2008-2009 - atrito
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Tecnolo ias e Processos
http://www.ufpa.br/ccen/ sica/images/macro/atrito/a4.jpg
Curso Técnico de ManutençãoIndustrial/Mecatrónica Automóvel
Módulo 5 – Corrosão, Atrito eLu ri!cação
"ui Mendes
Atrito
http://www.ufpa.br/ccen/fisica/images/macro/atrito/a4.jpghttp://www.ufpa.br/ccen/fisica/images/macro/atrito/a4.jpg
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#ndice$ Introdução%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
' Atrito%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
2.! &trito seco..........................................................................................................................#
2.!.! &trito de escorregamento.........................................................................................'
2.!.2 &trito de %olamento.................................................................................................."
2.2 &trito (iscoso.................................................................................................................... !)
( )orças de Atrito%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
.! &trito de escorregamento................................................................................................. !)
.!.! *or+a de &trito ,st-tico........................................................................................... !)
.!.2 *or+a de &trito in tico...........................................................................................!!
.!. ompara+0o entre os &tritos in tico e ,st-tico.....................................................!2
.2 *or+a de atrito de rolamento............................................................................................ !2
. 1eis do atrito....................................................................................................................!
+ "ugosidade su er!cial%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
4.!.! rea de contacto aparente......................................................................................!4
4.!.2 rea de contacto real..............................................................................................!4
5 Teorias do atrito%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
5.! 3eoria da ades0o.............................................................................................................. !5
5.2 3eoria da deforma+0o pl-stica do material....................................................................... !5
5. 3eoria composta............................................................................................................... !$
5.4 3eoria do crescimento da jun+0o...................................................................................... !$
5.5 onclus es....................................................................................................................... !$
& -esgaste%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
$.! 3ipos de desgaste............................................................................................................2
$.!.! esgaste por ades0o..............................................................................................2
$.!.2 esgaste por abras0o.............................................................................................24
$.!. esgaste por fadiga................................................................................................25
$.!.4 esgaste por corros0o............................................................................................2$
$.!.5 esgaste por eros0o...............................................................................................2$
$.2 1eis do desgaste...............................................................................................................2$
$. *actores 6ue afectam as caracter7sticas do desgaste.......................................................2$
$.4 8rojectando para desgaste............................................................................................... 2#$.5 onclus es.......................................................................................................................2#
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. I LI01"A)IA%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
#ndice de )iguras*igura !. istribui+0o do atrito de rolamento pelos ei9os de um conjunto tractor e semirebo6ue $*igura 2. *or+a de &trito...........................................................................................................#
*igura . ,9emplos de atrito de escorregamento entre superf7cies..........................................#
*igura 4. &trito de rolamento e escorregamento em (eios e ei9os de transmiss0o.................. '
*igura 5. &trito de rolamento e escorregamento......................................................................'
*igura $. &trito de escorregamento e rolamento......................................................................"
*igura #. ,scorregamento e rolamento....................................................................................."
*igura '. &trito (iscoso........................................................................................................... !)
*igura ". %epresenta+0o es6uem-tica da !; lei do atrito........................................................!!
*igura !). ,s6uema de compara+0o entre o atrito est-tico e o atrito cin tico.........................!2
*igura !!. -lculo da for+a de atrito de rolamento...................................................................!2
*igura !2. %epresenta+0o es6uem-tica da !; lei do atrito........................................................ !
*igura ! . %ugosidade de um material.....................................................................................!4
*igura !4. rea aparente
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Lista de ta elas 3abela !. @amas de rugosidade para (-rios processos de ma6uinagem e componentes.... .. .!4
3abela 2. oe ciente de atrito est-tico para contactos n0o lubri cados.................................!#
3abela . oe ciente de atrito para (-rios metais/a+o em condi+ es de lubri ca+0o limite. . .!#
3abela 4. oe ciente de atrito est-tico > temperatura ambiente...........................................!#
3abela 5. oe ciente de atrito est-tico para a+o com a+o...................................................... !"
3abela $. oe cientes de atrito est-tico. ,feitos de lmes super ciais no coe ciente de atritoest-tico !"
3abela #. Aelocidade de escorregamento e coe cientes de atrito dinBmicos..........................2)
3abela '. Aalores de coe ciente de atrito de escorregamento ,feito do &cabamentoCuper cial 2)
3abela ". oe cientes De para o a+o duro contra a+o duro com (aria+0o de press0o1ubri cantes Cólidos..................................................................................................................2)
3abela !). oe ciente de atrito est-tico em casos especiais....................................................2)
3abela !!. oe ciente de atrito de escorregamento
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' AtritoOuando duas superf7cies se encontram em contactoH desen(ol(em se sempre for+astangenciaisH chamadas for+as de atritoH 6uando se tenta mo(er uma superf7cie relati(amente >outra. & intensidade destas for+as de atrito limitada e elas n0o impedir0o o mo(imento se seaplicarem for+as su cientemente grandes.
& for+a de atrito sempre contr-ria ao sentido do mo(imento.
I atrito aparece 6uer as superf7cies em contacto sejam corpos sólidoH l76uidos ou gasosos.Ouando o atrito se d- em superf7cies sólidas e secas o atrito chama se atrito seco e 6uandoe9iste atrito en(ol(endo Puidos designa se por atrito (iscoso.
I atrito pro(oca perda de energia mecBnica e aumento de temperatura nas superf7cies emcontactoH e geralmente produ? desgaste e conse6uente altera+0o dimensional e deteriora+0odas superf7cies.
*igura 2. *or+a de atrito ao caminhar
Q a *or+a de &trito 6ue nos empurra. 8ara nos deslocarmosH os sapatos e9ercem no solo umafor+a para tr-s. & for+a de atrito 6ue se op e a este mo(imento para tr-sH empurra nos para afrente.
Ouando as solas dos sapatos s0o muito lisas e o pa(imento polido ou tem 6ual6uer óleoescorregadioH a for+a e9ercida pelo sapato para tr-s n0o fa? surgir 6ual6uer fora de atrito e ...escorregamosL
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Atrito
Atrito 5eco
Atrito de6scorregam
ento
6st4tico Cinético
Atrito de"olamento
Atrito 7iscoso
*igura . *or+a de &trito
*igura 4. 3ipos de atrito
'%$ Atrito secoI mo(imento relati(o entre duas superf7cies em contacto origina atrito 6ue pode serclassi cado em dois tipos principaisH de acordo com o mo(imento reali?ado:
Atrito de 6scorregamento
- se 6uando um ponto ou pontos de uma superf7cie (0o estando em contacto comoutros pontos da superf7cieR
Atrito de "olamento
&trito de rolamento a resistJncia ao mo(imento 6ue ocorre 6uando um objecto rolasobre uma superf7cie com a 6ual est- em contacto. Icorre em dois casos distintosH o
primeiro 6uando o corpo rolante irregularH como uma pedra ou um sei9oH e o segundo6uando o corpo tem uma superf7cie lisa com alta precis0o geom trica.
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Ouando pontos consecuti(os de uma das superf7cies (0o estandoH sucessi(amente emcontactoH com pontos consecuti(os da outra superf7cieH de modo 6ueH durante e aolongo de todo o contactoH um ponto duma superf7cie n0o to6ue em mais do 6ue umponto da outra superf7cie.
*igura 5. ,9emplos de atrito de escorregamento entre superf7cies
*igura $. &trito de rolamento e escorregamento em (eios e ei9os de transmiss0o
*onte: http://ich.unito.com.br/materia/resources/images/chc/old/chc!))f.jpg
*igura #. &trito de rolamento e escorregamento
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Ouando um carro anda de(ido ao efeito do atrito de rolamentoH 6uando tra(a o efeito doatrito de escorregamento 6ue actua.
'%$%$ Atrito de escorregamentoI atrito de escorregamento ocorre 6uando se estabelece o mo(imento relati(o entre duas
superf7cies 6ue estejam em contacto. e(e se notar ainda 6ue em certas circunstBncias oatrito de escorregamento pode ocorrer e ter- pouca inPuJncia. 8ara ns pr-ticos umconceito muito Ktil para situa+ es onde o contacto el-stico predominanteH mas tem (alorlimitado 6uando se tem processo de deforma+0o.
&trito 6ue se gera entre duas superf7ciesH com mo(imento linear entre si.
o atrito de escorregamento h- ainda a distinguir o atrito est-tico e o atrito cin tico:
Atrito 6st4tico
Q a resistJncia 6ue necess-rio (encer para se iniciar o mo(imento.
Atrito Cinético
*or+a tangencial 6ue necess-rio (encer para se manter o mo(imento relati(o dos doiscorpos.
@eralmente o atrito est-tico maior 6ue o atrito cin tico.
omo e9emplo podemos (eri car 6ue 6uando estamos a arrastar um objecto pesado pelo ch0oa for+a necess-ria para o por em mo(imento
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*onte: http://www.feiradeciencias.com.br/sala)5/image)5/)5N5"N)!.gif
*igura ". &trito de escorregamento e rolamento
*onte: http://bp).blogger.com/N3*41c58%c4V/% cCc!p,cVU/&&&&&&&&&6S/'lWNEV$8%Xo/s!$)) h/@ambarY!.jpg
*igura !). ,scorregamento e rolamento
I atrito de rolamento substituiH em muitos casosH o atrito de escorregamentoH como no caso derodas de (e7culosH esferas e rolos em chumaceiras de elementos rolantesH rolos sob suportespara mo(imento de cargasH etc.
omo e9emplo de atrito de rolamento considere se a roda de um automó(el. & fun+0o do pneu transmitir a for+a do motor para a estradaH guiandoH acelerando e tra(ando o carro. I
funcionamento do pneu est- directamente relacionado com a for+a de atrito. I princ7pio b-sico bastante simples: se 6uisermos acelerar o carro
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*igura !!. ,scorregamento e rolamento
& resistJncia de atrito em mo(imentos com rolamento bem menor 6ue mo(imentos comescorregamento.
'%' Atrito viscoso0 atrito viscoso desenvolve
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F atrito = μ · N
μ= F atrito
N
*a G for+a de atrito
µ G coe ciente de atrito est-tico
G carga normal
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& for+a de atrito cin tico constante e n0o depende da (elocidade de escorregamento docorpo.
(%$%( Com aração entre os Atritos Cinético e 6st4ticoa pr-ticaH (eri ca se 6ue mais dif7cil tirar um corpo do repouso do 6ue mantJ lo em
mo(imentoH pelo 6ue para a maioria das situa+ es o atrito est-tico maior 6ue o atritocin tico:
μe≥ μ c
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*igura !5. -lculo da for+a de atrito de rolamento
(%( Leis do atrito$% A :orça de atrito é ro orcional > carga normal a licada entre os dois cor os%
F atrito = μ · N
μ= F atrito
N
*a G for+a de atrito
µ G coe ciente de atrito
G carga normal
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Aidro/&+o ).$)Aidro/Aidro ).$)&+o/&+o ).')
obre/ obre !. )&lum7nio/&lum7nio !. )8rata/8rata !.4)
humbo/ humbo !.5)
3abela 2. oe ciente de atrito para (-rios metais/a+o em condi+ es de lubri ca+0o limite
Materiais Coe!ciente de atrito,)erro :undido ).2!
ron?e ).!$C@um o uro ).5)Metal ranco ).!)6stan@o uro ).$)Latão ).!"
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3abela . oe ciente de atrito est-tico > temperatura ambiente
Par de materiais6st4tico -in mico
Ceco 1ubri ca+0o 1imite Ceco 1ubri ca+0o1imite$ &+o uro em &+o uro )H#' )H!!
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Par de materiais6st4tico -in mico
Ceco 1ubri ca+0o 1imite Ceco 1ubri ca+0o1imite$('
Magn sio em &+o Macio )H42
((
Magn sio em Magn sio )H$) )H)'
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Par de materiais6st4tico -in mico
Ceco 1ubri ca+0o 1imite Ceco 1ubri ca+0o1imite
&*
)H)$4
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3abela 4. oe ciente de atrito est-tico para a+o com a+o
CondiçDes de teste E e-esgasei!cado em tem eratura elevadae alto v4cuo
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3abela ". oe ciente de atrito est-tico em casos especiais
Par de materiais EeTerra em areia secaH argilaH terra misturada )H4 a )H#
argila hKmida !H)argila molhada )H !cascalhos e sei9os )H' a !H!
Cortiça natural corti+a )H5"em pinho )H4"em (idro )H52em a+o seco )H45em a+o molhado )H$"em a+o a6uecido )H$4em a+o com óleo )H45corti+a saturada de -gua em a+o )H5$corti+a saturada em óleo em a+o )H4!
3abela !). oe ciente de atrito de escorregamento
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3abela !5. Mós abrasi(as
Par de su er:;cies E dMós a rasivas com grãogrosso
ferro fundido )H2! a )H24a+o )H2"
ferro forjado )H4! a )H4$Mós a rasivas com grão!noHesmerilagem mol@ada
ferro fundido )H#a+o )H2' a )H5ferro forjado !
3abela !$. oe ciente de atrito para pneum-ticos de borracha
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O " ! .,5 – $& + lonas 2) $$' )H)2 )H)5
5)H2' )H 22
.,5 – 'B + lonas !$ $$' )H)2$
)H)52
)H!"# )H2)5
B F +B aço $$' )H)! )H)$5 )H2 $ )H2$4 )H!!' .,5 – (& + lonas !$ $$' )H)!
')H)4
$)H!'5 )H!## )H)#5
,* – $* + lonasO 2) 445 )H)!
)H)$ )H ! )H ''
,* – $& & lonas !$ $$' )H)42
)H)54
)H24" )H2#2 )H)""
+ "ugosidade su er!cial
&s superf7ciesH em geralH est0o longe de ser perfeitamente lisasH s0o constitu7das por umadistribui+0o aleatória de picos e (alesH formando as eridades H 6ue caracteri?am a rugosidadesuper cial.
*igura !#. %ugosidade de um material
3abela !". @amas de rugosidade para (-rios processos de ma6uinagem e componentes
Processo Aca amento su er!cial, "aH m
Torneamento de aca amento ).4) !2.5)
)uração ).') 25.))
roc@agem).4) !2.5)
Mandrilagem ).4) $. ))resagem com car onetos ).!) .2)Torneamento com diamante ).!) ).')"ecti!cação de recisão ).)5 ).4)Aca amento > mão ).)2 ).)'Com onentes6ngrenagens ).25 !.))C@umaceiras
Cuperf7cie mó(el ).!2 ).5)Cuperf7cie *i9a ).25 !.2)
"olamento
s
,lementos %olantes ).)5 ).!2
8istas de rolamentos ).2) ). )
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+%$ onas ou 4reas de contacto
*igura !'. rea aparente
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*igura !". &des0o entre duas asperidades
as ?onas de contacto metal/metal e9iste uma forte ades0o entre as superf7cies de(ida afor+as inter atómicas e inter moleculares. - se a soldadura a frio das jun+ es. I desli?amentode um corpo sobre o outro inicia se 6uando a for+a tangencial * for su cientemente ele(adapara pro(ocar a rotura das jun+ es.
,sta teoria d- o (alor do coe ciente de atrito em termos das propriedades mecBnicas dosmateriais.
5%' Teoria da de:ormação l4stica do materialo contacto entre um material duro e um macio as asperidades do material duro penetram no
material macio e abrem sulcos nesteH durante o desli?amentoH por deforma+0o pl-stica.
*onte:http://www.oerliSonbal?erscoating.com/bbr/por/)2 applications/)! wear tribologX/inde9\ na(id\2$ .php*igura 2). 8enetra+0o de uma asperidade de um material duro num material macio.
,sta teoria e9plica o mecanismo do atrito em termos das caracter7sticas de rugosidade dassuperf7cies.
5%( Teoria com ostaormalmenteH a ades0o e a deforma+0o pl-stica de(ido -s diferen+as de dure?a entre os
materiaisH contribuem conjuntamente para o atritoH em maior ou menor grau dependendo dascondi+ es de contacto.
Ce as superf7cies forem limpas a componente de atrito por ades0o ser- a mais importanteH see9istirem ó9idos ou um na pel7cula de lubri cante entre as superf7ciesH a componente de atritopor deforma+0o pl-stica assumir- maior importBncia.
5%+ Teoria do crescimento da 3unção,sta teoria uma e9tens0o da teoria da ades0o.
,sta teoria admite 6ue a -rea de contacto nas jun+ es aumentaH de(ido a deforma+0o pl-sticaH6uando aplicada uma for+a tangencial
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*igura 2!. rescimento da jun+0o por aplica+0o de uma for+a tangencial
,sta teoria a mais realista pois mostra 6ue o atrito determinado pela resistJncia ao corte dapel7cula e9istente na interface.
5%5 ConclusDesI fenómeno do atrito est- intimamente ligado ao modo de interac+0o das superf7cies emcontactoH depende da sua nature?aH da sua rugosidade e da presen+a ou ausJncia de pel7culascontaminantes na interface.
3odos os mecanismos discutidos podem contribuir simultaneamente para o atritoH muitoembora a contribui+0o de cada um deles (arie. 8or e9emploH no contacto de superf7ciesmet-licas isentas e part7culas contaminantesH a componente de atrito por ades0o muito maissigni cati(a do 6ue a componente de(ida a deforma+0o pl-sticaH resultante da penetra+0o edesli?amento das asperidades do material duro no material menos duro. Ouando em presen+ade part7culas contaminantes a componente de(ida > penetra+0o das asperidades do materialduro pode ganhar maior signi cado.
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& -esgasteI desgaste ocorre como conse6uJncia natural do desli?amento entre duas superf7cies emcontactoH e de ne se como a perda progressi(a de material duma superf7cie em mo(imentorelati(o de(ido a ac+ es mecBnicas ou 6u7micas.
I desgaste pode ser controlado
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intensidade dessas for+as de liga+0o entre as superf7cies depende da Zintimidade[ do contacto:ser0o mais fortes nos pontos em 6ue a interface ! est- isenta de pel7culas contaminantes dos materiais das superf7cies em contacto a roturad- se na ?ona da interface e n0o e9iste desgaste.
Ce a resistJncia da interface for superior > de 6ual6uer uma das superf7cies em contacto arotura d- se num plano pró9imo da interface originando desgaste numa das superf7cies.
*onte: http://www.machinerXlubrication.com/articleNdetail.asp_articleid`! #5 pagetitle`EasicY\earYModesYinY1ubricatedYCXstems
*igura 2 . Mecanismo de desgaste por ades0o.
&%$%' -esgaste or a rasãoI desgaste por abras0o pode ser de dois tipos:
-esgaste or a rasão devido > enetração de as eridades do material duro nomaterial macio
& ac+0o de uma lima um e9emplo deste tipo de desgasteH pois as asperidades da limaHmuito mais dura 6ue a outra superf7cie met-licaH (0o penetrar no material e remo(erdeterminadas 6uantidades de material 6ue dependem das asperidades da lima.
*onte: http://www.oerliSonbal?erscoating.com/bbr/por/)2applications/)! wear tribologX/inde9\ na(id\2$ .php
*igura 24. Mecanismo de desgaste por abras0o de(ido > rugosidade do material duro.
I desgaste por abras0o depende apenas da rugosidade da superf7cie duraH podendoent0o redu?ir se este tipo de desgaste melhorando o acabamento super cial dasuperf7cie mais dura.
-esgaste or a rasão rovocado or art;culas soltas
esgaste por abras0o pro(ocado por part7culas soltas pro(enientes de desgaste porades0o e/ou corros0oH ou ainda poeiras pro(enientes do ambiente circundante.
omo e9emplos temos o polimento de superf7cies met-licas com part7culas abrasi(as eo polimento da pintura dos automó(eis.
! Inter:aceQ ]ona de contacto entre as duas superf7cies.
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*onte: http://www.pall.com/images/graphNaw!.gif
*onte:http://www.jamesglass.org/ @&/2labor/]NlaborUM&@,C/))gener
al/) 5NglossarX/abrasi(eNwear.jpg
*igura 25. esgaste por abras0o pro(ocado por part7culas duras soltas entre as superf7cies emdesli?amento.
o desgaste por abras0o pro(ocado por part7culas soltasH as part7culas passam a maiorparte do tempo em rolamento entre as superf7cies s tens es c7clicas s superf7cies.
I desgaste por fadiga re(ela se ao m de um nKmero cr7tico de ciclo de funcionamento e caracteri?adoH inicialmente pela picagem ac+0o6u7mica ou electro6u7mica. I controlo deste tipo de desgaste tem muito a (er com o controlodas condi+ es ambientais e uma selec+0o ade6uada de materiais.
omo e9emplo deste tipo de desgaste temos o aparecimento de ferrugem nas pe+as em a+oH6ue se n0o for combatido a tempo pro(ocam a degrada+0o total da sua superf7cie e at daspe+as completas.
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*igura 2#. esgaste por corros0o
&%$%5 -esgaste or erosãoI desgaste por eros0o a perda de material de uma superf7cie causada pelo contacto com umPu7do dist ncia de escorregamentoQ 9uanto maior:or a dist ncia do escorregamento, maior é o desgaste%
0 volume do desgaste é ro orcional > cargaQ 9uanto maior :or a carga a licada,maior é o desgaste%
0 volume de desgaste é inversamente ro orcional > dure?a do material maismacio, isto éR 9uanto maior :or a dure?a do material mais macio, menor ser4 o valordo desgaste%
& perda de material atra( s do desgaste de(eria ser proporcional ao comprimento dodesli?amento H ou tempo. ,m geral essa a rma+0o em geral (erdadeiraH considerando osefeitos de desgaste de partida.
I desgaste de(eria ser proporcional ao carregamento aplicado. ,ssa a rma+0o (erdadeiraHpois pode signi car transi+ es entre mecanismos de desgaste com a mudan+a doscarregamentos.
& ta9a de desgaste de(eria ser independente da -rea de contacto aparente para um dadocarregamentoH ou para uma tens0o de contacto. ,ssa a rma+0o em geral (erdadeira alinearidade entre tens0o e deforma+0o no regime el-sticoH a tens0o de contacto aumentalinearmente com a -rea de contacto aparente.
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& ta9a de desgaste independente da (elocidade de escorregamento. ,ssa a rma+0o (erdadeH assim como o coe ciente de atrito o desgaste depende da (elocidade dedesli?amento entre as superf7ciesH e o aumento dessa causa a6uecimento e conse6uentementetransi+0o para um no(o mecanismo de desgaste.
&%( )actores 9ue a:ectam as caracter;sticas do desgaste6:eito da resença ou aus8ncia de el;culas na inter:ace
&lgumas pel7culas super ciais s0o facilmente penetr-(eis e n0o impedem o contactometal/metalH contudo impedem o crescimento da jun+0o redu?indo o desgaste porades0o.
6:eito da tem eratura
&s propriedades mecBnicas dos materiaisR temperaturas ele(adas podem diminuir adure?a dos materiais em contactoH originando um aumento do desgaste.
& forma+0o e manuten+0o de pel7culas super ciais s0o afectadasH pois a resistJncia daspel7culas afectada pela temperatura.
<era as propriedades dos lubri cantesH o aumento da temperatura fa? diminuir a(iscosidade dos óleosH originando uma menor espessura da pel7cula de óleo e apossibilidade de contacto metal/metal com o conse6uente aumento do desgaste.
6:eito da cargaVm aumento da carga pro(oca um aumento do atritoH o 6ual origina um aumento datemperatura no contacto.
&%+ Pro3ectando ara desgasteCempre 6ue hou(er a necessidade de desen(ol(er projectos onde haja mo(imento relati(oentre dois componentesH o projectista de(e estar preparado para lidar com o problema dedesgaste. Ceria impratic-(el pretender dispor de uma tabela de coe cientes de desgaste 6uefornecesse (alores para todos os pares de materiais sólidos conhecidos estando esses paressob condi+0o de contacto de escorregamento a secoH ou sob todos os poss7(eis estados delubri ca+0o e contamina+0o. Vma forma de ob(iar esse problema listar (alores decoe cientes de desgaste para um nKmero limitado de combina+ es sob um nKmero limitado decondi+ es de teste e esperar 6ueH ao consultar a tabelaH o projectista encontre uma condi+0ode ensaio 6ue seja o mais apro9imado o poss7(el da condi+0o real 6ue se apresente.
"egras a seguir no ro3ecto de su er:;cies em contacto ara evitar desgasteeFcessivo
!. Is materiais duros tJm maior resistJncia ao desgaste 6ue os materiais macios.2. e(e e(itar se a utili?a+0o do mesmo material para as duas superf7cies.
. &s superf7cies de(em ter bom acabamento super cial
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&%5 ConclusDesCempre 6ue duas superf7cies est0o em mo(imento relati(o ocorrer- desgaste. & Knica forma deo e(itar impedir o contacto met-lico separando completamente as duas superf7cies por umapel7cula espessa de lubri cante. 8or mH no arran6ue e paragem das m-6uinas h- sempre
algum contactoH sendo nestas condi+ es de funcionamento 6ue as pel7culas super ciais tJmum papel preponderante na redu+0o do desgaste.
omo na realidade o desgaste ine(it-(elH comum projectar se um dos elementos para umdesgaste muito bai9o e o outro para um desgaste maior. ,ste Kltimo geralmente o elementomais barato do par e o mais f-cil de substituir.
omo e9emplo podemos citar o caso dos (eios de mani(elas base de alum7nioH estanho cobreH chumboH etc.
& utili?a+0o de cas6uilhos em metais macios tem ainda outras (antagensH pois podemdeformar se acomodando cargas locali?adas e inesperadas de(idas a desalinhamentos epodem absor(er part7culas abrasi(as 6ue surjam na ?ona de contacto.
3abela 2). oe ciente de desgaste segundo Folm G !"4$
Par de Materiais Am iente Coe!ciente de desgate 2 Aço em Aço esconhecido !2$ !) 4)erro em )erro &r seco "))erro em )erro &r seco a 2)) 2#))erro em )erro &r amp )H$
)erro em 6stan@o HS@itemetal &r seco !H2
)erro em 6stan@o HS@itemetal
&r amp !H)
Aço em :erro :undido 1ubri cado )H$)erro em )erro 1ubri cado )H2&merican CocietX of Mechanical ,ngineering
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3abela 22. oe cientes de desgaste segundo First
!4)) G !'))
&merican CocietX of Mechanical ,ngineering ase deestan@o
2) ) !5) )$
Al ali
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3abela 25. Materiais para utili?a+0o como abrasi(os
Material Com osição -ure?a g:/mm'iamante ')))arboneto de boro E4 2#5)arborundoH carboneto de
sil7cio
Ci 25))
arboneto de titBnio 3i 245)or7ndonH alum7nio &l2I 2!))arboneto de ?ircónio ]r 2!))arboneto de tungst nio \ !"))
@arnet &l2I . *eI . CiI2 ! 5)]ircónio ]rI2 !!5)Ouart?oH s7licaH areia CiI2 '))Aidro Cilicato 5))&merican CocietX of Mechanical ,ngineering
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AneFosotas
Módulo 5 | !" #4$#" | %ui Mendes
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i a it 1iga anti fric+0oH com aspecto de metal claroH usada principalmente em apoios de(eios e rolamentosH formada por estanhoH antimónio e de cobreH utili?ada para redu?ir o atritoem chumaceiras e apoios de (eiosH desen(ol(ida pelo in(entor Usaaca EabbitH em !' " nos,stados Vnidos.
ii Car oneto de Tungsténio arboneto de tungst nio