparecer em altas rotações, mais precisamente 5 mil giros. O hatch também se mostra bem estável e encarar cami-nhos sinuosos em velocidades mais ligeiras não chega a ser um grande desafio. Mesmo a esportividade não sendo a proposta do modelo, o HB20 1.6 pode render uma boa pitada de adrenalina a quem dirige.

Motor 1.6: Gasolina e etanol, dianteiro, trans-versal , 1.591 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote, sistema de partida a frio e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.Transmissão: Manual de seis velocidades à fren-te e uma a ré ou automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.Potência máxima: 128 cv e 122 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,3 segundos (ma-nual) e 10,6 segundos (automático).Velocidade máxima: 189 km/h (manual) e 190 km/h (automático). Torque máximo: 16,5 kgfm a 5 mil rpm com etanol e 16,0 kgfm a 4.500 rpm com gasolina.Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,4 mm. Taxa de compressão: 12:1.Motor 1.0: Gasolina e etanol, dianteiro, trans-versal, 998 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabe-çote e comando variável de válvulas na admis-são. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.Transmissão: Manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.Potência máxima: 80 cv e 75 cv a 6.200 rpm com etanol e gasolina.Aceleração de 0 a 100 km/h: 14,6 segundos.Velocidade máxima: 161 km/h.Torque máximo: 10,2 kgfm e 9,4 kgfm a 4.500 rpm com etanol e gasolina.Diâmetro e curso: 71,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 12,5:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amorte-cedores telescópicos pressuri zados e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora, molas he-licoidais e amortecedores. Não possui controle de estabilidade.Pneus: 185/60 R15 e 175/70 R14 (Comfort).Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EBD.Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,92 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,47 m de al-tura e 2,50 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série em todas as versões e laterais na Premium.Peso: 990 kg (1.0), 1.040 kg (1.6 manual) e 1.071 kg (1.6 automático).Capacidade do porta-malas: 300 litros.Tanque de combustível: 50 litros.Produção: Piracicaba, São Paulo. Lançamento no Brasil: 2012.Reestilização: 2015.

Toque de classe

Hyundai HB20

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Múltiplos encantos

A Lexus – divisão de luxo da Toyota – obteve a classificação premium não só pelas qualidades clás-sicas desse tipo de marca – luxo, esportividade e tecnologia –, mas também pela durabilidade. Nos Estados Unidos, seu mer-cado mais forte, a empresa tem como uma de suas principais características a conformidade: mesmo após rodar milhares de quilômetros, o carro man-tém o conjunto mecânico e estrutural praticamente como o de um veículo zero. Pouco conhecida no Brasil, a empresa investe no RX350 para aprovei-tar o momento favorável do mercado nacional – marcas premium nunca venderam tanto – e o alto interesse no segmento de utilitários.

De acordo com a marca, o modelo empla-cou 24 unidades desde o início do ano até o fim de agosto – três por mês –, 17 delas, ou mais de 70%, na configuração F-Sport, a topo de linha por aqui. Seu design é marcado pela robustez gerada pelas suas proporções: 4,77 metros de comprimento, 1,88 m de largura e 1,72 m de altura. Na parte frontal, a iden-tidade visual da marca é exibida através da grade em forma de ampulhe-ta – dois “L” estilizados, na leitura da marca – e das luzes diurnas de led separada dos faróis. Na lateral, os fortes vincos com linhas extensas e fluidas se juntam às mol-duras brilhante dos vidros e as rodas aro 19 com pig-mentação acinzentada, exclusiva nesta versão. Na traseira, as lanternas são compostas por luzes de led, há moldura cromada na tampa do porta-malas e um pequeno aerofólio na parte superior.

Dentro da cabine, o requinte é levado a sério. Portas, volante e bancos são revestidos em couro

Lexus RX350 F-Sport reúne muitas qualidades para ganhar espaço entre os SUVs premium

POR RAFFAELE GROSSOAUTO PRESS

– os dianteiros contam com regulagem elétrica e sistema de refrigeração e aquecimento. O painel é composto por plásticos agradáveis ao toque e traz ao centro uma tela de 8 polegadas com um sistema multimídia que agrega funções de áudio, telefonia, Bluetooth, GPS e DVD. As molduras das maçanetas, as pedaleira e vários botões são cro-mados. Os comandos do

ar-condicionado digital de duas zonas e do rádio no console central estão envolvidos por detalhes em alumínio escovado, presente também em um friso no porta-luvas. O sistema de som conta com 12 alto-falantes e quatro twitters e o carro ainda traz teto solar elétrico.

O L ex u s R X350 começa em R$ 301.350, mas na configuração F--Sport ganha adereços que

elevam o valor para R$ 314.950. O utilitário justi-fica tal preço com um con-teúdo completo. Sensores de estacionamento dian-teiro, lateral e traseiro com câmara de ré e visão 90º, auxílio para partida em rampas, controles de esta-bilidade e tração, 10 airba-gs, faróis com acendimen-to automático, regulagem de altura e lavador, além de freios a disco nas quatro rodas com ABS, EBD e BAS.

Um dos destaques na área de segurança fica por con-ta do Vehicle Dynamics Integrated Management. O sistema funciona como um mapeamento dos con-troles eletrônicos e dinâ-micos do veículo e tem como função primordial antecipar e posteriormen-te corrigir situações de falta de tração em alguma roda ou derrapagens. Sob o capô, o utilitário esportivo é impulsionado por um

motor seis cilindros de 3.5 litros, que rende 277 cv a 6.200 rpm e 35,6 kgfm de torque a 4.200 rpm. Junto com este propulsor, traba-lha uma caixa de trans-missão automática de seis velocidades com opção de trocas manuais na própria alavanca de câmbio ou em paddle-shifts no volante. A força gerada pelo motor é distribuída de forma in-tegral e permanente nas quatro rodas.

Teste

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É praticamente impossível passar com o Lexus RX-350 F-Sport e não chamar a atenção. O modelo tem presença marcante, tanto pelo design quanto pelas dimensões. Outro fator que o destaca é a exclusivida-de da própria marca, rara nas ruas brasileiras. A faceta premium do RX começa na aproximação: ele identifica a presença da chave, destrava as portas e acende as luzes internas. Dentro da cabine, o “cheiro” de refinamento e sofisticação toma conta do ambiente. A melhor posição é facilmente encontrada, com as regulagens elétricas. Em movimento, a sensação de condução prazerosa se sobrepõe, com um rodar silencioso e equilibrado. O volante tem boa pegada e a direção é bem progres-siva: leve quando devagar e mais pesada conforme a

velocidade aumenta. O modelo reage bem às pisadas no acelerador.

Quando se pisa fundo, a transmissão troca as marchas sutilmente, sem engasgos ou trancos. O condutor pra-ticamente não precisa tirar a mão do volante multifun-cional, que traz a maioria dos comandos na ponta dos dedos – a central multimídia com tela de 8 polegadas pode ser acessada também através do tradicional joysti-ck da Lexus, que é bem intuitivo. O comportamento do RX 350 F-Sport impressiona. Em retas com velocidades elevadas, o utilitário se mantém firme e pega embalo facilmente, mesmo com suas duas toneladas e aerodi-nâmica não muito favorável. Nas curvas, a sensação de segurança se mantém e apenas após muito abuso os

controles eletrônicos entram em ação. Ao dar um toque na alavanca de câmbio para

baixo e passar para o modo esportivo, o SUV começa a trabalhar em rotações um pouco mais elevadas. As respostas ficam mais rápidas e as trocas de marchas, tanto nas aletas quanto no próprio câmbio, são suaves. Para o uso urbano, o utilitário também se mostra com-petente com suas diversas tecnologias de assistência ao motorista – sensores de estacionamento com câmara de ré, alerta para troca de faixas, assistente de partida em rampa entre outros mais. O Lexus RX 350 F-Sport se mostra versátil e charmoso, perfeito para quem quer exclusividade e fugir das tradicionais marcas alemãs, mas mantendo o mesmo padrão de qualidade.

Charme e versatilidade

Teste

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6 MotoMundo

Na e d iç ã o deste ano, o Salão de Frankfurt

mostrou que a crise na Eu ropa está se d i s si-pando. O envento, que termina no domingo, dia 28, carrega o rótulo de maior autoshow do planeta, com seus espor-tivos e carros de luxo. Mas desta vez deu um pequeno espaço pa ra que veícu los de duas rodas estacionassem em seus estandes.

Isso tem um mo-tivo: várias marcas de motocicleta hoje têm participação acionária de fabricantes de auto-móveis. Caso do Grupo Volkswagem, que con-trola a Ducati através de sua marca de luxo Audi. Foi no estante da Audi que surgiu a nova n a k e d Mon s te r 120 0 R, com seu motor de 160 cv. Neste embalo, a Mercedes-Benz – que recentemente adquiriu 25% das ações da MV Agusta – também reve-lou uma versão limita-da da F3 800, com design inspirado no Mercedes AMG GT.

Outra marca re-ferência no segmento de superespor t iva s é a Honda. A fabricante japonesa aproveitou o Salão para mostrar ao público a versão de rua da RC 213 V – moto uti-l i z ada nas provas de MotoGP. E por fim, outro destaque é a Horex VR6 Silver Edition. A marca alemã estava próxima de fechar as portas por problemas financeiros, mas se reanimou com os investimentos da 3C Carbon Group e resolveu voltar à ativa com uma edição limitada do mo-delo VR6.

Além de carrões, Salão de Frankfurt exibe poucas e boas motocicletas superesportivas

RAFFAELE GROSSOAUTO PRESS

Estranhas no ninho

Ducati Monster 1200 R – O modelo vem para ocupar o posto de naked mais potente já fabricada pela marca. Para justificar a última letra R, de Racing, a superesportiva teve atualizações em seu propulsor. Agora, o motor Testatretta de dois cilindros de arrefecimento líquido e 1.184 cm³ passa a render 160 cv em 9.250 rpm – 15 cv a mais que a Monster 1200 S vendida por aqui. Outras melhorias também estão no peso seco, reduzido para 180 kg, e na suspensão, que passa a ser Ohlins com garfo telescópico na dianteira e monoamortecedor na traseira. A naked conta com novo sistema de escape composto por duas ponteiras em formato de pentágono, rodas de alumínio forjado com design diferenciado, para--lama frontal em fibra de carbono e pequena carenagem sobre o painel. O modelo também vem equipado com freios ABS, controle de tração e três modos de pilotagem.

MV Agusta F3 800 AMG Solarbeam – Após ter 25% de suas ações ad-quiridas pela AMG – divisão esportiva da Mercedes-Benz –, a MV Agusta tratou de colocar alguns apetrechos estéticos na motocicleta. Baseada na F3 800, o modelo foi criado em homenagem ao AMG GT Solarbeam e tem a carenagem predominantemente amarela com detalhes em preto. Na lateral, há uma grande inscrição AMG. O assento de couro possui costuras em amarelo e o tanque de combustível é similar aos modelos de compe-tição da MV Agusta, onde aparece o logo da marca italiana e da divisão esportiva alemã. O motor de três cilindros e 783 cm³ é capaz de render 148 cv a 13 mil rpm e 8,97 kgfm de torque a 10.600 rpm e trabalha em conjunto com uma transmissão de seis velocidades. A suspensão dianteira é composta por garfo telescópico hidráulico com amortecedores invertidos e a traseira em monobraço oscilante. Os freios ABS são equipados com pastilhas Brembo e para dar conta de tanta força, há controle de tração. A

superesportiva terá produção limitada e tem venda prevista somente para território europeu por algo em torno de 15 mil euros – cerca de R$ 70 mil.

Honda RC 213 V-S – A esportiva da marca japonesa foi apresentada durante o último Salão de Milão como conceito e apareceu em sua versão final em Frankfurt. O modelo nada mais é que uma versão de rua das motos utilizada durante as competições de Moto GP pelos pilotos Marc Marques e Dani Pedrosa. Como destaque aparece o motor de quatro cilindros de 999 cm³ capaz de produzir 215 cv de potência a 13 mil rpm. O modelo pesa 170 kg – 12 kg a mais que a utilizada durante as competições – devido ao acréscimo de alguns itens obrigatórios como catalisador, buzina, farol e setas, entre outros. O modelo já está à venda e não sai por menos de US$ 184 mil, algo em torno de R$ 700 mil.

Horex VR6 Silver Edition – A marca alemã de motocicletas estava à beira da falência até que o grupo 3C Carbon – empresa que produz carbono para diversas utilidades – adquiriu a fabricante no início de 2015. Durante o Salão, a marca apresentou uma versão limitada de 33 unidades da VR6. Batizada de Silver Edition, a variante chega com visual ousado. Quadro de alumínio fundido, sub-chassi em fibra de carbono, assento em couro duplo com costuras de tonalidade clara e um tanque em aço escoavado. O sistema de escape traz duas ponteiras cromadas e o painel digital vem acoplado a uma tela de LCD. Faróis, setas e lanternas contam com lâm-padas de leds. No conjunto mecânico, o propulsor é um seis cilindros de 1.218 cm³ com 170 cv de potência e 14 kgfm de torque. Junto com o motor trabalha uma transmissão de seis velocidades. A suspensão Ohlins tem garfos invertidos na dianteira e monoamortecedor na traseira. A Horex VR6 pesa 221 kg e os freios são ABS com pastilhas Brembo de série. O valor não foi divulgado.

Destaques em duas rodas do Salão de Frankfurt 2015

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7Autotal

A importadora oficial da Ferrari no Brasil, Via Itália, confirmou a chegada da 488 GTB até o fim do ano. O supe-resportivo – que substitui a 458 Itália no “line-up” da marca – deve vir com preço beirando a casa dos R$ 2 milhões. O alto preço já mostra que se trata de uma verdadeira fera. Sob seu capô, está um propulsor V8 turbinado de 3.9 litros capaz de gerar 670 cv de potência e 77,5 kgfm de torque. Ele trabalha em conjunto com uma transmissão automática de sete velocidades. De acordo com a marca, números suficientes para realizar o zero a 100 km/h em 3,3 segundos e alcançar a velocidade máxima de 330 km/h. Além

de toda exclusividade, a 488 GTB possui inúmeras personalizações, que envolvem costura de bancos, cor da carroceria, ro-das, pinças de freio, acabamento interno e outros detalhes.

A Ferrari 488 GTB recentemente ganhou uma versão conversível, apresen-tada no último Salão de Frankfurt. Batiza-da de Spider, a configuração possui teto retrátil de vidro com possibilidade de três níveis de ajustes e pode ser rebatido ou fechado totalmente em 14 segundos. O modelo tem sua carroceria composta por 11 tipos de alumínios diferentes e, com isso, pesa apenas 1.420 kg. O motor é o mesmo utilizado no 488 GTB.

A Volkswagen revelou uma reestiliza-ção para o Passat fabricado nos Estados Unidos. O sedã ganhou para-choques mais encorpados, acréscimo de elemen-tos cromados, faróis e lanternas em leds. Sob o capô, o novo Passat pode ser equi-pado com um propulsor de 1.8 TSI de 180 cv, um seis cilindros de 3.6 litros capaz de render até 280 cv ou o turbodiesel de 2.0 litros e 150 cv – este último propul-sor envolvido no escândalo da fraude nos testes de emissão de poluentes. O grupo alemão é acusado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) de manipular as aferições feitas em cerca de 482 mil carros da Volkswagen e da Audi, entre 2009 e 2015, só nos Estados Unidos. Para isso, um software ilega foil sorrateiramente instalado nos modelos Beetle, Golf, Jetta e Passat, além do Audi A3, equipados com o motor turbodiesel 2.0 litros – o mesmo que é utilizado na picape Amarok, no

Brasil. O software é capaz de detectar que os veículos estão em testes e ativa um mecanismo para reduzir a poluição. Depois, ele é automaticamente desabi-litado quando a avaliação é encerrada.

O anúncio causou uma queda estrondosa nas ações do grupo, chegan-do a registrar perda de cerca de 30% do valor na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha. Se comprovada a fraude, isso significa que as emissões de óxidos de nitrogênio dessas unidades são cerca de 40 vezes maiores que os padrões estabelecidos pela fiscalização. Com isso, o grupo terá de pagar uma multa que pode chegar a US$ 18 bilhões, ou seja, por volta de R$ 73 bilhões. Por via das dúvidas, a Volkswa-gen já reservou 6,5 bilhões de euros para eventuais prejuízos, equivalentes a R$ 29 bilhões. Vale lembrar que, contando também os carros vendidos na Europa, a fraude pode ter afetado mais de 11 milhões de unidades.

Aguardado por muitos no Brasil, a décima geração do Honda Civic já deu as caras nos Estados Unidos. Por aqui, o modelo deve chegar no fim de 2016 para ser um dos principais destaques da marca no Salão de São Paulo. Repleto de novidades, o sedã médio japonês teve seu visual totalmente modificado e ficou mais agressivo e refinado. A dianteira agora engloba uma grade totalmente cromada que interliga os faróis, que passam a contar com um filete de leds para iluminação diurna. Na lateral, os vincos estão mais contundentes e as rodas possuem novo design. A novidade estética principal fica na traseira, com lanternas no formato de bumerangues e um novo desenho da cauda, ao melhor estilo fastback, com o caimento sutil da linha do teto a partir da terceira coluna.

Melhorias estruturais também foram concebidas ao modelo. Constru-ído a partir de uma nova plataforma, as dimensões foram ampliadas em 5 centímetros de largura e 3 cm de com-primento e a altura foi rebaixada em 2 cm.O porta-malas foi ampliado para 520 litros. O carro “emagreceu” 30 quilos e a carroceria está 25% mais rígida, devido ao uso de aços resistentes. Porém, a parte mais instigante fica com o novo propul-sor 1.5 litro turbinado capaz de render cerca de 200 cv e 26 kgfm de torque, que deve trabalhar em conjunto com o câmbio CVT – já presente no HR-V, City e Fit. Tecnologias também devem ser in-corporadas ao Civic 2016, como controles de estabilidade e tração, vetorização de torque e acabamento mais refinado no interior.

Mal foi revelado no Salão de Frankfurt, o Bentley Bentayga já chama atenção pela ostentação que a marca quer im-primir no modelo. Primeiro utilitário esportivo da fabricante inglesa – e com a clara intenção de elevar a categoria a um patamar ímpar de luxo –, o carro terá em sua lista de acessórios uma verdadei-ra joia que, por mais absurdo que isso possa parecer, custará quase o mesmo valor que ele. Trata-se de um relógio en-comendado à fabricante suíça Breitling.

A peça, produzida especialmen-te para o “grandalhão”, utiliza, segundo sua produtora, o “mecanismo mais com-plexo” encontrado em um relógio. Ele é feito de ouro maciço e seus algarismos são confeccionados em diamante. Com isso, adiciona ao valor do carro – que é de 160.200 libras, mais ou menos R$ 996 mil – a “bagatela” de 150 mil libras, em torno de R$ 933 mil. A Breitling também fornece o relógio que sai de fábrica no Bentley Bentayga.

Passaporte carimbado

Reputação poluída

Ansiedade explícita

Hora do luxo

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8 TransMundo

Como sobreviver em um mercado que enfrenta uma retração de mais de 50% das vendas em um ano? Entre os fabricantes de caminhões instalados no Brasil, cada um tem a sua estratégia para driblar a crise. A Volkswagen/MAN acaba de anunciar a sua: ampliar a oferta de versões no segmentos que mais vendem no Brasil. A proposta é oferecer so-luções cada vez mais sob medida para as necessida-des dos transportadores. Além dos novos produtos, a Volkswagen/MAN aca-ba de anunciar que está criando um novo sistema de leasing corporativo, inicialmente apenas para o modelo MAN TGX.

Para levantar o astral, a Volkswagen resolveu lan-çar a Série Prime. Trata-se de uma edição comemo-rativa pelos dez anos de lançamento dos cami-nhões Constellation, que já tiveram mais de 180 mil unidades vendidas. Na Série Prime, o líder de vendas no segmento rodoviário VW 24.280 e o cavalo-mecânico VW 25.420 vêm com transmis-são automatizada V-Tronic e recebem um acabamen-to interno diferenciado, cor exclusiva “Dourado Prime”, grades na tonali-dade Black Piano e outros detalhes de acabamento requintado que a versão normal. A novidade vai estar disponível também para um modelo inédito: a versão 8X2 do cavalo Cons-tellation 25.420 V-Tronic. Nas três configurações, a logomarca Volkswagen está adesivada na lateral da cabine e a inscrição Prime aparece nos bancos e retrovisores. O sistema de rastreamento, monito-ramento e gestão de frota Volksnet é de série, mas as rodas de alumínio são opcionais. Serão produzi-das somente 600 unidades da Série Prime. Segundo a Volkswagen, as vendas começam no último tri-

Com o mercado retraído, tática da Volkswagen/MAN é aumentar as opções nos segmentos mais vendidos

POR LUIZ HUMBERTO MONTEIRO PEREIRA

AUTO PRESS

Estratégia de ocupação

mestre do ano.Além da série especial,

ent re as nov idades se destaca a chegada do VW 19.330 Titan. O novo cava-lo-mecânico é o “herdeiro” do 18.310 Titan Tractor, um dos modelos mais emble-máticos da Volkswagen Caminhões. Segundo o fabricante, o novo Titan é a solução ideal entre capa-cidade de carga, robustez

e boa relação custo-be-nefício. Outra novidade é o 19.360 Tractor, que tem como proposta estabele-cer uma nova referência de produtividade em sua categoria de cavalos 4X2. Equipado com terceiro eixo na versão VW 25.360, conta com cabine Constellation e o motor Cummins ISL de 360 cv.

Na marca Volkswagen,

além do novo Titan, os Constel lat ion 17. 230 e 23.230 agora chegam na opção com terceiro eixo, para entregas urbanas e serviços rodoviários de curtas distâncias, para re-forçar a oferta nos segmen-tos de 17 e de 24 toneladas. A família Delivery ganha o reforço do VW 13.160 – que substitui, com nova no-menclatura, o 10.160 Plus

6X2 –, com 13.200 quilos de peso bruto total (PBT) e terceiro eixo de fábrica. O novo modelo, segundo o fabricante, atende tanto à flexibilidade procurada pe-los transportadores quanto à legislação paulista para veículos urbanos de carga — VUC. Já com a marca MAN, a novidade é o TGX 29.480, com potência de 480 cv.

Dentro da proposta de aumentar a diversidade de produtos, a Volkswa-gen/MAN oferece quatro opções de câmbios automa-tizados e o maior portfólio de modelos automatizados do mercado brasileiro. A caixa ZF 6AS 1000 TO, de seis marchas, equipa os Constellation 17.190, 17.280 e 24.280, combinada ao exclusivo sistema de eixo automatizado Smart Ratio. Segundo os engenheiros da marca, a tecnologia torna possível aproveitar ao máximo as duas rela-ções do eixo e multiplicar o potencial da caixa. Já os modelos Constellation 24.330 V-Tronic e 30.330 V--Tronic contam com a nova caixa ZF 12 AS 1420 TD, de 12 marchas. Também com alto desempenho e capaci-dade de torque, a caixa ZF 16 AS 2230 TD, de 16 mar-chas, é opcional nos mo-delos Constellation 19.330, 19.360, 19.390, 25.360, 25.390 e 26.390 e vem de série nos modelos 19. 420, 25. 420 e 26.420, todos V-Tronic. Para o MAN TGX, a trans-missão é a TipMatic, com caixa ZF 16AS 2630 OD numa configuração que equipa de série toda linha, com os modelos 28.440, 29.440 e 29.480. Atenta às demandas por veículos rodoviários mais potentes, a Volkswagen/MAN lança sua linha de cavalos me-cânicos de 360 cv com os modelos VW Constellation 19.360 4X2 e 25.360 6X2, para aplicações do tipo car-ga seca, furgão frigorífico, sider, tanque de três eixos, entre outras configurações

com peso bruto total com-binado (PBTC) de 43 até 53 toneladas. Outra aposta é vender o Delivery 5.150 para utlização como Food Truck. O veículo tem peso bruto total de 5,5 toneladas e vem equipado com motor Cummins ISF de 3,8 litros e 150 cv. E o fabricante ain-da investe nos chamados veículos vocacionais. As principais novidades estão nas linhas Constructor Be-toneira, Compactor e Dis-tributor, que surgem com novas potências, configu-rações e opções de câmbio. Os veículos contemplam configurações específicas para as aplicações, defi-nidas pelos próprios fro-tistas. Apesar dos tempos serem de dinheiro escasso, a oferta de modelos para transporte de valores tam-bém ficou mais completa. A Volkswagen anuncia a chegada do chassi 9.160 ECE, com peso bruto total (PBT) de 8.500 kg, entre--eixos de 3.150 mm, e bi-tola dianteira larga. Mas as ações da Volkswagen/MAN para os tempos bi-cudos não se restringem à criação de novos produtos. Para a linha dos extrape-sados TGX, a MAN ofere-ce a proposta do leasing operacional, com parcelas fixas 30% menores que as do Finame e sem entra-da. Similar a um aluguel ou arrendamento, a nova forma de aquisição foi de-senvolvida em conjunto com o Banco Volkswagen e estará disponível a partir de outubro. Inicialmente serão oferecidas 400 uni-dades e o cliente poderá optar por planos de 36, 48 ou 60 meses. Segundo a Volkswagen/MAN, a van-tagem é que o bem não fica imobilizado e o empresário tem mais liquidez para tocar seu negócio. Ao final do contrato, o caminhão poderá ser financiado pelo valor de mercado ou sim-plesmente devolvido – e um novo leasing pode ser contratado.