2. fase v2
TRANSCRIPT
ENGENHARIA CIVIL - ANO 2014/2015
PROJETO DE ENGENHARIA
CIVIL
2.ª Fase: Modelação Estrutural
Docente:
João Veludo
Trabalho elaborado por:
Arménio Rito Vieira, nº 2100230
Susana Ribeiro, n.º 2110421
Projeto de Engenharia Civil Pág. 2 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE
Os autores deste relatório declaram que o conteúdo do mesmo é da sua autoria
e não constituí cópia parcial ou integral de trabalhos de outros autores.
……………………………………………………………………………..………
…………………………………………………………………………………..…
O não cumprimento está sujeito a sanção disciplinar conforme previsto no artigo 134.º do Estatutos do
IPL.
Projeto de Engenharia Civil Pág. 3 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
Índice
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE ............................................................................................................. 2
1 DESCRIÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................................... 4
1.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 4
2 QUANTIFICAÇÃO DE AÇÕES .................................................................................................................. 4
2.1 AÇÕES PERMANENTES E SOBRECARGAS ................................................................................................ 4
2.2 COMBINAÇÃO DE AÇÕES ......................................................................................................................... 5
3 MODELO DE CÁLCULO ............................................................................................................................ 5
4 VERIFICAÇÃO DO SOMATÓRIO DAS AÇÕES VERTICAIS .............................................................. 6
5 APRESENTAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS ESFORÇOS OBTIDOS ................................................. 7
5.1 COMPARAÇÃO DOS ESFORÇOS OBTIDOS DAS LAJES .............................................................................. 7
5.2 COMPARAÇÃO DOS ESFORÇOS OBTIDOS DE PILARES ............................................................................ 8
5.3 COMPARAÇÃO DOS ESFORÇOS OBTIDOS DA VIGA ................................................................................ 10
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 11
7 BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 11
Índice de Figuras
Figura 1 – Modelação do Edifício ............................................................................................................ 6
Figura 2 – Esforços de Momentos em xx ................................................................................................ 7
Figura 3 – Pormenor de Esforços de Momentos xx na localização do pilar P5C ................................... 8
Figura 4 – Laje de Escadas ..................................................................................................................... 8
Figura 5 – Esforço Axial Pilar 4F ............................................................................................................. 9
Figura 6 – Esforço Axial Pilar 5F ............................................................................................................. 9
Figura 7 – Esforço Axial Pilar 6C .......................................................................................................... 10
Figura 8 – Diagrama de Momentos ....................................................................................................... 10
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Ações Permanentes e Sobrecargas ..................................................................................... 4
Tabela 2 – Combinação de Ações .......................................................................................................... 5
Tabela 3 – Verificação do Somatório das Ações Verticais ..................................................................... 6
Tabela 4 – Esforços em Lajes ................................................................................................................. 8
Tabela 5 – Esforços em Pilares .............................................................................................................. 9
Tabela 6 – Esforços em Vigas .............................................................................................................. 11
Projeto de Engenharia Civil Pág. 4 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
1 Descrição do trabalho
1.1 Introdução
O presente trabalho foi efetuado no âmbito da unidade curricular de Projeto de Engenharia Civil,
unidade afeta ao segundo semestre do terceiro ano do curso de Licenciatura de Engenharia Civil da
Escola de Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria.
Nesta 2.ª fase do trabalho pretende-se aplicar os conceitos lecionados nas aulas de Projeto de
Engenharia Civil, que através deste, sejam adquiridos os conhecimentos necessários para efetuar a
modelação estrutural de edifícios com recurso ao programa Robot Strutural Analysis, tendo em conta
os elementos da especialidade (projeto de arquitetura), e os elementos geométricos com as suas
respetivas propriedades dos materiais definidas na fase de pré-dimensionamento.
Pretende-se ainda desenvolver o espirito crítico para a análise dos resultados obtidos através da
modelação.
2 Quantificação de ações
2.1 Ações permanentes e sobrecargas
Os valores das ações aplicadas na modelação, efetuada no software foram determinados na
fase de pré-dimensionamento considerando a espessura dos elementos assim como os materiais que
os constituem, tendo havido no entanto alguns ajustes, nomeadamente nos valores da carga da laje
aligeirada no que respeita ao peso dos blocos aligeirados, devido um engano detetado na fase de pré-
cálculo dos esforços no programa Robot.
As ações consideradas foram ordenadas em categorias de acordo com a Tabela 1 – Ações
Permanentes e Sobrecargas seguidamente apresentada.
Tabela 1 – Ações Permanentes e Sobrecargas
Caso Nome do caso Natureza Tipo de análise
1 PP Betão Structural Static - Linear
2 PP Blocos Structural Static - Linear
3 RCP LFungiforme Structural Static - Linear
4 RCP LVigada Structural Static - Linear
5 RCP LConsola Structural Static - Linear
6 RCP LEscada Structural Static - Linear
7 RCP LCobertura Structural Static - Linear
8 P Interior Structural Static - Linear
9 P. Exterior Structural Static - Linear
10 Solo Structural Static - Linear
11 SC Piso Category A Static - Linear
12 SC Escada Category A Static - Linear
13 SC LVigada Category A Static - Linear
14 SC LCobertura Category A Static - Linear
Projeto de Engenharia Civil Pág. 5 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
Caso Nome do caso Natureza Tipo de análise
15 SC Veiculos Category A Static - Linear
16 COMB1 Linear Combination
17 COMB2 Linear Combination
18 COMB3 Linear Combination
19 COMB4 Linear Combination
20 COMB5 Linear Combination
21 COMB6 Linear Combination
2.2 Combinação de ações
As combinações de ações introduzidas no software para retirar os esforços foram determinadas
de acordo com o estipulado no Eurocódigo 0, tendo sido efetuada a verificação aos estados limites
últimos através da combinação fundamental e aos estados limites de serviço, sendo utilizada a
combinação quase permanente e combinação caraterística de acordo com a seguinte Tabela 2 –
Combinação de Ações.
Tabela 2 – Combinação de Ações
Nome Tipo de análise Combination type Definição
COMB1 Linear Combination ULS (1+2+3+4+5+6+7+8+9+10)*1.35+(11+12+13+14+15)*1.50
COMB2 Linear Combination ULS 16*1.00+(11+12+13+15+14)*1.05
COMB3 Linear Combination SLS:CHR (1+2+3+4+5+6+7+8+9+10+15+11+12+13+14)*1.00
COMB4 Linear Combination SLS:CHR 18*1.00+(11+12+13+14+15)*0.70
COMB5 Linear Combination SLS:QPR (1+2+3+4+5+6+7+8+9+10)*1.00
COMB6 Linear Combination SLS:QPR 20*1.00+(11+12+13+14+15)*0.30
3 Modelo de cálculo
Na modelação efetuada no software Robot Strutural Analysis consideraram-se, as peças
desenhadas da especialidade de arquitetura e elementos referentes ao pré-dimensionamento
entregue na 1.ª fase.
Foi criado um modelo que representa o melhor possível a modelação idealizada na fase de pré-
dimensionamento com a finalidade de aferir os resultados já obtidos, no entanto, verificou-se a
necessidade de efetuar ajustes, nomeadamente na definição de eixos para implantação de elementos
estruturais.
O núcleo do elevador e paredes de betão foram modelados através de pilares justapostos,
ligados por vigas de peso volúmico 0, aplicadas em toda a sua altura, garantindo que não houvesse
sobreposição de pesos volúmicos.
As lajes e muros de suporte do edifício, foram modelados com painéis, tendo-lhes sido
atribuídas as respetivas propriedades relativas a geometria, material e classe de resistência, de modo
a simular os elementos da estrutura pretendidos.
Projeto de Engenharia Civil Pág. 6 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
Em alguns elementos foi aplicado, excentricidades de modo a que o modelo traduziu-se o
projeto idealizado com mais rigor. Seguidamente se apresenta uma vista em perspetiva da modelação
(Figura 1) do edifício obtida através do software Robot.
Figura 1 – Modelação do Edifício
4 Verificação do somatório das ações verticais
Antes de iniciarmos a comparação dos esforços verticais, fomos analisar o somatório das ações
verticais obtidos de ambos os métodos, evidenciando-se alguma divergência que no entanto, após
verificarmos o pré-dimensionamento que nos apresentava um valor exageradamente menor
relativamente ao do modelo, devido a alguns elementos não terem sido considerados no pré-
dimensionamento dos quais, paredes de suporte da cave, paredes de betão armado, núcleo do
elevador, zonas de influência das lajes e escadas, com os respetivos acabamentos e sobrecargas,
assim como o peso volúmico da zona aligeirada da laje fungiforme erradamente definido, que
corrigimos, verifica-mos também os elementos inseridos no modelo no qual também corrigimos
algumas divergências encontradas (espessura das paredes de suporte mal indicada 0,30m de
espessura em vez de 0,20m, e algumas vigas que deveriam estar inseridas no modelo com peso
volúmico 0 e não estavam.
Após as devidos correções em ambos os lados conclui-se que os valores obtidos em ambos os
processos já eram mais próximos e aceitáveis, sendo que o valor fornecido pelo modelo é mais baixo
entendendo-se que a diferença poderá resultar devido a forma como as áreas de influência dos
elementos foram determinadas em ambos os processos, dos quais se apresentam os resultados na
Tabela 3, obtidos de ambos os processos com uma percentagem de diferença de 4.07%.
Tabela 3 – Verificação do Somatório das Ações Verticais
Pré-dimensionamento (KN) Robot (KN) %
37 929,40 34 960,92 4.07
Projeto de Engenharia Civil Pág. 7 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
5 Apresentação e comparação dos esforços obtidos
Após a conclusão do modelo, aplicaram-se as cargas nos elementos, e introduziram-se as
combinações de ações referidas no ponto 2.2, e aplicou-se a opção de cálculo com a finalidade de
obter valores de esforços para os diversos elementos da estrutura do edifício.
Identificaram-se as zonas de esforços máximos em cada elemento e apontados os valores
indicados nessas zonas, na laje foram retirados vários valores equidistantes para cada lado do pilar e
aferida uma média de modo a obter um valor mais real.
Após análise global dos resultados verificamos que alguns dos esforços obtidos na modelação
foram semelhantes aos obtidos no pré-dimensionamento, havendo no entanto divergências em alguns
resultados.
5.1 Comparação dos esforços obtidos das lajes
Pela análise dos resultados seguidamente apresentados na Tabela 4, verificamos a existência
de algumas diferenças nos esforços obtidos no pré-dimensionamento comparativamente aos
resultados obtidos na modelação devendo-se em princípio, à definição das áreas de influências e à
existência das paredes de betão armado e núcleo do elevador que não foi tido em conta no pré-
dimensionamento.
Na Figura 2 e Figura 3 está identificado a laje do piso 1 e pormenor local da zona do pilar, na
Figura 4 esta identificada a laje de escadas.
Figura 2 – Esforços de Momentos em xx
Projeto de Engenharia Civil Pág. 8 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
Figura 3 – Pormenor de Esforços de Momentos xx na localização do pilar P5C
Figura 4 – Laje de Escadas
Tabela 4 – Esforços em Lajes
5.2 Comparação dos esforços obtidos de pilares
Pela análise dos resultados apresentados na Tabela 5 para os pilares P4F, P5F e P6C,
verificamos algumas diferenças nos esforços obtidos no pré-dimensionamento, comparativamente aos
resultados obtidos na modelação, identificados na Figura 5, Figura 6 e Figura 7, devendo-se em
princípio, do mesmo modo que na laje, estar associado a erros na definição das áreas de influência e
também devido a não termos a noção exata da área de carga que irá ser “captada” pelas paredes
Pré-dimensionamento M
Mmax Média Dimensionamento
Laje R/C -174,41 91,65 115,63 137,30 170,14 109,62 71,82 44,82 -105,85 -105,85
Laje escada Le2 27,30 17,40 17,40
ElementoMmax
Robot
Projeto de Engenharia Civil Pág. 9 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
resistentes que por sua vez faz diminuir as áreas de influência dos pilares que se encontram mais
próximos.
Embora não tenhamos abordado os pilares inseridos nas paredes de suporte ao nível do piso
da cave, verificamos uma redução substancial do valor do esforço em relação aos valores obtidos na
fase de pré-dimensionamento, devendo-se em princípio ao facto de parte dos esforços que chegam à
base do pilar serem absorvidos pela parede de suporte, na respetiva zona de ligação.
Tabela 5 – Esforços em Pilares
Elemento Pré-dimensionamento Robot N
Ned (kN) Ned (kN) Dimensionamento (KN)
P4F 1 818,61 1 668,00 1668,00
P5F 3 293,33 2 100,90 2100,90
P6C 2 054,92 1 160,40 1160,40
Figura 5 – Esforço Axial Pilar 4F
Figura 6 – Esforço Axial Pilar 5F
Projeto de Engenharia Civil Pág. 10 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
Figura 7 – Esforço Axial Pilar 6C
5.3 Comparação dos esforços obtidos da viga
Pela análise dos resultados apresentados na Tabela 6 para a viga V4 do piso 1, verificamos
algumas diferenças nos esforços obtidos no pré-dimensionamento, comparativamente aos resultados
obtidos na modelação, Figura 8 (esforços do software robot), a forma como as áreas de influências
foram definidas e tipo de apoio, uma vez que em cada extremo as vigas estão ligadas as paredes de
betão, pelo que deve ter sido considerado apoio encastrado na modelação devido a inercia que a
parede apresenta, enquanto no pré-dimensionamento foi considerado apoio simples, daí a existência
dos momentos negativos na zonas de apoio nas extremidades da viga.
Figura 8 – Diagrama de Momentos
Projeto de Engenharia Civil Pág. 11 de 11
Arménio Rito Vieira n.º 2101053 Susana Ribeiro, nº 2110421
Tabela 6 – Esforços em Vigas
Elemento
Pré-dimensionamento Robot
M
M+ M- M+ M- Dimensionamento (KN)
V4 (piso 1) 299,40 330,50 85,50 107,44 107,44
6 Conclusão
Consideramos o presente trabalho desafiante, obrigando-nos a pesquisar no que respeita ao
software robot utilizado, a analisar o seu modo de funcionamento de modo a que a modelação se
apresenta-se de uma forma muito próxima da realidade no que se refere as ações e esforços a que a
estrutura está sujeita.
Fomos nos apercebendo ao longo do decorrer do trabalho de vários erros cometidos no pré-
dimensionamento que fomos corrigindo, embora sempre na fase seguinte de entrega ou após a fase
do trabalho estar entregue.
Reconhecemos que muitos dos erros efetuados são resultado da falta de conhecimento
suficiente do programa de modelação e de não termos todo o tempo necessário para a sua
aprendizagem.
Em conclusão verificamos que a utilização do software foi importante como ferramenta de
cálculo, permitindo-nos criar um espirito crítico na análise dos resultados obtidos.
7 Bibliografia
Eurocódigo 0 – Base para projetos de Estruturas;
Eurocódigo 1 – Ações em estruturas – Parte 1.1 Ações Gerais e Parte;
Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão – Parte 1-1: regras gerais e regras para edifícios;
Tabelas Técnicas (J.S. Brazão Farinha e A. Correia dos Reis);
Apontamentos da unidade curricular de Projeto de Engenharia Civil;